Introdução à homeopatia clássica

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Introdução à
homeopatia clássica
IAH AC Introdução à homeopatia clássica
© IAH 2009
Embora se tenha demonstrado que são eficazes pelas doses moleculares que se
aplicam (micro, nano ou picodoses ou diluições maiores) os medicamentos antihomotóxicos seguem sendo no fundo fármacos homeopáticos pouco diluídos.
Tanto é assim que, o que não se conseguiu descobrir sobre os princípios
operativos da homeopatia clássica diluída durante décadas, poderia encontrar
bases científicas na investigação homotoxicológica. Esta dualidade é o principal
motivo pelo qual um estudo básico da história e os princípios da homeopatia
façam parte deste curso e sejas necessários para compreender melhor os
medicamentos e o tratamento anti-homotóxicos.
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Objetivos
• O Dr. Hahnemann, o pai espiritual da homeopatia
• A diluição homeopática
• Princípios homeopáticos
• Os testes
• Materia Medica e os livros de repertórios
• Bases científicas da homeopatia
• Aplicações terapêuticas da homeopatia clássica
• O Dr. Reckeweg e a homeopatia
• Homeopatia complexa e medicamentos anti-homotóxicos
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A partir desta apresentação iremos compreender a base da medicina moderna, a
filosofia do embasamento da pesquisa baseada em provas científicas.
Necessitamos compreender a natureza da saúde e da doença, e como a
homeopatia se fez nos últimos 200 anos.
2
Dr. Samuel Hahnemann
• 1755-1843
• Médico e químico nascido em
•
•
Meissen
Principio básico: Similia similibus
curentur
1810: Organon da medicina
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O pai da homeopatia clássica foi o médico transilvano (atual Romênia) Samuel
Hahnemann. Viveu de 1755 a 1843 e morreu em Paris. Como era comum
naquele tempo era médico, químico e farmacêutico ao mesmo tempo. Propôs o
principio da similaridade, básico da homeopatia, com a frase “similia similibus
currentur”, que significa “o semelhante pode curar-se com o semelhante”.
Uma obra básica da bibliografia homeopática é o Organon de Hahnemann,
publicado em 1810 (primeira edição).
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Homeopatia
• Medicina holística na qual se empregam preparados de origem
animal, vegetal e mineral.
• Etimologia:
• Raízes gregas:
» Omoios: “parecido”
» Pathos: “sofrimento”
• Raízes
• Hipócrates, Celso e Paracelso preconizaram por tratar os
pacientes com preparados parecidos com suas doenças.
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Em síntese, devemos ter presente que a homeopatia é uma estratégia médica
holística em que os medicamentos empregados procedem de plantas, animais e
minerais. Que o semelhante deve tratar-se com o semelhante está
etimologicamente implícito no nome homeopatia. As raízes da homeopatia vão
muito mais além de Hahnemann. Os princípios básicos homeopáticos se
encontram já em Hipócrates, Celso e Paracelso (o principio da similaridade)
4
Homeopatia
• Hahnemann compreendeu a estreita correspondência entre os
sintomas clínicos dos pacientes e a patogenia experimental dos
preparados.
• Hahnemann elaborou uma filosofía sistemática da medicina e
métodos estritos de diagnóstico e tratamento.
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A genialidade de Hahnemann consistiu em relacionar a imagem tóxica em
pessoas sãs com a imagem medicamentosa nos doentes. Mediante esta
correlação nos ensinou um dos princípios básicos da medicina anti-homotóxica.
Para neutralizar os sintomas criados pela presença de uma homotoxina
necessitamos de uma substância diluída que em concentrações altas produza
um quadro tóxico parecido nas pessoas sãs.
Além dos princípios homeopáticos, nas pesquisas modernas se tem observado
outros mecanismos de ação. As doses diminutas parecem ter um efeito
regulador mediante a ativação de mecanismos concretos capazes de estimular
ou inibir a secreção dos mediadores.
A homeopatia é mais que um tratamento, mais que outro tipo de medicina. É
antes de tudo uma filosofia da medicina, uma forma diferente de abordar o
doente. As estratégias de tratamento e diagnóstico da homeopatia estão tão
distantes das formas convencionais que a comunicação entre ambas se torna
muito difícil..
5
Hahnemann e a homeopatia
• A “dynamis” é a “energía vital” ou força vital
• A doença é uma desregulação da dynamis
• Que pode restablecer-se mediante um equilíbrio sutil: o
medicamento homeopático
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O que Hahnemann definiu como “dynamis” poderia traduzir-se hoje em dia como
energia vital ou força vital, presente em cada ser vivo, presente em cada pessoa.
