B O L E TI M G E O G.R Á.F-J· c~o

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BOLE TI M GEOG.RÁ.F-J·c~o
•vembro de 1954
lgionais formulada pelo Diretório
> de Minas Gerais.
ANO XIV
I
<J
MARÇO - ABRIL DE 1956
I.
N.• 131
)ontlnentlno, I!lgênlo Soares Coelho, AI·
Freire Lavanêre Wanderley, Wllson Alves
>újo e protessôres Tabajara Pedroso, ll:lzlo
:a D olabela e Joaquim Costa, apresentada
iiretório Regional de Geografia do "Estado
nas Gerais, para constttuirem o quadro
tsultores técnicos daquele Diretório •
> de Janeiro, em 4 de novembro de 1954,
IX do Instituto. - Conferido e numeas) Nilo Bernardes, Secretárlo-Asslstento e rubricado : Fábio de Macedo Soare•
rdes,
Secretário
Malheiros
Ger.al;
Sumário
publlque-se;
Vice-Pro-
Fernandes Silva,
em exercício .
EDITORIAL:
DéchÍlO Nono Anlversârlo do CNG -
TRANSCRIÇõES: O Clima do Rio de Janeiro ~ONNA (p. 117).
VffiG!LIO CORR1!:A FILHO (p. 115).
ADALBERTO SERRA e LEANDRO RATIS-
CONTRIBUIÇJlO A CüNCIA GEOGRAFICA: A Técnica Mecânica do Ponto de Vista Geográfico
- Tradução - (p . 151) - O Movimento da Indústria Pesada e o Progresso Econômico do
Brasil - EDMUNDO DE MACEDO SOARES E SILVA (p . 154) - Laterização e a Fertilidade
do Solo Tropical - JOS!l: SETZER (p. 168).
CONTRIBUIÇÃO AO ENSINO: Ciclos EconômJcos do Brasil ANTONIO JOSll: DE MATOS
MUSSO (p. 170) - Sugestões de Programas de Geografia do Novo Currículo das Faculdades
de Filosofia - ANTONIO TEIXEIRA GUERRA (p. 177).
RIBLIOGRAFIA E REVISTTA DE REVISTAS: Reglstos e Comentârlos Blbliogrâflcos (p. 187) - Periódicos (p. 188) - Publicações Geogrâflcas (p. ?)
Livros
NOTICIARIO: .. Capital Federal - Presidência da República - IBGE (p. 193) - Conselho Nacional de Geografia (p. 196) Certames - XVIII Congresso Internacional de Geografia
(p. 198) - Exterior - Portugal.
RELATTóRIOS DE INSTITUIÇõES DE GEOGRAFIA E CltNCIAS AFINS: Relatório de Representantes Estaduais à XV Sessão Ordlnâria da Assembléia-Geral do CNG - Alagoas (p. 203)
- Território Federal do Amapâ (p. 204).
LEIS E RESOLUÇõES:
Leis (p . 210).
Legls~ação
Federal -
tntegra da legislação de lnterêsse geogrâflco -
RESOLUÇõES DO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATíSTICA - Conselho Nacional de Geografia - Diretório Central- íntegra das resoluções ns. 483 a 492 (p . 212) .
as obras da "Bib lioteca GeocrAftQ
arias do país e na Secretaria-Geral
-Mar, 436 - Edlfíc!o ll:'uaçu - ~
~ &_~ @~ &,._&;..
-1-
)
J\.
Editorial
r~~
Décimo Nono Aniversário do C.N.G.
Ainda uma vez, em meio de campanhas técnicas, empreendidas por mz- •
ciativas próprias, ou por solicitações de entidades comungantes nos mesmos
ideais, comemora o Conselho Nacional de Geografia o seu aniversário. E ao
_, considerar a trajetória percorrida, bendiz a iniciativa dos seus fundadores,
' primeiramente o embaixador José Carlos de Macedo Soares, que o protegeu
com o prestígio do Ministério das Relações Exteriores, então confiado à sua
esclarecida chefia, auxiliado pelo engenheiro Cristóvão Leite _de Castro, cuja
competência profissional o indicava às mais árduas tarefas_ Cumpria-lhe
apenas, de comêço, como lhe prescreveu o decreto 1 527, de 24 de março de
1937, "reunir e coordenar com a colaboração do Ministério da Educação e
Saúde, os estudos sôbre a geografia do Brasil e a promover a articulação dos
serviços oficiais (federais, estaduais e municipais), instituições particulares e
dos profissionais, que se ocupem da geografia do Brasil, no sentido de ativar
uma cooperação geral para um conhecimento melhor e sistematizado do
território pátrio".
À medida, porém, que evidenciava capacidade realizadora, cresciam-lhe
as atribuições, para arrostar empreendimentos outrora inexeqüíveis. Assim
foi que se coroou de êxito a sua "Campanha de Mapas MunicipaisJ, em que,
pela primeira vez, se representava cartogràficamente o âmbito de cada unidade
administrativa, com os seus acidentes topográficos. Certo, nem todos atendiam
às exigências técnicas, nem disporiam, na ocasião, de especialista habilitado,
mas patenteavam esfôrço inequívoco de cooperação.
Os senões verificados indicaram ao Conselho a conveniência de não se
restringir à coordenação de trabalhos alheios, que lhe constituía a obrigação
precípua.
Daí se causou a "Campanha de Coordenadas GeográficasJ', pelo emprêgo
de processos modernos de observação, permitidos pela radiocomunicação. Nela
se baseou a "Triangulação Geodésica" de primeira ordem, estendida até a
fronteira meridional e ocidental, bem como os "Levantamentos MistosJ', o
"Nivelamento", que proporcionam dados exqtos à elaboração das fôlhas da
carta do Brasil ao milionésimo, de acôrdo com o plano internacional recomendado pelo convênio de Londres de 1909. Da primeira aplicação, no Brasil,
incumbiu-se, em 1922, o Clube de Engenharia, para comemorar o centenário
da Independência.
Como se fizesse mister atualizá-Ia, decreto de 2 de fevereiro de 1938
incumbiu o Conselho de cuidadosa revisão e aperfeiçoamento. Empenhada
nessa missão técnica, a sua Divisão de Cartografia já entregou aos prelos mais
da metade das fôlhas previstas, além das que foram desenhadas em escala
de 1 : 500 000, na parte restante, como preparatórias da apresentação definitiva, e na de 1 : 250 000, onde haja maior abundância de pormenores, obtidos
pelos levantamentos expeditos, alongados da região do ]alapão aos estados
116
BOLETIM GEOGRAFICO
de Sergipe, Alagoas, Bahia, além de parte do Piauí e Pernambuco, e mais
recentemente, o Espírito Santo e Rio de Janeiro . .
Por êsse motivo, além dos mapas do Brasil, nas escalas de 1 : 2 500 000
e 1 : 5 000 000, que representam o conjunto, o Conselho preparou fôlhas em
escalas diferentes, que constituem as três séries adotadas.
Além do trabalho cartográfico, desenvolveu-se o das pesquisas geográficas
pelas cinco regiões em que se considera para tal fim repartido o território
nacional.
Os resultados estampam-se nas páginas da "Revista Brasileira de Geografia", cujo primeiro número surgiu a lume em janeiro de 1939, do "Boletim
Geográfico", iniciado em abril de 1943, e mantido também até a atualidade,
e de dezenas de publicações, avulsas, ou seriadas, etitre as quais sobrt::levam
os volumes da "Biblioteca Geográfica Brasileira".
Abrangem livros, da série (A), com 150 páginas dactilografadas, pelo
menos, folhetos (B ), que não atingem êsse limite, nem exigem ilustrações, e
manuais (C), de menor formato.
Destinam-se tôdas a difundir não somente os conhecimentos adquiridos
em perseverantes investigações, como os princípios da metodologia moderna
praticada pelos geógrafos, nas cátedras ou nas pesquisas de campo. Com análogos propósitos funcionam os "Cursos de Férias"', assim os do comêço do primeiro semestre, de cooperação com a Faculdade Nacional de Filosofia, que
os iniciou, há uma década, como os do segundo, de sua própria iniciativa.
Aos estudiosos, ainda se franqueia a sua Biblioteca, bem como o Arquivo
Corográfico, a Hemeroteca e o Museu. E atende-lhe às consultas, em qualquer
setor, mais freqüentemente no da "Assistência ao Ensino", que articula ·as
suas atividades com as do magistério especializado. Com justos motivos, pode,
portanto, ufanar-se o Conselho Nacional de Geografia do que já conseguiu
no decurso da sua existência, que o éstimula a prosseguir em sua patriótica
missão de contribuir para o melhor conhecimento do Brasil.
VIRGILIO CORRÊA FILHO
Diretor da Divisão Cultural do C.N.G.
Transcrições
O Clima
O Clima do Rio de Janeiro, Serviço
de Meteorologia , Ministério
Agricultura, 1941.
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O Clima do Rio de Janeiro, Serviço
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Agricultura, 1941.
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1 -
ADALBERTO SERRA
e
LEANDRO RATISBONNA
Aspecto geográfico
A cidade do Rio de Janeiro, de latitude um pouco inferior à do trópico do
Capricórnio, está situada no pequeno trecho em que o litoral do Brasil se desvia, tomando a direção leste-oeste.
O respectivo município constitui o Distrito Federal, cuja descrição geográfica faremos a seguir de modo sucinto: E' êle limitado ao N nela baixada do
Estado do Rio, ou baixada fluminense, da qual fica separado pelos rios Itaguaí
e Guandu a NW, Pavuna e Meriti a NE, e pela serra do Mendanha a N. E' ainda
banhado ao S pelo Oceano Atlântico, a W pela baía de Sepetiba, e a E pela de
Guanabara, onde se encontram inúmeras ilhas, sendo as mais importantes as
de Governador e Paquetá. Do outro lado da baía, acha-se a cidade de Niterói.
Seus principais maciços são o da Pedra Branca a W com 1 024 metros de
altitude máxima e da Tijuca a E, com 1 025 metros, cujas vertentes delimitam
as trê.s baixadas de Sepetiba, Guanabara e Jacarepaguá. Nota-se ainda ao N
a serra do Mend.anha, à qual já nos referimos.
A baixada de Guanabara prolonga-se para SE até a entrada da baía do mesmo nome, constituindo as zonas Norte e Sul da cidade, ambas separadas pela
serra da Carioca, que é apenas um prolongamento do maciço da Tijuca.
As lagoas mais importantes são Rodrigo de Freitas, na zona Sul, e Jacarepaguá, Marapendi e Tijuca, na baixada de Jac.arepaguá.
Em tôdas as baixadas, e sobretudo nas proximidades do litoral, existem
regiões pantanosas, em trabalhos de atêrro. A de Guanabara, e as zonas Norte
e Sul da cidade são desprovidas de matas e inteiramente edificadas. As demais
regiões, porém, se apresentam mais ou menos cobertas de vegetação, excetuando
.a orla próxima do litoral, enquanto os maciços são, em geral, florestados.
