BOLE TI M GEOG.RÁ.F-J·c~o •vembro de 1954 lgionais formulada pelo Diretório > de Minas Gerais. ANO XIV I <J MARÇO - ABRIL DE 1956 I. N.• 131 )ontlnentlno, I!lgênlo Soares Coelho, AI· Freire Lavanêre Wanderley, Wllson Alves >újo e protessôres Tabajara Pedroso, ll:lzlo :a D olabela e Joaquim Costa, apresentada iiretório Regional de Geografia do "Estado nas Gerais, para constttuirem o quadro tsultores técnicos daquele Diretório • > de Janeiro, em 4 de novembro de 1954, IX do Instituto. - Conferido e numeas) Nilo Bernardes, Secretárlo-Asslstento e rubricado : Fábio de Macedo Soare• rdes, Secretário Malheiros Ger.al; Sumário publlque-se; Vice-Pro- Fernandes Silva, em exercício . EDITORIAL: DéchÍlO Nono Anlversârlo do CNG - TRANSCRIÇõES: O Clima do Rio de Janeiro ~ONNA (p. 117). VffiG!LIO CORR1!:A FILHO (p. 115). ADALBERTO SERRA e LEANDRO RATIS- CONTRIBUIÇJlO A CüNCIA GEOGRAFICA: A Técnica Mecânica do Ponto de Vista Geográfico - Tradução - (p . 151) - O Movimento da Indústria Pesada e o Progresso Econômico do Brasil - EDMUNDO DE MACEDO SOARES E SILVA (p . 154) - Laterização e a Fertilidade do Solo Tropical - JOS!l: SETZER (p. 168). CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO: Ciclos EconômJcos do Brasil ANTONIO JOSll: DE MATOS MUSSO (p. 170) - Sugestões de Programas de Geografia do Novo Currículo das Faculdades de Filosofia - ANTONIO TEIXEIRA GUERRA (p. 177). RIBLIOGRAFIA E REVISTTA DE REVISTAS: Reglstos e Comentârlos Blbliogrâflcos (p. 187) - Periódicos (p. 188) - Publicações Geogrâflcas (p. ?) Livros NOTICIARIO: .. Capital Federal - Presidência da República - IBGE (p. 193) - Conselho Nacional de Geografia (p. 196) Certames - XVIII Congresso Internacional de Geografia (p. 198) - Exterior - Portugal. RELATTóRIOS DE INSTITUIÇõES DE GEOGRAFIA E CltNCIAS AFINS: Relatório de Representantes Estaduais à XV Sessão Ordlnâria da Assembléia-Geral do CNG - Alagoas (p. 203) - Território Federal do Amapâ (p. 204). LEIS E RESOLUÇõES: Leis (p . 210). Legls~ação Federal - tntegra da legislação de lnterêsse geogrâflco - RESOLUÇõES DO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATíSTICA - Conselho Nacional de Geografia - Diretório Central- íntegra das resoluções ns. 483 a 492 (p . 212) . as obras da "Bib lioteca GeocrAftQ arias do país e na Secretaria-Geral -Mar, 436 - Edlfíc!o ll:'uaçu - ~ ~ &_~ @~ &,._&;.. -1- ) J\. Editorial r~~ Décimo Nono Aniversário do C.N.G. Ainda uma vez, em meio de campanhas técnicas, empreendidas por mz- • ciativas próprias, ou por solicitações de entidades comungantes nos mesmos ideais, comemora o Conselho Nacional de Geografia o seu aniversário. E ao _, considerar a trajetória percorrida, bendiz a iniciativa dos seus fundadores, ' primeiramente o embaixador José Carlos de Macedo Soares, que o protegeu com o prestígio do Ministério das Relações Exteriores, então confiado à sua esclarecida chefia, auxiliado pelo engenheiro Cristóvão Leite _de Castro, cuja competência profissional o indicava às mais árduas tarefas_ Cumpria-lhe apenas, de comêço, como lhe prescreveu o decreto 1 527, de 24 de março de 1937, "reunir e coordenar com a colaboração do Ministério da Educação e Saúde, os estudos sôbre a geografia do Brasil e a promover a articulação dos serviços oficiais (federais, estaduais e municipais), instituições particulares e dos profissionais, que se ocupem da geografia do Brasil, no sentido de ativar uma cooperação geral para um conhecimento melhor e sistematizado do território pátrio". À medida, porém, que evidenciava capacidade realizadora, cresciam-lhe as atribuições, para arrostar empreendimentos outrora inexeqüíveis. Assim foi que se coroou de êxito a sua "Campanha de Mapas MunicipaisJ, em que, pela primeira vez, se representava cartogràficamente o âmbito de cada unidade administrativa, com os seus acidentes topográficos. Certo, nem todos atendiam às exigências técnicas, nem disporiam, na ocasião, de especialista habilitado, mas patenteavam esfôrço inequívoco de cooperação. Os senões verificados indicaram ao Conselho a conveniência de não se restringir à coordenação de trabalhos alheios, que lhe constituía a obrigação precípua. Daí se causou a "Campanha de Coordenadas GeográficasJ', pelo emprêgo de processos modernos de observação, permitidos pela radiocomunicação. Nela se baseou a "Triangulação Geodésica" de primeira ordem, estendida até a fronteira meridional e ocidental, bem como os "Levantamentos MistosJ', o "Nivelamento", que proporcionam dados exqtos à elaboração das fôlhas da carta do Brasil ao milionésimo, de acôrdo com o plano internacional recomendado pelo convênio de Londres de 1909. Da primeira aplicação, no Brasil, incumbiu-se, em 1922, o Clube de Engenharia, para comemorar o centenário da Independência. Como se fizesse mister atualizá-Ia, decreto de 2 de fevereiro de 1938 incumbiu o Conselho de cuidadosa revisão e aperfeiçoamento. Empenhada nessa missão técnica, a sua Divisão de Cartografia já entregou aos prelos mais da metade das fôlhas previstas, além das que foram desenhadas em escala de 1 : 500 000, na parte restante, como preparatórias da apresentação definitiva, e na de 1 : 250 000, onde haja maior abundância de pormenores, obtidos pelos levantamentos expeditos, alongados da região do ]alapão aos estados 116 BOLETIM GEOGRAFICO de Sergipe, Alagoas, Bahia, além de parte do Piauí e Pernambuco, e mais recentemente, o Espírito Santo e Rio de Janeiro . . Por êsse motivo, além dos mapas do Brasil, nas escalas de 1 : 2 500 000 e 1 : 5 000 000, que representam o conjunto, o Conselho preparou fôlhas em escalas diferentes, que constituem as três séries adotadas. Além do trabalho cartográfico, desenvolveu-se o das pesquisas geográficas pelas cinco regiões em que se considera para tal fim repartido o território nacional. Os resultados estampam-se nas páginas da "Revista Brasileira de Geografia", cujo primeiro número surgiu a lume em janeiro de 1939, do "Boletim Geográfico", iniciado em abril de 1943, e mantido também até a atualidade, e de dezenas de publicações, avulsas, ou seriadas, etitre as quais sobrt::levam os volumes da "Biblioteca Geográfica Brasileira". Abrangem livros, da série (A), com 150 páginas dactilografadas, pelo menos, folhetos (B ), que não atingem êsse limite, nem exigem ilustrações, e manuais (C), de menor formato. Destinam-se tôdas a difundir não somente os conhecimentos adquiridos em perseverantes investigações, como os princípios da metodologia moderna praticada pelos geógrafos, nas cátedras ou nas pesquisas de campo. Com análogos propósitos funcionam os "Cursos de Férias"', assim os do comêço do primeiro semestre, de cooperação com a Faculdade Nacional de Filosofia, que os iniciou, há uma década, como os do segundo, de sua própria iniciativa. Aos estudiosos, ainda se franqueia a sua Biblioteca, bem como o Arquivo Corográfico, a Hemeroteca e o Museu. E atende-lhe às consultas, em qualquer setor, mais freqüentemente no da "Assistência ao Ensino", que articula ·as suas atividades com as do magistério especializado. Com justos motivos, pode, portanto, ufanar-se o Conselho Nacional de Geografia do que já conseguiu no decurso da sua existência, que o éstimula a prosseguir em sua patriótica missão de contribuir para o melhor conhecimento do Brasil. VIRGILIO CORRÊA FILHO Diretor da Divisão Cultural do C.N.G. Transcrições O Clima O Clima do Rio de Janeiro, Serviço de Meteorologia , Ministério Agricultura, 1941. da 1 A cidade do Rio de J aneir Capricórnio, está situada no p via, tomando a direção leste-a O respectivo município co fica faremos a seguir de mod Estado do Rio, ou baixada flU! .e Guandu a NW, Pavuna e Mel banhado ao S pelo Oceano Atl Guanabara, onde se encontra! de Governador e Paquetá. Do Seus principais maciços si altitude máxima e da Tijuca as três baixadas de Sepetiba, a serra do Mendanha, à qual A baixada de Guanabara p mo nome, constituindo as zon serra da Carioca, que é apena~ As lagoas mais importante paguá, Marapendi e Tijuca, n : Em tôdas as baixadas, e regiões pantanosas, em traball e Sul da cidade são desprovidl regiões, porém, se apresentam .a orla próxima do litoral, enq1 20 clima do Rio de Janeiro escolhido: Koppen denominou. peratura do mês mais frio aci Conviria melhor, na nossa opi: (AW). Na classificação geral feita como "subtropical" - (tempe! úmido marítimo. Na de Delgado de Carvalho a 200) semi-úmido marítimo" Finalmente, na proposta I= Congresso de Geografia, o Ril (Tu), isto é, com média anual~ .a sua varied.ade sendo especif de verão, que se estendem ao Damos também a seguir a Janeiro, calculada por W. K (cálido, sêco-úmido) ; 25 % de NOTA - O presente trabalho sa é agora novamente transcrito por cE lo Piauí e Pernambuco, e mais eiro. . Transcrições asil, nas escalas de 1 : 2 500 000 o Conselho preparou fôlhas em és adotadas. ~u-se o das pesquisas geográficas a tal fim repartido o território ~ "Revista Brasileira de Geogra- janeiro de 1939, do "Boletim ntido também até a atualidade, zdas, entre as quais sobrelevam 1 ·a". O páginas dactilografadas, pelo nite, nem exigem ilustrações, e 'e os conhecimentos adquiridos :ípios da metodologia moderna pesquisas de campo. Com análs"', assim os do comêço do pri~de Nacional de Filosofia, que de sua própria iniciativa. 'iblioteca, bem como o Arquivo e-lhe às consultas, em qualquer ~ ao Ensino", que articula ·as ~do. Com justos motivos, pode, reografia do que já conseguiu 1 prosseguir em sua patriótica 1to do Brasil. 'IRGILIO CORRÊA FILHO r da Divisão Cultural do C .N.G. O Clima do Rio de Janeiro* O Clima do Rio de Janeiro, Serviço de Meteorologia, Ministério Agricultura, 1941. da 1 - ADALBERTO SERRA e LEANDRO RATISBONNA Aspecto geográfico A cidade do Rio de Janeiro, de latitude um pouco inferior à do trópico do Capricórnio, está situada no pequeno trecho em que o litoral do Brasil se desvia, tomando a direção leste-oeste. O respectivo município constitui o Distrito Federal, cuja descrição geográfica faremos a seguir de modo sucinto: E' êle limitado ao N nela baixada do Estado do Rio, ou baixada fluminense, da qual fica separado pelos rios Itaguaí e Guandu a NW, Pavuna e Meriti a NE, e pela serra do Mendanha a N. E' ainda banhado ao S pelo Oceano Atlântico, a W pela baía de Sepetiba, e a E pela de Guanabara, onde se encontram inúmeras ilhas, sendo as mais importantes as de Governador e Paquetá. Do outro lado da baía, acha-se a cidade de Niterói. Seus principais maciços são o da Pedra Branca a W com 1 024 metros de altitude máxima e da Tijuca a E, com 1 025 metros, cujas vertentes delimitam as trê.s baixadas de Sepetiba, Guanabara e Jacarepaguá. Nota-se ainda ao N a serra do Mend.anha, à qual já nos referimos. A baixada de Guanabara prolonga-se para SE até a entrada da baía do mesmo nome, constituindo as zonas Norte e Sul da cidade, ambas separadas pela serra da Carioca, que é apenas um prolongamento do maciço da Tijuca. As lagoas mais importantes são Rodrigo de Freitas, na zona Sul, e Jacarepaguá, Marapendi e Tijuca, na baixada de Jac.arepaguá. Em tôdas as baixadas, e sobretudo nas proximidades do litoral, existem regiões pantanosas, em trabalhos de atêrro. A de Guanabara, e as zonas Norte e Sul da cidade são desprovidas de matas e inteiramente edificadas. As demais regiões, porém, se apresentam mais ou menos cobertas de vegetação, excetuando .a orla próxima do litoral, enquanto os maciços são, em geral, florestados. 2 - Classificação do clima O clima do Rio de Janeiro já teve diversas classificações, conforme o sistema escolhido: Kõppen denominou-o "tropical sempre úmido" (Af), isto é, com temperatura do mês mais frio acima de 18°, e chuva suficiente em todos os meses. Conviria melhor, na nossa opinião, a designação de "tropical com inverno sêco" (AW). ~ Na classificação geral feita por Henrique Morize em 1922, a região foi incluída como "subtropical" - (temperatura do mês mais frio, acima de 18°) - semiúmido marítimo. Na de Delgado de Carvalho, coube-lhe o tipo "tropical (média anual superior a 20°) semi-úmido marítimo". Finalmente, na proposta pelo meteorologista Salomão Serebrenick ao últimÕ Congresso de Geografia, o Rio recebeu a designação de "tropical semi-úmido" (Tu), isto é, com média anual superior a 22° e chuvas entre 600 e 1 300 milímetros, .a sua variedade sendo especificada como (V0' ) , pelo fato de apresentar chuvas de verão, que se estendem ao outono e à primavera. Damos também a seguir a porcentagem dos caracteres climáticos do Rio de Janeiro, calculada por W. Knoche, segundo o seu climatograma: 58% de 3c (cálido, sêco-úmido); 25% de 3b (cálido, sêco) e 8% de 4c (tórrido, sêco). NOTA - O presente trabalho saiu publ·l:cado em o n.o 28 dêste Boletim . Esgotada a edição, é agora novamente transcrito por causa de sua enorme procura pelos esutdlosos. BOLETIM GEOGRAFICO 118 3 - 4 - Evoluçâ Circulação a) Circulação geral - Situado na costa E da América do Sul, acha-se o Distrito Feder&! sob o domínio quase permanente do anticiclone semi-fixo do Atlântico, soprando os ventos normais emitidos por ê.;;se "centro de ação" de NE a NW, no sentido contrário ao dos ponteiros de um relógio. No inverno, com o maior avanço do referido anticiclone sôbre o continente, tais correntes predominam, mau grado as perturbações da circulação secundária . No verão, porém, .sob o recuo e enfraquecimento daquele, surgem calmarias, ou ventos continentais de N a NW, governados pela "depressão térmica" interior . DISTRITO FEDERAL b) Temperatura média - de fevereiro, que apresenta a n e março; o mais frio é julho. i e inverno é menor que 10°, pc resultando sua pequena ampli Altitud~ 0-200 l'i'"'' •.·:.:·,!:3?00-500 As normais do Observatóric cos anexos, reúnem a mais lon e a velocidade do vento, respec foram calculadas para período Do exame dos gráficos res a) Insolação - DeJ>€nde losidade. Dêste modo, o maio outubro, época de maior cobe uma grande insolação, dada a de horas do Sol acima do hori e~<'l(I<O.A F%AA5'A"·' 5O 0-1000 c) Temperatura máxima 25o, observando-se as maiore~ Contudo, mesmo no rigor do ~ marcha das temperaturas, ve se estende de dezembro a ma .súbito em abril, e sobem ràpic d) o .· oct•NO O< .,,,,~ A T 4 A • b) Circulação secundária - Com o avanço dos anticiclones frios polares que caminham precedidQS de frentes típicas, t al circulação de N é, primeiramente, agravada por ventos de NW, prefrontais, e a seguir substituída pelos polares de S n. SE, ou SW. Continuando o progresso de tais centros de alta pressão, a um J>€queno período de calmarias, correspondente à passagem da zona de divergência, sucedem as correntes de NaNE da retarguarda do anticiclone, que voltam finalmente a reconstituir a circulação geral. c) Massas de ar - No inverno predomina o centro de ação, sendo portanto mais freqüente a massa Ta (tropical atlântica), seguindo-se-lhe as massas polares frias (Pk) e quentes (Pw), respectivamente frente e cauda dos anticiclones móveis. No verão, a primeira é comumente substituída pela massa Te (tropical continental), produzindo-se, então, um período de calor intenso, sobretudo antes da chegada de uma frente fria. E' ainda elevada a freqüência das massas polares Pk; contudo, devido à trajetória mais meridional dos anticiclones, tornam-se menos comuns as denominadas Pw. d) . Circulação local - Além das várias modificações impostas pela orografia à circulação geral e secundária, sopram no Rio de Janeiro as brisas de terra e mar que, a bem dizer, são os seus ventos predominantes. A última, formada pelo grande aquecimento do continente, se intensifica nas épocas de circulação normal, principalmente nos meses quentes de setembro a abril, sendo de SSE a sua direção geral, com uma velocidade média de 8 a 10 milímetros por segundo. Ela principia geralmente às 13 horas, cessando à.s 18 . O terra!, exigindo para a sua produção um intenso resfriamento noturno da superfície, somente atinge maior freqüência no rigor do inverno, nas noites de junho a agôsto, sendo a sua direção oposta à da brisa marítima (NNW) , com velocidade porém muito menor (sm/s) . Começa cêrca das 20 horas, e sopra até depois da aurora, terminando às 9 horas da manhã. · Temperatura mínima mais elevadas dando-se em fe são ainda os mesmos que pan os de mínimas uniformementE e) Amplitude - A médi maior valor em agôsto, e ha abril e outubro. Dado o carát mento da amplitude diurna n1 verão e as baixas mínimas estações . ROSA ANUAl DE VE ll lFICO TRANSCRIÇõES 4 - E da América do Sul, acha-se o ~nte do anticiclone semi-fixo do por êsse "centro de ação" de NE ~ um relógio. No inverno, com o wntinente, tais correntes predo~o secundária. No verão, porém, calmarias, ou ventos continentais " interior. L 4. b UANABAQ,q -~ 11 'i;>oo 1 ~ 'o<:::::;;) OUAN'B • A I Ot ~RA " A ~ oO (e () .· NO 0< ATLi~yrtO'"' •o • 119 Evolução dos elementos meteorológicos As normais do Observatório Central, com as quais foram construídos os gráficos anexos, reúnem a mais longa série existente no país. Excetuando a insolação e a velocidade do vento, respectivamente com observações de 34 e 26 anos, tôdas foram calculadas para períodos de 42 anos . Do exame dos gráficos resultam as seguintes conclusões: a) Insolação - Depende em parte da declinação do Sol, e também da nebulosidade. Dêste modo, o maior total no Rio se dá em janeiro, e o menor em outubro, época de maior cobertura. Os meses de inverno · apresentam também uma grande insolação, dada a fraca nebulosidade, que compensa o menor número de horas do Sol acima do horizonte. b) Temperatura média - A média anual é 22°7. O mês mais quente é o de fevereiro, que apresenta a menor nebulosidade em relação a dezembro, janeiro e março; o mais frio é julho. A difez:ença entre as temperaturas médias do verão e inverno é menor que 10°, podendo assim o clima ser considerado "marítimo", resultando sua pequena amplitude da proximidade do oceano . c) Temperatura máxima - O valor anual é bastante elevado, superior a 25°, observando-se as maiores máximas em fevereiro, e as menores em julho. Contudo, mesmo no rigor do verão, a média respectiva não ultrapassa 29o. Pela marcha das temperaturas, verifica-se que a estação quente propriamente dita se estende de dezembro a março, com máximas uniformes, que caem de modo .súbito em abril, e sobem ràpidamente em novembro . d) Temperatura mínima - Sua média geral é menor que 20°, as mínimas mais elevadas dando-se em fevereiro, e as menores em julho. Os meses extremos são ainda os mesmos que para a temperatura máxima, constituindo o "inverno" os de mínimas uniformemente baixas (junho a agôsto). e) Amplitude - A média do ano é pouco superior a 6°, produzindo-se o maior valor em agôsto, e havendo outro máximo no verão, com mínimos em abril e outubro . Dado o caráter nublado dos equinócios, é natural o enfraquecimento da amplitude diurna nesta época. Por outro lado, as grandes máximas do verão e as baixas mínimas do inverno acarretam maiores valores para tais estações . f) dos anticiclones frios polares rculação de N é, primeiramente, eguir substituída pelos polares tais centros de alta pressão, a l à passagem da zona de divertarda do anticiclone, que voltam 1 centro de ação, sendo portanto seguindo-se-lhe as massas nte frente e cauda dos antici- t), pela massa Te (tropical contior intenso, sobretudo antes da freqüência das massas polares ai dos anticiclones, tornam-se .ficações impostas pela orograo de Janeiro as brisas de terra )minantes . A última, formada ifica nas épocas de circulação ~mbro a abril, sendo de SSE a I a 10 milímetros por segundo. 18 . tenso resfriamento noturno da .gor do inverno, nas noites de brisa marítima (NNW) , com êrca das 20 horas, e sopra até lã. . ROSA ANUAL OE VENTOS Pressão atmosférica - A média anual é muito inferior ao valor normal de Laplace, e o regime continental, notando-se maior pressão em julho e menor em janeiro, com uma oscilação total de 7 milímetros. E' evidente que no verão domina a depressão térmica, enquanto no inverno, além das contribuições trazidas pelos grandes anticiclones polares, a proximidade do centro de ação do Atlântico acarreta uma subida no barômetro . · g) Vento - A rosa anual de freqüências indica duas direções predominantes: a principal, entrie S e SE, e outra secundária de NW a NE a primeira é devida em parte às perturbações polares, mas sobretudo à brisa marítima de SSE . A segunda zona fica constituída pelo conjunto do anticiclone semi-fixo do Atlântico, ventos prefrontais de setor quente; e também o terra! noturno; note-se a pequena freqüência de ventos SW dos anticiclones frios 120 BOLETIM GEOGRAFICO continentais. A velocidade do vento é função do gradiente de pressão normal, devendo dessa forma ser maior nos meses do inverno. Atendendo, porém, às invasões frias da primavera, o máximo se desloca para novembro, ficando o mínimo em junho-julho, quando a fraca brisa terrestre e a raridade das perturbações acarretam um regime de menor velocidade. h) Evaporação - Sendo função direta do aquecimento, apresenta o maior valor em janeiro e o menor em julh o. Mesmo assim, o fenômeno não tem marcha uniforme, e oscila bastante, apresentando um máximo secundário em agôsto, causado pelo forte aquecimento, aliado a grande limpeza do céu e a um mínimo de umidade relativa, e um mínimo entre setembro e outubro, correspondente à elevada umidade relativa . o decréscimo de março e a queda de julho são devidos à variação inversa do elemento seguinte. i) Umidade relativa - O seu valor é elevado, com média anual pe 78,4% por se tratar de zona litorânea e tropical. O mínimo é alcançado em agôsto, e o máximo em março, sendo a oscilação muito irregular. A umidade é maior nos meses do verão, época das chuvas, e menor nos do inverno, tempo de sêca; sendo porém função inversa da temperatura, verificam-se, ainda uma máxima secundária em junho e um mínimo também secundário em fevereiro. ~) Nebulosidade - A quantidade anual é elevada, por se tratar de região litorânea situada na costa oriental de um continente. Os seus valores máximos dão-se em setembro e outubro, devido à intensificação das perturbações secundárias que cobrem o céu por vários dias, e os menores em julho, mês caracterizado pela limpeza e subsidência do anticiclone atlântico . Note-se que .as nuvens na zona tropical se formam sobretudo pdr convecção no verão, sendo o inverno uma época de estabilidade e céu claro. Por êsse motivo em janeiro, sendo as perturbações sobretudo de caráter local, o céu se cobre apenas à tarde, resultando uma nebulosidade média menor que a de outubro. O pequeno aumento de março, em relação a fevereiro, é causado pela maior atividade do equinócio. l) Dias encobertos - A maior freqüência se dá em outubro, e a menor na época sêca de julho. Os motivos sendo os acima referidos. As chuvas de janeiro, justamente pelo seu caráter local de cb, não correspondem a uma nebulosidade média muito intensa . m) Dias claros - Contràriamente ao caso anterior, e ainda pelas mesmas razões, a sua maior freqüência é no inverno (julho), e a menor em setembro e novembro, mantendo-se baixa nos meses de verão, devido à constante presença da convecção local. / n) Nevoeiro - Fenômeno dependente, na maioria dos casos, de baixa temperatura, radiação noturna motivada pela limpeza do céu, estabilidade atmosférica e vento fraco, encontra naturalmente a sua maior intensidade em julho, alcançando uma probabilidade nos três meses de inverno de 66%. No verão contudo, a freqüência, mínima em dezembro, oscila em redor de 33%, tratando-se neste caso, de nevoeiro de monção, formado sôbre o mar frio pelo ar quente de terra. o) Precipitação - As chuvas são oriundas sobretudo da instabilidade local,. e assim caem principalmente nos meses do verão, no período dezembro-janeiro, diminuindo em fevereiro, e alcançando maior altura em março, para decrescerem depois continuamente até agôsto. No inverno, mesmo nas entradas de frentes frias, o fraco aquecimento do solo e o baixo teor de umidade das massas não permitem a formação de grandes chuvas. Estas supõem aliás, a existência de uma instabilidade térmica, que é no inverno menor que no verão, sendo assim o regime continental, com um total anual de 1 082,5 milimetros. ftste valor, porém, devido à má colocação do pluviômetro, é bastante inferior ao real. A queda de fevereiro deve ser atribuída, em parte, ao menor número de dias dêsse mês, aliado ao domínio do centro de ação; o aumento de março tem a mesma causa que o da nebulosidade. p) Dias de chuva- ftste fenômeno varia com o total de chuva. No verão, a. probabilidade de precipitação é de 50% (15 dias em janeiro), e no inverno de 26% (8 dias em julho), a estação chuvosa durando de outubro a março. q) Trovoada - E' raríssima nos meses de inverno, em razão da esta.bilidade das massas. Sua maior freqüência se encontra no período do verão, em virtude do grande aquecimento superficial durante o dia. Como além das trovoadas. locais se produzem muitas de caráter frontal, o máximo se dá em janeiro r) Outros fenômenos - ~ e no verão . A névoa sêca é ma pelas mesmas causas que o ne atlântico. 5 - Distribui De tôdas as estações do_ possui uma séri~ de observaçoe joso das normais. Com o fim de traçar as cu postos com as séries existente~ zados os valores obtidos com m parã os meses centrai~ de cad apreciação geral do clima. A distribuicão dos !JOStos estudo completó, por serem êl~ possui estações no litoral. ~ J acarepaguá, nem nos mac1ç Assim sendo, as curvas for médios, a variação n~tural c:J.o Passemos agora a descnç a) Radiação - Como é s aquecimento do . solo e do ar resfriamento dai resultante, terra nua que na floresta; b) sêca que sôbre pântanos ; d) As temperaturas máximas e dos revest imentos de for_te ~b notadas no clima do D1stnto são mais aquecidas pelo Sol, da cidade do que as situada aurora e ~ntes do crepúsculo, mais frescas. b) Temperatura m édia montanhas, do que no litorf verifica na baixada de Guan! nas baías de Guanabara e. S mento de altitude. O gradieJ o oceano. Efetivamente, a zo de mar de direção SSE, pela outro lado, tratando-se de z terra no verão, e oouco mais ()rfa marítima é mais baixa os ventos quentes de NW ~ sul das montanhas predom1 brisa marítima. Também o aquecida a baixada sêca ~. as zonas pantanosas merH matas naquela zona, aliada aumento da temperatura m1 tem um clima mais modera< da t emperatura", a sua va1 localizados os menores valo Não sendo as temperatura! tôdas as épocas o resfriame Janeiro- Sendo um dt melhor caracterizadas, pass distribuição das zonas fria: por se tratar. do verão, _o co1 mais frio . ftste resfnameJ temperaturas mais elevada~ possivelmente reforçado pE TRANSCRIÇOES 1 gradiente de pressão normal, deno. Atendendo, porém, às invasões novembro, ficando o mínimo em ~ raridade das perturbações acar- ' aquecimento, apresenta o maior !Sim, o fenômeno não tem marcha l máximo secundário em agôsto, ,e limpeza do céu e a um mínimo ,l bro e outUbro, correspondente à ço e a queda de julho são devidos mdo, com média anual çle 78,4% mínimo é alcançado em agôsto, ;o irregular . A umidade é maior · nos do inverno, tempo de sêca; rerificam-se, ainda uma máxima cundário em fevereiro. elevada, por se tratar de região inente. Os seus valores máximos ificação das perturbações secunlenores em julho, mês caracteriltlântico. Note-se que _as nuvens ·ecção no verão, sendo o inverno :se motivo em janeiro, sendo as cobre apenas à tarde, resultando tubro. O pequeno aumento de paio r atividade do equinócio. ;e dá em outubro, e a menor na referidos. As chuvas de janeiro, rrespondem a uma nebulosidade anterior, e ainda pelas mesmas julho), e a menor em setembro rão, devido à constante presença aaioria dos casos, de baixa temeza do céu, estabilidade atmosua maior intensidade em julho, de inverno de 66%. No verão la em redor de 33%, tratando-se 1bre o mar frio pelo ar quente mbretudo da instabilidade local,. o, no período dezembro-janeiro, tura em março, para decresceerno, mesmo nas entradas de lxo teor de umidade das massas stas supõem aliás, a existência o menor que no verão, sendo al de 1 082,5 milímetros. Ji:ste ro, é bastante inferior ao real. rte, ao menor número de dias. >; o aumento de março tem a >mo total de chuva. No verão, as em janeiro), e no inverno ando de outubro a março. ~erno, em razão da esta.bilidade o período do verão, em virtude a. Como além das trovoadas áximo se dá em janeiro . 121 r) Outros fenômenos - O orvalho forma-se indiferentemente no inverno e no verão. A névoa sêca é mais freqüente no fim da estação fria, em setembro, pelas mesmas causas que o nevoeiro, sob a grande estabilidade do anticiclone atlântico. 5 - Distribuição dos elementos meteorológicos De tôdas as estações do Distrito Federal, somente o Observatório Central possui uma série de observações bastante longa para permitir um cálculo vantajoso das normais. Com o fim de traçar as curvas isolinhas, foram calculadas médias de outros postos com as séries existentes, nunca inferiores porém a 5 anos, e homogeneizados os valores obtidos com os do Observatório. As cartas foram feitas, somente parà os meses centrais de cada estação do ano, o que já é suficiente para uma apreciação geral do clima. · . A distribuição dos .Postos na área do Distrito não é satisfatória para um estudo completo, por serem êles em maior número a norte, somente a zona Sul possui estações no litoral. Não há, além disso, nenhum pôsto na baixada de Jacarepaguá, nem nos maciços. Assim sendo, as curvas foram traçadas levando-se em conta, além dos valores médios, a variação natural dos elementos com a altitude e a continentalidade. Passemos agora à descrição das cartas médias: a) Radiação - Como é sabido, a absorção do calor solar com o conseqüente aquecimento do solo e do ar e o efeito contrário de emissão daquele, com o resfriamento daí resultante, se fazem sentir mais intensamente: a) sôbre a terra nua que na floresta; b) no continente que no mar, ou lagos; ~ na terra sêca que sôbre pântanos; d) em zona de menor, que na de maior umidade. As temperaturas máximas e mínimas serão portanto mais pronunciadas acima dos revestimentos de forte absorção, o que permite explicar as grandes variações notadas no clima do Distrito Federal. Também as zonas a norte dos maciços são mais aquecidas pelo Sol, cuja trajetória durante o ano está sempre a norte da cidade, do que as situadas a sul das montanhas, as quais gozam dPpois da aurora e antes do crepúsculo, de algumas horas de sombra, resultando portanto mais frescas. b) Temperatura média - Ano - Ela é maior sôbre' a cidade, a norte das montanhas, do que no litoral, a sul das mesmas. O aquecimento máximo se verifica na baixada de Guanabara, enquanto a menor temperatura é encontrada nas baías de Guanabara e Sepetiba, e sôbre os maciços, em virtude do resfriamento de altitude. O gradiente térmico é sempre orientado do continente para o oceano. Efetivamente, a zona Norte é protegida do efeito refrigerante da brisa • de mar de direção SSE, pelas montanhas e pela maior distância do litaral. Por outro lado, tratando-se de zona tropical, o oceano é bastante mais frio que a terra no verão, e oouco mais quente no inverno, de modo que a temperatura da or1a marítima é mais baixa que a do continente, na média anual. Além disso, os ventos quentes de NW entram livremente na zona Norte, ao passo que a sul das montanhas predominam as correntes mais frias, polares de ~:ul, ou a brisa marítima. Também o maior coeficiente de absorção do solo torna mais aquecida a baixada sêca de Guanabara. enquanto permanecem mais fresc3! as zonas pantanosas meridionais das demais regiões. A não existencia dr matas naquela zona, aliada à sua extensa edificação, contribui ainda para o aumento da temperatura média, enquanto as florestas dos maciços lhes permitem um clima mais moderado. Apesar de tudo, em se tratando da "média anual da temperatura", a sua variação no Distrito Federal é apenas de 1.0 , estando localizados os menores valores na baía de Guanabara é sôbre as montanhas. Não sendo as temperaturas reduzidas ao nível do mar, é sempre visível em tôdas as épocas o resfriamento de altitude na Tijuca. Janeiro - Sendo um dos meses mais quentes do ano, as variações são nêle melhor caracterizadas, passando a 20 a diferença média das temperaturas. A distribuição das zonas frias e quentes continua a mesma da média anual, e, por se tratar. do verão, o continente se aquece muito, enquanto o mar se mantém mais frio. Ji:ste resfriamento relativo do oceano é ainda confirmado pelas temperaturas mais elevadas de Niterói. O forte aquecimento da zona Ncrte fica possivelmente reforçado pelo efeito do tohn produzido a sotavento da serra 122 BOLETIM GEOGRAFICO da Carioca pela brisa marítima de SSE. Esta, cujo lift médio é de 250 metros, daria, assim, primeiramente, condensação na zona da Gávea, cuja vertente tem altura superior a 700 metros, e a seguir fohn na Tijuca. 1bril -: As tempera!ura_s dimi~u~m em relação a janeiro, cêrca de 20 no contmente e agravado, nao so pela dificuldade da brisa em alcançá-lo através da terra. A distribuição de zonas frias e quentes, é contudo semelhante à do verão. Julho - Já aparece claramente o efeito do maior resfriamento continental no inverno, uina vez que todo o litoral apresenta temperaturas superiores às do interior, havendo uma diferença média de 2° entre a baía de Guanabara, e a zona Norte das baixadas do mesmo nome e de Seuetiba. Por ter mudado a dis_tribuição das zonas quentes e frias, a maior quêda de temperatura em; relaçao ao mês de abril se verifica no continente, cêrca de 6o, e a menor sôbre • o mar, com apenas 30. A. ~aixa temperatura em Niterói confirma o maior resfriamento da terra contrariamente ao .que se notara no verão. No mês de julho, como vimos, é bastante rara a bnsa de mar, desaparecendo dêsse modo a possível ação do fohn na zona Norte da cidade. É interessante verificar que o aquecimento diurno na baixada de Guanabara t?rn~ a sua temperatura média semelhante à da baía. Quanto ao O'radiente term1eo, fica excepcionalmente dirigido do mar para a terra. b Outubro - .A temperatura já se encontra em ascensão generalizada, sendo o a~pecto da~ curvas semelhante ao da média anual, uma vez que o regime de verao se esta restabelecendo. A variação da temperatura na cidade é de 20, tendo os seus valores aumentado cêrca de 3° nas zonas continentais em relação a julho, e apenas 0°,5 na zona marítima. c) Temperatura máxi ma - Sendo êste elemento função do aquecimento diurno, depende sobretudo da absorção da radição solar, que é mais intensa no continente, dando em resultado um gradiente sempre dirigido para o mar. Ano - O maior aquecimento se produz, como vemos na zona edificada e sêca da baixada de Guanabara, e igualmente em Niterói, sendo a diferença das temperaturas máximas de 4° entre o continente e o mar . A zona litorânea e a da baía de Guanabara apresentam os menores valores, por mais atingidas pela brisa do mar, ao passo que a baixada, abrigada pelo maciço da Tijuca, regista as maiores máximas. O efeito de aquecimento pelo fohn parece aliás confirmado na zona Norte. A grande temperatura das ilhas de Governador e Paquetá deve ser atribuída, em parte à sua constituição de extensas praias de areia com forte coeficiente de absorção, e parte ao fato de a brisa marítima só as atingir depois de muito enfraquecida. Janeiro - A distribuicão das isotermas é igual à do ano, com diferenças na temperatura máxima de 4° entre o interior e a costa . O aquecimento do continente é agravado, não só pela dificuldade da brisa em alcançá-lo através dos maciços, como ainda pelo fohn produzido à tarde na Tijuca e em Campo Grande, a sotavento das montanhas. Abril - Nota-se neste mês uma queda geral das máximas, em média de 2° a 1,5.0 • Os maiores valores ainda se encontram na zona edificada a baixada de Guanabara, imediatamente a norte do maciço da Tijuca, e os menores, na entrada da barra e extremo norte daquela baixada. A variação das máximas, dentro da região, é de cêrca de 5°. Julho- Além dos declínio de 3° a 4°, não se nota no inverno na temperatura máxima, a distribuição inversa observada na média, continuando o interior do continente, durante o dia, mais quente que o mar. 1!:ste realmente, pelo seu maior calor específico, sofre pequena elevação de temperatura nas horas da tarde, enquanto aquêle, graças ao bom tempo reinante durante o mês, é muito · aquecido pelos raios solares . Outubro - Apresenta aspecto semelhante ao dos outros meses, continuando o mar a ser mais frio. As variações, no entanto, atingem 5°. d) Temperatura mínima - É, como sabemos, dependente da radiação noturna e assim tanto mais baixa quanto maior a intensidade desta. Sendo ela mais fÓrte no ~ontinente, teremos sempre um gradiente dirigido para a terra. Ano - O mar conserva o aquecimento diurno, e pouco irradia à noite, de modo que as mínimas mais elevadas se produzem no litoral, e as menores no continente, na baixada da Gu faz sentir nas ilhas, com v~ A cidade de Niterói~ de ban do continente. As inflexões para o inte~i de oeste, traduzem um efelt pântanos . _ Janeiro _ As curvas sao mínimas no litoral. Apes.ar ' resfriamento, que sobrepuJa o ximadamente 2°. Abril _ Curvas idênticas em relação ao verão é també Julho _ No inverno ma continente em relação. ao mal do Distrito sendo o litoral m da temoer~tura é maior na ba em qué a zona pan.tanosa pn mar. As ilhas contmuam cot Apesar da semelhança; ~ temperaturas máxima e m1m: de julho se apresenta com dJ valor das diferenças de teiJ noturno do contine~te em ; maior aqueciment~ e apen:;ts interior, o que nao su_cedla mínima cai 50 no contmente É também devido à gn entre o continente e o ocean' nessa época. outubro _ A temperatu interior e 2o no litoral, con terra. A variação de tem per! 1 5o resultando no enfraqut ' 'e) Amplitude da tempt natural, os maiores valores : xadas de Guanabara e Sepe1 atingindo a variação total I a orla oceânica. . Na baixada de Sepetlba inferiores aos da de ~uam maior área de vegetaçao, SI Janeiro _ cu_rva;S s~mE variação da amplltuue e d • Abril - Traçado pouc< Julho _ Neste mês, e1p. queda nas temperaturas mn se eleva a 130, subindo su outubro _ o s valore~ d ção noturna, sendo a va~1a~ é pequena contudo a difer Amplitude anual - (M regulador do mar é muito crescendo a amplitl;lde nas O efeito do oceano e ~atura a classificação pela 1s?~er1 Federal tem clima mantn~c diferença "inverno - verac f) vento- Ano- D mais fria que o mar, dada o vento de terra, soprando FICO cujo lift médio é de 250 metros, zona da Gávea, cuja vertente na Tij uca . !lação a janeiro, cêrca de 2° no !a brisa em alcançá-lo através da i contudo semelhante à do verão. ' maior resfriamento continental mta temperaturas superiores às 2° entre a baía de Guanabara, e de Sepetiba. Por ter mudado aior queda de temperatura em: ~e, cêrca de 6°, e a menor sôbre ~n o maior resfriamento da terra mês de julho, como vimos, é jêsse modo a possível ação do J iurno na baixada de Guanabara da baía. Quanto ao gradiente r para a terra . ~ ascensão generalizada, sendo nual, uma vez que o regime de mperatura na cidade é de 2o, ts zonas continentais em rela- mento função do aquecimento ção solar, que é mais intensa e sempre dirigido para o mar. no vemos na zona edificada e Niterói, sendo a diferença da.! e o mar. A zona litorânea e !S valores, por mais a tingidas :igada pelo maciço da Tijuca, tmento pelo fohn parece aliás ra das ilhas de Governador e tituição de extensas praias de ao fato de a brisa marítima lal à do ano, com diferenças a costa . O aquecimento do . brisa em alcançá-lo através tarde na Tijuca e em Campo ~ as máximas, em média de 2° na zona edificada a baixada da Tijuca, e os men ores, na a. A variação das máximas, ta no inverno na temperatura a, continuando o interior do r. 1!:ste realmente, pelo seu temperatura nas horas da ante durante o mês, é muito os outros meses, continuando atingem 5°. os, dependente da radiação a intensidade desta. Sendo diente dirigido para a terra. e pouco irradia à noite, de no litoral, e as menores no TRANSCRIÇOES 123 continente, na baixada da Guanabara . O efeito termo-regulador do oceano se faz sentir nas ilhas, com valores elevados apesar da irradiação das praias. A cidade de Niterói, de baixa mínima, confirma a irradiação mais intensa do continente. As inflexões para o interior das curvas de maior temperatura nas baixadas de oeste, traduzem um efeito regulador, análogo ao do mar, exercido pelos pântanos. Janeiro - As curvas são semelhantes às do ano, verificando-se as maiores mínimas no litoral. Apesar das elevadas máximas do continente, é tal o seu resfriamento, que sobrepuja o das estações litorâneas. As variações são de aproximadamente 2°. Abril - Curvas idênticas às de janeiro, com variações análogas. A queda em relação ao verão é também de 2°. Julho - No inverno mais se acentua o grande resfriamento noturno do continente em relação ao mar. A temr>eratura mínima varia cêrca de 40 dentro do Distrito, sendo o litoral muito mais quente à noite que o interior. A queda da temperatura é maior na baixada de Guanabara, mais sêca que na de Sepetiba, em que a zona pantanosa prolonga, terra a dentro; o efeito de aquecimento do mar . As ilhas continuam com mínimas elevadas, e Niterói com baixos valores. Apesar da semelhança na distribuição de zonas quentes e frias para as temperaturas máxima e mínima no inverno e no verão, a "temperatura média", de julho se apresenta com distribuição inversa da de janeiro, o que se deve ao valor das diferenças de temperatura . Realmente, em julho, o resfriamento noturno do continente em relação ao mar é de 4°, enquanto de dia o seu maior aquecimento é apenas de 3°, predominando assim, na média, a irradiação interior, o que não sucedia em janeiro. Em relação a abril, a temperatuza mínima cai 60 no continente e apenas 3° no mar . .. 1!: também devido à grande diferença da temperatura mínima de julho entre o continente e o oceano, que o vento terral aparece com maior freqüência nessa época. Outubro - A temperatura sobe muito em relação a julho, cêrca de 4° no interior e 2° no litoral, continuando o maior resfriamento a se produzir em terra. A variação de temperatura é contudo muito menos acentuada, de apenas l,so, resultando no enfraquecimento do vento noturno . e) Amplitude da temperatura - A sua média anual apresenta, como é natural, os maiores valores nas zonas continentais, isto é, no interior das baixadas de Guanabara e Sepetiba e em Niterói, decrescendo depois para o litoral, atingindo a variação total 6°. As ilhas também registam maior oscilação que a orla oceânica. Na baixada de Sepetiba nota-se, além da forte amplitude interior, valores inferiores aos da de Guanabara; deve-se isso ao fato de possuir a primeira maior área de vegetação, sendo a última quase tôda edificada. Janeiro - Curvas semelhantes, mas de valor inferior à média anual. A variação da amplitude é de 6°. • Abril Traçado pouco diferente do de janeiro, com variação idêntica. Julho - Neste mês, embora não haja modificações no litoral, o efeito da queda nas temperaturas mínimas se faz sentir no continente, onde a amplitude se eleva a 13°, subindo sua variação dentro do Distrito a 8°. Outubro - Os valores decaem novamente no interior devido à menor radiação noturna, sendo a variação total na cidade apenas de 6° . Na orla litorânea, é pequena contudo a diferença em relação ao inverno. Amplitude anual (Média de janeiro menos média de julho) - O efeito regulador do mar é muito claro, localizando-se os menores valores no litoral, crescendo a amnlitude nas ilhas e sobret udo na zona interior do continente . O efeito do oceano é naturalmente mais pronunciado que o da baía . Se fizermos a classificação pela isoterma de amplitude 10°, veremos que todo o Distrito Federal tem clima marítimo, sendo pequena e oscilando de 7° a 5° a variação da diferença "inverno - verão." f) Vento -Ano- Direção (7 horas) -Estando nesta hora a terra muito mais fria que o mar, dada a radiação noturna, observamos em todo o Distrito o vento de terra, soprando do continente para o mar, normalmente ao litoral. 124 BOLETIM GEOGRAFICO A corrente em questão é notàvelmente confirmada em tôdas as regwes; assim, em Niterói, ela sopra de SE, para a baía de Guanabara; na cidade de N, para o oceano, e na baixada de Sepetiba de NE, para a baía de igual nome. É interessante notar como na ilha do Governador o terra! diverge em duas direções reveladas pelos ventos na zona ocidental daquela ilha, e em Paquetá. As exceÇões aparentes à regra se encontram nas regiões a norte dos maciços, e são causadas pelas brisas de montanha, ao longo dos vales. · Necessitando aquela corrente de um forte gradiente noturno da temperatura dirigido do mar para a terra, ela sàmente se firma, como dissemos, no inverno, de junho a agôsto, não sendo quase notada nas demais épocas, em que predominam as calmarias, aliás de extraordinária freqüência no Distrito Federal a essa hora. Elas são aliás mais comuns no interior, varrendo a brisa de terra sobretu_do o litoral. 14 horas - Já nesta hora, com o aquecimento do continente, predomina a brisa marítima que sopra à tarde, normalmente, de setembro a abril, e apresenta em tôdas as regiões uma direção normal ao litoral. A brisa de vale, que também se deve notar nesta hora, aparece não só na Tijuca, soprando na direção do talvegue, como ainda nas componentes norte do maciço da Pedra Branca. A baía de Guanabara funciona assim como um grande centro frio, donde divergem os ventos. Sourando a brisa de SSE, as calmarias são mais freqüentes a noroeste dos ma-cicos, e também em Niterói, sendo raras na baixada de Guanabara, fortementé varrida pelo vento que penetra pela barra. 21 horas - A esta hora, na latitude do Rio, o resfriamento noturno ainda não foi suficiente para formar o terral, o que só se verifica na época do inverno. Predomina a fase final da brisa de mar, com ventos de direções semelhantes às dos de 14 horas, embora as rosas de freqüência já possuam algumas componentes de terra. Nos vales começa a surgir a influência das correntes de m0ntanha. Com o enfraquecimento de brisa, aumenta a freqüência das calmarias, que se localizam a NW dos maciços do Rio, e em Niterói. Velocidade - O seu maior valor, dada a causa geral de produção dos ventos que é a diferença de temperatura terra-mar deve-se dar exatamente na região de maior variacão. Por isso as correntes no litoral alcancam uma velocidade de 3 metros, qÚe cai no interior a 0,8 metros na região abrigada da brisa de mar, a N do maciço da Tijuca. Note-se que a direção geral de S dos ventos predominantes, . contribui para diminuir a velocidade a sotavento dos maciços. Janeiro - De modo geral, dado o predomínio, no verão da brisa de mar, é a sua direção que se nota em todos os postos, combinada com a de vale na Tijuca. A freqüência das calmas é maior no interior, a NW dos maciços, pelas razões já indicadas. Pelas mesmas causas já expostas. a distribuição da velocidade é semelhante à da média anual. O valor respectivo é contudo o mais baixo de todo o ano, o que se explica ·pela presença, na época, do Sol no hemisfério sul, com o conseqüente enfraquecimento da circulação geral. A brisa de mar continua como o principal fator da circulação, cuja velocidade é fraca nas regiões abrigadas daquela. Abril - Domina ainda o vento marítimo. Em Ipanema e Copacabana, entretanto, as noites mais frias já permitem a existência de um fraco terra!, observado às 7 e 21 horas. Permanece sem alteração a freqüência de calmas. Quanto à velocidade, obedece a uma distribuição semelhante à de janeiro, pelos motivos já apontados não tendo pràticamente mudado o seu valor absoluto. Julho - O vento médio resulta do terra!, que predomina às 7 e 21 horas a oeste, e das correntes de montanha, em Copacabana, combinadas com raras brisas marítimas em Jacarepaguá. As calmarias mantêm a mesma distribuição. A circulação, mais intensa no inverno, quando os contrastes de temperatura e as migrações de massas são mais fortes, faz crescer basian te o valor da velocidade média do vento, e diminui um pouco a influência dcs fatôres locais, !lcando assim a distribuição mais uniforme que no verão. Mesmo assim, aquela continua maior no litoral e menor no interior. Outubro - Com a chegada do regime de verão, volta o domínio da brisa marítima, uma vez que o terral já desapareceu, substituído por freqüentes calmarias, cuja distribuição S€ assemelha à de janeiro. Sendo por outro lado o equinócio da primavera a época mais favorável aos temporais de sul, a velocidade se torna agora ~~ entanto, com o nov? predomn do continente, o mawr valor n que · a orientaç~o. das curvas sE bações secundanas. g) Umidade relativa - de grande umidade,. :um, supe! sul do maciço da TlJUCa. Ê:st carregadas de vapor d'água, eJ pantanosas existentes a n.orte cionada sobretudo ao efeito ' carioca. Nas baixadas ~e Sep' onde não só está? locallza~os marítimo. A umidade m.a1s .I grande aquecimento de N1tero dentro do Distrito é de 10% Janeiro _ os valore~ :pou época chuvosa, eiil;_ que vanas pelos mesmos fatores, seu as. de 8%. Abril _ Há um sensív~l a mesma distribuição reg1?1 de erupções polar~s, q.ue ~m elevada. A variaçao e maiOJ Julho _ send? o ~nvern< dade baixará c~ms~d~ravell:_ne a mesma distnbmçao reg1or: da baixada de Sepetiba devi terra, contràriamente aos dl Outubro _ Sobe novamE chuvosa. Permanece .a mes mente a NE do maciÇO da se rev~Ia nos períodos anteJ .., ariação a tinge 8% . h) Nebulosidad~- An; oriundas de convecçao, e e; que no mar, é natur~) que a sidade cresce na regiao .pan umidade relativa permite r Tijuca pela subida de barla Janeiro - Na época di a média anual, conquanto é bastante acentuado a NW tura na encosta sul. Abril _ A ausência df acentuada nos valores, senl Julho - Na época de. mais uniforme a sua distn tima desaparece o efeito d1 losid~de do continente, o q a formação de nuvens. outubro - Forte aum1 em janeiro, porém ligado massas do equinócio da P i) Precipitação - Ar um mínimo no litoral, pel de origem francamente OI maciço da Tijuca; um nc e outro aumento da quan tabilidade. FICO TRANSCRIÇõES tada em tôdas as regiões; assim, ·uanabara ; na cidade de N, para para a baía de igual nome. É ador o terra! diverge em duas ;l tal daquela ilha, e em Paquetá. 1as regiões a norte dos maciços, longo dos vales. · radiente noturno da temperatura rma, como dissemos, no inverno, s demais épocas, em que predoreqüência no Distrito Federal a ~rior, varrendo a brisa de terra nto do continente, predomina a de setembro a abril, e apresenta ai. A brisa de vale, que também rijuca, soprando na direção do lo maciço da Pedra Branca. A nde centro frio, donde divergem rias são mais freqüentes a noo raras na baixada de Guana·a pela barra. , o resfriamento noturno ainda se verifica na énoca do inverno. ventos de direçoes semelhantes já possuam algumas componencia das correntes de m0.ntanha. ~qüência das calmarias, que se :ói. a gerai de produção do,<; ventos e-se dar exatamente na região oral alcancam uma velocidade a região abrigada da brisa de direção geral de S dos ventos iade a sotavento dos maciços. • no verão da brisa de mar, é combinada com a de vale na •rior, a NW dos maciços, pelas ão da velocidade é semelhante o mais baixo de todo o ano, ol no hemisfério sul, com o I. A brisa de mar continua ade é fraca nas regiões abri- . Em Ipanema e Copacabana, xistência de um fraco terra!, 1ção a freqüência de calmas. emelhante à de janeiro, pelos udado o seu valor absoluto. predomina às 7 e 21 horas a ana. combinadas com raras antêm a mesma distribuição. os contrastes de temperatura cer bastante o valor da velonfluência dcs fatôres locais, verão. Mesmo assim, aquela o, volta o domínio da brisa substituído por freqüentes 1eiro. Sendo por outro lado l aos temporais de sul, a 125 velocidade se torna agora mais intensa, atingindo a média de 4 metros. No entanto, com o novo predomínio de fatôres locais como o grande aquecimento do çontinente, o maior valor no litoral é claramente definido. É mesmo possível que a orientação das curvas se prenda a modificações na trajetória das perturbações secundárias. · g) Umidade relativa - Ano - verifica-se a existência de dois centros de grande umidade, um, superior a 86%, na baixada de Guanabara e outro a sul do maciço da Tijuca. ltste último se deve às correntes da brisá maríti~a carregadas de vapor d'água, enquanto o primeiro pode ser explicado pelas zona~ pantanosas existentes a norte. A área de grande secura da Tijuca está condicionada sobretudo ao efeito do tohn sofrido pela brisa ao galgar a serra da Carioca. Nas baixadas de Sepetiba e Jacarepaguá, a umidade é maior no litoral onde não só estão localizados os pântanos, como sopra constantemente o vento marítimo . A umidade mais baixa notada na costa da Guanabara resulta do grande aquecimento de Niterói e do centro da cidade. A variação dêste elemento dentro do Distrito é de 10%. Janeiro - Os valores pouco diferem da média anual; trata-se aliás de uma época chuvosa, em que várias vêzes o grau higrométrico atinge 100%. Governada pelos mesmos fatôres, seu aspecto é semelhante ao do ano, com uma variação de 8% . . Abril - Há um sensível aumento nos dados absolutos, embora permaneça a mesma distribuição regional. Tal acréscimo se deve à grande freqüência de erupções polares, que diminuem a temperatura, tornando a umidade mais elevada. A variação é maior que em janeiro. Julho - Sendo o inverno a estação sêca por excelência, é claro que a umidade baixará consideràvelmente, alcançando o seu mínimo. Permanece contudo a mesma distribuição regional, com uma variação de 14%. Os fracos valores da baixada de Sepetiba devem ser atribuídos à direção do vento que sopra de terra, contràriamente aos demais meses, em que domina a brisa de mar. Outubro- Sobe novamente o grau higrométrico, com a entrada da estação chuvosa. Permanece a mesma Distribuição regional, notando-se aliás nitidamente, a NE do maciço da Pedra Branca:, a secura causada pelo fohn, e que se revela nos períodos anteriores apenas por uma concavidade nas isoígras. A •,ariação atinge 8%. h) Nebulosidade - Ano -=- Sendo via de regra na zona tropical, as nuvens oriundas de convecção, e esta se produzindo mais intensamente no continente que no mar, é natural que àquele pertençam as zonas mais nubladas. A nebulosidade cresce na região pantanosa, a N da baixada de Guanabara, onde a maior umidade relativa permite menor lift. É ainda elevada a sueste do maciço da Tijuca pela subida de barlavento e mais baixa a NW, sob a ação do fohn. Janeiro - Na época das chuvas de verão, a nebulosidade é maior do que a média anual, conquanto permaneça a mesma distribuição. O efeito do fohn é bastante acentuado a NW do maciço da Tijuca, o que indica ser forte a cobertura na encosta sul. Abril - A ausência da formação de trovoadas locais acarreta uma queda acentuada nos valores, sendo a distribuição regional idêntica à do verão. Julho - Na época de bom tempo a nebulosidade é mínima, ficando muito mais uniforme a sua distribuição . É assim que, dada a escassez da bri~a marítima, desaparece o efeito do fohn a NW do maciço permanecendo a maior nebulosidade c!o continente, o qual, mais aquecido de dia, permite, melhor que o mar, a formaçao de nuvens. Outubro - Forte aumento da nebulosidade, não mais de caráter local como em janeiro, porém ligado às grandes perturbações frontais e modificações de massas do equinócio da primavera. i) Precipitação - Ano - Na respectiva distribuição, surgem claramente: um mínimo no litoral, pela menor convecção e maior estabilidade; um máximo de origem francamente orográfica, ligado às perturbações secundárias a sul do maciço da Tijuca; um novo mínimo a norte dêsse último, pela ação do fohn, e outro aumento da quantidade de chuva no interior, onde reina a maior instabilidade. BOLETIM GEOGRAFICO 126 Sendo, nessa época, as chuvas geralmente oriundas de trovoadas t ocais, suas maiores quedas se distribuem nas zonas mais aquecidas e úmidas, -nas baixada a norte dos maciços, onde chegam a ultrapassar 200 milímetros. Permanecem o efeito orográfico a barlavento, e o do fohn a sotavento da Tijuca, atingindo a variação dentro do Distrito 80 milímetros . Abril - Com a diminuição das trovoadas, fica a chuva preponderantemente .condicionada à circulação secundária, e sua distribuição se torna sobretudo .orográfica, com máximo a barlavento, e mínimo a sotavento das montanhas. mantendo-se a variação em 80 milímetros. Julho - É bem típica a influência orográfica, sendo muito acentuados o máximo de barlavento, e o mínimo de sotavento, com uma variação de 80 milímetros. Não havendo nesse mês t r ovoadas de formação local, a chuva é essencialmente causada pelas perturbações de sul, o que determina uma distribuição inversa da de janeiro. Assim o máximo continental do verão, passa a uma posição litorânea no inverno, quando os mares se instabilizam. Outubro - A distribuição dêsse mês se assemelha à média anual. uma vez que com o reaparecimento das trovoadas e a intensificação das perturbações de sul, aquela participa de dois regimes . É ainda característico o efeito orográfico, n1antendo-se a variação em 80 milímetros. j) Trovoada e nevoeiro - Tais fenômenos, no Rio de Janeiro, preponderantemente de origem térmica são, de certo modo, inversos . Com efeito, as perturbações devidas à instabilidade do ar se formam no verão, à tarde, em regiões de elevado aquecimento diurno, com máximas pronunciadas . Os nevoeiros, pelo contrário, oriundos da estabilidade, se constituem principalmente no :inverno de manhã, nos lugares de grande resfriamento, com fortes mínimas. Assim, a zona continental será a de maior freqüência de ambos, uma vez . que aí se verificam as mais pronunciadas amplitudes da temperatura. A grande freqüência na zona Norte deve ser atribuída ao fator orográfico, que intensifica as trovoadas locais vindas de NW, e acumula o nevoeiro trazido pelo terra!, que sopra dessa mesma direção . Janeiro - 6 - Evolução anuál do tempo Os gráficos sôbre os quais nos baseamos para descrever a e'volução do tempo, foram traçados com as normais do Observatório Central. A evolução anual do clima no Rio de Janeiro é devida a dois fatôres principais: a variação da quantidade de calor recebida diàriamente pela superfície (fator termodinâmico), e os deslocamentos das massas de ar (fator dinâmico), ambos dependentes, como todos os elementos meteorológicos, do percurso anual do Sol . Com efeito, a quantidade de energia recebida pelo solo depende da obliqüidade dos raios incidentes, e do número de horas em que o astro permanece acima do horizonte . Sendo êsses elementos função da declinação solar, aquêle total será máxima na vizinhança do solstício do verão, e mínimo na do solstício do inverno . Os deslocamentos das massas de ar, por outro lado, relacionados com as respectivas diferenças de temperatura, t êm nos trópicos sua atividade mais i ntensa nos equinócios, ,q uando é menos homogênea a distribuição latitudinal da radiação, sob o rápido aquecimento ou resfriamento do hemisfério pr ovocado pelas duas passagens do Sol no equador. O conjunto dos elementos meteorológicos var ia, assim, sob a ação de ambos os fatôres, dando ao tempo de cada estação do ano caracteres esp ecíficos. Com efeito, o aumento da radiação no verão fazendo crescer a temperatura, intensifica a evaporação e provoca, pelo forte aquecimento da superfície, a convecção do ar, a qual por sua vez dará origem a nuvens de desenv0lvimento vertical, que se transformam à tarde em perturbações locais e trovoadas, com c huvas torrenciais e aumento na umidade relativa e fôrca do vento. A diminuição da radiação no inverno, pelo contrário, permite com ó abaixamento da temperatura menor evaporação, estabilidade do ar, fraca nebulosidade, formação de nevoeiro e baixa umidade relativa. Nessas duas estações extreml:\s do ano dominam, sob circulação normal, a. massa tropical atlântica no inverno, com ventos de NE, menor umidade específica e baixa temperatura poten~i.al, NW maior umidade especific2 'Ao primeiro fator se sup secundárias provocadas pela~ trazem para o Rio de Janeir mais elevada. Vêm el.as acomp! da nebulosidade e força ~o ~ atividade é maior, co;no Ja~ VIl Feitas essas consideraçoes e cartas médias, o aspecto d< quatro estações do ano· a) Verão - (dezem~ro, maior duração do Sol acima a sua insolação se torna a temperatura. Já a nebulosidade, sendo formadas à tarde, tem um 'li e 0 mínimo do inverno. A evolução de tais nuven. ção de perturb~ções e1ét~i~a: os maiores totais da preCiplt. interior do Distrito .. A umidade rela~lVa te.m esteja diretamente llgada a c A velocidade do vento, nes: também em tôrno do val?r. r. com o recuo d~ antiCICl Quanto à evaporaçao, ~endo samente prOpo~cion~l a um freqüentes, devidO as elev~c 0 verão é, portan~o,. a ep maior evaporação, maxi~a . nessa ocasião que a ~mplltuo relativa e a nebulosidade m b) outono - (març.o, r dia não é acompa_nha~o pol m enor que no verao, amda ' contínuo . . As temperaturas, em vu e uniformemente, ficando amplitude diminui, :pel~ aul No outono, e pnnc~paln resultam das p ertur~açoes 11 de março, sendo a r~pida e quecimento progressi~o das A umidade relativa de'V a sua relação inversa _c?m elevada acima da media a A v'elocidade do vent<?, I cio, se mantém i~ferior a pouco se faz sentir . com 0 aumento da pre progressiva da temperatura A fraca velocidade, a ri relativa já permitem a _for mente dúrante a estaçao . 