1 Antropologia Britânica - Perspectivas clássicas e contemporâneas. Prof. Miguel Carid Naveira (DEAN/UFPR) Quarta-Feira, 7h:30-11h:30 (60 horas) - Sala 613, Prédio Dom Pedro I 2016/2 Ementa: A formação da Antropologia como ciência está associada em muitos aspectos à historia da antropologia britânica. A definição clássica de cultura proposta por Edward Tylor em 1871, a dimensão comparativa da obra de Frazer, a formalização malinowskiana do método e escrita etnográfica, a consolidação de uma antropologia política com foco etnográfico, a transformação do antropólogo pelo trabalho de campo, ou as conhecidas teorizações sobre símbolos e sistemas de classificação, entre outros, são contribuições que permanecem até hoje como pontos de referência do conhecimento e debate antropológico. O presente curso tem por objetivo fazer um percorrido introdutório, histórico, etnográfico, teórico e metodológico desses marcos principais. Avaliação A avaliação constará de uma prova teórica, 50% da nota, e de um trabalho escrito, 50% da nota. O trabalho escrito será comparativo, incluindo pelo menos três autores da bibliografia da matéria, e deverá ser entregue até o dia 28/11/16. Sessão 1 Apresentação e discussão do programa da matéria. Sessão 2 - O evolucionismo e a noção científica de cultura. SPENCER, Herbert. 2002 (1857). Do progresso, sua lei e sua causa. Lisboa: Ed. Inquérito, 84 p. TYLOR, Edward. 2009 (1873). “A ciência da cultura”. Em: Evolucionismo cultural, Celso Castro (org.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, pp. 67-100. CASTRO, Celso. 2009. “Apresentação”. Em: Evolucionismo cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, pp. 7-47. Sessão 3 - Antropologia no gabinete e a profissionalização dos registros de campo. FRAZER, James. 1982 (1890). “Balder o belo”. Em: O ramo de ouro. Rio de Janeiro: Zahar editores, pp. 203-247. RIVERS, William H. R. 1991 (1910). “O método genealógico da pesquisa antropológica”. Em: Roberto (org.). A Antropologia de Rivers, Roberto Cardoso de Oliveira (org.). São Paulo: Editora da UNICAMP, pp. 51-70. Malinowski e a formalização do método etnográfico e das monografias antropológicas Sessão 4 MALINOWSKI, Bronislaw. 1978 (1922). “Prefácio de Sir James Frazer”; “Prólogo do autor”; “Agradecimentos”; “Introdução – Tema, método e 1 2 objetivo desta pesquisa”; “A região e os habitantes do distrito do Kula”; “Os nativos das ilhas Trobiand”; “Características essenciais do Kula”; “As canoas e a navegação”; “A construção cerimonial de um waga”. Em: Argonautas do pacífico ocidental: Um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné melanesia. São Paulo: Abril Cultural, pp. 1-116. Sessão 5 MALINOWSKI, Bronislaw. 1978 (1922). “Lançamento de uma canoa e cerimônia de visita cerimonial – Economia tribal nas ilhas Trobiand”; “A partida de uma expedição marítima”; “A primeira parada da frota em Muwa”; “Navegando no braço de mar de Pilolu”; “A história de um naufrágio”; “Nas ilhas Amphlett – Sociologia do Kula”; “Em Tewara e Sanaroa – Mitologia do Kula”. Em: Argonautas do pacífico ocidental: Um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné melanesia. São Paulo: Abril Cultural, pp. 117-248. Sessão 6 MALINOWSKI, Bronislaw. 