2 -
Classificação do clima
O clima do Rio de Janeiro já teve diversas classificações, conforme o sistema
escolhido: Kõppen denominou-o "tropical sempre úmido" (Af), isto é, com temperatura do mês mais frio acima de 18°, e chuva suficiente em todos os meses.
Conviria melhor, na nossa opinião, a designação de "tropical com inverno sêco"
(AW).
~
Na classificação geral feita por Henrique Morize em 1922, a região foi incluída
como "subtropical" - (temperatura do mês mais frio, acima de 18°) - semiúmido marítimo.
Na de Delgado de Carvalho, coube-lhe o tipo "tropical (média anual superior
a 20°) semi-úmido marítimo".
Finalmente, na proposta pelo meteorologista Salomão Serebrenick ao últimÕ
Congresso de Geografia, o Rio recebeu a designação de "tropical semi-úmido"
(Tu), isto é, com média anual superior a 22° e chuvas entre 600 e 1 300 milímetros,
.a sua variedade sendo especificada como (V0' ) , pelo fato de apresentar chuvas
de verão, que se estendem ao outono e à primavera.
Damos também a seguir a porcentagem dos caracteres climáticos do Rio de
Janeiro, calculada por W. Knoche, segundo o seu climatograma: 58% de 3c
(cálido, sêco-úmido); 25% de 3b (cálido, sêco) e 8% de 4c (tórrido, sêco).
NOTA - O presente trabalho saiu publ·l:cado em o n.o 28 dêste Boletim . Esgotada a edição,
é agora novamente transcrito por causa de sua enorme procura pelos esutdlosos.
BOLETIM GEOGRAFICO
118
3 -
4 - Evoluçâ
Circulação
a) Circulação geral - Situado na costa E da América do Sul, acha-se o
Distrito Feder&! sob o domínio quase permanente do anticiclone semi-fixo do
Atlântico, soprando os ventos normais emitidos por ê.;;se "centro de ação" de NE
a NW, no sentido contrário ao dos ponteiros de um relógio. No inverno, com o
maior avanço do referido anticiclone sôbre o continente, tais correntes predominam, mau grado as perturbações da circulação secundária . No verão, porém,
.sob o recuo e enfraquecimento daquele, surgem calmarias, ou ventos continentais
de N a NW, governados pela "depressão térmica" interior .
DISTRITO FEDERAL
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b) Circulação secundária - Com o avanço dos anticiclones frios polares
que caminham precedidQS de frentes típicas, t al circulação de N é, primeiramente,
agravada por ventos de NW, prefrontais, e a seguir substituída pelos polares
de S n. SE, ou SW. Continuando o progresso de tais centros de alta pressão, a
um J>€queno período de calmarias, correspondente à passagem da zona de divergência, sucedem as correntes de NaNE da retarguarda do anticiclone, que voltam
finalmente a reconstituir a circulação geral.
c) Massas de ar - No inverno predomina o centro de ação, sendo portanto
mais freqüente a massa Ta (tropical atlântica), seguindo-se-lhe as massas
polares frias (Pk) e quentes (Pw), respectivamente frente e cauda dos anticiclones móveis.
No verão, a primeira é comumente substituída pela massa Te (tropical continental), produzindo-se, então, um período de calor intenso, sobretudo antes da
chegada de uma frente fria. E' ainda elevada a freqüência das massas polares
Pk; contudo, devido à trajetória mais meridional dos anticiclones, tornam-se
menos comuns as denominadas Pw.
d) . Circulação local - Além das várias modificações impostas pela orografia à circulação geral e secundária, sopram no Rio de Janeiro as brisas de terra
e mar que, a bem dizer, são os seus ventos predominantes. A última, formada
pelo grande aquecimento do continente, se intensifica nas épocas de circulação
normal, principalmente nos meses quentes de setembro a abril, sendo de SSE a
sua direção geral, com uma velocidade média de 8 a 10 milímetros por segundo.
Ela principia geralmente às 13 horas, cessando à.s 18 .
O terra!, exigindo para a sua produção um intenso resfriamento noturno da
superfície, somente atinge maior freqüência no rigor do inverno, nas noites de
junho a agôsto, sendo a sua direção oposta à da brisa marítima (NNW) , com
velocidade porém muito menor (sm/s) . Começa cêrca das 20 horas, e sopra até
depois da aurora, terminando às 9 horas da manhã.
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Temperatura mínima
mais elevadas dando-se em fe
são ainda os mesmos que pan
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119
Evolução dos elementos meteorológicos
As normais do Observatório Central, com as quais foram construídos os gráficos anexos, reúnem a mais longa série existente no país. Excetuando a insolação
e a velocidade do vento, respectivamente com observações de 34 e 26 anos, tôdas
foram calculadas para períodos de 42 anos .
Do exame dos gráficos resultam as seguintes conclusões:
a) Insolação - Depende em parte da declinação do Sol, e também da nebulosidade. Dêste modo, o maior total no Rio se dá em janeiro, e o menor em
outubro, época de maior cobertura. Os meses de inverno · apresentam também
uma grande insolação, dada a fraca nebulosidade, que compensa o menor número
de horas do Sol acima do horizonte.
b) Temperatura média - A média anual é 22°7. O mês mais quente é o
de fevereiro, que apresenta a menor nebulosidade em relação a dezembro, janeiro
e março; o mais frio é julho. A difez:ença entre as temperaturas médias do verão
e inverno é menor que 10°, podendo assim o clima ser considerado "marítimo",
resultando sua pequena amplitude da proximidade do oceano .
c) Temperatura máxima - O valor anual é bastante elevado, superior a
25°, observando-se as maiores máximas em fevereiro, e as menores em julho.
Contudo, mesmo no rigor do verão, a média respectiva não ultrapassa 29o. Pela
marcha das temperaturas, verifica-se que a estação quente propriamente dita
se estende de dezembro a março, com máximas uniformes, que caem de modo
.súbito em abril, e sobem ràpidamente em novembro .
d) Temperatura mínima - Sua média geral é menor que 20°, as mínimas
mais elevadas dando-se em fevereiro, e as menores em julho. Os meses extremos
são ainda os mesmos que para a temperatura máxima, constituindo o "inverno"
os de mínimas uniformemente baixas (junho a agôsto).
e) Amplitude - A média do ano é pouco superior a 6°, produzindo-se o
maior valor em agôsto, e havendo outro máximo no verão, com mínimos em
abril e outubro . Dado o caráter nublado dos equinócios, é natural o enfraquecimento da amplitude diurna nesta época. Por outro lado, as grandes máximas do
verão e as baixas mínimas do inverno acarretam maiores valores para tais
estações .
f)
dos anticiclones frios polares
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18 .
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brisa marítima (NNW) , com
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.
ROSA ANUAL OE VENTOS
Pressão atmosférica -
A média anual é muito inferior
ao valor normal de Laplace, e o
regime continental, notando-se
maior pressão em julho e menor
em janeiro, com uma oscilação
total de 7 milímetros. E' evidente que no verão domina a
depressão térmica, enquanto no
inverno, além das contribuições
trazidas pelos grandes anticiclones polares, a proximidade
do centro de ação do Atlântico
acarreta uma subida no barômetro .
·
g) Vento - A rosa anual
de freqüências indica duas direções predominantes: a principal, entrie S e SE, e outra
secundária de NW a NE a primeira é devida em parte às perturbações polares, mas sobretudo à brisa marítima de SSE .
A segunda zona fica constituída
pelo conjunto do anticiclone
semi-fixo do Atlântico, ventos
prefrontais de setor quente; e
também o terra! noturno; note-se a pequena freqüência de
ventos SW dos anticiclones frios
120
BOLETIM GEOGRAFICO
continentais. A velocidade do vento é função do gradiente de pressão normal, devendo dessa forma ser maior nos meses do inverno. Atendendo, porém, às invasões
frias da primavera, o máximo se desloca para novembro, ficando o mínimo em
junho-julho, quando a fraca brisa terrestre e a raridade das perturbações acarretam um regime de menor velocidade.
h) Evaporação - Sendo função direta do aquecimento, apresenta o maior
valor em janeiro e o menor em julh o. Mesmo assim, o fenômeno não tem marcha
uniforme, e oscila bastante, apresentando um máximo secundário em agôsto,
causado pelo forte aquecimento, aliado a grande limpeza do céu e a um mínimo
de umidade relativa, e um mínimo entre setembro e outubro, correspondente à
elevada umidade relativa . o decréscimo de março e a queda de julho são devidos
à variação inversa do elemento seguinte.
i)
Umidade relativa - O seu valor é elevado, com média anual pe 78,4%
por se tratar de zona litorânea e tropical. O mínimo é alcançado em agôsto,
e o máximo em março, sendo a oscilação muito irregular. A umidade é maior
nos meses do verão, época das chuvas, e menor nos do inverno, tempo de sêca;
sendo porém função inversa da temperatura, verificam-se, ainda uma máxima
secundária em junho e um mínimo também secundário em fevereiro.
~)
Nebulosidade - A quantidade anual é elevada, por se tratar de região
litorânea situada na costa oriental de um continente. Os seus valores máximos
dão-se em setembro e outubro, devido à intensificação das perturbações secundárias que cobrem o céu por vários dias, e os menores em julho, mês caracterizado pela limpeza e subsidência do anticiclone atlântico . Note-se que .as nuvens
na zona tropical se formam sobretudo pdr convecção no verão, sendo o inverno
uma época de estabilidade e céu claro. Por êsse motivo em janeiro, sendo as
perturbações sobretudo de caráter local, o céu se cobre apenas à tarde, resultando
uma nebulosidade média menor que a de outubro. O pequeno aumento de
março, em relação a fevereiro, é causado pela maior atividade do equinócio.
l)
Dias encobertos - A maior freqüência se dá em outubro, e a menor na
época sêca de julho. Os motivos sendo os acima referidos. As chuvas de janeiro,
justamente pelo seu caráter local de cb, não correspondem a uma nebulosidade
média muito intensa .
m) Dias claros - Contràriamente ao caso anterior, e ainda pelas mesmas
razões, a sua maior freqüência é no inverno (julho), e a menor em setembro
e novembro, mantendo-se baixa nos meses de verão, devido à constante presença
da convecção local.
/
n) Nevoeiro - Fenômeno dependente, na maioria dos casos, de baixa temperatura, radiação noturna motivada pela limpeza do céu, estabilidade atmosférica e vento fraco, encontra naturalmente a sua maior intensidade em julho,
alcançando uma probabilidade nos três meses de inverno de 66%. No verão
contudo, a freqüência, mínima em dezembro, oscila em redor de 33%, tratando-se
neste caso, de nevoeiro de monção, formado sôbre o mar frio pelo ar quente
de terra.
o) Precipitação - As chuvas são oriundas sobretudo da instabilidade local,.
e assim caem principalmente nos meses do verão, no período dezembro-janeiro,
diminuindo em fevereiro, e alcançando maior altura em março, para decrescerem depois continuamente até agôsto. No inverno, mesmo nas entradas de
frentes frias, o fraco aquecimento do solo e o baixo teor de umidade das massas
não permitem a formação de grandes chuvas. Estas supõem aliás, a existência
de uma instabilidade térmica, que é no inverno menor que no verão, sendo
assim o regime continental, com um total anual de 1 082,5 milimetros. ftste
valor, porém, devido à má colocação do pluviômetro, é bastante inferior ao real.
