Mini-guia Julgamento de Nuremberg

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Miniguia de estudos – SISA 2013
Julgamento de
Nuremberg
__________________________
Diretores:
Eliakim Ferreira Oliveira
Rodrigo Rocca
Victoria Puperi
Vinicius Andrade
-ÍNDICE-
1. Contexto Histórico …........................................................................ 3
1.1)
1.2)
1.3)
Ascensão do nazismo e o 3º Reich
A Segunda Guerra Mundial
O fim da guerra e as imposições à Alemanha
2. O Julgamento de Nuremberg …............................................................... 8
3. Lista de representações …....................................................................... 9
3.1)
3.2)
3.3)
3.4)
3.5)
Réus nazistas
Advogados nazistas
Advogados aliados
Promotores aliados
Os juízes (Diretores)
4. Guia de imprensa …............................................................................. 17
4.1)
4.2)
Imprensa Americana
Imprensa Soviética
5. O application …....................................................................................
19
5.1)
5.2)
5.3)
5.4)
5.5)
O que é um application?
Como deve ser?
Entrega
Seleção dos applications
Propostas de applications para o comitê
6. Bibliografia …..................................................................................... 21
-CONTEXTO HISTÓRICO1.1) Ascensão do Nazismo e 3º Reich
Em 1923, ao sair da prisão de Landsberg onde fora aprisionado como punição pelo
chamado Putsch da Cervejaria – um golpe nazista contra o governo bávaro para controlar a
Baviera -, Adolf Hitler foi anistiado. O Partido Nazista, que se encontrava quase dissolvido,
carecia de se reconstituir. Para isso, Hitler funda uma guarda para sua defesa pessoal, a
Schutztaffel (Unidade de Proteção ou SS). Ele o fez por não confiar na polícia paramilitar
nazista, na época a Sturmabteilung (Tropa de choque ou SA). A SS foi inicialmente comandada
por Heinrich Himmler. Além da SS, Hitler também criou organizações como a Juventude
Hitlerista, associações de mulheres, etc.
O inseguro clima econômico de 1929 permitiu ao Partido Nazista uma progressão.
Hitler apelava para o sentimento de orgulho nacional ofendido pelo Tratado de Versalhes
imposto após Primeira Guerra Mundial pelos aliados à Alemanha, que perdera territórios para a
França, Bélgica, Polônia e entregara suas colônias, além de pagar uma grande soma em dívida
de guerra.
O partido tentou ganhar votos culpando o judaísmo internacional pelas humilhações,
mas não se saiu bem. Então criaram uma propaganda mais sutil, combinando o antissemitismo
com ataques às falhas do sistema Weimar (República de Weimar) e seus partidos de apoio. A
ideia agradou o eleitorado.
A estratégia de explorar as frustrações e o sentimento antissemita da sociedade alemã,
apontando os judeus como culpados dos problemas sociais, permitiu aos nazistas alcançarem a
classe média e a operária. E mais, a mudança do programa social trouxe-lhes apoio da classe
dirigente e dos industriais.
A Grande Depressão que assolou a Alemanha em 1930 foi benéfica a Hitler. A
democracia em vigor desde 1919 (República de Weimar) não era aceita pelos conservadores e
tinha a oposição dos fascistas. Os sociais-democratas e os partidos tradicionais de centro e
direita não conseguiam controlar a depressão. As eleições de Setembro de 1930 levaram o
Partido Nazista à vitória. Neste momento, com 107 lugares no “Reichstag” (Parlamento
Alemão), era o segundo maior partido. Uma ascensão ajudada pela mídia controlado por Alfred
Hugenberg, de direita.
Hitler ganhou votos da classe média alemã, atingida pelo desemprego devido à grande
depressão. Agricultores e veteranos de guerra também o apoiaram. No entanto, foi rechaçado
pelas classes trabalhadoras urbanas e pelas cidades de Berlim e da Bacia do Ruhr (norte da
Alemanha protestante).
A eleição de 1930 abalou o direitista Heinrich Brüning que, sem a maioria do Reichstag,
apoiava-se na tolerância dos sociais-democratas (esquerda) e nos poderes presidenciais de
emergência para ficar no poder. A austeridade de Brüning foi infrutífera devido à depressão.
