Capítulo 29: Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Cap. 29: Campos Magnéticos Produzidos por Correntes Índice  Lei de Biot-Savart;  Cálculo do Campo Produzido por uma Corrente;  Força Entre duas Correntes Paralelas;  Lei de Ampère;  Solenóides e Toróides;  Uma Bobina percorrida por Corrente como um Dipolo Magnético. Cap. 29: Geração de B por i A Lei de Biot-Savart Cargas em movimento geram Campo Magnético  0 ids  r̂ dB  4 r 2  0 dq v  r̂ dB  4 r 2 Lei de Biot-Savart  0 = T.m/A;  O vetor r aponta do elemento de corrente em direção ao ponto onde o campo deve ser determinado;  O vetor ds é um infinitesimal de comprimento orientado na direção da corrente. 4x10-7 Ilustração das variáveis da Lei de Biot-Savart e da regra da mão direita, usada para determinar a direção e o sentido do campo magnético gerado por uma corrente elétrica Cap. 29: Geração de B por i Fio Percorrido por uma Corrente  0 ids  r̂ 0 ids sen( ) dB  dB  2 4 r 4 r2  B 0 4   0i ds sen( ) ids sen( )  2  r 2 4 0 r2 tg  R sen  r cos    s r R s  1  ds  R d 2   sen   0i 180 sen 0i 180 1 B R d  send 2 2   4 0 (R/sen ) sen  4R 0  0i 180 B ( cos  ) 0 4R  0i B 2R Campo Magnético de um fio infinito  0i B 4R Campo Magnético de meio fio infinito em x = 0 (x = 0 até ) Cap. 29: Geração de B por i Fio Percorrido por uma Corrente  0 ids  r̂ 0 ids sen( ) dB  dB  2 4 r 4 r2  0i B 2R Campo Magnético de um fio infinito Cap. 29: Geração de B por i Corrente em um Arco de Circunferência 0 ids sen( ) dB  4 r2  O ângulo  entre ds e r é sempre 90°  r é constante (r = R). ds  rd f B 0i( sen90)  0i Rd   ( f  i ) 2  4R 4R  i  Para uma volta completa ( varia de 2 até 0). B  0i 2R Campo Magnético gerado Por uma espira. Cap. 29: Geração de B por i Corrente em um Arco de Circunferência Exemplo 29-1) pg. 238 A figura abaixo mostra um fio percorrido por uma corrente i. Dois segmentos retilíneos assim como um arco de circunferência com ângulo central de /2 rad compõe a forma do fio. Determine o campo magnético no ponto C.  O campo gerado no ponto C será composto por 3 contribuições.     B  B1  B2  B3 0 ids sen( ) dB  4 r2  O campo gerado pelos segmentos retilíneos 1 e 2 é nulo pois o ângulo  entre a corrente e o vetor r é 0°.  O campo gerado pelo arco de circunferência constitui 1/4 do valor do campo de uma espira.   B1  B2  0 1  0i B  B3  4 2R B  0i 8R Cap. 29: Geração de B por i Exemplo 29-2) pg. 239 A figura ao lado mostra dois fios longos percorridos por correntes i1 e i2. Determine o módulo do campo magnético total no ponto P, para i1 = 15 A, i2 = 32 A e d = 5,3 cm.  O campo gerado no ponto P será composto por 2 contribuições.    B  B1  B2  0i B 2R  Como o ângulo entre B1 e B2 é 90°, temos: B  B1  B2 2  O campo de cada fio será: B1   0i1 2dcos45  8 10 5 T 2 B  1,89 104 T B2   0i2 2dcos45  1,708 10  4 T   arctg B1  25 B2 Cap. 29: Geração de B por i Forças Geradas por Correntes Paralelas  Dois fios paralelos percorridos por correntes ia e ib, sentem a ação de uma força.  O campo gerado sobre o fio b pela corrente ia. 0ia Ba  2d  Para um elemento dl do fio b, temos:    dF  ib dl  Ba 0 Liaib Fba  2d Fba  ib LBa sen90  Correntes paralelas se atraem e correntes antiparalelas se repelem. Cap. 29: Geração de B por i Forças Geradas por Correntes Paralelas  Exemplo de aplicação da força gerada por correntes paralelas: O Canhão Eletromagnético.  Uma corrente elétrica vaporização de um fusível. elevada provoca a  A corrente nos trilhos gera um campo magnético que faz com que os gás (fusível vaporizado) sofra a ação de uma força.  A força faz com que o gás seja arremessado contra o projétil, acelerando-o em direção ao exterior. Cap. 29: Geração de B por i Lei de Ampère Nos problemas em que a corrente apresenta alguma simetria o campo magnético pode ser determinado usando a Lei de Ampère.    B  ds  0iint  Bds cos    i 0 int Lei de Ampère   é o ângulo entre um infinitesimal da curva Amperiana e o campo magnético local gerado pelas correntes localizadas no interior da curva.  Posicione a mão direita com os dedos apontando no sentido de integração. Uma corrente que flui no sentido do polegar recebe o sinal positivo, enquanto que uma corrente no sentido oposto recebe o sinal negativo. Cap. 29: Geração de B por i Lei de Ampère Campo Gerado por um Fio Longo  Bds cos    i 0 int  Escolher uma forma geométrica que delimita o caminha de integração na qual o campo é constante, ou apresente uma dependência bem conhecida (neste caso uma circunferência).  