A queda de fevereiro deve ser atribuída, em parte, ao menor número de dias
dêsse mês, aliado ao domínio do centro de ação; o aumento de março tem a
mesma causa que o da nebulosidade.
p) Dias de chuva- ftste fenômeno varia com o total de chuva. No verão,
a. probabilidade de precipitação é de 50% (15 dias em janeiro), e no inverno
de 26% (8 dias em julho), a estação chuvosa durando de outubro a março.
q) Trovoada - E' raríssima nos meses de inverno, em razão da esta.bilidade
das massas. Sua maior freqüência se encontra no período do verão, em virtude
do grande aquecimento superficial durante o dia. Como além das trovoadas.
locais se produzem muitas de caráter frontal, o máximo se dá em janeiro
r)
Outros fenômenos -
~
e no verão . A névoa sêca é ma
pelas mesmas causas que o ne
atlântico.
5 -
Distribui
De tôdas as estações do_
possui uma séri~ de observaçoe
joso das normais.
Com o fim de traçar as cu
postos com as séries existente~
zados os valores obtidos com m
parã os meses centrai~ de cad
apreciação geral do clima.
A distribuicão dos !JOStos
estudo completó, por serem êl~
possui estações no litoral. ~
J acarepaguá, nem nos mac1ç
Assim sendo, as curvas for
médios, a variação n~tural c:J.o
Passemos agora a descnç
a) Radiação - Como é s
aquecimento do . solo e do ar
resfriamento dai resultante,
terra nua que na floresta; b)
sêca que sôbre pântanos ; d)
As temperaturas máximas e
dos revest imentos de for_te ~b
notadas no clima do D1stnto
são mais aquecidas pelo Sol,
da cidade do que as situada
aurora e ~ntes do crepúsculo,
mais frescas.
b)
Temperatura m édia
montanhas, do que no litorf
verifica na baixada de Guan!
nas baías de Guanabara e. S
mento de altitude. O gradieJ
o oceano. Efetivamente, a zo
de mar de direção SSE, pela
outro lado, tratando-se de z
terra no verão, e oouco mais
()rfa marítima é mais baixa
os ventos quentes de NW ~
sul das montanhas predom1
brisa marítima. Também o
aquecida a baixada sêca ~.
as zonas pantanosas merH
matas naquela zona, aliada
aumento da temperatura m1
tem um clima mais modera<
da t emperatura", a sua va1
localizados os menores valo
Não sendo as temperatura!
tôdas as épocas o resfriame
Janeiro- Sendo um dt
melhor caracterizadas, pass
distribuição das zonas fria:
por se tratar. do verão, _o co1
mais frio . ftste resfnameJ
temperaturas mais elevada~
possivelmente reforçado pE
TRANSCRIÇOES
1 gradiente de pressão normal, deno. Atendendo, porém, às invasões
novembro, ficando o mínimo em
~ raridade das perturbações acar-
' aquecimento, apresenta o maior
!Sim, o fenômeno não tem marcha
l máximo secundário em agôsto,
,e limpeza do céu e a um mínimo
,l bro e outUbro, correspondente à
ço e a queda de julho são devidos
mdo, com média anual çle 78,4%
mínimo é alcançado em agôsto,
;o irregular . A umidade é maior
· nos do inverno, tempo de sêca;
rerificam-se, ainda uma máxima
cundário em fevereiro.
elevada, por se tratar de região
inente. Os seus valores máximos
ificação das perturbações secunlenores em julho, mês caracteriltlântico. Note-se que _as nuvens
·ecção no verão, sendo o inverno
:se motivo em janeiro, sendo as
cobre apenas à tarde, resultando
tubro. O pequeno aumento de
paio r atividade do equinócio.
;e dá em outubro, e a menor na
referidos. As chuvas de janeiro,
rrespondem a uma nebulosidade
anterior, e ainda pelas mesmas
julho), e a menor em setembro
rão, devido à constante presença
aaioria dos casos, de baixa temeza do céu, estabilidade atmosua maior intensidade em julho,
de inverno de 66%. No verão
la em redor de 33%, tratando-se
1bre o mar frio pelo ar quente
mbretudo da instabilidade local,.
o, no período dezembro-janeiro,
tura em março, para decresceerno, mesmo nas entradas de
lxo teor de umidade das massas
stas supõem aliás, a existência
o menor que no verão, sendo
al de 1 082,5 milímetros. Ji:ste
ro, é bastante inferior ao real.
rte, ao menor número de dias.
>; o aumento de março tem a
>mo total de chuva. No verão,
as em janeiro), e no inverno
ando de outubro a março.
~erno, em razão da esta.bilidade
o período do verão, em virtude
a. Como além das trovoadas
áximo se dá em janeiro .
121
r) Outros fenômenos - O orvalho forma-se indiferentemente no inverno
e no verão. A névoa sêca é mais freqüente no fim da estação fria, em setembro,
pelas mesmas causas que o nevoeiro, sob a grande estabilidade do anticiclone
atlântico.
5 -
Distribuição dos elementos meteorológicos
De tôdas as estações do Distrito Federal, somente o Observatório Central
possui uma série de observações bastante longa para permitir um cálculo vantajoso das normais.
Com o fim de traçar as curvas isolinhas, foram calculadas médias de outros
postos com as séries existentes, nunca inferiores porém a 5 anos, e homogeneizados os valores obtidos com os do Observatório. As cartas foram feitas, somente
parà os meses centrais de cada estação do ano, o que já é suficiente para uma
apreciação geral do clima.
·
. A distribuição dos .Postos na área do Distrito não é satisfatória para um
estudo completo, por serem êles em maior número a norte, somente a zona Sul
possui estações no litoral. Não há, além disso, nenhum pôsto na baixada de
Jacarepaguá, nem nos maciços.
Assim sendo, as curvas foram traçadas levando-se em conta, além dos valores
médios, a variação natural dos elementos com a altitude e a continentalidade.
Passemos agora à descrição das cartas médias:
a) Radiação - Como é sabido, a absorção do calor solar com o conseqüente
aquecimento do solo e do ar e o efeito contrário de emissão daquele, com o
resfriamento daí resultante, se fazem sentir mais intensamente: a) sôbre a
terra nua que na floresta; b) no continente que no mar, ou lagos; ~ na terra
sêca que sôbre pântanos; d) em zona de menor, que na de maior umidade.
As temperaturas máximas e mínimas serão portanto mais pronunciadas acima
dos revestimentos de forte absorção, o que permite explicar as grandes variações
notadas no clima do Distrito Federal. Também as zonas a norte dos maciços
são mais aquecidas pelo Sol, cuja trajetória durante o ano está sempre a norte
da cidade, do que as situadas a sul das montanhas, as quais gozam dPpois da
aurora e antes do crepúsculo, de algumas horas de sombra, resultando portanto
mais frescas.
b) Temperatura média - Ano - Ela é maior sôbre' a cidade, a norte das
montanhas, do que no litoral, a sul das mesmas. O aquecimento máximo se
verifica na baixada de Guanabara, enquanto a menor temperatura é encontrada
nas baías de Guanabara e Sepetiba, e sôbre os maciços, em virtude do resfriamento de altitude. O gradiente térmico é sempre orientado do continente para
o oceano. Efetivamente, a zona Norte é protegida do efeito refrigerante da brisa
• de mar de direção SSE, pelas montanhas e pela maior distância do litaral. Por
outro lado, tratando-se de zona tropical, o oceano é bastante mais frio que a
terra no verão, e oouco mais quente no inverno, de modo que a temperatura da
or1a marítima é mais baixa que a do continente, na média anual. Além disso,
os ventos quentes de NW entram livremente na zona Norte, ao passo que a
sul das montanhas predominam as correntes mais frias, polares de ~:ul, ou a
brisa marítima. Também o maior coeficiente de absorção do solo torna mais
aquecida a baixada sêca de Guanabara. enquanto permanecem mais fresc3!
as zonas pantanosas meridionais das demais regiões. A não existencia dr
matas naquela zona, aliada à sua extensa edificação, contribui ainda para o
aumento da temperatura média, enquanto as florestas dos maciços lhes permitem um clima mais moderado. Apesar de tudo, em se tratando da "média anual
da temperatura", a sua variação no Distrito Federal é apenas de 1.0 , estando
localizados os menores valores na baía de Guanabara é sôbre as montanhas.
Não sendo as temperaturas reduzidas ao nível do mar, é sempre visível em
tôdas as épocas o resfriamento de altitude na Tijuca.
Janeiro - Sendo um dos meses mais quentes do ano, as variações são nêle
melhor caracterizadas, passando a 20 a diferença média das temperaturas. A
distribuição das zonas frias e quentes continua a mesma da média anual, e,
por se tratar. do verão, o continente se aquece muito, enquanto o mar se mantém
mais frio. Ji:ste resfriamento relativo do oceano é ainda confirmado pelas
temperaturas mais elevadas de Niterói. O forte aquecimento da zona Ncrte fica
possivelmente reforçado pelo efeito do tohn produzido a sotavento da serra
122
BOLETIM GEOGRAFICO
da Carioca pela brisa marítima de SSE. Esta, cujo lift médio é de 250 metros,
daria, assim, primeiramente, condensação na zona da Gávea, cuja vertente
tem altura superior a 700 metros, e a seguir fohn na Tijuca.
1bril -: As tempera!ura_s dimi~u~m em relação a janeiro, cêrca de 20 no
contmente e agravado, nao so pela dificuldade da brisa em alcançá-lo através da
terra. A distribuição de zonas frias e quentes, é contudo semelhante à do verão.
Julho - Já aparece claramente o efeito do maior resfriamento continental
no inverno, uina vez que todo o litoral apresenta temperaturas superiores às
do interior, havendo uma diferença média de 2° entre a baía de Guanabara,
e a zona Norte das baixadas do mesmo nome e de Seuetiba. Por ter mudado
a dis_tribuição das zonas quentes e frias, a maior quêda de temperatura em;
relaçao ao mês de abril se verifica no continente, cêrca de 6o, e a menor sôbre
•
o mar, com apenas 30.
A. ~aixa temperatura em Niterói confirma o maior resfriamento da terra
contrariamente ao .que se notara no verão. No mês de julho, como vimos, é
bastante rara a bnsa de mar, desaparecendo dêsse modo a possível ação do
fohn na zona Norte da cidade.