Temendo pelas eleições presidenciais de 1932, tentou apoio dos nazistas para estender o
mandado presidencial de Paul Von Hindenburg, mas Hitler o recusou. Hitler e Hindenburg
foram à luta. Hitler obteve o segundo lugar na primeira fase e 35% dos votos na segunda fase,
apesar de o ministro do interior Wilhelm Gröner e o governo social-democrata prussiano terem
se esforçado para restringir as atividades públicas nazistas, incluindo a atuação da SA.
A tolerância de Hindenburg para com Brüning acabou e ele o demitiu do governo,
nomeando Franz Von Papen, que aboliu a proibição das SA e convocou novas eleições. Em Julho
de 1932, os nazistas obtiveram 230 lugares no parlamento tornando-se o maior partido alemão.
Nazistas e comunistas eram a maioria do Reichstag, portanto era impossível formar um
governo estável de partidos do centro. Havia desconfiança no governo Papen, apoiado por 84%
dos deputados. Dissolveram o parlamento recém-eleito e convocaram novas eleições.
Papen e o “partido de centro” tentaram negociar com Hitler, mas ele exigiu o posto de
chanceler e o acordo do presidente para não usar poderes de emergência (artigo 48 da
Constituição de Weimar).
A tentativa de Papen falhou. Hindenburg o substituiu pelo influente general Kurt von
Schleicher, que fora Ministro da Defesa e prometeu manter um governo majoritário
negociando com os sindicatos sociais democratas e dissidentes nazistas liderados por Gregor
Strasser.
Enquanto o general Schleicher realiava sua missão, Papen e Alfred Hugenberg
(presidente do DNVP – Partido Popular Nacional Alemão, o maior partido antes da ascensão de
Hitler) conspiravam para convencer Hindenburg a nomear Hitler chanceler numa coligação
com o DNVP. Porém, Schleicher falhou em sua missão e pediu a Hindenburg para dissolver o
Reichstag. Hindenburg demitiu-o e adotou o plano de Papen: Hitler (chanceler), Papen (vicechanceler) e Hugenberg (ministro das finanças) num gabinete com Hermann Göring e Wilhelm
Frick. Em 30 de Janeiro de 1933, Adolf Hitler assumiu como chanceler na Câmara do
Reichstag, aplaudido por milhares de simpatizantes nazistas.
Agora Hitler no posto de chanceler, passa a desejar uma milícia eficiente. A SA era um
dos esteios de seu poder político. Ernst Röhm era o chefe e queria incluir seus homens (camisas
pardas) no Reichswehr. Hitler, todavia, via-os apenas como uma tropa de pressão política, e não
como núcleo do “futuro exército do Reich”. Röhm era abertamente contrário às ideias de
Hitler. Heinrich Himmler da SS apresentava provas de que o capitão Röhm era homossexual e
planejava matar Hitler. Na noite de 29 para 30 de Junho de 1934, Röhm é assassinado com
outros na chamada “Noite das facas longas”. A partir daí, as SS de Himmler ocupa a função de
polícia da SA.
Hindenburg morre em 2 de Agosto de 1934. Hitler assume as funções de Presidente e
de chanceler, autointitulando-se Führer (líder) da Alemanha e exige juramento de lealdade das
forças armadas.
Agora o ditador Adolf Hitler inicia as mudanças econômicas (feitas a partir dos
problemas advindos da perda na 1ª Guerra e da crise de 1929) e sociais (como a diminuição de
imensas taxas de desemprego) que acarretariam na aceitação do povo ao novo regime que se
instaurava: o Terceiro Reich.
1.2) A Segunda Guerra Mundial
Em 1933 as despesas militares alemãs chegavam à marca de 1,9 milhões de marcos; em
1939, seis anos depois, os gastos com programa bélico chegaram a 32,3 milhões de marcos.
Houve grande intensificação dos investimentos militares alemães em poucos anos, e também o
serviço militar tornou-se obrigatório; este era o início do programa nazista de expansão
territorial. Motivados pelo revanchismo, os alemães buscavam novamente o patamar de grande
nação (segundo os parâmetros de grandiosidade vigentes: riqueza e poder) que haviam perdido
após a Primeira Guerra Mundial. Por isso, havia a ambição nazista de anexação dos territórios
perdidos com o Tratado de Versalhes (grande parte destes possuíam recursos estratégicos ao
desenvolvimento industrial alemão – carvão, ferro, etc.), e também a conquista de territórios
de colônias e nações julgadas inferiores que possuíam matérias-primas importantes.