0 outono é, assim, un relativa, temperatura e .. ~ intensas, com menor freq_m mais baixas que no verao c) Inverno - (ju_nho a redução de nebulosidad outono. TRANSCRIÇõES ralmente oriundas de trovoadas :onas mais aquecidas e úmidas, l a ultrapassar 200 milímetros. do tohn a sotavento da Tijuca, metros. :a a chuva preponderantemente istribuição se torna sobretudo J a sotavento das montanhas. Lfica, sendo muito acentuados mto, com uma variação de 80 de formação local, a chuva é I, o que determina uma districontinental do verão, passa a tres se instabilizam. nelha à média anual. uma vez nsificação das perturbações de l"acterístico o efeito orográfico, no Rio de Janeiro, prepondeodo, inversos. Com efeito, as 1rmam no verão, à tarde, em mas pronunciadas. Os nevoeiconstituem principalmPnte no amento, com fortes mínimas. reqüência de ambos, uma vez . udes da temperatura. atribuída ao fator orográfico, e acumula o nevoeiro trazido empo escrever a evolução do tempo, Central. devida a dois fatôres princidiàriamente pela superfície Lssas de ar (fator dinâmico), orológicos, do percurso anual ebida pelo solo depende da as em que o astro permanece da declinação solar, aquêle ão, e mínimo na do solstício o lado, relacionados com as rópicos sua atividade mais a a distribuição latitudinal to do hemisfério provocado assim, sob a ação de ambos caracteres específicos. ndo crescer a temperatura, ecimento da superfície, a nuvens de desenv'Jlvimento es locais e trovoadas, com rça do vento. A diminuição o abaixamento da tempenebulosidade, formação de sob circulação normal, a menor umidade específica 127 e baixa temperatura potencial, e a tropical continental no verão, com ventos de NW, maior umidade específica e alta temperatura potencial. Ao primeiro fator se superpõe o segundo, constituído pelas perturbações secundárias provocadas pelas invasões periódicas de massas frias polares, que trazem ·para o Rio de Janeiro condições passageiras de um clima de latitude, mais elevada. Vêm elas acompanhadas de abaixamento da temperatura e aumento da nebulosidade e fôrça do vento, com chuvas contínuas e duradouras. A sua atividade é maior, como já vimos, na primavera e no outono . Feitas essas considerações gerais, passemos a analisar, baseados nos gráficos e cartas médias, o aspecto do tempo e a sua evolução no Rio de Janeiro nas quatro estações do ano . a) Verão - (dezembro, janeiro e fevereiro) - Sendo êste o oeríodo de maior duração do Sol acima do horizonte, com nebulosidade não muito forte, a sua insolação se torna a mais notável do ano, resultando assim na maior temperatura . Já a nebulosidade, sendo em geral de nuvens de desenvolvimento vertical, formadas à tarde, tem um valor intermediário entre o máximo da primavera e o mínimo do inverno. A evolução de tais nuvens, sob o forte aquecimento diurno, conduz à formação de perturbações e1étricas com chuvas torrenciais, que dão a essa estação os maiores totais da precipitação e o maior número de trovoadas, sobretudo no interior do Distrito. A umidade relativa tem um valor próximo da média anual, pois, embora esteja diretamente ligada à chuva, é inversamente proporcional à temperatura. A velocidade do vento, nessa época em que domina a brisa marítima, fica também em tôrno do valor médio. Com o recuo do anticiclone fixo do Atlântico a pressão atinge o mínimo. Quanto à evaporação, sendo diretamente proporcional à temperatura e inversamente prbporcional à umidade, atinge o máximo. Os nevoeiros são pouco freqüentes, devido às elevadas temperaturas. O verão é, portanto, a época de maior insolação, temperaturas mais elevadas, maior evaporação, máxima altura de cbuva . e maior número de trovoadas. É nessa ocasião que a amplitude da temperatura, a yelocidade do vento, a umidade relativa e a nebulosidade mais se aproximam dos seus valores médios anuais, b) Outono - (março, abril e maio) -O rápido decréscimo da duração do dia não é acompanhado por uma queda idêntica na insolação, a qual, embora menor que no verão, ainda é elevada, tendo a nebulosidade diminuído de modo contínuo. As temperaturas, em virtude do enfraquecimento da radiação, caem rápida e uniformemente, ficando as médias da época próximas do valor anual. A amplitude diminui, pela ausência de máximas e mínimas pronunciadas. No outono, e principalmente no equinócio, a nebuloSidade e a precipitação resultam das perturbações locais e secundárias, daí se originando o seu aumento de março, sendo a rápida e contínua queda durante a estação oriunda do enfraquecimento progressivo das nuvens de convecção local. A umidade relativa deveria acompanhar a baixa da quantidade de chuva; a sua relação inversa com a temperatura faz, porém, com que ela se mantenha elevada, acima da média anual. A velocidade do vento, a não ser o pequeno acréscimo em março, no equinócio, se mantém inferior à média anual, uma vez que a partir de abril a brisa pouco se faz sentir. Com o aumento da pressão, que se aproxima de seu valor normal, e a queda progressiva da temperatura e velocidade do vento, a evaporação decresce. A fraca velocidade, a rápida queda da temperatura e o aumento da umidade relativa já permitem a formação do nevoeiro, cuja freqüência cresce continuamente dúrante a estação. O outono é, assim, uma época de insolação ainda forte, elevada umidade relativa, temperatura e pressão médias, nebulosidade e precipitação menos intensas, com menor freqüência de trovoadas, e velocidade do vento e evaporação mais baixas que no verão. c) Inverno - (j unho, julho e agôsto) -Apesar da menor duração do dia, a redução de nebulosidade faz com que a insolação se eleve em relação ao outono . 128 BOLETIM GEOGRAFICO Como o valor da radiação enviada pelo Sol é o menor do ano, o progressivo resfriamento dá a essa época as mais baixas temperaturas. As mínimas pronunciadas sobretudo no interior do Distrito, acarretam as mais elevadas amplitudes dlurnàs. Verifica-se nessa estação a menor nebulosidade, pois- quase desaparecem as formações locais convectivas, e as perturbações secundárias se tornam muito raras. Essas mesmas causas reduzem ao mínimo a precipitação, sendo o inverno no Rio uma época de grande estabilidade atmosférica e bom tempo, com absoluta ausência de trovoadas locais. A umidade relativa, apesar da queda de temperatura e devido à diminuição das chuvas, alcança um mínimo, que coincide com o da precipitação . Com o aumento da insolação e a queda da umidade, a evaporação se eleva novamente, tendo o máximo em agôsto conjuntamente com o mínimo da umidade. A velocidade do vento é fraca, começando a se elevar a partir daquele mês, na aproximação do equinócio . É nessa estação, que à noite, se verifica, mais freqüentemente o terra!. Sob a invasão do continente pelo anticiclone semi-fixo do Atlântico, a mais elevada pressão atmosférica, vem então a se verificar. O grande resfriamento noturno, em parte devido à fraca nebulosidade que permite forte radiação, dá a essa época o maior número de dias de nevoeiro. Além disso, a névoa sêca domina em agôsto e setembro, devido à ausência de chuvas e à estabilidade do centro de ação. O inverno é, portanto, uma época de insolação ainda elevada, de pressão e amplitude máximas, e de forte evaporação, experimentando, pelo contrário, a temperatura, a nebulosidade, a precipitação e a umidade relativa os seus menores valores. A velocidade do vento ainda é fraca, e é elevada a freqüência de nevoeiros. d) Primavera - (setembro, outubro e novembro) - Embora a duração do dia aumente progressivamente, a insolação cai em setembro e outubro, em virtude do notável crescimento da nebulosidade. Essa mesma causa, somada à intensificação das penetrações frias, acarreta um retardamento da subida normal das temperaturas média e máxima. A temperatura mínima porém se eleva continuamente dado o obstáculo criado pelas nuvens à irradiação noturna. As mesmas razões evocadas para o outono fazem a amplitude diurna da temperatura passar por um mínimo. A grande queda da insolação e a subida da umidade relativa diminuem a evaporação em setembro e outubro, apesar do efeito contrário do aumento da velocidade do vento e da baixa da pressão. As grandes perturbações secundárias, trazendo coberturas duradouras, 1 tornam máxima a nebulosidade nessa época do ano. A proporção, porém, que se aproxima o verão, e que aquelas perturbações vão sendo substituídas pelas trovoadas locais de nuvens convectivas, a nebulosidade decresce. As precipitações, provocadas sobretudo pelas invasões polares, aumentam progressivamente durante a estação, tendo o caráter de chuvas que se prolongam por vários dias. A umidade relativa sobe ràpidamente, acompanhando a chuva, e alcança um dos seus máximos, enquanto a velocidade do vento é a mais elevada, devido ao domínio da frente polar. A pressão cai, apresentando um valor próximo ao da média anual. Com o aumento da temperatura e a forte nebulosidade, a freqüência dos nevoeiros diminui ràpidamente. Quanto à névoa sêca, máxima em setembro, decresce em outubro, para desaparecer em novembro. Em conclusão, na primavera, a nebulosidade é a mais forte do ano, a umidade relativa elevada, e a velocidade do vento máxima. As chuvas aumentam ràpidamente, as temperaturas se aproximam da média anual, enquanto a evaporação, a pressão e a freqüência dos nevoeiros diminuem sensivelmente . 7 - Distribuição regiortar dos climas De acôrdo com o aspecto, a situação geográfica do Rio de Janeiro, e as cartas médias já descritas, pode-se delimitar algumas regiões em que, numa ãrea relativamente pequena c mente distinto. Na verdade, os dois fatore pelo solo e desloca~~nto da;~ m fisiográfico das van.a~ regwes natureza da superftc.te, fazen intensamente no contl}lente, e sofre, sobretudo, a a_ça<? do r~l dárias são mais sens1ve1s no llt Procuraremos, agor~, ~escJ em que dividimos o D1stnto, O}Jservatório Central. a) Zona Sul - É a _faix: -abaixo de 22o7. Dev_e-se l~so, ventilação. Com efeito, ale~ I respectivamente, com as bns~ mais atingida pelas p_enetraço Tais massas, depo1s .~e un: dade a barlavento da TlJUCa, I crescem de 1 200 mil_í~etro~ n tanto, o efeito orograflco. sobr• preponderantemente de mstal A proximidade d_o m~r re 50 no litoral e so no mtenor . . a umidade média se. eleva ac. Sendo os nevoe1ros, em pequena devido à presença d~ b) Zona Norte -: ~ mal de 2207. A brisa mantlma, A« pelas calmarias. Os ventos te:i e são muitas vêzes descenden1 buindo para mais e_levar a. tE como zona ma1s coz:tme entre 6o no litoral _d~ ba~a de o efeito orograf1co e, er região anterior, d~ moqo que ·c onstituindo a faixa seca do as perturbações, a zona Sul .c aída na Norte. Já as pertu: vadas pelo maciço, sendo fr• A umidade relativa, depE bém a menor do I?~strito,_ co fato de estar a reglao mals l trar quase tôda edi~~çad~ · É grande a frequenCla ? diatamente a norte do .macl A c) Baixada de GuanabG abaixo de 22o7, para na zonj a região mais quente da ca1 A brisa marít~ a e .as I ganta. entre os do1s mac1ços, a sua faixa de sul. O lado d de ventos, calmar~as e ~leva A continentalldade e ~ I1 litoral a mais de uo no mt A alta temperatura, a c região de umidade ~levada verão e durant~ o dla, ~orn altas precipitaçoes . No mve verificando as menores chu uma forte ação das pertur concentra sobretudo no ver Sul. -2- TRANSCRIÇõES \ o menor do ano, o progressivo peraturas. As mínimas pronuntm as mais elevadas amplitude-s tde, pois~ quase desaparecem a.s secundárias se tornam muito a precipitação, sendo o inverno rica e bom tempo, com absoluta Jeratura e devido à diminuição n o da precipitação. 1a umidade, a evaporação se :onjuntamente com o mínimo a se elevar a partir daquele 1ção, que à noite, se verifica, semi-fixo do Atlântico, a mais lficar. rido à fraca nebulosidade que número de dias de nevoeiro. tembro, devido à ausência de ão ainda elevada, de pressão perimentando, pelo contrário, a umidade relativa os seus ·aca, e é elevada a freqüência Jro) -Embora a duracão do em setembro e outubro, em Essa mesma causa, somada um retardamento da subida :nperatura mínima porém se nuvens à irradiação noturna. .zem a amplitude diurna da midade relativa diminuem a to contrário do aumento da coberturas duradouras, , tor- A proporção, porém, que se o sendo substituídas pelas dade decresce. nvasões polares, aumentam r de chuvas que se prolon- lhando a chuva, e alcança 1to é a mais elevada, devido ao da média anual. Com o a freqüência dos nevoeiros ma em setembro, decresce mais forte do ano, a umima. As chuvas aumentam ia anual, enquanto a evanuem sensivelmente. limas do Rio de Janeiro, e a.s as regiões em que, numa 1:19 área relativamente pequena como a de que tratamos, o clima é acentuadamente distinto. Na verdade, os dois fatôres acima indicados, quantidade do calor recebido pelo solo e deslocamento das massas, são acentuados ou diminuídos pelo aspecto fisiográfico das várias regiões. O primeiro é modificado principalmente pela natureza da superfície, fazendo-se sentir a radiação, como já vimos, mais intensamente no continente, e nesse, em suas zonas mais sêcas . O segundo fator sofre, sobretudo, a ação do relêvo do solo, de modo que as perturbações secundárias são mais sensíveis no litoral,. dada a presença dos dois maciços principais. Procuraremos, agora, descrever, de modo breve, o clima das várias regiões em que dividimos o Distrito, tomando como referência os valores médios do Observatório Central. a) Zona Sul - É a faixa mais fresca da cidade, com temperatura média abaixo de 22°7. Deve-se isso, em parte, ao fato de ser esta a zona de maior ventilação. Com efeito, além de a brisa marítima e o terra! nela se somarem, respectivamente, .com as brisas do vale e da montanha. a região é também a mais atingida pelas penetrações de massas frias do sul. Tais massas, depois de um longo percurso marítimo, precipitam a sua umidade a barlavento da Tijuca, dando à zona Sul elevados valores de chuvas, que crescem de 1 200 milímetros no litoral, para 1 600 no interior. No verão, entretanto, o efeito orográfico sôbre tais perturbações desaparece, pois as chuvas são preponderantemente de instabilidade local, menos acentuada no litoral. A proximidade do mar resulta em baixa amplitude diurna, variancic> entre 5° no litoral e 8° no interior. Devido, ainda, a êsse fato e às fortes precipitações, a umidade média se eleva acima de 78% . Sendo os nevoeiros, em geral, de irradiação noturna, sua freqüência é pequena devido à presença do oceano. b) Zona Norte - É mais quente que a anterior, com média anual acima de 22°7. A brisa marítima, enfraquecida pelo maciço, é em parte substituída pelas calmarias. Os ventos têm, geralmente a direção SE, penetrando pela barra, e são muitas vêzes descendentes após terem galgado as montanhas, tudo contribuindo para mais elevar a temperatura. Como zona mais continental a sua amplitude térmica é maior, variando entre 6° no litoral da baía de Guanabara e 10° no interior. . O efeito orográfico é, em relação às perturbações de sul, inverso do da região anterior, de modo que as precipitações são inferiores a 1 400 milímetros, ·c onstituindo a faixa sêca do Distrito. Na primavera, quando são mais fortes as perturbações, a zona Sul recebe em alguns postos precipitação dupla da -c aída na Norte. Já as perturbações locais, vindas, em geral de NW, são agravadas pelo maciço, sendo freqüentes e fortes as trovoadas. A umidade relativa, dependendo em grande parte da precipitação, é também a menor do Distrito, com média inferior a 78%. Deve-se isso, não só ao fato de estar a região mais protegida da brisa marítima, como ainda se encontrar quase tôda edificada. · É grande a freqüência dos nevoeiros, acumulados pelo terral noturno imediatamente a norte do .maciço da Tijuca. · c) Baixada de Guanabara - Na sua parte sul, a temperatura se mantém abaixo de 22°7, para na zona Norte se elevar acima. dêsse valor. É essa última a região mais quente da capital. . A brisa marítima e as massas polares vêm atingi-la penetrando pela garganta. entre os dois maciços, com a direção predominante de SW, e refrescando a sua faixa de sul. O lado de norte, pelo contrário, é uma zona de convergência de ventos, calmarias e elevada temperatura. A continentalidade é a maior possível, variando a amplitude· diurna de 8° no litoral a mais de 11° no interior. A alta temperatura, a convergência e as calmarias, dão à atmosfera dessa região de umidade elevada, uma grande instabilidade térmica, sobretudo no verão e durante o dia, formando-se à tarde, grandes trovoadas que produzem altas precipitações. No inverno, pelo contrário, a estabilidade é notável, aí se verificando as menores chuvas; no outono e na primavera a orografia impede uma forte ação das perturbações secundárias. Dêsse modo, a precipitação se concentra sobretudo no verão, em oposição à distribuição homogênea da zona Sul. -2- 130 BOLETIM GEOGRAFICO A umidade relativa se eleva acima de 78%, chegando mesmo na parte nortealém de 86%, o que torna a zona mais úmida do Rio. O fato é devido, principalmente, à proximidade das regiões pantanosas da Baixada Fluminense . A grande umidade e a forte irradiação noturna no inverno dão à região · grande freqüência de nevoeiros . d) Baixada de Sepetiba - Com o !)equeno número de elementos de que · dispomos, concluímos que a temperatura média abaixo de 22°7 no litoral, passa a valores superiores no continente, enquanto a amplitude varia de 9° próximo · do oceano, a mais de 10° no interior. A brisa marítima e o terra! varrem livremente a parte litorânea da baixada, . localizando-se as calmarias mais ao norte, a isso se devendo a distribuição térmica observada. Os ventos predominantes, acompanhando o ascendente da temperatura, sofrem uma rotação durante o ano, passando de SE na primavera e no verão, a SW no outono, e a N no inverno. As chuvas apresentam uma distribuição homogênea em tôda a baixada, com . valores vizinhos de 1 400 milímetros anuais. Há uma tendência, sobretudo no interior, de se concentrarem as precipitações no verão, oriundas então de perturbações locais. A umidade relativa se eleva acima de 78% no litoral, descendo !)ara o · interior, sendo a sua distribuição tão homogênea como a da chuva. É grande a freqüência de nevoeiro, sobretudo no continente pela irradiação> noturna. e) Baixada de Jacarepaguá - Uma vez que não dispomos quase Je dados,. só nos é possível fazer conjeturas. A parte a sul dos maciços tem, provàvelmente, um clima semelhante ao da zona Sul . A regiãó litorânea deve ser fresca, devido • à brisa, e úmida, pois além da proximidade do mar, é pantanosa; a parte · central entre as montanhas deve, pelo contrário, ser mais quente e mais sêca . O clima da pequena faixa a nordeste da Pedra Branca, deve ser semelhante · ao da zona Norte . f) Maciços - Não dispomos de observações nos seus cumes, mas podemos · afirmar que as vertentes participam do clima das baixadas para as quais se inclinam. A comparação entre as temperaturas das estações de Corcovado, a 704 metros, e Jardim Botânico, ao nível do mar, permite estabelecer uma variação de 1° por 159 metros de altitude, de modo que quando nos elevamos sôb:re as vertentes a temperatura diminui nessa proporção. O efeito orográfico modifica um pouco o aspecto geral . Realmente, as vertentes marítimas são mais frescas e úmidas, por mais atacadas vela brisa e massas frias de sul, que precipitam o seu vapor na ascensão de barlavento. O ar descendo a sotavento seca e se aquece progressivamente, de modo que as vertentes opostas ao mar são menos úmidas e mais quentes . g) Ilhas - A do Governador, a não ser na região oeste em _q ue participa do clima do litoral da baixada de Guanabara, tem uma tem!)eratura inferior a 22°7, pois é fortemente varrida pela brisa de SE que penetra pela barra. Na de Paquetá, que aquela corrente não atinge tão fàcilmente, devido ao · relêvo de Niterói, a temperatura média é superior àquele v~lor. Pelas mesmas razões, a amplitude sobe de 8°, a oeste de Governador, para 9° em Paquetá. As chuvas oriundas de perturbações secundárias são reduzidas pelo efeito· orográfico dos maciços do Distrito Federal e de Niterói, não ocorrendo muito freqüentes trovoadas, de modo que as precipitações são inferiores a 1 200 · milímetros. A umidade relativa, devido à proximidade do mar, se eleva acima de 78%. 8 - Em vista da dificul~ad_e cl -curvas dão apenas a vanaçao J Nota-se um máximo bem isso à relação direta que o _POtE .com a temperatura e a umidad voeiros favorecem o aumento c Com a subida da temper~ da pressão na primavera, aquE ~utubro. Atribui-se à pol~ição d~ : êsse que as curvas nao conflrr. <>utubro f.oram, nos anos con .sêca . A, elevação dos m:eses de nebulosidade e da .u:r~nd~~e r precipitação e a dimmuiçao ( Um raciocínio inverso do Há dêsse modo, um aumE minuição nos equinócios. A intensidade da radiaçãc Sol é máxima na vizinhança .A menor transparêi;ICia d~ atr -aparecimento da nevoa seca ( .diação a se mante~ b!~-i~a na ~ ·não sendo assim s1met~1cas a~ :a influência que tem esse f~j um notável efeito da du -ano de 1937, em que a nebul?l no verão, resultando em batx Em conclusão, a acidenta niversidade de chuvas de rar Radiação solar e campo elétrico Os gráfico~ respectivos foram construídos com as médias mensais dos valores da radiação total diária e do potencial elétrico, extraídas dos registros contínuos dêsses elementos obtidos pelo meteorologista Durval Calheiros Gomes, nO> Observatório Central. serviço central de DOI compreendendo do-se êste à guarda de d~ Conselho qualquer documl 0 e" completo, TRANSCRIÇõES :hegando mesmo na parte norteRio. O fato é devido, principala Baixada Fluminense . :urna no inverno dão à região· > número de elementos de que · :tbaixo de 22°7 no litoral, passa amplitude varia de 9° próximo . e a parte litorânea da baixada, . sso se devendo a distribuição :ompanhando o ascendente da passando de SE na primavera gênea em tôda a baixada, com uma tendência, sobretudo no verão, oriundas então de per- , no litoral, descendo para o · como a da chuva. no continente pela irradiação> não dispomos quase Je dados~­ maciços tem, provàvelmente, orânea deve ser fresca, devido 1 mar, é pantanosa; a parte · ser mais quente e mais sêca . Branca, deve ser semelhante · IS los seus cumes, mas podemos · ts baixadas para as quais se 131 Em vista da dificuldade de cálculo dos valores absolutos do potencial, as ·curvas dão apenas a variação relativa dêsse elemento durante o ano. Nota-se um máximo bem caracterizado no inverno, devendo-se atribuir isso à relação direta que o potencial positivo mantém com a pressão, e a inversa -com a temperatura e a umidade. Aliás, como é sabido, a limpeza do céu e os nevoeiros favorecem o aumento do potencial. Com a subida da températura, umidade, nebulosidade e chuva, e a queda <la pressão na primavera, aquêle decresce, atingindo o mínimo entre setembro e ()Utubro. Atribui-se à poluição da atmosfera o efeito de aumentar o potencial, fato êsse que as curvas não confirmam, uma vez que os meses de agôsto, serembro e outubro, f.o ram, nos anos considerados, os de maior número de dias de névoa sêca. A elevação dos meses de verão pode-se atribuir sobretudo ao decréscimo da nebulosidade e da umidade relativa, embora o aumento da temperatura e da :precipitação e a diminuição de pressão, contrariem aquela tendência. Um raciocínio inverso do anterior explicará a queda encontrada no outono. Há, dêsse modo, um aumento do potencial elétrico nos solstícios, e uma diminuição nos equinócios. A intensidade da radiação, dependendo em primeiro lugar da declinação do Sol, é máxima na vizinhança do solstício do verão, e mínima na do de inverno. .A menor transparência da atmosfera se fazendo sentir a partir de agôsto, com o aparecimento da névoa sêca e o grande aumento da nebulosidade, obriga a ra.diação a se manter baixa na primavera, apesar do rápido aumento da declinação, ·não sendo assim simétricas as curvas em relação ao solstício de junho. Já vimos .a influência que tem êsse fato sôbre as temperaturas médias e máximas . Um notável efeito da . diminuição da transparência se verifica também no -ano de 1937, em que a nebulosidade se manteve acima da normal na primavera e no verão, resultando em baixa radiação. Em conclusão, a acidentada topografia do Rio de Janeiro lhe assegura uma diversidade de chuvas de rara ocorrência no mundo. ões de Corcovado, a 704 meestabelecer uma variação de ando nos elevamos sôb:fe as specto geral. Realmente, as >or mais atacadas nela brisa na ascensão de barlavento. essivamente, de modo que as . is quentes. egião oeste em .q ue participa uma temperatura in~erior a e penetra pela barra. e tão fàcilmente, devido ao · àquele ~)o r. Pelas mesmas or, para 9° ern Paquetá. s são reduzidas pelo efeito. terói, não ocorrendo muito ões são inferiores a 1 200· ,. r, se eleva acima de 78%. étrico médias mensais dos Valoxtraídas dos registros conDurval Calheiros Gomes, no- n='> O Serviço Central de Documentação Geogrâfica do Conselho Nacional de Geografia é -=" completo, compreendendo Biblioteca, Mapoteca, Fototeca e Arquivo Corográflco, destinan- do-se êste à guarda de documentos como sejam inéditos e artigos de jornais. Envie ao Conselho qualquer documento que possuir sôbre o território brasileiro. 132 BOLETIM GEOGRAFICO .. TEMPERATURA MINIMA (C•) f-- / 1\ Zl I .. \ f\_ •• .. . J ""' . v v / g 1 120 1/ 111:> I I 1\ \ lm p •I ' • -t'-... ., r J "' z .. .. HUM IDADE RELATIVA(%) r----. / / ,. \ "" I " ,. H "' J r .. A .. l o J • o lL : t::I _j 1\ 1 ./ \ \ 170 , , - ' lt' v o TEMPERATURA MÉDIA IC' ,b-::::: j l -t- I !!5o . i i'\. • • \ 2 .. M D J, 1\. ' . / - I 'V _'1 I I '"' • " • r . • .. .., • ' J OIAS ENCOBERTOS lL • • 11 g o . DIAS DE CHUVA !L I"- lL ./ ~--'"'" ]'.._ / 8 1/ s s .. o !I •• ~ \ / ."\\ !/ .." 7 J • J M ' \I/ 12 110 "" M lL DIAS DE TROVOADA • ' J " O_\.... I j_ li v I"- I' I 15 EVAPORACÁO Crnrnl 1-- J ..~ A .... >.I o / [' 1'\ 11 .. tiYJ'\ 210 130 &O • HORAS DE INSOU\c.iiO ·~ i~liiill .. 5 / ---r- t---..1 v 1 I / • lL · ~ \ l \ I 7 i r-. I 8 1 - IL 110 7tl 4 /I\ 1/ \ 14 110 VELOCIDADE DO VENTO 1 00\ I I \ \' \ v zo •• PRECIPITACÃO lmml 15 r-- DIAS CLAROS .. N D 1 I / i\ \ • • • \J p H I I "" ""v • A M J • TRANSCRIÇõES DIAS CLAROS u1 PllECIPITACÃO lmmJ 11 1~ I j 7 1\ .. .J j I o! -J> li [L ' r-- I J A J ] 1 l r-- ~ I O K 11 I I \ \ If M I ' A \ I ""I"'- I r ·H A H v , , / - / 8 7 • 'v o ·"" "' n lmmJ v 1\. \ " ~-'' -"'. vv ".. ,,_ • 1 1 I ,. \/ fi \ I v I . .\ - 1/ \ - • • 1/ .. IL 1\\ - 1/ 11 \ I I '< I .. \ I I .. I/ ~ " 11 15 - ..... 0[ NEVOr!RO / ,._ -· ot & /"'-. 01AS ENCOBERTOS t1 JJ I 20 __..Y .JfWAMJJA$0 .. .. ... ' / !'--, 1\. '\ I JFMA ·~ .J L \ ['\. "\ / DIAS ,b---r-.... I . . . • a. "r'\ .\ ASOHD.J / • TEMPERATURA MÉDIA IC•J • 1-- ·. J J A S / o L / \ v J 0 / / " .L JF"MAM -....... v ' \ ' " A M 22 I • / 1"'-. /i ~ . ,.•• 11 "' ft ""' 23 / \ ,. I l L_ I .J -I/ S I I v ~ & ~- I PRESSÃO 5 J D!AS DE CHUVA ~ _I 1/ 24 DIAS DE TROVOADA ' \ N 1 _L 2$ .\ -o s • y A M L 1\ • 1 \ I A • HOfiAS OE INSOUIC~O · - -- \I/ M I \ . . . 11 A r J "-.. 27 \ \ \ / • ' 1/ . ........... I - ao \' 5 J ~ I • L 11 8 1 r! ., I ,\ I I 1\ \' \ TEMPERATUIIA MÁXIMA IC"I 30 I UI \ , • -f \/ ---j I .J,MAMJJASON - __, 1 • I f'\. I/ 1"'-. • -1 AMPLITUbE IC"I ) f H A t4 J .J A 6 O W O • BIJ±N#H JfMAM,JJASCIMDJ 134 BOLETIM GEOGRAFICO TfMPfRATURA MfDIA RADIAÇÃO TOTAL (Calg/cm' ---~~~~~~11-r/lu CAMPO ELtTRICO .... ~-~.-.--,~~(v~olt~&J~~-;~~--r-1 I J .l;d •• ..,t::::: t-r~,-... 10 1 ,' /1 j..---1'\ ', ',\ ', ~00\ ' f .... .... .J_ 1--t-'~\-· --- .-:- ~---- - ,.,r ._\- -- - 'l'-' ·---~lli :.~_. )50 7 '\ ___ , / . :; ~ ,, \i \ t\ / L \ li ~ 1U7 (C" I Allilude ~0-200 c:=::==J200-500 ~500-10 00 "' LlJ-~~-~~~V'/tll ~~·:zoLt-+-J--+-+--J-t--t-JllJ J I " J • • TêMPfRATURA MÉDIA tC•J ' o .. r. ,. I ~I .'\. ,' '\ ",; \ f I ·-· J DISTRITO FEDERAL Allltuae TfMPfRATURA MÜJIA (C"J Ali Ilude 0-200 ~200-500 ~ 500-1000 ....o. .. .. •o TfMPfRATURA MÉDIA fC"J DISTRITO FEDERAL Altitude c=:::::=J 0-2 oo c==:::J 200-500 I•· .•·. f- .-. ··,1 500-1000 • (MA IC"I TéMPéRATUI'IA MA)! TRANSCRIÇõES RAOJAÇÁQ TOTAL l/C""' - , ...... y ; I. J:: I / t:ll F ·'j :I I \I _1 t' I I , I I '1 \ 1 I \ \ ~\ " Ali ilude c:=::::J 0-200 ~ ll/ \ /' , ·" .. \ I:L_ f c:::==::J 2oo-s oo ~500-lOOO "" ' ···" ' i ·- !-"' ', J / ·-· li:· -- li f\ V\ ../.. 1 \ TfMPfRATURA HfDtA (~I o • JANEIRO o0 (oi TCMPfRATURA MlDIA Altilude c:=::::J 0-2 oo c::::::::::::J 2 oo-5o o I···'·.<···:, .-·,•150 0-lOOO v' DISTRITO - FEUt.n,..~ 13S. BOLETIM GEOGRAFICO 1311 HÁXIMA I c• J DISTRITO FEDERAL TEMPERATURA MÍNIMA A llitu~e ~ rc•) AllituOo c=:::=::::J o-2 oo :=::J 0 - 20 0 _ _-:3200 -5 00 c:=:::=zi 2 oo-s oo L ' _. ·'"'"" S o0-1000 ti"h ....,-.iS!JS O0-1000 .... O ·q TéMPéRATURA MAXIM=A~(~ ~J=:=~~~;~~;~:---------~~,a:__~. ~- • Altitud~ JI./LHO DISTRITO FEDERAL c::=:=:J o- 20 o c:=::::J 200-SOO TEHP~RATURA MÍffiHA ( c• J Allltude 0-2 oo c=:::;:::J2 o0-5 oo c::=:=:::J ~ 500-1000 ~500-1000 l> TEMPERATURA MÁXIMA IC"J Altltuae c:=::=:J o- 20 o r::::=::::J 2oo·5o o ~ 5 0 0-1000 . .o DISTRITO FEDERAL r HPF:RATURA MINtMA c=::=::::J Altitude · o-2 oo c::::::::::::J 2 oo- 5 oo ~ 500-1000 rc• TRANSCRIÇÕES TEMPERATURA HÍNIHA rc•J 137 DISTRITO FEDERAL Allilu~o ~0-200 c=:::::=::::J 2 o0-5 oo I. ·'··'·~T'' ! 50 0-lOOO -· .... O·~ " .f> --=--*rTEHPCRATURA HÍfiiHA ( c• J -· .o " DISTRITO FEDERAL Allltud~ 0-200 c::==::=J 200-500 c==::J i ··•·% "'· "·· 3SO<HO ao - ____..-_A ~ ~~\ ~aO '0.f1 -· ... •o ..,. \. -· •o • 138 BOLETIM GEOGRAFICO AMPLITUDE DA TEMPERATURA tC• J ili5TRITO FEDERAL TEMPERATURA MINIMA ((• Altitude c:::::::==J o- 2 oo ~200-500 ~500-1000 ,o AMPLITUDE DA TEMPERATURA cc•J AMPLI ruO! DA TEMPERiTURA CC" DISTRITO FEDERAl Altitude Altitude c=:::::::J o- 200 2 ~t:2:2d;;• ·o:;:<::.._.;_:_2. 2°0~ -~~0 ~200-500 ~500-1000 ~500-1000 oq ..-· VENTO Mto10 COir«ilo-'11> ccrlmasl Af'fPUTUDE DA TEHP!RATURA fC J 0 Altltud• C===:J 0-200 c:::::::::::JZ OO-5O Ó ~ 500 -1000 DISTRITO FEDERAL Allnud• 0-2 oo c:::=::::z:; 2 o0-5 oo cz;·.;( ···-.-.-·S 500-1000 c::::::=::J -· TRANSCRIÇõES 13~ OUTUBRO AMPLITUDE DA TEHPE"RATUR~ rc•J DISTRITO FEDERAL Altitude c:=::::::J o-2 oo ~200-500 tt.;--cí·•·>:V; ·<ISO 0-1000 ... ~· ,o ' ·" AMPLITUDE D4 TEI'1PE"RA'rURA cc•J DISTRITO FEDERAL OUTUBRO Altitude c:=::::::J o- 200 ~200-500 ~50!HOOO .. -· oq .o. ..... " ,o vtNTO HlD/0 (DirKÕO-"Jb rolmas) DISTRITO FEDERAL ANO \, 17 hs .l AIIHudt c:::=::::J 0-2 oo ~200-500 ~500-1000 .... o ,c .. ,o " 140 BOLETIM GEOORAFICO VENTO MÉDIO (Direção-% calmas> VfNTO MÉDIO ( Dirtçóo- CJ.4 cabos) DISTR ITO FEDERA L Allilud• Altit'ude c::= t:=:===:J 0-200 o- 2 oo ~20 0-500 c=::::::::::J 2oo-5o o ~50 0-1000 ~500-1000 .o VCNTO M!DIO(Oirorro -% calma<) DIST RI TO FEDERAL VENTO MCOIO(Oiroçào-% calmas! Altitude Allilu:!~ o- 2 oo c:z:;:::::;J2 oo-5o o c:=:::=J 0-200 . . . ·. 200-500 t:=:===:J ~SOIHOOO crlli~!'iv•Zl 500-1000 AO o /'1','·./-~_,;-------'>··,_ ~ ·-..,_ ·- ·--, ________ -· VCNTO•VCI.DCIDADE Cm.fs. J ::~--- ---} ... .'I DISTRITO FEDERAL Ãilllude Aliluclt c:::==J•0-200 c:::::=:::::::J 2 oo-s oo r::::::::=:J 0-2 oo c:::::::::=o 2 oo-s oo ~SOIHOO O ~SOIHOOO p • -· r co 141 TRANSCRIÇõES V!NTO HÉOIO I o;,.çilo - 'A. colmo•) DISTRITO FEDERAL Altitv d• = 0 -20 0 ~20 0 - 500 ,,\··i$•>1->'"' 50 0-1000 o' ., ~ .o VENTO HÉDIO ID;r.çdo-% calma•l " ABRIL "' A!litud• =0-200 ~200-500 t!X[c'·l·c; ·., 500-100 0 -· ...•y ... • p .o " \ VENTO Hlolo (Dnção-'1'. cuma•> DISTRITO FEDERAL AíHtudv c==::=J 0-2 00 a::::==:J 2 00-5 0 0 ~S O IHO OO ... ...•y p • .... p • 142 BOLETIM GEOGRAFICO VfNTO Mlolo (Dir~"' rolmasj DISTRITO FEDERAL VfNTO-VELDC IDACif (m .f• . J OUTUBRO AI !Ilude Altltudr c===::::J o- 2 oo ~0-200 c:::=::::==t 2 oo- 5 oo c:::::::::D 2 o0-50 o ~500-1000 ~SOCHOOO o -· VENTO-VfLOC/DADé VENrO-Vfl..DC/DIDE (ta/s.J DISTRITO FEDERAL '"''! Altihl~ · c:::::=:::i Alfludo o- 2 oo ~200-500 c::=:=:J 0-200 ~500-1000 c:::::::::ED200-:SOO ~SOCHOOO ,o HUMIDADE RELATIVA (o/ol llfNTD..VfLOOOADf (m. s.J DISTRITO FEDERAL AIJRIL Allihlcle o~ c::=:=:J c::=:::::3 ~50 ~0-200 c:::::::zl2 oo-s oo ~50IHOOO TRANSC!UÇOES OIJTUBRO VENTO-VELOC IDADE (m ./l . J == lU DISTRITO FEDERAL JULHO i o~ Altolude 0-200 ~200-500 ~500-1000 .... -· 09 Oq .,.,.· . i> .o VENTO·VéLOC/DAOf '"'<i DISTRITO FEDERAL .. OUTUBRO o~ Altitude c:::==0-200 ~200-500 ~S00-1000 -· .. ;y .. ,o .o. AIR/L HUMIOADE RELATIVA (o/oJ DISTRITO .. FEDERAL Alllludt c::::=::J0-200 ~200-500 ~50(H000 : . I I Lt; I~~ ~ 1>. -· .. oy .o .. 'l lü BOLETIM GEOGRAFIOO HUHifHlDE RELATIVA (o/o) NEIJUI OSIOADE DISTRITO FEDERAL Altltu~o c:::=:::J ( "lfO) Altilu~e c::=:=::J 0-2 oo c::::::TI 20 o-s oo o-2 oo ~ 200 - 500 ~500-1000 ~ 500-1000 ,o IWHIDADE R!LATIVA (o ! /iEBULOSIDADf DISTRITO FEDERAL Altltu'~• c:::=:::J ( •110 J Alhludt c::=:=::J 0-2 oo o- 2 oo c=::=J200·500 ~ 200-500 ~500-1000 ~50 0-1000 .· ,o HUHIO~Df RELATIVA (%1 DISTRITO FEDERAL NEBULOSIDADE ( •!tO I OUTUBRO AIHtudll c:=:=:::J o-2 oo a=:=:IJ200-500 ~500-1000 T R A N S C RI Ç 0 E S Nf/JU/0$/f)ADE (n/10) 145 DISTRITO FEDERAL JANEIRO oU Altilucle c:::::::=;J 0-2 oo u:::::=:o 2 oo-s oo ~ 500-1000 .. . o o ~· .. ,o i> ( 0/10 J NEBULOSIDADE DISTRITO FEDERAL Alhluclt c:::::::=;J 0-2 oo c::::=::J 2 oo-s oo ~ 500-1000 -· .. .. ,o /) NEBVLOSIDAD! ( 0/10) .. DISTRITO FEDERAL AIHlude r:::::=::=J 0-2 oo a::=:=D200·SOO ~ 50()-1000 .· .. ...- ,o ... <>q . ,o -3- . ,· 146 BOLETIM GEOGRAFICO NEBULOSIDADE ( "/10 J DISTRITO FEDERAL PR«IPITACIO Altitude c::==:J 0-200 c::==:J200-500 111 Alllludr •c::::;::::::=J 0-200 ~200-500 ~ 500-1000 ~500-1000 ·"' PRECIPITACÃO (mm. . OfSTRITO FEDERAL lmaJ PRfCIPITAClO Allltud• c==:=:J 0-200 c:::::==::J 2 oo-s oo AIHiude c:::=:::::J 0-20 o ~200-500 ~500-1000 ~500-1000 ' o o ·" PRECIPITAÇÃO mm. DISTRITO FEDERAL TROVOADA AIHiudr Nl d• dioJJ Alhlude c::::=:J 0-200 c=:=0-200 c:::::::::IJ 200-5 oo cr:::::::::o 2oo-5 oo ~ 500-1000 ~500-1000 . TRANSCRIÇOES PR«IPITAClO •c:=::::J--~ 'l lllll 14'T DISTRITO F'EDERAL Allllud• 0-200 ~200-SOO ~SOo-1000 -· . ,o "' ' ,ó PRfCIPITAClO tmmJ DISTRITO FEDERAL Alllludf c:=::::=:l 0-200 c::r;::::D 200-S 00 ~SOo-tOOO •o o ~ ,IJ ·' ' /l TROVOAOA ( Nt do dlaJJ DISTRITO FEDERAL ANO / AIHtudt c:==:::J o-2oo c:;:::::;;:::s: 2 00-5 00 ~SOo-1000 ~ r o~ - '";).~~,:;- '\)! ~i . ~\ -· ,o . o .,., $> 11> 148 BOLETIM GEOGRAFICO NEVOEIRO (N9 do dias} c:::= DISTRITO FEDERAL TP1PfRATURA MÁXIMA ( C• J ANO Altltudo Altitude 0-200 c::==:::J o- 2 oo c:=:==::J 2 oo-5o o ~200·500 ~ 500-lOOO cz:::::::::;J 5o 0-1000 " .o TEMPERATURA MÉDIA f(OJ DISTRITO FEDERAL TêMPfR ATURA MÍNI/'14 /CO) ANO o~ Altitude c::==:::J o- 2 o o Altitudo c::==:::J o- 2 o o ~200·500 ~200·500 b , .. ·''''""'l 5o 0·1000 (' ·'''''' '''''' -1500-1000 <::1 c> ' ,o HUMIOADE RELATIVA Altitude ·c=:::::::J o - 2 o o ~200-500 ~S00-1000 l•t·) DISTRITO FEDERAL ANO ~ ~~ AMPLITUDE DA TEMPERATURA CC' Altitude c::==:::J 0-2 o o c:=::::J200-500 ~50<HOOO ICO TRANSCRIÇÕES ANO c•1 o[J c:==::::J 149 DISTRITO FEDERAL Altitude o- 2 oo ~2.00-500 c::::::::::::;J 5o 0-1000 <;) ~o~ ... 'o .·· ... .. ·" ANO o[J TEMPER ATURA MÍNIH/l IC•I .o • .o . DI·STRITO FEDERAL Alt itud• c:==::::J o- 2 oo ~20 0-500 ....,.,...·".-.-.·: .1500 -1000 <;) ~ -· ' ,o AMPf..ITUDE OA TEMPERATURA CC' I DISTRITO FEDERAL Altitudo c=:== 0-200 c::::::::=J 2 oo-5 00 ~ SO<HOOO ...• ., . . .... .'0 ' I> ·" ,, 150 BOLETIM GEOGRÁFICO AHPL/ruDE ANUAL tCOI DISTRITO FEDERAL JAIV!IRO-JULHO o~J Altitude o-2 oo c:.::::::::::J 2 oo-s oo c:::::=::::J Contribuição à Ciência Geográfi ~500-1000 A Técnica Mecânica BENEFíCIOS, DESVANTA< A geografia, disciplin PR!CIPITACÃO Allflude o-2 oo c:::::::=:::J2oo-soo c:::=:::J ~500-1000 (mm.) DISTRITO FEDERAL Numerosos trabalhos, algUJ tos e dos respectivos balanço ponto de vista sintético sôbre aspectos da técnica mecânica r na fazenda que, tanto a peque nos países evoluídos, em uma que observa a época e a comer mais extremos sinais ou entãt Ora, primeiro ponto, as re'< sar de nêle se processarem er compreensível até pela simplei restre, não se modifica nem acontece muitas vêzes com a 1 assim dizer, sem passado, sur1 mina ou via fluvial. Mas o sol é que, por exemplo, na terra mente humana. Ordinàriamen puramente natural nem pura ttrra e do homem "uma raça ' a usina citadina é tôda artifíci isto é, quanto mais nova ou r e, o quanto possível, o compl ferro velh0, sua carcaça de 0 1 O segundo ponto dá ênfa se originou na época da gran pedra lascada, a pedra polida doméstica, propiciaram a cad; linha progressiva, cumulativa, meno humano, • é certamente ção muito abusiva, só retrosp1 nico, dos progressos da máqui feiçoamentos evolutivos, tanto há necessidade dos pacientes Faucher descrevendo a histó mais eficiência relatando a € • Artigo transcrito de Revue d• Traduzido po~ Olga Buarque de Lln ( 1) A. Slegfrled, Aspects du vi~ (2) Al. Arnoux, Bilan provisoire (3) Renê Duchet, Bilan de la i'homme, Prlvat-Didler, 1955. (4) Compte-rendu de ces trols 1 sous le tl tre: Aspects et bilans de ( 5) Plerre Tellhard de Chardln (6) Daniel Faucher, Le Paysan JANEIRO-JULHO Contr ibuição à Ciência Geográfica A Técnica Mecânica do Ponto de Vista Geográfico* BENEFíCIOS, DESVANTAGENS E CORRETIVOS· AS DESVANTAGENS A geografia, disciplina de síntese, freqüentemente esquecida o• " ,o -. ;' .o • ANO o~ <;) ~ ; ~I 00 -· ..... "" ,o " Numerosos trabalhos, alguns de primeira ordem '· •. • • • tratam dos aspectos e dos respectivos balanços da sociedade técnica. A geografia possui seu ponto de vista sintético sôbre a questão. A geografia não considera apenas os aspectos da técnica mecânica na cidade ou usina. Observa-os também no campo, na fazenda que, tanto a pequena como a grande, se transforma. cada vez mais, nos países evoluídos, em uma espécie de usina . Muitas vêzes, a testemunha que observa a época e a comenta, vê sàmente os aspectos mais espetaculares, os mais extremos sinais ou então os particularmente revolucionários. Ora, primeiro ponto, as revoluções técnicas ocorrem também no campo, apesar de nêle se processarem em ritmos mais lentos do que na cidade, o que é compreensível até pela simples razão de que o solo, diafragma da biosfera terrestre, não se modifica nem seria fàcilmente modificável cada decênio como acontece muitas vêzes com a usina citadina. A mais moderna das usinas é, por assim dizer, sem passado, surgida da cidade ; localiza-se perto de determinada mina ou via fluvial. Mas o solo vivo, produtivo, é uma herança. Só por exceção é que, por exemplo, na terra holandesa, êle constitui uma criação exclusivamente humana . Ordinàriamente o solo é misto, natural e humano. Não é nem puramente natural nem puramente artificial. Representa a velha aliança da ttrra e do homem "uma raça e um campo que se fizeram reciprocamente". Mas a usina citadina é tôda artifício, artificial. Quanto menos enraizada no passado, isto é, quanto mais nova ou renovada, melhor será para ela. Por muito favor e, o quanto possível, o complexo metalúrgico de hoje utiliza, sob a forma de ferro velh0, sua carcaça de ontem. O segundo ponto dá ênfase à geografia histórica: a técnica mecânica não se originou na época da grande indústria. Desde a pré-história que o fogo, a pedra lascada, a pedra polida, a pesca, a caça, a cultura cerealífera, a criação doméstica, propiciaram a cada época uma técnica e seus técnicos. Mas, se há linha progressiva, cumulativa, na história da Humanidade, na história do fenômeno humano, • é certamente a da progressão técnica. Ora, por uma simplificação muito abusiva, só retrospectivamente nos apercebemos do progresso mecânico, dos progressos da máquina. Para se readquirir uma visão exata dos aperfeiçoamentos evolutivos, tanto na ordem material quanto na ordem espiritual, há necessidade dos pacientes trabalhos de geógrafos, tais como os de Daniel Faucher descrevendo a história do Paysan et la Machine; • ou talvez com mais eficiência relatando a evolução dos tipos de cultura na sua Geographie • Artigo transcrito de Revue de Géographie Alpine - Tome XLIV - 1956 - Fasclcule ll. Traduzido po" Olga Buarque de Lima. ( 1) A. Slegfrled, Aspects du vingtieme siecle, Hachette, 1955. (2) Al. Arnoux, Bilan provisoire, Albln Michel, 1955. (3) René Duchet, Bilan de la civilisation technicienne; Anéantissement ou promotion de l'homme, Prlvat-Didler, 1955 . (4) Compte-rendu de ces trols livres en feullleton dans le Monde, ... 4-12-1955 . par J. Ellul, sous le tltre : A spects et bilans de la société technicienne. (5) Plerre Tellhard de Chardlm, Le Phenomene humain, Le Seull 1955. (6) Daniel Faucher, Le Paysan et la Machine, Edltlons de Mlnult, 1955 . 152 BOLETIM GEOGRAFICO CONTRIBUIÇ Agratre. • Se nos restringirmos a dois únicos instrumentos, o arado e a charrua máquinas, verdadeiras máquinas desde a época em que surgiram, verificaremo~ até que ponto a idéia geralmente feita · a respeito dêles é excessivamente esquemática. O arado, aratrum, considerado apenas /latino; a charrua carruca apenas cética. Lendo-se porém L'Homme et la Charrue à travers le monde ~ nossa compreensão torna-se mais exata, pois passa a abranger o espaço e 'o tempo. Fato bastante significativo, por mais eruditos que sejam os dois autore! e por mais que se apóiem na ciência de Pierre Deffontaines e de André LeroiGourhan, suas informações, apesar de muito técnicas, possuem lacunas. De fato, o trabalho não tem a integrá-lo a contribuição de um geógrafo, utilizador do arado e da charrua, tal como se deu com o trabalho l'Auvergne et le Velay • - Equivale a dizer o quanto as técnicas antigas qualificadas hoje, com freqüência, de arcaicas, permanecem ignoradas, como universos nebulosos até mesmo quando são bem exploradas. ' Na verdade, terceiro ponto, as técnicas de hoje inebriam, tornam os contemporâneos vaidosos e presunçosos. Os poderes atuais são tantos, - poderes de ontem multiplicados por 100, por 1 000 - sôbre a matéria e mesmo sôbre a vida. Sôbre a vida, sôbre a própria vida humana. Mas neste ponto, há ainda, nos quadros de nossa civilização técnica, um aspecto muitas vêzes omitido; enquanto os benefícios da medicina e da higiene são justamente realçados, com freqüência, os prejuízos da vida civilizada sôbre o patrimônio hereditário são deixados na sombra; e dêsse modo, devido a sínteses incompletas os balanço:s permanecem defeituosos. É preciso que, por acaso, um biologista dê o sinal de alarma sôbre o futuro da espécie humana, 10 para que o contemporâneo seja trazido à modéstia objetiva, à necessária e imparcial reflexão. A percepção geográfica do problema: o homem e a técnica Para que a percepção do problema - o homem e a técnica - se torne verdadeira e completamente sintética é necessário que provenha do ponto de vista geográfico, ponto de vista que deve estar sempre atualizado dentro da época. Melhor ainda, que situe a época atual, o presente momento, relacionando-o ao passado e ao futuro. Que abranja assim as relações cidades- campos, chave do problema, hoje, ontem e amanhã. Ou melhor para uma visão mais clara, que os estude de preferência naquela parte do globo - o ocidente europeu onde, tendo sido desencadeada a moderna revolução industrial, estas relaçõe! foram primeiro postas em movimento. Em suas perspectivas sintéticas, que percebe o geógrafo a respeito da:s cidades e dos campos no ocidente europeu? Em primeiro lugar observam-se "cidades tentaculares" e "campos alucinados"; a separação de uns e outros; o avanço fulminante daquelas, concentração de homens, de necessidades, de vontades, de menos técnicos, mas atrasos paralisantes dêstes, por tôdas razõe! inversos . Em seguida a fase onde a Bélgica, a Holanda, a Suíça, a Inglaterra, a Alemanha, a Itália do Norte, já penetraram largamente. A cidade dilui-se no campo, infunde nêle seus homens, suas necessidades, sua vontade e seus poderes. Por que esta fusão cidade-campo está-se procesando tanto e tão bem na bacia de Londres ou na da Renânia, mas com menos intensidade na bacia de Paris? Basta fazer-se o confronto das densidades quilométricas "médias" da !JOpulação; pouco mais de 100 para o conjunto da bacia de Paris, porém 2 e 3 vêzes mais para o conjunto da bacia da Renânia ou da bacia de Londres. Basta comparar os meios materiais e os meios humanos destas bacias; assim, o tráfico sôbre o Reno ou sôbre o Tâmisa, e o tráfico sôbre o Sena. A passagem do estágio cidades-campos separados para o estágio cidades-campos fundidos, subigualados pelos benefícios técnicos, exige que duas condições se reúnam: fortes médias de densidade de população e grandes meios mecânicos. Evidência para a geografia comparativa: com sua densidade quilométrica média de apenas 78, contra 200 para o Reino Unido ou para a Alemanha, e isto sem que se possa (7) D aniel Faucher, Géographte agraire, Llbralrle de Mêdlcls, 1949. (8) André G . Haudrlcourt et Marlel Jean-Brunhes Delamarre, L'homme et la charrue à travers le monde, Galllmard, 1955 . (9) Luclen G achon, L ' Auvergne et le Ve!ay, Galllmard, 1949. (10) Phll!ppe l'Hértler, L'Avenir de !'espece humaine, 2 artlcle du Monde, 15 e 16 mal 1955 . julgar que a França globalmel há na França é a falta de homt com a mesma intensidade de A solução do problema, a alt No seu belo artigo sôbre a nada foi dito de sensato sôbre Não é exato! Deveria esta theron inspetor-geral da agrit conhe~e, também, as considen Apesar de a noção do gên para ser particularmente extE revelados os remédios para oi é, pois, o gênero de vida que e a terra mesmo que se trate < a alternância das atividades? já se acham concre.tam_ente ~ atualmente de oito mgleses s< tO que têm um gênero de vid! durante o dia de trabalho em yoltam ao seu habitat de gra: pessoas que em suas casas, ei E tantos parques públicos! Ta E o Tâmisa, sulcado todos os lugar de evasão, reflexão, de número de citadinos de Lond: E ainda a fazenda dos paren novamente o velho instrumer. xão, que o mal ten~a _sua orig1 ma1s separados e d1stmtos: o de repouso que não se .sabe b~ então, que a dêstes ~om~nt? de extenuação frente a maqu11 Mas já se vislumbram m idealismo por Simone Weil. dêles já estão gozando. O cc diástole repetidas em um intt o homem foi feito para a al a distorção da cidade e do ca do trabalho e do repouso. Ma mudam com bastante freqüêr. refeições. Como acontece co Tiver é mudar. Viver é ativa1 Tidade. Viver da melhor mal e brincando como se estivéss1 o instrumento que se tem na Ora, urbanizando a existênci~ zada ou não, multiplicada se tôdas as idades da vida, a 1 prejudiciais divisões el?-~re ~r< as nações que desde Ja atm dendo para êste fim o mais CONTRIBUIÇAO rumentos, o arado e a charrua, ~m que surgiram, verificaremos l dêles é excessivamente esques !latino; a charrua, carruca, Charrue à travers le monde, • assa a abranger o espaço e o :litos que sejam os dois autore11 )effontaines e de André Leroiécnicas, possuem lacunas. De .ção de um geógrafo, utilizador abalho l'Auvergne et le Velay • IUalificadas hoje, com freqüênniversos nebulosos, até mesmo e inebriam, tornam os contem)ais são tantos, - poderes de a matéria e mesmo sôbre a ~. Mas neste ponto, há ainda, ~specto muitas vêzes omitido; são justamente realçados, com o patrimônio hereditário são .teses incompletas os balanços o, um biologista dê o sinal de ra que o contemporâneo seja Lrcial reflexão. homem e a técnica ; e a técnica - se torne verdaprovenha do ponto de vista atualizado dentro da época. ~ momento, relacionando-o ao ações cidades- campos, chave : para uma visão mais clara, obo - o ocidente europeu tção industrial, estas relaçõe8 ~ e o geógrafo a respeito dRI! primeiro lugar observam-se separação de uns e outros; o tens, de necessidades, de vontes dêstes, por tôdas razões olanda, a Suíça, a Inglaterra, ramente. A cidade dilui-se no s, sua vontade e seus poderes. cesando tanto e tão bem na mos intensidade na bacia de s quilométricas "médias" da bacia de Paris, porém 2 e 3 u da bacia de Londres. Basta estas bacias; assim, o tráfico bre o Sena. A passagem do dades-campos fundidos, subicondições se reúnam: fortes s mecânicos. Evidência para métrica média de apenas 78, ha, e isto sem que se possa 1 dlcls, 1949 . marre, L'homme et la charrue à 949. lcle du Monde, 15 e 16 mal 1955 . A Cil!:NCIA GEOGRA!'ICA ua julgar que a França globalmente seja menos bem dotada pela natureza; o que há na França é a falta de homens, portanto de vontades e de meios para realizar, com a mesma intensidade de ritmo, a urbanização de seus campos. A solução do problema, o gênero de vida misto, urbano e rural; a alternância das atividades No seu belo artigo sôbre a sociedade técnica, J . Ellul declara que "até hoje nada foi dito de sensato sôbre os remédios parru o perigo técnico". Não é exato! Deveria estar a par dos pontos de vida tão justos de M. Gatheron, inspetor-geral da agricultura, sôbre a alternância das atividades. Desconhece, também, as considerações análogas do autor dêste artigo. Apesar de a noção do gênero de vida se achar ainda eivada de imprecisão para ser particularmente extensiva, deve-se considerá-la a fim de que sejam revelados os remédios para os mais graves males da sociedade técnica. Qual é, pois, o gênero de vida que melhor permite usar, alternadamente a máquina e a terra, mesmo que se trate da terra do jardim doméstico? Que melhor permita a alternância das atividades? Os votos, qualificados de piedosos por J. Ellul, já se acham concretamente realizados, se considerarmos a existência efetiva, atualmente de oito inglêses sôbre 10, na bacia de Londres. Oito inglêses sôbre tO que têm um gênero de vida misto, alternadamente citadino e rural, citadino durante o dia de trabalho em usina, atelier, escritório, loja, porém rural quando yoltam ao seu habitat de grande subúrbio; constituem já um certo número de pessoas que em suas casas, entre o pátio e o jardim escapam das escravidões. E tantos parques públicos! Tantos jardins públicos! Tantos campos de e:-:portes! E o Tâmisa, sulcado todos os dias por embarcações de passeio. E o mar. imenso lugar de evasão, reflexão, de meditação. E a montanha, facultada a grande número de citadinos de Londres ou de Paris pelo gôzo de férias remuneradas. E ainda a fazenda dos parentes, onde se volta para trabalhar a terra, e usar novamente o velho instrumento, como passatempo recreativo. Parece, à reflexão, q1,1e o mal tenha sua origem no fato de o trabalho e o lazer estarem por demaiS ·separados e distintos: o tempo assalariado a que é preciso submeter-se e o de repouso que não se .sabe bem como aproveitar ou apenas ocupar. Bela dádiva então, que a dêstes momentos de lazer depois das horas de embrutecimento e de extenuação frente à máquina tirânica, senhora em vez de serva libertadora! Mas já se vislumbram os remédios para os males denunciados com tanto idealismo por Simone Weil. Aí estão. Milhões de homens os encontraram, e dêles já estão gozando. O coração, músculo cardíaco, é feito para a sístole e diástole repetidas em um intervalo de menos de um minuto. Do · mesmo modo, o homem foi feito para a alternância das atividades. É um mal a separação, a. distorção da cidade e do campo. É um mal a separação por demais completa do trabalho e do repouso. Mas vida humana feliz é aquela em que as atividades mudam com bastante freqüência, do mesmo modo que mudam os cardápios das refeições. Como acontece com o solo a respeito da vegetação nêle cultivada Yiver é mudar. Viver é ativar-se sempre, ao mesmo tempo que se varia de atiYidade. Viver da melhor maneira é trabalhar como se estivéssemos brincando, e brincando como se estivéssemos trabalhando. Será isto possível? Mudando-se o instrumento que se tem nas mãos e a máquina que se tem diante dos olhos. Ora, urbanizando a existência no campo como na cidade, a máquina, motorizazada ou não, multiplicada sob todos as formas e sôbre todos os poderes para tôdas as idades da vida, a máquina, a benfazeja máquina, elimina, enfim ai! prejudiciais divisões entre profissões: entre classes, entre cidade e campo, entre as nações que desde já atingiram a subigualdade de equipamento, tôdas tendendo para êste fim o mais depressa possível, como o vê a geografia atual. CONTRIBUIÇ O Movimento da Indústria Pesada e o Progresso Econômico do Brasil* EDMUNDO DE MACEDO SOARES E SILVA João Batista Say dividia as atividades industriais em três categorias: extrativas, manufatureiras e comerciais ou distribuidoras. Esta classificação não está mais de acôrdo com o progresso fantástico que teve a atividade industrial, sobretudo no fim do século XIX e no presente. Ainda assim, ela guarda sentido prático. As "indústrias pesadas" se enquadram nas atividades manufatureiras € são aquelas nas quais se opera a transformação de grandes massas de m::ttérias-primas ou de produtos semi-manufaturados em mercadorias funda!Ilentais para a vida de uma nação: metais, máquinas, material de transporte, grandes estruturas metálicas e armamento. Elas são, por conseguinte: as indústrias metalúrgicas, entre as quais avulta a siderurgia; e as grandes indústrias mecânicas: a forja pesada; e caldeiraria e a serralheria pesadas (produção de corpos cilíndricos, reservatórios, tanques e de grandes estruturas para edifícios, pontes e viadutos) ; a fabricação de máquinas operatrizes e motrizes (inclusive material elétrico); a construção de máquinas agrícolas; a fabricação de material para a construção civil (betoneiras, escavadeiras etc.) ; material de transporte (ferroviário, rodoviário, aeronáutico e naval); e a produção de material de guerra. A importância das "indústrias pesadas" é, como vemos, fundamental; sem elas, todo o sistema industrial de um povo fica na dependência da importação de produtos comuns que são indispensáveis a atividades essenciais, como cultivo do solo, e extração de riquezas minerais naturais, produção de energia, organização de transportes e defesa militar. A autonomia econômica de uma nação é extremamente precária, quando ela depende das indústrias pesadas de outros países para satisfazer às necessidades normais e básicas de sua vida. Compreende-se, assim, a importância do esfôrço que nosso país vem fazendo para implantar ,dentro de suas fronteiras, com o máximo de aproveitamento de recursos naturais próprios, indústrias que são as colunas mestras do progresso dos povos. Para estudarmos o tema que tivemos a honra de receber da "Comissão Nacional de Assistência Técnica", tínhamos que iniciar por essa definição e, agora, deveremos mostrar como. se apresentou o problema para o nosso país, levando em conta a nossa formação. No início de sua admirável obra Technics and Civilization, Lewis Mumford escreve: "Durante os últimos mil anos a base material e · as formas culturais da civilização ocidental têm sido profundamente modificadas pelo de~envolvi­ mento da máquina". Com efeito, a nossa vida comum vem sendo de tal maneira afetada pelo progresso industrial em geral que já se costuma afirmar que vivemos "uma civilização mecânica". 1 • Con!e~êncla pronunciada no Ministério das Relações Exteriores, perante a Comissão Nacional de Assistência Técnica, em 11 de maio de 1955. Fonte - Publicação editada pelo Ministério das Relações Exteriores. 1 Technics and Civilization, Lewls Mumford, George Routdedje & Sons Ltda. (Londres, 1947) . Certo fica bem a um histo da histórÍa da humanidade, e : Mas não é preciso análise tão mais notável da época em que no exame do "movimento da fato nossa industrialização vei era 'o nosso silvícola de ip1agiJ engenhos úteis à produçao ffil o pilgrim american? levo na Grã-Bretanha, de clima e pouco a pouco, a !ilo~ofia ,e;mr ao estudo das ciencias f1sica: melhor pelo aproveitamento d filósofos gregos opuseram um identificando o homem com o A moral religiosa, o espíri1 de ficar, foram as ?aracterístit o Mundo Novo, a fim de povo1 Europa. Esta é o:utra ~a!ca grantes encontrar condiçoes E tuados normalmente. Ao passo que o fenôm~no território se fêz com sentido o português encontrou ~limal país natal . Teve de !1-Phcar_ • comerciar com o gentio e, nao silvícolas, tentou escravizá-lo do negro. E a tradição, a experiênci~ inclinações dos europeus do XVI século através do artes _ os ofícios, geralmente, de pai rações de artífices"; essas r E que as praticavam, ~s credei_I riência e os conhecimentos I: Quanto, na Flandres e n importância maior do que u atualmente uma indústria, r. mentalidade não estimulava zavam por certas atividades sendo notáveis construtores 1 mostra Sérgio Buarque de Ho da- teoria do livre arbítrio, 1 mérito e a responsabilida~e ~Il O trabalho manual e mecamo do a "um fim exterior ao hol de uma obra distinta dêle". • Essa é uma conclusão im] industrial, especialmente mec mamente interessado no COIX] oceanos, atividade que condi Dadas as condições das t talidade dos descobridores, ft adaptabilidade dos lusita~u~s adquirida êles puderam 1mc palmente ' extrativas. Mas co representou um grande pape Neste século e no XVIII e das pedras preciosas. Todo • Raízes do Brasíl, Sérgio Bua CONTRIBUIÇAO sada e o Progresso rasil* UNDO DE 1rACEDO SOARES E SILVA riais em três categorias: extraras. Esta classificação não está te teve a atividade industrial, linda assim, ela guarda sentido tividades manufatureiras e são grandes massas de m::ttérias!m mercadorias fundamentais taterial de transporte, grandes 10r conseguinte: as indústrias e as grandes indústrias mecâa pesadas (produção de corpos truturas para edifícios, pontes e motrizes (inclusive material t fabricação de material para material de transporte (ferrodução de material de guerra. mo vemos, fundamental; sem ta dependência da importação idades essenciais, como cultivo 'produção de energia, organi- tremamente precária, quando :es para satisfazer às necessi~-se, assim, a importância do ,ar ,dentro de suas fronteiras, urais próprios, indústrias que de receber da "Comissão Natr por essa definição e. agora, a para o nosso país, levando Civilizatwn, Lewis 1rumford lterial e as formas culturais modificadas pelo derenvolvi- ie tal maneira afetada pelo afirmar que vivemos "uma xteriores, perante a Comissão Na- Exteriores. edje & Sons Ltda. (Londres, 1947) . A CI~NCIA OEOORAFICA 155 Certo, fica bem a um historiador, como Mumford, procurar um período largo da história da humanidade, e nêle, ressaltar a influência da máquina sôbre nós. Mas não é preciso análise tão longa e tão profunda para sentir a característica mais notável da época em que vivemos e nem isso é necessário a um b1asileiro, no exame do "movimento da indústria pesada" nesta parte das Americas; de fato, nossa industrialização veio, sobretudo, do hemisfério norte, destituído como era o nosso silvícola de imaginação criadora que lhe tivesse permitido inventar engenhos úteis à produção moderna, mesmo que fôsse por evolução. O pilgrim americano levou com êle uma tradição industrial A ambiência na Grã-Bretanha, de clima e de isolamento em relação ao continente, formara pouco a pouco, a filosofia enunciada por Francis Bacon, e os inglêses se atiraram ao estudo das ciências físicas e naturais, com o objetivo de criar uma vida melhor pelo aproveitamento dos recursos do solo e subsolo. As concepções dos filósofos gregos opuseram uma doutrina que deu sentido mais prático à vida, identificando o homem com o meio em que vive. A moral religiosa, o espírito pragmático e o desejo de construir outra pátria, de ficar, foram as características principais dos pioneiros, que se dirigiram para o Mundo Novo, a fim de povoar latitudes iguais às que êles habitavam na velha Europa . Esta é o:utra marca importante a assinalar, porque permitiu aos emigrantes encontrar condições ecológicas semelhantes às que êles estavam habituados normalmente. Ao passo que o fenômeno ao Norte se passava assim, a exploração do nosso território se fêz com sentido e características completamente diferentes. Aqui o português encontrou clima, solo, flora e animais que êle não tinha em seu país natal. Teve de aplicar à terra o método de ocupação colonial. Procurou comerciar com o gentio e, não o conseguindo, pelo baixo nível mental dos nossos silvícolas, tentou escravizá-lo. Aí também malogrou e passou a lançar mão do negro. E a tradição, a experiência industrial? Não tinham os portuguêses as mesmas inclinações dos europeus do Norte. O exercício da indústria, que se fazia, no XVI século, através do artesanato, exigia uma formação demorada. passando _ os ofícios, geralmente, de pais para filhos e sendo monopolizados pelas "corporações de artífices"; essas regulavam o exercício das profissões e davam, aos que as praticavam, as credenciais que os consagravam como possuindo a experiência e os conhecimentos indispensáveis para o seu trabalho . Quanto, na Flandres e na Escandinávia já existiam grupos humanos, com importância maior do que uma simples família, praticando o que caracteriza atualmente uma indústria, na Península Ibérica e, sobretudo em Portugal, a mentalidade não estimulava atividades idênticas. Os portuguêses se caracterizavam por certas atividades artesanais como, por exemplo. a do talho de pedra, sendo notáveis construtores com êsse material. Mas, por outro lado, como nos mostra Sérgio Buarque de Holanda, o culto da pessoa humana e a interpretação da- teoria do livre arbítrio, criaram uma mentalidade avêssa à associação; o mérito e a responsabilidade individuais é que encontravam pleno reconhecimento. O trabalho manual e mecânico era olhado como inimigo da personalidade, visando a "um fim exterior ao homem" e pretendendo, assim, "conseguir a perfeição de uma obra distinta dêle". • Essa é uma conclusão importante. Somos oriundos de um povo sem tradição industrial, especialmente mecânica, ocupando um território pequenino, e extremamente interessado no comércio de especiarias, que eram obtidas através dos oceanos, atividade que condizia com o gênio navegador da raça. Dadas as condições das terras descobertas, incluF~Ye sua extensão, e a mentalidade dos descobridores, foi natural o método seguido para a exploração. A adaptabilidade dos lusitanos era extraordinária; graças a ela e à experiência adquirida, êles puderam iniciar atividades proveitosas na nova colônia, principalmente extrativas . Mas começaram, também, o trabalho agrícola e o açúcar representou um grande papel, já no século XVII. Neste século e no XVIII o interêsse geral era a descoberta do ouro, da prata e das pedras preciosas. Todos ambicionavam uma riqueza fácil. Poucos eram os • Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda (2.