GABARITO

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GABARITO
Quarto bimestre
Data:___ / 11 / 2010
TAREFA 4 - VEGETAÇÃO - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTOCOS PROBLEMAS AMBIENTAIS
Complete as informações solicitadas baseando-se no seu livro didático, capítulo 6, a partir da página 140 e no Atlas
geográfico do estudante.
Definições.
Ecossistema – são sistemas dinâmicos que resultam da interdependência entre os fatores físicos do meio
ambiente, como solo e a água, e os seres vivos que o habitam. Como exemplos de ecossistema, podemos citar tanto uma
floresta como um rio, um lago ou um simples jardim. Os ecossistemas misturam-se e interagem.
Habitat – o termo se refere a um ecossistema que oferece condições especialmente favoráveis à sobrevivência,
ao desenvolvimento e à reprodução de determinada espécie –por exemplo, o cerrado brasileiro é o habitat do lobo-guará.
Um ecossistema abriga vários habitats, cada um específico de determinadas espécies animais ou vegetais.
Os ecossistemas podem, também, ser subdivididos em pequenas unidades bióticas, conhecidas como comunidades
biológicas. Elas são formadas por duas ou mais populações de espécies que interagem e são interdependentes, como o
conjunto da flora e da fauna de um lago.
Bioma – designa as comunidades de organismos estáveis, desenvolvidas e bem adaptadas às condições
ambientais de uma grande região associados aos vários tipos de vegetação.
– são sistemas em que solo, clima, relevo, fauna e demais elementos da natureza interagem entre si formando tipos
semelhantes de cobertura vegetal, como as florestas tropicais, temperadas, pradarias, desertos e tundras. Em escala
planetária, os biomas são unidades que evidenciam grande homogeneidade na natureza de seus elementos.
Há florestas tropicais na América, África, Ásia e Oceania que, embora semelhantes, possuem comunidades ecológicas
com exemplares distintos.
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1- Diferencie bioma de domínio morfoclimático.
A ideia de domínio morfoclimático apresenta-se mais ampla que a de bioma, pois congrega aspectos tanto de
ordem ecológica como geomorfológica, climática e hidrográfica.
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2- Os estudos realizados pelo geógrafo brasileiro Aziz Nacib Ab’Sáber levaram em consideração as características de
ordem morfoclimática (interação relevo e clima) e fitogeográficas (tipos de vegetação) para delimitar a extensão
aproximada das paisagens naturais do Brasil e apresentou seis grandes domínios naturais: domínio das Pradarias, domínio
das Araucárias, domínio dos Mares de Morros, domínio da Caatinga, domínio do Cerrado e domínio Amazônico.
Você deverá trabalhar cada bioma brasileiro indicando o nome apresentado no seu livro, o nome do clima e o tipo de
relevo predominantes, as características da formação vegetal e três estados brasileiros com essas características.
Analise os mapas que estão a sua disposição (atlas, página 23 e livro, página 155).
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3- Entre essas regiões naturais, existe aquilo que Ab’Saber chamou de faixas de transição. Explique.
Faixas de transição são áreas intermediárias que possuem características ambientais de dois ou mais domínios
morfoclimáticos, como é o caso do Pantanal mato-grossense, que apresenta formações de caatinga, de cerrado e de mata
Atlântica.
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4- Outro critério utilizado para delimitar as paisagens naturais brasileiras baseia-se no conceito de bioma, que, leva em
consideração principalmente os aspectos ecológicos dos grandes sistemas terrestres.
Depois de analisar os domínios morfoclimáticos faça o mesmo com os biomas que não foram trabalhados.
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DOMÍNIO AMAZÔNICO – equivale a 49% do território nacional, cerca de 4,2 milhões de km²
Domínio morfoclimático – equatorial
Clima – equatorial, quente e úmido, com temperatura média anual em torno de 26°C e chuvas abundantes o ano todo
Relevo – terras baixas, principalmente depressões e planícies
Vegetação – a paisagem é dominada pela floresta Amazônica e pala maior bacia hidrográfica do mundo. De maneira
geral, a vegetação é densa, com milhares espécies de árvores e arbustos de todos os portes. Essa floresta tem vegetação de
folhas largas (latifoliada), comuns em regiões de clima equatorial, quente e úmido. Apresenta três tipos de mata: de igapó
(parte do solo inundado); de várzea (periodicamente inundadas); e de terra firme (nas partes mais elevadas do relevo,
livres de inundação). Mas, longe de ser uma área homogênea de floresta tropical, o bioma também abarca áreas de
campos abertos e manchas de cerrado. As espécies que habitam a região representam quase 50% do total de espécies
conhecidas do planeta. A região abriga uma das maiores biodiversidades do planeta. A exploração irracional dos recursos
naturais (agropecuária, mineração, extração de madeira e núcleos de povoamento) já afetou mais de 17% do bioma
amazônico.