Ao final da Primeira Guerra Mundial, a Liga das Nações fora criada. Gerenciada pela
França e Grã-Bretanha, esta organização tinha o fim da manutenção da paz mundial, e, no
entanto, pouco fez para impedir a consolidação da Alemanha nazista. Em 1936 Hitler tomou a
Renânia, antiga região alemã tomada pelos franceses, sem qualquer reação armada, e a Liga das
Nações não se mobilizou. Estes dois países esperavam que a Alemanha de Hitler viesse a ser
uma barreira à expansão do comunismo pela Europa, e, além disso, eles não queriam se opor,
pretendendo não criar conflitos; essa foi a chamada Política de Apaziguamento. O elevado
investimento militar e a expansão nazista significavam a ruptura do Tratado de Versalhes, porém
não houve reação, isso alimentou as ambições nazistas. Assim, Alemanha, Itália e Japão, que
tinham interesses expansionistas em comum, assinaram em 1936 o Pacto Antikomintern, que
marcou o início do Eixo Berlim-Roma-Tóquio.
Em 1938 a Áustria é anexada à Alemanha, com a justificativa de ser um movimento para
a reintegração dos povos germânicos. Esse fato histórico provocou um movimento na
Tchecoslováquia de reintegração à Alemanha, incentivado pelo desejo nazista, e no entanto o
governo tcheco se opunha à anexação do território. Desta vez a Liga das Nações convocou em
1938 a Conferência de Munique, com o fim de evitar um conflito na região. Nesta conferência
o povo alemão ganhou o direito de anexar algumas regiões da Tchecoslováquia. Hitler também
assinou um documento comprometendo-se a manter a paz. Após esse evento, Hitler exigiu que
a Polônia devolvesse a cidade de Dantzig, e que construísse uma estrada e uma ferrovia que
ligassem a Alemanha à Prussia Oriental (sob domínio alemão) passando pela Polônia. Já em
1939, os nazistas haviam invadido o restante da Tchecoslováquia, quebrando a acordo da
conferência. Neste contexto, Grã-Bretanha e França se aliam à Polônia.
Em agosto do mesmo ano, foi assinado o Pacto Germânico-Soviético entre a Alemanha e
a União Soviética: era um tratado de não-agressão e neutralidade, dessa forma, caso a Alemanha
invadisse a Polônia e os franceses e britânicos declarassem guerra, a URSS deveria não entrar no
conflito. Dessa maneira, a Alemanha invade facilmente a Polônia, sendo o estopim da 2ª Guerra
Mundial e evita duas frentes de combate (à leste URSS e à oeste França e Grã-Bretanha);
enquanto isso, o antissemitismo ganha força e ocorrem as ondas de extermínio. A partir daí as
forças nazistas começam a se espalhar por toda a Europa, dominando o norte, leste, sudeste
europeu e também a França. Ao final só restavam a Península Ibérica, a Grã-Bretanha e a URSS
para a completa dominação da Europa.
Os russos, em uma tentativa de frear os nazistas, propuseram a partilha do mundo em
zonas de influência divididas entre os dois países. Mas, sob a premissa de vitória certa e a
necessidade de petróleo, Hitler recusa e invade a União Soviética. Os japoneses, com o ataque a
Pearl Harbor, motivados pelo interesse de acabar com a intervenção americana no projeto
expansionista japonês no Pacífico, arrastaram os EUA para a guerra. Os alemães avançaram pela
URSS e chegaram perto de Moscou. No entanto, a resistência russa, evidenciada na batalha de
Stalingrado, aliada ao frio do inverno russo, deteve os nazistas, destruindo boa parte do
exército alemão invasor. Esse foi o marco que culminou na derrota nazista, com o auxílio dos
ingleses e dos americanos que avançaram pelo Oeste Europeu. Em 1944, ocorreu a invasão
aliada à Normandia no chamado Dia D. No ano de 1945 ocorreu o cerco à Berlim, vencida
pelos os soviéticos e assim no mesmo ano a Alemanha nazista de Hitler, que já havia cometido
suicídio, se rende às forças aliadas. Em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos da América
lançam a bomba atômica sobre Hiroshima e três dias depois em Nagasaki, totalizando 230 mil
vítimas fatais. Assim os japoneses se rendem e acaba a Segunda Guerra Mundial, iniciando-se a
Guerra Fria.