As interações do sujeito com seu ambiente poderiam originar um desequilíbrio
desta dynamis, o que se contempla como uma disfunção do organismo na
medicina acadêmica.
O desequilíbrio da dynamis se manifesta em forma de sintomas clínicos,
intensificados ou inibidos pelas modalidades. As modalidades em homeopatia
são aspectos capazes de melhorar ou piorar os sintomas (melhor com frio, pior
com calor, melhor ao deitar-se, pior estando de pé e movendo-se, etc).
Os medicamentos homeopáticos são substâncias que em doses muito baixas
induzem ao restabelecimento da dynamis desregulada. Em principio, devemos
entender esta indução mais como uma energia que como uma presença
molecular.
As hipóteses modernas sobre o principio operativo dos fármacos homeopáticos
em diluições maiores fazem referência à ressonância produzida pela indução
eletromagnética que irradia do próprio medicamento. Cada substância possui
suas características e freqüências próprias a este respeito. E o “quadro
patológico” e o medicamento homeopático têm a mesma freqüência, a
ressonância é possível e o medicamento funcionará. Até o momento não existe
nenhuma prova científica de que esta hipótese seja correta.
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Métodos científicos de Hahnemann
• Observação
• Reflexão
• Experiência
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Os métodos de Hahnemann estavam longe dos critérios baseados em provas
científicas com a qual opera hoje a medicina acadêmica. Hahnemann nos
devolve às 3 características essenciais que um médico deveria possuir na boa
medicina de primeira linha: observação, reflexão e experiência.
A observação do paciente em todos seus aspectos (visão holística) deve
estabelecer as bases do tratamento eficaz.
A reflexão sobre o observado, buscando correlações, causas e conseqüências,
deve aumentar as probabilidades de que o tratamento tenha êxito.
A experiência é o catalisador que acelera a formulação das conclusões,
traduzindo-as em protocolos terapêuticos efetivos.
7
Observação
“É importante observar a essência da doença,
pois a verdadeira natureza de uma doença se
revela tão somente em sua totalidade”.
Hahnemann
“Tão somente não trates de encontrar nada após os fenômenos;
eles são en si mesmos a doutrina”.
Goethe
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Não são importantes só os sintomas e sinais (critérios objetivos), mas também a
vida do paciente com seus sintomas e, através deles, os fatores que os
melhoram ou pioram, e a repercussão que tem as mudanças em relação ao ser
holístico e seu ambiente.
O fenômeno do paciente enfermo, com todas suas características, é o que se
tem que tratar. Se o interrogatório do paciente acerca de seus sintomas e
modalidades (em homeopatia, a estratégia para perguntar e analisar os sintomas
e modalidades denomina-se repertorização) é amplo e tem detalhes suficientes,
teremos em conta o que está por trás daqueles sintomas (as causas). Só assim
é possível um embasamento totalmente holístico.
8
Reflexão
“A reflexão é uma maneira não de reproduzir, mas
de produzir a realidade”.
“Compreende tanto a ação da vontade como o intelecto e o poder
da imaginação como ato consciente, uma valorização e evolução
espirituais, e ver com os olhos do espírito”.
Hahnemann
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A reflexão sobre o observado se faz sem interpretações por parte do médico,
com empatia, tratando de ver as coisas como o paciente as vê. As
interpretações durante a repertorização (interrogatório do paciente pelo médico
para repertorizar os sintomas, sinais e modalidades) poderiam levar a perguntas
falsas na repertorização, o que se traduziria finalmente em um falso remédio. O
médico deve ser um catalisador que acelere as revelações do paciente, além de
um catalisador para a rápida recuperação da saúde mediante os medicamentos
corretos.
9
Experiência
“A medicina é uma ciência baseada na
experiência. A experiência se obtém não mediante
a experimentação aleatória, mas pela compreensão
espiritual do que se tem experimentado”.
Hahnemann
“A dinâmica da experiência consta de capacidades adquiridas e
de uma familiaridade interna com o objeto em questão”.
Aristóteles
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Embora o meio acadêmico queira fazer da medicina uma ciência “exata” está
seguirá sendo sempre uma ciência humana como a sociologia, a psicologia, etc.
A boa medicina baseia-se, sobretudo na experiência. Quanto mais pacientes se
veem e mais repertorizações se fazem, melhor e mais perfeito será o protocolo
de tratamento. O que se faz frequentemente se faz melhor. Isso confirma uma
das leis fundamentais da psicologia de aprendizagem.