Estados – Acre, Amazonas, Pará, Mato Grosso, Rondônia, parte de Roraima, Amapá, porção oeste do Maranhão
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DOMÍNIO DA CAATINGA – equivale a 10% do território nacional, cerca de 844,4 mil km²
Domínio morfoclimático – das caatingas
Clima – semiárido, com “ilhas de umidade de solo extremamente fértil” e chuvas concentradas em alguns meses do ano
Relevo – depressões interplanálticas; depressões e planaltos cujas altitudes variam entre 200 e 800 metros
Vegetação – as plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas
armazenam água; outras possuem raízes superficiais para captar o máximo das chuvas. Há as que contam com recursos
para diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas. A vegetação é formada por três estratos: o arbóreo, com
árvores de 8 a 12 metros; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5 metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros.
Cerca de 50% do bioma já sofreu algum tipo de deterioração e 20% estão completamente degradados. Os principais
problemas são a salinização e a desertificação. A exploração para a produção de lenha e carvão, a contaminação do solo
por agrotóxicos e o emprego de técnicas de irrigação inadequadas para o tipo de solo (raso e sujeito a grande índice de
evaporação) são os principais problemas desse bioma.
Estados – Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais
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DOMÍNIO DO CERRADO – equivale a 24% do território nacional, cerca de 2 milhões de km²
Domínio morfoclimático – dos cerrados
Clima – tropical bem definido, com temperatura média anual de 24°C e duas estações principais: uma estação seca
(inverno) e outra chuvosa (verão)
Relevo – planaltos e chapadões
Vegetação – caracteriza-se principalmente pela presença de pequenos arbustos e árvores retorcidas, com casca grossa,
distribuídos de forma esparsa. Encontram-se, ainda, gramíneas e o cerradão, tipo mais denso de cerrado que abriga
formações típicas de florestas esparsas e disseminadas entre arbustos. São cerca de 10 mil espécies vegetais, 44% delas
endêmicas – bioma rico em biodiversidade.
Com a mata Atlântica e a mata de Araucárias, é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana.
60% de sua área total é destinada à pecuária e 6% à monocultura intensiva de grãos, principalmente soja. A agropecuária
fez aumentar a deterioração de uma terra já ferida pelo garimpo, com a contaminação dos rios por mercúrio, a erosão do
solo e o assoreamento dos cursos d’água. Estima-se que menos de 20% do cerrado mantenha a cobertura vegetal original.
Estados – Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Minas Gerais e Bahia
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DOMÍNIO DOS MARES DE MORROS – equivale a 13% do território nacional, ocupava cerca
de 1 milhão de km²
Domínio morfoclimático – tropical atlântico
Clima – no interior, o clima é caracterizado pela ocorrência de duas estações (uma seca e outra chuvosa). Já na porção
litorânea, os ventos oceânicos, carregados de umidade proporcionam índices maiores de pluviosidade; tropical atlântico
Relevo – planaltos irregulares, com muitas serras e morros; mares de morros e chapadões florestados
Vegetação – é uma floresta pluvial tropical, mais conhecida como Mata Atlântica. A vegetação remanescente guarda
ainda cerca de 20 mil espécies de plantas -8 mil, endêmicas. De exuberante biodiversidade, apresenta, em alguns locais,
mais de 450 espécies de árvore num único hectare –o que representa uma biodiversidade por hectare superior à da
Amazônia.
Foi o bioma que mais sofreu com a urbanização (a região concentra 70% da população brasileira)
Estados – Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
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DOMÍNIO DAS ARAUCÁRIAS – ocupava cerca de 100 mil quilômetros quadrados
Domínio morfoclimático – domínio dos planaltos de araucárias
Clima – subtropical e tropical de altitude, com verões quentes e invernos frios
Relevo – planáltico de maior altitude
Vegetação – formada por coníferas (sementes não abrigadas em frutos). É uma floresta onde predomina o pinheiro-doparaná também chamado de araucária, em áreas de solos férteis.
É o ambiente que sofreu o maior grau de devastação em termos percentuais no país. Restam apenas 2% da vegetação
original. A derrubada indiscriminada para a expansão das áreas de cultivo e para a produção de papel, celulose,
construção civil e móveis.