1978 (1922). “Na praia de Sarubwoyna”; “O Kula em Dobu – Pormenores técnicos da troca”; “A viagem de volta – A pesca e a confecção de discos e colares com a concha Kaloma”; “A visita de retribuição dos nativos de Dobu a Sinaketa”; “A magia e o Kula”; “O poder das palavras na magia – Alguns dados lingüísticos”; “O Kula interior”; “Expedições entre Kiriwina e Kitava”; “As divisões do Kula e suas ramificações”; “O significado do Kula”. Em: Argonautas do pacífico ocidental: Um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné melanesia. São Paulo: Abril Cultural, pp. 249-371. Documentário: “Tales from the Jungle: Malinowski and The Trobriand Islanders”. BBC Four. 27 de fevereiro de 2007. Sessão 7 - O contraste entre o funcionalismo e o estruturalfuncionalismo MALINOWSKI, Bronislaw. 1986 (1944). “A Teoria Funcional”. In: Malinowski. São Paulo: Ática (Coleção Grandes Cientistas Sociais), pp. 169-188. RADCLIFFE-BROWN, A.R. 1973 (1952) “A teoria sociológica do totemismo”; “Estrutura social”. Em: Estrutura e função na sociedade primitiva. Petrópolis: Vozes. Sessão 8 - Dilemas em torno ao sentido EVANS-PRITCHARD, E.E. “Oráculos” (1937). Em: Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. EVANS-PRITCHARD, E.E. 2013 (1940). “O sistema de linhagens”. Em: Os Nuer - Uma descrição do modo de subsistência e das instituições políticas de um povo nilota. São Paulo: Perspectiva, pp. 201-256. Documentário da BBC - Estranhos no exterior - Estranhas crenças. 2 3 Sessão 9 - A escola de Manchester: Processualismo e análise situacional GLUCKMAN, Max. 1987 (1958). “Análise de uma situação social na Zululândia moderna”. In: Feldman-Bianco, Bela (org.). Antropologia das sociedades contemporâneas. Métodos. São Paulo: Global, 1987, pp. 227-344. VAN VELSEN, Jaap. 1987 (1967). “A análise situacional e o método de estudo de caso detalhado”. Em: Bela Feldmann-Bianc (org.) Antropologia das Sociedades Contemporâneas. São Paulo: Global, pp. 345-374. Sessão 8 - Uma obra rara no coração do funcionalismo BATESON, Gregory. 2008 (1936/1958). “A expressão do ethos no Naven”; “O eidos da cultura iatmul”; “Epílogo de 1936”. Em: Naven: Um exame dos problemas sugeridos por um retrato compósito da cultura de uma tribo da Nova Guiné, desenhado a partir de três perspectivas. São Paulo: Edusp, pp. 241-309. Sessão 10 - Modelos e práticas, ordem e fluxo LEACH, Edmund. 2014 (1954). “Variabilidade estrutural”. Em: Sistemas políticos da Alta Birmânia. São Paulo: Edusp, pp. 247-319. KUPER, Adam. “Leach e Gluckman: para além da ortodoxia”. In: Antropólogos e Antropologia. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978, p. 169-196. Sessão 12 - Entre estruturas e símbolos DOUGLAS, Mary. 1991 (1966). As abominações do Levítico. In: Pureza e Perigo. Lisboa, Edições 70. Pp. 57-91. TURNER, Victor. 2013 (1969). “Planos de classificação em um ritual da vida e da morte”. Em: O processo ritual: Estrutura e antiestrutura. Petrópolis (RJ): Ed. Vozes, “pp. 19-54 KUPER, Adam. 1978 (1973) “Lévi-Strauss e o neo-estruturalismo britânico”. In: Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro: Francisco Alves, pp. 197-218. Documentário sobre Lévi-Strauss Sessão 13 - Novas tendências da antropologia britânica RIVIÈRE, Peter. Nuevas tendencias en la antropología social británica. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/.../105013.pdf. 18 p. GLEDHILL, John. La antropología social en la tradición británica. Disponível em: www.ucm.es/.../John_Gledhill_Antropologia_Social. 19 p. Sessão 14 - Prova teórica Sessão 15 - Apresentação dos trabalhos 3 4 4