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Os “sintomas” definidos por Hahnemann
Os sintomas compreenden tanto sintomas subjetivos como
constatações em qualquer região do organismo, de natureza
psicológica ou física, independentemente de seu grau de
diferenciação pela percepção ou a investigação até o nível
molecular.
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Em homeopatia, um sintoma deve ser interpretado em sentido amplo.
Diferentemente da medicina acadêmica, o sintoma não necessariamente deve
ser objetivo no sentido absoluto da palavra, que significa que deve ser
mensurável mediante técnicas objetivas. Os sintomas são subjetivos e inclusive
surrealistas (a Matéria Médica contém muitos exemplos em que a imagem
medicamentosa está relacionada com a forma em que o paciente vive seu
sintoma, por exemplo, estômago pesado com se fosse explodir, cefaléia como se
tivesse um prego metido no crânio, sensação de estar em pedaços). A maioria
destes sintomas é bastante irreal e não podem ser medidos de nenhuma
maneira objetiva, mas são extremamente importantes na repertorização.
Tratando-se de um ser holístico, as emoções e impressões fazer parte do todo e
se representam, portanto na imagem medicamentosa.
Segundo Hahnemann, os sintomas podem ser puramente objetivos, subjetivos,
impressões irreais e inclusive surreais que conduzem a expressões, interações
verbais ou não verbais, aspectos psicológicos e emoções. A imagem total deve
correlacionar-se com a imagem completa que descreve a Matéria Médica ou ser
similar a ela. Desta forma, encontra-se o medicamento adequado.
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Teorias científicas
Medicina
convencional
Homeopatia
Doutrina
Etiológica, analítica
Fenomenológica, sintética
Natureza da
reflexão
Análise da causa,
quantitativa
Analógica, qualitativa
Investigação
Dedutiva
Indutiva
Estratégia
terapêutica
Mudança bioquímica
após o diagnóstico
clínico, relativo ao
órgão
Controle de sinais após
comparar o quadro clínico
com o quadro sintomático,
sistêmico, personotrópico
Objetivo
terapêutico
Curar a doença
Curar a pessoa
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Esta tabela compara a medicina acadêmica com a homeopatia em quanto à
doutrina, tipo de reflexão, investigação, estratégia terapêutica e objetivo. As
diferenças são evidentes, inclusive em certas ocasiões há uma oposição total. A
diferença principal radica na doença objetivada da medicina acadêmica frente à
pessoa “subjetiva” em estado alterado (doença). Um enfoque normalizado frente
a outro holístico e individualizado.
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As diluições homeopáticas
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Existem diferentes tipos de diluições homeopáticas. Vale a pena estudar as mais
habituais.
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Diluições homeopáticas mais frequentes
• Diluição decimal
(diluições D; em EUA e outros países, diluições X)
• Diluição centesimal (C ou CH)
• Diluição de Korsakov (K)
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Na história da homeopatia tem-se desenvolvido muitos tipos de diluição. Embora existam outros
tipos, as diluições decimais, centesimais e de Korsakov são as que mais se empregam em todo o
mundo. Também são populares as potências LM, embora só as utilizem homeopatas clássicos
em seus medicamentos unitários.
O procedimento para obter uma diluição homeopática descreve-se nas chamadas farmacopéias,
que seguem de maneira exata os laboratórios homeopáticos. Existem várias farmacopéias
reconhecidas no mundo. As mais seguidas são a alemã (HAB: Homöopathisches Arznei Buch) e
a francesa (PF: Pharmacopée française). Os medicamentos da Heel fabricam-se segundo a
farmacopéia alemã.
As diluições decimais estão muito presentes na escola alemã. Em cada passo de diluição usa-se
uma concentração de 1:10. Entre cada 2 passos de diluição se realiza um processo de
dinamização, que consiste em agitar o líquido com firmeza repetidas vezes (Hahnemann: 10
vezes). A partir de uma tintura mãe, a D1 é uma diluição de 1:10, a D2 é uma diluição de 1:100, a
D3 é uma diluição de 1:1000, ...a D9 é uma diluição de 1:1.000.000.000, e assim sucessivamente.
As diluições centesimais possuem uma concentração de 1:100 em cada passo de diluição.
Também aqui, entre cada dois passos de diluição de produz uma dinamização. A C1 ou 1CH é
uma diluição de 1:100, a C2 ou 2CH é uma diluição de 1:10.000, a C5 ou 5CH é uma diluição de
1:10.000.000.000, e assim sucessivamente. As potências ou diluições C estão muito presentes
na escola francesa.