Estados – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
DOMÍNIO DAS PRADARIAS – equivale a 2% do território nacional, cerca de 176,5 mil km²
Domínio morfoclimático – das coxilhas
Clima – subtropical, apresenta chuvas bem distribuídas o ano todo, verões quentes e invernos rigosoros
Relevo – suave, ondulado, com colinas esparsas; planície com a presença de coxilhas / pampas
Vegetação – vastas extensões de campos limpos (com pradarias mistas), de solo coberto por gramíneas e pontilhado de
arbustos de pequeno porte, onde proliferam milhares de espécies de plantas, mamíferos e aves, entre outras.
A ocupação humana acelerada e o emprego de técnicas não sustentáveis de cultivo e criação resultaram na arenização de
algumas áreas, sobretudo no Rio Grande do Sul. Os pampas sofrem, ainda, com a caça predatória e o bombeamento de
água dos banhados –ecossistemas alagados, com densa vegetação de juncos e aguapés.
Estados – Rio Grande do Sul
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BIOMA DO PANTANAL – equivale a 1,8% do território nacional, cerca de 150,3 mil km²
Domínio morfoclimático – não está representado como domínio, apenas como bioma incluído na área de transição
Clima – tropical típico
Relevo – planície inundável
Vegetação – é possível encontrar espécies típicas do cerrado, de florestas ou campos na diversidade de espécies vegetais
do Pantanal. As áreas mais baixas ficam inundadas nos períodos das cheias. Nos períodos secos, surgem gramíneas que
formam uma pastagem natural. Nas áreas que não sofrem inundação predominam os cerrados e espécies arbóreas da
floresta tropical e, nas áreas de eventuais alagamentos, encontram-se, além de vegetação rasteira, arbustos e palmeiras,
como o buriti. É considerada uma área de transição entre a Amazônia e o cerrado, ao norte, e o Chaco, na bacia , do rio
Paraguai, ao sul. Esse mosaico de ecossistemas intercala regiões de cerrado e floresta úmida, além de áreas aquáticas e
semiaquáticas
Mais de 80% da região permanece intocada e, por isso, o Pantanal é considerado um viveiro, no qual proliferam milhares
de espécies conhecidas de plantas, aves, mamíferos, répteis e anfíbios.
As transformações são lentas, mas nos últimos 20 anos a degradação ambiental agravou-se com o crescimento das cidades
e a ocupação da cabeceira de importantes rios que cortam a região.
A maior ameaça vem da agropecuária: as queimadas para a renovação das pastagens, a contaminação das águas e do solo
por pesticidas e a introdução de espécies exóticas de capim. O turismo desorganizado bem como a caça e a pesca
predatórias completam o pacote. Apesar desses problemas, ainda é o bioma mais preservado do Brasil.
Estados – Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
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BIOMA DA MATA DOS COCAIS
Domínio morfoclimático – não está representado como domínio, apenas como bioma incluído na área de transição.
Clima – subúmido, a oeste, a semiárido, a leste
Relevo – planaltos e chapadas
Vegetação – encravada entre a floresta Amazônica, o cerrado e a caatinga. É constituída por palmeiras, com grande
predominância do babaçu e ocorrência esporádica de carnaúba e buriti.
Explorada desde o início da colonização, atualmente vem sendo desmatada pelo cultivo de grãos, principalmente a soja.
Estados – Maranhão, Piauí e noroeste do Ceará, através da serra da Ibiapaba (babaçu); Piauí, Ceará e Rio Grande do
Norte (carnaúba)
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VEGETAÇÃO LITORÂNEA
Os ambientalistas destacam a zona costeira brasileira como uma região particular, que abriga centenas de ecossistemas
extremamente ricos e, ao mesmo tempo, delicados. São mais de 8,5 mil quilômetros de extensão de litoral, marcados por
manguezais, praias, restingas, recifes e lagunas. A biodiversidade desses ecossistemas está em constante risco, devido,
principalmente, à urbanização e suas consequências, como desmatamento de encostas e contaminação das águas.
A especulação imobiliária é a maior destruidora da vegetação nativa, que resulta no deslocamento de dunas e
desabamento de morros. O afluxo exagerado de turistas às cidades litorâneas, a cada temporada, sobrecarrega os precários
sistemas de saneamento e polui córregos e, daí, o mar. Os ecossistemas da zona costeira também são degradados pelos
rios que vêm do interior do país e despejam no litoral resíduos agrícolas e efluentes industriais.