• ed.), José Olímpio, Rio, 1948. CONTRIBUIÇA: 156 BOLETIM GEOGRAFICO que pensavam seriamente em lançar as bases de uma grande nação, pelo desenvolvimento dos elementos indispensáveis à sua prosperidade econômica . Os esforços se orientavam na pesquisa e exploração dos metais e gemas raras. O século XVIII foi, de fato, no Brasil, o século do ouro, com as epopéias bandeirantes que exploraram os atuais estados de Minas, Goiás e Mato Grosso. mas ouro de aluvião bateado dos cascalhos dos rios ou encontrado em leitos maiores de cursos d'água desviados pelos efeitos de fôrças naturais; nenhum esfôrço realmente organizado, industrial. Como escreveu Roberto Simonsen s ". . . em meados do século XVII, só a nossa produção e exportação na indústria açucareira ultrapassaram, em. largo11 períodos, três milhões de libras esterlinas anualmente, quando a exportação total da Inglaterra não alcançava aquela cifra". E, no século XVIII, extraímrn~ e exportamos para a Europa, em pouco mais de cinqüenta anos ... "um volume de ouro equivalente a 50% de todo o ouro produzido no mundo, nos três século11 anteriores, e igual a tôda a produção apurada na América de 1943 a 1850!", • Êsse o resultado do trabalho colossal, agrícola e extrativo, dos portuguêses. No próprio século do descobrimento praticou-se no Brasil. de maneira rudimentar, a metalurgia do ferro. Em 1554 Anchieta anunciou à Coroa de Portugal a descoberta de ferro e prata, dois anos depois da do ouro. Conforme relata Calógeras' é provável que a descoberta do ferro tenha l'lido feita por Afonso Sardinha, na serra do Cubatão, duas léguas a sudoeste de São Paulo, no rio Jeribatuba, afluente do atual Pinheiros. O ferro deve ter sido extraído por processo direto, provàvelmente catalão, por algum fundiàor cont experiên.cia adquirida na Espanha. Convém assinalar que os africanos, igualmente, praticavam um processo direto, mais primitivo que o catalão, que bem pode ter sido o empregado na época . A exploração de nossos minérios de ferro continuou a ser feita, em pequena escala, no estado de São Paulo e, depois em Minas Gerais, durante o fim do XVI e todo o XVII e XVIII sécul0s. Era capitão-general, nessa última capitania, o notável administrador D. Rodrigo José de Meneses, mais tarde conde de Cavaleiros; em 1780 escreveu êle ao Reino, propondo o estabelecimento de uma fábrica de ferro no território sob sua administração, dizendo textualmente: "Se em tôda a parte do mundo há êste metal necessário, em nenhuma há mais que nestas Minas". Em 1785, porém, um alvará de D. Maria I proibia terminantemente a existência de fábricas na Colônia. Era mister que ninguém se descurasse das atividades agrícolas e extrativas que eram as que interessavam à metrópole . O século XIX iria mudar essa situação. Logo no seu alvorecer, pouco tempo D. Maria I), e graças à clarividência de D. Rodrigo José de Meneses, foi dada liberdade, novamente, para o estabelecimento de fábricas de ferro no Brasil e depois da ascensão à regência de D. João VI (pelo enlouquecimento de sua mãe, abolido o impôsto sôbre a exportação de ferro . D. João VI iniciava, assim, a sua obra extraordinária de engrandecimento do Brasil. · Em 1799, um trabalho de José Vieira do Couto, naturalista acatado. antigo lente de Coimbra e residente em Tijuco (atual Diamantina), procurou, orientar a metrópole; intitulava-se êle: A Capitania de Minás Gerais, seu território, clima. e produções metálicas, a necessidade de restabelecer-se e animar a mineração decadente do Brasil; o comércio e exportação dos metais e interêsses régios, com um apêndice sôbre os diamantes e nitro natural. Vieira do Couto, já falava na necessidade de serem estabelecidas grandes usinas e de fazer-se a ligação da zona de minérios ao rio Doce, ao Jequitinhonha e ao São Francisco. Manuel Faria de Câmara Bittencourt, o famoso "Intendente Câmara" sustentou, pouco depois, projetos semelhantes aos de Vieira do Couto, visando l instalação de uma siderurgia na Bahia e em Minas Gerais. A 24 de abril de 1801, o govêrno português mandou fundar uma fábrica de ferro em SorocalJa e, em 1803, pensou-se na organização de escolas de mineralogia e metalurgia, semelhantes às alemães. Foi construído um forno em Ipanema, perto de Sorocaba, mas o projeto das escolas não teve seguimento. • 1939. • A Evoluçflo Industrial do Brasil, Roberto Simonsen, Federação das Indústrias de São Paulo, As Minas do Brasil e sua Legislaçflo, Calógeras, Rio, Imprensa Nacional, 1905. D. João vr aqui chega? do. especialmente, da siderurgi~; ~ Ipanema e do Morro do Pllar, Eschewege e Varnhagem, Coroa Portuguêsa, chegaram a• Em 1810, um decreto de 1 "peças de artilharia e de canos cruzados; a 12 de nove~bro ~ de reparação de armas Junto.' criação, em Minas, de uma fal cargo êsse programa, qu~ bem 0 conde de Linhares, cuJa mOJ trabalhos iniciados . A fábrica do Pilar _mal?gr acusou Eschewege de nao te-1< truindo um forno em Congonh ainda hoje se podem ver as n os suecos, mandados. vir e Ipanema, não estiveram. a. a_Itu não tendo passado o episodw aventura" no dizer seTero, ma Eschewege terminou .seu . Forja Patriótica (como fo1 de. em 12 de dezembro de ~812, h de terminar a construçao dos novembro de 1818 . Em 1817 aparecera no Br1 montou um alto f~rno .em C focja catalã em Sao Miguel < hoje tem o seu ?OJ?e e onde rúrgica Belgo-Mme1ra. Em 1822, com o advento d e varnhagem. Monlevade me e se multiplicaram. Os forll:o: foram apagados e acesos d1v 1860 o govêrno mandou fecha por 'incompetênc~a dos. seus . Paraguai, ela fm, . porem, m. Engenharia Joaqmm Murça, a ela se referem. Em 1895, o E sobretudo, de uma grande ~ Calógeras, que apontou os e. 0 desenvolvimento de uma. i. 0 problema · da industnal complicava-se com os .t~atac tinha 0 virtual monopol~~. d em 1844 . Foi em conse~ue~< do Bra!"il adotou a pnmeu ministério Caravelas. • Só então, protegidas de' das. A mais importante de em Niterói, a partir de 1845. e estaleiros. Chegou a. ter época,• a Ponta da Ar~Ia pn guai construindo nav10s e ; fundidas e mecânicas de te por Ferraz, arru~nou o ~m mão em mão, ate o começe dar ao país a indústria me • História da Civilizaçllo Bral Mauá, Alberto de Faria, 2.• CONTRIBUIÇAO uma grande nação, pelo desenosperidade econômica. Os esformetais e gemas raras . O século m as epopéias bandeirantes que e Mato Grosso. mas ouro de :ontrado em leitos maiores de 1aturais; nenhum esfôrço real- meados do século XVII, só a reira ultrapassaram, em. largos 3-lmente, quando a exportação E, no século XVIII, extraímo, inqüenta anos . . . "um volume ido no mundo, nos três séculos 1a América de 1943 a 1850! ", • extrativo, dos portuguêses. se no Brasil. de maneira rudianunciou à Coroa de Portugal da do ouro . descoberta do ferro tenha sido duas léguas a sudoeste de São heiros . O ferro deve ter sido .lão, por algum fundic:lor cont nalar que os africanos, igualaltivo que o catalão, que bem Inuou a ser feita, em pequena 1as Gerais, durante o fim do mera!, nessa última capitania, eneses, mais tarde conde de tdo o estabelecimento de uma io, dizendo textualmente: "Se ·io, em nenhuma há mais que Maria I proibia terminantemister que ninguém se deseram as que interessavam à 10 seu alvorecer, pouco tempo ~o José de Meneses, foi dada fá bricas de ferro no Brasil e enlouquecimento de sua mãe, Toão VI iniciava, assim, a sua I. . • naturalista acatado. antigG mantina), procurou, orientar s Gerais, seu território, clima. er-se e animar a mineração etais e interêsses régios, com ieira do Couto, já falava na e de fazer-se a ligação da ao São Francisco . o "Intendente Câmara" susVieira do Couto, visando l Gerais . 1dou fundar uma fábrica de zação de escolas de mineranstruído um forno em Ipas não teve seguimento. A CI!:NCIA GEOGRAFICA D. João VI aqui chegando cuidou logo de problemas metalúrgicos e, muito especialmente, da siderurgia; incentivou. quanto a essa última, os projetos de Ipanema e do Morro do Pilar; ligado a êste achava-se o intendente Câmara . Eschewege e Varnhagem, geólogos e metalurgistas alemães, a serviço da Coroa Português a, chegaram ao Brasil nessa época. Em 1810, um decreto de 13 de maio mandou organizar uma fundição de "peças de artilharia e de canos de espingardas", com um empréstimo de 100 000 cruzados; a 12 de novembro do mesmo ano foi mandada instalar uma oficina de reparação de armas junto a cada regimento; e, em 1811, foi determinada a criação, em Minas, de uma fábrica de "espingardas e baionetas". Tinha a seu cargo êsse programa, que bem reflete as idéias avançadas do govêrno da época, o conde de Linhares, cuja morte. infelizmente, trouxe a suspensão de todos os trabalhos iniciados. A fábrica do Pilar malogrou, por falta de técnicos. O intendente Câmara acusou Eschewege de não tê-lo ajudado, mas êste estava muito ocupado, construindo um forno em Congonhas do Campo, na atual fazenda da Fábrica, onde ainda hoje se podem ver as ruínas do velho estabelecimento. Os suecos, mandados vir em 1811 por D. João VI para o funcionamento de Ipanema, não estiveram à altura de seus contratos, por não serem especialistas, não tendo passado o episódio de sua permanência no Brasil de "uma grotesca aventura" no dizer seTero, mas justo, de Laboriau . Eschewege terminou seu trabalho na fazenda da. Fát;rica obtendo na Forja Patriótica (como foi denominada), a primeira corrida de gusa no Brasil em 12 de dezembro de 1812, há 143 anos, portanto. Varnhagem foi encarregado de terminar a construção dos fornos de Ipanema pondo-os a correr em 1.0 de novembro de 1818. Em 1817 aparecera no Brasll o notável engenheiro francês Monll'!vade, que montou um alto forno em Caeté, Minas Gerais, e, mais tarde, em 1825, uma fcrja catalã em São Miguel de Piracicaba, no vale do rio Doce, no lu~ar que hoje tem o seu nome e onde se ergue a imponente usina da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira. Em 1822, com o advento da Independência, retiraram-se do Brasil Eschewege e Varnhagem. Monlevade morreu . Só as forjas catalãs lograram fazer escola e se multiplicaram. Os fornos de Ipanema e de Fábrica entraram em declínio, foram apagados e acesos diversas vêzes, para finalmente se extinguirem. Em 1860, o govêrno mandou fechar Ipanema, cujo funcionamento deixava a desejar, por incompetência dos seus dirigentes, reza a crônica. Durante a guerra do Paraguai, ela foi, porém, mandada reorganizar, sob a direção do capitão de Engenharia Joaquim Murça, cuja administração é louvada por todos os que a ela se referem. Em 1895, o estabelecimento foi fechado definitivamente, depois, sobretudo, de uma grande ca mpanha do jovem engenheiro de minas Pandiá Calógeras, que apontou os erros praticados e a impropriedade da região para o desenvolvimento de uma indústria siderúrgica de vulto. O problema da industrialização do Brasil logo após a nossa Independência, complicava-se com os tratados existentes com a Inglaterra, que, desde 1810, tinha o virtual monopólio do nosso comércio exterior. ~sse tratado terminou em 1844 . Foi em conseqüência extinto o regime do livre câmbio e o Império do Br a~il adotou a primeira tarifa protecion.tsta devida a Alves Branco, no ministério Caravelas. • Só, então, protegidas devidamente, começaram a surgir as indústrias pesadas. A mais importante de tôdas foi a que Mauá montou na Ponta da Areia, em Niterói, a p artir de 1845. Constituíam-na uma fundição, oficinas mecânicas e estaleiros. Chegou a ter 1 000 operários, o que mostra sua importância na época," a Ponta da Areia prestou relevantes serviços durante a guerra do Paraguai, construindo navios e material de guerra. Fabricava tubos de gás, peças fundidas e mecânicas de tôda espécie. Uma reforma tarifária em 1862 feita por Ferraz, arruinou o empreendimento . Continuou a vegetar, passando de mão em mão, até o comêço do presente século, mas não se desenvolveu para dar ao país a indústria mecânica pesada, de que necessitava . ação das Indústrias de São Paulo, prensa Nacional, 1905. 157 • • História da Civilização Brasileira, Pedro Calmon, 3.• ed. Braslllana, 1937 . Mauá, Alberto de Faria, 2.• ed. Bras!llana, 1933. BOLETIM GEOGRAFICO 158 "Em tôrno de 1850", diz-nos Roberto Simonsen 7 "contava o país com pouco mais de 50 estabelecimentos industriais incluindo algumas dezenas de salineiras. Há referência a 2 fábricas de tecidos, 10 d~ indústrias de alimentação, 2 de caixas e caixões, 5 de pequena metalurgia, 7 de produtos químicos, nas quais estavam empregados capitais no valor de mais de 7 mil contos, que, ao câmbio de então, representavam cêrca de 780 000 mil libras esterlinas". Nessa época, fazia 59 anos, que, nos Estados Unidos, Hamilton escrevera sua célebre memória, que constituíra todo o nedestal da industrializacão americana; dissera êle: "Do mesmo modo que as -crianças -têm necessidadé de proteção, da mesma maneira uma jovem indústria exige para se desenvolver a tutela do Estado, sob a forma de uma tarifa alfandegária".• :Êste protecionismo foi denominado nos Estados Unidos de "protecionismo educador" ou "infant industry protection". · Em 1876, deu-se um fato notável, para o desenvolvimento industrial do país; a organização da Escola de Minas de Ouro Prêto, tendo à frente o grande mestre francês Gorceix . Os estudos realizados na Escola de Minas, por um lado, e o natural desen-volvimento do país, por outro, encorajaram algumas iniciativas: assim, em 1888, os industriais Joseph Gerspacher, Amaro da Silveira e Carlos da Costa Wigg, fundaram a Usina Esperança, perto de Itabira do Campo (hoje Itabirito) à margem de bitola estreita da E . F. C . B . ; construiu-se 1 alto forno para seis ton/24h. Em Burnier, no entroncamento da linha do centro da E.F.C.B., com o ramal de Ouro Prêto, foi construído, pela Cia. Dr. J. Queirós, outro alto forno. .Ambos funcionavam com carvão de madeira. Em 1892, a Cia. Forjas e Estaleiros adquiriu a antiga fábrica de Monlevade em São José do Piracicaba, e nela instalou martelos-pilões para espichar 2 tonel3:das de ferro por dia; em 1897 já produzia 3 a 4 toneladas; nessa ocasião aproximaram-se os trilhos da Central do Brasil, trazendo ferro mais barato do litoral; a fábrica teve de paralisar sua produção e a companhia faliu. O mesmo destino teve uma forja construída no município de Mariana, pelo Dr. Ernesto Betim Pais Leme, para produzir uma tonelada em 24 horas; fechou em 1894, poucos meses depois de ter começado a trabalhar. No início do século XX a situação da indústria pesada no Brasil era precaríssima; só um alto forno, o de Esperança, estava aceso, produzindo cêrca de 2 000 toneladas de ferro gusa por ano; cêrca de uma centena de forjas se espalhavam pelo interior do estado de Minas Gerais, fabricando, aproximadamente, 2 000 toneladas por ano de ferro em barra, em lugares desprovidos de comunicações . Iniciara-se a exportação de minério de manganês da região de BurnierOuro Prêto (160 000 toneladas), em 1902, mas isso era apenas mais uma atividade extrativa. O balanço do século XIX é contristador no que se refere ao desenvolvimento industrial brasileiro e, mormente, no que diz respeito às grandes indústrias metalúrgicas e mecânicas. O café nos deu boas rendas no fim do Império e houve um certo afluxo de capitais estrangeiros para o país. Mas a situação política -e a crise provocada com a lei de 13 de maio de 1888, não encorajaram os grandes empreendimentos. O fator principal, entretanto, foi a oscilação na política econômica. Depois de uma orientação firmemente protecionista, a exemplo dos Estados Unidos, outros ministérios, passaram a mudar t'arifas e o resultado foi desastroso. A indústria metalúrgica, como vimos, regrediu, e a mecânica sofreu o impacto das pautas baixas de Rio Branco e Saraiva, em 187-1 e 1884,' de tal forma que só as oficinas das estradas de ferro se apresentavam realmente aparelhadas. A indústria mecânica particular era rudimentar, vindo a única, de algum porte, que era a da Ponta da Areia, a definhar pelas condições originadas pela importação. Cita-nos Roberto Simonsen que, em São Paulo, se criou uma importante indústria de máquinas para o benefício e tratamento do café, "em cuja composição, porém, entrava mais madeira do que ferro". 10 Op. citada. Autarchie et Economie Complexe, Charles Hercson, cita o "Report In the Subject of Manufactures", de A. Hamilton (Libralrle Technlque et Economlque", Paris, 1937) . • Pedro Calmon, op. clt. 10 Roberto Slmonsen, op. clt. 7 8 CONTRIBUIÇA Era o círculo vicioso: não havi fabricado e não se empregava haver produção nacional • A falta de indústria ll}ecar neira: as i:Qdústrias do açucar . importavam todos. os seus equJ perdura ainda hoJe, em grande Por outro lado, não cuidai} não dispondo o país, nessa . médio nem de escolas supen' de qu'adros em to~os os escal apenas à engenhana, mas a t põem os homens para . as fun XIX, foi aquela a que . s~ rel quando morreu o maqmmsta por Felisberto Caldeira Br~nt ser abandonada, porque nao quinas.u Assim durante o século gl a Inglate~ra atingiu o seu apo neceu 0 Brasil estagnado n~ q recursos. · A partir de 1900 .a situaç~c Estávamos (como amda, ate avalancha d~ capitais ~str~ngE e nunca com a abundancm a públicos: muito pouco para a deu 0 ouro necessário para a . do país nos apresento~ ~m me. persistente nos per~ltm essa Hamilton. A produçao da ~r. mentos estrangeiros mais_ not das usinas do Rio e de Sao P A construção de estradas govêrno Hermes da Fonseca, 4 737 quilômetros . Em 1909-1910, Nilo Peçanl tria siderúrgica em grande es de transportes e facilidades· ~ pelo grande pioneiro que f01 siderurgia completa nas pro. a ordem, e, por último, .a Lf teria dado ao nosso J?als UJ durante um longo penado eJ do mundo. Nos primeiros vinte anos da Escola de Minas de ~uro mais esclarecida a respc~to d tados técnicos estrangeiros ministro de Rodrigues Alve~ chefia de Orville Derby, e : Paulo de Oliveira. Gonzaga Sul começaram a ser estuda• lhos de White, Gonzaga de < Durante a l.a Guerra Ficamos privados de quase recursos próprios. Apr.en~en não poderíam~s . _pr~scmdlr maior auto-suflcienCla, em c 11 Jacegual, Memórias, apend. CONTRIBUIÇAO A CI~NCIA GEOGRAFICA 1sg 7 tsen "contava o país com pouco lo algumas dezenas de salineiras. indústrias de alimentação, 2 de de produtos químicos, nas quais de 7 mil contos, que, ao câmbio libras esterlinas". dos Unidos, Hamilton escrevera ~desta! da industrializacão amerianças têm necessidade de proa exige para se desenvolver, a randegária".• li:ste protecionismo cionismo educador" ou "infant desenvolvimento industrial do ' Prêto, tendo à frente o grande 'Or um lado, e o natural desennas iniciativas: assim, em 1888, lveira e Carlos da Costa Wigg, do Campo (hoje Itabirito), à ruíu-se 1 alto forno para seis a do centro da E.F.C .B., com Dr. J. Queirós, outro alto forno. a antiga fábrica de Monievade, artelos-pilões para espichar 2 3 a 4 toneladas; nessa ocasião trazendo ferro mais barato do ! a companhia faliu. O mesmo de Mariana, pelo Dr. Ernesto )fi 24 horas; fechou em 1894, ia pesada no Brasil era precara aceso, produzindo cêrca de ma centena de forjas se espafabricando, aproximadamente, tgares desprovidos de comunimganês da região de Burnier> era apenas .m ais uma ati-vi- que se refere ao desenvolvirespeito- às grandes indústrias ias no fim do Império e houve )aís . Mas a situação política , não encorajaram os grandes foi a oscilação na política protecionista, a exemplo dos nudar tarifas e o resultado nos, regredil,l, e a mecânica ) e Saraiva, em 1874 e 1884," o se apresentavam realmente rudimentar, vindo a única, a definhar pelas condições nonsen que, em São Paulo, ra o benefício e tratamento ais madeira do que ferro". 10 a o "Report in the Subject ot omique", Paris, 1937) . Era o círculo vicioso: não havia consumo para o ferro e, por Isso, êle não era fabricado, e não se empregava ferro, porque era necessário importá-lo, por não haver produção nacional . .. A falta de indústria mecânica e metalúrgica se refletia ainda doutra maneira: as i:Qdústrias do açúcar (datando do século do descobrimento) e a têxtil importavam todos os seus equipa,mentos, os mais simples. Aliás, essa situação perdura ainda hoje, em grande parte. Por outro lado, não cuidamos da formação tecnológica da nossa mocidade, não dispondo o país, nessa época, nem de ensino profissional primário e médio, nem de escolas superiores, em número suficiente, para a preparação de quadros em todos os escalões da hierarquia. E não nos queremos referir apenas à engenharia, mas a tôdas as outras formas de atividade que predispõem os homens para · as funções de gerência. A situação, durante o século XIX, foi aquela a que se referiu o almirante Jaceguai, em suas Memórias; quando morreu o maquinista do primeiro navio de vapor adquirido no Brasil, por Felisberto Caldeira Brant (depois marquês de Barbacena), a nau teve de ser abandonada, porque não havia na Côrte quem pudesse operar suas máquinas. u Assim, durante o século glorioso do carvão e da máquina de vapor, quandcr a Inglaterra atingiu o seu apogeu e o mundo começou a se mecanizar, permaneceu o Brasil estagnado no que diz respeito à industrialização de seus imensos · recursos. · A partir de 1900 a situação mostrou tendências para uma mudança sensível. Estávamos (como ainda, até certo ponto, estamos hoje ), à espera de uma avalancha de capitais estrangeiros. li:les vieram mais tarde, embora lentamente, e nunca com a abundância anunciada, e, mais ainda, sobretudo para serviços públicos: muito pouco para a industrialização de base. O café, entretanto, nos: deu o ouro necessário para a importação de equipamentos: o desenvolvimento do país nos apresentou um mercado ávido, e um protecionismo alfandegár~o mais persistente nos p ermitiu essa "infant industry protection", a que se referiu Hamilton. A produção da energia elétrica chegou, como um dos empreendimentos estrangeiros mais notáveis que se realizaram entre nós: a construção das usinas do Rio e de São Paulo . da chamada "Light & Power". A construção de estradas de ferro prosseguiu em ritmo acelerado. tendo, no govêrno Hermes da Fonseca, atingido um record nunca depois ultrapassado: 4 737 quilômetros . Em 1909-1910, Nilo Peçanha estabeleceu concessões para a criação da indústria siderúrgica em grande escala, oferecendo garantias de co!\ê.umo, facilidades de transportes e facilidades· portuárias. Em 1911, surgiu um proJeto apresentado pelo grande pioneiro que foi Trajano de Medeiros para a construção de uma siderurgia completa nas proximidades de Juiz de Fora; dificuldades de tôda a ordem, e, por último, a 1.a Guerra Mundial fizeram esboroar uma obra que teria dado ao nosso país um impulso poderoso, preenchendo enorme lacuna durante um longo período em que ficamos mais ou menos apartados do resto do mundo. Nos primeiros vinte anos do século corrente começamos a colhêr os frutos da Escola de Minas de Ouro Prêto. Notou-se a formação de uma mentalidade mais esclarecida a respeito dos problemas de produção mineral. Foram contratados técnicos estrangeiros para dirigir estudos no Brasil. Miguel Calmon, ministro de Rodrigues Alves, dividiu o país em três zonas geológica.~:, sob a chefia de Orville Derby, e as entregou à direção de especialistas brasileiros: Paulo de Oliveira. Gonzaga de Campos e Antônio Olinto . Nossos carvões do Sul começaram a ser estudados mais cuidadosamente, sobressaindo-se os trabalhos de White, Gonzaga de Campos e Eusébio de Oliveira. Durante a 1.a Guerra Mundial o Brasil adquiriu uma dura experiência. Ficamos privados de quase tudo e tivemos de aproveitar ao máximo nossos recursos próprios. Aprendemos a dar-lhes maior valor e 'compreendemos que não poderíamos prescindir de certas iniciativas industriais que nos dariam maior auto-suficiência, em caso de isolamento da Europa e dos Estados Unidos. u Jaceguai, Memórias, apend. História da Clvlllzaçê.o Brasileira, Pedro Calmon, 3.• ed., 1937 . 160 CONTRIBUIÇAI BOLETIM GEOGRAFICO No govêrno Epitácio, dois fatos importantes precisam ser postos em relêvo: em primeiro lugar, o ministro da Agricultura, Dr. Simões Lopes, mandou fazer na Europa, pelo professor Fleury da Rocha, estudos sôbre o aproveitamento dos carvões do Sul para fabricação de coque metalúrgico; êsses trabalh0s foram definitivos e tiveram uma influência decisiva sôbre a implantação da nossa grande siderurgia ; em segundo lugar, apareceu uma sociedade, a Itabira Iron Ore Co., solicitando concessões para o estabelecimento de .&mprêsas de mineração, de transportes, portuárias e siderúrgicas; os favores pedidos, importando em verdadeiro monopólio de exportação dos minérios de Itabira, levantaram enorme celeuma no país; durante vinte anos, tôdas as iniciativas de vulto, objetivando a utilização de nossos minérios de ferro, ficaram em susl)enso; se a Itabira Iron Ore Co. conseguisse os favores pleiteados, ninguém poderia concorrer com ela; o contrato aprovado pelo Executivo e a que o Tribunal de Contas negou registro, não admitia o transporte de minérios de terceiros na "estrada de ferro industrial" da companhia, nem o seu carregamento no "embarcadouro", que seria. construído 60 milhas ao N de Vitória . Só por decreto de 11 de agôsto de 1939 foi declarado caduco o contrato, que só não entrara em vigor por não ter sido completado por outros atos que competiam ao govêrno do estado de Minas Gerais . Durante êsse período de 1920 a 1930 o fato mais importante foi a formação da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, com sede em Sabará, Minas Gerais. Adquirindo pequena usina, aí construída por brasileiros beneméritos (Cristiano Guimarães, Amaro Lanari, Gil Guatimosin e outros), ela começou a trazer para o Brasil a experiência de um poderoso grupo europeu, a "Arbed", com sua!! usinas principais no Luxemburgo. Chegamos, assim, a 1930, com uma produção de 36 .000 toneladas de ferro gusa, em 11 altos fornos de carvão de madeira e de 30 .000 toneladas de laminados em pequenos laminadores, de concepção antiga. A extração de carvão de pedra, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, era apenas de 330 000 tons/ano. A indústria mecânica progredira sensivelmente, mas nada se assemelhava à "indústria mecânica pesada", cujas máquinas fazem máquinas! eram oficinas de manutenção, ou de fabricação de objetos correntes, usados pelo grande público: fogões, artigos sanitários, ferramentas agrícolas rudimentare11 e certas máquinas para café (em cuja construção a madeira continuava a figurar, substituindo o aço e o ferro-maleável). · O movimento da indústria pesada permanecia num ritmo pouco acelerado. Mas os fatôres, que lhe iam mudar a velocidade, já existiam e começaram a desempenhar seu papel: havia num melhor conhecimento das matérias-primas domésticas; o mercado consumidor era sensível; técnicos nacionais apareciam, não formados pelo govêrno, mas espontâneamente preparados na Europa, nos Estados Unidos ou em nossas escolas; o sentimento da defesa nacional nas classes armadas tomara feição moderna e exigia maior auto-suficiência; a Escola Técnica do Exército (novo órgão para a formação de engenheiros militares) teve sua origem com a reorganização do ensino, quando foi mir..istro da Guerra o general Alberto Cardoso de Aguiar; e, mais do que nunca, o movimento de 1930, como tôda transformação política súbita trouxera um ímpeto que iria ser aproveitado . Tivemos o exemplo do que vale um "pensamento diretor"; embora hesitando diante da complexidade dos problemas e da escassez dos recursos, o chefe do govêrno, presidente Getúlio Vargas, manteve viva a idéia e nomeou várias comissões para estudar diversos aspectos das soluções Rpresentadas . Atendendo ao programa da Comissão Nacional de Siderurgia e às constantes sugestões do Estado Maior do Exército, prestigiou a construção da usina de Monlevade da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, fazendo o prolongamento do ramal da E .F.C .B. de Santa Bárbara e São José da Lagoa (hoje Nova Era). Em 1937 começou êsse estabelecimento a funcionar, com 2 altos fornos de carvão de madeira, de 100 tons/24 h cada um. Em visita à instalação, em 1938, pôde o presidente da República fazer anunciar que o govêrno iniciaria .breve as medidas para a construção de outra grande usina, essa com coque .siderúrgico e para a produção de produtos planos e grande perfis. Estava decidida, assim em princípio a implantação de uma indústria de porte, com funcionamento normal, isto é, sem carvão de madeira. Em 1939, com efeito, após gestão do ministro Osvaldo Aranha em Washington, e de hábil ação do embaixador Carlos Martins, convidava o govêrno brasileiro um poderoso grupo americano Tesouro Nacional, vir constru comuns." . A comissão que os amenc: à. idéia, escrevendo excelente r: destruiu as esperanças dos qUI Foi então que o govêrno levar avante ~ empree~di!Ilen~ cutiva do Plano SiderurgiCo, • 1946, elevada a produção ~o c truído o lavador de Tubarao c gigantesco trabalho na E. F. C:. frentes de calcário e de miner primeira vez no 3;lt~ fo~no n.< marco na industnallzaçao do A produção nacional de at subir mais ràpidamente. E l~ meros estabelecimentos se cr1 no Sul, no Distrit'? Fe?er~l, no da Companhia S1derurg1ca N empréstimo no Banco de Expo de Cr$ 2 000 000 000,00 de qu~ de mais equipamento, de navH de engenharia nos Estados Ur Volta Redonda pode prod ~omprimento. Seu laminador trução naval; com e~~ito! co~ as necessidades previsiveis er, Todos os perfis navais podem com 0 funcionamento da raria e de serralheria pesada: também progrediu, mas.. dev ensaiando seus passos; Ja po geral, temos dificuldades de , para isso: grandes tornos, p. A própria C. S. N. acabm a construção de estru.turas tôrres, etc. É o que ha de rr do ramo poderá ser executai Muito de propósito não c tares mas 0 que existe acuJ fábri~as da Marinha e do E progresso nacional. A indústria siderúrgica A companhia Si~erúrgi~: sua primeira expansao e flc de aço a mais do qu~ n~ ano Siderúrgica Belgo-Mme1ra es a produção até dezembro de de lingotes de aço. A Com) no momento com aço de V departamento metalúr~ic_o, I companhia Aços Espec1a1s I rio Doce, se especializa no ü e terminará a montagem de podendo correr mais_ 85 t01 momento, a construçao de em São Paulo, segue o m~s: de lingotes d~ aços espeCial pequenos empreendimentos u United States Steel Corp. F' ICO precisam ser postos em relêvo: Dr. Simões Lopes, mandou fazer estudos sôbre o aproveitamento ~talúrgico; êsses trabalh0s foram sôbre a implantação da nossa 1 uma sociedade, a Itabira Iron imento de .emprêsas de mineraos favores pedidos, importando 11inérios de Itabira, levantaram tôdas as iniciativas de vulto, ferro, ficaram em suspenso; se ts pleiteados, ninguém poderia Kecutivo e a que o Tribunal de te de minérios de terceiros na :n o seu carregamento no "emN de Vitória. Só por decreto l contrato, que só não entrara atos que competiam ao govêrno 3 nais importante foi a formação ;ede em Sabarâ, Minas Gerais. tsileiros beneméritos (Cristiano os) , ela começou a trazer para europeu, a "Arbed", com sua11 ' de 36 . 000 toneladas de ferro • de 30 . 000 toneladas de lamiantiga. A extração de carvão ttarina, era apenas de 330 000 ivelmente, mas nada se asse,quinas fazem máquina s ! eram 1bjetos correntes, usados pelo lentas agrícolas rudimentares a madeira continuava a figu- ~ num ritmo pouco acelerado. , já existiam e começaram a ~cimento das matérias-primas técnicos nacionais apareciam, e preparados na Eur opa, nos mto da defesa nacional nas ía maior auto-suficiência; a 1rmação de engenheiros militsino, quando foi mi:P..istro da !s do que nunca, o movimento trouxera um ímpeto que iria um "pensamento diretor"; roblemas e da escassez dos argas, manteve viva a idéia >pectos das soluções apresenna1 de Siderurgia e às· constigiou a construção da usina ineira, fazendo o pr olongae São José da Lagoa (hoje o a funcionar, com 2 altos um. Em visita à instalação, tciar que o govêrno iniciaria mde usina, essa com coque grande perfis. Estava dec1ústria de porte, com funcio- ldo Aranha em Washington, vidava o govêrno brasileiro CONTRIBUIÇAO A CI:!:NCIA GEOGRAFICA 161 um poderoso grupo americano para, com interêsses privados nossos e o próprio Tesouro Nacional, vir construir aqui uma usina com coque, de dimensões comuns. 1• A comissão que os americanos enviaram ao Brasil, opinou favoràvelmente à. idéia, escrevendo excelente relatório, mas a guerra que irrompera na Europa, destruiu as esperanças dos que desejavam essa colaboração. Foi, então, que o govêrno brasileiro decidiu assumir a responsabilidade de levar avante o empreendimento de qualquer modo, e nomeou a Comissão Executiva do Plano Siderúrgico, sob a presidência do Dr. Guilherme Guinle. Em 1946, elevada a produção do carvão catarinense para 800 000 toneladas ; construído o lavador de Tubarão que permitiu obter carvão metalúrgico; concluído gigantesco trÇ!balho na E.F . C .B . ; adquirida uma frota carvoeira; abertas novas frentes de calcário e de minério de ferro em Minas Gerais - correu gusa pela primeira vez no alto forno n. 0 1 de Volta Redonda! Era indiscutivelmente um marco na industrialização do país . A produção nacional de aço, que já aumentara com Monlevade, começou a subir mais ràpidamente. E logo, também, a indústria de transformação. Inúmeros estabelecimentos se criaram em São Paulo, sobretudo, mas igualmente no Sul, no Distrito Federal, no estado do Rio e em Minas Gerais . As im;talações da Companhia Siderúrgica Nacional custaram US$ 45 000 000,00, obtidos por empréstimo no Banco de Exportação e Importação de Washington D .C., e cêrca de Cr$ 2 000 000 000,00 de que parte foi convertida em dólares para a aquisição de mais equipamento, de navios e para o pagamento de fret es, seguros e serviços de engenharia nos Estados Unidos . Volta Redonda pode produzir chapas até 1m,66 de largura e 14 metros de 1:0mprimento . Seu laminador de chapas grossas foi adquirido, visando à construção naval; com efeito, consultado o Ministério da Marinha, verificou-se que as necessidades previsíveis eram em cêrca de 90 %, de largura inferior à citada. Todos os perfis navais podem ser, do mesmo modo laminados em Volta Redonda. Com o funcionamento da nova usina siderúrgica. as indústrias de caldeiraria e de serralheria pesadas entraram a crescer, embora lentamente ; a forja também progrediu, mas devagar; a fundição e a mecâ nica de porte estão ensaiando seus passos; já podemos fundir peças de até 40 toneladas mas, em geral, temos dificuldades de usiná-las, porque nos faltam máquinas adequadas para isso: grandes tornos, plainas, fresadoras, furadoras, etc. A própria C . S. N. acabou de pôr em funcionamento uma serralheria para a construção de estruturas pesadas, destinadas a edifícios, pontes, viadutos, tôrres, etc . É o que há de mais moderno na es!}ecialidade e qualquer trabalho do ramo poderá ser executado nas novas oficinas . Muito de propósito não citamos até agora o equipamento das fábricas militares, mas o que existe acumulado em material e experiência nos arsenais e fábricas da Marinha e do Exército representa enorme aquisição, a serviço do progresso nacional. A indústria siderúrgica está em pleno desenvolvimento entre nós. A Companhia Siderúrgica Nacional t erminará antes do fim do corrente ano sua primeira expansão e ficará apta a produzir 160 000 toneladas de lingotes de aço a mais do que no ano passado (em que produziu 590 000) . A Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira está aumentando a usina de Monlevade que dobrará a produção até dezembro de 1956, o que significa também, mais 160 000 toneladas de lingotes de aço. A Companhia Mannesmann, em Belo Horizonte, funciona no momento com aço de Volta Redonda, mas terminará ainda êste ano seu departamento metalúrgico, em que fabricará 125 000 toneladas de lingotes. A Companhia Aços Especiais rtabira, em Coronel Fabriciano (Minas) . no vale do rio Doce, se especializa no fabrico de aços que não são feitos em Volta Redonda e terminará a montagem de novos fornos e laminadores em princípios de 1958, podendo correr mais 85 toneladas de lingotes do que atualmente; finda, no momento, a construção de uma usina hidrelétrica de 48 000 kW. Aços Vilares em São Paulo, segue o mesmo caminho visando a acrescer de 15 000 toneladas de lingotes de aços especiais por ano a sua presente produção. Alguns outros pequenos empreendimentos se estão preparando para fundir mais 75 000 tone12 United States Steel Corp. CONTRIBUIÇA 162 BOLETIM GEOGRAFICO ladas de lingotes. Gradualmente, atingiremos, em 1958, 1 800 000 toneladas de lingotes de aço. Volta Redonda que é a única usina a laminar grande tonelagem de chapas, está com segunda expansão estudada, para produzir mais 250 000 toneladas de lingotes, elevando sua quota no cômputo nacional, a 1 000 000 de toneladas; o projeto inicial previu isso. de forma que, então, alcançará ela o máximo de rendimento. Êsse acréscimo, que deverá ser iniciado proximamente, deverá. terminar em 1959. Em 1960 o Brasil atingirá, assim, 2 000 000 de toneladas de lingotes, correspondendo a 1 500 000 toneladas de laminados, das mais variadas espécies de aço. Será isso excessivo para o nosso país? O ilustre metalurgista Robert F. Hehl, professor do Carnegie Institute of Tchnology, de Pittsburgh, apresei).tou, em maio de 1952, um relatório sôbre a indústria metalúrgica no Brasil, tendo sido o estudo feito a pedido da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos para Desenvolvimento Econômico. Chegou êle à conclusão de que necessitaremos, em 1960 de cêrca de 1 700 000 toneladas de aço, e, em 1980 de 6 000 000 de toneladas. O Conselho Nacional de Minas e Metalurgia fêz, ao mesmo tempo e sem conhecimento do trabalho referido, um levantamento das necessidades nacionais, chegando à cifra de 2 500 000 toneladas de lingotes em 1960, com uma estimativa extremamente moderada; isso corresponde a 1 860 000 toneladas de laminados e não se considerou na pesquisa, senão uma modesta fabricação de caminhões e de máquinas no país; se . essas indústrias se desenvolverem, como se prevê, o consumo será muito maior. Com efeito, convém ter presente a seguinte observação da Comissão Econômica da ONU para a Europa, no relatório publicado em 1953: o uso do aço é de dois tipos: há uma parte que entra em construções permanentes, como edifícios, portos, estradas de ferro {via permanente) pipe-lines, etc.; outra parte, a mais importante, se emprega na produção de máquinas, ferramentas, veículos e utensílios de tôda sorte. A primeira categoria corresponde a 25 % da produção de aços nos países industrializados; os laminados usados nas construções permanentes não exigem muita transformação para serem utilizados; em algun casos, como os trilhos, são empregados como vêm das usinas siderúrgicas; não produzem muita sucata,_porque têm uso prolongado e às vêzes não voltam mais aos fornos, como os vergalhões que armam o concreto. Os da segunda rategoria correspondem a 75 % da produção dos países industrializados; na maioria dos casos, os laminados que entram na fabricação de máquinas sofrem transformação radical, depois que deixam a usina siderúrgica; são forjados, usinados, re.:obertos, tratados térmica e quimicamente; êsses trabalhos exigem técnica especializada. Para que se tenha idéia nítid_a da diferença entre os dois grupos apontados, basta considerar-se que, nos Estados Unidos, o consumo para instalações fixas {1. 0 tipo) é de 119 quilos por habitante, e, para produção de máquinas, veículos e equipamentos {2. 0 tipo), 448 quilos; a produção guarda a mesma proporção na Inglaterra, na BélglCa, na Suécia, etc. o consumo brasileiro é quase todo do primeiro tipo e tende a crescer ràpidamente, à medida que progredirmos nas fabricações dá segunda categoria. Como enfrentar desde já o deficit previsível? Há, no momento dois projetos em potencial: um, apoiado em lei, com crédito de Cr$ 2 500 000 000,00 no "Plano do Carvão", para construção de uma usina em Santa Catarina; outro idealizado por um grupo· paulista, que estuda a construção de uma usina em Santos, com o auxílio dos governos estadual e federal, e com subscrição particular; êsses dois empreendimentos não farão, somados, menos de 450 000 toneladas de lingotes, sendo que a usina santista se destina à produção de chapas largas em bobinas. Se forem iniciados nos próximos dois anos, poderão estar terminados em -1960, fazendo crescer a produção nacional para 2 450 00 toneladas de lingotes, o que nos colocará dentro da previsão do Conselho Nacional de Minas e Metalurgia. O consumo per capita em nosso país se elevará, então, a 40 quilos por habitante, o que é uma cifra extremamente modesta, como se pode ver no quadro junto. Os projetos em curso e os que estão em estudos são perfeitamente sãos, correspondendo ao acréscimo normal do mercado brasileiro . No Brasil, porém, não existe apenas a metalurgia do ferro . Há outros metais que já fig11ram em nossas estatísticas de produção e que precisam ser dtados. Em primeiro lugar, o das minas mais profun~as do 1 ses a St. John d'El Rei Gold rodução é de cêrca de 4 000 irsênico (800 e 900 tons/a~o_> · A metalurgia do alumm~o primeira usina, obra de Rene I ximo a Ouro Prêt<?; prod';lZ 1 a segunda, graças a _capacidadt em operação em Sao _!?aulo inicia-se com a produçao de I pliada . Produzimos portanto, muito a fazer . ~este ~etor, m possuímos matenas-pnma:s err que, por muito tempo fOI con Temos, também, uma. c_ertt o consumo vai a 28 000; ai, Igu: existe a prata, que é recupera O estanho, de que ne_c~ss Mansa da cassiterita de vanm .e de ~oncentrados importado~ -corre apenas com .2~ % do m~ como no do alummiO, o knot Há um grande esfôrço pai, além de 40 000 tons/ano; ha p do Rio Grande do Sul e da B É, entretanto, apenas uma p Nossa produção ~e ferro · manganês) sobe a cerca . de .forno que entrou em funciOna e existem projetos en_: andarr tações atuais ainda sao volun Finalmente, aprestam-se gica Nacional para ~onta! PI Redonda. o país tera entao .P êle não tem atualmente: eix das, etc. Volta Redonda já pode ft das) em suas fundições: corr fundição de peças de mais I sso permitirá o advento nomeada recentemeJ?-te_ pel<? ! Berenhauser. O obJ etlvo e , privada, para n_:ontar uma_ o: grandes dimensoes. ~ Brasil relhamento para usmas d~ Será o complemento ~as fabJ brasileira, associa~a _a Man, elétricas, diesel-eletnc~s ~ d e monta agora uma fa~nc_a outras fábricas de cammhoe que fazem material rodante, Um país, como o ~o sso, e veículos por ano nao poo para manufaturas interna~. Examinemos ainda ma1s industrial do país, que reve Houve um certo d_eseq~ não ser a indústria s1de~m pensamento diretor do prop te), e a do cimento, cuJO au CONTRIBUIÇAO em 1958, 1800 000 toneladas de ar grande tonelagem de chapas, :luzir mais 250 000 toneladas de tal, a 1 000 000 de toneladas; o o, alcançará ela o máximo de iniciado proximamente, deverá tssim, 2 000 000 de toneladas de e laminados, das mais variadas :essor do Carnegie Institute of de 1952, um relatório sôbre a 1do feito a pedido da Comissão tento Econômico. Chegou êle ' cêrca de 1 700 000 toneladas Conselho Nacional de Minas e 1ento do trabalho referido, um tdo à cifra de 2 500 000 toneextremamente moderada; isso· não se considerou na pesquisa, ie máquinas no país; se . essas 1sumo será muito maior. bservação da Comissão Econô!ado em 1953: o uso do aço é tções permanentes, como edifípipe-lines, etc.; outra parte, a áquinas, ferramentas, veículos lrresponde a 25 % da produção 1sados nas construções perma)m utilizados; em algun casos, ;inas siderúrgicas; não produàs vêzes não voltam mais aos to . Os da segunda rategoria ustrializados; na maioria dos áquinas sofrem transformação forjados, usinados, recobertos, exigem técnica especializada. e os dois grupos apontados, nsumo para instalações fixas odução de máquinas, veículos guarda a mesma proporção no brasileiro é quase todo do edida que progredirmos nas um, apoiado em lei, com o", para construção de uma grupo. paulista, que estuda lio dos governos estadual e mpreendimentos não farão, endo que a usina santista as. Se forem iniciados nos 960, fazendo crescer a proo que nos colocará dentro urgia. rá, então, a 40 quilos por sta, como se pode ver no m estudos são perfeitamente acto brasileiro . rgia do ferro. Há outros odução e que precisam ser A CIJl:NCIA GEOGRAFICA 163 citados. Em primeiro lugar, o ouro, retirado de minério que é extraído numa das minas mais profundas do Mundo, por uma companhia pertencente a inglêses, a St. John d'El Rei Gold Mines Co., em Nova Lima, Minas Gerais . Nossa produção é de cêrca de 4 000 quilos por ano, há muito tempo: recupera-se o arsênico (800 e 900 tons/ano). Há planos para aumentar a extração . A metalurgia do alumínio está hoje seguramente implantada no Brasil; a primeira usina, obra de René Giannetti, está funcionando em Saramenha, próximo a Ouro Prêto; produz 1 500 toneladas de alumínio em lingotes por ano; a segunda, graças à capacidade realizadora do Ermiro de Morais, está entrando em operação i'!m São Paulo (estação de alumínio, da E. F. Sorocabana); inicia-se com a produção de 6 000 tons/ano, mas deverá ser ràpidamente ampliada. Produzimos portanto, 7 500 toneladas, para um consumo de 1e 000; há muito a fazer neste setor, mas poderemos conseguir auto-suficiência, porque possuímos matérias-primas em abundância e nos apoderamos de uma técnica que, por muito tempo foi conservada num círculo fechado. Temos, também, uma certa produção de chumbo: 3 150 toneladas, em 1953: o consumo vai a 28 000; aí, igualmente, precisamos trabalhar. Ligada ao chumbo, existe a prata, que é recuperada (6 000 quilos em 1953). O estanho, de que necessitamos 1 300 tons/ano, já é produzido em Barra Mansa, da cassiterita de vários pontos do país (principalmente de Minas Gerais) e de concentrados importados; a matéria-prima nacional, por enquanto, con-corre apenas com 20% do metal produzido no país . Mas, neste caso, vale-nos, .como no do alumínio, o know how conseguido. Há um grande esfôrço para produzir cobre no país: nossas necessidades vão além de 40 000 tons/ano; há probabilidade de estarmos breve utilizando minérios do Rio Grande do Sul e da Bahia, para uma produção de parte dêsse consumo. É, entretanto, apenas uma perspectiva. Nossa produção de ferro-ligas (ferro-manganês, ferro-silício, ferro-silíciomanganês) sobe a cêrca de 11 000 tons/ ano. Está sendo acrescida com novo forno que entrou em funcionamento na Electroquímica Brasileira, de Ouro Prêto, e existem projetos em andamento, inclusive um da própria C.S.N. As importações atuais ainda são volumosas. Finalmente, aprestam-se as Companhias Aços Especiais Itabira e Siderúrgica Nacional para montar prensas hidráulicas possantes em Acesita e em Volta Redonda. O país terá então possibilidades para forjamento de grandes peças que êle não tem atualmente: eixos de motores, árvores de navios, hastes de sondas, etc . Volta Redonda já pode fundir peças de aço e de ferro (acima de 40 toneladas) em suas fundições: com despesas moderadas é possível, mesmo, chegar à fundição de peças de mais de 100 toneladas. Isso permitirá o advento da indústria mecânica pesada: Há uma comissão nomeada recentemente pelo govêrno para êsse fim sob a presidência do general Berenhauser. O objetivo é organizar uma companhia, tanto quanto possível privada, para montar uma oficina mecânica de porte, podendo usinar peças de grandes dimensões. O Brasil passará a produzir fábricas de cimento, todo o aparelhamento para usinas de açúcar, laminadores, material elétrico pesado, etc. Será o complemento das fábricas Krupp (Jundiaí, São Paulo) da IRFA (esta brasileira, associada à Man, no D. F.), ambas para fabricação de locomotivas elétricas, diesel-elétricas e diesel-hidráulicas (a IRFA está em funcionamento e monta a gora uma fábrica moderna de motores diesel) ; da Mercedes Benz e outras fábricas de caminhões; da Cobrasma e da Fábrica Nacional de Vagões, que fazem material rodante, etc. Um país, como o nosso, que importa 6 a 7 bilhões de cruzeiros de máquinas e veículos por ano não pode deixar de representar um mercado estlmulador vara manufaturas internas . É o que está acontecendo . Examinemos ainda mais o quadro n.o 3 . Vemos, desde logo, o enorme surto industrial do país, que revela o seu progresso econômico. Houve um certo desequilíbrio no desenvolvimento industrial do Brasil. A não ser a indústria siderúrgica, cujo crescimento obedeceu, em parte, a um pensamento diretor do próprio govêrno federal (como ressaltamos anteriormente), e a do cimento, cujo aumento resultou de estudos feitos pelos próprios par- e 164 BOLETIM GEOGRAFICO ticulares, mas sobretudo, pela 4ssociação Brasileira do Cimento Portland, os: outros setores foram sendo desenvolvidos sem planejamento adequado . Cresceu enormemente a produção de bens de consumo, utilizando principalmente matérias-primas produzidas pelo próprio govêrno de Volta Redonda, e não se aumentaram as indústrias básicas químicas, metalúrgicas e mecânicas . A capacidade de nossas fábricas de vagões raramente foi utilizada como devia. Nenhum estaleiro para construção de nossa frota mercante se aparelhou devidamente, poisque o mercado n acional é por demais incerto, mas o Brasil adquiriu n avios no estrangeiro e continua a fazê-lo, mesmo depois de produzir chapas largas . O que estamos apontando é o resultado da ausência de uma polític!l segura de industrialização. Importamos fábricas inteiras para a indústria têxtil, masimpedimos a entrada no país de uma das melhores e mais tradicionais organizações para fazer teares e outros equipamentos de fiar e tecer; fechamos nossa11· portas a fábricas de caminhões, automóveis e tratores que aqui desejaram estabelecer-se abrindo a importação (controlada) a produtos que começam a ser produzidos entre nós, não estimulamos o crescimento de indústrias fundamentailii. Na aquisição de bens-capital não discriminamos entre os que vão produzir bens de consum'o correntes e os que servem para produzir ferramentas, equipamento:!! e matérias-primas especiais . Aí está a razão pela qual nosso progresso industrial não tem tido o ritmo que muitos desejam. Estamos agora perfeitamente convencidos de que não poderemos fazer prosperar indefinidamente indústrias de transformação baseadas na importação de matérias-primas e de ferramentas e e~uipamentos comuns. Para que essa importação fôsse praticável, seria indispensável exportar, sejam as próprias manufaturas, sejam outras mercadorias . Ora, no nosso caso, a exportação de produtosmanufaturados nos põe imediatamente em concorrência com as grandes naçõesindustriais, de onde nos vêm as matérias-primas, que trabalhamos em máquinas delas também importadas. A fragilidade do sistema é evidente. Por outro lado. nem sempre é possível o aumento rápido das exportações de mercadorias agropecuárias ou minerais . Essa insuficiência de nossos meios de troca nos tem levado a afirmar fre qüentemente que, ou produziremos dentl'o de nossas fronteiras os elementos básicos para a vida de um povo livre, ou definharemos irremediàvelmente, baixando ainda mais o padrão de nossa gente, cujo número aumenta com rapidell .. Nossa posição singular como abastecedor do mercado internaconal, ~::m relação a todos os produtos que poderemos oferecer, exceção do café, algodão e cacau, deu ensejo à conhecida observação de Normano: "O Brasil é fornecedor mundial em época de emergência, quando uma deficiência de suprimento elfilva os preços e permite a competição de produtos de alto custo . A supremacia do Brasil usualmente corresponde aos períodos do primeiro aparecimento de um produto em grandes quantidades nos mercados mundiais. Trata-se de uma economia frágil, de um aumento de quantidade e não de qualidade, pois os altos preços dêsses períodos nos estimulam a produzir mais, mas não a produzir mais barato. Os proveitos são oriundos da quantidade e não devidos a melhore3 métodos de produção". A asserção é velha, mas vale ainda hoje, porque não modificamos nossa.· métodos de produzir. A industrialização de um país não é apenas um problema para engenheiroa e economistas. É um movimento mais profundo: uma atitude nacional. Certo, há fôrças naturais que aceleram a industrialização de uma região, como a existência de fontes de energia fàcilmente aproveitáveis, a disponibilidade de um vasto mercado interno, a adaptabilidade do território aos meios de transport e de grandes massas e a ausência de peias filosóficas ou crenças que condenem a utilização da máquina. Mas a compreensão exata das elites, a atitude dos homens de direção econômica e política, o seu patriotismo E' devotamento à causa geral, a sua capacidade de não oporem os seus mesquinhos interêsses aos do programa nacional, geram as condições para a criação de uma indústria moderna. Na implantação das indústrias pesadas a aquisição de instalação de máquinas é alguma coisa, mas não é tudo; tudo é a existência de uma consciência industrial nas classes dirigentes que sobreponha às vantagens imediatas de um liiistema comercial, às de um sistema de produção interna que, não diminuindo o primeiro senão modificando-r . país em b'ase~ _n:uito mais segl e alguns sacnflc1os. o que impression.a, P?r exe só o aproveitamento mt~llgent~ abertas nelas "grandes mvenço de seus -governan~es, posta em Tem-se a impressao, no estudo ninguém seria c~paz de comete industrial do pa1s. ~ a ~ompn é servido com a s~t~sfaça;o do uma superioridade lm~ualavel . . guiu passar todo o sec?lo ~I~ enfraqueciam em lutas m!estm, cional dominadora de entao d~I rias-primas em todos os contlr seria possível entre nós OI ao Iron and steel Board_ d_a suprimento eficiente, econor~ncc de concorrência". Tem-s~ a np.I uma função pública . O mteres~ dade produtora corresponda, de peitada e auxiliada por todos. Um sentimento semelh9;nte geral, nos países indu~triallza;d com 0 consumidor ex1ste e e indústria. Meus senhores : creio firmemente na indu: a uma realidade e a uma nec indústria pesada o demonstra poder realizar essa obra para gerações . Ponl}amos no trab2 e nossos coraçoes. _ Foi uma grande honra pa do Itamarati, a tese qu~ me d{ todos os meus agradec1mento . PRODUÇÃO (Lingote: Est ados Unidos . · · · · · · · Reino Unido . · · · · · · · · · 3 _ Alemanha Ocidental 4 - França .. ... · · · · · · · · · · · 1 _ 2 _ 5 - J:l;Pá:O · · · · · · · · · · · · · · · · · 6 - BelglCa . . . · · · · · · · · · · · · · 7 - Itália . ... · · · · · · · · · · · · · 8 - Canadá . · · · · · · · · · · · · · 9 _Luxemburgo . . · · · · · · · · 10- Sarre . .. ... ... · · · · · · · · · 11 - Austrália . .. · · · · · · · · · · 12- Suécia ... · · · · · · · · · 13- índia . . . · · · · · · · · · · · · 14 - Austria .. . · · · · · · · · · · · · 15 _ Africa do Sul .. · · · · · · 16- Brastl .. . . · · · · · · · · · · · · 17 .:._ Espanha . . . · · · · · · · · · · 18 - Holanda . . ... · · · · · · · · · · 19 - Iugoslávia Fico sileir~ do Cimento PortJand, os ;>laneJ amen to adequado. Cresceu utilizando principalmente matéVolta Redonda, e não se aumen·icas e mecânicas. A capacidade zada como devia. Nenhum estase aparelhou devidamente, poi5 mas o Brasil adquiriu navios no· de produzir chapas largas. ausência de uma polític::t. segura 'a s para a indústria têxtil, mas ores e mais tradicionais organiie fiar e tecer; fechamos nossa~ atores que aqui desejaram estaa produtos que começam a ser :nto de indústrias fundamentaii. entre os que vão produzir bens luzir ferramentas, equipamento~ 1 qual nosso progresso industrial que não poderemos fazer pros;ão baseadas na importação de ;os comuns. Para que essa imortar, sejam as próprias manucaso, a exportação de produto.! !rrência com as grandes naçõe.! que trabalhamos em máquinas ma é evidente. Por outro lado, Jortações de mercadorias agro- nos tem levado a afirmar freas fronteiras os elementos háremos irremediàvelmente, bainúmero aumenta com rapidelil. nercado internaconal, e:m rela, exceção do café, algodão e mano: "O Brasil é fornecedor eficiência de suprimento elfi:va alto custo. A supremacia do primeiro aparecimento de um mundiais. Trata-se de uma não de qualidade, pois os alto~ r mais, mas não a produzir ade e não devidos a melhore.e: que não modificamos nossa.· m problema para engenheiro.s uma atitude nacional. ustrialização de uma região, aproveitáveis, a disponibilide do território aos meios de as filosóficas ou crenças que reensão exata da.s elites, a o seu patriotismo e devotaem os seus mesquinhos inteões para a criação de uma ão de instalação de máquistência de uma consciência vantagens imediatas de um nterna que, não diminuindo CONTRIBUIÇAO A CI:I!:NCIA GEOGRAFICA 16S. o primeiro, senão modificando-lhe a estrutura, irá fortificando a economia do país em bases muito mais segura.s. Isso não se faz sem um enorme esfôrço e alguns sacrifícios . O que impressiona, por exemplo, na industrialização da Inglaterra., não é só o aproveitamento inteligente dos recursos naturais dentro das possibilidades abertas pelas "grandes invenções", mas ainda a vontade coletiva da nação e de seus governantes, posta em prática para o aproveitamento dêsses recursos. Tem-se a impressão, no estudo da histól'iR econômica da Grã Bretanha, de queninguém seria capaz de cometer algum ato que retardasse sequer a expansão industrial do país. É a compreensão perfeita de que o interêsse de cada um é servido com a satisfação do interêsse geral. A política inglêsa demonstrou uma superioridade inigualável. Como obsertou Georges Bry, a Inglaterra conseguiu passar todo o século XIX sem revoluções, enquanto os outros povos se enfraqueciam em lutas intestinas: as guerras externas e a sua política internacional dominadora de então deram-lhe o domínio dos mares e a posse de matérias-primas em todos os continentes. Seria possível entre nós organizar, no momento, algum órgão semelhante ao Iron and Steel Board da Inglaterra? Sua função oficial "é promover o suprimento eficiente, econômico e adequado, de aço e ferro, dentro de condições de concorrência". Tem-se a impressão de que produzir tornou-se para os inglêses uma função pública. O interêsse gera:I nunca é esquecido, de forma que a atividade produtora corresponda, de fato, aos anseios nacionais, e seja, por isso. respeitada e auxiliada por todos. Um sentimento semelhante se nota hoje nos Estados Unidos e, de maneira geral, nos países industrializados da Europa. A idéia de responsabilidade para com o consumidor existe e é uma das belezas da função de produzir numa indústria. Meus senhores: Creio firmemente na industrialização do nosso país porque ela corresponde a uma realidade e a uma necessidade. O movimento que se operou em nossa indústria pesada o demonstra. Há ainda muito que fazer. l!:sse privilégio de poder realizar essa obra para o Brasil é nosso. .Não o deixemos para futuraa gerações. Ponhamos no trabalho nossas energias físicas, nossas inteligências e nossos corações . Foi uma grande -honra para mim desenvolver aqui, neste elevado ambiente do Itamarati, a tese que me deu a Comissão de Assistência Técnica. Apresento a todos os meus agradecimento. PRODUÇÃO MUNDIAL DE AÇO EM 1954 (Lingotes, toneladas de 1 016 quilos) 1-2 -3 -4-5-- 6 -7 -8-9 -10-- 11 -12 -13-14 -15 -16 -17 ~ 18 -19 -- Estados Unidos . ....... . ........ . . ..... . . Reino Unido .... ... .......... .... . ..... . Alemanha Ocidental ......... . ........ . . . França ... . .. .... ....... .... .. ... .. . . ... . Japão .. .... .. . .. ....................... . Bélgica .. . . . .. .. .......... . . ....... ..... . Itália ...... ........ . ................... . Canadá . ... . ..... .. . ..... . . . ..... .... .. . Luxemburgo ... .. . .. . . ............... . .. . Sarre ... .............. . ... .. . ... ... .. .. .. . Austrália ...... . .... .. . .. .. ...... ..... .. . Suécia ........ . ...... ..... ........ ... .. . . índia ...... ..... .... .... ... ..... ....... . Austria .. . .... . ..... ..... ... . . . ... ....... . Africa do Sul .... . ..... .. .............. . Brasil .................................. . Espanha ............................... . Holanda ... .............................. . Iugoslávia .............................. . 78 850 000 lingotes toneladaa , , 18 520 000 17 160 000 10 460 000 , 7 700 000 " 4 850 000 4 130 000 , , 2 850 000 , 2 780 000 " 2 760 000 , 2 130 000 ," 1810 000 " 1680 000 " ," 1630 000 " 1360 000 " 1140 000 " " 1080 000 " ," 910 000 ", 600 000 " . BOLETIM GEOGRAFICO 166 2021 22 23 - México ................................. . Chile .................................... . Finlândia .............................. . Outros países ........................... . OONTRIBUIÇAI 460 000 lingotes toneladas 320 000 170 000 " 56 240 000 .. .. Produçr Fonte: The Financial Times, 28 de fevereiro de 1955. Ano CONSUMO DE AÇO "PER CAPITA" (Kg de lingote) Média 1937/38 1953 623 319 319 316 295 248 215 203 188 87 Estados Unidos . ... ......... .................... . Reino Unido .. ... .. ...... ...................... . Suécia ........................ · · · · · · · · · · · · · · · · · · Canadá ........................................ . Alemanha' . ...... ...... ... .... . . ... .... ........ . . Austrália • ...................................... . Bélgica-Luxemburgo ... ............ . ............ . . Holanda ... ..... .... . . ......... . ................ . França • ... .... . . ............ .. ........ . ........ . Itália ......... ......... ....... ...... ....... .. .... . 290 223 245 154 272 194 161 151 131 56 Fonte: The Financial Times, 28 de fevereiro de 1955. Consumo de aço do Brasil em 1954: 37 kg de lingote/J:abitante Consumo de aço de São Paulo, Minas Gerais. estado do Rio e Distrito Federal (juntos) : 77,3 kg de lingote/habitantes. 1921 1925 1930 1935 1940 1945 1946 1947 1948 1949 1950 1951 1952' 1953 1954 ... ........ .. . .. .. .. .. . .. . .... . ......... . ...... . . .. ..... .. ... .. . . . .. ... . . . ... . .. . ..... . . .. ... . . .. . . ... .. . ................ . ............. . ........... . ......................... . .... .. .. ... . ... .... .. .... . ............ . .... .... . .... . ........ . .............. . .. .... ...... .. . ...... .. . . . ... ........ . ... . ....... . . ' ... ...... ...... . ... .. ..... . ..... . ... .. ... . .. .. . ... .. ' .. .... .... .... . .... . .. ... ' Fonte: I.B.G.E. PRODUÇAO INDUSTRIAL DO BRASIL ESPECIFICAÇÃO 1 - Cimento (ton.) .. , ...... , ..... ,. 1925 1930 1935 19t 0 1943 1953 1954 87 160 366 260 744 370 I 111 500 2 030 400 2 418 700 - - - - - - ---- - - - - - - - - - - - ········ 2 - Ferro gusa (ton.) ............... , .. .. . .. 30 000 35 300 64 080 185 600 532-400 880 000 1 090 000 3- Aço laminado (ton.) ..... .......... . ... 12 000 25 000 47 000 100 000 403 000 841 000 972 400 4 - Ouro (kg.) ..................... . ....... 2 292 4 189 a 713 4 660 3 879 3 604 6 - - - Ácido sulfúrico (ton .) ............ , .. .. , , 6 - Papel (ton.) .. ........ ............ ····· · - - lO 000 121 000 170 800 263 800 385 148 840 088 I 336 301 2 004 260 2 024 929 2 019 I 243 877 I 486 144 2 089 473 2 642 958 I 818 3 270 8 200 7 400 236 189 897 720 I 794 ll5 2 054 24G li! 900 120 000 8- Eletricidade: potênria das usinas geradoras (kW.) . . .. ········ .. . ... 9- Vidro p!anQ (I 000 m2)., .. ..... , ...... . - - lO - Pneumáticos (veículos de motor) (unidade) - - 1l - Tecidos de algodão (ton.) ..... ,,, . . . 53 600 47 600 75 300 82 200 12 - Petréleo bruto (barris) . .... , . , . , .• ... - - - - 1 3 732 180 000 92 000 Carvão (ton.) ..... .. ......... ..4. .... NOTA; - 53 200 7- 391 879 60 000 77~ 802 - (I) - 915 779 260 000 31 ~ 992 515 1945. inclui o Sarre 1937-38; • ano terminado em 30-VI; • inclui o Sarre de 1953. Obs.: As estatísticas acima Incluem como consumo local o aço exportado in-natura ou sob a forma de manufatura; trata-se, de tato, de aço proàu;::iào. Notas; 1 ~ste "Boletim"' a "Revist~ ~ Brasileira" encontram-se a do conselho Nacional de G de Janeiro, D. F. OONTRIBUIÇAO 460 000 lingotes toneladas , 320 000 , 170 000 , , 56 240 000 A . I 1953 623 319 319 316 295 248 215 203 188 87 Média 1937/38 290 223 245 154 272 194 161 151 131 56 de 1955 . 167 GEOGRAFICA BRASIL Produção e importação de aço )iro de 1955 . R CAPITA" CI~NCIA Ano 1921 1925 1930 1935 1940 1945 1946 1947 1948 1949 1950 1951 1952 1953 1954 •• ••• •• • • • • o . o ••• ••• • • o • •••••• • o •• • •• • o o o o • •••• o •• o •• •• • ••••• o • • • • •• o ••• o •••• • o • •• o o o • • •• ••• o • o. • o ••••••••• •• . •••••• o •••••• • o o • • o • o o ••• • ••• ••••••• •• •• • ••• • • ••••••••••••••• • •• • o o o •• o • • o o • • Produção (ton.) Lingotes La m inados 11100 8 000 16 600 12 000 37 700 25 000 65 000 47 000 128 000 100 000 206 000 166 000 343 000 230 000 387 000 297 000 483 000 403 000 615 000 506 000 789 000 623 000 843 000 696 000 893 000 719 000 1016 000 841 000 1171000 972 400 Importação (ton. ) Laminados 220 000 397 000 253 000 293 000 305 000 310 000 440 000 505 000 260 000 270 000 290 000 458 000 386 000 260 000 533 000 Fonte: I.B .G.E . stado do Rio e Distrito Federal 10 BRASIL ; 19• o - - - - -1943 - - - 1953 -- - 1954 !60 744 370 I 111 500 2 030 400 180 185 600 sn-4oo 880 000 1 090000 ()O 100 000 403 000 841 000 972 400 I3 4 660 3 879 3 604 3 732 - DO 60 000 - 2 4I8 700 180 000 lO I21 000 170 800 26.q 800 18 I 336 301 2 004 260 2 024 929 2 019 I 243 877 2 642 958 3I~ I 486 I44 2 089 473 1 8I8 3 270 8 200 7 400 236 189 897 720 I 794 115 2 054 21G 82 200 Il1 900 (I) ) 260 000 - 30-VI; - • 120 000 915 779 -· 992 51~ Inclui o Sarre de 1953. 1l o aço exportado in-natura ou :o. '- ' ~ l!:ste " Boletim" , a " Revista Bra sileira de Geografia" e as obras da "Bibliot eca Gcogrãfica Brasileira" encontram-se à venda nas principais livrarias do país e na Secretaria-Geral do Conselho Nacional de Geografia - Avenida Beira-Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio de Janeiro, D. F. CONTJ'tlBUIÇAO A Laterização e a Fertilidade do Solo Tropical JOSÉ SETZER Consultor técnico do C.N.O. A vegetação luxuriante dos solos virgens do clima tropical úmido dá impressão errônea de fertilidade. Na realidade o clima úmido quente põe em circulação rápida pequeno contingente de elementos químicos pelo ciclo solo-.plantasolo. Clima úmido significa que as chuvas superam largamente a evaporação. Portanto, o solo é atravessado pelas águas de cima para baixo, e estas arrastam da rocha descomposta tudo o que pode ser hidratado e lixiviado. Enquanto tais soluções, extremamente diluídas, descem no solo, as árvores, pelo seu enraizamento profundo e abundante, absorvem uma pequena parte dos elementos químicos, sendo o grosso evacuado pelo lençol de água subterrânea, também chamado o lençol freático ou o nível dinâmico. Arrasando a mata e queimando anualmente os arbustos que lhe depreciam a pastagem, o homem aumenta a lixiviação do solo. É verdade que é menor a ,quantidade d'água que se infiltra, pois muita · corre morro abaixo provocando erosão. mas a água que penetra no solo, o lava mais intensamente nor falta de raízes profundas que absorvam os elementos químicos, enquanto a terra superficial, privada de matéria orgânica, não possui a antiga capacidade de retenção d'água. O ciclo está rompido. Muito pouco volta da vegetação mesquinha para o solo, e o azôto é totalmente perdido nas queimadas, pois se dissipa na atmosfera com a fumaça. Em climas úmidos quentes, as águas do solo, ácidas e carregadas de baixíssimo teor de sais, decompõem os minerais lixiviando a sílica e os catiônios úteis (cálcio, potássio, magnésio, manganês, sódio, lítio). O solo se enriquece automàticamente em alumínio e ferro. Êsse processo dinâmico, da diminuição de sílica e aumento concomitante de ferro e alumínio, chama-se laterização. Como a sílica e a matéria orgânica são colóides eletronegativos, enquanto os sesquióxidos de ferro e alumínio são eletropositivos, fica claro que com a laterização aumenta o caráter eletropositivo do solo. Pela mesma razão a perda de matéria orgânica significa aumento da laterização. São chamados lateríticos os solos submetidos à laterização. Considera-se geralmente que os solos lateríticos são pobres, mas isso não é sempre verdadeiro, pois pode ser lenta a evolução do solo sob o processo da laterização, e esta pode ser apenas incipiente. Por ser um processo irreversível, isto é, a sílica drenada pela água subterrânea não volta e o alumínio e ferro não se redissolvem, fica clara a razão de a matéria orgânica possuir papel tão importante na produtividade do solo. É o único freio direto que podemos aplicar à laterização. Os maiores freios indiretos são o calcário moído e o adubo fosfórico. O calcário neutraliza a acidez do solo, comunica-lhe melhor estrutura física, melhora o meio químico e serve de alimento para microorganismo e plantas, dá estabilidade à matéria orgânica, regulariza a permeabilidade do solo, aumenta a sua capacidade de retenção de água e desempenha grande número de outras funções benéficas e regularizadoras, entre as quais devemos ressaltar a ação protetora contra a intoxicação de plantas e micróbios úteis promovida pelo alumínio ativo. • Da publlcaçAo Alguns Problema~ de Recuperação do Solo no Estado de Sdo Paulo Orá!lca "SAo José", Rua GalvAo Bueno, 230 - SAo Paulo, SP - Brasil - 1951. O presente artigo saiu publicado or!g!nàriamente no Digesto Econômico, vol. 6, n.• 72, pp. 141-143, novembro de 1950. Os adubos fosfóric~s, princ matéria orgânica, constlt_?em c• no sentido de alimentaçao. dos grupos eletronegativos de atom que aumenta 0 caráter eletropo, fósforo do alcance das pla;ntas. tivos perdem qualquer af1~i~ad• positivo, e são por is~o facllmE imobilizados, de mane1ra. que se as quantidades de alumm10 e 1 são enormes, constituindo 10, ~ roxas "cansadas", enquanto o f< 0,2 % (0,35% em _certas ~erras do solo em relaçao ao fosforo 0 adubo fosfórico misturado coJ zação do fósforo, por ser um b: Os ensaios de adubação ext que 0 elemento químico que_ Ct é o fósforo. .só hou':'e exceçoe~ êsse que, alias, con!1rma a re~ à abundância de hum~s- e de ~ cando as terras, condiçoes ess, lixiviação do ferro. os dados analítico~ do_s s' claramente, que a latenzaçao { é lógico pois vem concentrar solo. DÚrante a estiagem a ev~ a sunerfície bicarbonato de fE sêco -e nobre em húm~s o ~e!r.o compostos químicos sao llx1v1a Quanto mais rica em. cál. mais rápida é a sua latenzaç: também ricas em ferro !l a}u~ zl:>.ção das terras roxas e rap~o tante avançada. Solos .g~amt. corrigidos sem tanta dlflCuld. adia:ç.tada. Pobres mesl?-~ qu: restauração da sua fert1lldade alqueire, como é o c~so. ~as calcário, pois são mals acldasJ muito cansadas . Em compens~ bos potássicos, enquanto as gr A laterização é o enve~e completa, quando tôd~ a s.lllc Tôdas as transformaçoes, _as ' já se deram. A ma;mtençao ~ a erosão e as colheitas se~ u. cimento mais rápido posslvel ser comparada a uma doe?ça, nados mediante certos cUldad remédio, tomado com regular cada solo se acha afetado . < nem dispendiosos que os que dos países densamente povo podem agravar a doença, tal A fotografia é um excelente fotografado. Envie ao Cons• possuir, devidamente legenda OONTJ;tlBUIÇAO e do Solo Tropical JOSÉ SETZER Consultor técnico do C.N.O. clima tropical úmido dá impresúmido quente põe em circulaIuímicos pelo ciclo solo--plantamperam largamente a evapoas de cima para baixo, e estas ser hidratado e lixiviado. En!Scem no solo, as árvores, pelo rvem uma pequena parte dos !lo lençol de água subterrâne~, .nâmico. os arbustos que lhe depreciam mlo. É verdade que é menor a :orre morro abaixo provocando t mais intensamente uor falta >s químicos, enquanto a terra >Ossui a antiga capacidade de 1ouco volta da vegetação mesnas queimadas, pois se dissipa L ácidas e carregadas de baixístdo a sílica e os catiônios úteis . O solo se enriquece automàtâmico. da diminuição de sílica hama-se laterização. Como a tivos, enquanto os sesquióxidos tue com a laterização aumenta o a perda de matéria orgânica •s à laterização. Considera-se· isso não é sempre verdadeiro, ocesso da Iaterização, e esta o irreversível, isto é, a sílica nio e ferro não se redissolvem, apel tão importante na produmos aplicar à laterização. Os adubo fosfórico. O calcário estrutura física, melhora o mo e plantas, dá estabilidade o solo, aumenta a sua capae número de outras funções os ressaltar a ação protetora 1romovida pelo alumínio ativo. Solo no Estado de Sdo Paulo - Brasll - 1951. igesto Econ6mico, vol . 6, n .• 72, A CltNCIA GEOORAFIOA 169 Os adubos fosfóricos, principalmente quando aplicados de mistura com matéria orgânica, constituem correção da maior deficiência do solo Jaterítico no sentido de alimentação dos vegetais . Os fosfatos, sendo aniônios , i§SO é, grupos eletronegativos de átomos, são fixados em forma insolúvel à medida que aumenta o caráter eletropositivo do solo. Portanto, a laterização subtrai o fósforo do alcance das plantas. Ao contrário dos catiônios que sendo eletropositivos perdem qualquer afinidade com o solo laterizado, que é também eletropositivo, e são por isso fàcilmente lixiviados, os aniônios são presos, fixados, imobilizados, de maneira que se tornam inacessíveis para as plantas . Visto que as quantidades de alumínio e ferro que tornam eletropositivo o solo laterítico são enormes, constituindo 10, 20, 50 e mesmo 80 % do solo, como nas terras roxas "cansadas", enquanto o fósforo total não passa de 0,02 ou, quando muito, 0,2% (0,35% em certas terras roxas), fica claro que o poder insolubilizante do solo em relação ao fósforo é invencível. Daí a necessidade de introduzir o adubo fosfórico misturado com matéria orgânica, a qual impede a insolubilização do fósforo, por ser um baluarte eletronegativo contra a laterização. Os ensaios de adubação executados na faixa tropical do mundo mestraram que o elemento químico que costuma trazer os maiores aumentos de colheita é o fósforo . Só houve exceções no caso de terras pretas de baixada, resultado êsse que, aliás, confirma a regra, pois tais solos nunca são lateríticos, devido à abundância de hún:.us e de água excessivamente ácida, muitas vêzes encharcando as terras, condições essas propícias à conservação da sílica e mesmo à lixiviação do ferro. Os dados analíticos dos solos lateríticos parecem indicar, cada vez mais claramente, que a laterização é apressada pela existência de estação sêca. Isso é lógico, pois vem concentrar o sesquióxido de ferro na parte superficial do solo. Durante a estiagem a evaporação sobrepuja as chuvas, fazendo subir para a superfície bicarbonato de ferro junto com os outros sais solúveis. No solo sêco e pobre em húmus o ferro passa a sesquióxido insolúvel, enquanto os demais compostos químicos são lixiviados na próxima esta_ção chuvosa. Quanto mais rica em cálcio é a rocha, mais rico é o solo virgem, mas mais rápida é a sua laterização, pois acontece que rochas ricas em cálcio são também ricas em ferro e alumínio, e pobres em sílica. É por isso que a lateriz::..ção das terras roxas é rápida e apresenta caráter muito grave, quando bastante avançada. Solos graníticos laterizam-se mais lentamente e podem ser corrigidos sem tanta dificuldade, mesmo em condições de laterização muito adiantada. Pobres mesmo quando virgens não podem empobrecer muito, e a restauração da sua fertilidade não exige centenas de toneladas de estêrco por alqueire, como é o caso das terras roxas cansadas. Mas exigem ainda mais calcário, pois são mais ácidas, quando virgens, do que as -terras roxas quando muito cansadas. Em compensação, as terras roxas cansadas necessitam de adubos potássicos, enquanto as graníticas nunca mostraram tal necesidade. A laterização é o envelhecimento do solo tropical. Laterito é a senilidade completa, quando tôda a sílica já foi lixiviada. É mais rocha friável que solo. Tôdas as transformações, às quais está sujeito o solo de clima úmido quente, já se deram. A manutenção do solo no estado de campo anualmente queimado, a erosão e as colheitas sem uso de corretivos nem adubos, promovem o envelhecimento mais rápido possível dos solos lateríticos. Vê-se que a laterização pode ser comparada a uma doença, cujos efeitos podem ser atenuados e mesmo eliminados mediante certos cuidados, vida sadia, alimento nutritivo, repouso e algum remédio, tomado com regularidade. Por isso devemos conhecer o grau em que cada solo se acha afetado . Os cuidados e remédios não são mais trabalhosos nem dispendiosos que os que são comumente aplicados a solos não lateríticos dos países densamente povoados. Mas mau diagnóstico e r emédios errados podem agravar a doença, tal como acontece eni. medicina . A fotografia é um excelente documento geogr.Ulco, desde que se saiba exatamente o local ~ fotografado. Envie ao Conselho Nacional de Geografia as fotografias panorâmicas que possuir, devidamente legendadas. CONTRI Contribuição ao Ensino Ao entrarmos no século XI habitantes, o Brasil aparentava econômica, principalme~te a fal1 tráfico de escravos hav1a cessad Não possuía indústrias, que Ciclos Econômicos do Brasil .... .c.. Continuação> IV - O CICLO DO CAFÉ ANTÔNIO JOSÉ DE MATOS MUSSO Da. Divisão Cultural do C.N.G. Antes de focalizarmos o estudo do ciclo do café, iremos fazer um ligeiro retrospecto da situação econômica do Brasil, ao entrar no século XIX, a fim <!e melhor compreendermos a função dos ciclos anteriores e a do novo ciclo o ciclo do café - no desenvolvimento econômico do país. . Os três primeiros séculos de exploração econômica, deram um grande lucro .à metrópole, sem nos proporcionar "uma oportunidade de desenvolver livre e racionalmente as nossas riquezas". Isso se explica, porque, a Coroa nos considerava uma colônia de exploração e por tal fato, "durante êsse tempo aqui exerceu uma economia destrutiva, que impediu a formação de bases estáveis"! Vimos o apogeu do pau-brasil, do açúcar, do tabaco, do couro, das minas, que se sucederam ràpidamente, mudando em cada ciclo, as bases econômicas em que se apoiavam a colônia e a metrópole; não houve, pois, uma linha contínua de desenvolvimento de cada um dos produtos mais representativos e a desejada estabilidade e desenvolvimento econômico até os dias atuais; tudo passou deixando apenas, grandes vestígios de sua trajetória; aqui e acolá, restam focos estáveis como em Pernambuco, no Recôncavo baiano, em Campos, onde até hoje se cultiva a cana, e a estabilidade econômica proporciona lucros compensadores, mas são casos isolados diante da exuressão de cada ciclo econômico . De todos <JS produtos, foi o café aquêle que mais contribuiu para a estabilidade econômica da nação, e até hoje, é o nosso produto-chave na balança do comércio internacional. O século XVIII, em que as minas deram tanto lucro à Coroa, foi a decadência da agricultura, melhorando a partir do final do século, para atingir de início novamente as zonas antigas, dando-lhes novo brilho, apesar das flutuações que se fizeram sentir. :t!:ste surto passageiro de nossa economia, está intimamente ligado ao crescimento da população, às exigências de produtos nos mercados externos e à Revolução Industrial; os produtos se valorizaram e novamente Lisboa, em fins do século XVIII, tornou-se o empório do comércio colonial, enquanto os outros países sofriam comoções políticas. O algodão salienta-se como produto de exportação, mercê dos progressos técnicos do século XVIII, e da procura imensa para as grandes fábricas da Inglaterra. O algodão americano, tirou-lhe a importância no comêço do século XIX. O açúcar, a pecuária e outros produtos, distinguem-se para em pouco tempo, novamente entrarem em colapso; o sistema agrícola brasileiro (queimadas), muito teria influído para tal conjuntura e principalmente a concorrência de produtos similares no exterior. . , Vemos então o deslocamento do centro econômico do Norte para o Sul, com a predominância definitiva do Sul, a partir de meados do século XIX, com a cultura do café . · NOTA - Súmula de notas de aulas miniatradas no Curso de Férias para Aperfeiçoamento dp Professôres Secundãrios, realizado nos meses de janeiro e fevereiro de 1954. 1 Braztl - 1952, p. 14. A-A Foi nessa contingência, que pelas tropas. de ~apoleã~, .!?as' tomaria a d1anteua da ClVlllzaç. Logo ao chegar em 1808, insp _ visconde de Cairu - tomou ur à c-olônia, pois, falta~a-lhe, _a < século e a nova situaçao polltlca inspiradas medidas de ord~m l vieram trazer um grande 1mp~ unido a Portugal e Algarves ( 1· ·A importância das me~idas às nações amigas, 1808 c~m~o o oaís até esta data; a .mdust mãis tarde filiais pelo remo, cr notáveis providências. Em ·1810, Portugal assina Inglaterra; 2 as vantagens f<;>ran e marinha mercante, a~summ.dc do-nos a importar mmto ~als . podiam enviar ela os receb1a. ~ Quanto aos países colomal irrigada pelo ouro do Brasil e produtos das zonas tem~erada de nossa balança comercial, qu tão promissor. Até 1832 prolonga-se es!a I no cenário de nossa produçao próspero e rico. 1 Parte de 1832, quando .c?m em 1880 o seu apogeu, contl~l Tem como comércio ancllE Após 0 ligeiro exame qu~ brasileira, ao entrarmos no, se sua trajetória em nosso pals, em pouco tempo desempenhou 2 o café originário da Abi ou Kaffa (nome de uma prm pelos árabes, para o Iemen 1 onde lhe deriva o nome de Coj Para conservar o seu mon tação da planta, S?l;> pena de n torrados ou estenllzados. No século XVI é que o se muçulmanos do Mediterrânea • 1l:ste tratado aniquilou deJ?-tre após a revogação em 1808 do celebr Brasil (Simonsen) · CONTRIBUIÇAO AO ENSINO do Brasil 171 Ao entrarmos no século XIX com a população de mais de 3 000 000 de habitantes, o Brasil aparentava marcantes deficiências no quadro de sua vida econômica, principalmente a falta de transportes e braços para a lavoura. (0 tráfico de escravos havia cessado em 1850). Não possuía indústrias, que haviam sido proibidas (1785) . ' A - CAFÉ ANTÔNIO JOSÉ DE MATOS Mussa Da Divisão CUltural do C .N .G . o café, iremos fazer um ligeiro .o entrar no século XIX, a fim anteriores e a do novo ciclo ico do país . !lômica, deram um grande lucro ~unidade de desenvolver livre e rava uma colônia de exploração uma economia destrutiva, que !1 lo tabaco, do couro, das minas, ada ciclo, as bases econômicas houve, pois, uma linha contínua :~ois representativos e a desejada 3 dias atuais; tudo passou dei:ia; aqui e acolá, restam focos ano, em Campos, onde até hoje 1p orciona lucros compensadores, :ada ciclo econômico. De todos 1 para a estabilidade econômica balança do comércio interna- ato lucro à Coroa, foi a decainal do século para atingir de vo brilho, apesar das flutuações intimamente ligado ao crescimercados externos e à Revonovamente Lisboa, em fins do colonial, enquanto os outros S ortação, mercê dos progressos para as grandes fábricas da a no comêço do século XIX. em-se para em pouco tempo, ícola brasileiro (queimadas), ipalmente a concorrência de nico do Norte para o 'Sul, com leados do século XIX, com a so de Férias para Aperfeiçoamento fevereiro de 1954. A VINDA DE D. JOÃO VI: Foi nessa contingência, que em 1808 aqui chegou D. Joã'o VI, ameaçado pelas tropas de Napoleão, mas escudado pela Inglaterra, a grande nação que tomaria a dianteira da civilização no século XIX. Logo ao chegar em 1808, inspirado pela visão de Francisco de Almeida Lisboa - visconde de Cairu - tomou uma série de medidas, que vieram dar organização à c-olônia, pois, faltava-lhe a coordenação necessária para enfrentar o novo século e a nova situação política trazida pela vinda da família real. Esta série de inspiradas medidas de ordem econômica, política, social, cultural e religiosa vieram trazer um grande impulso ao progresso da colônia, mais tarde reino unido a Portugal e Algarves (1815). ·A importância das medidas tomadas, tem início com a abertura dos portos às nações amigas, 1808 caindo o monopólio da Coroa a que estêve amarrado· o país até esta data; a indústria foi libertada, criou-se o Banco do Brasil e mais tarde filiais pelo reino, cria-se a siderurgia em Ipanema e muitas outras notá veis providências. Em 1810, Portugal assina um tratado de comércio e navegação com a Inglaterra; • as vantagens foram desiguais, porque a Inglate.na possuía capitais e marinha mercante, assumindo a liderança do comércio com o Brasil, obrigando-nos a importar muito mais do que exportar, visto que, os produtos que lhe podiam enviar ela os recebia de suas colônias. Quanto aos países coloniais, com indústrias em ascensão e a circulação irrigada pelo ouro do Brasil e das colônias espanholas, só se interessavam por produtos das zonas temperadas; decorre dêsses fatôres o deficit permanente de nossa balança comercial, que teve com a vinda de D. João VI um comêÇ() tão promissor. Até 1832 prolonga-se esta situação, quando o café entraria definitivamente no cenário de nossa produção e finalmente em 1850 tornaria o Brasil um país próspero e rico. 1 - O ciclo do café: Parte de 1832, quando .começa a sua ascensão, firma-se em 1850, atingindo em 1880 o seu apogeu, continuando até os dias atuais. Tem como comércio ancilar a borracha (1860 a 1910) . Após o ligeiro exame que fizemos com relação à situação da economia brasileira, ao entrarmos no século XIX, vamos examinar o roteiro do café, a sua trajetória em nosso país, a fim de podermos sentir o papel decisivo que em pouco tempo desempenhou e até hoje sustenta em nossa balança comercial. 2 - O roteiro do cat : O café originário da Abissínia (Africa Oriental), onde se chamou Coffa ou Kaffa (nome de uma província meridional da Abissínia), foi transportado pelos árabes, para o Iemen (Arábia FeliZ), no século XV, at cultivado, e de onde lhe deriva o nome de Cotfea Ara bica, Linneu. Para conservar o seu monopólio, os príncipes árabes interditaram -a exportação da planta, sob pena de morte; como segurança vendiam os grãos, em parte torrados ou esterilizados. No século XVI é que o seu cultivo atinge a índia, Pérsia, Turquia e países muçulmanos do Medit~rrâneo. • 'l!:ste tratado aniquilou dentre outros, o surto manutaturelro que se la verificando no pais, após a revoga ção em 1808 do célebre alva rá de D. Maria I (1785) que proibia as Indústrias no Brasil (Simonsen). 172 CONTR B O LET ·IM GE O GRAFIC O Em pouco tempo, era a bebida predileta dos árabes. principalmente após a _proibição muçulmana do vinho e outras bebidas fermentadas. Em várias cidades da Arábia e da Pérsia, o café era distribuído nas casas públicas, onde em verdadeiras assembléias discutiam os homens, ciência, re~ião e política • ouvindo música e admirando as contorções coreográficas das almés". Por vêzes os ânimos se exaltavam e o "café" provocava tumulto e algazarra. Os muftis queixavam-se de que as mesquitas estavam ficando vazias, porque os crentes preferiam os cafés (conhecidos por escolas de sábios) . As peregrinações a Meca, pelos muçulmanos, foram o maior propagador do uso do café entre os crentes . Tornou-se conhecida na Europa em fins do século XVI. Os holandeses conseguiram transportar, em 1616, sementl}s de Mooca para <>s Países Baixos levando-o para Java . Mais tarde, foram levadas sementes para o Jardim Botânico de Amsterdam. Em 1713 os magistrados desta cidade e grande pôrto, ofereceram um pé de café a Luís XIV. Esta muda, foi enviada ao Jardim de Plantas de Paris, onde ficaria sob os cuidados do eminente botânic<> Antônio de Jussieu .• Dêste cafeeiro sairia a muda que Declieu oficial da marinha francesa levou para as Antilhas (Martinica) . A travessia foi longa e penosa, tendo Declieu repartido a sua ração de água com o pequeno cafeeiro, no qual êle depositava tôda a esperança, e salvou-o. Da Martinica se defundiu por São Domingos, Guadalupe e outras ilhas. Os holandeses levaram em 1718 para a Guiana Holandesa (Surifia) ; desta passou à Guiana Francesa. 3 - O café no Brasil : A 27 de maio de 1727, o sargento-mor português Francisco de Melo Palhêta designado para tomar parte na delimitação da fronteira com as Guianas, trazia de Caiena para o Pará as sementes da famosa rubiácea, mercê de uma galantaria da espôsa do governador de Caiena. Em 1760 o desembargador João Alberto Castelo Branco, mandava buscar sementes do cafeeiro no Maranhão, plantando-as no seu quintal na ladeira do morro de Santo Antônio, próximo à antiga Imprensa Nacional já demolida; outra muda, foi plantada nos terrenos do convento dos Carmelitas de Santa Teresa e duas outras, na horta do convent o dos "Barbadinhos", onde hoje se acha o quartel da polícia, na atual rua Evaristo da Veiga . As mudas dos Capuchinhos cresceram e produziram as sementes que foram dadas ao holandês João Hoppman, que as plantou em sua chácara de Mata Porcos, situada na atual rua de São Cristóvão, no Estácio, desenvolvendo-se para o lado de Rio Comprido, Gávea, Tijuca, Jacarepaguá, Campo Grande, cobrindo-se de cafezais. Foi nos arredores da cidade do Rio de Janeiro que teve início uma lavoura mais intensiva do cafeeiro. / 4 - O café propaga-se pela província do Rio de Janeiro: O bispo D. José ·Joaquim Justiniano de Marcarenhas Castelo Branco, cultivou o cafeeiro na fazenda do Capão em Inhaúma. fornecendo mudas ao padre Antônio Couto da Fonseca, dono de um sítio no Medanha, em Campo Grande e outras, ao padre João Lopes, dono de terras no município de são Gonçalo . Ao senhor bispo deve-se pois, a propagação do cafeeiro em parte do Estado do Rio. É provável que tenham saído da fazenda do padre Couto da Fonseca, as mudas para Resende, centro de irradiação do café, pelo vale do Paraíba, • Basíl1o de Ma galhães - O Café. p . 132 . . Kahweh, slgnlfica "vinho" no velho árabe llterário, Informa-nos BasUlo de Magalhães. • Taunay, Afonso de E . - Subsiàios para a História ào Caté no BrasiL Colonial - 1935, p. 121. de Zona· da Mata em ~.inas G1 Bahia. o vale do Para~ba torn !ação; em meados do seculo XI sileira. • Outros núcleos importantes 1 Vassouras, São João Marcos e Ar 5-( De Resende passaria a Sã1 por Areias Bananal, Barreiro e ' Rio Claro: O café se expande Prêto, o centro, o planalto ocic norte do Paraná. o surto cafeeiro de São Pa palmente no oeste paulista, o~ decomposição de diques e lenço bases e dioritos; êstes solos ofe propiciaram a expansão da "on 6-0 A. cultura do cafeeiro. virif;l as províncias do Rio e parte d1 Justamente nessa época, I; tínhamos a pagar dívidas _ex~ mais, em função dos emprestl1 sempre com desvantagens par! A onda verde continua e e o mineiro . 7 - A contribuiç1 A província do Rio de Jai a sua maior fonte de produç 1830 a lavoura cafeeira flumi; do Rio de Janeiro 400 000 saca em 1860 muito além de 2 000 diante na grande província fl o pôrto do Rio de Janeiro, o Mas São Paulo e sul de sua produção viriam garantir nossa vida econômica, cujo de importante fenômeno econômi substituir a província do Rio partindo de Campinas se esp1 A partir de 1890, com a f~ Santos cinco milhões e meio A colheita de 1890-1891 f auxiliado pelas vias de com1 produção de São Pa~lo, ~end bandeirante, que se urad1a p: 8 - Marcha sua in/ Para melhor conheciment influência na vida brasileira subciclos, segundo Monteiro : • Prado Jr. Calo - História ào 6 BraziZ - 1942, p. 14 • • Silva, Moacir: Geografia àos CONTRIBUIÇAO AO ENSINO los árabes. principalmente após a as fermentadas. o café era distribuído nas casas utiam os homens, ciência, rel!gião .torções coreográficas das almés". §" provocava tumulto e algazarra. estavam ficando vazias, porque r escolas de sábios) . e>s, foram o maior propagador do do século XVI. n 1616, sementes de Mooca para 1 Jardim Botânico de Amsterdam. mde pôrto, ofereceram um pé de .tas de Paris, onde ficaria sob os Issieu . • ficial da marinha francesa levou ~clieu repartido a sua ração de depositava tôda a esperança, e 1gos, Guadalupe e outras ilhas. liana Holandesa (Surifia) ; desta 173 de Zona· da Mata em Minas Gerais, dos chapadões paulistas, Espírito Santo e Bahia. O vale do Paraíba tornou-se o grande centro de lavouras e de população; em meados do século XIX reúne-se aí a maior parcela da riqueza brasileira. • Outros núcleos importantes do Estado do Rio no fim do século XVIII, foram: Vassouras, São João Marcos e Angra dos Reis, na época o segundo pôrto cafeeiro: 5 - O café em São Paulo: De Resende passaria a São Paulo, entrando no princípio do século XIX por Areias, Bananal, Barreiro e de 1817 em diante em Campinas, Limeira, Araras, Rio Claro. O café se expande para o norte de São Paulo, atingindo Ribeirão Prêto, o centro, o planalto ocidental · ruma a Mato Grosso e posteriormente o norte do Paraná . O surto cafeeiro de São Paulo, foi verdadeiramente extraordinário, principalmente no oeste paulista, onde se encontram as terras roxas, produto da decomposição de diques e lençóis de rochas eruptivas: basaltos, basaltitos, diabases e dioritos; êstes solos oferecendo ótimas condições geográficas de cultura, IJropiciaram a expansão da "onda verde" por todo o Estado de São Paulo. 6 - O início do ciclo do café: A cultura do cafeeiro. viria ter a rápida ascensão a partlr de 1832 quando as províncias do Rio e parte de São Paulo, começaram a sua grande produção. Justamente nessa época, não possuíamos saldos para o comércio externo, tínhamos a pagar dívidas externas, que devido aos juros cresciam cada vez mais, em função dos empréstimos externos que foram feitos a partir de 1824, sempre com desvantagens para nós. • em 1850 firma-se ao galgar o planalto paulista A onda verde continua e o mineiro. e ·asil: lguês Francisco de Melo Palhêta fronteira com as Guianas, trazia rubiácea, mercê de uma galan- astelo Branco, mandava buscar o-as no seu quintal na ladeira mprensa Nacional já demolida; vento dos Carmelitas de Santa os "Barbadinhos", onde hoje se o da Veiga . duziram as sementes que foram mtou em sua chácara de Mata o Estácio, desenvolvendo-se para guá, Campo Grande, cobrindo-se de Janeiro que teve início uma do Rio de Janeiro: carenhas Castelo Branco, cultia. fornecendo mudas ao padre Medanha, em Campo Grande no município de S.ão Gonçalo. do cafeeiro em parte do Estado a do padre Couto da Fonseca, do café, pelo vale do Paraíba, !arma-nos Basnto de Magalhães: Café no Brasil Col onial - 1935, p. 121. 7 - A contribuição da província do Rio de Janeiro: A província do Rio de Janeiro contribuiu para o brilho do Império, sendo a sua maior fonte de produção cafeeira nos meados do século passado . Em 1830 a lavoura cafeeira fluminense no vale do Paraíba, exportava pelo pôrto do Rio de Janeiro 400 000 sacas de café anualmente, em 1840 mais de 1 000 000, em 1860 muito além de 2 000 000, em 1880 vai a 4 500 000, decaindo daí por diante na grande província fluminense, o grande celeiro do Império, que fêz o pôrto do Rio de Janeiro, o maior escoadouro dêste produto . Mas, São Paulo e sul de Minas Gerais, aumentando progressivamente a sua produção viriam garantir a segunda e brilhante fase do café, esteio da nossa vida econômica, cujo desenv.olvimento teria sido para Ferrari: 7 "o mais importante fenômeno econômico do século XIX", São Paulo em especial, virá substituir a província do Rio de Janeiro, tomando a dianteira da produção que partindo de Campinas se espalharia para oeste. A partir de 1890, com a fase nova do planalto paulista, saem pelo pôrto de Santos cinco milhões e meio de sacas . . A colheita de 1890-1891 fêz de Santos o maior pôrto exportador do café, auxiliado pelas vias de comunicação por onde começa a circular a imensa produção de São Paulo, tendo início o grande surto de progresso da capital bandeirante, que se irradia para o interior. 8 - Marcha evolutiva da lavoura cafeeira e sua influência na vida brasileira: Para melhor conhecimento da marcha evolutiva da lavoura cafeeira e sua influência na vida brasileira. dividiremos o assunto em dois períodos e dois subciclos, segundo Monteiro Lo bato. • Prado Jr. Calo - História do Brasil, p. 162 . 6 Brazil - 1942, p, 14 • • Sllva, Moacir : Geografia àos Transportes no Brasil - I.B.G.E. ( CONTRJ 174 BOLETIM GEOGRAFICO A - O café escravagista ou do Império, com um subciclo fluminense B - O café capitalista ou o da República, com um subciclo paulista. A- O primeiro teve como cenário principal a bacia do Paraíba desenvolvendo-se e invadindo a província do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo , O pôrto de exportação é o da cidade do Rio de Janeiro, em cujo progresso influiu notàvelmente . B - O segundo subciclo paulista desenvolveu-se rumo ao oeste bandeirante alcançando o vale do Paranapanema e Norte do Paraná 8 tendo o pôrto de Santos como grande escoadouro do oeste bandeirante, trazendo o grande surto de progresso às cidades de São Paulo e Santos. Vejamos mais detidamente como se nos apresenta o primeiro período com o seu subciclo , 9 - Período Imperial: Após invadir tôda a parte suburbana e rural do Distrito Federal, galga o vale do Paraíba invadindo as províncias do Rio, São Paulo e Minas (Sul). É o mesmo fenômeno que se passou com a civilização agrária da cana-deaçúcar, se repetiria no sul com a cafeicultura. · Sob o ponto de vista de organização, a lavoura do café era explorada em larga escala, tipo plantation, tendo como fundamento a monocultura e a grande propriedade, onde o braço era escravo, não sendo pois, acessível ao proprietário de modestas posses. Os fazendeiros iriam constituir uma nobreza rural - os barões do café, semelhante à do açúcar, residindo em grandes e confortáveis "solares" que resumiam um organismo social, com intensa atividade. (Arinos, p. 82). Por vêzes o interior, apresentava-se montado com requintado luxo . Em tôrno dêle a família a parentela e t>s agregados. Próximos ao edifício, muitas vêzes em continuação à casa, as senzalas, onde moravam os escravos. Em frente ou nos fundos, os grandes terreiros de café. As máquinas de tratamento do café, os depósitos, as acomodações para o pequeno gado da fazenda. Não faltava a pequena capela, que muita vez deu origem à igreja local, ou quando as terras ficavam cansadas, o fazendeiro as loteava, construía uma igreja, e em tôrno dela surgia a povoação, o distrito, a vila, a cidade. Assim surgiram muitas cidades, cujo elemento de fixação se acha ligado a antigas fazendas de café. As fazendas constituíam pequenas vilas e tal como aconteceu nos engenhos de açúcar, muitos fazendeiros gabavam-se de só terem de adquirir fora das suas terras o sal. Começa então o fastígio das zonas cafeeiras onde se constroem beta:s residências. O fazendeiro possui uma outra casa na cidade onde reside. Por vêzes manda vir arquitetos da Itália para construí-la em fino mármore . As cidades enchem -se de belas residências. No comêço do século XIX o fazendeiro era o único elemento de poder político. "A terra era a única fonte de riqueza". Para Normano• "o fazendeiro é o verdadeiro autor da independência brasileira, da unificação do país, da sua constituição e organização". 10 - A abertura das primeiras grandes estradas : Como conseqüência da necessidade de transportar o café, abriram-se as primeiras estradas de rodagem e posteriormente as estradas de ferro . Quando estudamos o ciclo da mineração, vimos que as minas contribuíram para a construção dos primeiros caminhos. Nesta época duas vias principais traziam ao Rio: o Caminho Velho dos Guaianases e o Caminho Novo, franqueado por Garcia Rodrigues Pais, filho do eaçador de esmeraldas e termin Esta última serviu de escoa' de Janeiro, datando daí a gran pôrto da Guanabara. Com o advento do café, abr1 gem devendo-se êste progresso ~ dado com o título de barão de 11 - Vejamos em sínJ proporciona A Estrada de Ferro Mauá f< sido inaugurada em 1854. Ligava o pôrto de Mauá ( ehegando em 1856 à Raiz da Se atingindo o Caminho Novo. A estrada de rodagem Uniã Foi a "pioneira das estrad Rodrigues. Mariano Procópio obteve u Em 1856 ligava Petrópolis Minas num percurso de 144 q~; de Sousa . c. A estrada de ferro D. Ped: Foi contratada em 1855 e Belém em 1858, em 1864 a Barr: o trecho Rio-São Paulo foi A São Paulo Railway: Mais uma vez devemos ao g com a colaboração de dois emin conselheiro José Antônio Pimei A estrada ligava Santos à metros e esta aos distritos m terminal Jundiaí e inauguranc Estas estradas vieram tra; Rio e São Paulo, facilitando-Ih nos mercados e aumento da e: 12- O a o progresso e a riqueza de nossa economia. o Rio de Janeiro torna-se sofrendo notáveis melhoramen1 Cresce a população, fundal se templos. Aperfeiçoam-se os transpm e n o desprêzo da economia efervescência intelectual e de Luzem os salões da Côrte gradis de ferro, que ainda p< de J aneiro. Depois de 1860, a comercial. 13- o Mas após um período de do Paraíba começavam a dar 8 No Paraná foi introduzido cêrca de 1860, por iniciativa de paullstas sendo Ribeirão Claro um dos pcimeiros munic!pios onde se desenvolveu a lavoura do café. (D .N . C. - A cultura ao <:a/é no Brasil). • Normano, J. F. - Evolução econômica ao Brasil, pp. 94-97. w Azevedo, Fernando - A Cult· CONTRIBUIÇAO AO ENSINO FICO com um subciclo fluminense ~. com um subciclo paulista. >al a bacia do Paraíba desenvolRio de Janeiro, Minas Gerais e o da cidade do Rio de Janeiro, nte. 1 veu-se rumo ao oeste bandeinema e Norte do Paraná • tendo iouro do oeste bandeirante, tracidades de São Paulo e Santos. 1resenta o primeiro período com ial: ral do Distrito Federal, galga o >, São Paulo e Minas (Sul) . civilização agrária da can.a-de- lavoura do café era explorada fundamento a monocultura e a 1, não sendo pois, acessível ao rural - os barões do café, e confortáveis "solares" que atividade. (Arinos, p. 82). Por requintado luxo. ,gregados . Próximos ao edifício, as, onde moravam os escravos. üros de café. As máquinas de ções para o pequeno gado da eaçador de esmeraldas e terminado em 1711, por Bernardo Soares de Proença. Esta última serviu de escoadouro das minas em demanda do pôrto do Rio de Janeiro, datando daí a grande importância e o extraordinário progresso do pôrto da Guanabara. Com o advento do café, abrem-se as primeiras estradas de ferro e de rodagem devendo-se êste progresso a Irineu Evangelista de Sousa, mais tarde agradado com o título de barão de Mauá. 11 - A estrada de rodagem União e Indústria: Foi a "pioneira das estradas de rodagem brasileiras" no dizer de Filúvio C. Rodrigues. Mariano Procópio obteve uma concessão para construí-la. Em 1856 ligava Petrópolis a Juiz de Fora, centro cafeeiro das zonas de Minas num percurso de 144 quilômetros, tal como projetou Irineu Evangelista de Sousa. :t as loteava, construía uma igrea vila, a cidade. Assim surgiram cha ligado a antigas fazendas l como aconteceu nos engenhos só terem de adquirir fora das onde se constroem be!ru; resicidade onde reside. Por vêzes em fino mármore. As cidades a o único elemento de poder Para Normano " "o fazendeiro da unificação do país, da sua andes estradas: sportar o café, abriram-se as as estradas de ferro. ws que as minas contribuíram Vejamos em síntese as quatro principais estradas que proporcionam as atividades cafeeiras: A Estrada de Ferro Mauá foi a primeira via férrea que teve o Brasil, tendo sido inaugurada em 1854 . ... Ligava o pôrto de Mauá (no fundo da. baía de Guanabara) ao Fragoso, ehegando em 1856 à Raiz da Serra de Petrópolis, num total de 14,5 quilômetros, atingindo o Caminho Novo. A estrada de ferro D. Pedro 11: !S :z deu origem à igreja local, ou Foi contratada em 1855 e logo executada, chegando a ponta de trilhos a Belém em 1858, em 1864 a Barra do Piraí, em 1875 a Juiz de Fora. O trecho Rio-São Paulo foi inaugurado em 1877. A São Paulo Railway: Mais uma vez devemos ao grande barão de Mauá, a construção desta estrada, com a colaboração de dois eminentes brasileiros: o marquês de Monte Alegre e o conselheiro José Antônio Pimenta Bueno. A estrada ligava Santos à capital bandeirante, num percurso de 80 quilômetros e esta aos distritos mais produtivos de São Paulo, tendo como ponto terminal Jundiaí e inaugurando-se em 1867. Estas estradas vieram trazer um enorme progresso às zonas cafeeira.s do Rio e São Paulo, facilitando-lhes o rápido escoamento das safras, e a colocação aos mercados e aumento da exportação. 12 - 13 - o O declínià do café imperial: Mas após um período de opulência, por volta de 1880 as terras da bacia do Paraíba começavam a dar mostras de esgotamento, pelo condenável sistema 10 94-97 O apogeu do período imperial: O progresso e a riqueza tornaram o segundo Império a idade de ouro de nossà economia. O Rio de Janeiro torna-se uma grande cidade e o principal pôrto do café, sofrendo notáveis melhoramentos urbanos, inclusive a iluminação a gás (Mauá) . Cresce a população, fundam-se escolas e instituições científicas, constroemse templos . Aperfeiçoam-se os transportes "e no prazer dos gastos, na emulação do luxo, e no desprêzo da economia coletiva, inaugura-se um dos período de maior efervescência intelectual e de mais brilhante cultura, em nossa civilização".'0 Luzem os salões da Côrte e constroem-se grandes palacetes, com enormes gradis de ferro, que ainda podem ser vistos, pelos bairros da cidade do Rio de Janeiro . Depois de 1860, apareceram os primeiros saldos da nossa balança comercial. o Rio: o Caminho Velho dos -areia Rodrigues Pais, filho do a de paullstas sendo Ribeirão Claro do café. (D.N.C. - A cultura do 175 Azevedo, Fernando - A Cultura Brasileira, p . 52. BOLETIM GEOGRAFICO 176 agrícola de cultura, além do mais, em 1888 dava-~e a abolição da escravatura su:>tentáculo da lavoura do café, e finalmente em 1889 caia o trono . Passara a época· do esplendor fluminense encerrando-se o ciclo do café imperial - "O Império de fato foi o café" . 14 - O segundo ciclo do café capitalista ou da República pertence ao subciclo paulista: Desde 1880, quando a seguir começa a decair a produção fluminense; surgem as grandes plantações do oeste paulista rumando para o Paranapanema e espalhando-se pelo norte do Paraná. Funda-se êste segundo ciclo, numa base econômica e técnica, aliada ao trabalho do colono estrangeiro livre e assalariado . u O aparelhamento técnico se aperfeiçoa, o trato da terra, passa a ser mais racional, pelo uso de adubos abandonando-se o sistema antigo de lavoura, que tanto prejuízo causou e ainda hoje vem causando às nossas matas, e aos solos comburidos pelo bárbaro sistema das queimadas. O café republicano tem em Santos o seu maior pôrto de exportação . Dêle saíram 14 milhões de sacos em 1909, enquanto o Rio de Janeiro não passava de 3 milhões. As fazendas possuem extenSÕftS de terras cada vez maiores onde são plantados milhares e por vêzes milhões de pés de café . O fazendeiro passa a morar muito mais na cidade que nas fazendas. onde pouco se demora. A primeira grande crise causada pela superprodução do café deu-se em 1906, baixando os preços e dando início aos empréstimos para defesa dos preços. 15 - Sugestões de Prog currículo das O problema do estabelecim ceptível das mais variadas cor idéias ao lançar no Boletim G1 currículo para o curso de Geo A) B) Afonso Arinos, p. 85 .. Segunda série: 1 - 2 3 4 5 6 C) - Geografia Físi Geografia Eco Etnografia Geografia Físi Geografia Hur Elementos de Terceira série: 1 - 2 3 4 5 6 7 (Continua > u Cosmografia - Elementos de -Fundamentos - Fundamentos - Geografia Físl - Geografia Hur 1 - 2 3 4 5 6 Conseqüência do ciclo econômico do cate: . - O surto cafeeiro de 1832 veio salvar o Brasil de uma grave crise econômico-financeira que sobreveio com a decadência do ciclo da mineração e da má orientação econômica da metrópole. __:: Criou reservas ouro exterior facultando a aquisição e troca de mercadorias, principalmente maquinaria, além de contribuir para o pagamento das · nossas dívidas externas. - Durante o 2.o Império, elevou o câmbio ao par. - Deu opulência de brilho ao 2.o Império . ~ Criou a aristocracia dos barões do café . - Transferiu para o Sul a primazia econômica até então situada no Norte. - Veio trazer progresso ao interior em marcha acelerada, criando cidades, devassando terras, como ainda hoje se verifica. - Transformou os antigos caminhos do ouro em grandes estradas por onde correu o ouro negro . - Figura nas armas da República. É o nosso principal produto de exportação, tanto assim que desde 1820 ocupa o principal lugar na exportação do Brasil, - café, câmbio e economia nacional, estão intimamente ligados. Primeira série: - Biogeografia Geografia Poll Etnologia do 1 Geografia Reg Geografia Reg Geografia Reg Técnica da pt Hoje · aproveitamos a oportl mas das diversas cadeiras que < trabalho procuramos aproveita Faculdade Nacional de FilosoJ alguns retoques, e, a elaborar : ~ f:ste "Boletim", a "Revista Brasileira de Geografia" e as obras da "Biblioteca Geogrãtica Brasileira" encontram-se à venda nas principais livrarias do país e na Secretaria-Geral do Conselho Nacional de Geografia - Avenida Beira-Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio de Janeiro, D. F. · I) -·ti- Univer-so 1) Concepções pe1 2) Astros ava-~:e a abolição da escravatura ,e em 1889 caía o trono . e encerrando-se o ciclo do café ·rn•).j<·- t ou da República pertence :ta: ,. ,r a produção fluminense; surgem ldo para o Paranapanema e eseconômica e técnica, aliada ao ~do. u trato da terra, passa a ser mais sistema antigo de lavoura, que tdo às nossas matas, e aos solos > Sugestões de Programas de Geografia do Novo currículo das Faculdades de Filosofia Prof. ANTÔNIO TEIXEIRA GUERRA S. Da FacUldade Fluminense de filosofia maior pôrto de exportação. enquanto o Rio de Janeiro não ada vez maiores onde são plan:afé. , cidade que nas fazendas. onde lerprodução do café deu-se em réstimos para defesa dos preços. O problema do estabelecimento de um cun;ículo é muito complexo, e, susceptível das mais variadas controvérsias. Nós procuramos expressar as nossas idéias ao lançar no Boletim Geográfico n. 0 127 a título de sugestão o seguinte currículo para o curso de Geografia das Faculdades de Filosofia: A) 1 2 3 4 5 6 cate: rasil de uma grave crise econõa do ciclo da mineração e da a aquisição e troca de mercattribuir para o pagamento das B) ica até então situada no Norte. cha acelerada, criando cidades, C) (Continua) Cosmografia Elementos de Cartografia Fundamentos de Geologia e Edafologia Fundamentos de História, Filosofia e Metodologia da Geografia Geografia Física (Geomorfologia e Climatologia) Geografia Humana (Ecologia Humana) . I - Geografia Física (Hidrografia e Oceanografia) Geografia Econômica Etnografia Geografia Física do Brasil Geografia Humana e Econômica do Brasil Elementos de Cartografia Terceira série: 1 2 3 4 5 6 7 o, tanto assim que desde 1820 I, - café, câmbio e economia - Segunda série: 1 2 3 4 5 6 ao par. em grandes estradas por onde Primeira série: - Biogeografia Geografia Politica Etnologia do Brasil Geografia Regional das Américas (excluindo o Brasil) Geografia Regional (excluindo-se as Américas) Geografia Regional do Brasil Técnica da pesquisa geográfica . Hoje aproveitamos a oportunidade de apresentar a estruturaç~o de programas das diversas cadeiras que constituem o currículo por nós apresentado. Neste trabalho procuramos aproveitar em grande parte os programas já em uso na Faculdade Nacional de Filosofia, da Universidade do Brasil, limitando-nos a alguns retoques, e, a elaborar aquêles que dizem respeito às cadeiras novll,s . COSMOGRAFIA as obras da "Biblioteca Geográfica Lrias do país e na Secretaria-Geral Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio l) Univer..so 1) 2) -· 5 - Concepções pertinentes ao espaço celeste Astros • CONTR BOLETIM GEOGRAFICO 178 li) I !I) IV) V) VI) Sistemas planetários 1) Evolução das concepções dos antigos filósofos 2) Sistema do geocentrismo 3) Sistema do heliocentrismo 4) Sistema atual 5) Origens do sistema solar 1 6) Leis da mecânica celeste Estréias . Constelações . Grupos estelares. Nebulosas Sol Planêtas e satélites. • O planêta Terra - formas e dimensões . Movimentos. Propriedades físicas do globo terrestre Cometas, 3) 4) 5) 6) 7) VI) 1) 1) VII) 1) li) 2) 3) 4) 5) 6) . 7) 1) V) Projeções 1) o o • o 1 Formas do terreno Linha do relêvo Métodos de representação Pontos cotados Curvas de nível Perfil Declividade Batimetria quanto ao relêvo Nomenclatura 1) Tipos de letras e suas aplicações 2) Nomes geográficos 3) Sistemas de representação 4) Regras de localização dos nomes e estética . 2) 2 Hidrografia Vias de comunicação Obras de arte e edificações Areas cultivadas e vegetação Locação de ponto na carta Constr1,1ção de poligonais e polígonos Bati~etria quanto à qualidade da superfície sólida . Representação da Orografia 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) IV) 1) VIII) 1) Elementos básicos Propriedades e uso professor deverá dar bastante desenvolvimento às hipóteses cosmogônlcas. professor deverá desenvolver o estudo do planêta Terra e de seu satélite . presente programa foi elaborado por Rodolfo Pinto Barbosa (I a IV) e Antônio .T . tGuerra (VII a IX). IX) Diagramas Diagramas Diagramas Diagramas de I de 1 de de E Construçã o de cartogr 2) 3) 4) 5)· 6) Representação da Planimetria . 1) ill) Mapas e suas finalidades Classificações Escalas e sua construção gráfica Globo terrestre e suas linhas Precisão e inexatidão na representação Evolução e desenvolvimento dos métodos de representação Convenções. Reduções e am] Organização pa Organização pa Compensações < Condições de re Métodos de rep Construção de diagran 2) 3) 4) Elementos e desenvolvimento da Cartografia 2) 3) 4) 5) 6) 7) Organização e reprodu 2) 3) 4) 5) 6) ELEMENTOS DE CARTOGRAFIA • Projeção policôi Projeções cônicl Projeção de Me Coordenadas re1 Outras projeçõe Cartogramas dt Cartogramas dt Cartogramas dt Cartogramas dt Cartogramas dt Bloco-diagrama Fotografias aéreas 1) 2) Utilização de f Fotografias aé1 FUNDAMENTOS 1) Objetivos do curso. G estudo. Relações entre Geologi 2) Conceito de Pedologia solo. Gênese e evolução do sol 3) Origem e estrutura da e a Geomorfologia. Idade da 4) Petrologia da crosta. C e suas conseqüências morfológ 5) Rochas eruptivas - lit 6) Rochas sedimentares 7) Rochas metamórficas 8) Classificação zonal dos 9) ·Erosão e conservação < 10) .Aulas práticas: 1 - Reconhecimen cação do tipo 2 - Interpretações zadas em fot< 3 - Construção dt e pedológicos . 11) Excursão nos arredare geomorfologia e me teorização. CONTRIBUIÇAO AO ENSINO 3) 4) 5) 6) 7) ntigos filósofos VI) - formas e dimensões . Moviterrestre VII) GRAFIA • a VIII) IX) gonos da superfície sólida. e estética . hipóteses cosmogônlcas. ~ Terra e de seu satéllte . 1nto Barbosa. (I a. IV ) e Antônio .T . Diagramas Diagramas Diagramas Diagramas de de de de ponto linha sup.erfície (;lspaço (volume) . Construção de cartogramas 1) 2) 3) 4) 5)· 6) entação métodos de representação Reduções e ampliações Organização para levantamentos terrestres e aéreos Organização para cartas de compilação Compensações de incorreções Condições de reprodução Métodos de reprodução. Construção de diagramas 1) 2) 3) 4) 'grafia Projeção policônica Projeções cônicas Projeção de Mercator Coordenadas retangulares Outras projeções e seus usos . Organização e reprodução de mapas 1) 2) 3) 4) 5) 6) :s. Nebulosas 17g I Cartogramas de pontos ou símbolos Cartogramas de faixas Cartogramas de iso-curvas Cartogramas de diagramas Cartogramas de superfícies Bloco-diagramas . Fotografias aéreas 1) Utilização de fotografias aéreas e as técnicas de interpretação 2) Fotografias aéreas e respectiva restituição. FUNDAMENTOS DE GEOLOGIA E EDAFOLOGIA 1) Objetivos do curso . Geologia - conceito e suas divisões . Método de Estudo . Relações entre Geologia e Geografia Física e a Pedologia . 2) Conceito de Pedologia. Desenvolvimento histórico do conhecimento do solo. Gênese e evolução do solo. 3) Origem e estrutura da Terra. Importância da litosfera para a Geologia e a Geomorfologia . Idade da Terra e o tempo geológico . 4) Petrologia da crosta . Os minerais e as rochas . Classificação das rochas ·e suas conseqüências morfológicas. 5) Rochas eruptivas - litossolos e morfologia . 6) Rochas sedimentares - litossolos e morfologia·. 7) Rochas metamórficas - litossolos e morfologia . 8) Classificação zonal dos solos . 9) ·Erosão e conservação dos solos . 10) Aulas práticas: 1 - Reconhecimento macroscópico de alguns minerais e a identificação do tipo de rocha . 2 - Interpretações geomorfológicas, geológicas e pedológicas realizadas em fotografias aéreas e terrestres . 3 - Construção de perfis topográficos, geológicos, geomorfológicos e pedológicos. 11) Excursão nos arredores da cidade para o estudo çias rochas, estrutura, geomorfologia e me teorização . 180 FUNDAMENTOS DE HISTóRIA, FILOSOFIA E METODOLOGIA DA GEOGRAFIA Evolução da Geografia através dos séculos. Contribuição dos povos orientais. Grécia- berço da ciência geográfica. Os romanos - espírito prático emprestado à ciência geográfica. O desenvolvimento da Geografia no decorrer da Idade Média e a importância dos árabes. As grandes navegações e o desenvolvimento do campo de conhecimentos da Geografia. A Cartografia e a Cosmografia nos séculos XVI e XVII . Importância da obra de B. Varrenius. O século XVIII e o advento da Geografia científica. O século XIX e a obra de A. Humboldt, K. Ritter e F. Ratzel. A Geografia no século XX e seu moderno conceito. I!) · Histórico das viagens de exploração da superfície do globo. III) Os sistematizadores do método geográfico no século XIX. Os princípios da Geografia segundo E. de Martonne, J. Brunhes, P. Deffontaines, A. Demangeon, A. Cholley e A. Meunier P. James. Métodos usados pela Geografia. As orientações seguidas pela Geografia e seus problemas no tocante à formação dos geógrafos, e dos professôres de Geografia. I) GEOGRAFIA FíSICA I) Elemento sólido 1 - Conceito de Geomorfologia e suas divisões. Métodos de estudos geomorfológicos. Geomorfologia normal e Geomorfologia tropical. Ciências correlatas da Geomorfologia. 2 - Vulcanismo - Matérias vulcânicas. Classificação das erupções. Distribuição geográfica e estatística dos vulcões . Vulcões embrionários e submarinos. Pseudovulcões. Teoria do vulcanismo . Significação antropogeográfica do vulcanismo. 3 - Tremo res de terra - Microssismos e macrossismos. Hipocentro. Epicentro. Origem dos abalos. Ondas sísmicas . Velocidade da pr<Jpagação e trajetória das ondas sísmicas. Distribuição geográfica dos tremores. Sismógrafos. 4 - Variações de nível - Classificação. Transgressões. Regressões. Levantamentos e recalques. Indícios geográficos de variações de nível. Terraços ao redor do Atlântico. 5 - Falhas e dobras - Classificação. Indícios de falhas e dobras. Sistemas de falhas . 6 - Decomposição das rochas ·- Desagregação mecânica. Decomposição química e físico-química. Decomposição pelos vegetais e pelos animais. 7 - Transporte e sedimentação - Deslocamento de rochas e terras. Ação erosiva da água, do gêlo, do vento e dos sêres vivos . 8 - Aspectos do relêvo - Montanhas, planaltos, planícies, depressões, vales, litorais. Ação das fôrças endógenas e exógenas sôbre o aspecto do relêvo. Influência das rochas e do clima sôbre o relêvo (Estudo minucioso de cada uma das formas do relêvo). . 