As diluições D estão muito mais dinamizadas que as diluições C, já que se agitam 10 vezes em
cada passo de 1:10, o que somente ocorre em cada passo de 1:100 nas segundas. Assim, uma
D6 poderia ter a mesma concentração molecular que uma C3 (ambas são diluições de
1:1.000.000), mas para produzir a D6, o líquido foi agitado 60 vezes nos distintos passos,
enquanto que somente se agitou 30 vezes na C3. Esta diferença é significativa, sobretudo em
diluições mais altas.
Korsakov desenvolveu as diluições que levam seu nome. Com as diluições D e C, os laboratórios
farmacêuticos tem que usar um recipiente distinto em cada passo de diluição; nas diluições de
Korsakov utiliza-se o mesmo recipiente desde a primeira diluição até a última. A quantidade
residual que se adere a parede é algo ao redor de 1:100 partes do líquido que havia no frasco. As
máquinas de Korsakov aspiram o líquido do recipiente depois da dinamização e voltam a enchelo depois para prosseguir com as diluições seguintes. As diluições de Korsakov são fáceis de
preparar, pois nos tempos modernos é uma máquina dirigida por um computador que faz as
diluições e intercepta as diluições intermediárias que se necessitem.
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A diluição decimal
• Parte inicial da tintura*1 + 9 partes de veículo, dinamização, D1
• 1 parte de D1 + 9 partes de veículo*2, dinamização, D2
• 1 parte de D2 + 9 partes de veículo, dinamização, D3
• ………
• 1 parte de D(n-1) + 9 partes de veículo, dinamização, Dn
*1 A concentração da parte inicial da tintura mãe se descreve na farmacopéia e pode variar
segundo a substância empregada.
*2 O veículo que se utiliza para fazer diluições homeopáticas é a água ou o álcool, ou uma
mistura de ambos.
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Como nos medicamentos anti-homotóxicos se empregam somente diluições
homeopáticas decimais, é interessante que se estude o procedimento com mais
detalhes.
A farmacopéia alemã (HAB) descreve de forma pormenorizada como deve
realizar-se a diluição decimal e uma substância para que seja correta. Para cada
substância se define a primeira parte, a partir da tintura mãe sem diluir. A
primeira diluição de 1:10 se enche até uma medida padrão (100%) com um
veículo ou diluente (água ou álcool). Uma vez realizada a primeira diluição
molecular, agita-se esta com firmeza umas 10 vezes. O que o recipiente contém
agora é a primeira diluição decimal, quer dizer, uma D1. Toma-se 1 parte desta
diluição D1 e coloca-se em 9 partes de diluente ou veículo em um frasco novo.
Este líquido se dinamiza de novo e se cria uma diluição D2.
Embora, em principio, as diluições podem chegar onde se queira, nos
medicamentos anti-homotóxicos, e desde logo em medicamentos compostos, a
maioria das diluições vão de D2 a D8. Se for empregada diluições maiores como
em Injeel ou Homaccord, (ver a apresentação sobre grupos de medicamentos de
IAH AC) sempre teremos uma diluição menor da mesma substância que conterá
moléculas.
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Os princípios homeopáticos
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Neste ponto descrevem-se 4 princípios homeopáticos:
O principio da similaridade
O princípio da inversão
A regra de Paracelso
O princípio de Burgi
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O princípio da similaridade
• O principio do “como se”.
• O quadro clínico da intoxicação produzida em pessoas sãs pela
administrção de uma concentração tóxica de uma substância há
de ser similar ao padrão patológico do paciente. Só então
poderá uma concentração muito baixa desta substância curar o
paciente com um padrão patológico similar ao quadro tóxico da
pessoa sã.
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Um paciente que apresente um quadro patológico ou um quadro clínico parecido
ao quadro tóxico descrito ao ingerir concentrações elevadas de uma toxina em
estado de saúde, poderá tratar-se com aquela toxina em concentrações muito
baixas para curar sua doença.
Os quadros patogênicos de descrever na denominada Matéria Médica (ver mais
adiante nesta mesma apresentação).
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O princípio de inversão
• Uma substância que em concentrações moleculares altas
produz um quadro tóxico nas pessoas sãs pode curar o mesmo
padrão patológico em um paciente se a usar em concentrações
muito baixas.
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O princípio da inversão tem a ver com a dose e completa o princípio da
similaridade.
Em homeopatia, se utiliza uma substância segundo o quadro tóxico que produz
nas pessoas sãs.