Defina jundu, restinga e mangue.
Jundu – ocorre ao longo das praias e planícies costeiras. Nos jundus predominam plantas rasteiras e arbustivas.
Restinga – se desenvolve na areia, com predominância de arbustos e ocorrência de algumas árvores.
Mangue – vegetação arbustiva halófila (adaptada à presença de sal) podendo apresentar raízes que, durante a maré baixa,
ficam expostas. Essa vegetação litorânea é composta por espécies adaptadas ao terreno lodoso e alagado, suportam a
salinidade e pouca oxigenação. Os manguezais são nichos ecológicos responsáveis pela reprodução de grande número de
espécies de peixes, moluscos e crustáceos, desenvolvem-se nos estuários. Funcionam, ainda, como filtros naturais: as
raízes parcialmente submersas das árvores retêm sedimentos e impurezas, impedindo sua chegada ao mar. É o ambiente
mais ameaçado dentro do conjunto das vegetações litorâneas.
Estados – desde o Amapá até Santa Catarina
5- Uma das principais formas de violência contra o meio ambiente é o desmatamento. Relacione as razões que levam ao
desmatamento.
A demanda por madeira e carvão, assim como a instalação de cultivos agrícolas, eliminou quase metade da
cobertura vegetal do planeta. Para se ter uma ideia, de um total de 62,2 milhões de quilômetros quadrados de florestas
originais no mundo, restam apenas 38,7 milhões. Só na Europa e na Ásia, quase 70% das florestas já viraram cinza. Essa
derrubada da cobertura vegetal é um dos grandes flagelos impingidos pelo homem ao meio ambiente.
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6- Com base no mapa da página 26 do Atlas geográfico do estudante, descreva o processo de devastação da vegetação
nativa –cite os biomas- relacionando esse fato com o processo e colonização e desenvolvimento econômico do Brasil.
No Brasil, a vegetação original vem sendo devastada há séculos. Segundo a organização não governamental
S.O.S. Mata Atlântica, por exemplo, mais de 90% da formação nativa da mata Atlântica foi por terra. O número elevado é
fruto do processo de colonização do país, que se concentrou nas áreas próximas ao litoral. Com o avanço da ocupação
para o interior, outros biomas, como o cerrado e a caatinga, também foram sendo descaracterizados.
Hoje, a principal vítima desse processo é a Amazônia. Na área monitorada pelo Inpe, a Amazônia Legal, já
foram destruídos assustadores 700 mil quilômetros quadrados de vegetação original (13,5% do total – dados atualizados =
17%). Ocupando 3,8 milhões de quilômetros quadrados (59% do território brasileiro), a Amazônia Legal (delimitação
usada pelo governo para integrar as políticas de desenvolvimento na região, engloba os sete estados da região Norte, além
de Mato Grosso e parte do Maranhão – tem 23 milhões de habitantes e uma economia que responde por 7,5 do PIB do
país – 176 bilhões de reais). Se o ritmo de desmatamento por lá seguir a média dos últimos dez anos, em 2050 a área
assolada somará mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados –nada menos que 30% da vegetação nativa da Amazônia
Legal.
Um estudo apresentado pelo Inpe, em novembro de 2008, indica que o desmatamento de mais de 30% da
floresta Amazônica resultará em danos irreversíveis à região. A concretização desse cenário levaria a porção leste da
Amazônia a se transformar em savana, o que também aceleraria o processo de desertificação da região Nordeste. Se nada
for feito para conter o atual ritmo da devastação, essa catástrofe ambiental deve se confirmar por volta de 2050.
Em 2009, o governo federal anunciou a menor taxa de desmatamento. O governo federal atribuiu o resultado
principalmente às operações de repressão às madeireiras, aos grileiros de terra e aos pecuaristas. Restringir o crédito,
embargar propriedades e criar uma lista dos municípios foram ações que deram resultado positivo.
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7- Identifique as razões do desflorestamento da Amazônia.
Esse processo de aniquilamento das matas amazônicas assusta ainda mais quando se percebe quanto ele é
recente e, sobretudo, acelerado: bastaram pouco mais de três décadas para que a área derrubada saltasse de 0,5% para 17
do total da floresta. Acompanhando o ritmo maior de ocupação da região a partir das décadas de 1960 e 1970, a atividade
dos madeireiros, em grande parte de forma ilegal, abriu as porteiras para a devastação da floresta. Porteiras pelas quais
entraram, com voracidade e sem a menor cerimônia, milhões de cabeças de gado e outras tantas plantações de soja. O
agronegócio responde por uma parcela significativa do desmatamento generalizado: nada menos que cerca de 40% da
produção de carne e soja do país se concentra na Amazônia Legal. E as duas atividades ganham cada vez mais espaço no
norte do país, com o crescimento da fronteira agrícola.