1.3) O fim da guerra e as imposições à Alemanha
A segunda guerra trouxe diversos problemas para a Europa em geral. O conflito gerou
um gasto superior a 410 Bilhões de Libras e deixou mais de 40 Milhões de mortos.
Em 1945 entre Julho e Agosto, ocorreu a conferencia de Potsdam, nela os aliados se
uniram para decidir o futuro da Alemanha. Eles chegaram a decisões como:
• Reversão de todas as anexações alemãs na Europa após 1937 e a separação da Áustria
da Alemanha.
• Estabelecimento dos objetivos da ocupação da Alemanha pelos aliados:
desmilitarização, desnazificação, democratização e descartelização.
• O Acordo de Potsdam, que estabelecia a divisão da Alemanha e da Áustria em zonas de
ocupação, como anteriormente decidido na Conferência de Yalta, e a similar divisão de Berlim e
Viena em quatro zonas (americana, britânica, francesa e soviética). Posteriormente, em 1961, a
zona aliada (americana, britânica, francesa) em Berlim seria isolada do resto oriental da
Alemanha (já dividida) pelo Muro de Berlim, que completou a fronteira interna alemã.
• Julgamento dos criminosos de guerra nazistas em Nuremberg.
• O estabelecimento da fronteira da Alemanha com a Polônia nos rios Oder e Neisse
(Linha Oder-Neisse).
• A expulsão das populações germânicas que ficaram fora das novas fronteiras da
Alemanha.
No Começo de 1946, o Conselho de Controle Aliado, determinou a divisão da
Alemanha em 4 partes, as quais seriam ocupadas pelos EUA, URSS, Reino Unido e França,
estes, ocuparam a Alemanha de 1946 até 1948. Assim como o território Alemão, o território
Austríaco também foi ocupado, porém, a Áustria ficou sob controle Aliado até 1955. (Veja as
Imagens Abaixo)
(Ocupação da Alemanha)
(Ocupação da Áustria)
-O JULGAMENTO DE NUREMBERGApós o fim da Segunda Guerra Mundial, com a vitória dos aliados, o suicídio de Hitler e
Himmler, a descoberta das atrocidades nazistas cometidas nos campos de concentração e todos
os crimes de guerra cometidos pelas tropas alemãs durante o conflito, tornou-se necessário o
julgamento dos figurões nazistas que foram capturados. Surgiu daí o chamado Julgamento de
Nuremberg ou, oficialmente, o Tribunal Militar Internacional (TMI), liderado pelos países
vencedores (Estados Unidos da América, União Soviética, Reino Unido e França). Seu objetivo
era julgar os crimes de guerra cometidos pelos chefes da Alemanha nazista e que feriram o
direito internacional.
Em Agosto de 1945, reuniram-se em Londres os representantes da Grã-Bretanha, da
França, dos Estados Unidos da América e da então URSS. Nessa ocasião assinaram um acordo
criando o Tribunal, que acabou sendo instalado na cidade alemã de Nuremberg. Os juízes e
promotores públicos que atuaram no julgamento tinham origem nesses quatro países. As regras
que definiram quais os crimes seriam julgados, assim como as regras para os processos e para o
julgamento, foram estabelecidas através da Carta de Londres.
Entre 1945 e 1949 foram julgados treze processos, nos quais estavam envolvidos vinte e
quatro réus, embora apenas vinte e um tenham ido a julgamento. Dos acusados, vinte eram
médicos, acusados de cometer atrocidades. As várias acusações foram classificadas em quatro
modalidades principais, sendo que cada réu era acusado em uma ou mais modalidades. Foram
elas:




Conspiração e atos deliberados de agressão;
Crimes de guerra;
Crimes contra a paz;
Crimes contra a humanidade.