Se uma abelha pica uma pessoa sã, se observam diversos sintomas clínicos:
edema local, dor, enrijecimento, etc. Para tratar um paciente cujos sintomas são
como se houvesse lhe picado uma abelha (embora na verdade não tenha sido
picado) devemos diluir Apis mellifia (abelha melífera) para curar a afecção. O
princípio da similaridade e os efeitos inversos ao inverter-se a dose são os
princípios mais importantes da homeopatia.
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A regra de Paracelso (1493-1541)
• A dose faz o veneno.
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Paracelso propôs que uma substância não pode chamar-se veneno por suas
características moleculares somente, já que a dose é o principal parâmetro de
sua carga tóxica. O arsênico se define como um veneno, mas isso só é verdade
em determinadas doses. As substâncias que normalmente se definem como
saudáveis podem ser tóxicas em concentrações ou doses maiores.
Portanto, não é a molécula em si que pode ter efeito tóxico, mas o número de
moléculas em determinadas doses. Sé então pode-se ver um quadro
patogenético em um pessoa sã e inverter a dose poderia curar a um paciente
com um quadro patológico parecido ao quadro tóxico.
Substância, quadro patogenético e dose, são parâmetros essenciais da
homeopatia.
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Princípio de Burgi, 1932
• “Os efeitos de duas substâncias que produzem a mesma
mudança funcional ou eliminam os mesmos sintomas se somam
quando os objetivos farmacológicos são os mesmos e se
potencializam quando são distintos”.
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Burgi propôs que a administração simultânea de diferentes substâncias com
ações terapêuticas similares produziria um efeito sinérgico que seria mais que a
soma dos efeitos individuais de todas as substâncias sozinhas.
Nos medicamentos anti-homotóxicos compostos, além da ação complementar
das distintas substâncias da fórmula, a sinergia dos componentes obedece ao
princípio de Burgi.
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O teste em homeopatia
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Os testes são essenciais em homeopatia, pois pelo teste se conhece o quadro
patogenético de uma substância homeopática.
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O “teste“
• Uma pessoa sã (voluntária)
• toma uma dose alta
• ou várias doses baixas
• de uma substância tóxica
• que produzirá nela um quadro de intoxicação
• que se registra de maneira exata e logo se ordena,
• e que se connhecerá como o quadro medicamentoso desta
substância.
• Na descrição se incluem sintomas somáticos e psicológicos, e
também as modalidades observadas no quadro medicamentoso
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Os testes são os ensaios patogênicos que formam a base de pesquisa
homeopática clássica. O objetivo de um teste é revelar o quadro patogenético de
uma substância que poderia se utilizado como medicamento homeopático. O
quadro patogenético é uma imagem clínica completa dos sintomas somáticos e
psicológicos que uma pessoa sã apresenta ao intoxicar-se com a substância
testada.
Observa-se em detalhe e se anota o quadro tóxico. Uma vez feito o teste, a
substância poderá ser usada em doses muito baixas para tratar ou curar o
paciente que tenha um quadro patológico parecido ao quadro tóxico observado
durante o teste.
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Sintomas e modalidades
• Os sintomas são clínicos
• As modalidades são os parâmetros ou condições que melhoram
ou pioram o estado sintomático do paciente
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A cefaléia é um sintoma clínico. Sua melhora com compressas frias e sua piora
com o calor e o sol são modalidades. Em um teste se observam e descrevem
tanto os sintomas clínicos como as modalidades.
As modalidades frequentemente têm a ver com melhorias ou piora subjetivos
devido às mudanças físicas do ambiente. As modalidades freqüentes estão
relacionadas aos sentidos, como o calor, o frio, o dia, a noite, a pressão em um
ponto afetado, os sons ou ruídos, os odores ou os aromas. As modalidades
podem afetar todo o quadro patogenético ou a partes do mesmo.
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Materia Medica e repertórios
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Os homeopatas usam atualmente dois tipos de livros para buscar o
medicamento correto para o paciente: a Matéria Médica e um Repertório. De
fato, cada um destes livros é a versão reversa do outro.
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Materia Medica
• Livro em que se descrevem em detalhes os
quadros medicamentosos, divididos em
sintomas por tecidos, órgãos e localizações
corporais.
• A materia medica de uma substância contém:
• Características gerais
• sintomas mentais
• sintomas cefálicos (olhos, ouvidos, nariz,
face,…)
• sintomas de garganta
• sintomas gástricos
• Etc.
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Os componentes homeopáticos com seus quadros patogenéticos se descrevem
em detalhes por ordem alfabética na Matéria Médica. São muitos os grandes
homeopatas que tem escrito a Matéria Médica: Allen, Boericke, Phatak, etc.