9 - Trabalhos práticos - Cortes geomorfológicos. Interpretação de cartas e fotografias aéreas. Pequena excursão de caráter didático. li) CONT BOLETIM GEOGRÁFICO Elemento gasoso 10 - conceito de Climatologia e suas divisões. Relações entre á Meteorologia e a Climatologia. Estatísticas meteorológicas e as séries climáticas. 11 - Atmosfera - composição e altura. Exploração da atmosfera. 12 - Acti nometria - Altura do Sol e tempo de insolação . Influência da latitude e das estações sôbre a inclinação dos raios solares. Variação diurna e anual dos raios solares . Absorção. Constante solar. Actinômetros. 13 - Temperatura do ar - Termômetros. Variação diurna e anual da temperatura. Variação da temperatura com a altitude. Climas regulares, moderados e excessivos. Linhas isotérmicas e isonômalas. 14 - Pressão atmosférica - Barômetros. Redução das pressões a zero. Influência da gravidade. Variação diurna. Variação anual. Redução ao nível do mar. Isóbaras. 15 - Vento - Direção. ' da rotação da Terra. Ciciam atmosfera. 16 - A água na atmoster nebulosidade 17 - Precipitações Perturbações da at d'água. 18 - Climatologia - Tipc sôbre o homem. Variacão do 19 - Trabalhos práticos cartogramas. III) Elementos líquidos 20 - Conceito de Hidrogr: da Hidrografia com as outras 21 - Ciclo evolutivo das i subsolo. Lençóis aquíferos e c 22 - Fontes- Diferentes Sais e gases dissolvidos. 23 - Rios - Sistemas d Descarga. Classificação. Varh 24 - Conceito de limnolo da limnologia com as outras 25 - Lagos - Origem. C: mentação. Regime. Tempera Sais dissolvidos. Extinção dm 26. - Geleiras - Classific rias do movimento. Distribuiç 27 - Trabalhos práticos - com diferentes tipos de drena; - Interpretação de fotog 28 - Conceito de Oceano! e métodos de estudo. Relacõe, 29 - Morfologia dos Óce: cartas batimétricas. Classifica 30 - Relêvo submarino. ' 31 - A água do mar - N: dissolvidos. Densidade. Côr . 32 - Movimento do mar 33 - Estudo particulariza 34 - Trabalhos práticos. batimétricos. Interpretação dt GEOGRA 1 - · Conceito de Geograi A paisagem natural e a paisaf as outras ciências. 2 - . A noção de meio geo restre. Os conceitos de influê: 3 - Distribuição do efeti localização dos núcleos demoj 4 - Estudo geográfico d: de construção. A expressão g tipos. 5 - Estudo geográfico do o agrupamento urbano. 6 - Estudo das cidades . 7 - O problema das mig: zação. A colonização nos tró] 8 - O problema da circu de comunicação. CONTRIBUIÇAO AO ENSINO tiETODOLOGIA DA GEOGRAFIA ulos . berço da ciência geográfica. Os a geográfica. O desenvolvimento nportância dos árabes. As grande conhecimentos da Geografia. I e XVII. Importância da obra a Geografia científica. O século üzel. A Geografia no século XX superfície do globo. 'ico no século XIX. Os princípios :-~es, P. Deffontaines, A. Deman)dos usados pela Geografia . As )blemas no tocante à formação 181 15 - Vento - Direção. Velocidade . Pressão. Causas do vento. Influência da rotação da Terra. Ciclones e anticlícones. Teoria da circulação geral da atmosfera . 16 - A água na atmosfera - Evaporação e umidade atmosférica. Nuvem, nebulosidade - Precipitações - Fenômenos óticos. 17 - Perturbações da atmosfera Tempestades, trovoadas e trombas d'água. 18 - Climatologia - Tipos de clima, climas tropicais . Influência do clima sôbre o homem. Variação do clima. 19 - Trabalhos práticos - Construção de diagramas. - Construção de cartogramas. :t CA íes. Métodos de estudos geomor;ia tropical. Ciências correlatas :lassificação das erupções. Disrulcões embrionários e submari~nificação antropogeográfica do nacrossismos. Hipocentro. Epilocidade da prDpagação e trajeica dos tremores. Sismógrafos. :m sgressões. Regressões. Levanmriações de nível. Terraços ao ~ios de falhas e dobras. Siste- ~ação mecânica. Decomposição egetais e pelos animais. nento de rochas e terras. Ação vos . ' .!tos, planícies, depressões, vales, as sôbre o aspecto do relêvo. •vo (Estudo minucioso de cada ógicos. Interpretação de cartas ,ter didático. 5es. Relações entre á Meteoroas e as séries climáticas. •ploração da atmosfera. po de insolação. Influência da aios solares. Varia cão diurna e )lar. Actinômetros: Variação diurna e anual dá titude. Climas regulares, mode.alas. Redução das pressões a zero. iação anual. Redução ao nível III) Elementos líquidos 20 - Conceito de Hidrografia e suas divisões. Métodos de estudo. Relações da Hidrografia com as outras ciências. 21 - Ciclo evolutivo das águas . Aguas de escoamento superficia!. Agua do subsolo. Lençóis aquíferos e os diferentes tipos de rochas. 22 - Fontes - Diferentes tipos de fontes . Temperatura das águas de fonte. Sais e gases dissolvidos. 23 - Rios - Sistemas de rios . Desaguamento. Regimes fluviais. Leito. Descarga. Classificação. Variações anuais e secula:r:es. 24 - Conceito de Iimnologia e suas divisões. Métodos de estudo. Relações da limnologia com as outras ciências. 25 - Lagos - Origem. Caracteres topográficos. Evolução das bacias. Sedimentação. Regime. Temperatura. Movimentos. Correntes . Congelação . Côr. Sais dissolvidos. Extinção dos lagos. 26. - Geleiras - Classificação. Avalanchas. Estruturas. Movimentos . Teorias do movimento. Distribuição geográfica. 27 - Trabalhos práti cos - Construção de diagramas. Construção de mapas com diferentes tipos de drenagem. - Interpretação de fotografias aéreas. 28 - Conceito de Oceanografia e suas divisões. Explorações oceanográficas e métodos de estudo. Relações da Oceanografia com as outras ciências. 29 - Morfologia dos oceanos e mares. Os processos de sondagem e as cartas batimétricas. Classificação dos oceanos e mares. 30 - Relêvo submarino. Tipos de sedimentação. 31 - A água do mar- Nível. Temperatura. Congelação. Salinidade. Gases dissolvidos. Densidade. Côr. Os gelos do mar. 32 -Movimento do mar- Vagas. Marés. Correntes. Erosão marinha. 33 - Estudo particularizado dos oceanos. 34 - Trabalhos práticos. Construção de diagramas. Construção de p erfis batimétricos. Interpretação de cartas batimétricas . GEOGRAFIA HUMANA (ECOLOGIA) 1 - · Conceito de Geografia Humana e suas divisões. Métodos de estudo. A paisagem natural e a paisagem cultural. Relações da Geografia Humana com as outras ciências. 2 - . A noção de meio geográfico. A ecologia e o princípio de unidade terrestre. Os conceitos de influências e de correlações geográficas . 3 - Distribuição do efetivo humano na superfície da Terra. Formação, localização dos núcleos demográficos. . 4 - Estudo geográfico da habitação. O meio geográfico e os materiais de construção. A expressão geográfica do estilo arquitetônico. As habitaçõestipos. 5 - Estudo geográfico dos estabelecimentos humanos. A dispersão rural e o agrupamento urbano. 6 - Estudo das cidades. Tipos funcionais e evolução das cidades . 7 - O problema das migrações humanas. A colonização. Tipos de colonização. A colonização nos trópicos. 8 - O problema da circulação: estudo dos meios de transporte e das vias de comunicação. 182 BOLETIM GEOGRAFICO CONTR 9 - As grandes áreas culturais. Conceito de cultura e de civilização. Estudo da evolução das culturas e de seus fundamentos geográficos. 10 - Trabalhos práticos. Construção de diagramas e cartogramas. GEOGRAFIA ECONôMICA 1 - Conceito de Geografia Econômica e suas divisões. Métodos de estudo. A Estatística e a Geografia Econômica. Relações da Geografia Econômica com as outras ciências. · 2 - Princípios gerais de Geografia Agrária . Distinção entre Geografia Agrária e Geografia Econômica da Agricultura. Divisões da Geografia Agrária. Ciências auxiliares da Geografia Agrária. 3 - Fatos de conquista vegetal e animal. A noção dos gêneros de vida: a agricultura e a criação. 4 - Forma primitiva da vida agrícola. Coleta de produtos silvestres. As coletas e o desenvolvimento da agricultura. 5 - Estudo geral das grandes culturas alimentares: geografia econômica do trigo. 6 - Geografia conômica do arroz. 7 - Geografia econômica do milho. 8 - Geografia econômica do café. 9 - Geografia-econômica do açúcar. 10 - Geografia econômica da batata e da mandioca. 11 - Geografia econômica do feijão. 12 ·- Geografia econômica do chá e do mate. 13 - A horticultura e a fruticultura . Sua importância no abastecimento alimentar dos grupos urbanos . 14 - Estudo econômico dos produtos alimentares de origem animal: o abastecimento de carne. leite e ovos. 15 - A organização industrial e seus fatôres geográficos. As grandes indústrias. 16 - O problema das matérias-primas. Suas fontes vegetais e animais. 17 - Geografia econômica do algodão e de outras matérias téxteis. 18 - Geografia econômica da borracha. 19 - A exploraçã<;> econômica dos minerais. O ferro e a siderurgia. 20 - Geografia econômica do carvão de pedra. 21 - Geografia econômica do petróleo. 22 - Geografia econômica das fontes de energia. O aproveitamento humano das fôrças naturais. 23 - Trabalhos práticos. Construção de diagramas e cartogramas . Interpretação de dados estatísticos. ETNOGRAFIA 1 - Conceito de Etnografia e suas divisões. Antropologia Física e Cultural. Métodos de estudu da Antropologia Cultural e da Etnografia . Relações -da Etnografia com as outras ciências. 2 - Espécie e raça em Antropologia . Os caracteres raciais. Distribuição geográfica dos grupos racionais . . ·3 - Estudo das línguas; famílias lingüísticas e respectiva distribuição· geográfica . 4 - Estudo das religiões: classificação e respectiva distribuição geográfica. Influência da religião na paisagem. 5 - Estudo descritivo dos povos e culturas dos diversos continentes . 6 - Trabalhos / práticos - Construção de cartogramas. GEOGRAFIA FíSICA DO BRASIL 1 - Esbôço geológico do Brasil. - Os embasamentos e os núcleos cristalinos. Distribuição geográfica. Os terrenos do algonquiano e os grandes recursos minerais. Paleozóico e os terrenos permo-carboníferos .' Mesozóico e o trapp do· Planalto Meridional . Os terrenos do terciário e do quaternário . · 2 - Relêvo do Brasil. - C Planalto Atlântico. Planalto Me de relêvo e a importância na o 3 ~ões Litoral do Brasil. - T propostas para o nosso li 4 - Tipos climáticos do Brc rentes tipos de clima segundo 5 - Visão panorâmica da 1 Bacias hidrográficas. Os rios e létrica. 6 '----- Cobertura vegetal e 5 da vegetação do Brasil. Flore atlântica e madeiras explotad~ deira. Indústria madeireira. 7 - Solos e os problemas derna do verdadeiro valor dos Solos de terra roxa e o aprov Nordeste. Erosão e esgotamento 8 - Trabalhos práticos. - gramas. Construção de perfis 1 pretação de fotografias aéreas. GEOGRAFIA HUl 1 -\Efetivo .populacional população brasileira. Os result gráfica da população nas cincc população. 2 - Imigração e colonizaç blemas de relação e de aclima nos séculos XIX e XX. 3 - Habitações. - Tipos 4 - Cidades . - Evolução < 5 - Divisão política e adn 6 - Os ciclos econômicos ' 7 - Transporte e comuni reticulado viatório brasileiro 8 - Recursos vegetais. Os Problemas gerais de agricultur ·e o cacau. O açúcar, o algodã 9 - Pecuária. Aspectos pet 10 - Combustíveis e fonte brasileiras do ponto de vista d terminadas e potenciais; e uti 11 - Recursos minerais. O 12 - Trabalhos práticos. < 1 - Conceito de Biogeogn correlatas da Biogeografia . 2 - Generalidades, Classii .sociações. Adaptações. 3 - Influência do clima < 4 - Influência do solo sô 5 - Associações vegetais. 6 - Influência do homem 7 - Zonas de vegetação . 8 - Fauna marinha, fluvi • O professor deverá dar uma 1 • Síntese histórica da economh CONTRIBUIÇAO AO ENSINO cultura e de civilização. Estudo tos geográficos . .gramas e cartogramas. 183 l MICA .as divisões. Métodos de estudo. s da Geografia Econômica com ria. Distinção entre Geografia Divisões da Geografia Agrária. A noção dos gêneros de vida: leta de produtos silvestres. As nentares: . geografia econômica mdioca . 2 - Relêvo do Brasil. - O relêvo do Brasil e as diferentes classificações . Planalto Atlântico . Planalto Meridional. Planalto Central. Planícies. As formas de relêvo e a importância na ocupação do solo. 3 - Litoral do Brasil . - Tracos essenciais do litoral. Diferentes classificações propostas para o nosso litoral. Planícies costeiras. Os pontos do litoral. 4 - Tipos climáticos do Brasil. - Classificações dos climas do Brasil. Diferentes tipos de clima segundo a classificação de Koppen. 5 - Visão panorâmica da Hidrografia. - Classificação dos rios brasileiros . Bacias hidrográficas . Os rios e a navegação . As cachoeiras é a energia hidrelétrica. 6 =-- Cobertura vegetal e seus diferentes tip&s. - Diversas classificações da vegetação do Brasil. Floresta amazônica e os produtos de coleta. Mata atlântica e madeiras explotadas. Floresta de Araucária e a extração de madeira . Indústria madeireira. 7 - Solos e os problemas de utilização e conservação. - Concepção moderna do verdadeiro valor dos solos tropicais. Os solos lateríticos do BrasiL Solos de terra roxa e o aproveitamento para o cultivo do café. Massapé do Nord este. Erosão e esgotamento dos solos brasileiros. O problema da conservação 8 - Trabalhos práticos. - Construção de diagramas. Construção de cartagramas . Construção de perfis topográficos, geológicos e .geomorfológicos . Interpretação de fotografias aéreas. GEOGRAFIA HUMANA E ECONôMICA DO BRASIL.. importância no, abastecimento res de origem animal: o abas- ~eográficos. As grandes indús- fontes vegetais e animais. utras matérias téxteis. ) ferro e a siderurgia. ~ia. O aproveitamento huma- ramas e cartogramas . Inter- mtropologia Física e Cultural. Gtnografia. Relações -da Etno- racteres raciais. Distribuição 1 - \Efetivo .populacional e distribuição geográfica . - Crescimento da população brasileira . Os resultados do último recenseamento. Distribuição geográfica da população nas cinco regiões geográficas. Deslocamentos internos da população. 2 - Imigração e colonização. - As grandes correntes imigratórias. Problemas de relação e de aclimação de imigrantes . A colonização e seus aspectos nos séculos XIX e XX . 3 - Habitações . - Tipos de habitações das diversas regiões geográficas. 4 - Cidades . - Evolução das cidades . Classificação das cidades brasileiras . 5 - Divisão política e administrativa do Brasil. • 6 - Os ciclos econômicos do Brasil .• . 7 - Transporte e comunicações. Densidade e outras características do reticulado via tório brasileiro - influências geográficas. 8 - Recursos vegetais. Os recursos da floresta e sua utilização econômica. Problemas gerais de agricultura no Brasil. A questão do trigo . O café, o mate ·e o cacau . O açúcar, o algodão e a juta. 9 - Pecuária . Aspectos peculiares da criação nacional . A indústria da carne. 10 - Combustíveis e fontes de energia. Estudo das bacias hidrográficas brasileiras do ponto de vista da produção energética . Regiões carboníferas, determinadas e potenciais; e utilização da lenha . O petróleo no Brasil. 11 - Recursos minerais . O cimento . O ferro. 12 - Trabalhos práticos . Construção de diagramas e cartogramas . as e respectiva distribuição BIOGEOGRAFIA diva distribuição geográfica. 1 - Conceito de Biogeografia e suas divisões. Métodos de estudo. Ciências -correlatas da Biogeografia. 2 - Generalidades, Classificações. Evolução. Extensão. Disseminação . As· .sociaçõés. Adaptações. 3 - Influência do clima e da topografia sôbre a vegetação. 4 - Influência do solo sôbre a vegetação. 5 - Associações vegetais . 6 - Influência do homem sôbre os vegetais. 7 - Zonas de vegetação. 8 - Fauna marinha, fluvial e lacustre. s diversos continentes. togramas. RASIL mentos e os núcleos cristali[uiano e os grandes recursos ros. Mesozóico e o trapp do· quaternário . • O professor deverá dar uma slntese histórica desde o tempo d as capitanias hereditárias. • Slntese histórica da economia brasileira, utilizando naturalmente o m étodo geográtlco. .)- CONTE 184 BOLETIM GEOGRAFICO 910 - GEOGRAFIA POLíTICA . 1 - Conceito de Geografia Política e Geopolítica. Divisão da Geografia Política e da Geopolítica. Ciências auxiliares. 2 - Estudo geográfico das fronteiras. Principais critérios para o estabelecimento de linhas de limite. Classificações de fronteiras . 3 - Características geográficas dos estados. Organização dos estados dos diversos continentes. 4 - Os estados e os recursos econômicos. Os estados e os meios de transporte . 5 - Colonialismo e a estrutura política dos estados colonizadores. 6 - Estrutura política da América do Sul. 7 - Trabalhos práticos. Construção de diagramas e cartogramas ... . ETNOLOGIA DO BRASIL II - Estudos a) b) c) etnográficos no Brasil Os primeiros visitantes. A obra dos jesuítas Naturalistas e etnólogos estrangeiros Naturalistas e etnólogos nacionais. Resumo crítico dos estudos sôbre raças e culturas no Brasil. m - O Ameríndio a) Introdução arqueológica. O problema do homem americano b) Povos e culturas indígenas no Novo Mundo c) Antropologia física do indígena brasileiro . Os vários tipos e suas classificações. d) Culturas indígenas. Estudo sistemático. A cultura material. A cultura espiritual. Are as e classificações culturais. IV- O negro a) A escola de Nina Rodrigues b) Raças e culturas negras na Africa c) Tipos antropológicos e culturas negras no Novo Mundo d) Tipos antropológicos negros no Brasil e) Culturas negras e sua sobrevivência no Brasil . Estudo sistemático. A cultura material. A cultura espiritual. V- VI - VII - Região da tundra. Região da floresta de Região das pradarias. Região dos Apalaches Região das Rochosas. Região de clima medi Região tropical da Ar: Região do Orenoco e · Cadeia dos Andes. 10 - Amazônia (extra-Bra~ 11 - Região de estepe. 12 - Patagônia. 1 - Fauna terrestre. Regiões zoológicas. 11 - Trabalhos práticos. Construção de cartogramas. Pequenas excursões de caráter didático. I - GEOGRAFIA Outros povos e culturas a) Raças b) Culturas Problemas de antropologia física no Brasil a) Os tipos antropológicos no Brasil b) Adaptação e aclimação c) Mestiçagem d) Eugenia e imigração e) Outros problemas . A dinâmica cultural e os processos de aculturação no Brasil a) Isolamento e contacto das culturas das várias procedências b) Aculturação indígena c) Aculturação negra d) Resultados da aculturação e) Sobrevivências culturais. O folclore brasileiro. 23 4 567 89- 13 - Trabalhos práticos . C GEOGRAFIA RE( 1 - Geografia regional usados na delimitação das di· 2 - As regiões polares e tes e características climática 3 - Ocupação humana d~ A ocupação das franjas I?~la o aproveitamento das regwes 4 - As regiões dos bosque buição, limites, clima e veget 5 - A ocunação humana taiga e sua organização econ1 6 - As regiões de florest rios tipos de floresta. 7 - A floresta temperada ficos. Clima e revestimento v 8 - A ocupação human temperada como centro veget 9 - Características da c orientais. A sua exploração 10 - As florestas equatc gráficos. Climatologia e Biog 11 - A ocupação humanl culturas nativas. 12 - A colonização das :f tal. Estudo da bacia do Cor 13 - As regiões de flore dual ou "jungle" e a florest~ 14 - A ocupação humar cultura ocidental. 15 - As regiões de cami ticas fundamentais. Clima e 16 - A ocupação hum: primitivas: a proto-~gricultl ocidental no aproveltamentc sudanesa. 17 - As regiões desért Características fundamentai! 18 - Os desertos tropica dos desertos . Os oásis e o J CONTRIBUIÇAO AO ENSINO 1~ ~FICO GEOGRAFIA REGIONAL DAS AMÉRICAS trtogramas. Pequenas excursões TICA Jlítica. Divisão da Geografia Poncipais critérios para o estabe:e fronteiras. s. Organização dos estados dos Os estados e os meios de trans- 1 - Região da tundra. 2 - Região da floresta de coníferns. 3 - Região das pradarias. 4 - Região dos Apalaches e da costa leste. 5 - Região das Rochosas. 6 - Região de clima mediterrâneo na costa do Pacífico. 7 - Região tropical da América Central e Antilhas. 8 - Região do Orenoco e das Guianas. 9 - · Cadeia dos Andes. 10 - Amazônia (extra-Brasil). 11 - Região de estepe. 12 - Patagônia. 13 - Trabalhos práticos. Construção de cartogramas e diagramas. Js estados colonizadores. gramas e cartogramas ... eASIL dos jesuítas t ~e iras ais. e culturas no Brasil. Jblema do homem americano Novo Mundo L brasileiro. Os vários tipos e temático. A cultura material. culturais. ~lassificações ica negras no Novo Mundo Brasil ência no Brasil. Estudo sisteultura espiritual. Sil ulturação no Brasil as das várias procedências ore brasileiro. GEOGRAFIA REGIONAL (excluindo-se as Américas) 1 - Geografia regional -conceito e divisão. As regiões do globo. Critérios usados na delimitação das diversas regiões. 2 - As regiões polares e seus fundamentos geográficos. Distribuição, limites e características climáticas. 3 - Ocupação humana das regiões polares. A tundra e a cultura esquimó. A ocupação das franjas polares euro-asiáticas por povos de outras culturas. O aproveitamento das regiões polares pelos povos de cultura ocidental. 4 - As regiões dos bosques boreais e seus fundamentos geográficos: Distribuição, limites, clima e vegetação. A taiga e seus recursos naturais. 5 - A ocupação humana dos bosques boreais. Os povos euro-asiáticos da taiga e sua organização econômica. A cultura ocidental e a taiga. 6 - As regiões de floresta. Classificação e distribuição geográfica dos vários tipos de floresta. 7 - A1 floresta temperada das latitudes médias. Seus fundamentos geográficos. Clima e revestimento vivo. 8 - A ocupação humana das regiões de floresta temperada. A floresta temperada como centro vegetativo da cultura ocidental. 9 - Características da ocupação das florestas temperadas pelas culturas orientais. A sua exploração agrícola na China. 10 - As florestas equatoriais úmidas ou selvas e seus fundamentos geográficos. Climatologia e Biogeografia. Sua distribuição e limites. 11 - A ocupação humana das florestas equatoriais. A sua exploração pelas culturas nativas. 12 - A colonização das florestas equatoriais pelos povos de cultura ocidental. Estudo da bacia do Congo. 13 - As regiões de florestas tropicais, semi-úmidas . A floresta semi-decidual ou "jungle" e a floresta de espinhos (scrub-florest). 14 - A ocupação humana das florestas tropicais pelos povos nativos e de cultura ocidental. 15 - As regiões de campos abertos: prados, estepes e savanas . Características fundamentais. Clima e hidrografia. 16 - A ocupação humana das regiões de campos abertos. As culturas primitivas: a prato-agricultura e a economia dos povos nômades . A técnica ocidental no aproveitamento destas regiões. Estudo da paisagem da savana sudanesa. 17 - As regiões desérticas. Sua classificação e distribuição geográfica. Características fundamentais dos desertos. 18 - Os desertos tropicais. Fundamentos fisiográficos. Clima, flora e fauna dos desertos. Os oásis e o problema da água nas regiões desérticas. 186 BOLETIM GEOGRAFICO 19 - A ocupação humana dos desertos. Sedentarismo e nomadismo na economia dos povos nativos do deserto. Estudo de paisagens típicas: os tuaregs no Saara ocidental e os oásis de Souf e Mzab. 20 - Regiões semi-áridas. Características geográficas. · 21 - As regiões montanhosas. Características fundamentais. Climatologia e Biogeografia . A montanha como habitat humano. A influência das montanhas sôbre a distribuição e concentração humanas. 22 - Trabalhos práticos. Construção de diagramas e cartogramas. Bibliografia e Revista de Revist t GEOGRAFIA REGIONAL DO BRASIL Divisão regional do Brasil. Caracterização das grandes regiões . Região Norte . 3 - Região Meio-Norte. 4 - Região do Nordeste . 5 - Região Leste. 6 - Região Sul. 7 - Região Centro-Oeste . 8 - Problemas regionais . • 1 - 2- 1 - Valorização da Amazônia. Area da Amazônia Clássica e da Amazônia Legal. Situação atual (população, colonização, alimentação, produção de gêneros e transporte) . Considerações a · propósito da produção de borracha. O preceito constitucional e sua concretização SPVEA. Plano de emergência. Plano qüinqüenal . 2 - Valorização ~o São Francisco . O vale do São Francisco . Aspecto do aproveitamento do rio nos transportes, na irrigação e na energia hidrelétrica. 3 - "A sêca do Nordeste" como problema geo-econômico . O polígono das sêcas. O plano de combate às sêcas. 4 - A siderurgia no €stado de Minas Gerais e no vale do rio Doce. Volta Redonda no vale do Paraíba. 5 - A marcha para o oeste e a mudança da capital federal. 6 - Trabalhos práticos. Construção de diagramas e cartogramas. · TÉCNICAS DA PESQUISA GEOGRAFICA 1 - Técnicas para a coleta de material bibliográfico, cartográfico e observações de campo. · 2 - Elaboração de monografias resultantes do trabalho de campo. LUíS RAINHO DA SI~~A. 1 RO _ os Solos d_o ~e!ntonc do Amapá (Contnbl}.lç~o ao : do) _ superintepd~ncia do Valorização Econom~ca da ~m Setor de Coprdenaçao e DIVU. Belém - Pará - 1955. A presente obra resultou..d vações realizadas pelo a_utor,. são do Ministério da Agncultt por objetivo estu,dar os solo: riais e lateríticos e oferec~r c a respeito do seu 9:prov~I~a~ política de fomento as atr~nd. colas, objetivada pel<;> P~Ime Qüinqüenal da v_alonzaça~ l da Amazônia, mmto lucrara c sultados reunidos n~ste tr.aba vés dêles será poss!Vel fixar propícias à agricultura, e ao I mento de colônias agncola:>. constitui valioso subsi~: nhecimento das e~atas condi' lógicas do Amapa. ~ O volume compoe-se de nas e vem fartamente ilustJ • Anualmente o professor poderá escolher um dêsses temas e desenvolvê-lo como trabalho de pesquisa com os alunos. TEODORO DE LA. TO~: - Problemas de Las Mtgract< nacionales _ Ediciones Cult nica- Madrid- 1946. AOS EDITóRES: jl:ste "Boletim" não faz publicidade remunerada, entretanto reglstará ou comentará as contribuições sôbre geografia ou de interêsse geográUco que sejam enviadas ao Conselho Nacional de Geografia, concorrendo dêsse modo para mais ampla difusão de bibliografia referente à geografia brasileira. Focaliza a presente ob~a no das migrações interna:ciOI da a expressão n~ se~tido concreto como indicativo du no histÓrico próprio de nc tão bem conhecido pelas POJ Europa e América. Na introdução, aprese~ em traços gerais, a classi1 migrações segundo quatro c espaço (internas e externa nacionais) ; de temp0 ~per~ momentâneas) ; em raz!;'o ~· (com finalidade econorruc ~dentarismo e nomadismo na paisagens típicas: os tuaregs J ográficas. s fundamentais. Climatologia no. A influência das montats. ·r amas e cartogramas. Bibliografia e Revista de Revistas BRASIL ão das grandes regiões. Livros ônia Clássica e da .Amazônia alimentação, produção de da produção de borracha. O Plano de emergência. Plano > São Francisco . Aspecto do io e na energia hidrelétrica. l-econômico. O polígono das no vale do rio Doce. Volta capital federal. mas e cartogramas. JRAFICA ráfico, cartográfico e obser- trabalho de campo . s e desenvolvê-lo como trabalho munerada, entretanto reglstará terêsse geográfico que sejam dêsse modo para mais ampla LUíS RAINHO DA SILVA CARNEIRO - Os Solos do Território Federal do Amapá (Contribuição ao seu estudo) - Superintendência do Plano de Valorização Econômica da AmazôniaSetor de Coprdenação e Divulgação Belém - Pará - 1955. A presente obra resultou..das observações realizadas pelo autor, em missão do Ministério da Agricultura, e tem por objetivo estudar os solos equatoriais e lateríticos ·e oferecer conclusões a respeito do seu aproveitamento. A política de fomento às atividades agrí_. colas, objetivada pelo Primeiro Plano Qüinqüenal da Valorização Econômica da Amazônia, muito lucrará com os resultados reunidos neste trabalho. Através dêles será possível fixar as áreas propícias à agricultura e ao estabelecimento de colônias agrícolas . Constitui valioso subsídio ao conhecimento das exatas condições pedológicas do Amapá . O volume compõe-se de 109 páginas e vem fartamente ilustrado . A.V.L. ..,.. TEODORO DE LA TORRE RECIO - Problemas de Las Migraciones Internacionales - Ediciones Cultura Hispá- nica - Madrid - 1946. Focaliza a presente obra o fenômeno das migrações internacionais. tolJlada a expressão no sentido genérico e concreto, como indicativo dum fenômeno histórico próprio de nossa época, tão bem conhecido pelas populações da Europa e América. Na introdução, apresenta o autor, em traços gerais, a classificação "das migrações segundo quatro critérios: de espaço (internas e externas ou internacionais) ; de tempo (permanentes e momentâneas) ; em razão da finalidade (com finalidade econômica imediata ou não) e em razão da iniciativa (autônomas e políticas) . Esta classificação conquz-nos ao objeto do estudo, ou seja o das emigrações autônomas. Não se trata de um estudo exclusivamente estatístico, histórico, econômico, político, moral ou jurídico. Todos êstes aspectos, porém, são conslderados dum ângulo especial, à luz dos documentos pontifícios. o livro abre capítulos para os seguintes assuntos: 1) Problemas sociológicos nos países de emigração; 2) Problemas sociológicos nos países de imigração; 3)' Problemas sociológicos gerais das migrações internacionais; 4) Problemas jurídicos da emigração; 5) Problemas jurídicos da imigração; 6) As migrações internacionais e a paz internacional. - A.V.L. * TELASCO GARCIA CASTELLANOS Geología de Fronteras (Bases Geológicas para la determinación de limites internacionales) - Dirección General de Publicidad de la Universidad Nacional de Córdoba - República Argentina - 1954 . Pretende o volume demonstrar a importância do estudo geológico das zonas em que se determinam os limites de soberania entre os estados. A conexão do assunto com a geomorfologia, sedimentação, erosão e movimentos epirogênicos, gêlo, ação biológica, geologia econômica e geologia técnica e o Direito Internacional é estudada em capítulos separados para cada uma dessas matérias. - A.V.L. * MAURICE LE LANNOU, Le Brésil - Col Armand Colin, n .0 303, Paris, A. Colin, 1955; in 16.0 , 224 ps., 12 cartas. Em pouco menos de 50 páginas apresenta o volume as bases da geografia do Brasil, e em pouco mais BIBLIOGRAFI 188 BOLETIM GEOGRAFICO conclusões para os grandes problemas hodiernos de nosso país (aspecto econômico e social, servidão da economia brasileira, coesão nacional) . O restante, mais da metade do opúsculo, encerra a descrição das regiões em. que se divide o país: Amazônia, Nordeste, Minas Gerais, Brasil meridional, Oeste (Mato Grosso), São Paulo, Rio de Janeiro, e a sua região. O interêsse e importância da diferenciação regional evidenciam-se em todo o livro, inclusive nas conclusões, de tal modo que a estrutura imprimida pelo autor ao seu estudo e o espírito que o anima guardam perfeita consonância com a essência geográfica do Brasil. As descrições regionais visam ao conhecimento do homem e de suas obras; o solo, o clima, a natureza em geral, são focalizados na medida em que apresentam estreitas relações com o homem . (Condensado do comentário de Aldo Sestini, Rivista Geografica Italiana Annata LXII - fase. 3 Setembro 1955) . - A .V.L. · Periódicos RIVISTA GEOGRAFICA ITALIANA - Annata LXII - Fase. 4 - Dicembre 1955 - Florença - Itália. Além da matéria habitual oferece o presente número, sob o título "Geografia na escola", completo noticiário sôbre a realização da primeira "Semana Geográfica" promovida pela Associação Italiana dos Professôres de Geografia entre os dias 20 e 26 de julho de 1955, na cidade de Bressanone (Alto Adige), sob os anspícios da Universidade de Pádua, por ocasião da Assembléia-Geral daquela associação. As contribuições apresentadas durante o certame constituíram verdadeiras aulas e giraram tôdas em tôrno dos problemas mais palpitantes ligados ao ensino da Geografia. Seguem-se os temas, acompanhados dos respectivos autores, cujos resumos são apresentados no volume em causa: "Le grandi regioni antropiche della Terra", por Aldo Sestini; "I nuovi programmi di geografia in alcuni paesi europei", por Elio Migliorini; "Sussidi statistici nello studio della geografia", por Luigi Candida; "Problemi di geomorfologia alpina (lezione accompagnata da proiezioni Iuminose) ", por Giuseppe Nangeroni; "Aspetti geografico- economici della crisi della montagna", por Dino Gribaudi; "I !ondamenti della geografia economica", por Umberto Toschi; "Gli esercizi cartografici nella scuola media", por Osvaldo Baldacci; "Il recente sviluppo economico degli Stati", por Bruno Nice; "L'insegnamento della geografia uma- na da parte dei naturallsti", por Aldo· Sestini. Sumário dos outros artigos e comunicações: "Antonio Renato Toniolo (1881-1955) ", por Emilio Malesani; "L'approvvigionamento idrico ed elettrico nelle isole minori del Tirreno", por Luigi Pedreschi; "Per uno studio geografico dei mercati periodici della Toscana", ppr Bruno Nice ; "Un centro industriale Iombardo: Sesto San Giovanni", por Gian Mario Rulfi; "Recenti sviluppi dell'economia albanese", por Aldo Sestini; "Uno studio sulla valle superiore dell'Isonzo", por Eliseo Bonetti. BOLETIN DE LA SOCIEDAD GEOGRÁFICA DE LIMA - Tomo LXXII Primeiro y Segundo Trimestre de 1955. Neste volume destacam-se pelo- interêsse geográfico as seguintes contribuições: "Limitaciones dei Concepto de Ciclo Geomórfico", pelo Dr. Carlos Nicholson; "Aeronáutica y .Climatología", pelo coronel F.A.P. Ernesto Roldán Seminario . Outras matérias: "Por Ia Pampa Negra de Cafíete hacia el mar", pelo engenheiro Jorge A. Broggi"; "Significativos Homenajes tributados a Ià Memoria de Antonio Raimondi"; "Sentido Geográfico de Hipólito Unánue". pelo Dr. Luiz Alayza y Paz Soldán. Tomo LXXII - Tercero Y Trimestre de 1955. Além de editorial dedic~dc centenário de H~pólito U~ar:~ grafo e prócer da mdependenCl, na o presente volume ofer.ece té~ia que segue: "Geografia tada dei Perú", pelo Dr. Luí~ Apontame Prosseguindo na apresent vultos da geografia contemporâ vêm sendo focalizados no Bol formativo do XVIII Congres~ nacional de Geografia, fixarem os nomes de L. Dudley Stamp E Lehmann . * L. Dudley Stamp Nascido na Inglaterra, 1 estudou no King's CoUege, em onde se graduou bacharel em obtendo, posteriormente, os t "Master" em Ciência e de d Ciências da Universidade de L Em 1921, L. Dudley Stamt Burma, como geólogo do I?e Yomah Oil Company, e, mals !ndo-Burma Petroleum Comi seu trabalho, na índia e eii foi-lhe concedida, em 1922, M Ouro do Instituto de Minas 6 da índia. Em 1923, foi pu_bl primeiro livro An Introductw tigraphy e, n~sse mesmo an meado primeiro professor de e Geografia da Universidade goon, onde permaneceu por 3 ganizando o novo departam blicou, nesse período, seu seg The vegetation of Burma e estudos que, mais· tarde, .for1 rificados em sua obra Asza: and economic Geography · Tendo visitado, novamen versas vêzes, a índia, o P: Burma, recebeu, em 194~, .a. dai da sociedade Geograf1c, da índia, por notáveis ser:ri ienvolvimento da Geografia e na Ásia, em geral. Em 1926, L. Dudley Sta para a Universidade de L qual fôra demonstrador_ de em 1919, passando, entao, co BIBLIOGRAFIA or ao seu estudo e o espírito tima guardam perfeita conso:om a essência geográfica do ,escrições regionais visam ao ,ento do homem e de suas solo, o clima, a natureza em o focalizados na medida em ;entam estreitas relações com . (Condensado do comentário estini, Rivista Geografica ItaAnnata LXII - fase . 3 1955). - A.V.L. :io dos outros artigos e eo"Antonio Renato Toniolo ) ", por Emílio Malesani; rigionamento idrico ed elet! isole minori dei Tirreno", Pedreschi ; "Per uno studio dei mercati periodici della por Bruno Nice; "Un centro 1om bardo: Sesto San Gio: Gian Mario Rulfi; "Recenti ell'economia albanese", por ni; "Uno studio sulla valle· iell'Isonzo", por Eliseo Bo- * IN DE LA SOCIEDAD GEO)E LIMA - Tomo LXXII Segundo Trimestre de 1955. olume destacam-se pelo- in~ráfic o as seguintes contriimitaciones dei Concepto de órjico", pelo Dr. Carlos Níeronáutica y .Climatología", l F.A.P. Ernesto Roldán Se- matérias: "Por la Pampa !afíete bacia el mar", pelo Jorge A. Broggi"; "Signi::>menajes tributados a là Antonio Raimondi"; "Seufico de Hipólito Unánue", ~ Alayza y Paz Soldán. * Tercero y Cuarto Além de editorial dedicado ao bicentenário de Hipólito Unánue, geógrafo e prócer da independência peruana, o presente volume oferece a matéria que segue: "Geografia Concertada del Perú", pelo Dr. Luís Alayza DE REVISTAS l!IS y Paz Soldán; "Idea General del Perú", pelo Dr. Hipólito Unánue; "Síntesis Monográfica de la Antártica", pelo major Edmundo Rey Riveros; "El Verdadero Origen del Amazonas", pelo coronel Gerardo Dianderas; Informes de la Comisión de Demarcación, 1953 . A.V.L. Apontamentos Bio-bibliográficos . :te dei naturalisti", por Aldo !S: Tomo LXXII Trimestre de 1955. E REVISTA Prosseguindo na apresentação de vultos da geografia contemporânea, que vêm sendo focalizados no Boletim Informativo do XVIII Congresso Internacional de Geografia, fixaremos agora os nomes de L. Dudley Sta~p e Herbert Lehmann . * L. Dudley Stamp Nascido na Inglaterra, em 1898, estudou no King's College, em· Londres, onde se graduou bacharel em Ciências, obtendo, posteriormente, os títulos de "Master" em Ciência e de doutor em Ciências da Universidade de Londres. Em 1921, L. Dudley Stamp foi para Burma, como geólogo do petróleo da Yomah Oil Company, e, mais tarde, da Indo-Burma Petroleum Company . Por seu trabalho, na índia e em Burma, foi-lhe concedida, em 1922, Medalha de Ouro do Instituto de Minas e Geologia da índia. Em 1923, foi publicado seu primeiro livro Án Introduction to Stratigraphy e, n~sse mesmo ano, foi nomeado primeiro professor de Geologia e Geografia da Universidade de Rangoon, onde permaneceu por 3 anos, organizando o novo departamento. Publicou, nesse período, seu segundo livro The vegetation of Burma e iniciou os estudos que, mais· tarde, foram corporificados em sua obra Asi a; a regional and economic G eography. · Tendo visitado, novamente, por diversas vêzes, a índia, o Paquistão e Burma, recebeu, em 1949, a Patel Medal da Sociedade Geográfica Nacional da índia, por notáveis serviços no desenvolvimento da Geografia, na índia e na Asia, em geral. Em 1926, L. Dudley Stamp voltou para a Universidade de Londres, ·da qual fôra demonstrador de Geologia, em 1919, passando, então, a ocupar, durante 2·0 anos, o cargo de "Reader" em Geografia Econômica da London School of Economics . Em 1945, tornou-se professor universitário de Geografia e chefe do Departamento de Geografia da mesma escola, cargo que resignou 3 anos mais tarde. para se tornar primeiro professor de Geografia Social, cad•ira dedicada, principalmente, à pesquisa de problemas atuais de uso da terra e de planejamento. Seu trabalho, sôbre o uso da terra, começou, em 1930, quando organizou o inventário sôbre a utilização de cada pedaço de terra, em tôda a Grã-Bretanha, trabalho no qual colaboraram, como voluntários, vários milhares de alunos de universidades, colégios e escolas. Tal trabalho foi grandemente utilizado, como base para planejamento e desenvolvimento da agricultura. durante a Segunda Guerra Mundial. Mapas colo>ridos, na escala de 1 polegada por mil, foram publicados, abrangendo tôda a Inglaterra e faís de Gales, assim como as regiões populosas da Escócia. O relatório foi publicado em 9 volumes, tendo sido dêle feito um sumário, publicado com o seguinte título The land of Britain: Its use and misuse. L. Dudley Stamp publicou um grande número de livros-texto, que são usados em quase todo o mundo, tais como, sôbre a Inglaterra, The British Isles, Britan's Structure and Scenery e Man and Land. O govêrno britânico,. reconhecendo seus serviços, fê-lo comendador da Ordem do Império Britânico. a Clark University deu-lhe o título de doutor honoris causa, a Suécia concedeu-lhe a Vega Medal, a American Geographical Society deu-lhe a Daly Medal e a Royal Society of Britain a Patron's Medal. ,a'tualmente, o professor Dudley Stamp é presidente da União Geográfica Internacional . * BIBLIOGRAFI 190 BOLETIM GEOGRáFICO Berbet Lehmann Nascido em 1901, na Alemanha, o professor Herbert Lehmann. fêz. nas Universidades de Berlim e Heidelberg, os cursos de Geologia, Química e Geografia, tendo sido aluno de . Albrecht Penck (Geografia) e Salomon-Calvi (Geologia) . Doutourou-se, em 1927, pela Universidade de Berlim, após o que passou um ano. na Grécia, real!zando trabalhos de campo. , Voltando a Alemanha, tornou-se assistente do Departamento de Geografia da Universidade de Berlim, tendo feito, então, numerosas viagens pela Grécia, Itália, Iugoslávia e França . Nesses países, Herbert Lehmann estudou os fenômenos cársticos na zona temperada e, em 1933, viajando na Indonésia, estudou o carst na zona tropical (!Java, Célebes, Sum- ba e Flores) . Após a Segunda Guerra. Mundial, foi professor na Universidade de Bonn e, em 1949, tornou-se co-editor do periódico Erdkunde . Atualmente, é · catedrático e chefe do Departamento de Geografia ela Universidade de Frankfurt, Main, tendo sido, de 1951 a 1953, presidente do Zentralverband Deutcher Geographer". Em 1952, lecionou, como professor-visitante, na Universidade de Chicago, tendo realizado alguns trabalhos de campo na zona cárstica de Indiana e Kentucky e, depois, em Cuba, Jamaica, Pôrto Rico e Haiti . O professor Lehmann é diretor do Instituto Geográfico da Universidade de Frankfurt e preside a Comissão para o estudo dos fenômenos cársticos, patrocinada pela Uniã,o Geográfica Internacional . Publicações Geográficas RELAÇAO DAS PUBLICAÇõES PERióDICAS INCORPORADAS AO ACERVO DA BffiLIOTECA DO C.N.G. DURANTE OS MESES DE SETEMBRO E DEZEMBRO DE 1955. ACTA GEOGRAPHICA. Helslnki, Societas geographica Fenniae . n.o 13 1954/55. AGRONOMIA . Rio de Janeiro. Escola Nacional de . Agronomia . v. 13 n.o 3-4 jul.-dez. 1954. AMERICA INDIGENA . México, Instituto indigenista inter:.americano v. 15 n.o 4 out. 1955. ANAIS . Lisboa. Junta de investigações do Ultramar. v. 8 t. i 1953 . ANNALES . Lublin, Polonia, Universitatis Mariae- Curie-Sklodowska. v. 7 sect. B 1952 . ANALES DE LA SOCIEDAD DE GEOGRAFIA E HISTóRIA DE GUATEMALA. Ano 27 t. 27 n. 0 1-4 mar./ /1953-dez./ 1954. ANNALES DE GÉOGRAPHIE. Bulletin de la Société de Géographie . Paris. Ano 64 n.o 343 mai.-jun. 1955. .ANNALES DE L'EST. Nancy, Faculté des Lettres de L'Université de Nancy e la Fédération Historique Lorraine. n. 0 2 - série 5 - ano 6 1955 . ANNALS OF THE ASSOCIATION OF AMERICAN GEOGRAPHERS. Washington. v. 45 n. 0 3 set. 1955. ARQUIVOS DO SERVIÇO FLORESTAL. Rio de Janeiro. v. 9 1955. ARQUIVOS ECONôMICOS . Rio de Janeiro. Banco do Brasil. n. 0 1 jul. 1955. ATLAS. órgano oficial del Instituto geográfico militar Argentino Buenos Aires. Ano 1 n. 0 2 dez. 1954. BOIS ET FORÉTS DES TROPIQUES. Paris . Centre' technique forestier tropical, n .0 43 set.-out. 1955. BOLETIM CARIOCA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro . Associação dos geógrafos brasileiros. Ano 6 n. 0 3-4 1953. BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA. São Paulo . n. 0 2 v. 4 set. 1955. BOLETIM DA SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA . Série 73 n. 0 4-6 abr.-jun. 1955. BOLETIM DE AGRICULTURA. Belo Horizonte, Departamento de produção vegetal. Ano 4 n. 0 9-10 set.-out. 1955 . BOLETIM GEOGRAFICO. Pôrto Alegre, Diretório Regional de Geografia e do Serviço Estadual de Geografia. Ano 1 n.o 1 - jul.-ago. 1955. BOLETIM INDIGENISTA. México, Instituto indigenista interamericano. v. 15 n. 0 3 set. 1955 . BOLETIM INFORMATIVO DA CHINA · LIVRE. Embaixada da República da China. Rio de Janeiro. S/38 10-10-1955. BOLETIM TÉCNICO. Insti~utc nômico do Norte . Bel em. mai. 1953. BOLLETTINO DELLA SOCIET j GRAFICA I'I:ALIANA . Ro~ 8 v. 8 fase. 6-8 jan.-ago. 1. BOLLETTINO UFFICIALE DEL DI NAPOLI . Napoli - Ital set. 1955. BRASIL AÇUCAREIR~ · Rio dt ro Instituto do açucar e d< Ano 23 v. 46 n.o 2 - ago. BULLETIN DE L'INSTITU:':!' l SERT D'EGYPTE. Helwpo n.o 2 jul. 1955. BULLETIN DE L'INSTITUT FR D'AFRIQUE NOIRE. J?akaJ A _ Ciências naturais). 4 - out. 1955. BULLETIN DES SÉANC~S · E Institut Royal Colomal be n. 0 4, 1955. BULLETINS. Lawrence, State cal Survey. Ns. 107-108-1< CAÇA E PESCA. São Paulo, Pesca Editôra Ltda. Ano 1 agô. 1955 . LES CAHIERS D'OUTRE-MEI de géographie. Bordeaux, de la France d 'Outre-Me n.o 31 jui.-set. 1955. CAHIERS DE GÉOGRAPH~E; de géographie ;' Universlte n.o 6, 1955. LES CAHIERS DE TUNISI1i Institut des Hautes ÉtudE ano 3, 2.o trimestre 1955 . CANADIAN GEOGRAPHICAJ NAL. Ottawa, The Cana< graphical Society. v. 51 1 1955. COLLECTED REPRINTS. ~ setts. woods Hole Ocea; Institution. 1954 Jul. 195: COMPTE RENDU SOM~j\-J SÉANCES. Paris , Societl que de France . ns. 7-8 1955. CONJUNTURA ECO~ôMI~~ Janeiro Fundaçao GetulJ Ano 9 ú.o 11 nov. 1955. DIGESTO ECONôMIC.O · S Associacão comercial. A 126 nov·.-dez. 1955 . ERDKUNDE; arc~·üv fur eis! che geographie. Bon~ , G, ches Institut der Umver. t. 9 v. 3 1955. ESTUDIOS GEO~RAFICOS Consejo supenor de inve cientificas. Ano 16 n.o 5f es) . Após a Segunda Guerra. foi professor na Universidade , em 1949, tornou-se co-editor .co Erdkunde. Atualmente, é o e chefe do Departamento :afia da Universidade de , Main, tendo sido, de 1951 residente do Zentralverband 3-eographer". Em 1952, lecioprofessor-visitante, na Unide Chicago, tendo realizado tbalhos de campo na zona ! Indiana e Kentucky e, de~uba, Jamaica, Pôrto Rico e lrofessor Lehmann é diretor ,o Geográfico da Universidalkfurt e preside a Comissão Ido dos fenômenos cársticos, a pela União Geográfica In1. .. "Icas ECONôMICOS. Rio de JaBanco do Brasil. n. 0 1 jul. :gano oficial del Instituto ico militar Argentino Buees. Ano 1 n. 0 2 dez. 1954. ORftTS DES TROPIQUES. Centre' technique forestier n.o 43 set.-out. 1955. ARIOCA DE GEOGRAFIA. Janeiro. Associação dos s brasileiros. Ano 6 n.o 3-4 A SOCIEDADE BRASILEIGEOLOGIA. São Paulo. 4 set. 1955. A SOCIEDADE DE GEODE LISBOA. Série 73 n. 0 jun. 1955. E AGRICULTURA. Belo e, Departamento de progetal. Ano 4 n .0 9-10 1955. mOGRAFICO. Pôrto Aleório Regional de GeograServiço Estadual de Geono 1 n.o 1 - jul.-ago. - DIGENISTA. México, Insigenista interamericano. 3 set. 1955 . FORMATIVO DA CHINA mbaixada da República Rio de Janeiro. S/38 - . BIBLIOGRAFIA E REVISTA BOLETIM TÉCNICO. Instituto Agronômico do Norte. Belém. n. 0 28 mai. 1953 . BOLLETTINO DELLA SOCIETA Q-EOGRAFICA ITALIANA. Roma. Ser. 8 v. 8 fase. 6-8 jan.-ago. 1955. BOLLETTINO UFFICIALE DEL PORTO DI NAPOLI. Napoli - Italia n. 0 9 set. 1955. BRASIL AÇUCAREIRO. Rio de Janeiro, Instituto do açúcar e do álcool . Ano 23 v. 46 n.o 2 - ago. 1955 . BULLETIN DE L'INSTITUT DU DESERT D'EGYPTE . Heliópolis . t. 5 n.o 2 jul. 1955. BULLETIN DE L'INSTITUT FRANÇAIS D'AFRIQUE NOIRE. Dakar. (Série A - Ciências naturais) . t. 17 n.o 4 - out. 1955. BULLETIN DES SÉANCES. Bruxelles, Institut Royal Colonial belge . t. 1 n. 0 4, 1955 . BULLETINS. Lawrence, State Geological Survey. Ns. 107-108-109. 1954 . CAÇA E PESCA. São Paulo, Caça e Pesca Editôra Ltda. Ano 15 n. 0 171 agô. 1955 . LES CAHIERS D'OUTRE-MER . Revue de géographie. Bordeaux, Institut de la France d'Outre-Mer. Ano 8 n. 0 31 jul.-set. 1955. CAHIERS DE GÉOGRAPHIE. Instltut de géographie :' Université Quebec. n.o 6, 1955. LES CAHIERS DE TUNISIE . Tunls, Institut des Hautes Études. n. 0 10 ano 3, 2.0 trimestre 1955. CANADIAN GEOGRAPHICAL JOURNAL. Ottawa, The Canadian Geographical Society. v. 51 n. 0 4 Out. 1955 . COLLECTED REPRINTS . Massachusetts. Woods Hole Oceanographic Institution. 1954 Jul. 1955. COMPTE RENDU SOMMAIRE DES SÉANCES. Paris, Société géologique de France. ns. 7-8 a br.-mai. 1955 . CONJUNTURA ECONôMICA . Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas. Ano 9 n. 0 11 nov. 1955. DIGESTO ECONôMICO . São Paulo, Associação comercial. Ano 12 n. 0 126 nov.-dez. 1955 . ERDKUNDE; archiv fur eissenchaftliche geographie. Bonn, Geographisches Institut der Universital Bonn. t. 9 v. 3 1955. ESTUDIOS GEOGRAFICOS. Madrid, Consejo superior de investigaciones cientificas. Ano 16 n.o 58 fev. 1955. DE REVISTAS 191 FENNIA. Helsinki, Societas Geographica Fenniae. Helsingfors. 78 1955 . FOCUS. New York, The American geographical society. v. 6 n .o 2 out. 1955 . FOLDRAJZI ERTESITO. Budapeste, Akadémiai Kiadó. Ano 4 n .o 3 1955. FOLDRAJZI KOZLMÉNYEK. Ano III (LXXIX) 1955 . n. 0 3. FOLKLORE AMERICAS. University ot Miami Press, Florida. v. 14 n.o 2 dez. 1955. GEOGRAFSKI VESTNIK. Ljubijana, Tchecoslovaquia, Casopis za geografije en Sorodone Vede. Ano 2!l 1954. THE GEOGRAPHICAL JOURNAL. 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Lourenço Marques, Repartição técnica de estatística . n .0 81 mar. 1955. 1 NATURAL HISTORY; The magazine o! the American Museum of Natural History . Nova York . v. 65 n .0 7 set. 1.955 . NOTES AFRICAINES. Bulletin d'information et de correspondance de L'Institut français d 'Afrique Noire. Dakar. n.o 68 out. 1955. / 19:2 BOLETIM GEO·GRAFICO NOTíCIAS DA INDONÉSIA. Rio de Janeiro, Embaixada da Indonésia . v. 2 n.o 9 nov. 1955. O OBSERVADOR ECONôMICO E FINANCEIRO. Rio de Janeiro. Ano 20 n.o 236 out. 1955. PFALZER HEIMAT. Pfãlzischen Gesellschaft zur Fõrderung der Wissenschaften t. 6 v. 2 1955. • THE PROFESSIONAL' GEOGRAPHER; the journal of the american geographers. Washington. v. 7 n.O 5 set. 1955. PUBLICAÇÃO TÉCNICA. Direccion General del Instituto Geográfico Militar. Buenos Aires. n.o 26. REVISTA BRASILEIRA DE ESTATíSTICA. Rio de Janeiro, I.B.G.E. Ano 16 n.o 63 jul.-set. 1955. REVISTA BRASILEIRA DOS MUNICíPIOS. Rio de Janeiro, I.B.G.E. Ano 8 n. 0 31 jul.-set. 1955. REVISTA DA ESCOLA DE MINAS. Ouro Prêto. Ano 19 n.o 2-6 mai.-dez. 1954. REVISTA DE HIDROCARBUROS Y MINAS. Venezuela, Ministério de minas e hicrocarburos. Ano 6 n.o 18 jan.-abr. 1955. REVISTA DO INSTITUTO DO CEARA'. Fortaleza. Ano 66 t. 66 1952. REVISTA DO INSTITUTO HISTóRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO. Rio de Janeiro. v. 227 abr.-jun. 1955. REVUE DE GÉOGRAPHIE ALPINE. Grenoble, L'Institut de géographie alpine. t. 43 fase. 4 1955. REVUE DE GÉOGRAPHIE JOINT AU BULLETIN DE LA SOCIÉTÉ DE GÉOGRAPHIE LE LYON ET DE LA RÉGION LYONNAISE. Lyon. v. 30 n. 0 3 1955. REVUE DE LA SOCIÉTÉ HAITIENNE D'HISTOIRE DE GEOGRAPHIE ET DE GEOLOGIE. Port-au-Prince. Haiti. v. 27 n. 0 98 jul. 1955. REVUE INTERNATIONALE DES PRODUITS COLONIAUX. Paris. Ano 30 n.o 313 nov. 1955. RIVISTA GEOGRAFICA ITALIANA. Firenze, Societá di studi geografici. Ano 62 fac. 2 jun. 1955. RODOVIA. Rio de Janeiro. Ano 17 n.o 187 set. 1955. SEORNIK. Praha, Journal of the Czecheslovak Geographical Society . v. 57 - ano 1952. 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Dí':SSE ILUSTRE HOM 'LECCIMEONT 0TRAÇOS BIOGRAFICOS BLI o DA ESTATíS DADES NO CAMP úLTIMAS I OBRAS PUB~itCÃ~D~~n.lliNAGENS A ] ~~N~NTigg SECREJt:-i~a<tE~~Lc~ JU~~AD:it~~ig~;a. DE ESTATíSTI~ · ÇAO PROFERIDA PELO D · ORA A 22 de fevereiro último .SILVA. M'rio Augusto T nes~a capitalid~n~:· ho~orário do Ins1 Freitas, pres E tatística, vice-pres teramericano de ~ 0 nal de E<tatistl r~s~~~rtoe ~I:~~~ secretár1o-geral ~ ~ zfalecimento dêste eminente ho~e brasileiro- foi recebido ll~~o:Os o P monstraçoes de pesar, Dados biográficos do sr Afonso Augusto T Filho Sr Mâ.rio Augusto Teixeirt Freitas, o · São Francisco, no tas, nasceu e:{! março de 1890. En 3 ~fp~~~a~o ~m n~~=~c~~~r~~;:~;ca~e~alf g•essou na. a v· ão A P tistica do M1nistér~u:apr1~~1ro's cor -é poca datam o~;e viria a destaca um set~; ~!ores autoridades. N uma d u numerosas pesquisas estai pr~~o~~éditas no p aís e realizou, P ~~. ~oários estudos com base nos lev! efetuados-. 0 censo em Minas Em março de 1920, nomeado P carvalho, exerceu o c:f~a.s d'he~:il do recensamento em cidade de trabalho, o tirocínio e a de Teixeira de Freitas levaram o g - niro a convidá-lo para reformar a . estatística estadua~i e~~r:' /ole~!rvi~ iniciativa. Como r la . ti Geral de Minas Ge:als, o ;;,~n~~ Estadual de Estatística, l!;'nç~ importantes trabalhos, dentre ~le~ Esta. tis ti co do Estado"' 5l .'An uar o o "Anuário de Legislaçao e Adrnlnistl I l" o "Atlas corográflt:o Mumclll ~/:ai~" a "Carteira Estatística de M e a "I>Ivisão Administrativa e J• ~!nas Gerais". Sua atuação no plano fed E ~ · t:ste "Boletim", a "Revista Brasileira de Geografia" e as obras da "Biblioteca Geográfica Brasileira" encontram-se à venda nas principais livrarias do pais e na Secretaria Geral do Conselho Nacional de Geografia - Avenida Beira-Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio de Janeiro, D .F. 1930 colaborou o Sr. Teixei na o~anizS:ção do recém-criado 1 Educa ão e Saúde Pública, cuja Infor~ações, Estatística e Divulga Ma is tarde colaborou também com ~ iRNATIONALE DES PRO:OLONIAUX. Paris. Ano 3 nov. 1955. l:OGRAFICA ITALIANA. locietá di studi geografici . te. 2 jun. 1955. io de Janeiro. Ano 17 n.o 955. Noticiário Capital Federal :aba, Journai of the CzeGeographical Society. v. I 1952. >H GEOGRAPHICAL MAEdimburgo, The Royal eographical society. v. 71 1955 . RBUCH. São Paulo, InslS Staden. v. 4 1955. DGICAL SURVEY. Urba~y of the Chicago Region. rte III 1955 . nki, Geografiska Sallskanland Tidskr ift n .o 1-2 : VOOR ECONOMISCHE LE GEOGRAFIE . Rot~therlands. Ano 46 n .0 11 155. Rivista dell'Istituto geoitare. Firenze. Ano 35 Ut. 1955 . semanal, Sección de inde la Legación de la Uruguay. Montevide,o. o 43 - nov. 1955. HICHTS BLATER. Hecon Verein für GesStadt Wien. v. 10 n.o VEROFFENTLICHE EN DES DEUTSCHEN FüR LANDERKUNDE. 13-14 1955. / PRESIDtNCIA DA REPúBLICA INSTITUTO BRASILEIRO DE E ESTATíSTICA GEOGRAFIA DR. M. A. TEIXEIRA DE FREITAS - FALECIMENTO DtSSE ILUSTRE HOMEM PúBLICO - TRAÇOS BIOQRAFICOS - ATIVIDADES NO CAMPO DA ESTATíSTICA OBRAS P UBLICADAS - úLTIMAS HOMENAGENS - OUTRAS HOMENAGENS A MEMóRIA DO ANTIGO SECRETARIO-GERAL DO I.B.G.E . -NO DIRETóRIO CENTRAL DO C.N.G.- NA .JUNTA REGIONAL DE ESTATíSTICA DO D.F. - ORAÇAO PROFERIDA PELO DR. MOACIR .SILVA. - A 22 d e fevereiro último, faleceu, nesta capital, o Dr. Mário Augusto Teixeir a de Freitas, presidente honorário do Instituto Interamer!cano de Estatística, vice-presidente do 1nstituto Internacional de E8tatíst!ca, organizador e pr!me!co secretário-geral do I.B.G.E . .Q falecimento d êste eminente homem público brasileiro foi recebido com as maiores demonstrações de pesar, !lm todo o pais. D ados biográficos Filho do Sr. Afonso Augusto Teixeira de Freitas, o Sr. Mário Augusto Teixeira de Frel'tas, nasceu em São Francisco, no estado da Bahia, a 31 de março de 1890. Em 1908, já diplomado em ciências jurídicas e sociais, !ng~essou na antiga Diretoria Geral de Estatística do Ministério da VIação . A partir dessa .época datam os seu s primeiros contatos com um setor em que viria a destacar-se como uma das maiores autoridades. Nessa fase., promoveu numerosas pesquisas estatísticas até então Inéditas no p aís e realizou, pessoalmente, vários estudos com base nos levantamentos efetuados·. O censo em Minas Em março de 1920, nomeado por Bulhões Carvalho, exerceu o cargo de delegado geral do recensamento em Minas Gerais. A capacidade de trabalho, o tirocínio e a experiência <le Teixeira de Freitas levaram o govêrno ml. nlro a convidá-lo para reformar a organização estatística estadual, com plena liberdade de iniciativa. Como diretor do Serviço de Estatística Geral de Minas Ge:a!s, laoje Departamento Estadual de Estatística , lançou o extinto Importantes t rabalhos, dentre êles o "Anuário Estatístico do Estado", o "Anuário Demográfico", o "Anuário de Legislação e Administração Municipal", o "Atlas Corográfl<.:o Municipal de Minas Gerais", a "Carteira Estatística de Minas G er ais" e a "Divisão Administrativa e Judiciária de Minas Gerais". Sua atuação no plano federal a "Biblioteca Geográfica s e na Secretaria Geral dilicio Iguaçu - Rio de Em 1930, colaborou o Sr. Teixeira de Freitas na organização do recém-criado Ministério de Educação e Saúde Pública, cuja Diretoria de Informações, Estatística e Divulgação ocupou. Ma is tarde colaborou também com o então m1- CI- n!stro da Agricultura, Sr. Jua~ez Távora, na organização de um serviço de estatística da produção e nunca mais descansou no sentido de obter coordenação de tôdas as a tividades estatísticas nacionais, à base da cooperação !ntergovemamental. Como r elator da Comissão Interm!nlster!al que estudou a organização do Instituto Nacional de Estatística, criada em 1934, coute-lhe a realização da Convenção Nacional de Estatística de 1936. C: !ado o Instituto, depois denominado I n sti tuto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Sr. M. A. Teixeira de F reitas foi o primeiro a ocupar, até 1948, o cargo de secretário-geral. Neste pôsto concebeu, planejou e consolidou a atual organização estatística brasileira, !mpr!m!ndo-lhe não sàmente a marca do seu espírito como a capacidade de realização que a firmou no respeito da opinião pública nacional e no conceito das entidades In ternac!ona!s. Apesar de aposentado em 1952, após 44 anos de serviço público, o Sr. Teixeira de Freitas continuou a emprestar colaboração ao govêrno no setor da estatística, pois ainda no ano passado participou das reuniões do Instituto Interamerlcano de Estatística, de que era presidente honorário. Batalhador de causas nobres Antigo presidente da Associação Brasileira de Educação e da Sociedade Brasileira de Estatística, membro da Liga Brasileira de Esperanto, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, da Associação Bras!le!ra de Municípios, da Sociedade dos Amigos de Alberto Tôr:es, da Liga da Defesa Nacional, da Ação Social Arquidiocesana e do Conselho-Diretor da Fundação Getúlio Vargas, o Sr. M. A. Teixeira de Freitas foi um pregador incansável, de ãn!mo verdadeiramente apostolar, de largas e generosas idéias. Bateu-se pela maior difusão do ensino e sua &dequação às necessidades do país, pela revitalização dos mun!cip!os, pela red!v!são territorial, Incluindo a !nter!or!zação da capital federal, pelo prevalec!mento do sistema · métrico decimal, pela Instituição de colôniasescolas, pela cooperação !nteradm!nlstrat!va em vários campos da atividade governamental, pela reforma do registro civil, pela uniformização da ortogrjl.f!a, pela adoção do esperanto como língua auxilar, pela crição de bibliotecas e museus municipais e pela reestruturação da administração puollca brasileira. Suas obra" Deixou numerosos trabalhos, entre os quais se destacam: " O ensino primário no Brasil", "O que dizem os números sôbre o ensino primário", " Os serviços tle estat!st!ca do estado de Minas Gerais" , ··o r eajustamento ter: ltor!al do Brasil", "O problema do município no Brasil atual", "A educação rural", "A Constituição de 1934 e a ortografia", "O Exército e a educação nacional", "Teses estatísticas", " O I.B.G.E. e a segurança nacional", "O I.B .G.E. e os governos regionais", " Dispersão demográf!ca 194 BOLETIM GEOGRAFICO e escolaridade", "A evasão escolar no ensino primário bras!lelro", "A estatística e a organização nacional", "A redlv!são politlca do Brasil" e "Problemas de organização n a cional". Católico praticante, figuram entre suas obras Inacabadas livros de cunho f!losóf!co-religioso. Casado com a Sra. Rosalina Limpo Teixeira de Freitas, também pe:-tencente a tradicional famíli a bras!lelra, deixa o Sr. M . A. Teixeira de Freitas dois f!lhos, os Srs. Antônio Paulino Limoo Teixeira de Freitas, diretor de Administração da Secretaria-Geral do Conselho Na cional de Estatística, e Augu sto Afonso Limpo Teixeira de Freitas, engenheiro clv!l e dl!'etor da :Sociedade Técnica de Empreendimentos de Engenharia Ltda. Deixa também vários netos. úLTIMAS HOMENAGENS - OUTRAS HOMENAGENS A MEMóRIA, DO ANTIGO SECRETARIO-GERAL DO T.B .G.E. Em câmara ardente na sede do I .B .G .E ., à avenida Franklin Roosevelt, 166, na sala que tem o nome do extinto, o corpo de Teixeira de Freitas foi velado pela fa!Jlília, amigos, admirad ores e ex-aux!Uares, recebendo a visita de diversas delegações de repartições desta capital e de órgãos estatísticos dos estados. Uma das visitas foi a do Presidente Juscel!no Kubitschek que manifestou o pesar do govêrno pela morte prematura do gra nde t écnico e patriota, que dedicara tôda a sua existência ao ser viço público e a campanhas em favor d a solução de nossos problemas fundamentais. Ai, também, foi celebrada missa de corpo presente por monsenhor Mac-Dowell, seguida de encomendação . Houve, após, oração fúnebre com b ênção especial po~ D . José Távora, blspo-aux!Uar do Rio de J aneiro. Pouco antes da salda do féretro na ausência do embaixador José Carlos de Macedo Soares, o substituto do oresldente do Instituto Bras!le!ro de Geografia e Estatística engenh~lro Moacir Malhelros Fernandes S!lva: representante do Ministério da VIação nos dois Conselhos da entidade, proferiu comovido dlscu~so de despedida em nome da Instituição, publ!cado mais adiante. O cortejo fúnebre teve a presença de altas autoridades, parlamentares, representantes dos Ministérios da Justiça, Marinha e Educação e de associações cultu~ais e profissionais, d elegações de servidores públicos e funcionários de Inspetorias regionais de esta t!stica, vindos especialmente para êsse fim. ~o bai:car o co~o à sepult ura , após as · oraçoes liturg!cas pelo p adre Kao, foram proferidos vários discursos. NO DIRETóRIO CENTRAL - DISCURSO DO DR. FLAVIO VIEIRA . - O Diretório Central do Conselho Nacional de Geografia , reunido sob a presidência do embaixador José C a :los de Macedo Soares, prestou significativa homenagem à memória do Dr. Mário Augusto Teixeira de Freitas . Além do Eng.o Flávio Vieira representante do Ministério da Viação e Obras Públicas, que proferiu comovida oração a respeito d a personalidade e obra do !lustre homem público, talou ainda o Eng .o Fábio de Macedo Soares Guimarães, sec:etárlo-geral do Conselho Na cional de Geografia, rememorando fatos ligados à vida de T eixeira de Freitas e mostrando o lnterêsse que aquêle insigne bras!lelro dedicara aos problemas da geografia. Encerra:q.do a sessão, o embaixador José Carlos de Macedo Soares, presidente do I.B.G.E., recordou fato relacionado com a escolha de Teixeira de Freitas para exercer o cargo de secretário-geral do Instituto, quando da sua Instalaçã o . íntegra do discurso proferido pelo Eng.o Flávio Vieira : "O Diretório Central do Con- selho Nacional de Geografia, ao ensejo desta reunião, deseja render um preito de profunda saudade ao doutor Mário Augusto Teixeira de Freitas, o excelso brasileiro, luminar da nossa estatística, cu ja morte vem de entristecer, amargurar e enlutar a fam!lla ibgeana. P a ra traduzir essa condolent e homenagem e interpretar, pois, os sentimentos de todos os que Integram êste plenário, fui eu o escolhido. Devo esclarecer que não foi sem r elutância minha que aceitei tão honroso encargo, isso porque entendo que para enaltecer grandes mortos só grandes oradores, caso que não se ajusta com a escolha de quem nem apoucado discursado r sabe ser. Todavia, esfo~çar-me-ei por cumprir a missão, dizendo algo a respeito de Má rio Augusto Teixeira de Freitas, cuja vida e lnconfund!ver personalidade já fôra tão eloqüente e acertadamente exaltadas por ocasião de seus funerais e cujos méritos e virtudes se continua m bendizendo em altissonantes e justos conceitos. . ~le, em verdade, fêz-se merecedor dessas loas unânimes. Fêz-se digno d essa apologia com que entra na Imortalidade. Seu nome e sua obra tornaram-se indeléveis, não só no sistema estatístlco-geog~áflco bras!lelro, que êle concebeu e criou, como,. também, no âmbito d a cultura nacional e no de famosas entidades Internacionais. Mário Augusto Teixeira de Freitas, vindo ao mundo sob as luzes do Cruzeiro do Sul, como que trouxe lampejos de estrêlas altas na Inteligência, ardências solares no espíritoe clarões de plen!lúnio na alma./ Formava êsse prlv!légio, com q ue o destinoo marcou, a pocie : osa trindade subjetiva de seu ser . Resulta vam d êsse ortv!légio a singu laridade de sua personalidade, o surto de seu ldeal!smo, a Imaginação altaneira e pura,. o entusiasmo que punha em suas Iniciativas, o fervor com que trabalhava e batalhava pel&s suas notáveis obras e o calor com que as defendia. ll:sses atributos, acrescidos da f é, da esperança e do humanismo cristão, de que ti1o rico era.. seu coração, lmpuse ~ am-no a todos nós, seus amigos e admiradores, e consagraram-no em todo o Brasil. Os sonhos, vindos da alma suave e boa_,. alimentavam as Idéias que brotava m e flores• clam . em seu cérebro, enquanto :ao crisol doespírito se processava com a rdor o realismo de seus belos e nobres, notáveis e pa t:!