Dos vinte e um réus julgados em Nuremberg, foram sentenciados à morte na forca:
Hermann Göring, Alfred Rosenberg, Alfred Jodl, Martin Borman (foi julgado à revelia, pois
estava a morrer), Wilhelm Keitel, Wilhelm Frick, Hans Frank, Fritz Sauckel, Julius Streicher,
Ernst Kaltenbrunner, Arthur Seyss-Inquart e Joachim von Ribbentrop.
Os seguintes foram inocentados: Hjalmar Stracht, Franz von Papen e Hans Fritzche.
Hermann Göring, o réu mais polêmico, suicidou-se ingerindo uma cápsula de cianureto
de potássio, um dia antes de ser executado na forca. A origem de tal cápsula jamais foi
descoberta.
A execução de todos os condenados a morte na forca ocorreu no dia 16 de Outubro de
1946 e foi assistida por 45 pessoas.
O Julgamento em si durou 285 dias, nos quais foram ouvidas 240 testemunhas.
-LISTA DE REPRESENTAÇÕES3.1) Réus Nazistas
Karl Dönitz
Comandante da Kriegsmarine, a marinha alemã. Foi presidente da Alemanha durante 23 dias
após a morte de Adolf Hitler e ficou conhecido por ter assinado a rendição de seu país na
Segunda Guerra Mundial.
Seu advogado em Nuremberg fora Otto Kranzbuhler.
Hermann Göring
Foi segundo homem mais importante na hierarquia do terceiro Reich. Hermann era marechal e
comandante da força aérea alemã, a Luftwaffe. Era Ministro-presidente da Prússia e entre 1937
e 1938 fora Ministro da Economia da Alemanha.
Seu advogado no Julgamento de Nuremberg era Otto Stahmer.
Rudolf Hess
Vice-líder do partido nazista e terceiro na hierarquia da época, sendo secretário particular do
Führer e membro do Conselho de Defesa do Reich. Era destinado a ser o sucessor de Hitler e
Göring.
Seu advogado era o mesmo de mais três nazistas no julgamento, Otto Stahmer.
JoachimVon Ribbentrop
Foi um dos principais líderes nazistas. Juntou-se ao partido de Adolf Hitler em 1932 e fora
Ministro das Relações Exteriores da Alemanha entre 1938 e 1945.
Seu advogado durante Nuremberg fora Otto Stahmer.
Alfred Rosenberg
Foi o principal teórico do nazismo e conselheiro de Hitler. Durante seu tempo como Ministro
dos territórios ocupados do Leste, deportou e exterminou milhares de pessoas, especialmente
os judeus.
Hjalmar Schacht
Foi um banqueiro e economista alemão. Fora Ministro da Economia do Terceiro Reich entre
1934 e 1937 e durante sua gestão, acabou com o desemprego na Alemanha sem provocar
inflação. Schacht participou da tentativa de atentado contra Hitler em 1944.
Seu advogado era Rudolf Dix.
Albert Speer
Por seu talento na arquitetura, tornou-se uma das pessoas mais próximas de Hitler e, por
consequência, um dos nazistas mais influentes. Assim, assumiu os cargos de arquiteto-chefe e de
Ministro do Armamento.
Julius Streicher
Foi um dos principais responsáveis pelo antissemitismo na Alemanha, sendo autor do jornal
nazista Der Stürmer e de livros infantis incentivando o racismo.
Seu advogado era Otto Stahmer.
3.2) Advogados Nazistas
Otto Stahmer
Foi o principal advogado nazista do julgamento de Nuremberg. Seus clientes eram: Hermann
Göring, Julius Streicher, Joachim Von Ribbentrop e Rudolf Hess.
Rudolf Dix
Estudou Direito na Universidade de Zurique e foi um advogado de bastante notoriedade.
Durante o Julgamento de Nuremberg, foi defensor de Hjalmar Schacht.
Otto Kranzbuhler
Foi um juiz naval alemão e ficou conhecido por ter sido advogado de Karl Dönitz em
Nuremberg.
3.3) Advogados/vice-promotores Aliados
Thomas J. Dodd (EUA)
Juntamente com o promotor Jackson, Dodd insistiu para que Nuremberg fosse um julgamento
justo e legal. Dodd interrogou especialmente Alfred Rosenberg, mostrando filmes de campos
de concentração e fornecendo provas do trabalho escravo.