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8- No avanço do desflorestamento da Amazônia é visível uma mancha de mata derrubada, conhecida como Arco do
Desflorestamento.
Com base no mapa da página 38 do Atlas geográfico do estudante, identifique os estados incluídos no Arco do
Desflorestamento.
Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Tocantins e Maranhão.
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9- O futuro da Amazônia é preocupante e, ainda, indefinido. Alguns afirmam que essa “economia burra”, que gasta hoje
sem pensar no amanhã vai custar muito caro para todos nós.
Explique como o Brasil pode explorar a Amazônia cuidando da sua preservação.
Em relação a agricultura e à pecuária, uma alternativa para evitar que mais terras sejam devastadas é
reaproveitar aquelas que já foram desmatadas para dar lugar a pastagens –utilizadas até o esgotamento, essas vastas
regiões se encontram completamente ociosas. A recuperação dessas áreas não é realizada simplesmente em virtude do
custo elevado.
O Estado brasileiro deve retomar o controle sobre o próprio território. O governo não realiza uma fiscalização
eficiente na região, e disso resultam abusos como a grilagem de milhares de quilômetros quadrados de terras públicas
(falsificação de documentos de posse), o desflorestamento maior que os 20% permitidos por lei em cada propriedade
privada e a extração ilegal de madeira.
A Amazônia guarda os maiores estoques de biodiversidade do planeta. Estima-se que apenas 10% das espécies
vegetais existentes sejam conhecidas. O baixo nível educacional e a mão-de-obra desqualificada impedem que as cidades
amazônicas se tornem centros de prestação de serviços em biotecnologia. Cerca de 70% do conhecimento científico sobre
a floresta é produzido por estudiosos estrangeiros. Estima-se que na floresta estejam os princípios ativos da maioria dos
remédios do futuro.
O direito ao uso desse potencial é parte de uma tensa discussão internacional, realizada na Convenção sobre
Diversidade Biológica. Integrante da Convenção sobre a Mudança do Clima, ela já foi assinada por 156 países e
propõe que, além da empresa e do pesquisador que desenvolver o uso do princípio ativo de um organismo vivo,
também recebam royalties o país de origem da planta ou animal e a população que detinha originalmente o
conhecimento desse princípio ativo. Mas os países desenvolvidos, sobretudo os EUA e os membros da União
Européia, não querem discutir esse assunto, mantendo um impasse que favorece as multinacionais farmacêuticas.
Isso abre espaço também para a biopirataria, uso ilegal de um patrimônio genético para fins industriais.
Os minérios (bauxita, ferro, ouro e cassiterita) representam sozinhos, um patrimômio já identificado de 15
trilhões de dólares. O que falta é capacidade de explorá-lo com maior valor agregado.
A madeira, os frutos tropicais, os óleos para cosméticos e as substâncias vegetais que encontram uso em
medicamentos, são valores que podem se multiplicar. Dos 8,6 trilhões de dólares que se estima valha o estoque de
madeira da Amazônia, mais da metade pode ser explorada por manejo florestal –corte das árvores segundo procedimentos
técnicos que aumentam a eficiência da produção e reduzem os impactos ambientais, preservando a floresta para ser
novamente explorada.
Na lista das soluções está a criação de um modelo econômico para a exploração da floresta capaz de competir com
as atividades ilegais e predadoras, e recuperar as áreas degradadas. Para atingir esse nível, é indispensável
aumentar a escala de produção e o valor dos produtos florestais, com beneficiamento industrial no próprio país.
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10- O que são hotspots? Dê exemplos de hotspost no Brasil.
Conceito criado em 1988 pelo ecólogo inglês Norman Myers, os hotspots são as zonas do planeta mais ricas em
biodiversidade e mais ameaçadas de destruição. No total são 34, incluindo a mata Atlântica e o Cerrado brasileiros. Eles
representam apenas 2,3% da superfície da Terra, mas mais da metade das espécies de plantas e 42% das de vertebrados
terrestres são endêmicas (não ocorrem em nenhuma outra área do mundo) dessas regiões. Os hotspots já perderam 70% da
vegetação original. Por fim, cuidado para evitar uma confusão: o termo hotspot também pode ser usado na geologia –
neste caso quando se refere a áreas de erupção vulcânica.
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