O ângulo entre B e ds é constante, 0°. B cos 0 ds  0iint  0i B 2r Campo Magnético gerado por um fio longo Cap. 29: Geração de B por i Lei de Ampère Campo no Interior de um Fio Longo  Bds cos    i 0 int  Nem toda a corrente i contribuirá com o campo Magnético a uma distância r do centro.  O ângulo entre B e ds é constante, 0°. J int  J tot iint / r 2  i / R 2 ir 2 iint  2 R ir 2 B 2r  0 2 R 0ir B 2R 2 Campo Magnético gerado No interior de um fio longo Cap. 29: Geração de B por i Lei de Ampère Exemplo 29-3) pg. 244 A figura mostra a seção de reta de um cilindro condutor oco de raio interno a = 2,0 cm e raio externo b = 4,0 cm. O cilindro conduz uma corrente para fora do plano do papel, e o módulo da densidade de corrente na seção reta é dado por J = cr2, com c = 3,0 x 106 A/m2 e r em metros. Qual é o campo magnético B em um ponto situado a 3 cm de distância do eixo central do cilindro?  Bds cos    i 0 int  Sentido da corrente para fora do papel: c (r 4  a 4 ) B 2r   0 2  Cálculo da corrente:  iint   J  nˆdA   cr 2 2rdr r c 2r iint  4 4 r a a c (r 4  a 4 )  2 B 0 c(r 4  a 4 ) 4r B  2 105 T  O sinal de negativo indica que o sentido de que o campo é oposto ao sentido de circuitação adotado. Cap. 29: Geração de B por i Solenóides e Toróides Solenóide ou Bobina: Dispositivo composto por um condutor enrolado em forma de espiras muitos próximas. Podem ser formados por uma ou mais camadas de fios enrolados. Cap. 29: Geração de B por i Solenóides e Toróides Campo no Interior de uma Bobina    B  ds  0iint  Escolher uma curva Amperiana adequada.   c   d   a    B  ds   B  ds   B  ds   B  ds  0iint b a b c d  As integrais de c até b assim como de a até d se anulam pois o campo é perpendicular ao caminho de integração. A integral de d até c, que delimita a região externa do solenóide é nula, pois nessa região o campo magnético é zero.   d    B  ds   B  ds  0 Ni b a B c 0 Ni h h B  ds  0 Ni 0 B  0 ni  N = número de espiras.  h = comprimento da bobina.  n = número de espiras por unidade de comprimento Cap. 29: Geração de B por i Solenóides e Toróides Toróide: solenóide cilíndrico que foi encurvado até as extremidades se tocarem, formando um anel.    B  ds  0iint  Por simetria usamos uma circunferência para descrever a simetria do campo no interior do toróide. 2 B  rd  0 Ni 0 0 Ni B 2r Campo Magnético no interior do Toróide Cap. 29: Geração de B por i Solenóides e Toróides Exemplo 29-3) pg. 247 Um solenóide tem comprimento L = 1,23 m e um diâmetro interno d = 3,55 cm e conduz uma corrente i = 5,57 A. É formado por 5 camadas de espiras cada uma com 850 espiras. Qual o valor de B no centro do solenóide? B  0 ni  Calcular a densidade linear de espiras do solenóide. n N/L 5(850)  3455,3espiras / m 1,23 B  0 ni  24,2mT Cap. 29: Geração de B por i Solenóides como um Dipolo Magnético Campo Magnético de uma Espira ao Longo do Eixo X 0 ids sen( ) dB  4 r2  r é cte; i é cte;  é cte;  r é sempre perpendicular a corrente i ( = 90°). 0 isen(90) dB  ds 2  4 r  Devido à simetria do problema, as componentes Br se cancelam aos pares. Restam apenas as componentes Bx do campo. 0 i 2R B 4 r 2 Bx  B cos  r R x 2 2 2 R cos    r Bx  R R2  x2 0 iR R 2 (R 2  x 2 ) R 2  x 2  0i R2 Bx  2 (R 2  x 2 )3 / 2 Cap. 29: Geração de B por i Solenóides como um Dipolo Magnético Campo Magnético de uma Espira ao Longo do Eixo X  0i R2 Bx  2 (R 2  x 2 )3 / 2 Campo Magnético gerado por uma espira ao longo do eixo x.  Para x >> R, temos: Bx   0i R 2 2 x3  Considerando uma bobina de N espiras: 0 Ni R 2 Bx  2 x 3 Bx  0 Ni A 2 x 3  Bx  0  2x 3   NiA Cap. 29: Geração de B por i Solenóides como um Dipolo Magnético Campo Magnético de uma Espira ao Longo do Eixo X  Relembrando o torque de uma bobina:    B   Campo já existente em alguma região do espaço!   Bsen   NiA  Agora podemos calcular o momento dipolar magnético de outra forma: conhecendo o campo gerado pela bobina Bx!    Bx  0 3 2x    2x Bx 3 0 Campo gerado pela bobina ao longo do eixo x. Cap. 29: Geração de B por i A Lei de Biot-Savart Lista de Exercícios: 3, 5, 7, 11, 13, 17, 21, 28, 31, 33, 37, 41, 43, 47, 48, 53, 55, 59, 63, 69, 87 Referências HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J.; Fundamentos Eletromagnetismo. 8a ed. Rio de janeiro: LTC, 2009. v3. de Física: TIPLER, P. A.; Física para Cientistas e Engenheiros. 4a ed, LTC, 2000. v2. SEARS, F.; ZEMANSKY, M.W.; YOUNG, H.; FREEDMAN, R.A.; Física: Eletromagnetismo. 12a ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2008. v3.