Telford Taylor (EUA)
Taylor era um advogado norte americano e coronel durante a Segunda Guerra Mundial. Fora
chamado por Robert H. Jackson e ficara conhecido por seu papel no conselho do promotor
durante o Julgamento de Nuremberg.
Sir David Maxwell Fyfe (Reino Unido)
O 1º Conde de Kilmuir tinha opiniões políticas conservadoras. Fora ministro, advogado e juiz
na Grã-Bretanha. Durante o Julgamento de Nuremberg, era o vice do promotor britânico
Shawcross e era conhecido por seus interrogatórios.
Sir John Wheeler Bennett (Reino Unido)
Bennett era professor de Relações Internacionais da Universidade de Oxford e um historiador
conservador da história alemã e diplomática. Durante o Julgamento de Nuremberg, auxiliou o
promotor-chefe britânico.
Auguste Champetier de Ribes (França)
Era um advogado e presidente do conselho da República francesa. Foi nomeado pelo general De
Gaulle, líder da França livre, para delegar no Julgamento de Nuremberg.
3.4) Promotores-chefes Aliados
Robert H. Jackson (EUA)
Foi o principal promotor dos Estados Unidos no Julgamento de Nuremberg. Tinha como
principais aliados os advogados Dodd e Taylor e era conhecido por seus bons discursos.
Sir Hartley Shawcross (Reino Unido)
O promotor-chefe do Reino Unido era não só advogado como também político. Shawcross
evitou o estilo combativo dos americanos, soviéticos e franceses no Julgamento, fazendo
discursos passionais.
François de Menthon (França)
Conde Menthon foi um político e professor de Direito. Foi nomeado pelo general De Gaulle
como promotor-chefe francês no Julgamento de Nuremberg e ficou conhecido por sua
definição de crime contra a humanidade.
Roman Andreyevich Rudenko (URSS)
Rudenko era um advogado, promotor de justiça da República Socialista Soviética da Ucrânia.
Foi o principal promotor soviético em Nuremberg, onde tinha a patente de tenente-general.
3.5) Os juízes (diretores)
Os quatro juízes dos países aliados serão representados pela mesa dos diretores, não
sendo, portanto, papéis abertos para envio de applications. E, embora os diretores representem
os juízes, continuarão exercendo apenas seu cargo de mesa.
• Francis Biddle (EUA) – Rodrigo Rocca
• Coronel Sir Geoffrey Lawrence (Reino Unido) – Victoria Puperi
• Professor Henri Donnedieu de Vabres (França) – Eliakim Ferreira Oliveira
• Major General Iona Nikitchenko (URSS) – Vinicius Andrade
Obs.: Os diretores estarão abertos para ajudar os representantes dos advogados e promotores de seus
respectivos países.
-GUIA DE IMPRENSA4.1) Imprensa Americana
The New York Times
(Duas representações)
O New York Times foi fundada em 18 de setembro de 1851, pelo jornalista e político
Henry Jarvis Raymond.
O jornal foi publicado originalmente todos os dias, exceto aos domingos, mas em 21 de
abril de 1861, devido à demanda para a cobertura diária da Guerra Civil, o The New York Times,
juntamente com outros grandes jornais, começou a publicar questões editoriais aos domingos.
Foi em 1870-71 que a influência do jornal cresceu, quando publicou uma série de denúncias de
William Magear Tweed, líder do Tammany Hall, Partido Democrático da cidade.
Na década de 1940, o jornal ampliou sua amplitude e alcance. As palavras cruzadas
começaram a aparecer regularmente em 1942, e a seção de moda em 1946. The New York Times
começou uma edição internacional em 1946.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Times manteve uma política para minimizar os
relatórios sobre o Holocausto em suas páginas de notícias. Seu objetivo era ser imparcial e não
parecer “defensor dos interesses judaicos”; porém, tal fato levou o jornal a levar inúmeras
acusações. Desta maneira, o jornal, relatava profundamente a perseguição aos judeus, mas
encobria o impacto dos crimes nazistas sobre os mesmos.