A descrição detalhada do quadro patogenético se divide em sintomas em relação
com os distintos órgãos, aparelhos, tecidos, sentidos, etc. A Matéria Médica é
um livro interessante onde compara finalmente os sintomas do paciente com o
quadro patogenético eleito depois da repertorização.
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Este é um exemplo da Matéria Médica de Murphy. Este texto contém uma
classificação alfabética das substâncias que se usam nos medicamentos
homeopáticos, se unitários ou compostos.
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Aqui observamos o quadro patogenético de Arnica montana, denominada
vulgarmente como arnica comum ou tabaco de montanha. Arnica montana é um
grande remédio homeopático em geral, na terapêutica anti-homotóxica se usa
especialmente nos medicamentos que servem para tratar desordens
locomotoras.
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O quadro patogenético de Arnica montana começa por suas características
farmacológicas. Nos primeiros pontos que se ressaltam vemos os sinônimos da
planta, onde cresce, quais são suas características farmacológicas, em que
órgãos ou aparelhos atua e qual sua aplicação geral. É uma descrição muito
parecida a descrição farmacológica convencional dos efeitos da substância.
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Mas abaixo vemos seu emprego homeopático em geral. Mas abaixo ainda, este
se divide em níveis detalhados. A atividade da arnica de descreve por regiões,
órgãos, aparelhos e tecidos.
As partes das frases que aparecem em negrito e cursivo se denominam
sintomas-chave, já que são muito importantes para poder usar esta substância
como medicamento homeopático. De fato, podemos afirmar que se o sintomachave não estiver presente no paciente com problemas nesta parte do corpo, o
mais provável é que esse medicamento não seja adequado para tratá-lo.
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Abaixo da aplicação homeopática vemos também as modalidades. Estas são
parâmetros que pioram ou melhoram os sintomas do paciente.
O texto diz: “Melhor ao fazer com a cabeça baixa ou fazer com os membros
estendidos. Pior com feridas, quedas, golpes, hematomas, choques,
traumatismos laborais, exercício físico excessivo, entorse. Pior com mínimo
toque, movimento, repouso, vinho, frio úmido. Pior depois de dormir e com idade
avançada, álcool, gás carbônico. Pior ao fazer sobre o lado esquerdo”.
Em negrito e cursivo se encontram as palavras: “fazer com a cabeça baixa,
feridas e hematomas”.
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Repertório
• O inverso da Materia Medica
• Livro em que, durante a
anamnese, o homeopata
busca os sintomas e as
modalidades que observa no
paciente
• Refere-se a determinadas
substâncias
• Que contém aqueles sintomas
e modalidades em seu quadro
medicamentoso
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A partir do interrogatório do paciente, de seus sintomas e modalidades, o
repertório conduz o homeopata a um ou uns poucos preparados (similares).
Ajustando as perguntas, ao final pode-se distinguir algum detalhe que determine
qual é o medicamento mais similar para o paciente.
O repertório se usa durante a repertorização, o processo de interrogar o paciente
e observá-lo.
Também aqui existem grandes homeopatas que escreveram seu repertório.
Nomes como Kente, Hering, Hahnemann, etc... constituem obras habituais.
Nestes tempos modernos existem inclusive programas de computador para
repertorizar os pacientes. Como exemplo, o Repertório Mac, que permite
selecionar os sintomas e modalidades do paciente, e chegar aos possíveis
preparados aos distintos níveis.
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Esta é uma página do repertório de Kent, repertório e autor que são bem
conhecidos e apreciados pela homeopatia.
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Imaginem que o paciente tenha dor nas costas. A zona está machucada depois
de uma queda (com hematomas). Abrimos agora o repertório e vamos ao
capítulo “Costas”. Neste capítulo buscamos “dor”, e em dor buscamos
“machucados” ou “hematomas”.
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Encontramos “Arn”. escrito em negrito, que é uma abreviatura de Arnica
montana.
Também aparecem outros preparados, como Alumina, Eupatorium, Kalium
carbonicum, Natrium muriaticum, etc. Temos que examinar mais a fundo o
paciente, fazer-lhe mais perguntas, para ajustar a escolha do medicamento.
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Se virmos também que o paciente treme quando lhe dói as costas, buscamos
isto no repertório e voltaremos a encontrar Arnica montana.
Para escolher o medicamento, quanto mais sintomas encontramos
correspondentes com Arnica montana, mais nos convencemos de que este é o
medicamento para o paciente.