É interessante verificar que o aquecimento diurno na baixada de Guanabara
t?rn~ a sua temperatura média semelhante à da baía. Quanto ao O'radiente
term1eo, fica excepcionalmente dirigido do mar para a terra.
b
Outubro - .A temperatura já se encontra em ascensão generalizada, sendo
o a~pecto da~ curvas semelhante ao da média anual, uma vez que o regime de
verao se esta restabelecendo. A variação da temperatura na cidade é de 20,
tendo os seus valores aumentado cêrca de 3° nas zonas continentais em relação a julho, e apenas 0°,5 na zona marítima.
c) Temperatura máxi ma - Sendo êste elemento função do aquecimento
diurno, depende sobretudo da absorção da radição solar, que é mais intensa
no continente, dando em resultado um gradiente sempre dirigido para o mar.
Ano - O maior aquecimento se produz, como vemos na zona edificada e
sêca da baixada de Guanabara, e igualmente em Niterói, sendo a diferença das
temperaturas máximas de 4° entre o continente e o mar . A zona litorânea e
a da baía de Guanabara apresentam os menores valores, por mais atingidas
pela brisa do mar, ao passo que a baixada, abrigada pelo maciço da Tijuca,
regista as maiores máximas. O efeito de aquecimento pelo fohn parece aliás
confirmado na zona Norte. A grande temperatura das ilhas de Governador e
Paquetá deve ser atribuída, em parte à sua constituição de extensas praias de
areia com forte coeficiente de absorção, e parte ao fato de a brisa marítima
só as atingir depois de muito enfraquecida.
Janeiro - A distribuicão das isotermas é igual à do ano, com diferenças
na temperatura máxima de 4° entre o interior e a costa . O aquecimento do
continente é agravado, não só pela dificuldade da brisa em alcançá-lo através
dos maciços, como ainda pelo fohn produzido à tarde na Tijuca e em Campo
Grande, a sotavento das montanhas.
Abril - Nota-se neste mês uma queda geral das máximas, em média de 2°
a 1,5.0 • Os maiores valores ainda se encontram na zona edificada a baixada
de Guanabara, imediatamente a norte do maciço da Tijuca, e os menores, na
entrada da barra e extremo norte daquela baixada. A variação das máximas,
dentro da região, é de cêrca de 5°.
Julho- Além dos declínio de 3° a 4°, não se nota no inverno na temperatura
máxima, a distribuição inversa observada na média, continuando o interior do
continente, durante o dia, mais quente que o mar. 1!:ste realmente, pelo seu
maior calor específico, sofre pequena elevação de temperatura nas horas da
tarde, enquanto aquêle, graças ao bom tempo reinante durante o mês, é muito
·
aquecido pelos raios solares .
Outubro - Apresenta aspecto semelhante ao dos outros meses, continuando
o mar a ser mais frio. As variações, no entanto, atingem 5°.
d) Temperatura mínima - É, como sabemos, dependente da radiação
noturna e assim tanto mais baixa quanto maior a intensidade desta. Sendo
ela mais fÓrte no ~ontinente, teremos sempre um gradiente dirigido para a terra.
Ano - O mar conserva o aquecimento diurno, e pouco irradia à noite, de
modo que as mínimas mais elevadas se produzem no litoral, e as menores no
continente, na baixada da Gu
faz sentir nas ilhas, com v~
A cidade de Niterói~ de ban
do continente.
As inflexões para o inte~i
de oeste, traduzem um efelt
pântanos .
_
Janeiro _ As curvas sao
mínimas no litoral. Apes.ar '
resfriamento, que sobrepuJa o
ximadamente 2°.
Abril _ Curvas idênticas
em relação ao verão é també
Julho _ No inverno ma
continente em relação. ao mal
do Distrito sendo o litoral m
da temoer~tura é maior na ba
em qué a zona pan.tanosa pn
mar. As ilhas contmuam cot
Apesar da semelhança; ~
temperaturas máxima e m1m:
de julho se apresenta com dJ
valor das diferenças de teiJ
noturno do contine~te em ;
maior aqueciment~ e apen:;ts
interior, o que nao su_cedla
mínima cai 50 no contmente
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entre o continente e o ocean'
nessa época.
outubro _ A temperatu
interior e 2o no litoral, con
terra. A variação de tem per!
1 5o resultando no enfraqut
' 'e)
Amplitude da tempt
natural, os maiores valores :
xadas de Guanabara e Sepe1
atingindo a variação total I
a orla oceânica.
.
Na baixada de Sepetlba
inferiores aos da de ~uam
maior área de vegetaçao, SI
Janeiro _ cu_rva;S s~mE
variação da amplltuue e d
• Abril - Traçado pouc<
Julho _ Neste mês, e1p.
queda nas temperaturas mn
se eleva a 130, subindo su
outubro _ o s valore~ d
ção noturna, sendo a va~1a~
é pequena contudo a difer
Amplitude anual -
(M
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crescendo a amplitl;lde nas
O efeito do oceano e ~atura
a classificação pela 1s?~er1
Federal tem clima mantn~c
diferença "inverno - verac
f)
vento- Ano- D
mais fria que o mar, dada
o vento de terra, soprando
FICO
cujo lift médio é de 250 metros,
zona da Gávea, cuja vertente
na Tij uca .
!lação a janeiro, cêrca de 2° no
!a brisa em alcançá-lo através da
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2° entre a baía de Guanabara,
e de Sepetiba. Por ter mudado
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da baía. Quanto ao gradiente
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e sempre dirigido para o mar.
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Niterói, sendo a diferença da.!
e o mar. A zona litorânea e
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atingem 5°.
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a intensidade desta. Sendo
diente dirigido para a terra.
e pouco irradia à noite, de
no litoral, e as menores no
TRANSCRIÇOES
123
continente, na baixada da Guanabara . O efeito termo-regulador do oceano se
faz sentir nas ilhas, com valores elevados apesar da irradiação das praias.
A cidade de Niterói, de baixa mínima, confirma a irradiação mais intensa
do continente.
As inflexões para o interior das curvas de maior temperatura nas baixadas
de oeste, traduzem um efeito regulador, análogo ao do mar, exercido pelos
pântanos.
Janeiro - As curvas são semelhantes às do ano, verificando-se as maiores
mínimas no litoral. Apesar das elevadas máximas do continente, é tal o seu
resfriamento, que sobrepuja o das estações litorâneas. As variações são de aproximadamente 2°.
Abril - Curvas idênticas às de janeiro, com variações análogas. A queda
em relação ao verão é também de 2°.
Julho - No inverno mais se acentua o grande resfriamento noturno do
continente em relação ao mar. A temr>eratura mínima varia cêrca de 40 dentro
do Distrito, sendo o litoral muito mais quente à noite que o interior. A queda
da temperatura é maior na baixada de Guanabara, mais sêca que na de Sepetiba,
em que a zona pantanosa prolonga, terra a dentro; o efeito de aquecimento do
mar . As ilhas continuam com mínimas elevadas, e Niterói com baixos valores.
Apesar da semelhança na distribuição de zonas quentes e frias para as
temperaturas máxima e mínima no inverno e no verão, a "temperatura média",
de julho se apresenta com distribuição inversa da de janeiro, o que se deve ao
valor das diferenças de temperatura . Realmente, em julho, o resfriamento
noturno do continente em relação ao mar é de 4°, enquanto de dia o seu
maior aquecimento é apenas de 3°, predominando assim, na média, a irradiação
interior, o que não sucedia em janeiro. Em relação a abril, a temperatuza
mínima cai 60 no continente e apenas 3° no mar . ..
1!: também devido à grande diferença da temperatura mínima de julho
entre o continente e o oceano, que o vento terral aparece com maior freqüência
nessa época.
Outubro - A temperatura sobe muito em relação a julho, cêrca de 4° no
interior e 2° no litoral, continuando o maior resfriamento a se produzir em
terra. A variação de temperatura é contudo muito menos acentuada, de apenas
l,so, resultando no enfraquecimento do vento noturno .
e) Amplitude da temperatura - A sua média anual apresenta, como é
natural, os maiores valores nas zonas continentais, isto é, no interior das baixadas de Guanabara e Sepetiba e em Niterói, decrescendo depois para o litoral,
atingindo a variação total 6°. As ilhas também registam maior oscilação que
a orla oceânica.
Na baixada de Sepetiba nota-se, além da forte amplitude interior, valores
inferiores aos da de Guanabara; deve-se isso ao fato de possuir a primeira
maior área de vegetação, sendo a última quase tôda edificada.
Janeiro - Curvas semelhantes, mas de valor inferior à média anual. A
variação da amplitude é de 6°.
• Abril Traçado pouco diferente do de janeiro, com variação idêntica.
Julho - Neste mês, embora não haja modificações no litoral, o efeito da
queda nas temperaturas mínimas se faz sentir no continente, onde a amplitude
se eleva a 13°, subindo sua variação dentro do Distrito a 8°.
Outubro - Os valores decaem novamente no interior devido à menor radiação noturna, sendo a variação total na cidade apenas de 6° . Na orla litorânea,
é pequena contudo a diferença em relação ao inverno.
Amplitude anual (Média de janeiro menos média de julho) - O efeito
regulador do mar é muito claro, localizando-se os menores valores no litoral,
crescendo a amnlitude nas ilhas e sobret udo na zona interior do continente .
O efeito do oceano é naturalmente mais pronunciado que o da baía . Se fizermos
a classificação pela isoterma de amplitude 10°, veremos que todo o Distrito
Federal tem clima marítimo, sendo pequena e oscilando de 7° a 5° a variação da
diferença "inverno - verão."
f)
Vento -Ano- Direção (7 horas) -Estando nesta hora a terra muito
mais fria que o mar, dada a radiação noturna, observamos em todo o Distrito
o vento de terra, soprando do continente para o mar, normalmente ao litoral.
124
BOLETIM GEOGRAFICO
A corrente em questão é notàvelmente confirmada em tôdas as regwes; assim,
em Niterói, ela sopra de SE, para a baía de Guanabara; na cidade de N, para
o oceano, e na baixada de Sepetiba de NE, para a baía de igual nome. É
interessante notar como na ilha do Governador o terra! diverge em duas
direções reveladas pelos ventos na zona ocidental daquela ilha, e em Paquetá.
As exceÇões aparentes à regra se encontram nas regiões a norte dos maciços,
e são causadas pelas brisas de montanha, ao longo dos vales. ·
Necessitando aquela corrente de um forte gradiente noturno da temperatura
dirigido do mar para a terra, ela sàmente se firma, como dissemos, no inverno,
de junho a agôsto, não sendo quase notada nas demais épocas, em que predominam as calmarias, aliás de extraordinária freqüência no Distrito Federal a
essa hora. Elas são aliás mais comuns no interior, varrendo a brisa de terra
sobretu_do o litoral.
