A união do Paraquedismo e da Psicologia Comprovar que a queda livre pode trazer inúmeros benefícios para a saúde física, mental e emocional dos indivíduos, como superação de medos, melhora nos níveis de auto-estima e alívio no stress. Esse é o objetivo do estudo Uma nova terapia dos ares: o potencial psicológico do estado de queda livre (60 segundos a 250 Km por hora) no tratamento complementar e redução dos efeitos de distúrbios como ansiedade, depressão, stress, síndrome do pânico e dependência química, que será conduzido pelo Projeto Fly Again! a partir dos dias 11/12 e 18/19 de junho, em Boituva (SP). Na ocasião, grupos de pessoas farão séries de saltos duplos e, após experimentarem a sensação de voar durante 60 segundos a 250 km por hora, serão realizadas entrevistas sobre suas impressões pessoais do salto. O objetivo do trabalho é fazer cerca de 100 entrevistas para, aos poucos, comprovar os efeitos psicológicos e emocionais da queda livre. Além de estudar pessoas com os sintomas acima mencionados quando submetidas ao “estado de queda livre”, outro grande objetivo do trabalho é mostrar que o paraquedismo é um esporte seguro, saudável, pode ser praticado por qualquer indivíduo e possui psicologia em todos os seus níveis, a começar quando o indivíduo é desafiado para um salto duplo. Segundo o psiquiatra paraense José Paulo de Oliveira Filho, a queda livre provoca transformações neuroquímicas por causa das altas doses de adrenalina. “Trata-se de uma resposta neural extrema, como se o cérebro do indivíduo fosse um prédio que acende todas as luzes de repente, o que modifica seus pensamentos, emoções e seu comportamento. A idéia é melhorar a auto-estima dos pacientes. Após os saltos, eles conseguem enxergar a vida sob outro prisma, passam a ser mais audaciosos e otimistas, duas mudanças que podem contribuir para a recuperação", explica. Para o escritor e psiquiatra Augusto Cury, um dos primeiros entrevistados pelo Projeto Fly Again!, com a prática do paraquedismo, o cérebro cria uma nova plataforma com áreas responsáveis pelo deslocamento de um grupo de “janelas killer” (ou zonas traumáticas) para um grupo de "janelas light”, onde há segurança, sentimento de superação, liberdade, prazer, capacidade crítica de pensar e reciclar os estados psíquicos. “O indivíduo volta a existir, pensar, sonhar, sorrir e amar, de modo a dar sustentabilidade à sua melhora. Na queda livre, neurotransmissores como a serotonina [responsável pela sensação de prazer], mas também a adrenalina, noradrenalina e a acetilcolina, desenvolvem um estado emocional intenso que é registrado de maneira privilegiada pelo fenômeno RAM [Registro Automático da Memória], formando ‘janelas light power’ que são lidas, relidas e retroalimentadas, expandindo as áreas saudáveis do cérebro”, disse Cury, autor de livros como Código da Inteligê ncia, Nunca Desista De Seus Sonhos, O Futuro da Humanidade e Inteligência Multifocal. O Projeto Fly Again! é conduzido, aos finais de semana na cidade de Boituva (SP), pelo jornalista Thiago Romero (TV Cultura, Agência FAPESP, Globo Universidade e Folha de S.Paulo). Qualquer interessado no assunto, incluindo jornalistas, pode se candidatar aos saltos, que serão realizados em parceria com a Escola Azul do Vento, uma das mais tradicionais e conceituadas de todo o mundo com 30 anos de história no esporte. Interessados em saltar: http://projetoflyagain.blogspot.com/ Veja mais depoimentos colhidos pelo Projeto Fly Again!: http://projetoflyagain.blogspot.com/2011/05/depoimentos-projeto-fly-again-uma-nova.html Mais informações:Thiago Romero [email protected]