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Base científica da homeopatia
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O enfoque estritamente individual do paciente, holístico por tratar-se de um ser
humano único, praticamente impede de criarem-se grupos de ensaio
comparáveis. Como na homeopatia não existem as doenças (só os pacientes),
na homeopatia clássica não se pode realizar investigações, pois a
individualidade do paciente é absoluta. Isso significa que não se podem formar
grupos de pacientes com a MESMA afecção, já que, inclusive tendo a mesma
“doença” segundo a medicina acadêmica, a doença seguirá de forma diferente
em cada pessoa.
Por outro lado, tem-se realizados ensaios clínicos homeopáticos, inclusive
randomizados e duplo-cego, com resultados notáveis a favor da homeopatia.
Ademais, a investigação básica tem mostrado em muitas publicações que as
diluições, inclusive acima do número de Avogadro, exercem efeitos fisiológicos.
Estamos longe de conhecer a farmacodinâmica dos medicamentos
homeopáticos e, embora haja algumas hipóteses verossímeis para explicar o
princípio operativo de algum fármaco homeopático unitário, a homeopatia
contrasta tão violentamente com a medicina acadêmica que sempre haverá lugar
para as críticas e o ceticismo.
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Porque é difícil a investigação homeopática?
• Os modelos de medição foram criados para os medicamentos
ponderáveis e não podem ser usados facilmente com os
fármacos homeopáticos
• Na homeopatia não existe a doença, só o doente
• Em consequência, uma mesma doença segundo a definição
acadêmica se trata com medicamentos distintos nos distintos
pacientes
• Por dogma, o mundo acadêmico ou convencional não aceita
nenhum resultado de investigação homeopática uma vez
superado o número de Avogadro
• Nas diluições altas, a hipótese é que entidades menores que as
moléculas por pura indução eletromagnética são as que
desencadeiam o mecanismo de ação do fármaco. Medir este
tipo de efeito é impossível segundo o princípio de Heisenberg
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Embora existam muitas razões pelas quais a homeopatia clássica resulte em
dificuldades de aplicar-se os princípios dos ensaios “normais”, tem-se realizado
numerosos estudos de preparados unitários com bons resultados terapêuticos.
Inclusive a investigação básica tem mostrado resultados notáveis com os
preparados unitários.
Os estudos básicos mais controvertidos são provavelmente os realizados pelo
imunólogo francês Benveniste, de renome mundial e também pelo médico Louis
Rey. Embora as pesquisas de Benveniste tenham sido confirmadas pelo
professor Ennis, um farmacologista inglês, seguem-se debatendo seus
resultadosaté a data, já que aceitá-los minaria a lógica da teoria molecular da
farmácia acadêmica convencional.
1 Benveniste, J.: "Human basophil degranulation triggered by very dilute
antiserum against IgE", E. Davenas, F. Beauvais, J. Amara, M. Oberbaum, B.
Robinzon, A. Miadonnai, A. Tedeschi, B. Pomeranz, P. Fortner, P. Belon, J.
Sainte-Laudy, B. Poitevin, J. Benveniste, Nature 333, 816-818 (30/06/1988)
2 Rey, L.: “Thermoluminescence of ultra-high dilutions of Lithium chloride and
Sodium chloride”, Physica A, 2003, 323, 67-74
3 Ennis, M. et al.: “Histamine dilutions modulate basophil activation”.
Inflammation
Research, 2004 May;53(5):181-188
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Quão certa é uma medição em ciência?
• Segundo o princípio da incerteza de Heisenberg, a objetividade
não é possível ao nível básico.
∆x∆p ≥ h/4π
∆x = factor de incerteza do lugar
∆p = fator de incerteza do impulso
h = constante de Planck (aprox. 6,63×10-34 J·s)
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O físico Werner Heisenberg afirmou que é impossível assinalar a posição e a
velocidade de uma partícula ao mesmo tempo. Seu princípio da incerteza é
citado como de grande importância para a medicina quântica. A conseqüência
deste princípio é que, quando se começa a medir algo, se influi no fenômeno de
tal maneira que a medição é falsa.
O princípio ou relação da incerteza de Heisenberg tem enormes conseqüências
para muitos ramos da física e desempenha um papel importante na física
quântica. Poderia ser relevante na reprodução das pesquisas realizadas com
medicamentos homeopáticos unitários em diluições médias e altas. Também se
aplica aos grandes objetos (carros, aviões, casas...), embora muito menos,
inclusive à escala desprezível, devido à pequena magnitude da constante de
Planck. Sem dúvida, nos tratamentos com microdoses e mais na homeopatia,
onde se utilizam quantidades muito pequenas, talvez quânticas, o princípio da
incerteza de Heinsenberg poderia ser de extrema importância ao tratar-se de
medir o efeito.