14 horas - Já nesta hora, com o aquecimento do continente, predomina a
brisa marítima que sopra à tarde, normalmente, de setembro a abril, e apresenta
em tôdas as regiões uma direção normal ao litoral. A brisa de vale, que também
se deve notar nesta hora, aparece não só na Tijuca, soprando na direção do
talvegue, como ainda nas componentes norte do maciço da Pedra Branca. A
baía de Guanabara funciona assim como um grande centro frio, donde divergem
os ventos. Sourando a brisa de SSE, as calmarias são mais freqüentes a noroeste dos ma-cicos, e também em Niterói, sendo raras na baixada de Guanabara, fortementé varrida pelo vento que penetra pela barra.
21 horas - A esta hora, na latitude do Rio, o resfriamento noturno ainda
não foi suficiente para formar o terral, o que só se verifica na época do inverno.
Predomina a fase final da brisa de mar, com ventos de direções semelhantes
às dos de 14 horas, embora as rosas de freqüência já possuam algumas componentes de terra. Nos vales começa a surgir a influência das correntes de m0ntanha.
Com o enfraquecimento de brisa, aumenta a freqüência das calmarias, que se
localizam a NW dos maciços do Rio, e em Niterói.
Velocidade - O seu maior valor, dada a causa geral de produção dos ventos
que é a diferença de temperatura terra-mar deve-se dar exatamente na região
de maior variacão. Por isso as correntes no litoral alcancam uma velocidade
de 3 metros, qÚe cai no interior a 0,8 metros na região abrigada da brisa de
mar, a N do maciço da Tijuca. Note-se que a direção geral de S dos ventos
predominantes, . contribui para diminuir a velocidade a sotavento dos maciços.
Janeiro - De modo geral, dado o predomínio, no verão da brisa de mar, é
a sua direção que se nota em todos os postos, combinada com a de vale na
Tijuca. A freqüência das calmas é maior no interior, a NW dos maciços, pelas
razões já indicadas.
Pelas mesmas causas já expostas. a distribuição da velocidade é semelhante
à da média anual. O valor respectivo é contudo o mais baixo de todo o ano,
o que se explica ·pela presença, na época, do Sol no hemisfério sul, com o
conseqüente enfraquecimento da circulação geral. A brisa de mar continua
como o principal fator da circulação, cuja velocidade é fraca nas regiões abrigadas daquela.
Abril - Domina ainda o vento marítimo. Em Ipanema e Copacabana,
entretanto, as noites mais frias já permitem a existência de um fraco terra!,
observado às 7 e 21 horas. Permanece sem alteração a freqüência de calmas.
Quanto à velocidade, obedece a uma distribuição semelhante à de janeiro, pelos
motivos já apontados não tendo pràticamente mudado o seu valor absoluto.
Julho - O vento médio resulta do terra!, que predomina às 7 e 21 horas a
oeste, e das correntes de montanha, em Copacabana, combinadas com raras
brisas marítimas em Jacarepaguá. As calmarias mantêm a mesma distribuição.
A circulação, mais intensa no inverno, quando os contrastes de temperatura
e as migrações de massas são mais fortes, faz crescer basian te o valor da velocidade média do vento, e diminui um pouco a influência dcs fatôres locais,
!lcando assim a distribuição mais uniforme que no verão. Mesmo assim, aquela
continua maior no litoral e menor no interior.
Outubro - Com a chegada do regime de verão, volta o domínio da brisa
marítima, uma vez que o terral já desapareceu, substituído por freqüentes
calmarias, cuja distribuição S€ assemelha à de janeiro. Sendo por outro lado
o equinócio da primavera a época mais favorável aos temporais de sul, a
velocidade se torna agora ~~
entanto, com o nov? predomn
do continente, o mawr valor n
que · a orientaç~o. das curvas sE
bações secundanas.
g)
Umidade relativa -
de grande umidade,. :um, supe!
sul do maciço da TlJUCa. Ê:st
carregadas de vapor d'água, eJ
pantanosas existentes a n.orte
cionada sobretudo ao efeito '
carioca. Nas baixadas ~e Sep'
onde não só está? locallza~os
marítimo. A umidade m.a1s .I
grande aquecimento de N1tero
dentro do Distrito é de 10%
Janeiro _ os valore~ :pou
época chuvosa, eiil;_ que vanas
pelos mesmos fatores, seu as.
de 8%.
Abril _ Há um sensív~l
a mesma distribuição reg1?1
de erupções polar~s, q.ue ~m
elevada. A variaçao e maiOJ
Julho _ send? o ~nvern<
dade baixará c~ms~d~ravell:_ne
a mesma distnbmçao reg1or:
da baixada de Sepetiba devi
terra, contràriamente aos dl
Outubro _ Sobe novamE
chuvosa. Permanece .a mes
mente a NE do maciÇO da
se rev~Ia nos períodos anteJ
.., ariação a tinge 8% .
h)
Nebulosidad~- An;
oriundas de convecçao, e e;
que no mar, é natur~) que a
sidade cresce na regiao .pan
umidade relativa permite r
Tijuca pela subida de barla
Janeiro - Na época di
a média anual, conquanto
é bastante acentuado a NW
tura na encosta sul.
Abril _ A ausência df
acentuada nos valores, senl
Julho - Na época de.
mais uniforme a sua distn
tima desaparece o efeito d1
losid~de do continente, o q
a formação de nuvens.
outubro - Forte aum1
em janeiro, porém ligado
massas do equinócio da P
i)
Precipitação - Ar
um mínimo no litoral, pel
de origem francamente OI
maciço da Tijuca; um nc
e outro aumento da quan
tabilidade.
FICO
TRANSCRIÇõES
tada em tôdas as regiões; assim,
·uanabara ; na cidade de N, para
para a baía de igual nome. É
ador o terra! diverge em duas
;l tal daquela ilha, e em Paquetá.
1as regiões a norte dos maciços,
longo dos vales. ·
radiente noturno da temperatura
rma, como dissemos, no inverno,
s demais épocas, em que predoreqüência no Distrito Federal a
~rior, varrendo a brisa de terra
nto do continente, predomina a
de setembro a abril, e apresenta
ai. A brisa de vale, que também
rijuca, soprando na direção do
lo maciço da Pedra Branca. A
nde centro frio, donde divergem
rias são mais freqüentes a noo raras na baixada de Guana·a pela barra.
, o resfriamento noturno ainda
se verifica na énoca do inverno.
ventos de direçoes semelhantes
já possuam algumas componencia das correntes de m0.ntanha.
~qüência das calmarias, que se
:ói.
a gerai de produção do,<; ventos
e-se dar exatamente na região
oral alcancam uma velocidade
a região abrigada da brisa de
direção geral de S dos ventos
iade a sotavento dos maciços.
• no verão da brisa de mar, é
combinada com a de vale na
•rior, a NW dos maciços, pelas
ão da velocidade é semelhante
o mais baixo de todo o ano,
ol no hemisfério sul, com o
I. A brisa de mar continua
ade é fraca nas regiões abri-
.
Em Ipanema e Copacabana,
xistência de um fraco terra!,
1ção a freqüência de calmas.
emelhante à de janeiro, pelos
udado o seu valor absoluto.
predomina às 7 e 21 horas a
ana. combinadas com raras
antêm a mesma distribuição.
os contrastes de temperatura
cer bastante o valor da velonfluência dcs fatôres locais,
verão. Mesmo assim, aquela
o, volta o domínio da brisa
substituído por freqüentes
1eiro. Sendo por outro lado
l aos temporais de sul, a
125
velocidade se torna agora mais intensa, atingindo a média de 4 metros. No
entanto, com o novo predomínio de fatôres locais como o grande aquecimento
do çontinente, o maior valor no litoral é claramente definido. É mesmo possível
que a orientação das curvas se prenda a modificações na trajetória das perturbações secundárias.
·
g) Umidade relativa - Ano - verifica-se a existência de dois centros
de grande umidade, um, superior a 86%, na baixada de Guanabara e outro a
sul do maciço da Tijuca. ltste último se deve às correntes da brisá maríti~a
carregadas de vapor d'água, enquanto o primeiro pode ser explicado pelas zona~
pantanosas existentes a norte. A área de grande secura da Tijuca está condicionada sobretudo ao efeito do tohn sofrido pela brisa ao galgar a serra da
Carioca. Nas baixadas de Sepetiba e Jacarepaguá, a umidade é maior no litoral
onde não só estão localizados os pântanos, como sopra constantemente o vento
marítimo . A umidade mais baixa notada na costa da Guanabara resulta do
grande aquecimento de Niterói e do centro da cidade. A variação dêste elemento
dentro do Distrito é de 10%.
Janeiro - Os valores pouco diferem da média anual; trata-se aliás de uma
época chuvosa, em que várias vêzes o grau higrométrico atinge 100%. Governada
pelos mesmos fatôres, seu aspecto é semelhante ao do ano, com uma variação
de 8% .
.
Abril - Há um sensível aumento nos dados absolutos, embora permaneça
a mesma distribuição regional. Tal acréscimo se deve à grande freqüência
de erupções polares, que diminuem a temperatura, tornando a umidade mais
elevada. A variação é maior que em janeiro.
Julho - Sendo o inverno a estação sêca por excelência, é claro que a umidade baixará consideràvelmente, alcançando o seu mínimo. Permanece contudo
a mesma distribuição regional, com uma variação de 14%. Os fracos valores
da baixada de Sepetiba devem ser atribuídos à direção do vento que sopra de
terra, contràriamente aos demais meses, em que domina a brisa de mar.
Outubro- Sobe novamente o grau higrométrico, com a entrada da estação
chuvosa. Permanece a mesma Distribuição regional, notando-se aliás nitidamente, a NE do maciço da Pedra Branca:, a secura causada pelo fohn, e que
se revela nos períodos anteriores apenas por uma concavidade nas isoígras. A
•,ariação atinge 8%.
h) Nebulosidade - Ano -=- Sendo via de regra na zona tropical, as nuvens
oriundas de convecção, e esta se produzindo mais intensamente no continente
que no mar, é natural que àquele pertençam as zonas mais nubladas. A nebulosidade cresce na região pantanosa, a N da baixada de Guanabara, onde a maior
umidade relativa permite menor lift. É ainda elevada a sueste do maciço da
Tijuca pela subida de barlavento e mais baixa a NW, sob a ação do fohn.
Janeiro - Na época das chuvas de verão, a nebulosidade é maior do que
a média anual, conquanto permaneça a mesma distribuição. O efeito do fohn
é bastante acentuado a NW do maciço da Tijuca, o que indica ser forte a cobertura na encosta sul.
Abril - A ausência da formação de trovoadas locais acarreta uma queda
acentuada nos valores, sendo a distribuição regional idêntica à do verão.
Julho - Na época de bom tempo a nebulosidade é mínima, ficando muito
mais uniforme a sua distribuição . É assim que, dada a escassez da bri~a marítima, desaparece o efeito do fohn a NW do maciço permanecendo a maior nebulosidade c!o continente, o qual, mais aquecido de dia, permite, melhor que o mar,
a formaçao de nuvens.