4.2) Imprensa Soviética
Pravda
(Duas representações)
O Pravda foi fundado por Leon Trotsky, Victor Kopp, Adolf Joffe e Matvey Skobelev e,
originalmente, era um jornal Social-democrata russo semanal voltado para os operários. O
jornal era publicado no exterior para evitar censura e de lá enviado para dentro da Rússia. A
primeira edição foi publicada em Viena, capital da Áustria.
Este foi o principal jornal da URSS e um órgão oficial do Comitê Central do Partido
Comunista da União Soviética a partir de 1918. O Pravda era o veículo preferencial para
pronunciamentos.
-O APPLICATION5.1) O que é um application?
O Application é um texto de total autoria do candidato, que deve ser enviado para a
diretoria do comitê para que tenha a chance de conseguir a representação que deseja.
5.2) Como deve ser?
Representações padrões
Antes da elaboração do texto, o candidato deve verificar a lista de representações e
escolher cinco nomes como opções de representação. Deve-se frisar, todavia, que o texto deve
ser feito com base em apenas uma representação, que tem que ser necessariamente a mais
desejada pelo candidato. Os nomes devem estar em ordem de preferência, sendo o primeiro
nome o da representação usada para a elaboração do texto, e os outros quatro serão opções
secundárias caso não consiga a representação inicial (o sistema de seleção de applications é
explicado mais a frente).
Após as escolhas, o candidato deverá redigir um texto que contenha a posição política de
sua representação em vista do contexto histórico e dos interesses defendidos no Julgamento de
Nuremberg presentes no miniguia.
Para que o application tenha qualidade, é aconselhável que o candidato faça uma pesquisa
acerca da representação escolhida além do miniguia. O candidato que redigir um texto para ter
uma representação padrão não pode optar secundariamente por uma representação na
imprensa.
O application deve ser redigido com fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12 com
espaçamento e margens padrão, ocupando de 10 a 20 linhas.
Imprensa
O candidato às vagas de imprensa tem como objetivo redigir um texto dentro das
mesmas especificações das representações gerais, expondo a posição do Jornal escolhido em
relação ao assunto tratado pelo comitê, além da maneira como é escrito e sua possível
influência nas decisões internas.
A primeira e a segunda opções de jornal devem ser indicadas, mas o texto só deve ser
feito para a primeira. A terceira opção será automaticamente o jornal não escolhido. Os padrões
de escolha são os mesmos para as demais representações.
5.3) Entrega
Depois de consolidado, seguindo todas as instruções citadas acima, o application deve ser
enviado para o e-mail _____ até o dia 24/5.
5.4) Seleção dos applications
Os applications serão lidos pelos diretores e julgados pela sua qualidade. Se apenas um
delegado fizer application para uma representação, este conseguirá a vaga (se o texto estiver
dentro das normas explicadas anteriormente). Caso haja mais de um application para a mesma
representação, os diretores do comitê compararão a qualidade dos applications e decidir qual
dos delegados ficará com a representação em questão, sendo que o delegado que não conseguir
ficar com a representação inicial ficará automaticamente na sua segunda opção. Caso dois
delegados não consigam a primeira opção e tenham suas segundas opções coincidindo, seus
applications serão comparados, e o candidato que produziu o texto de maior qualidade ficará
com a representação - mesmo que o texto não tenha ligação com a nova opção.
Os delegados serão informados se conseguiram a representação que desejam por um email de notificação enviado pela diretoria do comitê.
5.5) Propostas de applications para os comitês
Padrão
O texto dissertativo redigido pelo candidato deve representar os ideais defendidos pelo
país que deseja, o que inclui os interesses da nação no Julgamento e a condenação ou defesa dos
réus.
Imprensa
O texto deverá ser elaborado no formato de matéria jornalística padrão sobre o
julgamento a ser realizado, colocando nele ideias e objetivos do país a ser representado.
-BIBLIOGRAFIA•http://www.oabsp.org.br/institucional/grandes-causas/o-tribunal-de-nuremberg
• http://www.morasha.com.br/edicoes/ed39/dinastia.asp
• http://en.wikipedia.org/wiki/Nuremberg_Trials
• AURÉLIO, Daniel Rodrigues. Segunda Guerra: A História Oficial e Seus Heróis Anônimos. 1ª
ed. São Paulo: Editora Universo dos Livros, 2010.
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