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Aplicações terapêuticas da
homeopatia clássica
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Homeopatia
• Indicações principais
• transtornos agudos
• transtornos funcionais
• transtornos psicosomáticos
• doenças crônicas
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A homeopatia pode aplicar-se à maioria dos tipos de doenças ou desordens: as
alterações da força vital (afecções aguda, inflamações em sua maioria), os
desequilíbrios, as desordens de origem psicossomática e também algumas
doenças crônicas.
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Homeopatia
• A terapia homeopática clássica não está indicada para as
afeções com lesões graves nem para as doenças terminais ou
malignas
• Nestes casos serve como complemento
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Como ocorre com qualquer outro tipo de medicina, a homeopatia também tem
seus limites. A homeopatia clássica não deveria ser de primeira escolha para
tratar lesões graves, nem cânceres terminais, embora em todos estes casos
pode-se melhorar a qualidade de vida. No último caso mencionado, a
homeopatia não é o tratamento essencial, mas é complementar aos outros
métodos terapêuticos e tratamento, a maioria procedentes da medicina
acadêmica (p. ex. os vômitos induzidos pela quimioterapia podem ser bem
tratados com a homeopatia).
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Exemplos de grupos de preparados
Preparados vegetales
Aconitum
Belladonna
Nux vomica
Acónito ou matalobos
Belladona ou belladama
Noz vômica
Preparados animales
Apis
Sepia
Lachesis
Abelha melífera
Sepia
Cascavel muda ou matabuey
Preparados minerales
Calcium carbonicum
Hepar sulfuris
Silicea
Cálcio de concha de ostra
Sulfuro de cálcio
Ácido salicílico
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Em homeopatia utilizam-se normalmente três grupos de substâncias: preparados
de origem vegetal, de origem animal e mineral. Citam-se exemplos de cada
grupo com seu nome científico oficial e seu nome vulgar.
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O Dr. Reckeweg e
a homeopatia clássica
© IAH 2009
Depois de seus estudos de medicina acadêmica, o Dr. H.-H. Reckeweg estudou
homeopatia clássica para tentar encontrar a forma de abordar os efeitos
secundários e as contra-indicações dos fármacos convencionais. Mas tampouco
a homeopatia clássica era a solução, pois é uma medicina muito empírica.
Somente a prática clínica durante anos, talvez décadas, determina que a
homeopatia tenha êxito, pois reconhecer os quadros patogenéticos nos
pacientes nos pacientes exige muita experiência.
Depois de estudar e seguir os seminários do prof. August Bier, que defendia
certo tipo de homeopatia clínica em sua época, o Dr. Reckeweg chegou a
consolidar seu conhecimentos de homeopatia, que levariam depois a elevar seu
enfoque integrador de ambos os tipos de medicina, criando pouco a pouco o
conceito de homotoxicologia, uma ponte entre a medicina acadêmica e a
medicina homeopática.
Não só encontramos diluições homeopáticas, principalmente diluições baixas,
nos medicamentos compostos. A influência da homeopatia clássica se encontra
acima de tudo na gama dos Injeel (ver apresentação sobre grupos de
medicamentos IAH AC), acordes de potência de uma mesma substância juntas
no mesmo frasco. Também na gama dos Homaccord (ver a apresentação sobre
Homaccord de IAH AC) constata-se a presença do gênio homeopático de
Reckeweg.
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Homeopatia complexa e
medicamentos anti-homotóxicos
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Já dissemos que existem diferenças fundamentais entre os medicamentos
homeopáticos complexos e os medicamentos anti-homotóxicos (ver a
apresentação sobre preparados básicos de IAH AC).
Os medicamentos anti-homotóxicos se formulam e atuam tendo em conta a
função sinérgica ou atividade complementar de seus componentes, e se
empregam na clínica segundo o quadro patológico do paciente e dentro de um
marco de referência específico, a tabela da evolução das doenças (TED).
Embora se classifiquem como homeopáticos pelas diluições homeopáticas
empregadas, os medicamentos anti-homotóxicos são algo mais que
medicamentos homeopáticos complexos. Estas diferenças são de grande
importância para poder compreender porque os medicamentos anti-homotóxicos
atuam mais profundamente que os homeopáticos complexos e porque podem
ser entendidos mais facilmente pelos médicos acadêmicos.
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