Outubro - Forte aumento da nebulosidade, não mais de caráter local como
em janeiro, porém ligado às grandes perturbações frontais e modificações de
massas do equinócio da primavera.
i)
Precipitação - Ano - Na respectiva distribuição, surgem claramente:
um mínimo no litoral, pela menor convecção e maior estabilidade; um máximo
de origem francamente orográfica, ligado às perturbações secundárias a sul do
maciço da Tijuca; um novo mínimo a norte dêsse último, pela ação do fohn,
e outro aumento da quantidade de chuva no interior, onde reina a maior instabilidade.
BOLETIM GEOGRAFICO
126
Sendo, nessa época, as chuvas geralmente oriundas de trovoadas
t ocais, suas maiores quedas se distribuem nas zonas mais aquecidas e úmidas,
-nas baixada a norte dos maciços, onde chegam a ultrapassar 200 milímetros.
Permanecem o efeito orográfico a barlavento, e o do fohn a sotavento da Tijuca,
atingindo a variação dentro do Distrito 80 milímetros .
Abril - Com a diminuição das trovoadas, fica a chuva preponderantemente
.condicionada à circulação secundária, e sua distribuição se torna sobretudo
.orográfica, com máximo a barlavento, e mínimo a sotavento das montanhas.
mantendo-se a variação em 80 milímetros.
Julho - É bem típica a influência orográfica, sendo muito acentuados
o máximo de barlavento, e o mínimo de sotavento, com uma variação de 80
milímetros. Não havendo nesse mês t r ovoadas de formação local, a chuva é
essencialmente causada pelas perturbações de sul, o que determina uma distribuição inversa da de janeiro. Assim o máximo continental do verão, passa a
uma posição litorânea no inverno, quando os mares se instabilizam.
Outubro - A distribuição dêsse mês se assemelha à média anual. uma vez
que com o reaparecimento das trovoadas e a intensificação das perturbações de
sul, aquela participa de dois regimes . É ainda característico o efeito orográfico,
n1antendo-se a variação em 80 milímetros.
j) Trovoada e nevoeiro - Tais fenômenos, no Rio de Janeiro, preponderantemente de origem térmica são, de certo modo, inversos . Com efeito, as
perturbações devidas à instabilidade do ar se formam no verão, à tarde, em
regiões de elevado aquecimento diurno, com máximas pronunciadas . Os nevoeiros, pelo contrário, oriundos da estabilidade, se constituem principalmente no
:inverno de manhã, nos lugares de grande resfriamento, com fortes mínimas.
Assim, a zona continental será a de maior freqüência de ambos, uma vez
.
que aí se verificam as mais pronunciadas amplitudes da temperatura.
A grande freqüência na zona Norte deve ser atribuída ao fator orográfico,
que intensifica as trovoadas locais vindas de NW, e acumula o nevoeiro trazido
pelo terra!, que sopra dessa mesma direção .
Janeiro -
6 -
Evolução anuál do tempo
Os gráficos sôbre os quais nos baseamos para descrever a e'volução do tempo,
foram traçados com as normais do Observatório Central.
A evolução anual do clima no Rio de Janeiro é devida a dois fatôres principais: a variação da quantidade de calor recebida diàriamente pela superfície
(fator termodinâmico), e os deslocamentos das massas de ar (fator dinâmico),
ambos dependentes, como todos os elementos meteorológicos, do percurso anual
do Sol . Com efeito, a quantidade de energia recebida pelo solo depende da
obliqüidade dos raios incidentes, e do número de horas em que o astro permanece
acima do horizonte . Sendo êsses elementos função da declinação solar, aquêle
total será máxima na vizinhança do solstício do verão, e mínimo na do solstício
do inverno .
Os deslocamentos das massas de ar, por outro lado, relacionados com as
respectivas diferenças de temperatura, t êm nos trópicos sua atividade mais
i ntensa nos equinócios, ,q uando é menos homogênea a distribuição latitudinal
da radiação, sob o rápido aquecimento ou resfriamento do hemisfério pr ovocado
pelas duas passagens do Sol no equador.
O conjunto dos elementos meteorológicos var ia, assim, sob a ação de ambos
os fatôres, dando ao tempo de cada estação do ano caracteres esp ecíficos.
Com efeito, o aumento da radiação no verão fazendo crescer a temperatura,
intensifica a evaporação e provoca, pelo forte aquecimento da superfície, a
convecção do ar, a qual por sua vez dará origem a nuvens de desenv0lvimento
vertical, que se transformam à tarde em perturbações locais e trovoadas, com
c huvas torrenciais e aumento na umidade relativa e fôrca do vento. A diminuição
da radiação no inverno, pelo contrário, permite com ó abaixamento da temperatura menor evaporação, estabilidade do ar, fraca nebulosidade, formação de
nevoeiro e baixa umidade relativa.
Nessas duas estações extreml:\s do ano dominam, sob circulação normal, a.
massa tropical atlântica no inverno, com ventos de NE, menor umidade específica
e baixa temperatura poten~i.al,
NW maior umidade especific2
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TRANSCRIÇõES
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sob circulação normal, a
menor umidade específica
127
e baixa temperatura potencial, e a tropical continental no verão, com ventos de
NW, maior umidade específica e alta temperatura potencial.
Ao primeiro fator se superpõe o segundo, constituído pelas perturbações
secundárias provocadas pelas invasões periódicas de massas frias polares, que
trazem ·para o Rio de Janeiro condições passageiras de um clima de latitude,
mais elevada. Vêm elas acompanhadas de abaixamento da temperatura e aumento
da nebulosidade e fôrça do vento, com chuvas contínuas e duradouras. A sua
atividade é maior, como já vimos, na primavera e no outono .
Feitas essas considerações gerais, passemos a analisar, baseados nos gráficos
e cartas médias, o aspecto do tempo e a sua evolução no Rio de Janeiro nas
quatro estações do ano .
a) Verão - (dezembro, janeiro e fevereiro) - Sendo êste o oeríodo de
maior duração do Sol acima do horizonte, com nebulosidade não muito forte,
a sua insolação se torna a mais notável do ano, resultando assim na maior
temperatura .
Já a nebulosidade, sendo em geral de nuvens de desenvolvimento vertical,
formadas à tarde, tem um valor intermediário entre o máximo da primavera
e o mínimo do inverno.
A evolução de tais nuvens, sob o forte aquecimento diurno, conduz à formação de perturbações e1étricas com chuvas torrenciais, que dão a essa estação
os maiores totais da precipitação e o maior número de trovoadas, sobretudo no
interior do Distrito.
A umidade relativa tem um valor próximo da média anual, pois, embora
esteja diretamente ligada à chuva, é inversamente proporcional à temperatura.
A velocidade do vento, nessa época em que domina a brisa marítima, fica
também em tôrno do valor médio.
Com o recuo do anticiclone fixo do Atlântico a pressão atinge o mínimo.
Quanto à evaporação, sendo diretamente proporcional à temperatura e inversamente prbporcional à umidade, atinge o máximo. Os nevoeiros são pouco
freqüentes, devido às elevadas temperaturas.
O verão é, portanto, a época de maior insolação, temperaturas mais elevadas,
maior evaporação, máxima altura de cbuva . e maior número de trovoadas. É
nessa ocasião que a amplitude da temperatura, a yelocidade do vento, a umidade
relativa e a nebulosidade mais se aproximam dos seus valores médios anuais,
b) Outono - (março, abril e maio) -O rápido decréscimo da duração do
dia não é acompanhado por uma queda idêntica na insolação, a qual, embora
menor que no verão, ainda é elevada, tendo a nebulosidade diminuído de modo
contínuo.
As temperaturas, em virtude do enfraquecimento da radiação, caem rápida
e uniformemente, ficando as médias da época próximas do valor anual. A
amplitude diminui, pela ausência de máximas e mínimas pronunciadas.
No outono, e principalmente no equinócio, a nebuloSidade e a precipitação
resultam das perturbações locais e secundárias, daí se originando o seu aumento
de março, sendo a rápida e contínua queda durante a estação oriunda do enfraquecimento progressivo das nuvens de convecção local.
A umidade relativa deveria acompanhar a baixa da quantidade de chuva;
a sua relação inversa com a temperatura faz, porém, com que ela se mantenha
elevada, acima da média anual.
A velocidade do vento, a não ser o pequeno acréscimo em março, no equinócio, se mantém inferior à média anual, uma vez que a partir de abril a brisa
pouco se faz sentir.
Com o aumento da pressão, que se aproxima de seu valor normal, e a queda
progressiva da temperatura e velocidade do vento, a evaporação decresce.
A fraca velocidade, a rápida queda da temperatura e o aumento da umidade
relativa já permitem a formação do nevoeiro, cuja freqüência cresce continuamente dúrante a estação.
O outono é, assim, uma época de insolação ainda forte, elevada umidade
relativa, temperatura e pressão médias, nebulosidade e precipitação menos
intensas, com menor freqüência de trovoadas, e velocidade do vento e evaporação
mais baixas que no verão.
c) Inverno - (j unho, julho e agôsto) -Apesar da menor duração do dia,
a redução de nebulosidade faz com que a insolação se eleve em relação ao
outono .
128
BOLETIM GEOGRAFICO
Como o valor da radiação enviada pelo Sol é o menor do ano, o progressivo
resfriamento dá a essa época as mais baixas temperaturas. As mínimas pronunciadas sobretudo no interior do Distrito, acarretam as mais elevadas amplitudes
dlurnàs.
Verifica-se nessa estação a menor nebulosidade, pois- quase desaparecem as
formações locais convectivas, e as perturbações secundárias se tornam muito
raras. Essas mesmas causas reduzem ao mínimo a precipitação, sendo o inverno
no Rio uma época de grande estabilidade atmosférica e bom tempo, com absoluta
ausência de trovoadas locais.
A umidade relativa, apesar da queda de temperatura e devido à diminuição
das chuvas, alcança um mínimo, que coincide com o da precipitação .
Com o aumento da insolação e a queda da umidade, a evaporação se
eleva novamente, tendo o máximo em agôsto conjuntamente com o mínimo
da umidade.
A velocidade do vento é fraca, começando a se elevar a partir daquele
mês, na aproximação do equinócio . É nessa estação, que à noite, se verifica,
mais freqüentemente o terra!.
Sob a invasão do continente pelo anticiclone semi-fixo do Atlântico, a mais
elevada pressão atmosférica, vem então a se verificar.
O grande resfriamento noturno, em parte devido à fraca nebulosidade que
permite forte radiação, dá a essa época o maior número de dias de nevoeiro.
Além disso, a névoa sêca domina em agôsto e setembro, devido à ausência de
chuvas e à estabilidade do centro de ação.
O inverno é, portanto, uma época de insolação ainda elevada, de pressão
e amplitude máximas, e de forte evaporação, experimentando, pelo contrário,
a temperatura, a nebulosidade, a precipitação e a umidade relativa os seus
menores valores. A velocidade do vento ainda é fraca, e é elevada a freqüência
de nevoeiros.
d) Primavera - (setembro, outubro e novembro) - Embora a duração do
dia aumente progressivamente, a insolação cai em setembro e outubro, em
virtude do notável crescimento da nebulosidade. Essa mesma causa, somada
à intensificação das penetrações frias, acarreta um retardamento da subida
normal das temperaturas média e máxima. A temperatura mínima porém se
eleva continuamente dado o obstáculo criado pelas nuvens à irradiação noturna.