ótlcos empreendimentos. E, então, era como se a alma, o espírito, a Inteligência e o coração de Mário Augusto T eixeira de Freitas se vissem Influenciados por partículas Infinitas e benfazejas das fôrças universais . Foi talvez por Isso que Moacir Fernandes S!lva, certa vez, o chamou de "homem cósmico', por parecer-lhe que a sua inteligên cia e as suas ~ :eocupações sôbre os múltiplos aspectos da verdade, da b eleza e do bem ultrapassavam o âmbito do nosso planêta . E dizia ainda o nosso nobre colega Moacir S!lva queêsse homem superior, sob todos os aspectos em que possa considera r-se uma criatura humana, dava-lhe· a impressão de duas chamas juntas, sempre acesas: "uma, delicada, suave,. ardendo brandamente, na cOr verde da ~spc­ rança - -e era a sua bonda de; outra, multlcolo:!da, em labaredas altas, Inquietas, - a sua inteligência fulgurante, a sua vibração excepcional!" Essa feliz Imagem retrata, com a fôrça de sua poesia, o nosso saudoso e pranteado homenageado, o querido amigo Mário Augusto Teixeira de Freitas. Seu coração não mais vlbr1)., sua alma subiu ao Céu, seu espírito ficou entre nós e os. frutos de sua clarividente intellgên• temos no Instituto Brasileiro de Ge Estatística, casa de seus afetos, de . veios onde po: todos os cantos fre, -p!rlt~ de Teixeira de Freitas, que foi que um grantle secretário -geral , porql ·expoente da estatística, um gula b< a própria alma e o .cerne vigoroso ' titu~f~emos 0 seu Ingente e gloriosc na revltallzação dos munic!plos, na pol!tica do Brasil, pela qual tanto no pla nejamento e consolldação daô brasllei:a, mercê do _que se imp ~ conceito da opinião publica nacional ço das entidades Internacionais. AI temos a Convenção Nacional t!stica de 1936, a cooperação mtera' tlva em vários campos das atlvlda c namentals, a uniformização ortog nossa l!ngua, a instltuiçr.a de coll las a criação de bibliotecas e musl c!pals e muitos e muitos outros se mereceram do grande brasileiro In coope~ções brilhantes nos dom!niç tura em geral e da geografia, e~tatl censeamento, em especial. Assinalemos, ainda, com respe!· tist!ca,- que Má rio Augusto Teixeira quando secretário-geral do I .B .G.E . vigorosamente para a expedição d1 leis e outros atos govername~tals consolidação do sistema estatlstlcocomo dentre outros, os decretos-I• que ~stabeleceu a tnalterab1lldade P divisão territorial ; n.o 846, lnstltuu do Município"; n .o 696, que d eterm. lização decenal, nos anos de mil• do recenseamento geral do Brasil; que criou as secções de Estat!sti? autorizou a realização dos Convel nals de Estatística Municipal, seJ de capital lnterêsse para a estat e de modo particular, para os est sàrlos à segurança nacional. Realmente , foram inestimáveis prestados por Mário Telxel~a de pais. Seu amor à causa publica~ elevada com que êle sempre ex_ercções, conferl7am-lhe o gala;?ao c nárlo Público n.o 1 do Bras!l • Sua obra foi vasta e profunda, magn!f!ca, profícua. . Obra de s onha' lista de realizador, principalmente realizador no campo da estatisticl Procur emos continuá-la e en pois, assim, nós do I.B.G.E. estare111 do a memória dêsse incllto b rasll estaremos atendendo ao apêlo qUE fazia no sentido de obter SI próprias pala vras - "a sintonia e solidariedade estreita das fôrças ção em tôrno do Ideal generoso d< de uma pátria combalida ao nb sua capacidade de vencer, das ções d a sua vocação e dos recu.rsol com' que a Providência Divina a senhores membros do Dlreté como fecho desta homenagem f E um minuto de s!lênclo e, de pé, muda, roguemos a Deus pela al e pulcra do grande e saudoso M Teixeira de Freitas". Junta Regional de Estatíst Distrito Federa! Sob a presidência do Dr. Flá• representou o secretário do In _gurança, estêve reunida, no Dep Go~rafla e Estatística do P.D.F., glo~1 al de E sta tistica do Distrito ·tiveram presentes todos os seus ICO NOTICIARIO cional de Geografia, ao ensejo desta deseja render um preito de profunda w doutor Mário Augusto Teixeira de • excelso brasileiro, luminar da nossa '• cuja morte vem de entristecer, r e enlutar a família lbgeana. traduzir essa condolente homenagem ltar, pois, os sentimentos de todos os rram êste plenário, fui eu o escoesclarecer que não foi sem relutância te aceitei tão honroso encargo, Isso !ltendo que Para enaltecer grandes 1 grandes oradores, caso que não se n a escolha de quem nem apoucado ir sabe ser. la, esfo-:-çar-me-ei por cumprir a mlsdo algo a respeito de Mário Augusto 'e Freitas, cuja vida e inconfundlver ade já fõra tão eloqüente e acertaexaltadas por ocasião de seus !uneos méritos e virtudes se continuam ) em altissonantes e justos con- n verdade, fêz-se merecedor dessas .!mes. Fêz-se digno dessa apologia mtra na imortalidade. )me e sua obra tornaram-se lndelésó no sistema estatísttco-geog:áfico que êle concebeu e criou, como, to âmbito da cultura nacional e no s entidades internacionais. Augusto Telx.e lra de Freitas, vindo sob as luzes do Cruzeiro do SUl, trouxe lampejos de estrêlas altas !nela, ardências solares no espírito le plenilúnio na alma.' a êsse privilégio, com que o destinO> a poâe:osa trinda de subjetiva de: esultavam dêsse ortviléglo a slngue sua personalidade, o surto de no, a Imaginação altaneira e pura,. no que punha em suas iniciativas, m que trabalhava e batalhava peJas eis obras e o calor com que as ributos, acrescidos da fé, da esdo humanismo cristão, de que tão u coração, lmpuse ~am-no a todos mlgos e admiradores, e consagratodo o Brasil. , vindos da alma suave e boa,. as Idéias que brota vam e floresU cérebro, enquanto :ao crisol d() processava com ardor o realismo s e nobres, notáveis e pat:lótlcos ntos. E, então, era como se a irlto, a lntellgên cia e o coração. gusto Teixeira de Freitas se vtsciados por partículas infinitas e as fôrças uni versals. z por isso que Moacir Fernandes vez, o chamou de "homem cósarecer-lhe que a sua inteligência eocupações sõbre os múltiplos asrdade, da beleza e do bem ultralnblto do nosso planêta. E dizia o nobre colega Moacir Silva que· superior, sob todos os aspectos considera r-se uma criatura huhe a impressão de duas chamas e acesas: "uma, delicada, suave, damente, na cOr verde da P.spea a sua bondade; outra, multilabaredas altas, inquietas, - a ia fulgurante, a sua vibração imagem retrata, com a fôrça , o nosso saudoso e pranteado o querido amigo Mário Augusto reltas. o não mais vlbrb., sua alma sueu espírito ficou entre nós e os 195 representante da 1.• Região Militar, coronel frutos de sua clarividente inteligência ai os Clóvis Gonçalves. A sessão foi tOda dedicada temos no Instituto Brasileiro de Geografia e a hOm!lnagear a memória do Dr. Teixeira de Estatística, casa de seus afetos, de seus desvelos, onde po ~ todos os cantos freme o esFreitas, um dos precursores da esta.tlstlca no pírito de Teixeira de Freitas, que !oi mais do Brasil. Na ·oportunidade fizeram uso da palaque um grande secretário-geral, porque foi um vra os Srs. Júlio Româo da Silva, Alfredo expoente da estat!stlca, um gula benemérito, Cardoso, Armando Medeiros e o Cel. Clóvis Gonçalves, que focalizaram a obra da.quele a própria alma e o cerne vigoroso dessa Inshomem público. Ainda no decorrer da reunláo tituição. Aí temos o seu ingente e glorioso trabalho tomaram posse nos ca:gos de membros da na revltalização dos munlc!ptos, na redivisão junta os Srs. Faustino Passarelll. chefe do polftlca do Brasil, pela qual tanto se bateu; Serviço de Estudos e Análises; Filipe Perelr.l no planejamento e consolidação da estatística Qulntans, chefe do Serviço de Estatística Sabrasilei :a, mercê do que se impôs esta no nitária e Jaime Batista Barl!ouse, chefe do conceito da opinião pública nacional no aprêServiço de Cartografia. ço das entidades internacionais. Mediante proposta dos Srs. Alfredo Cardoso Ai temos a Convenç!io Nacional de Estae Júlio Romão da Silva, deliberou a Junta tística de 1936, a cooperação interadminlstraenviar telegramas à presidência do I.B.G .E. e tiva em vários campos das atividades goveraos secretários-gerais do Conselho Nacional de namentais, a uniformização ortográfica de Estatística e Conselho Nacional de Geografia, nossa língua, a Instituição de colônias-escoassociando-se às homenagens póstumas dos las, a criação de blbllotecas e museus muniórgãos lbgeanos ao Insigne brasileiro. cipais e muitos e muitos outros serviços que mereceram do grande brasileiro iniciativas e Oração em nome do I.B.G.E., à hora da coope:ações brilhantes nos dom!nlos da culsaida do corpo do saudoso e emine?:tte estatistico, tura em geral e da geografia , estatística e repara o cemitério de SO.o JoO.o Batista, proferida censeamento, em especial. · pelo Eng. Moacir M. F. Silva. Assinalemos, ainda, com respeito à estat!stlca,. que Mário Augusto Teixeira de Freitas, "Mário Augusto Teixeira de Freitas! ... quando secretário-geral do I.B.G.E. contribuiu 1!:ste nome, êste nobre nome que ttouxeste vigorosamente para a expedição de decretosdo berço e agora entregas, puro e glorioso, à leis e outros atos governamentais visando à poste-:-tdade; êste nome, tão ~gradável de ouconsolidação do sistema estatístico-geográfico, vir-se e tão fácil de memorizar-se, pois as como, dentre outros, os decretos-leis ns. 311, próprias fôrças Imanentes da criação o marque estabeleceu a Inalterabilidade periódica da caram com a sonoridade de um eneassilabo divisão territorial; n.• 846, Instituindo o "Dia perfeito, como a assinalar, desde logo, o raro do Munlc!pio"; n.• 696, que determinou a reaser predestinado a que êle la ligar-se para lização decenal, nos anos de milésimo zero, sempre; êste nome, que foi o teu nome nesta do recenseamento geral do Brasil; e n.• 4.181, , existência te:rena, - jamais o ouvi pronunque criou as Secções de Estatística Militar e ciado, em dias de tua vida, nos seus últimos autorizou a realização dos Convênios Nacioanos, que não fôsse, logo a seguir, acompanais de Estatística Municipal, serviços êsses nhado de referências as mais nobllltantes e de capital lnterêsse para a estatística ge ~ al enaltecedoras, coroadas, comumente, por ese, de modo particular, para os estudo~; ~eces­ trepitosas palmas. sárlos à segurança nacional. E, agora, acabo de enunciá-lo, em voz bem Realmente, foram inestimáveis os serviços alta, pausadamente e.. . a segui-lo ouvimos prestados por Mário Teixeira de Freitas ao apenas o silêncio, êste lmpresslonan te silêncio pais. Seu amor à causa pública, a maneira branco, -êste profundo silêncio de mármore .. . elevada com que êle sempre exerceu suas funQue transformacão tão súbita será esta?! .. . ções, conferi:am-lhe o galardão de "FuncioQue terá ocorrido em relação a ti, ou em nário Público n.• 1 do Brasil". relação a nós? I ... Sua obra foi vasta e profunda, foi objetiva, - E' que estamos diante da Morte, estamagnífica, prof!cua. Obra de sonhador, de !deamos diante da Grande Muda, e para ela, misllsta, de realizador, principalmente, de grande teriosa ancHa de Deus, - também, como ll:ste, real!zador no campo da estatística. eternamente silenciosa, - tôdas as nossas paProcuremos continuá-la e engrandecê-la, lavras humanas são Inexpressivas, tôda a nospois, assim, nós do I.B.G.E. estaremos cultivat)sa eloqüência terrestre é simplesmente vã ... do a memória dêsse ínclito brasileiro. Assim, Diante da Morte só duas atitudes parecem estaremos atendendo ao apêlo que êle sempre compatíveis com a fragllldade das criaturas fazia no sentido de obter segundo suas próprias palavras - "a sintonia espiritual e a · mo:tals: a atitude das lágrimas, daque}es aos quais Deus ainda concede a graça de vertêsolidariedade estreita das fôrças vivas da na-las, como expressão sincera e lncontenivel de ção em tôrno do Ideal generoso do ergulmento sua delicada natureza espiritual; ou a atitude de uma pátria comba lida ao nível exato de do silêncio, da mudez absoluta, que tradull sua capacidade de vencer, das suas aspiraa resignação filosófica diante do Inevitável, ções, da sua vocação e dos r ecu rsos esplêndidos do lnvenc!vel, do Inelutável, por mais que êle com que a Providência Divina. a galardoou". venha ferir, forte e fundo, a nossa sensibiliSenhores meml)ros do Diretório Central: dade emocional. Como fecho desta homenagem façamos agora um minuto de silêncio e, de pé, numa prece - Meu grande, meu saudoso Mário Augusto muda, roguemos a Deus p ela alma generosa Teixeira de Freitas! .. . e pulcra do grande e saudoso Mário Augusto Essa atitude de silêncio de profundo e Teixeira de Freitas". respeitoso silêncio, de :celigloso silêncio, deveria ser a minha atitude pessoal, neste emoJunta Regional de Estattstiêa do cionante momento em que nos despedimos de Distrito Federal teus despojos mortais, pois que teu ser espiritual, teu verdadeiro ser, a tua alma, tua Sob a presidência do Dr. Flávio Farta que alma perfeita e puríssima, tendo transposto representou o secretário do Interior e Seos umbrais da Eternidade, já deve estar-se desgurança, estêve reunida, no Departamento de lumbrando ante os esplendores divinos de Gografla e Estatística do P .D.F., a Junta Resua própria lmo:talldade e glorificação. gional de Estatística do Distrito Federal. EsCerto, como estou, dessa tua Imortalidade tiveram presentes todos os seus membros e o e, conseqüentemente, de tua glorificação, dadas 196 BOLETIM GEOGRÁFICO as tuas altas virtudes nesta vida transitória, - quisera eu ter tido, neste momento profundamente angustiante, aquela atitude de religioso silêncio, Devera eu ter tido essa atitude do mais profundo e respeitoso silêncio. Mas, no momento, devo falar não só a pedido dos dois Conselhos do Instituto, da Junta Executiva Central de Estatística e do Diretório Central de Geografia, que me Impuseram esta Incumbência dolorosa, mas também, dada a minha eventual posição neste Instituto, falo em nome de tôda a grande famllla ibgeana, para trazer-te as expressões de nossas últimas homenagens, de nossos adeuses derradeiros e de nossas antecipadas saudades, ao ver partir pa ra sempre o nosso grande, o nosso querido e sempre lembrado Mário Augusto Teixeira de Fr~ltas. E se, lamentàvelmente, tôdas as palavras se me afiguram vazias diante do Impenetrável, misterioso, angustiante silêncio da morte, que me seja permitido ao menos, nestes últimos instantes em que o temos ainda entre nós, evocar um pouco a vida, Isto é, algumas Impressões sôbre êsse homem extraordinário, que foi Mário Augusto Teixeira de Freitas. De uma simplicidade, de uma naturalidade, de uma encantadora modéstia, que de logo ressaltava de sua própria pessoa física e mesmo de seu modo discreto de trajar-se, era, entretanto, de uma delicadeza Inata, de uma bonc1ade comunicativa, de uma solidariedade humana, que só os raros possuem. Não pensava jamais em sua própria pessoa; pensava, sentia, ansiava e sofria pelos outros, por tôda gente, pelos brasllelr.os, em geral, pelo Brasil, em particular, pela Humanidade, sem distinções de credos e de côres, ansiando e prefigurando sempre um progress" crescente, rápido, constante, Ininterrupto, de nossa gente, de nossa terra em todos os seus recantos, de nossas Instituições, mas também dos demais povos do mundo . Dai seu ardente entusiasmo, jamais esmorecido, pelo esperanto, como lingua universal, pois via, nesse Idioma auxiliar, uma das formas de possibilitar-se o desejado entendimento cordial de todos os habitantes dêste globo. Da última vez que tive a felicidade de sua presença ouvi-lo, com aquela atenção admlrativa., que sempre me 1nsp1rou, desde que o Destino, em 1938, me concedeu a. ventura de conhecê -lo, e t rabalharmos ]untos, na. Comissão de Estudos do Conselho de Segurança. Nacional. Nesse último encontro, entre outros assuntos, falou-me de suas .Preocupações d e ordem filosófica e do estudo que estarta fazendo da. grande figura de Pitágoras e dos denominados números pitagóricos ... F alava com aquela admirável facilidade torrencial, que constituiu um dos característicos de sua marcante personalidade. Isso não foi há multo tempo, não. Alguns meses apenas. Menos de um ano!. . . E nem por sonho, ,)laqueie m omento, poderia passar-me pela mente que, tão breve, o perderíamos para sempre!. .. 1l:ste homem que, certa feita, denominei homem cósmico, pois que, parece, sua Inteligência, suas preocupações sõb re os múltiplos aspectos da. ve:dade, d a beleza e do bem, ultrapassavam o âmbito do nosso planêta, êste homem superior, sob todos os aspectos em que possa considerar-se uma criatura humana., c1ava-me a Impressão, para servir-me de símbolos, - de duas chamas juntas, sempre acesas: uma, delicada, suave, ardendo brandamente, na cõr verde da esperança, - e era. a sua bondade; outra, multicolorida, em labaredas altas, Inquietas, a sua Inteligência fulgurante, a sua vlbratllldade excepcional! E era de ver-se, em seus momentos de exposição de viva voz, a sua eloqüência defluindo em verdadeiras catadupas, em formas vocabulares perfeitas, Impregnadas de lógica e de ânsia de aperfeiçoamento no esfôrço humano Individual e coletivo. De tempos em tempos, costumava êle Intercalar aquelas torrentes preciosas, com duas palavras simples e cordialmente comunicativas: - trMeus amigo3 ... "' E continuava, sem mover-se quase de sua atitude corporal costumeira, com a cabeça um pouco lnc.llnada para a frente e como se, por trás de seus óculos escuros, estl v esse a olhar para multo longe e a ver, lá, multo longe, luminosas, vibrantes em algum ponto do universo, Invisível para o auditório, - aquelas palavras tôdas, que jorravam de seus lábios, lnlnte: ruptamen te .. . -"Meus amigos! .. . " Era. como êle nos. tratava a todos nós, seus ou-.lntes, sempre atentos e dellclados . - Mário Augusto Teixeira de Freitas!. . . Agora, aqui estão, dizendo-te o último adeus, os "teus S.IJtlgos", os teus admiradores, os teu& discípulos, os continuadores da tarefa Ingente, . que a ti mesmo te impuseste e a quantos se abeberaram nos teus sábios ensinamentos, isto é. a utilíssima tarefa de dar ao Brasil as estatísticas que êle precisa ter e que hão de fazê-lo maior e melho:, - maior, no sentido de seu progresso material, e melhor, no sentido de sua cultura moral. Desapareces do n ú mero dos vivos, ainda prematuramente, pois mal vinhas começando a última quadra da existência. Multo havia ainda em teu coração e em teu cérebro, de bondade e de Inteligência, muitos sonhos a serem convertidos em realidade~ . para o bem ge:al; muitos sonhos, os teus admir áveis sonhos, por vêzes aparentemente utópicos, mas sempre Inspirados nos propósltoe. mais altos, mais puros, mais impeasoals . A par de tua Invejável Inteligência criadora, fôste, do ponto de vista moral, um ser puríssimo, um verdadeiro santo. Nem faltou sequer, para tua completa glorificação espiritual, o martírio derradeiro, que foram os sofrimentos terríveis de teus últim0s dias. Não alcançamos, nem o pretenderíamos jamais, os altos, misteriosos desígn1ns divinos, mas, de nossos pontos de vista estritamente humanos, entendemos que desapareceste ainda cedo, antes do que fôra n atura l esperar-se. Terminaste a tua. vida mortal, mas, por isso mesmo, alcançaste, desde agora. a Imortalidade, pois ao teu nome sonoro e3tará sempre ligado, na memória das gerações sucessivas, a essa grandiosa obra, cuja chama inicial acendeste e por tõda a tua vida, vigilante, mantiveste, com fogo sagrado, essa obra eterna, que ora se denomina Instituto Brasileiro d• Geografia e Estatística . Mário Augusto Teixeira de Freitas! No momento em que transpões o grande, o eterno, o misterioso silêncio da Morte, os teus amigos dos dois Conselhos e todos os teus amigos do I.B.G .E., profundamente abalados pela tua pa!'tlda prema tura, e desde já saudosos de tua pessoa boníssima, te deixam, ·aqui, comovidamente, o seu último adeus! ... " -f( curso de férias para aperf lçoamento c fessõres secundários, promovido peta Fa< Nacional de Filosofia, no periodo das escolares (meses de janeiro e feverelco lizou-se mais um curso de Geografia de aos professõres dessa matéria sob a sabilldade do Conselho Nacional de Ge< Inscreveram-se 33 alunos, sendo 23 trito Federal, 9 dos estados (2 da Bahl Espirlto santo, 1 do Piau!, 3 do Rl_o n elro 1 do Rio Grande do Sul, 1 de Sao e 1 do terrl tório do Acre. Sete dos matriculados no curso de Geografia contemplados com bôlsas concedidas pe selho. o programa foi constituído de d~a~ a saber· matérias de revisão de conteud térias de fundamentação pedagógica. A parte de conteúdo constou da~ I seguintes: 1. Metodologia da Geografta James Braga Vieira da Fonseca; 2. G Fisica A. Relêvo - Prof. Antô~lo Gue:ra - B . Clima - Prof. Jose C Sch,;,_idt· 3 . Geografia Humana - A. fi'a UrbS.:na - Prof.• Eloi:sa de Carvan Transportes fluviais e lacustres - En! cir M . F. Silva C. Geografia Ag; Prof. Orlando Valverde; 4. G eografia o - A. Região · Sul - Prof. Alfredo J. mingues - B. Bacia do Pa ragu~i - 1 fredo J. P. Domlngues; 5 . . Btogeog; zoogeografia Geral e do Brastl Prc Magnanlni; 6. Cartografia - Prof. Hé vier Lenz César. No tocante à segunda parte, due as matérias ministradas: "Biologia E nal" pelo Prof. J. Faria Gôls Sob "F!iÓsofla da Educação", pelo Pro f . E \encou! t . Foram realizados também sem 1: conferências sõbre os assuntos abalx nárlos "O Pla no Rodoviário Nac! cargo do Eng.o Moacir M. F. Silva; ' rentes classlfica~ões de clima aplicada: si!" a cargo do Prof. J . c. Junquelra con'ferências : "Problemas G eográficos xada Fluminense", Prof. Pedro Pinc~ a "A Imigração no Brasil", Prof. Jose carneiro; "Aspectos Geográfico~. da A1 Prof . Lúcio. de castro Soares_; Com?. Fontes de Energia", Prof. Silvio Fro. Além de uma excursão à cidade souras, orientada pelos P : ofs. Antõnl< Guerra e Magnólia de Lima, foram visitas às seguintes lnst.ltulções: S Geologia do Ministério da AgrlculturE pelo Prof. Antônio José de Mato Divisão de Cartografia do C.N.G., dlr Prof H éldlo Xavier Lenz César; Rei PetrÓleo de Mangulnhos, dirigida P tárla do curso, Prof.• Magnólia de ~ compareceram às provas 16 profe. qua is apenas um n ão logrou aprovE No encerramento, t!Ue contou c~ aença do Prof. Antônio Carneiro Let da Faculdade de Filosofia, discursa ca João Cristóvão Cardoso, que dirigiu curso, 0 Prof. ' Waldir Freitas de 0111 alunos de Geografia, além de outros A propósito do curso de férias efeito no corrente ano, é de assinai! décimo de uma série Ininterrupta 0 o acontecimento não passou de: tendo-se a êle referido o Prof. An] nelro Leão, diretor da Faculdade N Filosofia em artigo publicado no Brasil. Á. contribuição do Conselh< CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA CURSO DE FÉRIAS PARA APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES SECUNDARIOS CURSO :OE GEOGRAFIA- MATÉRIAS LECIONADAS - OUTRAS NOTAS - Como parte do I A DIDATICA DA GEOGRAFIA ASSEMBLÉIAS DE PROFESSORES dias 25 e 30 de agõsto do ano find NOTICIARIO tdade ; outra, multicolorida, em laba~s. Inquietas, a sua lntellgênc!a ~. a sua v!bratllldade excepcional! de ver-se, em seus momentos de de viva voz, a sua eloqüência de;n verdadeiras catadupas, em formas is perfeitas, Impregnadas de lógica e de aperfeiçoamento no esfôrço hulvldual e coletivo. npos em tempos, costumava êle ln~uelas torrentes preciosas, com duas .mples e cordialmente comunicativas: !US amigos ... "' ;!nuava, sem mover-se quase de sua rporal costumeira, com a cabeça um !nada para a frente e como se, por us óculos escuros, estl vesse a olhar o longe e a ver, lá, multo longe, vibrantes - em algum ponto do nv!sível para o auditório, - aques tôdas, que jorravam de seus lábios, amente... · us amigos!. .. " Era como êle nos Jdos nós, seus OUY!ntes, sempre ateulados. o Augusto T eixeira de Freitas!. . . 1 estão, dizendo-te o último adeus, aigos", os teus admiradores, os teu a os continuadores da tarefa ingente, tesmo te Impuseste e a quantos se nos teus sábios ensinamentos, isto ma tarefa de dar ao Brasil as estae êle precisa ter e que hão de or e melho~. - maior, no sentido ·resso material, e melhor, no sentido ;ura moral. aces do n úmero dos vivos, ainda ente, pois m al vinhas começando tad.ra da existência. avia ainda em teu coração e em de bondade e de intellgência, mui~ serem convertidos em realldade... gel"al; muitos sonhos, os teus admiJs, por vêzes aparentemente utósempre inspirados nos propósltoe. mais puros, mais impessoais. e tua invejável inteligência criado ponto de vista moral, um ser m verdadeiro santo. Nem faltou tua completa glorificação espiartírio derradeiro, que foram os terríveis de teus últimos dias. nçamos, nem o pretenderíamos tos, misteriosos desfgn1ns divinos, Sos pontos de vista e~tr!tamente endemos que desapareceste ainda o que fôra n atural esperar-se. e a tua. vida mortal, mas, por alcançaste, desde agora, a !morao teu nome sonoro e3tará sema memória das gerações sucesrandlosa obra, cuja chama Inicial por tôda a tua vida, vigilante, m jogo sagrado, essa obra eterna, enomina Instituto Brasileiro de Esta tístlca. usto Teixeira de Freitas! No moe transpões o grande, o eterno, llêncio da Morte, os teus amigos elhos e todos os teus amigos do ndamente abalados pela tua p ara, e desde já ~audosos de tua ma, te deixam, aqui, comovidaúltimo adeus!. .. " -+c curso de férias para aperfê!çoamento de professôres secundários, promovido pela Faculdade Nacional de Filosofia, no período das férias escolares (meses de janeiro e fevere!~o), realizou-se mais um curso de Geogr afia destinado aos professôres dessa matéria sob a responsabilida de do Conselho Nacional de Geografia. Inscreveram-se 33 alunos, sendo 23 do Distrito F ederal, 9 dos estados (2 da Bahia, 1 do Espírito Santo, 1 do Piauí, 3 do Rio de Jan eiro, 1 do Rio Gran de do Sul, 1 de São Paulo) e 1 do território do Acre . Sete dos alunos m atriculados no curso de Geografia foram contemplados com bôlsas concedidas pelo Conselho. O programa foi constituído de duas partes, a saber: matérias de revisão de conteúdo e matérias de fundamentação pedagógica. A parte de conteúdo constou das matérias seguintes: 1. Metodologia da Geografia - Prof. James Braga Vieira da Fonseca; 2. Geografia Física A. Rel êvo - Prof. Antônio Teixeira Gue-:-ra - B . Clima - Prof. José Carlos J. Schmidt; 3. Geografia Humana - A. Geografi'a Urbana - Prof.• Elo!sa de Carvalho - B . Transportes fluviais e lacustres - Eng.• Moacir M. F. Silva c. Geografia Agrária Prof. Orlando Valverde; 4. G eografia do Brasil - A. Região Sul - Prof. Alfredo J. P . Domingues - B. Bacia do Paraguai - Prof. Alfredo J. P. Domingues; 5. B iogeografia Zoog eograjia Geral e do Brasil Prof. Alceu Magnaninl; 6. Cartografia - Prof. Héldlo Xavier Lenz César. No tocante à. segunda parte, duas foram as matérias ministradas: "Biologia Educacional", pelo Prof. J. Faria Góis Sobrinho, e "Fliosofia da Educação", pelo Prof. Raul Blttencou! t . Foram realizados também seminários e conferências sôbre os assuntos abaixo: seminários " O Plano Rodoviário Nacional". a cargo do Eng.• Moacir M. F. Silva; "As diferentes class!fica~ôes de clima aplicadas ao Brasil", a cargo do Prof. J. C. Junqueira Schmidt. Conferências: "Problemas G eográficos da Baixada Fluminense", Prof. Pedro Pinchas Geiger ; "A Imigração no Brasil", Prof. José Fernando Carneiro; "Aspectos Geo15ráficos da Amazônia", Prof. Lúcio. de Castro Soares; "Combustíveis e Fontes de Energia", Prof. Silvio Fróis Abreu. Além de uma excursão à cidade de Vassouras, orientada pelos p,ofs. Antônio Teixeira Guerra e Magnólia de Lima, ·foram realizadas visitas às seguintes instituições: Serviço de G eologia do Ministério da Agricultura, dirigida p elo Prof. Antônio José de Matos Musso; Divisão de Cartografia do C.N.G., dirigida pelo Prof. Héldio Xavier Lenz César; Refinaria de P etróleo de Manguinhos, dirigida pela secretária do Curso , Prof.• Magnólia de Lima. Compareceram às provas 16 professôres, dos quais apenas um não logrou aprovação. No encerramento, que contou com a presença do Prof. Antônio Carneiro Leão, diretor da Faculdade de Filosofia, discursa,am o Prof. João Cristóvão Cardoso, que dirigiu o referido curso, o Prof. 'Waldir Freitas de Oliveira pelos alunos de Geografia, a lém de outros. A propósito do curso de férias levado a efeito no corrente ano, é de assinalar ter sido o décimo de uma série ininterrupta. O acontecimento não passou despercebido, tendo-se a êle r eferido o Prof. Antônio Carneiro Leão, diretor da Faculdade Nacional de Filosofia, em artigo publicado no Jornal do Brasil . A contribuição do Conselho Nacional 197 de Geografia, semp::-e constante, para o êxito do empreendimento é, ali, posta em relêvo . CORONEL ROBERT R. ROBERTSON SUA VISITA DE INSPEÇÃO AOS óRGÃOS DO INTER-AMERICAN GEODETIC SURVEY - . NA DIVISÃO DE CARTOGRAFIA DO C.N.G. E NO SERVIÇO GEOGRAFICO DO EXÉRCITO - Estêve recentemente nesta capital, inspecionando os trabalhos do Inter-Amerlcan Geodetic Survey o coronel Robert R. Robertson, diretor dêsse órgão de cooperação lnteramer!cana, com sede no Panamá (Canal Zone) , e que se empenha no fornecimento de materiais pa~a execução de levantamentos e serviços de campo. . O I.A.G .S., através da sua secção brasileira (Brazll-Project), coopera com o Conselho Nacional de Geogra fia e a Diretoria do Serviço Geogr áfico do Exército, tendo ainda ligação com o Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais, na parte de m a régrafos . Representa Igualmente o govê,no norte-americano na Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, nos assuntos relatlvcs ao acôrdo cartográfico p a ra o Brasil. Durante a sua permanência nesta cidade, o coronel Robert R . Robertson visitou a DivisAo de Cartografia do Conselho Nacional de Geografia, mostrando-se satisfeito com o que ali teve oportunidade de ver. O secretário-geral do C .N.G., Eng.• Fábio de Macedo Soares Guimarães, ofereceu no Copacabana P alace um coquetel em homenagem ao ilustre visitante. Prosseguindo a sua viagem de inspeção, o coronel Robert R. Robertson rumou para Caracas. Revela-se que brevemente deverá deixar a chefia do I.A.G.S. para desempenhar nova comissão técnica que lhe será dada pelo govêrno do seu pais. Foi nomeado pa!a o pôsto que ocupa atualmente, em janeiro de 1953. Nessa qualidade, é o responsável pela execução do programa de mapas em colaboração para a América Latina. :l!:sse programa abrange 17 das repúblicas do continente e estende-se a mais d e 10.000 .000 de milhas quadradas. AGRACIADO · COM A MEDALHA DO PACIFICADOR NO SERVIÇO GEOGRAFICO DO EXÉRCITO - A Diretoria do Serviço Geográfico recebeu também a visita do coronel Robe't R. Robertson, que estava acompanhado pelo tenente-coronel Barton L. Harris, representante do I.A.G.S. no Brasil. Ao ensejo, o general Angelo Mendes de Morais, chefe do D.T.P., fêz entrega da med alha do Pacificador ao coronel Robert R . Robertson, concedida pelo govêrno brasllel~o. como demonstração de reconhecimento à colaboração prestada pelo Ilustre militar aos trabalhos cartográficos do Exército. A essa homenagem, estiveram presentes os generais Gélio de Araújo Lima, subchefe do D . T .P., e Nélson de Castro Sena Dias, ex-diretor do Serviço Geográfico. Respondendo à saudação que lhe fêz o general Aureliano Luis de Farias, diretor do Serviço Geográfico, o coronel Robertson agradeceu a honrosa condecoração que lhe fôra conferida e a hospitalidade com <tU e fôra recebido, manifestando a excelente impressão .causada pelo trabalho car.tográfico que ~ realiza naquele Serviço e ressaltando que & colaboração prestada pelo Inter-American Geodetic Survey pouco representa diante do esfôrço e da dedicação dos que nêle labutam. NACIONAL DE GEOGRAFIA FJ!:RIAS PARA APERFEIÇOAOFESSORES SECUNDARIOS OGRAFIA- MATJ!:RIAS LECIORAS NOTAS - Como parte do Certames A DIDATICA DA GEOGRAFIA EM DUAS ASSEMBLÉIAS DE PROFESSORES - Entre os dias 25 e 30 de agôsto do ano findo realizou- -se, em Palermo del Grappa, a VII Assembléia Nacional do "Movimento Circoli O:ella Didattica", com a participação de 350 professôrea 198 BOLETIM GEOGRÁFICO -das escolas secundárias de tôda a Itál!a, além de professOres universitários e Inspetores do Ministério da Instrução Públ!ca. A didática da' Geografia nos vários ramos de escolas de n!vel médio foi amplamente focal!zada . Uma das contribuições foi apresentada pelo Prof. E. Malesanl que estudou os objetivos, métodos, meios e subsídios para o ensino da Geografia à luz da escola ativa. Ventilou-se também o problema da Geog~afla como melo de desenvolvimento da personal!-dade do educando. Os problemas da Geografia Matemática, a utilização das cartas geográficas e topográficas foram também debatidos. Entre os dias 29 de agôsto e 5 de setembro Castlgl!on de! Lago reuniu os participantes da VII Assembléia de Educadores, organizada pela secção ltal!ana da "Fra.ternltà Mondlale" e pelos Profs. Margherlta Fasolo e Aldo Pett!nl, tendo como tema o seguinte: "Como o ensino da Geografia pode contribuir para melhorar as relações humanas" . As discussões giraram em tõrno do ensino da Geografia no curso primário . Notável foi a atuação nesse congresso dos Profs. E. Bernasconl, R . Laporta e A. Pett!nl. XVII CONGRESSO GEOGRAFICO ITALIA NO - Deverá real!zar-se em Barl, na primavera do ano vindouro, o XVII Coug~esso Geográfico Ital!ano, conforme del!berou a junta do Comitê Permanente dos Congressos Geográficos Ital!anos. . XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA NúMERO DE ADESOES RECEBIDAS RESUMO DE COMUNICAÇõES - CONTRIBUIÇOES A GEOGRAFIA MÉDICA - DELEGAÇãO ITALIANA - EXPOSIÇãO CARTOGRAFICA BOLSAS- OUTRAS NOTAS- Pl.JBLICAÇOES DO CONGRESSO - GENERALIDADES - Continuamos a divulgar Informes acêrca dos preparativos dêsse Importante certame, com base nos dados extraídos do Boletim publ!cado pela Q:>mlssão Organizadora. ADESõES Até 29 de feverel~o era de 513 o número de adesões ao Congresso. Essas adesões são de diversos países a saber: Asla - índia (5), Irã (1), Israel (2), Japão (25) e Paquistão (3); Afrlca - Afr!ca do Sul (4), Afr!ca Ocidental Francesa (4), Argél!a (2), Costa do Ouro (2), Marrocos (3), Tunísia (2); Américas -Argentina (9), Canadá (13), Colômbia (1), Cuba (4), Equador (1), Estados Unidos (105), Ha!t! (1), México (2), P anamá (1), Peru (5), Uruguai (8) e Venezuela (2); Europa - Alemanha (35), Austr!a (3), B élgica (7), Dinamarca (5), Espanha (8), França (65), Finlândia (2), Holanda (4), Inglaterra (21), Irlanda (1), Itál!a (18), Noruega (2), Polônia (1), Portugal ( 8), Suécia ( 5), Suíça ( 4) ; Iugoslávia (3) e Turquia (1); Oceânla - Austrália (3) e Nova Zelândia 2), Indonésia (1). A l!sta das Instituições já Inscritas há a acrescentar as seguintes: Instltut de Géograpble de la Faculté de Lettres de Lyon França; Ibero-Amer!kan!sche Blbl!othek Alemanha; Geog~aph!cal Inst!tute of the State Un!vers!ty of Utrecht Holanda; Inst!tut Univers!talre des Terr!to!res d'Autre-Mer de Belglque - Bélgica. Algumas Instituições brasileiras, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e a Sociedade Brasileira de Geografia já se . Inscreveram, também, como membros Internacionais do Congresso. Resumo -de comuntcaçlle' Até 5 de Janel~o. tinham sido recebidos 103 r esumos, que vão relacionados, por ordem alfabética dos autores: AHMAD, Kazl S., Paquistão "Water Supply In the Indus Plaln and Allled problema" AMIRAN, D . H. K. e Y . Kedar, Israel "Tecnlques of Anclent Agrlculture In the Negev of Israel" AMIRAN, D. H. K., Israel "The expanslon of Settled land In Israel" AMIRAN, D . H . K ., Israel "Two types of Border of Arldlty In Palestlne" ALPERT, Leo, Estados Unidos "Poss!btut!es of !n!tlat!ng Ra!nfall In Puerto Rico by means of cloud Seed!ng" . B-1\TALLA, Ange! B assols, México "Sugestlons fo~ a B!bl!ograph!cal classlficat!on of Geograph!c Interest" BATALLA, Angel Bassols, México "Geograph!cal cr!ter!on for tbe establ!sbment of a Network of Meteorologlcal Stat!ons In Mexlco " BATALLA, Ange! Bassols, México "The Typ!cal rural hab!tat!on of five reg!ons o! Mex!co . Its relat!onshlp wlth the phys!cal env!ronment, the cultural her!tage, tbe way of l!fe and the social structure" BEAUJEU-GARNIER, Jacquel!ne, França "M!grat!ons et evolut!on rég!onale de la natal!té en France de 1851 à 1952" BEAUJEU-GARNIER, Jacquel!ne, França "Rapport entre _!e rel!ef et la nature des roches dans les mass!fs crls1Jal!ns" BEAUJEU-GARNIER, Jacquel!ne, França "Répartltlon G.e ographlque de la mortal!té exogêne" BffiOT, P., França "L'orlglne des rel!efs réslduels sur les socles crlstall!ns" BLUTHGEN, Joach!m, Alemanha "Synoptlc relat!ons between equatorial and ekt~oplcal cl!mates" BOESCH, Hans H., Suíça "Small Scale Mapplng and !nterpretlng from Alr-Photos" BOESCH, Hans H . e Gerhaad Furrer, Suíça "Structure solls In Alplne Swltzerland" BOESCH, Hans H . e Gerhaad Furrer, Suíça "The demonstratlonal value of geomorpbologlcal experimenta" BOESCH, Hans H. e Max Bronhofer, Suíça "The decline of the "Tba ree-Zelgen System" In Northeastern Sw!tze~land" BOESCH, Ha ns H . e Max Bronhofer, Suíça "The changlng Agricultura! Scene Interpreted from Aerlal Photographs" BOESCH, Hans H . e Hans Caro!, Suíça "Principies of the concept Landscape" BROUILLETTE, Benolt, Canadá · "Les conséquences de la canalisatlon du Salnt-Laurent sur les exportatlons Canadlennes de céréales" BURRIL, Meredlth F ., Estados Unidos "Internatlonal Standa rdlzatlon of Geographlc Names" BURRIL, Me~edlth F., Estados Unidos "Terms for Wetlands In the Un!ted States" CAMPBELL, Ella M . J ., Inglaterra "The use of trave! descrlptlon In the reconstructlon of the Past Scene. - Wlth spec!al reference to the Phtupp1ne Islanas, 1852-1860". CATELLIER, Hubert, Canadá "Influences de l'h!ver sur l 'habltatlon rurale dans la provlnce de Quebec" CHABOT, Georges, França "La Géographle de la recreatlon" CHAVES Edson Rodrigues, Brasil "Importance of Geographlcal the forma tlon o f polythelstlc a thelstlc rel!glons" · CHEBATAROFF, J ., Uruguai "Origine et évolutlon des mers < (specialment de !'Uruguay) CHEBATAROFF, J ., Uruguai "Qualques aspects de la végé !'Uruguay et de Rio Grande do évolutlon" . COLE Monica Mary, Inglaterra ' "The me=lts and Um!tatlons of Maps" With particular reference to ar Intense cultlvatlon b) Sub-mar! COLE Monica Mary, Inglaterra "The emergence of South Afr !ndusttlal natlon" COLE Monica Mary, Inglaterra "Temperature a nd humldity aJ (A new tchnlque) CULBERT, James 1., Estados Unlq "Rural dwell1ngs of the Rio Gl'l and the Lla no estacado ?f Nl sbowing the influence of spaJ and indlan cultures" DAMBAUGH, Luella N., Esta.~os U . "Progress in Puerto Rico DEFF0 NTAI.NES, P!erre, França . "Le stade inltlal de la Géograp. est un stade religieux" DEFFONTAINES , Pierre, Fra~çe. "L'invasion de la vie pastorale e !atine" OIETRICH, Siglsmond da R ., Esta "Austrla: A study In pol!tlcal ORESCH, J ., França "Les• surfaces d'aplanlssement E r siduels sur socle crlstall!n troplcale" ORESCH, J., França "Les dépressions fermées enca!J gion arlde" t FONCIN, M ., França "Contributlon à l'étude de 1: phie ancienne du Brésll" . FOSCUE, Edwln J., Estados Unia "The forest reglon of east T GARAYOA, Angel Abascal, Espanl " Les mlgratlons lntérieures e1 leurs c a uses". GARAYOA, Angel Abascal, Espanl "Sugestlons pour une classiflc graphlque d 'lnterê1;. geographil GARA YOA, Angel Abascal, Espanl "Les Tcansformatlons du pays Pampelune" GARRY Robert J., Canadá "Le~ transporta aérlens du Car GEORGE Plerre, França "Essa:! de classlfication des différenclatlon des quartlers dlfferents types de grandes v! GROBER, Alemanha " Trlennlum blocl!matlcum tro GROSS ; Herbert H., Estados Unld "A survey o f the research IJ Education in the United Sta GUILCHER, André, França "L'utillsatlon des photograpb d ans l'étude des réclfs coralll~ pris à Madagascar" GUILCHER André, França "L'enva~ment de le l'estw Kaptchez (Gulnée Française) HANCE, Willlam A. e Irene E stados Unidos , "Port development and Rall• Portuguese west Afr!ca" HANRATH, Joh. J., Países Baixo "La concur ~ence et la coo1 moyens dlfferents de transi pays troplcaux. La Coordlnat ICO Resumo -de comunjcaçõe.s 5 de Janel~o. tinham sido recebidos ~os, que vão relacionados, por ordem • dos autores: Kazl S ., Paquistão ~r Supply In the Indus P!aln and problems" D. H. K. e Y. Kedar, Israel tiques o! Anclent Agrlculture In the ot Israel" D. H. K., Israel expanslon o! Settled land In Israel" D . H. K., Israel types ot Border o! Arldlty In Pa- e" Leo, Estados Unidos b111tles ot lnltlatlng Ralnfall In Puerto by means o! cloud Seedlng". , Ange! Bassols, México stlons to~ a Blbllographlcal classl!lof Geograph!c Interest" , Ange! Basso!s, México raphlca! criterion for the estatent o! a Network of Meteoro!ogical ns in Mexico" . Ange! Bassols, México Typical rural habltation o! tive reof Mexico . lationship with the physlcal envlnt, the cultural heritage, the way o! ld the social structure" ·GARNIER, Jacquellne, França ,tions et evolution réglonale de la é en France de 1851 à 1952" GARNIER, Jacquellne, França )rt entre _!e rellef et la nature des dans les massifs criMallns" GARNIER, Jacquellne, França tltlon G.e ographique de la mortallté e" França ne des rellefs résiduels sur les sacies ns" i, Joachlm, Alemanha tlc relatlons between equatorial and cal clima tes" ãans H., Suíça Scale Mapping and lnterpreting ir-Photos" ans H. e Gerhaad Furrer, Suíça ure solls in Alpine Swltzerland" ans H . e Gerhaad Furrer, Suíça monstrationa! value of geomorphoexperiments" ans H. e Max Bronhofer, Suíça ecllne of the "Tharee-Zelgen SysNortheastern Switze~Iand" a ns H . e Max Bronho!er, Suíça anging Agricultural Scene Interrom Aerial Photographs" ans H . e Hans Caro!, Suíça les of the concept Landscape" TE, Benolt, Canadá nséquences de la canall_sation du uren t sur les exporta tlons Canade céréales" redith F ., Estados Unidos tlonal Standard!zatlon o! Geogra- mes" ~ed!th F., Estados Unidos or Wetlands In the Unlted States" Ella M. J ., Inglaterra of tra vel descr!ptlon in the reon of the Past Scene. - W!th ference to the Ph1!1pptne Islancts, . Hubert, Canadá es de l 'hiver sur l'hab!tation rula province de Quebec" orges, França · raphie de la ;recreation" NOTICIARIO CHAVES, Edson Rodrigues, Brasil "Importance of Geograph!cal factors in the formatlon of polythe!st!c and monotheist!c rellgions" CHEBATAROFF, J., Uruguai "Origine et évolut!on des mers de rochers, (spec!alment de l'Uruguay) CHEBATAROFF, J., Uruguai "Qualques aspects de la végétat!on de l'Uruguay et de Rio Grande do Sul et son évolutlon" , COLE, Monica Mary, Inglaterra· "The me~!ts and llm!tat!ons of Land use Maps" W!th particular reference to areas of : a) Intense cult!vation b) Sub-marginal land . COLE, Monica Mary, Inglaterra "The emergence of South Africa as an Industrial nat!on" COLE, Monica Mary, Inglaterra "Tempera tura a nd humid!ty analyses" (A new tchn!que) CULBERT, James I ., Estados Unidos "Rural dwelllngs of the Rio Grande valley and the Lla no estacado of New Mex!co, showing the lnfluence ar· spanish, anglo and !nd!an cultures" DAMBAUGH, Luella N., Estados Unidos "Progress In Puerto Rico" DEFF0NTAINES, P!erre, França "Le stade ln!t!al de la Géograph!e Urba!ne est un stade rel!gieux" DEFFONTAINES, Pierre, F~a nça "L'!nvas!on de la v!e pastórale en Amér!que !atine" DIETRICH, S!g!smond de R ., Estados Unidos "Austr!a: A study In polltical Geography" DRESCH, J ., França "Les• surfaces d'aplanissement et Ies rellefs résiduels sur sacie crlstallln en Afrlque trop!cale" DRESCH, J ., França "Les d épresslons fermées encalssées en réglon ar!de" • FONCIN, M., França "Contrlbutlon à l'étude de lar cartofi:raph!e anc!enne du Brés!l" FOSCUE, Edw!n J., Estados Unidos "The forest reg!on of east Texas" GARAYOA, Angel Abascal, Espanha . "Les m!grat!ons !ntér!eures espagnoles et leurs causes". GARA YOA, Angel Abascal, Espanha "Sugest!ons pour une class!flcat!on b!bl!ograph!que d'!nterêJi geograph!que" GARAYOA, Angel Abascal, Espa nha "Les T:-ansformat!ons du paysage rural de P a mpelune" GARRY, Robert J., Canadá "Les transports aér!ens du Canadá" GEORGE, P!erre, França "Essa! de classifica t!on d es facteurs de d!fférenc!at!on des quart!ers urba!ns dans dlfferents types de grandes v!lles" GROBER, Alemanha "Tr!enn!um b!ocllmat!cum trop!cale" GROSS; Herbert H., Estados Unidos "A survey of the research In Geographlc Educat!on In the Un!ted States" GUILCHER, André, França "L'ut!l!sat!on des photograph!es aérlennes dans l'étude des réc!fs corall!ens. Exemples prls à Ma dagascar" GUILCHER, André, França "L'envasement d e le l'estua!re du Rio K a ptchez ( Gu!née França!se) " . HANCE, Wlll!am A. e Irene Van Doncen, Estados Unidos • "Port development and Ra!lway L!nes In Portuguesa West Afrlca" HANRATH, Joh. J ., Países Baixos "La concur:ence et la coord!natlon des moyens dlfferents de transport dans les pays troplcaux . La Coordlnat!on des trans- 1119 ports dans une soc!été plurallste: L'Indonésle" HANRATH, Joh. J., Holanda "The development of ports In relatlon to the Network of Transportat!on" HANRATH, Joh. J., Holanda "Industrlal!zat!on and rural - development In Under-developed countr!es . Mutual relatlons between agricultura and lndustry" HILLS, Theo L., Canadá " Industrial Montreal and Salnt LawrenceSeaway development" HORIGUTI, Tomolt!, Japão "A Medicai Geograph!cal Study o! a d!stosom!as!s Japon!ca In Japan" IÉSíC, Svetozar, Iugoslávia "La Géographle et la plan!f!catlon réglonale en Yougoslavle" IÉSíC, Svetozar, Iugoslávia · "Problêmes Géograph!ques dans la redlv!s!on adm!n!strat!ve de la Yougoslav!e" ISIDA, Ryuz!ro, Japão "Geog:-aphy of the lndustr!allzatlon o! Japan" JOURNAUX, André, França "Les Concrét!ons ferruglneuses d'orlg!nelacustre et leurs rapports a vec Ia morphologle" JOURNAUX, André, França " La recherche Géographlque en France" KAMPP, Aa., Dina marca "A Geographlcal study ,o! the spllttlng-up of Danlsh Agricultura! p:operties" KA,RAN, Pradyumna P ., Estados Unidos "Industrial Geography o! Chata Nagpur, Ind!a" " A study in ihe impact of industrlallzatlon In Ind!a" KARAN, Pradyumna P ., Estados Unidos "Land types and agricultura! pract!ces In a tropical v!llage" KIUCHI, Sh!nzo e Yoko Aono, Japão "The 'C!ty Boom• In Japan, and the characters of the " Agricultura! City". KORCAK, Jaromlr, Tchecoslováquia "La comparaison Géog ~aphlque des grandes villes". KRAL, J!ri, Tchecoslováquia "Aer!al photographs In Urban Geography .. KRAL, Jiri, Tcheoslováqula "The use of aerial photographs and aerlal ethnography In the study o! rural settlement and rural economy" LAMOTTE, M. e G . Rouger!e, França "Les N!vaux d'éros!on lntérleurs dans l'ouest Af:tcà!n" LAMOTTE, M. e G. Rougerle, França "Styles des rellefs de l'Afrique Oc!dentale" LAMOTTE, M . e G. Rougerle, França "Rapports des cuirasses f erruglneuses avec la végétatlon et avec l'homme" LAMOTTE, M. e G. Rougerie, França "Génêse de certa!nes cuirasses ferrugineuses em Afrique Occ!dentale" LAPEYRE, André, França "Act!on mutuelle de l'ecorce terrestre et de son Noyau" LAUTENSACH, Hermann, Alemanha "The annual march o! the rates of temperaturas decrease w!th altitude In the d!fferent cllmat!c reglons of the world" LEHOVEC, Otto, Alemanha "A mDdel of the Landscape" LEHOVEC, Otto, Alemanha "A contr!but!on to the Imigrat!on problem" MALAMID, Alexander, Estados Unidos "Some appllcat!ons o! thuenen's theory of spatial distrlbut!ons in Geograph.lcal analysis of economic development" MELIK, Anton, Iugoslávia "Les sois fosslles comme slgnes d'exolut!on Plelstocêne" MILOJEVIC, Borlvoje z., Iugoslávia "Réglons subtroplcales de Y!'ugoslavle" 200 BOLETIM GEOGRAFICO MILOJEVIC. Bor!voje z., Iugoslávia "The Teach!ng of regional Geagraphy at the Un!ve~slt!es" MOMIYAMA, Masako, Jap!íC' "~tud!es on medica! Geography or tuberculos!s In Japan" MOMIYAMA, Masako, Japão "Methodology of medica! Geogmphy" NAKAHARA, Magokch!, Japão " On the w!nds of the five m.1!n reg!ons In Japan" NANGERONI, G!useppe, Itál!a "Les sois foss!les comme s!gnes d 'evolut!on climatlque en Italie" NANGERONI, G!useppe, Itália "L'hab!tat!on rurale dans Ia Lombal:'dle (Italie) et ses . rapports avec !e m!l1eu phys!que, l 'hér!tage culturel, les genres de vle et la structure social e". NEIVA, João Manuel Cotelo, Port~gal "Latérltes de !'De du Prlnce" NEIVA, João Manuel Cotelo, Portugr.l "Morphologle litto~ale de l'Ile de Porto-Santo" NISHIMURA, Kasuke, Japão "Sheet Eros!on and climatlc ch!mge in the Chugo Ku Mounta!ns" NOYES, John R., Estados Unidos "Transportatlon Trends in Northwestern North Amerlca" OGURI, Hiroshl, Japão "Communal forests as a Communlty tie in the development of Japanese v1!lages" OTTE, Hermann F., Estados Unidos "Changing patterns of U.S.A. ore supply. A case study In materiais procurement". POUQUET, Jean, França "Some types of . evolutlon of th~ relief In F ~ench Gulnea. Hydrographlc process and cu!r~sslng phenomena on the helghts of Fouta D!alon (French West Afr!ca)" POUQUET, Jean, França "Eroslon and restaurat!on of the solls in Fouta Dlalon (Labé D!strlct) French Guinea, Accordlng to the first f!nd\ngs of the Pouquet Exped!t!on (Fouta D!alon Comm!ttee)" PREVOT, Victor, França "La Géograph!e dàns les classes term!nales des Lycées França!s" PREVOT, Victor, França "Le rég!me de la Se!ne" RAISZ, E:-w!n, Estados Unidos "The com!ng of the Lanct,-Type Map" RAISZ, E:-w!n, Estados Unidos "A new s!x-foot rel!ef globe" REGALES, Manuel Ferrer e Salvador M. Fernandez, Espanha "Les Ramblas du Jlloca Moyen" REGALES, Manuel Ferrer e Salvador M. Fernandez, Espanha "Les formes du Relief !e centre de Ia ~épress!on de l'Êbre" ROCHEFORT, Michel, França "Determ!nat!on des types de v1lles d'un réseau urba!n: méthode d 'analyse de la populat!on act!ve" RODENWALDT, Ernst, Alemanha "The Geomed!cal slgn!f!cance of man's !nfluence on the earth's surface" RODENWALDT, E. e H. J. Jusatz, Alemanha "On the methods of the cartograph!c :cepresentatlon of the dlstr!but!on and movement of ep!dem!c d!sseases" ROUGERIE, G. · "Le n!veau des 200 m . et les n!veaux r écents en cõtll d 'Ivo!re" BAEZ-GAFWIA, L., Espanha "Character!st!cs of Iber!an per!glac!ers formed by d!fferent snow cond!t!ons" SAMANES, Alfredo Flor!stán e Joaquim B. Maurel, Espanha "L'em!grat!on Andalouse" SCHILZ, Gordon B., Etiópia "D!str!butlon of v!llages in Shewa prov!nce, Eth!op!a" SCHILZ, Gordon B ., Etiópia "Lanàforms of Shewa prov!nce, Eth!opia" SESTINI, Aldo, Itália "Dens!té de populat!on et dens!té opt!mum en Italie en rapport avec les tchn!ques d'occupat!on du sol". SESTINI, Aldo, Itália "Methodes et exemples de représentat!on cartograph!que s!multanée des fa!ts phys!ques et huma!ns" SMEDS, Helmer, Finlândia "The populatlon capac!ty of the Eth!op!an H!ghland" SOUSA, Benedito José, Brasil "L'énerg!e electr!que em Minas Gerais" SPATE O. H . K ., Austrália "Thends in industrial locatlon in .Ind!a" SPATE O. H . K., Austrália "New Delh! and Canberra, Federal Capitais". STERNBERG, H!lga~d O'Re!lly, Bras!! "Rad!ocarbon datlng, as applied to a problem of Amazon!an morphology" STEVENS, Rayfred L. , Estados Unidos "European colon!es in the tropical LowIands of Mex!co" STEVENS, Rayfred L., Estados Unidos "Mex!co, 150 Kears after Humboldt. Chang!ng forms and functlons of the road from Acapulco to Vera Cruz" TRICART, J ., França "Correlat!on des p érlodes pluv!ales et arides au Nord et au Sud du Saha:ca" GUERAND, Robert, França "Relief Insula!re et M!crocl!mats littoraux aux Açores". TRICART, J ., França . "Types de lits fluv!aux et b!oclimat!que. en Afr!que occ!dentale" TRICART, J ., França "Types de systémes agr!coles et n!veaux de v!e en Afr!que Occ!dentale França!se" VEYRET-VERNIER, Germa!ne, França "La product!on Hydro-électr!que en montagne. Types d'équlpement et problémes de réguIa ~ !sat!on". VEYRET, Paul, França "Industr!alisat!on et progrês agr!cole dans Ies Alpes França!ses" W ADA, Shunj!, Japão "H!stor!cal-Geograph!cal conf!rmatlon of r acial d!fference in response to accl!mat!zat!on in the trop!cs" WARMAN, Henry J ., Esta dos Unidos "Telecast!ng Techn!ques in Geography" YONEKURA , J!ro, Japão "Hlstor!cal development of the polit!cal-adm!n!strat!ve d!v!s!on of Japan". ZAMORANO, Mariano, A~g entlna "L'hab!tat!on rurale typ!que à Mendoza" . Contrato de professóres para Faculdades de Filosofia e outras instituições cientificas brasileiras Sobem a 37 as propostas de contrate de professõres estrangeiros que desejam, aproveitando sua vinda ao XVIII Congresso Internacional de Geog,af!a, leciona r nas Faculdades ou outras instituições c!entif!cas do Bras!l. As propostas já divulgadas, acrescentam-se as seguintes: WILHELM LAUER (Alemanha): Estudos de Geografia, Geologia, Meteorologia e História na Universidade de Bonn; Doutor em Geografia; Assistente dos Departamentos de Geografia das Universidades de Bonn (Prof. Troll) e de Klel (Prof. Schm!eder). Espec!al!dade: Cl!matolog!a, B!ogeograf1a, Geografia agrária, regiões tropicais. Cargo atual: Assistente do Instlt1 gráfico da Universidade de Klel. desejado: Lecionar em alguma in bras!! eira . B h JOHN P. ANGELLI (E .U.A;): ~c.. I Universidade de Clark e Mast~ r pela Universidade de Harvard; Pro} Universidades de Ha ~vard e de _Po Espec!al!dade: Geografia econom blemas de áreas subdesenvolvidas, mente, a América Latina, Geog litlca. Cargo atual: Professor da Unlver Maryland. Contrato desejado: Ensinar de setembro, podendo lecionar em em espanhol . ANDRE' JOURNAUX (França): Agreg grafia e Doutor em Let~as. Especialidade: Geomorfolog!a, Ge• comércio . G cargo atual: Professor de ec Faculdade de Letras da Un!ver ~~~~~ato desejado: Assistente-"! GEORGE ADRIAN DE NEVE (Indon plomado em Engenharia Clv!l pe sida de Técnica de Bandung, dipl Geologia pela Faculdade de FI Universidade de Leyden, EngenhE nas pela Universidade T écnica Espe"Cialldade: Geologia e Paleo cargo atual: Diretor e Geó!og< Departamento de Exploração da• Estanho Bangha · Contrato desejado: Assistente-"! Conferencista ou consultor-tê• rante 3 meses, sôbre Geologia, g depósitos minerais e Vulcanogr J. M BAILEY (Inglaterra): Bachar• grafia pela Universidade de . memb•o da Sociedade Geogra dense: "Master of Arts" pela O de Cambrldge. Especialidade: Ensino da Geog: Cargo atual: Diretor e Geólog Geografia no Wymondham Co. Contrato desejado: Não Indica CYRIL HENRY WINDHAM (União na): Diplomado em Medicina versidade de Wltwatersrand, Jo Pesquisador-Assistente da Po School of London, membro ele! College of Phys!clans. Especialidade: Geografia méd!< cargo atual: Dl,etor do Apphe< Laboratory (Transvaal and C state Chamber of Mines) · Contrato desejado: Professor v Contribuições à Geografia Pela primeira vez, num Cong nacional de Geografia, serão disc~ tos em que a Geografia e a Med < aentam intimamente ligadas. Um s!dentes dessa Secção será o prc Rodenwaldt, diretor do Instituto da Universidade de Heidelb~rg e ec Mundial de Moléstias Ep!demlcas . ' Henrique Pimenta Veloso e José Moura apresentaram interessante Instituto Oswaldo cruz, cuJOS tr moléstias tropicais são conhecido inteiro, vai apresentar as segu!n\ ções: l) ·"A prese_nça das espécie aubgênero kerteszta em comunid típicas, como índice para U'!' ' geral dos três vetores da malar. Bras!!" (Drs. Henrique Pl•n~nta venâncio de Moura); 2) ~s \ subgênero kerte$zia em relaçao ' das bromeliáceas nos estados de Gordon B., Etiópia rlbutlon o! vl!lages In Shewa provlnce, pia" Gordon B., Etiópia lforms o! Shewa provlnce, Ethlopla" Aldo, Itália ;lté de populatlon et denslté optlmum :alie en rapport a vec les tchnlques lpatlon du sol". Aldo, Itália todes et exemples de représentatlon :raphlque slmultanée de& !alts physlet humalns" :Ielmer, Finlândia population capacity ot the Ethiopian Lnd" :enedito José, Brasil •rgie electrique em Minas Gerais" H . K., Austrália .ds in industrial locatlon in India" H. K., Austrália Delhi and Canberra, Federal CaRG, Hll ga~d O 'Re1lly, Brasil >carbon d ating, as applled to m of Amazonian morphology" a Ray!red L ., Estados Unidos >ean colonies In the tropical Lowof Mexlco" Rayfred L ., Estados Unidos :o, I50 Kears after Humboldt . lng forms and functions o! the road A.capulco to Vera Cruz" J ., França ation des périodes pluvlales et artNord et au Sud du Saha:-a" Robert, França Insulaire et Microcllmats llttoraux ores". J ., França . de llts fluviaux et blocllmatlquee que occldentale" J., França de systémes agricoles et niveaux de Afrique Occidentale Française" ERNIER, Germaine, França duction Hydro-électrique en mon- équlpement et problêmes de régun". aul, França iallsa tion et progrês agricole dans s Françaises" nji, Japão al-Geographical confirmatlon ot fference in response to accllm atln the tropics" enry J ., Estados Unidos lng Technlques in Geography" Jlro, Japão l development of the PQllticalrative divislon o! Japan" . Mariano, A~gentlna ion rurale typique à Mendoza" . protessõres para Faculdades de outras instituições cientificas brasileiras 37 as propostas de contrato de trangeiros que desejam, aproveida ao XVIII Congresso Internaog~afla, leciona r nas Faculdades itulções cientificas do Brasil. as já divulgadas, acrescentam -se UER (Alemanha): Estudos de Geologia, Meteorologia e Hisniversidade de Bonn; Doutor em Assistente dos Departamentos la d as Universidades de Bonn ) e de Klel (Prof. Schmleder) . e: Climatologia, Blogeografta, grária, regiões tropicais. NOTICIARIO Cargo atual : Assistente do Instituto Geográfico da Universidade de Klel. Contrato desejado: Lecionar em alguma instltulçâo brasileira . JOHN P . ANGELLI (E.U.A.) : Bacharel pela Universidade de Clark e "Master" e Doutor pela Universidade de Harvard; Professor nas Universidades de Ha~vard e de Pôrto Rico . E specialidade: Geografia econômica, problemas de áreas subdesenvolvidas, especialmente, a América Latina, Geografia polltlca. Cargo atual : Professor da Universidade de Maryland . Contrato desejado: Ensinar de julho a setembro, podendo lecionar em Inglês ou em espanhol . ANDRE' JOURNAUX (França): Agregé de Geografia e Doutor em Let~as. Especialidade: Geomorfologla, Geografia do comércio. Cargo atual: Professor de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Caen. Contrato desejado: Assistente-Técnico. GEORGE ADRIAN DE NEVE (Indonésia): Diplomado em Engenharia Civil pela Universidade T écnica de Bandung, diplomado em G eologia pela Faculdade de Filosofia da Universidade de Leyden, Engenheiro de Min as pela Universidade T écnica de Delft . Espedalidade: Geologia e Paleontologia. Cargo atual: Diretor e G eólogo-Chefe do Departamento de Exploração das Minas de Estanho Bangha. Contrato desejado: Assistente-Técnico. Conferencista ou consultor-técnico, durante 3 meses, sôbre Geologia, geologia dos depósitos minerais e Vulcanogr afla. J . M. BAILEY (Inglaterra) : Bacharel em Geografia pela Universidade de Cambridge, memb!o da Sociedade Geográfica Canadense , " Master of Arts" pela Universidadede Cambrldge. Especialidade : Ensino da Geografia. Cargo atual: Diretor e Geólogo-Chefe do Geografia no Wymondham College. Contrato desejado: Não indica . CYR!L HENRY WINDHAM (União Sul-Africana) : Diplomado em Medicina pela Universidade de Wltwatersrand, Joha nnesburg, Pesquisador-Assistente da Post-Graduate School ot London, membro eleito do Royal ·college o f Physlclans . Especialidade: Geografia médica. Cargo atual: Dl ~etor do Apphed Physlology Laboratory (Transvaal and Orange Free State Chamber of Mines). Contrato desejado : Professor visitante. Contribuições à Geografia Médica Pela primeira vez, num Congresso Internacional de Geografia, serão discutidos assuntos em que a Geografia e a Medicina se ap.