As mesmas razões evocadas para o outono fazem a amplitude diurna da
temperatura passar por um mínimo.
A grande queda da insolação e a subida da umidade relativa diminuem a
evaporação em setembro e outubro, apesar do efeito contrário do aumento da
velocidade do vento e da baixa da pressão.
As grandes perturbações secundárias, trazendo coberturas duradouras, 1 tornam máxima a nebulosidade nessa época do ano. A proporção, porém, que se
aproxima o verão, e que aquelas perturbações vão sendo substituídas pelas
trovoadas locais de nuvens convectivas, a nebulosidade decresce.
As precipitações, provocadas sobretudo pelas invasões polares, aumentam
progressivamente durante a estação, tendo o caráter de chuvas que se prolongam por vários dias.
A umidade relativa sobe ràpidamente, acompanhando a chuva, e alcança
um dos seus máximos, enquanto a velocidade do vento é a mais elevada, devido
ao domínio da frente polar.
A pressão cai, apresentando um valor próximo ao da média anual. Com o
aumento da temperatura e a forte nebulosidade, a freqüência dos nevoeiros
diminui ràpidamente. Quanto à névoa sêca, máxima em setembro, decresce
em outubro, para desaparecer em novembro.
Em conclusão, na primavera, a nebulosidade é a mais forte do ano, a umidade relativa elevada, e a velocidade do vento máxima. As chuvas aumentam
ràpidamente, as temperaturas se aproximam da média anual, enquanto a evaporação, a pressão e a freqüência dos nevoeiros diminuem sensivelmente .
7 -
Distribuição regiortar dos climas
De acôrdo com o aspecto, a situação geográfica do Rio de Janeiro, e as
cartas médias já descritas, pode-se delimitar algumas regiões em que, numa
ãrea relativamente pequena c
mente distinto.
Na verdade, os dois fatore
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em que dividimos o D1stnto,
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respectivamente, com as bns~
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dade a barlavento da TlJUCa, I
crescem de 1 200 mil_í~etro~ n
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preponderantemente de mstal
A proximidade d_o m~r re
50 no litoral e so no mtenor . .
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Sendo os nevoe1ros, em
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e são muitas vêzes descenden1
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região anterior, d~ moqo que
·c onstituindo a faixa seca do
as perturbações, a zona Sul
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vadas pelo maciço, sendo fr•
A umidade relativa, depE
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diatamente a norte do .macl
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Baixada de GuanabG
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região de umidade ~levada
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verificando as menores chu
uma forte ação das pertur
concentra sobretudo no ver
Sul.
-2-
TRANSCRIÇõES
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peraturas. As mínimas pronuntm as mais elevadas amplitude-s
tde, pois~ quase desaparecem a.s
secundárias se tornam muito
a precipitação, sendo o inverno
rica e bom tempo, com absoluta
Jeratura e devido à diminuição
n o da precipitação.
1a umidade, a evaporação se
:onjuntamente com o mínimo
a se elevar a partir daquele
1ção, que à noite, se verifica,
semi-fixo do Atlântico, a mais
lficar.
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número de dias de nevoeiro.
tembro, devido à ausência de
ão ainda elevada, de pressão
perimentando, pelo contrário,
a umidade relativa os seus
·aca, e é elevada a freqüência
Jro) -Embora a duracão do
em setembro e outubro, em
Essa mesma causa, somada
um retardamento da subida
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nuvens à irradiação noturna.
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to contrário do aumento da
coberturas duradouras, , tor-
A proporção, porém, que se
o sendo substituídas pelas
dade decresce.
nvasões polares, aumentam
r de chuvas que se prolon-
lhando a chuva, e alcança
1to é a mais elevada, devido
ao da média anual. Com o
a freqüência dos nevoeiros
ma em setembro, decresce
mais forte do ano, a umima. As chuvas aumentam
ia anual, enquanto a evanuem sensivelmente.
limas
do Rio de Janeiro, e a.s
as regiões em que, numa
1:19
área relativamente pequena como a de que tratamos, o clima é acentuadamente distinto.
Na verdade, os dois fatôres acima indicados, quantidade do calor recebido
pelo solo e deslocamento das massas, são acentuados ou diminuídos pelo aspecto
fisiográfico das várias regiões. O primeiro é modificado principalmente pela
natureza da superfície, fazendo-se sentir a radiação, como já vimos, mais
intensamente no continente, e nesse, em suas zonas mais sêcas . O segundo fator
sofre, sobretudo, a ação do relêvo do solo, de modo que as perturbações secundárias são mais sensíveis no litoral,. dada a presença dos dois maciços principais.
Procuraremos, agora, descrever, de modo breve, o clima das várias regiões
em que dividimos o Distrito, tomando como referência os valores médios do
Observatório Central.
a) Zona Sul - É a faixa mais fresca da cidade, com temperatura média
abaixo de 22°7. Deve-se isso, em parte, ao fato de ser esta a zona de maior
ventilação. Com efeito, além de a brisa marítima e o terra! nela se somarem,
respectivamente, .com as brisas do vale e da montanha. a região é também a
mais atingida pelas penetrações de massas frias do sul.
Tais massas, depois de um longo percurso marítimo, precipitam a sua umidade a barlavento da Tijuca, dando à zona Sul elevados valores de chuvas, que
crescem de 1 200 milímetros no litoral, para 1 600 no interior. No verão, entretanto, o efeito orográfico sôbre tais perturbações desaparece, pois as chuvas são
preponderantemente de instabilidade local, menos acentuada no litoral.
A proximidade do mar resulta em baixa amplitude diurna, variancic> entre
5° no litoral e 8° no interior. Devido, ainda, a êsse fato e às fortes precipitações,
a umidade média se eleva acima de 78% .
Sendo os nevoeiros, em geral, de irradiação noturna, sua freqüência é
pequena devido à presença do oceano.
b) Zona Norte - É mais quente que a anterior, com média anual acima
de 22°7. A brisa marítima, enfraquecida pelo maciço, é em parte substituída
pelas calmarias. Os ventos têm, geralmente a direção SE, penetrando pela barra,
e são muitas vêzes descendentes após terem galgado as montanhas, tudo contribuindo para mais elevar a temperatura.
Como zona mais continental a sua amplitude térmica é maior, variando
entre 6° no litoral da baía de Guanabara e 10° no interior.
.
O efeito orográfico é, em relação às perturbações de sul, inverso do da
região anterior, de modo que as precipitações são inferiores a 1 400 milímetros,
·c onstituindo a faixa sêca do Distrito. Na primavera, quando são mais fortes
as perturbações, a zona Sul recebe em alguns postos precipitação dupla da
-c aída na Norte. Já as perturbações locais, vindas, em geral de NW, são agravadas pelo maciço, sendo freqüentes e fortes as trovoadas.
A umidade relativa, dependendo em grande parte da precipitação, é também a menor do Distrito, com média inferior a 78%. Deve-se isso, não só ao
fato de estar a região mais protegida da brisa marítima, como ainda se encontrar quase tôda edificada.
·
É grande a freqüência dos nevoeiros, acumulados pelo terral noturno imediatamente a norte do .maciço da Tijuca.
·
c) Baixada de Guanabara - Na sua parte sul, a temperatura se mantém
abaixo de 22°7, para na zona Norte se elevar acima. dêsse valor. É essa última
a região mais quente da capital.
.
A brisa marítima e as massas polares vêm atingi-la penetrando pela garganta. entre os dois maciços, com a direção predominante de SW, e refrescando
a sua faixa de sul. O lado de norte, pelo contrário, é uma zona de convergência
de ventos, calmarias e elevada temperatura.
A continentalidade é a maior possível, variando a amplitude· diurna de 8° no
litoral a mais de 11° no interior.
A alta temperatura, a convergência e as calmarias, dão à atmosfera dessa
região de umidade elevada, uma grande instabilidade térmica, sobretudo no
verão e durante o dia, formando-se à tarde, grandes trovoadas que produzem
altas precipitações. No inverno, pelo contrário, a estabilidade é notável, aí se
verificando as menores chuvas; no outono e na primavera a orografia impede
uma forte ação das perturbações secundárias. Dêsse modo, a precipitação se
concentra sobretudo no verão, em oposição à distribuição homogênea da zona
Sul.
-2-
130
BOLETIM GEOGRAFICO
A umidade relativa se eleva acima de 78%, chegando mesmo na parte nortealém de 86%, o que torna a zona mais úmida do Rio. O fato é devido, principalmente, à proximidade das regiões pantanosas da Baixada Fluminense .
A grande umidade e a forte irradiação noturna no inverno dão à região ·
grande freqüência de nevoeiros .
d) Baixada de Sepetiba - Com o !)equeno número de elementos de que ·
dispomos, concluímos que a temperatura média abaixo de 22°7 no litoral, passa
a valores superiores no continente, enquanto a amplitude varia de 9° próximo ·
do oceano, a mais de 10° no interior.
A brisa marítima e o terra! varrem livremente a parte litorânea da baixada, .
localizando-se as calmarias mais ao norte, a isso se devendo a distribuição
térmica observada. Os ventos predominantes, acompanhando o ascendente da
temperatura, sofrem uma rotação durante o ano, passando de SE na primavera
e no verão, a SW no outono, e a N no inverno.
As chuvas apresentam uma distribuição homogênea em tôda a baixada, com .
valores vizinhos de 1 400 milímetros anuais. Há uma tendência, sobretudo no
interior, de se concentrarem as precipitações no verão, oriundas então de perturbações locais.
A umidade relativa se eleva acima de 78% no litoral, descendo !)ara o ·
interior, sendo a sua distribuição tão homogênea como a da chuva.
É grande a freqüência de nevoeiro, sobretudo no continente pela irradiação>
noturna.
e) Baixada de Jacarepaguá - Uma vez que não dispomos quase Je dados,.
só nos é possível fazer conjeturas. A parte a sul dos maciços tem, provàvelmente,
um clima semelhante ao da zona Sul . A regiãó litorânea deve ser fresca, devido •
à brisa, e úmida, pois além da proximidade do mar, é pantanosa; a parte ·
central entre as montanhas deve, pelo contrário, ser mais quente e mais sêca .
O clima da pequena faixa a nordeste da Pedra Branca, deve ser semelhante ·
ao da zona Norte .
f)
Maciços - Não dispomos de observações nos seus cumes, mas podemos ·
afirmar que as vertentes participam do clima das baixadas para as quais se
inclinam.
A comparação entre as temperaturas das estações de Corcovado, a 704 metros, e Jardim Botânico, ao nível do mar, permite estabelecer uma variação de
1° por 159 metros de altitude, de modo que quando nos elevamos sôb:re as
vertentes a temperatura diminui nessa proporção.