~e­ aentam intima mente ligadas. Um dos co-presidentes dessa Secção será o professor Ernst Rodenwaldt, diretor do Instituto de Higiene da Universidade de Heidelberg e editor do Atlas Mundial de Moléstias Epidêmicas. O professor ' Henrique Pimenta Veloso e José Venâncio de Moura apr esentaram interessante trabalho. O Instituto Oswaldo Cruz, cu jos trabalh_s sô~re moléstias tropicais são conhecidos no mundo Inteiro. vai apresentar as seguintes contribuições: I) " A presença das espécies anofelis do subgênero k erteszia em comunidades vegetais típicas, como índice para um m a peam enti:l geral dos três vetores da malária do sul do Brasil" (Drs. Henrique Pimenta Veloso e José Venâncio de Moura); 2) "Os anofelinos do subgênero kerteszia em relação à distribuição das bromeliáceas nos estados de Santa Cata- 201 rlna e Paraná" (Drs. Henrique Pimenta Veloso e Pedro Fontana Júnior); 3) "A distrlbulçâo da doença de Chagas no Brasil" (Dr. Emanuel Dias); 4) "A distribuição d a esqulstossomose no Brasil " (Dr. Emanuel Dias) ; 5) " Aspectos climáticos do problema bromélia-malária" (Dr. Má rio B . Aragão). Delegação italiana Reuniu-se, em Florença, no dia 24 de dezembro de I955 , a delegação oficial d a Itália, sob a presidência do professor Roberto Almaglà, composta dos seguintes membros: Pro!. Ferdlnando Grlbaudl (Turim); Pro!. Elio Migliorlno (Nápoles); Prof . Alberto Mor! (Pisa); Pro!. G . L . Nangeroni (Milão); Pro!. Aldo Sestlno (Florença); Pro!. Umberto Toschl (Bolonha) . Nessa reunião tratou-se da participação da Itália nos trabalhos das diversas Secções do Congresso. Exposição cartográfica e geográfica Por ocasião do Cong~esso serâo realizadas exposições cartográficas e geográficas brasileir as e estrangeiras. A relação já divulgada das entidades de diversos países que participa rão da exposição programada, há a acrescenta r o Brltlsh National Commlttee for Geography, que pediu :reserva de 80 m ' de parede para seu material de exposição, e o Geographical Departament da Universidade de Copenhague, que pretende apresentar uma coleção de mapas, mostrando os diferentes tipos de pesquisa geográfica que estão sendo realizados por êsse Departamento. Bólsas Até 30 de janeiro, tinham sido recebidos 63 pedidos de bOlsas de geógrafos e pro!essôres estrangel~os, entre os quais estão cientistas dos seguintes países : Estados l!Tnldos (11), Inglaterra ( 11) , França ( 11) , Alemanha ( 6) , Itália (4), Peru (3), Austrália (2), Austrla (2), Canadá (2), União Sul Africana (2), China (1) , Dinamarca (1), Egito (1) Espanha (3), Finlândia (1), Holanda (I), Indonésia (I), Irlanda ( 1) , Islândia (I), e Paquistão ( 1) . Outras notas PUBLICAÇõES DO CONG~ESSO - Estabelecimentos de ensino, academias de ciências ou d e letras, sociedades científicas, blbllotecas, emprê·s as comerel ais, rtlpartlções públicas e organizações poderão recebe ~ as publlcações do Congresso deSde que se inscrevam como "Membros Coletivos". Com êsse fim dezenas de universidades, blbllotecas e outras Instituições estrangeiras já fizeram sua inscrição. A reallzação do Congresso dará ensej o à publlcação de nove gulas de excursão, de uma colet~nea dos resumos das comunicações, apresentadas ao Congresso, e dos Anais do Cong~esso. Tais publicações serão de grande lnterêsse, não só para os estudiosos da Geografia, mas para todos que desejem conhecer melhor o Brasil e o mundo. Os gulas de excursão não conterão mera descrição de itinerário; encerrarão ademais uma anállse completa da região estudada . Generalidades COMO ESTA' CONSTITUíDA A COMISSAO NACIONAL DA UNIÃO GEOGRAFICA INTERNACIONAL - A União Geográfica Inte~aclo­ nal promove periodicamente congressos de Geografia, com a p articipação de geógrafos do mundo inteiro, os quais se vêm realizando, BOLETI~ • GEOGRÁFICO desde o século passado com ,intervalos de 3 ou 4 anos, em média. Têm êles por finalidade "favorecer o progresso da ciência geográfica, fac111tando as relações pessoais entre geógrafos de dlfe:entes países e a discussão de problemas geográficos". Os estudos da U.G.I. prevêem a existência de uma Comissão Nacional nos países-membros, Instituída pelo órgão através do qual o pais adere à União Geográfica InternaciOnal. No Brasil é o Conselho Nacional de Geografia o órgão que estabelece a adesão ao órgão Internacional de geografia. A Assembléia Gera.! do C.N.G., reunida em sessão ordinária em outubro de 1952, c:lou a Comissão Nacional, que é composta de: a) um representante de cada uma das seguintes Instituições : Conselho Nacional de Geografia; Academia Brasileira de Ciências; Associação dos Geógrafos Brasileiros; Sociedade Brasileira de Geografia; Conselho Nacional de Pesquisas; Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; b) três geógrafos rep:esentantes eleitos, das universidades federais, estaduais e particulares; um representante eleito dos Institutos históricos e geográficos dos estados; c) o geógrafo brasileiro que fizer parte da Comissão Executiva da União Geográfica Internacional; d) oito geógrafos escolhidos pelos membros a que se reterem as CONSTITUIÇAO DA COMISSAO ORGANIZADORA DO XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA - A Comissão Organizadora do XVIII Congresso Internacional de Geografia é constituída: a) Pelo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na qualidade de presidente; b) pelo secretário-geral do Conselho Nacional de Geografia, na qualidade de vice-presidente; c) Pelo secretário executivo da Comissão Nacional da União Geográfica Internacional, na qualidade de secretário executivo; d) pelos membros da Comissão Nacional da União Geográfica Internacional; e) por um representante de cada uma das seguintes Instituições: Serviço Geográfico do Exército, do Ministério da Guerra; Diretoria de Hidrog:afia e Navegação, do Ministério da Marinha; Ministério da Aeronáutica; Ministério da Agricultura; Ministério das Relações Exteriores e Prefeitura do Distrito Federal; !) pe19s representantes das Instituições que forem especialmente convidadas a Integrar esta Comissão, na fo:ma do Regimento Interno; g) por personalidades escolhidas Igualmente na forma do Regimento Interno . Exterior PORTUGAL Aspectos da vegetação da Costa do Marfim CONFER~NCIA PELO PROF. PIERRE DANSEREAU NA SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBA, SEGUNDO RESUMO PUBLICADO NO BOLETIM DA MESMA SOCIEDADE (número de jan. a março de 1955) - O Sr. Prof. Plerre Dansereau, que to! a Portugal em missão da "National Sclence Foundation", de Washington, para o estudo da vegetação mediterrânea, descreveu em conferência, alguns aspectos da vegetação da Costa do Marfim, llust:ando as suas considerações com Interessantes projeções coloridas. O Pro!. Dansereau, que falou em português aprendido no Brasil, começou por dizer que era uma grande honra para êle ocupar a t:lbuna da Socfedade de Geografia de Dlsboa, Instituição cultural que desfruta de grande prestigio em todo o Mundo. Em seguida, relatou a sua visita à Costa do Marfim por ocasião de uma expedição organizada depois do Congresso Internacional de Botânica que se realizou em Paris na primeira quinzena de Julho de 1954, chefiada pelo Prof. Georges Mangenot e na qual participaram botânicos de várias nações e de multas especialidades dent:o do grande domínio da Botânica, quer especialistas de . liquenes, de fisiologia, de morfologia, de solos, etc. Frisou que foi multo proveitosa nesta expedição a participação do Pro!. A. Blttencourt, de São Paulo (Brasil), o qual pôde verificar notáveis diferenças entre a selva amazônica e a selva da Costa do Marfim. As florestas ainda virgens que restam em ambos os lados do Atlântico manifestam uma estrutura multo semelhante: árvores altas, de copa ampla e Re l a tó ri 0 s d e In s t it u Geografia e CiênciCJ alíneas anterlo:es, dos quais cinco residentes nos estados, escolhidos nas diferentes regiões do país. de folhagem persistente . Algumas das mala notáveis adaptações tropicais, como os troncos providos de largas asas, as trepadeiras que parecem cabos contorcidos, as orquídeas situadas nos ramos altos, são a spectos "clássicos" da selva tropical Idênticos nos dois casos e apenas pode notar-se que os troncos alados são mais freqüentes do lado africano e que as chamadas "epífitas" são freqüentemente mais comuns na Amazônia. Continuando, disse que os problemas geográflcQs são muitos, mas que os botânicos, geógrafos, agrônomos, silvicultores e naturalistas franceses já realizaram valiosos estudos, e dêste modo, possuem a p;ora alguns dados sôbre a história, quer geológica quer recente, da vegetação espontânea da Costa do Marfim, que tornam possível reconstituir acontecimentos dos últimos 20 .000 anos e esboçar as migrações que as plantas devem ter realizado durante tal período. A te!~ da paisagem o:lglnal - disse - está agora multo modificada pelo homem, tanto pelo negro como pelo branco. Depois d~ se referir aos métodos novos Introduzidos na agricultura tropical pelos cientistas franceses, que dão à paisagem um aspecto característico e às populações uma nova orientação social e econômica, numa luta do homem contra a natureza, o conferencista afirmou que ao bótânlco deve Importar mais a própria luta da natureza contra o homem, dadas as poderosas tendências da !!aresta troplca~ para avassalar tôda a paisagem. Ao terminar as suas considerações,. o Prof. Dansereau sublinhou que a natureza tropical ainda tem muitos segredos a revelar. Por enquanto - disse - estamos todos, biologistas e geógrafos, fascinados pela di versldade e riqueza que ali encontramos e apenas entrevemos os mecanismos que governam esta dinâmica vital! Relatório de Represe Ordinária da A: • ALAGOAS Relato das atividades do Dlretórlc nal de Geografia, apresentado pelo r! delegado: "Distinguidos que fomos, uma tv' or ato do senhor governado: ~o es a P tar Alagoas na XV sessao ordl ~fs~~b~éla Geral ~~o C~~~e;:,~tlrN~cl Geografi~rt~ââ~d;, sucinto relatório < 0 ~~~!rs ittv1dades jgeop ~~c~~~ n~~s~s~~~ derada, pa:accu olh~x Nacional de G boração do onse 1 Instalação do Diretório Regional de < O fato mais auspicioso para as e eo ráflcas no estado de Alagoas, n< g 0 g reendldo entre a última Assem_?! ~ :.:'~resente, diz respeito à lnstalaça~ tório Regional de Geografia que, orl inàrtamente em 1938 e reor ganê1 194~ jamais chegou a funcionar, at ~mente reorganizado em 1953 (D< ~g v de 2 _12 _1953) teve finalmente a 1 6 1aç~o solene em _Qata de 29 de ma1' rente ano. compõem-no, o diretor do DePI E stadual de Estatística (presidente) 't' regional de E statística ( vtlic~lpres~. f da Secção de Esta s ca c~eec;etár!oj • o dlreto:-geral do Dep: Públicas 0 diretor-geral da ( de Obras • diretor d e Estradas de Rodagem, 0 ió Públicas da Prefelt~ra de M~e ic da Divisão de Assls~en~~a ~~~vuau~, professôres A. IJaiftuto Hlstó:lco dl sentante do ns A · to Abelardo Duarte, Teoba~~o eu~:nu• Barros, Joaquim Rama o Júnior . Presentemente, além dos estu; diversos ramos da Geogra sôbred~s pública administração, do xor Investigações cientificas, const t~~ do Diretório Regional ata~ar atinente à cor:eção técnica os novos mun!ciplos. f Divisão territorial do estai Sancionada no dia 5 _de abril d publicada no D iário Oftctal do f~~~ mo més, a lei n.• 1.785, que o territorial de Alagoas para 1954~1.;;8êsse tliploma legal o estado! AOS EDITORES: :tste "Boletim" nlo faz publicidade remunerada, e;,_tretanto, registará ou comentará as contribuições sôbre geografia ou de interêsse geográfico que sejam enviadas ao Conselho Nacional de Geografia, concorrendo dêsse modo para mais ampla difusão de bibliografia referente à geografia brasileira. tltuido de 41 comarcas, 41 mun ' distritos. mun!ciplos ap Quatro novos mencionada lei: Delmlro Gouve1a, 1 de, Olho d'Agua das Flores e Patl anterto~es, dos quais cinco residentes R e I a tó r i o s d e In s t it u i ç õ e s de Geografia e Ciências Afins dos, escolhidos nas diferentes regiões STITUIÇAO DA COMISSãO ORGANI. DO XVIII CONGRESSO INTERNADE GEOGRAFIA - A Comissão Orgado XVIII Congresso Internacional de , é constituída: a) Pelo presidente do Braslletro de Geografia e Esta tlstica, lade de presidente; b) peJo secretárioConselho Nacional de Geografia, na de vice-presidente; c! Pelo secre:utivo da Comissão Nacional da União a Internacional, na qual!da de de se•xecutivo; d) pelos membros da Co~cional da União Geográfica Internapor um representante de cada uma ntes instituições: Serviço Geográfico ;o, do Ministério da Guerra; Diretoria ::afta e Navegação, do Ministério da Ministério da Aeronáutica; MinisAgricultura; Ministério das Relações e Prefeitura do Distrito Federal; f) ·esentantes das 1nst1tu1ções que totalmente convidadas a integrar esta na to:ma do Regimento Interno; g) o.al!dades escolhidas igualmente na Regimento Interno. m persistente . Algumas · das mais laptações tropicais, como os troncos e largas asas, as trepadeiras que bos contorcidos, as orquídeas situamos altos, são aspectos "clássicos" ropicaJ idênticos nos dois casos e e notar-se que os troncos alados eqüentes do lado africano e que as epífttas" são freqüentemente mais Amazônia. ando, disse que os problemas geo> muitos, mas que os botânicos, grõnomos, sll vi cultores e naturases Já real!zaram val!osos estudos, >do, possuem agora alguns dados ória, quer geológica quer recente, > espontânea da Costa do Marfim, possível reconstituir acontecimenmos 20.000 anos e esboçar as mias Plantas devem ter real!zado período. A te!~ da paisagem o:ie - está agora muito modificada tanto pelo negro como peJo brani! se referir aos métodos novos na agricultura tropical pelos cienes, que dão à paisagem um asístico e às populações uma nova ela! e econômica, numa luta do a natureza, o conferencista attrbótânico deve importar mais a da natureza contra o homem, rosas tendências da floresta trossalar tôda a p aisagem. ar as suas considerações,. o u subl!nhou que a natureza- troem muitos segredos a revelar. disse - estamos todos, biolotos, fascinados pela diversidade l! encontramos e apenas entrenismos que governam esta dinâ- munerada, e~tretanto, regtstará nterêsse geográfico que sejam dêsse modo para mais ampla • Relatório de Representantes Estaduais à XV Sessão Ordinária da Assembléia-Geral do C.N.G. ALAGOAS Relato das atividades do Diretório Regional de Geografia, apresentado pelo respectivo delegado: " Distinguidos que fomos, uma vez mais, por ato do senhor governado: do estado, para representar Alagoas na XV sessão ordinária da Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia, é-nos grato transmitir a V. Exa., nesta oportunidade, sucinto relatório das principais atividades geográficas nessa unidade fed erada, pa:a cujo êxito foi decisiva a colaboração do Conselho Nacional de Geografia. Instalação do Diretório Regional de Geografia O fato mais auspicioso para as atividades geográficas no estado de Alagoas, no periodo compreendido entre a última Assembléia Geral e a presente, diz respeito à Instalação do Diretório Regional de Geografia que, instituido originàriamente em 1938 e reorganizado em 1944, jamais chegou a funcionar, até quando, novamente reorganizado em 1953 (Decreto n.• 606, de 2-12-1953) teve finalmente a sua instalação solene em .qata de 29 de maio do corrente ano. Compõem-no, o diretor do Departamento E stadual de Estatistica (presidente), o inspetor regional de Estatistica (vice-presidente), o chefe da Secção de Estatist!oa Fisiográf!ca (secretário), o direto~-geral do Departamento de Obras Públ!cas, o diretor-geral da Comissão d e Estradas de Rodagem, o diretor de Obras Públ!cas da Prefeitura de Maceió, o diretor da Divisão de Assistência aos Municipios e os professOres A. Jaime de Altav!la Melo, representante do Instituto Histó:ico de Alagoas, Abelardo Duarte, Teobaldo Augusto de Araújo Barros, Joaquim Ramalho e Manuel Diegues Júnior . Presentemente, além dos estudos gerais sôbre os diversos ramos da Geograf!a,c.em favor da públ!ca administração, do ensino e d as investigações cientificas, constitui objetivo do Diretório Regional atacar o problema atinente à cor : eção técnica dos l!mites dos novos municípios. Divisão territorial do estado Sancionada no dia 5 de abr!l de 1954, foi publ!cada no Diário Oficial do dia 9 do mesmo mês, a lei n. • 1. 785, que fixou a divisão territorial de Alagoas para o qüinqüênio 1954/ 1958 . Por êsse tliploma legal o estado ficou constituído de 41 comarcas, 41 municípios e 95 distritos. Quatro novos municípios aparecem na mencionada lei: Delmiro Gouveia, Feira Grande, Olho d'Agua das Flores e Paulo Jacinto. Fo-::am criados os seguintes novos distritos: Sapucaia, Dois Riachos, Capim e Coité, respectivamente nos municipios de Atalaia, Major Isidoro, Sant'Ana do Ipanema e Limoeiro de Anadia. Conclusão Esperando que no próximo ano - face à recente instalação do Diretório Regional de Geografia possamos oferecer melhor contribuição às atividades geográficas nacionais, aproveitamos o ensejo para registrar o nosso agradecimento à confia nça que nos depositou o senhor governador do estado e, bem assim, à val!osa , decisva e continua colaboração que nos vem prestando o Conselho Nacional de Geografia, sem a qual diflcllmente poderia prosseguir em seus trabalhos o órgão regional geográfico de Alagoas. "AP:E:NDICE - Apresentamos, a segui~. tópicos da mensagem dirigida à Assembléia Legislativa pelo chefe do Executivo alagoano, em que S . Exa . faz considerações sôbre os tra balhos geográficos no estado: "Constituindo, de sua parte, o Diretório Regional de Geografia, reorganizado pelo Decreto n .• 606, de 2 de dezembro de 1953, o govêrno do estado designou os professôres Manuel Diegues Júnior, · Joaquim Ramalho, Abelardo Dua ~te e Teobaldo Augusto de Araújo Barros para membros do referido Diretório". " O professor Manuel Diegues Júnior, delegado de Alagoas na Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia, real!zado em Julho, apresentou projeto, que foi ap:ovado, convertendo o auxilio financeiro dêste órgão ao Diretório de Alagoas, em 1954, no pagamento final dos trabalhos de elaboração e preparo do mapa do nosso estado, de conformidade com os entendimentos anteriores entre o govêrno alagoano e a Secretaria Geral do C.N .G . Aliás, consta das ta~efas que, no ano em curso, deverão ser real!zadas pelos diferentes Serviços do Conselho Nacional de Geografia, o prosseguimento dos trabalhos do referido mapa. Foi o que noticiou recente divulgação do Diretório Central, na imprensa carioca". E mais adiante: "Sancionada no dia 5 de abr!l de 19~4. foi publ!cada no Diário Oficial do dia 9 do mesmo mês, a lei n.• 1. 785, que ttxou a dtvi ~ ão territorial de Alagoas para o qüinqüênio 1954/ 1958. O Estado ficou constituido de 41 comarcas, 41 municípios e 95 distritos. Quatro novos municípios aparecem no novo diploma: Delmiro Gouveia, Feira Grande, Olho d 'Agua das Flores e Paulo Jacinto. Foram criados os distritos de Sapucaia, Dois Riachos, Capim e Coité, nos municípios de Atalaia, Major Isidoro, Sant'Ana do Ipanema e Limoeiro de Anadia, respectivamente. RELATóRIOS DE INSTIT BOLETIM GEOGRAFICO, E finalmente: "A atenção que, do atual govêrnQl têm merecido os trabalhos do sistema geógrafo-estatístico regional, se, em 1954, concretizou-se Inclusive pelos atos que atenuaram a deficiência de pessoal do D.E.E. e pela constituição do Diretório Regional de Geografia, já antes se posltlvara com a criação da Secção de Estatística Mllltar (Lei n.• 1.566, de 25-11-1951) ". (Transcrito do Diário Oficial do Estado, n . • 93, de 30-4-1955). TERRITóRIO FEDERAL DO AMAPA RELATóRIO DAS ATIVIDADES GEOGRAFICAS NESSE TERRITóRIO, APRESENTADO PELO RESPECTIVO DELEGADO A ASSEMBLÉIA-GERAL, SR. JOSE' ALENCAR FEIJó BENEVIDES. "Introdução Distinguidos por designação do governador do território federal do Amapá para representar esta unidade no presente conclave, sentimo-nos altamente honrados de apresentar-vos uma síntese geográfica do Amapá e o relatório das atividades da Secção de Geografia do Serviço Regional de Geografia e Estatística relativas ao período compreendido entre julho de 1954 e a presente data. De Inicio desejamos ressaltar que representamos, nesta augusta Assembléia, uma das unidades mais novas do país, criada pelo decreto-lei n.• 5.812, de 13 de setembro de 1943, para atender à necessidade da defesa nacional, do povoamento e da colonização de uma região até aquêle tempo desconhecida e abandonada, mas que, hoje, já deixou de ser apenas "um capitulo da história da terra", porque começa a escrever "um capítulo da história da clvlllzação". A ereção, em terrltó7lo federal, das antigas terras do Cabo Norte velo reallzar, quase um século mais tarde, o projeto de Cândido Mendes de Almeida que, em 1853, propusera a criação da "Província de Olapóqula", compreendendo o território entre os rios Nhamundá e Amazonas, o oceano Atlântico e os llmltes setentrionais do Império; e correspondeu, de outro modo, a "uma aspiração política de Incontestável alcance patriótico", assim como, em parte, ao plano de redlvlsão territorial do Brasil. Defendida a chamada "Guiana Brasllelra" da cobiça lmpe7lallsta pelo feito de Francisco Xavier da Veiga Cabral e pela diplomacia de Rio Branco, para assegurar à pátria um território que de fato já nos pertencia pelo Tratado de Utrecht, assinado em 11 de abrll de 1713, entre D. João V, rei de Portugal, e Luis XIV, rei de França, foi a aludida região, pelo decreto já citado, desmembrada do estado do Pará e constituída no atual território federal do Amapá, o mais próximo, entre os territórios criados na Região Norte, dos Estados Unidos e do principal centro cl vlllzador do vale amazônico - a cidade de Belém - da qual dista pouco mais de 1 hora de vôo. "Caractertsticas do Amapá Apresentando a configuração geográfica de um losango Imperfeito, com os vértices orientados para os pontos cardeais, o Amapá tem uma área de 137.303 km•, assim dlstrlbulda.: =.:J Município de Macapá ........... . Município de Amapá ........... . Município de Mazagão .......... . Município de Olapoque ......... . Aguas Interiores ................ . Território federal do Amapá 27.163 km•· 39.978 .. 44 . 421 24.346 1.395 137.303 (Dados de acôrdo com a resolução n.• 392, de 29-10-52, da Assembléia Geral do C.N.G., extraídos do Anuário Estatístico do Amapá 1954). - ll:sse losango é cortado, ao sul, pela Unha equatorial, que deixa mais de 80% do território no hemisfério norte. O lado nordeste está voltado para o Atlântico sôbre uma extensão costeira de 342 qullômetros; o noroeste corresponct_e à fronteira com a Guiana Francesa e a colonla de Surlname; o sudoeste é a parte llm!trofe com o estado Pará, marcada pelo rio Jari; e o sudeste forma o Braço Norte do rio Amazonas. A sua llnJ?.a divisória é a seguinte: Com a Gutana Holandesa: serra de Tumucumaq~e. desde a nascente principal do rio Jari ate o marco que determina a trljunção de fron tel7as do Brasll com essa colônia e a Guiana Francesa. Com a Guiana Francesa: serra de Tumucumaque, desde o marco acima referido até às nascentes d~ rio Olapoque, prosseguindo pelo talvegue deste rio até o oceano Atlântico. Com o estado do Pará: rio Jari, desde as suas nascentes na citada serra de Tumucumaque até a sua embocadura no rio Amazonas dai prosseguindo pelo talvegue do Canal dÓ Norte, Incluindo o arquipélago de Balllque e outras ilhas multo próximas ao lltoral amapense. Os pontos extremos do território são: Ao N. o cabo Orange ou Rio Branco; ao S. a embocadura do rio Jari no Amazonas; a L. o cabo do Norte; e a o . as nascentes do Jari na serra de Tumucumaque. Com uma forma quadrilátera, o Amapá possui dimensões quase equivalentes no sentido N-S e L-0, medindo 616 e 543 qullômetros, respectivamente, em ambos os sentidos. Litoral - O Amapá, que é, dos territórios continentais do Brasll, o único marítimo tem como dissemos, 342 qullômetros de costa's quê se estendem do cabo Orange ou Rio Branco à ponta Balllque, debruçando-se sôbre o Atlântico Norte e constituindo uma costa baixa em que "não há praias de areias e sim graildes extensões de lama". "O contôrno não é fixo, ao ·c ontrário, essencialmente variável. Nesta região de mangues, Invadida pelo fluxo do mar, descoberta pele: refluxo, sujeita a grandes chuvas, à lnundaçao dos rios, à ação enérgica da abrasão do depósito amazônico carreado pelas cor.: rentes marinhas e aos choques formidáveis da pororoca, trava-se a luta ent re a terra e o mar: ora vence êste, arrancando, dispersando e arrastando muitos hectares de mangues· ora é vencido e, então, a terra domina-o, repellndo-o e estabelecendo, no leito abandonado compacta vegetação" (Fernando A. Raja Gaba~ glla - "As fronteiras do Brasll" apud Marljese de Alencar Benevides - Os Novos Territórios Federais p. 37). As ~egiões naturais - Em trab&lho publlc~~;do na Revista Brasileira de Geografia, no numero referente a julho-setembro de 1952, Alceu Magnanlnl observa que "o Amapá é dlvlslvel em dois por uma linha que, aproximadamente, separa as suas pl"lnclpals características, sejam elas objeto de estudos blogeográficos, geomo7fológlcos ou econômicos". "Tal llnde tem a direção geral norte-sul, acompanhando o litoral a distâncias variáveis ·20 qullômetros na altura de Cun'anl, quase uma centena na altura do cabo Norte (vértice leste do losango), - e atravesse o rio Araguarl entre Pôrto Grande e Ferreira Gomes, dirigindo-se para o sudoeste ao encontro do rio Vlla Nova e, dai até seu desaguar no rio Amazonas". "Pensa-se geralmente no Amapá - prossegue Alceu Magnonlnl como sendo uma região Inteiramente coberta de matas espêssas e lnextrlncávels englobadas sob a de ção de "florest~ amazônica" • .as qual)' bruçarlam até as orlas lltoraneas, f uma cobertura vegetal somente Intel elos cursos d'água. E o clássico qua ~ado pela Imaginação, em todos ~ó! à Influência subconsciente da Amazon pela literatura. Anàlogamente, de act a mesma Idéia, o relêvo seria suaviss! mado por vastas regiões, abs?.lutamen1 e permanentemente alagadas . "Na realldade, Jogo que se ten!J.a ' aé~ea mesmo longínqua, da reglao, ! midade Imaginada cede lugar a algu: ramas distintos". Assim, considera o autor de A~ Naturais do Amapá o terrltó:lO c;tv duas extensas regiões: a Regtao HtZe· abrange 80 % de sua área total e à formação arqueana do maciço das compreendendo o peneplano guiane desce gradativamente para o leste e o contacto com a região costeira; e Costeira, situada na parte Iestf! do somando cêrca de 20% da super~1Cle ' e pertencente, de modo geral, a forr dlmentar - quaternário recente, q1 antigo e, possivelmente, terciário. A cobertura vegetal da Reglao é dada pela chamada "Hylaea" e a~ em clima equatorial quente e su o aproveitamento de seus recursoE é expr€ssa, sobret~do, no extrati1 ocupação humana e fraca. e feita mente ao longo dos rios, unlca~ vlal so disponíveis, fora os 740 quilomet. dovlas construidos, até 31-12-1954, pe territorial. A fltogeografla da Região Cost preende: a zona de terra ftrme, cc çôes florestais, sa vânlcas e campestr de terras alagáveis, seJa. por mares inundações; e a zona Zttordnea, do excelência dos manguezals. Aspectos geológicos - Diante de geológico do Amapá, dlstlngul~os, geral, duas regiões: 1 - _r_egtao _d menta cristalino; 2 regtao sedtn A região do embasamento crls gundo Antônio Teixeira Guer;-a. é sobretudo pelas rochas plutonlcas bem como pelas que resultaram da mações de rochas pré-existentes m e algumas sedimentares. Na orla d que é a mais extensa e a mais a tra-se a sedimentar, cujas rochas no lado de leste e sudeste todo mento, fo rmando como que um a culo cuja largura é variável. Na primeira destas regiões afiO! renos mais antigos, Isto é, do ar< segunda temos os terrenos que se desde 0 algonqulano até o holocen• porém com várias lacunas estratlg Dentro da região do embasa~ considerar duas manchas alongao renos do alonqulano que aparece~ do Navio e no trecho entre os r, e as ca becelras do Calçoene. Relêvo _ Predomina um reli ondulação com altitude média de "0 maciço crlstallno gulano -bras! zldo a um peneplano, é a mais lrr< de relêvo . que apresenta a Amaz de sua constl tulção geológica de gas dobradas e formando estrutu xas' sujeitas a um longo periodo 'De tôdas as serras do terrl ti importante é a de Tumucumaque com as Gulanas Francesa e Ho desenvolvimento total da cordllh mucumaque eleva-se ,a 809 q~llôm ser dlvldldo em duas porçoes RELATóRIOS DE INSTITUIÇõES DE GEOGRAFIA E Anuário Estatistico do Amapá ngo é cortado, ao sul, peJa llnha ue deixa mais de 80% do território J norte. O lado nordeste está vol' Atlântico sôbre uma extensão 342 qu!!ômetros; o noroeste cor'ronte!ra com a Guiana Francesa le Su:!name; o sudoeste é a parte n o estado Pará, marcada pelo o sudeste forma o Braço Norte onas. lha divisória é a seguinte: uiana Holandesa: serra de Tumusde a nascente principal do rio 1arco que determina a trijunção do Brasil com essa colônia e a cesa. uiana Francesa: serra de Tumulde o marco acima referido até do rio O!apoque, prosseguindo dêste rio até o oceano Atlãn- tado do Pará: rio Jari, desde as s na citada serra de Tumucumaa embocadura no rio Amazonas, ndo pelo talvegue do Canal do tdo o arquipélago de Bail!que e muito próximas ao lltoral ama- extremos do território são: ~aba Orange ou Rio Branco; ao lura do rio Jari no Amazonas; do Norte; e a o. as nascentes rra de Tumucumaque. forma quad:ilátera, o Amapá ôes quase equivalentes no seno, medindo 616 e 543 qul!ômeamente, em ambos os sentidos. O Amapá, que é, dos territórios o Brasil, o único marítimo, tem, , 342 quilômetros de costas que o cabo Orange ou Rio Branco e, debruçando-se sôbre o Atlãnnst!tu!ndo uma costa baixa, em pratas mau. de areias e sim grandes não é fixo, ao cont:ár!o, variável. Nesta região de maupelo fluxo do mar, descoberta je!ta a grandes chuvas, à !nunà ação enérgica da abrasão, mazôn!co carreado pelas core aos choques formidáveis da e a luta ent :e a terra e o mar: , a rrancando, dispersando e os hectares de mangues; ora ão, a terra domina-o, repel!ncendo, no leito abandonado, ção" (Fernando A. Raja Gabaeiras do Brasil" apuct Marijese vides - Os Novos Territórios no aturais Em trabiOho PubllBrasileira de Geografia, no e a julho-setembro de 1952, observa que "o Amapá é dipor uma l!nha que, aproxira as suas principais caracteas objeto de estudos b!ogeoológ!cos ou econômicos". m a direção geral norte-sul, ltoral a distâncias variáveis a altura de Cunim!, quase altura do cabo Norte (vértice - e atravesse o rio AraGrande e Fer~e!ra Gomes, o sudoeste ao encontro do da! até seu desaguar no rio lmente no Amapá - proson!n! - como sendo uma e coberta de matas espêssas e 1nextr!ncáve1s, englobadas sob a denominação de "floresta amazônica", a s quais se debruçariam até as orlas litorâneas, formando uma cobertura vegetal sàmente Interrompida pelos cursos d'água. E o clássico quadro formado pela Imaginação, em todos nós, devido à Influência subconsciente da Amazônia criada pela literatura. Anàlogamente, de acôrdo com a mesma Idéia, o relêvo seria suavíssimo, formado por vastas regiões, absolutamente planas e permanentemente alagadas". "Na realidade, logo que se tenha uma vista aérea, mesmo longínqua, da região, a uniformidade Imaginada cede lugar a alguns panoramas distintos". Assim, considera o autor de As Regiões Naturais do Amapá o território dividido em duas extensas regiões: a Região Hileiana, que abrange 80% de sua área total e pertence à formação arqueana do maciço das Gulanas, compreendendo o peneplano gulanense, que desce gradativamente para o leste e sul, até o contacto com a região costeira; e a Região Costeira, situada na parte leste do losango, somando cêrca de 20% da superfície do Amapá e pertencente, de modo geral, à formação sedimentar - quaternário recente, quaternário antigo e, possivelmente, terciário. A cobertura vegetal da Região H!le!ana é dada pela chamada "Hylaea" e ambienta-se em clima equatorial quente e superúm!do. O ap:ove!tamento de seus recursos naturais é expressa, sobretudo, no extrativismo. A ocupação humana é fraca e fe!'ta principalmente ao longo dos rios, únicas vias de acesso disponíveis, fora os 740 quilômetros de rodovias construidos, até 31-12-1954, pelo govêrno terr! tor!al . A fitogeograf!a da Região Costeira compreende: a zona de terra firme, com formações florestais, savân!cas e campestres; a zona de terras alagáveis, seja por mares, seja por inundações; e a zona litor/inea, domínio por excelência dos mangueza!s. Aspectos geológicos - Diante de um mapa geológico do Amapá, distinguimos, de modo geral, duas regiões: 1 - região do embasamento cristalino; 2 - região sedimentar. A região do embasamento cristalino, segundo Antônio Teixeira Guerra, é constituída sobretudo pelas rochas plutõn!cas eruptivas, bem como pelas que resultaram das transformações de rochas pré-existentes metamórficas e algumas sedimentares. Na orla desta região, que é a mais extensa e a mais alta, encontra-se a sedimentar, cujas rochas emolduram no lado de leste e sudeste todo o embasamento, fo:mando como que um arco de circulo cuja largura é variável. Na primeira destas regiões afloram os terrenos mais antigos, Isto é, do arqueano . Na segunda temos os terrenos que se escalonam desde o algonqulano até o holoceno, ou atual, porém com várias lacunas estratigráficas. Dentro da região do embasamento há a considera: duas manchas alongadas de terrenos do alonqulano que aparecem: na serra do Navio e no trecho entre os rios Amapar! e as ca becelras do Calçoene. Relêvo Predomina um relêvo de leve ondulação com altitude média de 150 metros. "O maciço cristalino guiana-brasileiro, reduzido a um peneplano, é a mais Irregular forma de relêvo . que apresenta a Amazônia, mercê de sua constituição geológica de rochas antigas, dobradas e formando estruturas complexas, sujeitas a um longo período de erosão". De tôdas as serras do terrl tório a mais Importante é a de Tumucumaque, nos limites com as Gu!anas Francesa e Holandesa. "O desenvolvimento total da cordilheira de Tumucumaque eleva-se Jl. 809 quilômetros e pode ser dividido em duas porções distintas: a CI~CIAS AFINS 205 primeira, medindo 593 quilômetros, é o limite entre o Brasil e a colônia de Surlname; a segunda, com um desenvolvimento de 216 quilômetros, representa a fronteira sêca entre o nosso pais e a Guiana Francesa" (Luis de Sousa Martins - "Notas sôbre a Geografia da Amazônia" In Revista Bras. de Geografia, ano IV, n.o 4 - apud Mar!jeso de Alencar Benevides - Os Novos Territórios Federais p. 41). A serra Lombard é divortium aquarum das bacias do O!apoque e Caclporé, no extremo norte; a serra Amapá, divisória das águas do A: aguar! e de outros rios que pertencem à vertente do Atlântico, no centro; serra da Pancada, entre Pôrto Grande e Ferreira Gomes; serra do Navio, onde se localizam as minas de mananês. "O monte Temoma!rém, com a altitude de 600 metros, nas cabecerelras do rio Jari, é o ponto culminante da região. Um pouco a leste das cabecel:as do Olapoque, no melo das colinas que continuam o 'l'umucumaque, entre os rios Olapoque e Araguar1, salienta-se o pico Crevaux, com 353 metros". (Paul Le Co!nte - O Estado do Pará, p. 20) . Rios Entre os rios do território o mais Importante é o Amazonas, que banha a região desde a confluência com o Jari até a sua fa. no Atlântico. De seus afluentes territoriais distinguem-se: o Jari, rio l!ndelro entre o Amapá e o estado do Pará, tendo um curso de 853 quilômetros dos quais 153 quilômetros francamente navegáveis em todo o ano, até a cachoeira de Santo Antônio; o Cajari, que deságua em frente às !lhas do mesmo nome; o Maracá, que desce das vertentes meridionais da serra do Curunurl; o Vila Nova ou Amauerapucu, que serve de limit es entre os mun1clp1os de Macapá e Mazagão; o Matapi, "de liv:e navegação até quase as cabeceiras, abundante em peixes e m a rg!nado por fert!líss!mos campos de criação e estradas de seringueiras; o Pedreira, "rico de pedras entre as quais se encontra a cantaria, donde foram extraídas as que serviram para a construção da fortaleza de Macapá"; o Macacoari, de pequeno curso, que "rega o município de Macapá e deságua defronte das !lhas de Cav!ana e Jurupar1; o Gurijuba, que termina em frente ao arquipélago de Ball1que . Dos rios que pertencem à vertente do Atlântico, fazemos referência aos seguintes: rio Araguari, que p~efer!mos considerar, com alguns autores, um rio Independente, cuja bacia mede 32.000 quilômetros (uma área maior do que a da Bélgica), com 488 quilômetros de curso e formando 36 cachoeiras, entre as quais a do Paredão, onde será construída Importante usina hidrelétrica, que se~v!rá a três municípios amapaenses; rio Oiapoque, com' suas nascentes na extremidade oriental da serra de Tumucumaque, nos limites com a Guiana Francesa. De volume desproporcionado ao seu curso, mais caudaloso do que o Ródano e o Loire, tem 485 quilômetros e deságua no Atlântico, formando um largo estuário conhecido pelo nome de baia do O!apoque; rio Uaçá, que deriva da se:ra Lombard e despeja suas águas conjuntamente com o Oiapoque; o Caciporé, oriundo também da serra Lombard, com um curso de 320 quilômetros, dos quais 80 navegáveis; o Cunani, que desemboca um pouco· ao ·SUl da ponta Grande com a largura de 500 metros. A respeito dêste rio escreveu Henri Coudreau, no seu livro Etudes sur la Guyane et l'Amazonie: "Largo e profundo, solene, belo, semelhante a um verdadeiro deus antigo, o rio sempre majestoso, sempre surpreendente, sempre soberbo, mergulha no interior desconhecido... Foi navegado 15 dias em canoas e foram vencidas cachoeiras, cemitérios, In- 206 BOLETIM GEOGRÁFICO RELATóRIOS DE INS' d!os, florestas, campos sem horizonte; montanhas long!nquas, paisagens feéricas e sempre la7go, tal o Sena em Paris" (Apud Veiga Cabral - Corograjia do Brasil - Curso Superior - 30.• edição - 1593) . O Calçoene, rio de curso sinuoso, que deságua por várias bôcas, sendo célebre na questão de l!m!tes com a Guiana Francesa; rio Amapá, que tem suas nascentes na serra de igual nome e marg!na a parte setent7lonal do lago Amapó., desaguando no canal de Maracá, depois d e receber o Amapá-Pequeno, que banha a cidade de Amapá; o Flecha!, que deságua entre as fazend as Aurora e Tucunaré, no canal que constitui o sangradouro dos la.gos do Amapá; o Tartaruga!, que corre para o lago Duas Bôcas. Eis alguns rios, dentre !números que possui o ter:!tór!o, que registramos diante do mapa do Amapá elaborado pelo C.N.G . no govêrno atual e sob a orientação do serviço de Geografia e Estatística. Cumpre observar que muitos dêsses rios apresentam belas rêdes de afluentes, como o Araguar!, o Jari e o O~a­ poque, os maiores rios do terr!tó7!o, excluindo o Amazonas. Lagos - Os lagos dominam a região costeira compreendida entre o Atlântico, o norte do rio Araguar! e o leste da rodovia Macapá-Clevelând!a, sobressaindo-se, entre todos, o chamado lago Novo, que é o mais extenso. Notadamente entre o Araguar!, o Amapá Grande e o rio Flecha! se mult!pl!cam as bacias lacustres, "dando à região uma fe!ç!í.o particular e trazendo ao viajante uma confusão de aspectos que o obrigam a usar caboclos da região para os guiarem neste emaranhado de furos e canais de l!gação, sem o que será multo fácil perder-se alguém, desorientado pelos aspectos semelhantes, enervado pela sucessão de uma infinidade de caminhos que se lhe apresentam". "Muda-se de cenário no inve~o: as terras baixas, descobertas no verão, as Ilhotas, os vastos campos - tudo é invadido pelas águas; um imenso lago se forma numa baixada; quatro metros d'água crescem sôbre a região e onde pastavam grandes rebanhos, cruzam, então, canoas !l veleiros". "Imensa planície aluvial, ainda mal consol!dada, seu aspecto muda constantemente , n!í.o só com a diferença de estações, mas ainda com o tempo". . "A !ntercomun!cação entre os seus lagos e entre êstes e rios diferentes, pe7mlte que, por melo desta extensa rêde de canais, se passe de um rio a outro. Pode-se, no inverno, atingir do Amapá o rio Araguar!, através da p!an!c!e costeira, vencendo os seus !números lagos e canais e ganhar o rio Aporema, afluente do Aragua7!" (Pedro Moura - "F!s!ograf!a e Geologia da Guiana Brasileira" apud Mar!jeso de Alencar Benevides Os Novos Territórios Federais, p . 49) . Aspecto f!sico O solo amapaense é de modestas ondulações, dominado pela "Hllé!a" em alguns trechos e, em outros, p elos campos e savanas, elevando-se para o norte, onde corre o maciço das Gu!anas. O !!tora!, como já dissemos, é baixo, sem formaç!í.o de praias arenosas e cobe:to de mangues. "Na planic!e 11torânea, observa Pedro Moura (op. c!t.) grandes e pequenos canais l!gam entre s! diferentes massas d'água, facUltando a navegação em muitos_ trechos da região . Nos pequenos canais, dotados de tênues lâminas d 'água na estação sêca, se viaja com verdadeira dificuldade, arrastando o fundo da canoa em trechos de lama . Qualquer encalhe tem de ser removido com auxil!o de varas, pois, é impossível salta:-se para empurrar a canoa: o encharcado é extremamente atolad!ço". Clima - O cl!ma do Amapá é igual ao da Amazônia, isto é, equatorial superúmldo, quente pela sua s!tuaç!í.o geográfica em plena zona tórrida, amenizado, porém, pelos ventos que sopram do oceano. Foi considerado saudável pelos cientistas que o estudaram. A estação dos ventos é a estação sêca; quando êles cessam, alternando-se anualmente com as calmas, vem o inverno ou a estação de chuvas. "Na margem esque:da do estuário ·do Amazonas, em Macapá, é franca a separação entre as duas estações: a estação das chuvas prolonga-se durante oito meses, mas os outros. quatro meses são de uma secura quase absoluta . ~ste mesmo regime se verifica mais para o norte, no Amapá, em Cunanl" ... (Paul Le Colnte - O Estado do Pará, p. 86) . Conforme publ!cação das observações meteorológicas feitas pelas estações e postos existentes no terr!tó~!o e divulgadas através do Anuário Estatístico do Amapá, a partir de 1952, as condições cl!mátlcas do território, com a sua amenidade e o frescor de suas brisas, sobretudo à noite, n!í.o prejudicam, em nada, o exercício das atividades humanas. De acôrdo com os resultados obtidos para os mun!c!p!os de Macapá e Amapá, relativos aos anos de 1952-1954, as temperaturas máximas n!í.G vão além dos 35 graus, enquanto as m!n!mas não descem a 20 graus. Por outro lado, verificaremos que a temperatura média chega a! pela ordem dos 27 graus . Deixamos de fazer outras referências, por rião ter sido publ!cado ainda o "anuá7!o" do território referente a 1955. Outros postos meteorológicos e p!uv!ométr!cos, além dos já. ex!sten tes, dever!í.o ser instalados, êste ano, em várias local!dades, a fim de ser procedido um serviço mais eficiente de observações. ASPECTOS HUMANOS: A população divisão administrativa - A A fase territorial - As pessoas que habitavam a reg!!í.o compreendida, hoje, pelo Amapá, mal passavam da casa dos 20 mil, ou seja, exatamente, 21.192 habitantes, quando foi criado o território. Convém sal!entar que a extrema rarefação demográfica é um fato que caracteriza tôda a parte setentrional da Amazônia, seja no estado do Amazonas, ' no ter: !tór!o do Rio Branco, no estado do Pará e no território do Amapá. A insalubridade reinante na fase pré-terrltorlana, oriunda principalmente do !mpaludlsmo e das doenças tropicais, oferecia, como é natural, empecllh.os, á oC'Upaçâo do solo, enquanto a relativa salubridade de outras regiões do vale amazônico, como a zona Belém-Bragança, favoreceu o povoamento. No Amaná, comG vimos, as condições f!slcas, por si, são boas. A ação direta do cl!ma quente, úmido e chuvoso sõbre a anatomia, a f!slologla e o comportamento ps!qu!co é multo pouco conhec!dG e, provàvelmente, insignificante para ter ~ran­ de importância. Os flslologlstas discutem os resultados con tradl tórlos de suas experiênelas. Para o geóg:afo a questão se resume nos seguintes têrmos: há nos lugares de cl!n. a quente, úmido e chuvoso, territórios desertos, como ocorre na Amazônia, bem como territórios fortemente povoados, como a Zona da Mata, em Pernambuco, Pôrto Rico, ou Java, que apresenta uma das maiores densidades do globo numa área inferia: à do Amapá. Destarte, podemos afirmar que o cl!ma não tem influência determinista. Não há fatal!smos geográficos, por isso não devemos pensar que a Amazônia é pouco povoada em virtude do seu cllma equatorial, "cl!ma caluniado", allás,. no dizer do douto Euclldes da Cunha. Na realldade, o cllma não determina com cega brutal!dade a sorte dos povos, desde que não se apresente em condições excessivas, o quenão acontece no Amapá ou na• Amazônia. No terr!tó~!o do Amapá, pel• 1950, a população se compunha de l Brancos .. ........ . ....... · · · · · Pretos .................. · · · · · · · Pardos ................. · .. ... · · Amarelos ................ . .. • . · Sem declaração ... .. ......... . TOTAL ....... ... ...... .. . . o aumento anual, verificado < tu!ção do território, ainda se pro cendo a essa composição, respe!t vidas proporções. E' êle de 57,85 habitantes, segundo dados oficiais tório de Estatística do C.N.E. A título de Ilustração, !nfo~rr população do Amapá, por est! 1-7-54, era de 46 . 931 habitantes, de de 20 mll nas quatro (4) sedes A densidade demográfica da re fraca, não atingindo a 0,5 de h quilômetro quadrado. Mais de 5( tório é terra virgem que espera cidade real!zadora do homem. Divisão administrativa - O 1l apenas 4 mun!cip!os: Municípios Macapá .......................... . . Amapá ........................... . Mazag!í.o (o mais extenso) O!apoque ........................ . Nota-se, no nosso pais, já c ano passado, nosso delegado à XI Geral do C.N.G., o atrativo que t brasileiro, residente no hinterlar, p!ta!s, em parte compreens!vel abandono em que jazem os nosso tanejos, que vivem, muitos! <?Om triados dentro da próprta patrta • d!spl!cêncla e a inépcia de cer não proporcionam uma vida con via, tal êrro acarreta o despov zonas rurais e o decréscimo agr!cola, o que equivale a dizer cimento das populações. Compreendendo êsse grave pr1 vêrno territorial tem adotado un base mun!clpal!sta, que represer vida, o fortalecimento econôml desde que como é sabido, o n é nada ~ais do que a "célula Dêste modo, como já sal!entou n à XIV Assembléia Geral, ficou • 1953 o anteprojeto da divisão t pre.Jê a "transformação em muni• distrito de Calçoene" com o des de terras do munic!p!o de Amai A fase territorial Secc!om do Pará, com a área que já cltaJ esboçava, nos primeiros dias da f uma situação que pode ser res~ foi apresentada pelos agentes d de 1950, no munlc!plo de Amapá extrativas. Comércio: com as Gu vizinhas. Transportes: não há ferro ou de rodagem. As c0mun zero por navegação de vela e de · çâo: a mais abandonada da sanitário: não há hospitais grassando o !mpaludlsmo entre a Sob condições tais, tomou c tório, em 25 de janeiro de 1944, ex-p:esldente Getúl!o Vargas, o J anarl Gentll Nunes com os f aux!Uares. O Amapá oferecia problemas e era preciso cump del!neado pelo criador dessas \ RELATóRIOS DE INSTITUIÇOES DE GEOGRAFIA E - O cl!ma do Amapã é Igual ao da Isto é, equatorial superúmldo, !la sua situação geogrâflca em plena Ida, amenizado, porém, pelos ventos m do oceano . Foi considerado sauos cientistas que o estudaram. A Js ventos é a estação sêca; quando :m, alternando-se anualmente com , vem o Inverno ou a estação de argem esque7da do estuãrto ·d o AmaMacapã, é franca a separação entre stações : a estação das chuvas prolurante oito meses, mas os outros ses são de uma secura quase abso: mesmo regime se verifica mais te, no Amapã, em Cunant" .. . (Paul - O Estado do Pará, p. 86) . .n e publ!cação das observações me; feitas pelas estações e postos no terrttó: to e divulgadas através ' E statístico do Amapá, a partir de ldlções cl!mãtlcas do território, com nldade e o frescor de suas brisas, l. noite, não prejudicam, em nada, das atividades humanas. De acõrresultados obtidos para os munliacapã e Amapá, relativos aos anos 4, as temperaturas máximas não os 35 graus, enquanto as mínimas a 20 graus . Por outro lado, verlue a temperatura média chega aí · dos 27 graus. :s de fazer outras referências, por o publ!cado ainda o "anuã:lo" do ferente a 1955. Outros postos mee pluviométricos, além dos jã deverão ser Instala dos, êste ano, ocal!dades, a fim de ser procedido mais eflclen te de observações. )S HUMANOS: A populaçO.o - :nistrativa - A A fase territorial - tue habitavam a região compreen•elo Amapá, mal passavam da casa ou seja, exatamente, 21.192 habtdo foi criado o território. Convém a extrema rarefação demogrãflca que caracteriza tôda a parte sea Amazônia, seja no estado do to ter :ltórlo do Rio Branco, no trã e no território do Amapá. A reinante na fase pré-terrltorlana, clpalmente do Impa ludismo e das !leais, Oferecia, como é natural, à ocupação do solo, enquanto ~lubrtdade de outras regiões do co, como a zona Belém-Bragança, povoamento . No Amaoá, como ~dlções físicas, por si, são boas . do cl!ma quente, úmido e chuanatomta, a fisiologia e o comsíqutco é multo pouco conhecido nte, lnslgnlftcante para ter grana. Os fisiologistas discutem os n tradt tórtos de suas experiêngeóg:afo a questão se resume têrmos: há nos lugares de cl!n. a e chuvoso, territórios desertos, na Amazônia, bem como terrtnte povoados, como a Zona da nambuco, Pôrto Rico, ou Java, uma das m a iores densidades na área lnferlo~ à do Amapà. nos afirmar que o cl!ma não tem ermlnlsta . Não há fatal!smos r Isso não devemos pensar que pouco povoada em virtude do torta!, "cl!ma caluniado", al!ás, douto Eucl!des da Cunha. Na !ma não determina com cega orte dos povos, desde que não m condições excessivas, o que o Amapá ou na Amazônia . No terrltó7lo do Amapá, pelo 1950, a população se compunha de: Brancos ................ ... .... . Pretos ......................... . Pardos . .. .. .................... . Amarelos ................... , .. . Sem declaração .... ...... ..... . TOTAL censo de 10175 3 052 24186 2 62 37 47:7 O aumento anual, verificado com a Instituição do território, ainda se processa obedecendo a essa composição, respeitadas as devidas proporções. E' êle de 57,85 % por 1.000 habitantes, segundo dados oficiais do Laboratório de Estatística do C.N.E. • A titulo de ilustração, lnfo7mamos que a população do Amapá, por estimativa, em 1-7-54, era de 46.931 habitantes, dos quais mais de 20 mil nas quatro (4) sedes municipais . A densidade demográfica da região é multo fraca, não atingindo a 0,5 de habitante por quilômetro quadrado. Mais de 50% do território é terra virgem que espera pela capacidade real!zadora do homem. DivisO.o administrativa - O Amapá possui apenas 4 municípios: Municípios Área Macapá ... .... ... ......•.......... . . 27163 km• Amapá . . .......... .. .............. . 39 978 .. 44 421 Mazagão (o mais extenso) Olapoque .......... . ........... ... . 24 346 Nota-se, no nosso pais, já observava, no ano passado, nosso delegado à XIV Assembléia Geral do C.N.G ., o atrativo que tem o homem brasileiro, residente no hinterland., pelas capitais, em parte compreensível, diante do abandono em que jazem os nossos irmãos sertanejos, que vivem, muitos, como que expatriad.os dentro da própria pátria e aos quais a displicência e a inépcia de certos governos não proporcionam uma vida COl!dlgna. Todavia, tal êrro acarr eta o despovoamento das zonas rurais e o decréscimo da produção agrícola, o que equivale a dizer, o empobrecimento das populações. Compreendendo êsse grave problema, o govêrno territorial tem adotado uma polltlca de base mun!c!palista, que representa, sem dúvida, o fortalecimento econômico do povo, desde que, como é sabido, o município não é nada mais do que a "célula da nação". Dêste modo, como jã salientou nosso delegado à XIV Assembléia Geral, ficou encerrado, em 1953, o anteprojeto da divisão territorial que prevê a "transformação em munic!pi.o do atual distrito de Calçoene" com o desmembramento de terras do município de Amapá. A fase territorial Secclonado do estado do Parã, com a área que jã citamos, o Amapã esboçava, nos primeiros dias da fase territorial, uma situação que pode ser resumida na que foi apresentada pelos agentes do censo geral de 1950, no município de Amapá: "Indústrias: extrativas . Comércio : com as Gu!anas e praças vizinhas. Transportes: não hâ cst:adas de !erro ou de rodagem. As c'lmun!cações se fazem por navegaÇão de vela e de vapor. Instruçãn: a mais abandonada d a regliio. Estado sanitário: não hâ hospitais nem médicos, grassando o Impaludismo entre as populações". Sob condições tais, tomou conta do território, em 25 de janeiro de 1944, nomeado pelo ex-p~esldente Getúlio Vargas, o então capitão J anarl Gentil Nunes com os seus primeiros auxiliares. O Amapá oferecia uma série de problemas e era preciso cumprir o programa delineado pelo criador dessas unidades fede- CI~CIAS AFINS 207 radas: sanear, educar, povoar. Tudo dependia de uma hábil polltlca de colonização e de ap:oveltamento da terra . Em relatório sintético referente ao ano de 1954 e apresentado ao senhor miniStro da Justiça e Negócios Interiores, o senhor governador esboça o quadro da atual situação do território feder~! do Amapá, decorrido um decênio da ocupação da região a êle entregue, nos seguintes têrmos: "A polltlca nacional de ocupação demográfica das áreas de fronteira encontra, no território federal do Amapá, um dos seus resultados mais completos e !el!zes. Não foi apenas a ocupação humana, o crescimento populacional de 25 000 para 47 000 habitantes o que o território alcançou em dois lustros de existência . Foi também a ocupação social e econômica, o desbravamento da ter:a em têrmos de agrupamento fixos, à base de lnst!tu!ções pioneiras, mas estáveis. Realmente, sob qualquer aspecto em que a consideremos, a experiência de administração-delegada Instituída pela UnU!.o, ao criar os novos territórios federais, estã promovendo no Amapá as condições indispensáveis para transformá-lo, da área Insalubre, despovoada e inculta, de outro:a, em mais um estado da federação brasileira . . O ano de 1954 marca o Inicio de uma nova fase no desenvolvimento econômico do Amapá. As grandes obras que se real!zam na construção da estrada de ferro e do pôrto para o transporte e o embarque de minérios de manganês, o Investimento no te:-r!tórlo, apenas por uma emprêsa, de quase o dôbro dos recursos apl!cados pelo govêrno no mesmo período, a chegada de considerável equipamento mecanizado, de 'transatlãnt!cos, de embarcações e de veículos de todos os tipos, os técnicos nacionais e estrangeiros trouxeram novo e Intenso desenvolvimento ao progresso regional. Começam a aparecer, de modo mais sensível, os resultados do planejamento cuidadoso dos problemas e das necessidad es do território, da continuidade administrativa, da dedicação da equipe que conduz a administração, do entrosamento dos programas locais com a planificação nacional, da sol!dar!édade continua e harmoniosa que existe entre o povo e o govêrno amapaense. O Amapá não anda, corre. Difícil é anal!sar o seu crescimento em têrmos clássicos. Muda de aspecto a cada dia. O surto que expe7lmenta suscita necessidades cada vez maiores e exige soluções adequadas ao seu ímpeto de progresso. Os recursos concedidos ao território pela União são apl!cados, slstemàt!camente, como Investimentos de capital, em obras transformadoras do melo, destinadas não ao gôzo das gerações presentes, mas à própria conjuntura econômica, em ln!c!at!vas de reprodut!v!dade ce7ta para o futuro e capazes de atrair atividades complemental·es . Tôda a população ativa, a população mão-de-obra do território, vem sendo encaminhada para frentes de trabalho de produção real. As experiências sociais avançadas que se realizam no Amapá em todos os setores de at!vdade e especialmente na educação, na saúde e na produção, provam que é possível uma existência feliz pa!a o homem bras!le!ro em plena Unha do equador. O novo e considerável mercado de trabalho que os empreendimentos territoriais RELATóRIOS DE INSTITt 208 BOLETIM GEOGRAFICO oferecem, dando emprêgo a numerosos técnicos e a m!lhares de trabalhadores; a afluência de capitais privados que se apllcam, em indústrias locais de matér!as-p:!mas, ou no comércio; a próxima fonte de divisas que surgirá com a exportação do minério de manganês, criando considerável massa de riqueza· tributável e aumentando o poder aquisitivo do pais, mostram que o Brasil nunca fêz tão bom emprêgo de capital nas suas regiões llm!trofes como está reallzando no Amapá". Atividades da secção de geografia - A terra que rep:esentamos nesta conspícua Assembléia é parte integrante daquela região que Euclldes da Cunha classificou como "o último capitulo do Gênes!s a se escrever", a · Amazônia portentosa - "a terra mais jovem do mundo", na concepção de Wallace, mirabolante plan!c!e sedimentar, ' regada pelo gigante das águas caudalosas, o majestoso Rio-Mar, com chuvas abundantes, cllma equatorial superúm!do e imensas riquezas a explorar, perco:r!da pelas missões rel!g!osas e por !números sábios que, desde Humboldt, contemplaram, marav!lhados, a opulenta selva selvaggia. E o Amapá, depois que despertou de um sono secular, está nascendo para uma vida nova para justapor-se à c!v!llzaçáo pátria. Lá, como alhures, o homem vale como fator primordial da histó:!a, a despeito da enormidade da terra e das lendas, fábulas e visões fantásticas de certos ~;~r~g:a~bre;~:o~~~e Jeêe~~u~~q~el~·r'A~:~J~ Verde". Na realldade, all não há um inferno, como também não há um céu. Há um vasto campo de experiências, onde o homem poderá pôr à p ~ova a sua capacidade criadora. Pouco adianta que se apregoe o duallsmo dos trópicos e do homem, quando êste se reveste de esfôrço e de vontade. Assim, o homem está no Amapá, não como um intruso ou anatematizado, indigno da terra que lhe coube, mas como um elemento adaptável ao meio físico e apto a transformá-lo, impulsionado por um ideal, em beneficio da sociedade. O Amapá, pouco conhecido e, por alguns, errõneamente interpretado, é um largo campo para os estudos geográficos. O D! ~e tório Regional de Geografia não reallzou, porém, até o momento, 'uma obra de altura do meio físico, não por falta de vontade e de propó- _ sitos, mas, talvez, por falta de meios financeiros, de dificuldades de locomoção, exigüidade de elementos humanos, etc. Assim, o Diretório não se tem reunido, em trabalhos ordinários, para estudo e cumprimento dos objetivos do Conselho naquela longínqua c!:cunscr!ção do pais. Contudo, podemos registrar, no período decorrido do último conclave a êste, que ora ae reallza, as seguintes atividades de interêsse geográfico, entre as quais se incluem as levadas a efeito pelo govêrno territorial: I - Julgamento do trabalho apresentado pelo Dr. Auréllo Távo:a Buarque, promotor públ!co da comarca de Mazagão, ao concurso "Caetano da S!lva", promovido pelo Diretório, em dezembro de 1953, intitulado Mazagão - Ensaio His· tórico-Geog>:áfico, o qual foi classificado em 1. 0 lugar e já foi entregue à Imprensa Oficial para ser publlcado. II - Designação, por portaria do gov ê: no terr!tor!al, de 22 de abr!l do corrente ano, de uma Comissão para elaborar o programa e tomar as providências necessárias à comemoração solene, no ano próximo v!ndou~o. do 1.• centenário da elevação de Macapá à categoria de cidade pela !e! provincial n. 0 281, de 6 de setembro de 1856, em cuja Co- III - IV - V - VI 1 VII - VIII - missão estão !nclu!dos elementos dO> Diretório Regional. último recenseamento da população da cidade de Macapá, feito pelo Serviço Regional de Geografia e Estatística e conclu!do em 1. 0 de junho dêste ano. o qual acusou a cifra de 17 819 almas para a capital do território. Publ!cação de 5 mapas de acesso ao Canal do Norte do rio Amazonas elaboradas pelo Serviço Hidrográfico da Marinha de Guerra do Bras!l. Estudo da nascente principal do rio Oiapoque, na serra de Tumucumaque, no extremo norte da região, pela Comissão Demarcadora de Limites do SeW>r Norte, com sede em Belém do Pará. Prosseguimento dos t:abalhos de construção da rodovia Macapá-Clevelãndia. que já tem 70 % do percurso total ( 697 qu!lômetros) real!zado. Essa rodovia, quando concluída, !lgará a bacia do Amazonas, ao sul do território, à do . O!apoque, no extremo norte. Prosseguimento da construção da Estrada de Ferro de 200 qu!lômet~os que deverá l!gar a serra do Navio ao pôrtG de Sant'Ana, pela qual se fará a exportação do minério de manganês, de cujas jazidas é concessionária a Emprêsa Indústria e Comércio de Minérios S.A. Prosseguimento dos trabalhos prellminares !nd!spensáve!s ao aproveitamento da fôrça hidrául!ca da cachoeira do Paredão, no rio Araguar!, onde deverá ser construída a futura usina hidrelétrica, que será uma reallzação de alta !mportãnc!a para a estrutura econômica do Amapá. Conclusão C~emos ter cumprido, dentro do exíguo espaço de tempo de que dispusemos, nossa tarefa de apresentar-vos uma síntese geográfica do Amapá e o relatório que nos "ab!a. No ãmago da terra imensa que Deus nos deu, que se debruça do Atlântico aos Andes, em seus o! to m!lhões e meio de · qu!lômetros quadrados, encontramos motivos de profunda dedicação à pátria. Somos o gigante do mundo, o maior pais de terras continuas e habitáveis, dentre todos quantos secc!onam o orbe ter.:-estre. Temos um pais !nigualável, com recursos inesgotáveis e imensas possib!l!dades. Longe estamos, entretanto, de entrar na posse efetiva do vasto quinhão que nos legou o esfôrço de nossos maiores. Se, de um lado, o Bras!l nos comove até o conhecido "porquemeufan!smo", diante de suas magnif!cênc!as e belezas, de outro lado induz-nos a profundas meditações, ao estudo de seus complexos problemas, máxime em face de um mundo feito de guerras e ambições, em que as nações ~racas são presas fáceis dos !mperiallsmos. Na realldade, temos grandes espaços vazios e abandonados, que esburacam a vida nacional. Possuímos apenas 6 habs. km'. O compatriota que encontramos na rua, vive, muitas vêzes, a inúmeras léguas de nós, distante do convívio social. Da descontinuidade demográfica resulta a Unha quebrada de nossa c!v!l!zação, a diferenciação enorme dos núcleos sociais, a falta de conexão da vida econômica e a desigualdade das manifestações culturais. Sem mencionar outros beneficios decorrentes da criação dos terr!tó:!os, só a necessidade da defesa das fronteiras, do aproveitamento das riquezas latentes, da ocupaçáo do solo e da aproximação de bras!le!ros abandonados, já seriam motivos mais que suficientes para a ad()Ção de t!.o patriótica medida. Acreditamos na integração do hom1 slleiro, porém através de um t7abalho J -e desinteressado, visando, antes de tudo !!cação espiritual de nossa gente, cor de um progresso duradouro . E' preciso que nos convençamos haverá sempre dificuldades inevitável minhas íngremes a percorrer, mas nuiJ tirão barreiras intranspon!veis e esto1 superáveis para os que se decidiram ver, com tenacidade e fôrça cte von· páginas de sua própria história. Se lhe Interessa adquirir as sua secretaria, (Avenida Beira derá pronta e satlstatõrlamem RELATóRIOS DE INSTITUIÇOES DE GEOGRAFIA E CltNCIAS AFINS o ão estão incluídos elementos d<> ;ório Regional. no recenseamento da população da !e de Macapá, feito pelo Serviço ona! de Geografia e Estatística e luldo em I.• de junho dêste ano, !al acusou a cifra de 17 819 almas a capital do território. !cação de 5 mapas de acesso ao I do Norte do rio Amazonas elalas pelo Serviço Hid:ográf!co da nha de Guerra do Brasil. lo da nascente principal do rio Jque, na serra de Tumucumaque, ttremo norte da região, pela Coo Demarcadora de Limites do Seorte, com sede em Belém do P ará. eguimento dos t~abalhos de cons) da rodovia Macapá-Clevelãndia, já tem 70% do percurso total quilômetros) realizado. Essa ro• quando concluída, ligará a bacia .n azonas, ao sul do território, à do 1que, no extremo norte. eguimento da construção da Esde Ferro de 200 quilômet~os que á ligar a serra do Navio ao pôrto 1nt'Ana, pela qual se fará a ex;ão do minério de manganês, de jazidas é concessionária a EmIndústria e Comércio de Minérios Acreditamos na integraçllo do homem brasUeiro, porém através de um t:abalho paciente -e desinteressado, visando, antes de tudo, à unificação espiritual de nossa gente, como base de um progresso duradouro . E' preciso que nos convençamos de que haverá sempre dificuldades inevitáveis e caminhos íngremes a percorrer, mas nunca exist!rllo barreiras intransponíveis e estorvos insuperáveis para os que se decidiram a escrever, com tenacidade e fôrça de vontade, as páginas de sua própria história. 209 Encerrando esta modesta apresentaçllo, desejamos alevantar nosso coração aos céus, neste memorável mês de julho, mês de bênçãos para a nossa terra, pela celebração do XXXVI Congresso Eucarístico Internacional, em que o mundo inteiro assistirá, na capital do Brasil, à mais solene manifestação de nossa fé no futuro da -pátria, para pedir a Deus, que dirige a nau de nossa existência, que, na atual conjuntura, nos livre de tôda a , decadência e nos conduza aos nossos verdade!roa destinos de povo cristão e civUizado". >guimento dos trabalhos prelimiindispensávels ao aproveitamento irça hidráulica da cachoeira do !.o, no rio Araguarl, onde deverá mstrulda a futura usina hidre• que será uma realização de mportância para a estrutura ecoa do Ama:pá. - C:emos ter cumprido, dentro aço de tempo de que dispusemos, de apresentar-vos uma síntese Amapá e o relatório que nos da terra imensa que Deus nos ebruça do Atlântico aos Andes, milhões e melo de quilômetros contramos motivos de profunda Játria. ~lgante do mundo, o maior pais !nuas e habitáveis, dentre todos onam o orbe ter:estre. Temos alá vel, com recursos inesgotáveis >sibilidades. Longe estamos, enntrar na posse efetiva do vasto nos legou o esfôrço de nossos e um lado, o Brasil nos comove do "porquemeufanismo", diante lcências e belezas, de outro lado >rotundas meditações, ao estudo xos problemas, máxime em face feito de guerras e ambições, em fracas são presas fáceis dos Ná realidade, temos grandes esabandonados, que esburacam al. Possuímos apenas 6 habs. riota que encontramos na rua, zes, a inúmeras léguas de nós, vívio social. Da descontinuidade ulta a linha quebrada de nossa ferenciação enorme dos núcleos de conexão da vida econômica e das manifestações culturais. nar outros beneficios decorrenos territó:ios, só a necessidade fronteiras, do aproveitamento entes, da ocupação do solo e de brasileiros abandonados, já mais que suficientes para a patriótica medida. Se lhe interessa adquirir as publicações do Conselho Nacional de Geografia, escreva • @" sua Secretaria, (Avenida Beira-Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio de Janeiro) que o atenderá pronta e satistatõ11amente. -7- LEl Leis e Resoluções ~EGISLAÇÃO FEDERAL Integra da Iegisla~ão de interêsse geográfico Leis LEI N.o 2 661, DE 3 DE DEZEMBRO DE. 1955 Dúp6e sObre a regulamentaçl!o do § 4. • do art. 153 da Constituíçl!o Federal e dá outras provià«!ncías. O Vice-Presidente do Senado Federal, no exerclclo do cargo de Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1.• - Considera-se estância termomineral, hidromineral ou simplesmente mineral a localidade assim reconhecida por lei estadual e que disponha de fontes d'águas termais ou minerais, naturais, exploradas com observância dos dlsposltlvos desta lei e do decreto-lei federal n.• 7 841, de 8 de agOsto de 1945. § 1.• - Se as fontes estiverem localizadas em zona urbana ou suburbana de alguma cidade, apenas esta será considerada estância, respeitadas as delimitações fixadas em lei municipal própria e em nenhum caso tOda a área compreendida pelo munlcipio, prevalecendo o mesmo critério em relação às vilas . § 2.• - Se as fontes estiverem localizadas fora das áreas urbana ou suburbana, Isto é, na zona rural, a estância constituir-se-á, !!.penas, da área que o legislador lhe !lxar, Incluindo a faixa de proteção das fontes minerais, estabelecidas pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) . § 3.• - Em qualquer caso, para os efeitos desta lei, é semp:e considerado parte Integrante da estância o conjunto compreendido pelas fontes, estabelecimentos balneários ou termais e hoteleiros, praças de desportos, parques d'águas, sltlos de passeios e logradouros públiços, constantes_ do plano diretor de melhoramentos da estancla. Art. 2.• - O auxlllo de que trata o § 4.• do art. 153 da Constituição Federal será conoeedldo pela União através de convênios a serem :tlnnadOs com os estados e munlclplos Interessados, para os seguintes fins: 1 - Elaboração, para cada uma das estãndas, de um plano diretor de melhoramentos, .que compreenderá: a) planta cadastral; b) !lxação da área de proteção das fontes minerais; e) rêde de abastecimento d'água; d) rêde de esgotos sanitários e pluviais; e) estudo completo do problema de energia elétrica; f) plano de urbanismo; g) plano rodoviário de acesso aos sltlos de passeios . II - Realização do estudo d'águas minerais de aplicação medicinal e execução das obras de captação e adução das mesmas. III - Delimitação das áreas que, adquiridas pela União e Incorporadas ao seu patrimônio, devam ser por esta reflorestadas, a fim de proteger os mananciais e as fontes. IV- Promover, através do Departamento Nacional de Obras de Saneamento, a execução das obras de saneamento das estâncias. V - Conceder prioridade para a construção da rodovia federal constante do plano rodoviário nacional, denominada "circuito rodoviário das estâncias hidrominerais". VI - Estabelecer prioridade na concessão· de auxlllos par a a construção de campos de pouso nas estâncias hidrominerais . VII - Incluir no plano de obras postais-telegrá!lcas, com a recomendação de prioridade, a extensão de linhas telegrá!lcas para tOdas as estâncias, e a -c onstrução do respectivo prédio da agência postal-telegráfica. VIII - Construção e instalação, em regime de convênio com os Estados, de um grupo escolar na sede de cada estância que não tenha sua localização coincidente -c om a sede do municlpio ou da vila. IX - Concorrer com recursos financeiros para as obras de construção e aparelhamento das termas e balneários, inclusive para a solução do problema de energia elétrica das estâncias . X - Construção e instalação nas estâncias, no regime vigente de convênio com os Estados, de uma unidade escolar profissional, que será de natureza agrlcola ou industrial, de conformidade com as particularidades geoeconômicas e sociais da região . XI - O Ministério da Agricultura, através de seus órgãos competentes, emprestará. . a cada uma das estâncias assistência mais intensificada, visando ao melhor ~parelhamento de sua produção rural, notadamente no setor da avicultu:a, fruticultura , vinicultura e pequenas indústrias domésticas . XII - Instalação nas estâncias de um pOsto meteorológico destinado a coligir elementos para os estudos de suas condições climáticas . Art. 3.• - O Ministério da Saúde, depois dos necessários estudos, orientará o aproveitamento das riquezas hidrológicas e climáticas do pais, no lnterêsse da ciência e da saúde pública . Art. 4.• - Para efeito do recebln: favores de que trata esta lei, o Estad blr-se-á de promover, através de s técnico a execução de medidas geral! clals de saúde pública que constituam de bom estado sanitário na estãnciE Art. 5.• - A União deverá con com os Estados e Munlcipios intero construção de hotéis balneários para menos favorecidas. Art. 6.• - O Poder Executivo c< anualmente, em sua proposta orçE verba própria, destinada a dar curr à presente lei, ficando, ainda, auto abrir o crédito especial de Cr$ 20 (vinte mllhôes de cruzeiros) a !lm d no presente exerciclo, às despesas r • da aplicação do disposto no artigo : Incisos, bem como no artigo 5.•, de a< as seguintes disc:tminações: a - ao Ministério da Agricultura de Cr$ 10 000 000,00 (dez mllhôes de para cumprimento d as letras a, b e à I, e dos Incisos li, III, IX, X, XI artigo 2.•; b - ao Ministério da Saúde o • Cr$ 5 000 000,00 (cinco milhões de < para cumprimento das letras c e à I do art 2.•, e do art. 5.•; c - ao Ministério da Viação e I blicas o crédito de Cr$ 5 000 000,00 ( lhões de cruzeiros), para cumpriu letras f e g do inciso I, e dos incisc VII do art. 2.•. A fotografia é um excelente fotografado. Envie ao Com possuir, devidamente le:end 211 LEIS E RESpLUÇOES RAL ;se geográfico :allzação do estudo d'águas mlnellcação medicinal e execução das ptação e adução das mesmas. ellmltação das áreas que, adqulrlnlão e Incorporadas ao seu patrl.m ser por esta reflorestadas, a fim os mananciais e as fontes. ·omover, através do Departamento Obras de Saneamento, a execução .e saneamento das estâncias. ' ClCeder prioridade para a construção federal constante do plano rodona!, denominada "circuito rOdoviá~ncias hidrominerais". tabelecer prioridade na concessão· para a construção de campos de stâncias hidromlnerais. Clcluir no plano de obras postaiscom a recomendação de prlorlensão de Unhas telegráficas para ncias, e a construção do respectivo gência postal-telegráfica. onstrução e instalação, em reginio com os Estados, de um grupo de de cada estância que não tenha ção coincidente com a sede do u da vila. mcorrer com recursos financeiros s de construção e aparelhamento balneários, inclusive para a sooblema de energia elétrica das Art. 4.• - Para efeito do recebimento dos favores de que trata esta lei, o Estado incumbir-se-á de p~omover, através de seu órgão técnico a execução de medidas gerais e especiais de saúde púbUca que constituam garanth de bom estado sanitário na est!l.ncla. Art. 5.• A União deverá convencionar com os Estados e Municípios interessados a construção de hotéis balneários para as classes menos favorecidas. Art. 6.• - O Poder Executivo consignará, anualmente, em sua proposta orçamentária verba próp~a. destinada a dar cumprimento à presente lei, ficando, ainda, autorizado a abrir o crédito especial de Cr$ 20 000 000,00 (vinte milhões de cruzeiros) a fim de ocorrer, no presente exercício, às despesas resultantes da apUcação do disposto no artigo 2.• e seus incisos, bem como no artigo 5.•, de acOrdo com as seguintes disc~mlnações: a - ao Ministério da Agricultura o crédito de Cr$ 10 000 000,00 (dez milhões de cruzeiros) para cumprimento das letras a, b e d do inciso I, e dos Incisos li, III, IX, X, XI e XII do artigo 2.•; b - ao Ministério da Saúde o crédito de Cr$ 5 000 000,00 (cinco milhões de cruzeiros), para cumprimento das letras c e d do inciso I do art 2.•, e do art. 5.• ; c - ao Ministério da VIação e Obras PúbUcas o crédito de Cr$ 5 000 000,00 (cinco milhões de cruzeiros), para cumprimento das letras f e fi do Inciso I, e dos Incisos IV, V e VII do art. 2.•. Esta lei entrará em vigor na sua pubUcação, revogadas as disposicontrário. de Janeiro, 3 de deze!Jlbro de 1955~ Independência e 67.• da RepúbUca. Art. 7.• - data de ções em Rio 134.• da Nereu Ramos F . de Meneses Ptmentel Mário de Ct1mara Lucas Lopes Eduardo Catalão Maurtcto de Medetro& (D. O . de 12-12-1955) LEI N. 0 2 731, DE 17 DE f FEVEREmO DE 1956 Muda a denomtnação do Territ6rto Federal do Guaporé para Terrtt6rto Federal de Ron- dõnta. O Presidente da RepúbUca: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: A~. 1.• E' mudada a denominação d& Território Federal do Guaporé para Territór!G Federal de Rondônia. Art. 2.• - Esta lei entrará em Tlgor na data de sua pubUcaçâo. Art . 3.• - Revogam-se as disposições em contrário . Rio de Janeiro, 17 de feverel~o de 1956; 135.• da Independência e 68.• da RepúbUca . JUSCELINO (D. o. KUSITSCHZK Nereu Ramo& de 21-2-1956) strução e instalação nas estâncias, ente de convênio com os Estados, ade escolar profissional, que será agrlcola ou industrial, de conforas particularidades geoeconômicas região. Ministério da Agricultura, através âos competentes, emprest&rá _ a estâncias assistência mais intenndo ao melhor aparelhamento çâo rural, notadamente no setor fruticultura, vinicultura e perlas domésticas. talação nas estâncias de um lógico destinado a coligir eles estudos de suas condições cU- O Ministério da Saúde, depois s estudos, orientará o aproveiquezas hidrológicas e climáticas nterêsse da ciência e da saúde A fotografia é um excelente documento geográfico, desde que se saiba exatamente O• local -~ fotografado. Envie ao Conselho Nacional de Geografia as fotografias panorâmicas quepossuir, deTidamente legendadas. / Considerando que o r eferido encontra sob o patr oclnio d o I nstlt ro de G eografia e Estatistlca e, I os ausplclos do Govêrno; Considerand o disposto na r 439, de 9 de julh o de 1954, da Geral; Considerando q ue a Comissll d ora do XVIII Congr esso Inter Geografia ainda não dispõe de r e< cetr os próprios, solicitados ao Go\ pública e já com parecer favoráv Consid erando que tais r ecursos ser r ecebidos ant es de mead os d o após a votação, pelo Congresso mensagem p r esidencial respectiva; Considerando a u rgência e a d os trabalhos preliminares, estre gados à p reparação das excursõe: Congr esso e impresclndlvels ao ct paro dos livros-gulas das menc cursóes; Considerando, por outro lado, dos os geógrafos de campo que nos t rabalhos preparatórios dos ! -cem ao Conselho Nacion al de G Considerr>ndo que êsses últ: :POderão dedicar-se a estudos sõb <durante o próximo periodo de fér o Resoluções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA Diretório Central / / Integra das resoluções ns. 483 a 492 Resolução n.0 483, de 4 de,novembro de 1954 Autoriza a Secretaria Geral a colaborar nas excursões preparatórias do XVI IT Congresso Internacional de Geografia. O Diretório Central do Conselho Nacional de Geografia, usando de suas atribuições, Considerando que já está em funcionamento a Comissão Organizadora do XVIII Congresso Internacional de Geografia, a realizar-se nesta capital em agõsto de 1956; Considerando que a constituição desta Comissão Organizadora foi p~omovlda pela comissão Nacional da União Geográfica Internacional, nos têrmos dos artigos 6.• e 8.• da resolução n .• 389, de 29 de outubro de 1952, da Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia; ' Considerando qne 'ainda não foi posslvel ao presidente do Instituto Brasllelro de Geografia e Estatlstlca, na qualidade de presidente da aludida Comissão Organizadora, obter do govêmo federal o auxlllo especial, já solicitado, para cobrir as despesas com a preparação do XVIII Congresso Internacional de Geografia; Considerando que o quantitativo de cem mU cruzeiros (CrS 100 000,00), entregue à Comissão Organizadora do XVIII Congresso Internacional de Geografia, pelo secretário-geral do Conselho Nacional de Geografia, autorizado pela resolução n. 462, de 16 de fevereiro de 1954, do Diretório Central, destina-se a cobrir despesas urgentes de expedkmte; Considerando que as excursões constituirão atividades das mais Importantes do Congresso e . que deve::-ão, portanto, ser preparadas com a devida antecedência; Considerando, finalmente, que a resolu ção n.• 439, de 9 de julho de 1954, dá Assembléia Geral, refere-se à colaboração da Secretaria Geral ao Congresso apenas no que diz respeito às suas próprias atividades, sendo omissa quanto ao patrocinlo, por parte do Conselho, no trabalho de geógrafos estranhos aos seus quadros, RESOLVE: Artigo único - Fica a Secretaria Geral do Conselho Nacional .de Geografia autorizada a colaborar nas excursões preparatórias do XVIII Congresso Internacional de Geografia, a realizar-se no B~asll, em agõsto de 1956, mediante solicitação da Comissão Organizadora do Congresso. Parágrafo único - Quando destas excursões participarem geógrafos estranhos ao quadro do Conselho Nacional de Geografia, fica o secretário-geral autorizado a prover à manutenção dos mesmos em viagens e a realizar as despesas necessárias com os meios de transportes. Rio de Janeiro, 4 de novembro de 1954, ano XIX do Instituto . - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. Visto e rubricado: Fábio de Macedc Soares Guimarães, Secretário-Geral. Publique-se: Moacir Malheiros Fernandes Silva, Vice-Presidente em exerciclo. Resolução Autoriza destaques e suplerr O Diretório Central d o ConSE <de Geografia, usando de suas atl Considerando que na execução do corrente exere.icio, algumas foram suficientes para atender :Previstos; Considerando que, no orçar .existem dlsporlibll1dades flnance!J :mas verbas, as quais, sem pr< <los fins a que se destinam, supc taques indispensáveis às suplemen· trata a presente resoluçáo, RESOLVE: Artigo único - Ficam autor! guintes destaques e suplementaçõ abaixo discriminadas do orçamem Conselho: DESTAQUES Verba 1 Pessoal Consignação III Vantag< 17 - Gratificação por serviços 1 traordinárlos .............. . Consignação IV - Indenizaç , :26 -Ajudas de custo .......... . Verba 2 Material Consignação I - Material Permanente •03 - Resolução n. 0 484, de 16 de novembro de 1954 Automóveis, autocamlnhl camionetas, veicules para f viço de campo; material 1 tuan te, etc. . ..... . ..... .. . ·Concede auxílio para atender ao custeio das excursões preparatórias do XVIII Congresso Internacional de Geografia. O Diretório Central do Conselho Nacional de Geografia, usando de suas atribuições, Considerando que o XVIII Congresso Internacional de Geografia a realizar-se no Rio .de Janeiro, em agõsto de 1956, trará grandes SUPLEMENTAÇõES beneficios ao pais, em vista de nêle participarem inúmeros geógrafos, que virão debater problemas geográficos peculiares ao território nacional; Verba 1 - Pessoal Consignação V - Diverso "34 - Indenização por outras des .sas de pessoal ........... . / LEIS E RESOLUÇOES Considerando que o referido Congresso se encontra sob o patrocínio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e, portanto, sob os auspícios do Govêrno; Considerando disposto na resolução n. • 439, de 9 de julho de 1954, da Assembléia Geral; Considerando que a Comissão Organizadora do XVIII Congresso Internacional de Geografia ainda não dispõe de recursos financeiros próprios, solicitados ao Govêrno da República e já com parecer favorável do DASP; Considerando que tais recursos não poderão ser recebidos antes de meados do próximo ano, após a votação, pelo Congresso Nacional, da mensagem presidencial respectiva; Considerando a urgência e a Importância dos trabalhos preliminares, estreitamente !lgados à preparação das excursões oficiais do Congresso e Imprescindíveis ao cuidadoso preparo dos livros-gulas das mencionadas ex.oCursões; Considerando, por outro lado, que nem todos os geógrafos de campo que trabalharão nos trabalhos preparatórios dos gulas perten-cem ao Conselho Nacional de Geog:afla; Consldel'l>ndo que êsses últimos apenas poderão dedicar-se a estudos sôbre o terreno, <durante o próximo perlodo de férias escolares; o !Íro de Geografia ~EOGRAFIA t83 a 492 ~rode 213 Considerando que há d1spon1b111dade de resíduos orçamentários na Secretaria Geral do Conselho; Considerando, finalmente, o disposto na resolução n.• 376, de 29 de dezembro de 1950, RESOLVE: Art. 1.• - Fica a Secretaria Geral do Conselho Nacional de Geografia autorizada a custear, no presente exercício, as d espesas com os trabalhos prepara tórlos das excursões do XVIII Congresso Internacional de Geografia, até a Importância de Cr$ 100 000,00 (cem mil cruzeiros), à conta dos resíduos financeiros previstos na resolução n.• 376, de 29 de dezembro de 1950, e mediante solicitação da Comissão Orgànlzadora do Congresso. Art. 2.• - A Comissão Organizadora submeterá à Secretaria Geral do Conselho Nacional de Geografia tôdas as despesas a serem realizadas e delas prestará contas, oportunamente, na fo:ma da lei. Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1954, ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. Visto e rubricado : Fábio de Macedo Soares Guimarães, Secretário-Geral. Publique-se: Moacir Malheiros Fernandes Silva, VIce-Presidente em exerclclo. 1954 Resolução n.0 485, de 30 de novembro de 1954 'SÕes preparatórias do XVIIT ando, finalmente, que a resolução 9 de julho de 1954, da: Assembléia l-se à colaboração da Secretaria lngresso apenas no que diz res.s próprias atividades, sendo omls10 patroclnlo, por parte do Conabalho de geógrafos estranhos aos l, !:: !llco - Fica a Secretaria Geral do clonal .de Geografia autorizada a s excursões preparatórias do XVIll lternaclonal de Geografia, a reao:asll, em agôsto de 1956, mediante a Comissão Organizadora do Con- ' único - Quando destas excurarem geógrafos estranhos ao qua:elho Nacional de Geografia, fica ;era! autorizado a prover à manu>esmos em viagens e a realizar as essárlas com os meios de trans- ranelro, 4 de novembro de 1954, Instituto . - Conferido e numeernardes, Secretário-Assistente. ·lcado: Fábio de Macedc Soares lecretárlo-Geral. Publique-se: iros Fernandes Silva, Vlce-Preslercíclo. .Autoriza destaques e suplementações de verbas no orçamento do Conselho. O Diretório Central do Conselho Nacional ode Geografia, usando de suas atribuições, Considerando que na execução orçamentária ·do corrente ~:xel.'ciclo, algumas verbas não !oram suficientes para atender aos encargos :previstos; Considerando que, no orçamento atual, .existem dlsporllbllldades financeiras em algu:mas verbas, as quais, sem prejuízo ma!Oir' <dos fins a que se destinam, suportam os destaques Indispensáveis às suplementações de que trata a presente r,e solução, RESOLVE : Artigo único - Ficam autorizados os seguintes destaques e suplementações das verbas abaixo discriminadas do orçamento vigente do Conselho: DESTAQUES Consignação IV - :26 - 16 - Cr$ 80 000,00 •03 - ões preparatórias do XVIII Material de refeitório, objetos de copa e cozinha, m aterial de limpeza, etc. . ................ . Ligeiros reparos, adaptações, etc. . . ....... . ............ . ... . 20 000,00 60 000,00 Con signação III Taxas de Serviço Público 12 14 - Assinatura de telefone, etc . .. Serviços postais, telegráficos .. Verba 4 - 05 - 20 000,00 5 000,00 Encargos Diversos Consignação I Gerais Automóveis, autocamlnhões, camionetas, veículos para serviço de campo; material flu- • tuante, etc. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 000,00 10 000,00 Verba 3 - Serviços de Terceiros Consignação I - Conser v ação e Rep«ros · 30 000 ,00 Indenizações Ajudas de custo . . . . . . . . . . . . . . Material de acampamento e campanha .................... . Consignação 11 Material de Consumo Verba 2 Mat erial Consignação I - Material Permanente rode 1954 pais, em vista de nêle partlclros geógrafos, que virão debater gráficos peculiares ao território Gratificação por serviços extraordinários . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 - 01 - Verba 1 Pessoal Consignação 11I Vantagens 17 - Verba 2 - Material Consignação I - Material Permanente Encargos Despesas miúdas de pronto pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 000,00 150 000,00 150 000,00 SUPLEMENTAÇOES Verba 1 - Pessoal Consignação V - Diversos '34 - Indenização por outras despesas de pessoal . . . . . . . . . . . . . . . 30 000,00 Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1954, ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. Visto e rubricado: Fábio de Macedo Soares Guimarães, Secretário-Geral. Publique-se: Elmano Cardim, Presidente. L 214 BOLETIM GEOGRÁFICO b) Fixa o valor do prêmio a ser conferido ao melhor trabalho sôbre a Cartografia Brasileira. O Diretório Central do Conselho Nacional de Geografia, usando de suas atribuições, Considerando o disposto na resolução n.• 445, da Assembléia Geral, para a Instituição de um prêmio ao melhor trabalho sob o titulo Breve história da cartografia brasileira, a ser selecionado em concu~so públlco na fonna das Instruções a serem estabelecidas pela Secretaria Geral; Considerando a conveniência de ser fixada, desde logo, pelo Diretório Central, para a oportuna Inclusão no orçamento do Conselho, o quantitativo correspondente ao valor do prêmio em aprêço, RESOLVE: Art. 1.• Se~ conferido o prêmio de Cr 40 000,00 (quarenta mll cruzeiros), ao autor do melhor dentre os trabalhos apresentados sob o titulo Breve história da cartografia brasileira. Art. 2.• - A seleção do melhor trabalho · feita mediante concurso públlco promovido pela Secretaria Geral e de acôrdo com as Instruções que, oportunamente, formulará. Parágrafo único - Serão recusados os trabalhos apresentados que não · satisfaçam as condições mínimas estipuladas nas Instruções. Art. 3.• A Secretaria Geral caberá a publlcação do trabalho premiado. Rio de Janeiro·, 30 de novembro de 1954, ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assis·• ente. Visto e rubricado: Fábio de ~acedo Soares Guimarães, Secretário-Geral. - · Publlque-se : Elmano Cardim, Presidente. . Parágrafo único - O Chefe 1 Uares de Gabinete serão nomeadof sldente, podendo recair a escolha c pessoa estranha aos quadros do In! Art. 2.• - Fica revogado o dlsp' tlgo 3.• da resolução n.• 400, em rc Art. 3.• A presente resolu~ em vigor na data em que fOr ratl se~á Resolução n.0 487, de 29 de dezembro de 1954 Ratifica a resolução n. 0 469, de 28/12/1954, da Junta Executiva Central do Conselho Nacional de Estatística. O Diretório Central do Conselho Nacional de Geografia, usando de suas atribuições, Considerando que, pela resolução n .• 469, n.• 430, de 18 de novembro de 1952, que rati ficou a resolução n .• 400, de 24 de outubro de 1952, da Junta Executiva Central, do Conselho Nacional de Estatistica; Considerando que, pela resolução n.• 469, de 28 de dezembro de 1954, a Junta Executiva Central alte:ou dispositivos da mencionada resolução n .• 400, Funções gratitcadas 3 Auxlllares de GabinetE Resolução n.0 486, de 30 de novembro de 1954 RESOLVE: Art. 1.• - E' ratificada a resolução n .• 469, de 28 de dezembro de 1954, da Junta Executiva Central, do Conselho Nacional de Estatlstica, transcrita em anexo. cont~â;io~ - Revogam-se as dispo~ições em Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 1954, ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. Visto e rubricado: Fábio de Macedo Soare• Guimarães, Secretário-Geral. Fubllque-se: Elmano Cardim, Presidente. Resolução ll Autoriza a Secretaria Geral de tarefeiros da Divisão O Diretório Central do Consell <le Geografia, usando de suas atrll Considerando haver o Inter Geodetlc Su~ey, do govêrno dos E dos da América posto à disposição c Nacional de Geografia várias bOlsas para a especlallzação em aerofo1 no Panamá (zona do Canal); Considerando a oportunidade c Tece para se obter a especialização na mais moderna técnica referente Considerando que três dos : mais Indicados pa:a o aproveite referidas bOlsas são tarefelros e q modalldade dêstes serviços, o sec: necessita de uma autorização es pennltlr o afastamento dêstes servi Considerando não haver Onus 1 Jlelho, com êste afastamento, já c pesas de manutenção corre:ão po govêrno ofertante das bOlsas, RESOLVE: Art. 1.• - Fica a Secretaria Ge selho Nacional de Geografia autor! Resolução J Dá Regimento à Secretaria Resolução n. 0 469, de 28 de dezembro de 1954 (Anexa à resolução n.0 487, de 29 de dezembro de 1954) Geografia. O Diretório Central do Consel Altera dispositivos da Resolução n. 0 400, de 24 de outubro de 1952, da Junta Executiva Central. A Junta Executiva Central do Conselho Nacional de Estatlst!oca, usando das suas atribuições, e Considerando que o gabinete da presidência do Instituto B:aslleiro de Geografia e Estatística foi criado pela resolução n .• 400, de 24 de outubro de 1952, desta Junta, como órgão a uxillar de estudos, coordenação e representação da mesma presidência; Considerando que a resolução citada constituiu o quadro de pessoal do mesmo órgão, tendo em vista a natureza e o volume do trabalho de coordenação das atividades e do estudo de assuntos específicos das duas alas do Instituto, a ser reallzado pelo gabinete; Considerando, po:ém, haver a experiência demonstrado que na reallzação dêsses trabalhos cooperam hannônlcamente com a presidência as Secretarias . Gerais dos dois Conselhos; Considerando que a presidência do Instituto em consonância com as normas de austeridade e de redução de gastos recomendados e postas em prática pela presidência da Re- públlca, e atendendo ao vulto reduzido dos t~abalhos atualmente atribuídos ao seu gabinete, não' só deixou de preencher como sugeriu a supressão de cargos e funções que considera dispensáveis; Considerando, finalmente, que a resolução n.• 400, citada, foi ratificada pelo Diretório Central do Conselho Nacional de Geografia,. RESOLVE: Art. 1.• - O artigo 2.• e seus parágrafos da resolução n.• 400, de 24 de outubro de· 1952, passam a ter a seguinte redação: "Art. 2.• Os trabalhos a que serefere o artigo anterior serão reallzados, sob a direção do chefe do gabinete, por servidores nomeados em comissão, os quais Integram o quadro do pessoal do gabinete da presidência do Instituto, assim constituídos : a) Cargo isolado de provimento comissão 1 Chefe de Gabinete, CC-5 em. de Geografia, usando de suas atrl Considerando que a lei n.• 7 julho de 1949, no Item I do art. 4 que a Secretaria Geral do Consel de Geografia compreende os serv cretarla dos órgãos Dellberatlvo selho; Considerando que, pela resolu de 13 de julho de 1951, do Dlret~ foi prevista a organização, em 1 manente, dos serviços de Secreta! tório Central; Considerando os altos objetive ponsabllldades dessa unidade de se cretarla Geral do Conselho, bem . cessldade de se lhe fixar, reglmet competência e a~ atribuições espe tro da estrutura orgânica e func! partição, omissas nas resoluções 28-5-53 e 446, de 9-6-53, ambas Central, bem como na resolução 12-7-54, da Assembléia Geral, RESOLVE: Art. 1. • - A Secretaria dos 01 ratlvos do Conselho Nacional de o órgão que tem, na Secretaria LEIS E R "ESOLUÇOES o b) ,ro de 1954 Funções grati/cadas 3 Aux111ares de Gabinete, FG-3 Diretório Central do Conselho Nacional de Geografia, ao qual será submetida para êsse fim . ·r abalho sôbre a Cartografia !entre os trabalhos apresentados Breve história da cartografia bra- - A seleção do melhor trabalho edlante concurso público promocretarla Geral e de acôrdo com que, oportunamente, formulará. único - Serão recusados os traentados que não · satisfaçam as !limas estipuladas nas instruções .. - A Secretaria Geral caberá a > trabalho premiado. anelro·, 30 de novembro de 1954. Instituto. - Conferido e numelrnardes, Secretário-Asslsoente. !cacto: Fábio de M;acedo Soaresiecretárlo-Geral. Publique-se : :m, Presidente. rode 1954 E.xecutiva Central do Con- E' ratificada a resolução n.• 469, nbro de 1954, da Junta Executiva :onselho Nacional de Estatistlca, anexo. - Revogam-se as disposições em I melro, 29 de dezembro de 1954, Instituto . - Conferido e numernardes, Secretário-Assistente. cacto: Fábio de Macedo Soare• Bcretárlo-Geral. I'ublique-se: 17!., Presidente. . Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1954, ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado: Mauro r de Macedo Behring, SecretárioAssistente. - Visto e rubricado: António P. L. Teixeira de Freitas, Secretário-Geral. - Publlque-se. Elmano Cardim, Presidente do Instituto. Resolução n.0 488, de 29 de dezembro de 1954 Autoriza a Secretaria Geral a permitir a especialização em aerofotogrametria, de tarefeiros da Divisão de Cartografia. O Diretório Central do Conselho Nacional <!e Geografia, usando de suas atribuições, Considerando havei" o Inter Amerlcan Geodetlc Su::-vey, do govêrno dos Estados Unidos da América posto à disposição do Conselho Nacional de Geografia várias bOlsas de estudo, para a especlallzação em aerofotogrametrla, no Panamá (zona do Canal); Considerando a oportunidade que se ofel'ece para se obter a especlallzação de serviços na mais moderna técnica referente ao assunto; Considerando que três dos funcionários mais Indicados pa~a o aproveitamento das referidas bôlsas são tarefelros e que, dada a modalldade dêstes serviços, o secretário-geral necessita de uma autorização especial pára · llerm!t!r o afastamento dêstes servidores; Considerando não haver ônus para o Conselho, com êste afastamento, já que as des·pesas de manutenção corre7ão por conta do _g ovêrno ofertante das bOlsas, RESOLVE: Art. l.• - Fica a Secretaria Geral do Con.selho Nacional de Geografia autorizada a per- mltlr que os tarefelros Luis Carlos Carneiro, Adernar Fer~elra e Humberto de Sousa Mendes, da D!vsão de Cartografia, sejam beneficiados com a bôlsa de estudo que o govêrno dos Estados Unidos da América pôs à disposição do Conselho, no Panamá . Art. 2.• - Sendo de quatro meses a duração da mencionada bOlsa de estudo, os tarefelros acima mencionados sàmente terão permissão para permanecerem no exterior o tempo necessário para reallzação do curso . Art. 3.• - Os tarefelros beneficiados só terão direito a perceber o seu salário que será calculado pela média dos três últimos meses recebidos, sendo observado o disposto na circular n .• 8-54, da presidência da Repúbllca. Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 1954, ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. Visto e rubricado: Fábio de Macedo Soare& Guimar4es, Secretário-Geral. Publlque-se: Elmano Cardim, Presidente . Resolução n. 0 489, de 29 de dezembro de 1954 Dá Regimento à Secretaria dos órgãos Deliberativos do Conselho Nacional de Geografia. o de 1954 mbro de 1954) outubro de 1952, da Junta mdendo ao vulto reduzido dos 1imente atrlbuidos ao seu gabileixou de preencher como sugeo de cargos e funções que coníveis; do, finalmente, que a resolução ~. foi ratificada pelo Diretório mselho Nacional de Geografia. o artigo 2.• e seus parágrafos n.• 400, de 24 de outubro de· • ter a seguinte redação: !.• Os trabalhos a que se· rtlgo anterior serão realizados, ção do chefe do gabinete, por 10meactos em comissão, os quais quadro do pessoal do gabinete ~ela do Instituto, assim cons- go isolado issáo . Parágrafo único - O Chefe e os AuxiUares de Gabinete serão nomeados pelo presidente, podendo recair a escolha daquele em pessoa estranha aos quadros do Instituto". Art. 2.• - Fica revogado o disposto no artigo 3.• da resolução n .• 400, em referência. Art. 3.• - A presente resolução entrará em vigor na data em que fôr ratificada pelo 215 de provimento hefe de Gabinete, CC-5 em. O Diretório Central do Conselho Nacional <le Geografia, usando de suas atribuições, Considerando que a lei n.• 756, de 8 de julho de 1949, no item I do art. 4.• estabelece que a Secretaria Geral do Conselho Nacional de Geografia compreende os serviços de Se-cretaria dos órgãos Dellberativos do Conselho; Considerando que, pela resolução n.• 386, de 13 de julho de 1951, do Diretório Central, foi prevista a organização, em caráter permanente, dos serviços de Secretaria do Diretório Centrai; Considerando os altos objetivos e as responsabllldades dessa unidade de serviço da Secretaria Geral do Conselho, bem .como a necessidade de se lhe fixar, regimentalmente, a competência e a~ atribuições especificas, dentro da estrutura orgânica e funcional da repartição, omissas nas resoluções nos. 443, de 28-5-53 e 446, de 9-6-53, ambas do Diretório Central, bem como na resolução n.• 440, de 12-7-54, da Assembléia Geral, RESOLVE: Art. 1.• - A Secretaria dos órgãos Dellberativos do Conselho Nacional de Geografia é o órgão que tem, na Secretaria Geral, a in- cumbêncla de executar os trabalhos relativos às atividades da Assembléia Geral e do Diretório Centrai. Art. 2.• - A Secretaria dos órgãos Dellberativos compete: I - organizar e manter atuallzado o registro dos assentamentos individuais dos membros componentes da Assembléia Geral, do Dlretó~io Central e dos consultores técnicos nacionais; II - organizar o arquivo de resoluções da Assembléia Geral e do Diretório Central; III - organizar e conservar atuallzado o arquivo da legislação federal, relativa à Assembléia Geral e ao Diretório Central; IV - providenciar a publlcação e a dl!usáo dos atos dellberativos da Assembléia Ge~al e do Diretório ·Central;. V - preparar o expediente da Secretaria oriundo dos diversos pronunciamentos dos dois órgãos, mantendo em dia o contrOle da correspondência trocada; VI - controlar a tramitação das dellberações da Assembléia Geral e do Diretório Central; VII - aux111ar os trabalhos das Comissões da Assembléia Geral e do Diretório Central; ), 216 BOLETIM GEOGRAFICO L VIII - auxiliar o secretário-assistente no desempenho de suas atribuições, como secretário das mesas dos órgãos dellberatlvos; IX - executar trabalhos que lhe forem determinados pelo secretário-assistente, embora não previstos nos !tens anteriores . Art . 3.• - A Secreta~la dos órgãos Dellberatlvos será chefiada por funcionário do Conselho, designado pelo secretário-geral. Art. 4.• - A função de Chefe da Secretaria dos órgãos Dellberatlvos corresponderá ao padrão FG-3 . Art. 5.• - Aos se~ldores lotados na mesma Secretaria, referentes no artigo 2.• da re&olução n.• 386, de 13-7-951, serão atribuídas gratificações correspondentes à de encarregado, de Setor. Art. 6.• São extensivas ao Chefe da Secretaria dos órgãos Dellbe::-atlvos, no quecouberem, as disposições constantes do art. 76,. da resolução n .• 440, de 12 de julho de 1954, da Assembléia Geral . cont~~;io:·· - Revogam-se as disposições em Rlo de Janeiro, 29 de dezembro de 1954, ano XIX do Instituto . - Conferido e nume-· rado : Nilo Bernardes, Secretário-Assistente . VIsto e rubricado: Fábio de Macedo Soares· Guimarães, Sec;etárlo-Geral. Publlque-se: Elmano Cardim, Presidente . · Resolução n. 0 490, de 29 de dezembro de 1954 Fixa o número de bôlsas de estudo para o Curso de Férias de 1955 e. dá outras· providências. ' O Diretório Central do Conselho Nacional de Geografla, usando de suas atribuições, Considerando que a Faculdade de Fllosofla vem reallzando anualmente cursos de férias para aperfeiçoamento de professõres do ensino secundário; Considerando que, dado seu permanente objetivo de dlfundlr, no pais, a moderna metodolog!á geográfica, o Conselho Nacional de Geografla, pela resolução n.• 458, de 22~12-953, do Diretório Central, aceitou o patrocínio das matérias relativas à Geografla nos refe:idos cursos; Considerando que um dos maiores beneficios que o Conselho vem prestando ao aperfeiçoamento do ensino da Geografla nos Estados e Territórios é a concessão anual de bOlsas de estudo, para participação de pro!essõres nos mesmos cursos; Considerando a necessidade de se reajustar o valor destas bOlsas, dado o aumento do custo de vlda, sobretudo na Capital Federal, RESOLVE: Art. 1.• - As bOlsas de estudo para professOres de Geografla do ensino secundário, no curso de férias da Faculdade Nacional de Fllosofla, a se reallzar em janeiro-fevereiro de 1955, serão em número de vinte e cinco (25) . Art. 2.• - A bOlsa dlstrlbuida a cada_ professor terá o valor de Cr$ 3 500,00 (três mll e quinhentos cruzeiros), flcando o candidato. contemplado obrigado a freqüência e a prestação de tOdas as provas exlgldas no curso. Art. 3.• - As bOlsas serão distribuídas pelo secretá:io-geral do Conselho, que deverá atender, em prlmelro lugar a, pelo menos, um candidato de cada unidade da Federação . Art. 4.• - As despesas decorrentes desta resolução correrão por conta da verba própria. do orçamento do Conselho . Rlo de Janeiro, 29 de dezembro de 1954. ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado : Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. Visto e rubricado: Fábio de Macedo Soares· Guimarães, Secretário-Geral. Publlque-se: Elmano Cardim, Presidente. Resolução n Fixa o orçamento do Consell O Diretório Central do Consell de Geografia, usando de suas atrll Considerando o quantitativo consignado ao Conselho no orçan da Repúbllca, RESOLVE : Artigo único - Os recursos orç no total de Cr$ 50 950 000,00 ( cin< lhões, novecentos e cinqüenta mll atribuídos ao Conselho Nacional dE pelo orçamento geral da Repúbllc anexo da lei n .• 2 368, de 9 de d 1954 e destinados a atender as d serviços e encargos superintendldm selho serão apllcados no exercício acOrdo com a seguinte dlstrlbulçãc VERBA 1 - PESSOAL Consignação I Pessoal Permanente 01 - Pessoal Permanente a) Pessoal em comissão b) Quadro Permanente c) Quadro Suplementar consi gnação 11 Pessoal Extranumerário 04 - 05 06 07 - 08 - Contratados · . . ...... . . .. ... . . Diaristas . .................. .. Mensallstas . . ... . ........... . Tarefelros . .... . .... .. . . .. . . . Estagiários .. .... . . ... .. . . . . . Consignação I11 - Vantagens 12 - Resolução n. 0 491, de 29 de dezembro de 1954 Autoriza a concessão de gratificação aos secretários dos Diretórios Regionais de Geografia, para indenizar as despesas de representação. O Diretório Central do Conselho Nacional de Geografia, usando de suas atribuições, Considerando a indicação aprovada: pela XIV sessão ordinária da Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia, no sentido de ser concedida aos secretários dos Diretórios Regional uma gratificação de representação, no valor de Cr$ 1 000,00 (mll cruzeiros) mensais; Con1!lderando que, de acOrdo com essa indicação. a gratificação deverá ser paga, retroativamente, a partir de janeiro de 1954, por conta da verba do auxillo prestado aos Diretórios Regionais de Geografia, nos tê:mos da resolução n.• 424, de 9 de julho de 1953, da Assembléia Geral, RESOLVE : Art. 1. • - Ficam os Diretórios Regionais de Geografia, autorizados a conceder aos respectivos secretàrlos, após resolução própria, a gratificação mensal de Cr 1 000,00 (mll cruzeiros) a titulo de representação. Art. 2.• - A gratlflcação flxada no artigo. anterior só poderá ser concedida nos casos em que o titular do cargo exerça, concomltantemen te, a chefla ou direção de serviço geográfico regional, devidamente organizado e em. pleno funcionamento. Art. 3.• - O pagamento da gratificação. de representação de que trata a presente resolução poderá ser feito a partir de janeiro. de 1954. Art. 4.• - As despesas decorrentes da apllcação desta resolução correrão, em cada exercício, à conta da verba do auxilio concedido pela Secretaria Geral do Conselho Nacional de. Geografia, aos Diretórios Regionais, consoante a resolução n .• 424, da Assembléia Geral. Rlo de Janeiro, 29 de dezembro de 1954, ano XIX do Instituto . - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. VIsto e rubricado: Fábio de Macedo Soares Guimarães, Secretário-Geral. Publlque-se: Elmano Cardim, Presidente. Auxillo para diferença de caixa .. .. . .... . . . .. .. ...... . . Funções gratificadas ...... . a) Grat!flcaçào de representação (Res. 449, de .. . 16-6-53) ............... .. b) Gratificações especiais de representação ·(Res. 428, de 4-9-52, do D.C.) .... 17 - Gratificação por serviços extraordinários .. ... ...... .... . 18 - Gratificação por trabalho técnico ou cientifico 19 - Gratlflcação por trabalho em zona ou condições insalubres 20 - Gratificação adicional pro13 15 - labore .......... .. ... · · • · · · · · Consignaçllo IV- Indeni2açllo 26 27 - AJudas de custo ..... . ..... . Diárias ...... . .. . .... .. .. . .. . 31 32 33 34 Diferença de vencimentos .. Salárlo-famil!a ...... ...... . . Substituições . . ...... .... ... . Alimentação do pessoal suba! terno e outras .. .. ...... . Consignaç4o V - - Diversos o 217 LEIS E RESOLUÇOES correspondentes à de encarregado. São extensivas ao Chefe da os órgãos Dellbe=atlvos, no quedisposições constantes do art. 76~ n.• 440, de 12 de julho de 1954, la Geral. - Revogam-se as disposições em lanelro, 29 de dezembro de 1954,_ Instituto. - Conferido e numeernardes, Secretário-Assistente. ·tcado: Fábio de Macedo Soares3ec.retárlo-Geral. Publique-se: tm, Presidente. · rode 1954 Férias de 1955, e dá outras· ,s da Faculdade Nacional de Filorealizar em janeiro-fevereiro de ~ número de vinte e cinco (25) . · A bõlsa distribuída a cada. provalor de Cr$ 3 500,00 (três mil e :ruzelros), ficando o candidato. obrigado a freqüência e a pres.s as provas exigidas no curso. As bôlsas ~erão Resolução n. 0 492, de 29 de dezembro de 1954 Fixa . o orçamento do Conselho para 1955. o Diretório Central do Conselho Nacional de Geografia, usando de suas atribuições, Considerando o quantitativo do auxfilo consignado ao Conselho no orçamento geral da República, VERBA 1 - PESSOAL 06 07 - 08 - A gratl!lcação fixada no artigo. lerá ser concedida nos casos em do cargo exerça, concomltane!la ou direção de serviço geo1, devidamente organizado e em lmento. ! O pagamento da gratificação. lo de que trata a presente reser feito a partir de janeiro !\s despesas decorrentes da apll;oluçâo correrâo, em cada exerda verba do auxilio concedido Geral do Conselho Nacional de. Diretórios Regionais, consoante 424, da Assembléia Geral. teiro, 29 de dezembro de 1954, tstltuto. - Conferido e numetardes, Secretário-Assistente. Fábio de Macedo Soares :retárlo-Geral. , Presidente. - Publique-se ~ Contratados · ... . .. . .. . . ..... . Diaristas ................... .. Mensalistas ..... . ... .. ...... . Tarefelros .................. . Estagiários . .. .. .. .. ... .. . .. . 400 000,00 2 690 640,00 3 958 500,00 864 500,00 318 500,00 8 232140,00 Consignação 111 - 12 - s dos Diretórios Regionais ·esentação. ~do : Consignação 11 - Pessoal Extranumerário 13 15 - o de 1954 1 237 800,00 13 448 880,00 505 200,00 15 191 880,00 04 05 - Vantagens Aux1llo para diferença de 6 000,00 caixa ....................... . Funções gratificadas ...... . 1982 400,00 a) Gratificação de representação (Res. 449, de ...• b) 16-6-53) ................ . Gratificações especiais de representaçl!.o -(Res. 428, de 4-9-52, do D.C.) .... 17 - Gra tlflcação por serviços extraordinários ..... . . .. ...... . 18 - Gratlflcaçl!.o por trabalho técnico ou cientifico ...... . 19 - Gratlflcaçâo por trabalho em zona ou condições Insalubres 20 - Gratlflcaçl!.o adicional prolabore .......... .. ..... .. ... . VERBA 2 - MATERIAL Consignação I - Aparelhagem para cartografia 330 000,00 de gabinete ................ . Aparelhos e material técnico 364 000,00 para trabalho de campo .... 03 - Automóveis, autocamlnhões, camionetas, veiculos para serviços de campo; material flutuante e acessórios; utens1llos e aparelhos mecânicos 200 000,00 para consêrto .............. . 04 - Livros, flchas bibliográficas Impressas, revistas e outras 38 000,00 publicações especializadas .. 05 - Máquinas e aparelhos de fotografia e filmagem e respec67 000,00 1 tivo material ............... . 06 - Material de acampamento e campanha; animais para tra167 900,00 balho e outros fins .. .. .... . 07 - Material de ensino e educa.çâo; mapas e plantas topográficas; lnsignlas e bandei21000,00 ras ......................... . 08- Móveis em geral; máquinas, equipamentos e utensillos de escritório e de desenho; material didático e laboratório; material elétrico; utens1llos de copa e cozinha; aparelhagem médico-cirúrgica .. . ... . 1107 220,00 10 - Aparelhagem para geografia 60 000,00 de gabinete . ... ............ . 11 - Aparelhagem para reprodu110 000,00 ções de mapas e documentos 24 000,00 100 000,00 2 465 120,00 60 000,00 120 000,00 Consignação 11 - Material de Consumo 200 000,00 320 000,00 13 - 2 812 400,00 Consignaçl!o IV- Indeni2açilo 26 27 - AJudas de custo ......... . . . Diárias .. ................... . 150 000,00 1 500 000,00 14 - 1650 000,00 Consignaçilo V - 31 32 33 34 - Diversos Diferença de vencimentos . . Salár1o-fam111a ......... . ... . Substituições ....... . ....... . Alimentaçâo do pessoal subalterno e outras .......... . Material Permanente 02 - Cr$ Pessoal Permanente a) Pessoal em comlssâo b) Quadro Permanente c) Quadro Suplementar TOTAL DA VERBA 1 PESSOAL . . . . . . . . . . . . . . . 37 704 920,00 01 - Consignação I Pessoal Permanente 01 - Despesas com allmentaçl!.o das turmas de campo . . . . . . 1 228 500,00 Abono de emergência (Lei n.• 1 765, de 18-12-53) : a) Abono de emergência . . 6 786140,00 b) Salárlo-fam1lla . . . . . . . . . 1 113 860,00 9 818 500,00 Artigo único - Os recursos orçamentários, no total de Cr$ 50 950 000,00 (cinqüenta milhões, novecentos e cinqüenta mil cruzeiros), atribuídos ao Conselho Nacional de Geografia, pelo orçamento geral da República, segundo anexo da lei n .• 2 368, de 9 de dezembro de 1954 e destinados a a tender as despesas dos serviços e encargos superlntendldos pelo Conselho, serão aplicados no exerciclo de 1955, de acôrdo com a seguinte dlstrlbulçâo : dlstrlbu.fdas pelo .nelro, 29 de dezembro de 1954. 'nstltuto . - Conferido e nume'nardes, Secretário-Assistente. cacto: Fábio de Macedo Soares· :cretárto-Geral. Publique-se: n, Presidente. 36 - RESOLVE: ;I do Conselho, que deverá aten- telro lugar a, pelo menos, um cada unidade da Federação. ~ As despesas decorrentes desta erão por conta da verba própria do Conselho . Cr$ 35 - 40 000,00 350 000,00 50 000,00 250 000,00 15 - 16 - Artigos de expediente, desenho, ensino e educação; fichas e livros de escrlturaçâo, Impressos e ma terlal de classlficaçâo; material de apura651 600,00 ção mecânica . , ............ . Combustivels; material de lubrlflcaçl!.o e limpeza de máquinas; material para conservaçâo de instalaçâo, de máquinas e aparelhos; sobressalentes de máquina e viaturas; artigos de llumlnaçâo e eletricidade ...... ... . 2 880 500,00 Material de consumo para a 237 500,00 Secçâo de Reproduções . .. . Material de refeitório e objetos de copa e cozinha e ma174 500,00 terial de limpeza .......... . 218 LEI BOLETIM GEOGRAFICO Cr$ Cr$ Medicamentos e material de penso; produtos quimicos e farmacêuticos; material de . higiene e desinfecção . . . . . . 18 - Vestuário, uniformes e equipamentos; artigos e peças acessórias; roupas de cama, mesa e banho; tecidos e arteta tos . .. .. . . . . .. . . . .. . . . . . . 20 - Material para a construção de marcos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 - 17 - TOTAL DA VERBA 2 MATERIAL ............ .. 100 500,00 4 353 600,00 VERBA 4 ENCARGOS GERAIS 6 818 720,00 Consignação I Gerais 01 05 06 09 - 419 300,00 Consignação 11 - Publicidade e Publicações 04 - 05 07 - Assinaturas de órgãos oficiais e aquisição de publicações periódicas .. ...... ......... . . Assinaturas de recortes, publicação de editais e avisos Serviços de encadernação .. 10 - 11 12 - 16 - Consignação I11 Taxas de Serviços Públicos 13 - 14 - Assinaturas de telefones e caixa postal; telefonemas interurbanos ................. . iluminação, fôrça motriz, gás e água .................... .. Serviços postais, telegráficos e aéreos; radiogramas ..... . 22 90 000,00 171 500,00 12 000,00 273 500,00 Consignação IV - Transportes e Viagens UI- Acondicionamento e embala- gens; armazenagens, fretes, carretos, esti vas e capatazias; aluguel e alojamento de animais e de seus tratadores; es. tada de veiculas em garage 20 - Indenização por condução e transportes urbanos ........ . 21 - Passagens, transporte de pessoal e sua bagagem ....... . Aluguel de bens imóveis ... 1 206 800,00 Despesas miúdas de pronto 87 000,00 pagamento .... ........ .... . . Despesas pela participação em certames e exposições; 150 000,00 realizações culturais .... ... . Representação social recepções; excursões, hospeda100 000,00 gem .................... .... . Seguro de bens móveis, imó50 000,00 veis e outros . . . .. ... ....... . Publicações periódicas, seriadas e avulsas ...... .... .... . 1 400 000,00 Seleção, aperfeiçoamento es30 000,00 pecial de pessoal .......... . Consignação 11 Encargos Específicos 14 500,00 30 000,00 25 - 71 500,00 34 - 5 500,00 Assistência aos órgãos regionais do C.N.G. . ...... ... . . . . Levantamentos especiais em cooperação com as organizações regionais .............. . Auxil1o a entidades culturais, educacionais e outras: a) Faculdade Nacional de FUosofia para realização do curso de férias (Resolução n. • 332, de 25-2-49 e 490,' de 29-12-54, do D.C.) .............. . b) Associação dos Geógrafos Bras1leiros (Resolução n.• 434, de 8-7-54 A.G.) c) Sociedade Braslleira de Geografia (Resolução n .• 434, de 8-7-54 A.G .) Indenização de despesas com a convocação, instalação e funcionamento da Assembléia Geral do C.N.G. .. .......... Encargos com a Impressão de mapas e outras publicações de caráter cartográfico ..... . 232 000,00 625 000,00 ... 55 200,00 100 000,00 70 000,00 70 000,00 650 000,00 400 000,00 1 970 200,00 309 000,00 Consignação I11 Encargos Consignação V Outros Serviços de Terceiros 26 - Custeio de lavagem e engomagem de roupa; serviço de asseio e higiene ........... . 38 42 200,00 Outro8 Obras de construção e aparelhamento de oficinas e depósitos ..................... . EVENTUAIS Despesas Imprevistas ....... . TOTAL DA VERBA 5 EVENTUAIS ........... . Encargos 3 023 800,00 19 - 12 - 01 - 10 360,00 54 860,00 TOTAL DA VERBA 4 ENCARGOS DIVERSOS . VERBA 5 - 148 000,00 419 300,00 ministração geral do I .B .G .E . Gabinete da. Presidência 30 500,00 TOTAL DA VERBA 3 SERVIÇOS DE TERCEIROS .. . .. . .. . . .. . .. . .. . .. 1 129 360,00 Consignação I - Conservação e Reparos Ligeiros reparos, adaptações, consertos e conservação de bens móveis e imóveis .. ... . 52- Quota. de despesa com a. ad- 72 700,00 161 000,00 VERBA 3 - SERVIÇOS DE TERCEIROS 01 - Despesas bancárias com remessa e transferências de fundos .. . .. . . .. . .. . . . . . . .. . . 53 000,00 5 219 LEIS E RESOLUÇOES s bancárias com ree transferências de Cr$ 30 500,00 Quota de despesa com a administração geral do I .B .G .E . Gabinete da Presidência t ;1. •••• •• •• •• •••• • •••••• TOTAL DA VERBA 4 ENCARGOS DIVERSOS . ENCARGOS GERAIS 01 - 4 - de bens Imóveis . .. 1 206 800,00 ; miúdas de pronto tto ................. . 87 000,00 < pela participação tames e exposições; ies cul turals ....... . 150 000,00 ttação social reexcursões, hospeda100 000,00 le bens móveis, lmóutros ........ ....... . 50 000,00 ões periódicas, serlavulsas ......... . .. . . . 1400 000,00 aperfeiçoamento ese pessoal .......... . 30 000,00 3 023 800,00 tção li Encargos Específicos D.C. ) . . .. . . . . .. . . . . . clação dos Geógrafos llelros (Resolução n.o de 8-7-54 A.G .) . . . •dade Brasileira de rafla (Resolução n. o de 8-7-54 A.G .) . . . ;ão de despesas com cação, Instalação e rnento da Assembléia I C.N.G. . . . . . . . . . . . . com a Impressão de outras publicações .r cartográfico . . . . . . ação III Encargos 5 247 000,00 EVENTUAIS Despesas Imprevistas ....... . TOTAL DA VERBA 5 EVENTUAIS .......... . . Encargos :la aos órgãos regloC.N.G . . . . . . . . . . . . . . . aentos especiais em 'o com as organlzalonals . . . . . . . . . . . . . . . 1 entidades culturais, aals e outras : ildade Nacional de pfla para realização :urso de férias ( Re:olução n .o 332, de 49 e 490, · de 29-12-54, 1 200 000 ,00 Verbas 1 - Pessoal ...................... . 37 704 920,00 2 - Material ..................... . 6 818 720,00 3 - Serviços de Terceiros ....... . 1129 360,00 4 - Encargos Diversos .......... . 5 247 000,00 50 000,00 5 - Eventuais ................... . TOTAL GERAL ......... 50 950 000,00 1129 360,00 VERBA 5 - nação I Gerais , 253 000,00 72 700,00 .'AL DA VERBA 3 ,,VIÇOS DE TERCEI- RESUMO Cr$ 52 - 625 000,00 ., 55 200,00 100 000,00 70 000,00 70 000,00 650 000,00 400 000,00 1 970 200,00 Outros ' construção e apato de oficinas e de53 000,00 50 000,00 ---50 000,00 Rio de Janeiro; 29 de dezembro de 1954, ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado : NiLo Bernardes, Secretário-Assistente . VIsto e rubricado: Fábío de Macedo Soare8 Guímardes, Secretário-Geral. Publique-se : Elmano Cardim, Presidente .