O efeito orográfico modifica um pouco o aspecto geral . Realmente, as
vertentes marítimas são mais frescas e úmidas, por mais atacadas vela brisa
e massas frias de sul, que precipitam o seu vapor na ascensão de barlavento.
O ar descendo a sotavento seca e se aquece progressivamente, de modo que as
vertentes opostas ao mar são menos úmidas e mais quentes .
g) Ilhas - A do Governador, a não ser na região oeste em _q ue participa
do clima do litoral da baixada de Guanabara, tem uma tem!)eratura inferior a
22°7, pois é fortemente varrida pela brisa de SE que penetra pela barra.
Na de Paquetá, que aquela corrente não atinge tão fàcilmente, devido ao ·
relêvo de Niterói, a temperatura média é superior àquele v~lor. Pelas mesmas
razões, a amplitude sobe de 8°, a oeste de Governador, para 9° em Paquetá.
As chuvas oriundas de perturbações secundárias são reduzidas pelo efeito·
orográfico dos maciços do Distrito Federal e de Niterói, não ocorrendo muito
freqüentes trovoadas, de modo que as precipitações são inferiores a 1 200 ·
milímetros.
A umidade relativa, devido à proximidade do mar, se eleva acima de 78%.
8 -
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Nota-se um máximo bem
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no verão, resultando em batx
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Os gráfico~ respectivos foram construídos com as médias mensais dos valores da radiação total diária e do potencial elétrico, extraídas dos registros contínuos dêsses elementos obtidos pelo meteorologista Durval Calheiros Gomes, nO>
Observatório Central.
serviço central de DOI
compreendendo
do-se êste à guarda de d~
Conselho qualquer documl
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:hegando mesmo na parte norteRio. O fato é devido, principala Baixada Fluminense .
:urna no inverno dão à região·
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amplitude varia de 9° próximo .
e a parte litorânea da baixada, .
sso se devendo a distribuição
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passando de SE na primavera
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uma tendência, sobretudo no
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como a da chuva.
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ser mais quente e mais sêca .
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los seus cumes, mas podemos ·
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131
Em vista da dificuldade de cálculo dos valores absolutos do potencial, as
·curvas dão apenas a variação relativa dêsse elemento durante o ano.
Nota-se um máximo bem caracterizado no inverno, devendo-se atribuir
isso à relação direta que o potencial positivo mantém com a pressão, e a inversa
-com a temperatura e a umidade. Aliás, como é sabido, a limpeza do céu e os nevoeiros favorecem o aumento do potencial.
Com a subida da températura, umidade, nebulosidade e chuva, e a queda
<la pressão na primavera, aquêle decresce, atingindo o mínimo entre setembro e
()Utubro.
Atribui-se à poluição da atmosfera o efeito de aumentar o potencial, fato
êsse que as curvas não confirmam, uma vez que os meses de agôsto, serembro e
outubro, f.o ram, nos anos considerados, os de maior número de dias de névoa
sêca. A elevação dos meses de verão pode-se atribuir sobretudo ao decréscimo da
nebulosidade e da umidade relativa, embora o aumento da temperatura e da
:precipitação e a diminuição de pressão, contrariem aquela tendência.
Um raciocínio inverso do anterior explicará a queda encontrada no outono.
Há, dêsse modo, um aumento do potencial elétrico nos solstícios, e uma diminuição nos equinócios.
A intensidade da radiação, dependendo em primeiro lugar da declinação do
Sol, é máxima na vizinhança do solstício do verão, e mínima na do de inverno.
.A menor transparência da atmosfera se fazendo sentir a partir de agôsto, com o
aparecimento da névoa sêca e o grande aumento da nebulosidade, obriga a ra.diação a se manter baixa na primavera, apesar do rápido aumento da declinação,
·não sendo assim simétricas as curvas em relação ao solstício de junho. Já vimos
.a influência que tem êsse fato sôbre as temperaturas médias e máximas .
Um notável efeito da . diminuição da transparência se verifica também no
-ano de 1937, em que a nebulosidade se manteve acima da normal na primavera e
no verão, resultando em baixa radiação.
Em conclusão, a acidentada topografia do Rio de Janeiro lhe assegura uma
diversidade de chuvas de rara ocorrência no mundo.
ões de Corcovado, a 704 meestabelecer uma variação de
ando nos elevamos sôb:fe as
specto geral. Realmente, as
>or mais atacadas nela brisa
na ascensão de barlavento.
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O Serviço Central de Documentação Geogrâfica do Conselho Nacional de Geografia é
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do-se êste à guarda de documentos como sejam inéditos e artigos de jornais. Envie ao
Conselho qualquer documento que possuir sôbre o território brasileiro.
132
BOLETIM GEOGRAFICO
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BOLETIM GEOGRAFICO
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BOLETIM GEOGRAFICO
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TRANSCRIÇõES
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VENTO
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DISTRITO FEDERAL
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142
BOLETIM GEOGRAFICO
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DISTRITO FEDERAL
VfNTO-VELDC IDACif (m .f• . J
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VENrO-Vfl..DC/DIDE (ta/s.J
DISTRITO FEDERAL
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DISTRITO FEDERAL
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BOLETIM GEOGRAFIOO
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DISTRITO FEDERAL
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146
BOLETIM GEOGRAFICO
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DISTRITO FEDERAL
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148
BOLETIM GEOGRAFICO
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DISTRITO FEDERAL
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DISTRITO FEDERAL
ANO
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Altitude
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149
DISTRITO FEDERAL
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150
BOLETIM GEOGRÁFICO
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DISTRITO FEDERAL
JAIV!IRO-JULHO
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Altitude
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(2) Al. Arnoux, Bilan provisoire
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(4) Compte-rendu de ces trols 1
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(6) Daniel Faucher, Le Paysan
JANEIRO-JULHO
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A Técnica Mecânica do Ponto de Vista Geográfico*
BENEFíCIOS, DESVANTAGENS E CORRETIVOS· AS DESVANTAGENS
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Numerosos trabalhos, alguns de primeira ordem '· •. • • • tratam dos aspectos e dos respectivos balanços da sociedade técnica. A geografia possui seu
ponto de vista sintético sôbre a questão. A geografia não considera apenas os
aspectos da técnica mecânica na cidade ou usina. Observa-os também no campo,
na fazenda que, tanto a pequena como a grande, se transforma. cada vez mais,
nos países evoluídos, em uma espécie de usina . Muitas vêzes, a testemunha
que observa a época e a comenta, vê sàmente os aspectos mais espetaculares, os
mais extremos sinais ou então os particularmente revolucionários.
Ora, primeiro ponto, as revoluções técnicas ocorrem também no campo, apesar de nêle se processarem em ritmos mais lentos do que na cidade, o que é
compreensível até pela simples razão de que o solo, diafragma da biosfera terrestre, não se modifica nem seria fàcilmente modificável cada decênio como
acontece muitas vêzes com a usina citadina. A mais moderna das usinas é, por
assim dizer, sem passado, surgida da cidade ; localiza-se perto de determinada
mina ou via fluvial. Mas o solo vivo, produtivo, é uma herança. Só por exceção
é que, por exemplo, na terra holandesa, êle constitui uma criação exclusivamente humana . Ordinàriamente o solo é misto, natural e humano. Não é nem
puramente natural nem puramente artificial. Representa a velha aliança da
ttrra e do homem "uma raça e um campo que se fizeram reciprocamente". Mas
a usina citadina é tôda artifício, artificial. Quanto menos enraizada no passado,
isto é, quanto mais nova ou renovada, melhor será para ela. Por muito favor
e, o quanto possível, o complexo metalúrgico de hoje utiliza, sob a forma de
ferro velh0, sua carcaça de ontem.
O segundo ponto dá ênfase à geografia histórica: a técnica mecânica não
se originou na época da grande indústria. Desde a pré-história que o fogo, a
pedra lascada, a pedra polida, a pesca, a caça, a cultura cerealífera, a criação
doméstica, propiciaram a cada época uma técnica e seus técnicos. Mas, se há
linha progressiva, cumulativa, na história da Humanidade, na história do fenômeno humano, • é certamente a da progressão técnica. Ora, por uma simplificação muito abusiva, só retrospectivamente nos apercebemos do progresso mecânico, dos progressos da máquina. Para se readquirir uma visão exata dos aperfeiçoamentos evolutivos, tanto na ordem material quanto na ordem espiritual,
há necessidade dos pacientes trabalhos de geógrafos, tais como os de Daniel
Faucher descrevendo a história do Paysan et la Machine; • ou talvez com
mais eficiência relatando a evolução dos tipos de cultura na sua Geographie
• Artigo transcrito de Revue de Géographie Alpine - Tome XLIV - 1956 - Fasclcule ll.
Traduzido po" Olga Buarque de Lima.
( 1) A. Slegfrled, Aspects du vingtieme siecle, Hachette, 1955.
(2) Al. Arnoux, Bilan provisoire, Albln Michel, 1955.
(3) René Duchet, Bilan de la civilisation technicienne; Anéantissement ou promotion de
l'homme, Prlvat-Didler, 1955 .
(4) Compte-rendu de ces trols livres en feullleton dans le Monde, ... 4-12-1955 . par J. Ellul,
sous le tltre : A spects et bilans de la société technicienne.
(5) Plerre Tellhard de Chardlm, Le Phenomene humain, Le Seull 1955.
(6) Daniel Faucher, Le Paysan et la Machine, Edltlons de Mlnult, 1955 .
152
BOLETIM GEOGRAFICO
CONTRIBUIÇ
Agratre. • Se nos restringirmos a dois únicos instrumentos, o arado e a charrua
máquinas, verdadeiras máquinas desde a época em que surgiram, verificaremo~
até que ponto a idéia geralmente feita · a respeito dêles é excessivamente esquemática. O arado, aratrum, considerado apenas /latino; a charrua carruca
apenas cética. Lendo-se porém L'Homme et la Charrue à travers le monde ~
nossa compreensão torna-se mais exata, pois passa a abranger o espaço e 'o
tempo. Fato bastante significativo, por mais eruditos que sejam os dois autore!
e por mais que se apóiem na ciência de Pierre Deffontaines e de André LeroiGourhan, suas informações, apesar de muito técnicas, possuem lacunas. De
fato, o trabalho não tem a integrá-lo a contribuição de um geógrafo, utilizador
do arado e da charrua, tal como se deu com o trabalho l'Auvergne et le Velay •
- Equivale a dizer o quanto as técnicas antigas qualificadas hoje, com freqüência, de arcaicas, permanecem ignoradas, como universos nebulosos até mesmo
quando são bem exploradas.
'
Na verdade, terceiro ponto, as técnicas de hoje inebriam, tornam os contemporâneos vaidosos e presunçosos. Os poderes atuais são tantos, - poderes de
ontem multiplicados por 100, por 1 000 - sôbre a matéria e mesmo sôbre a
vida. Sôbre a vida, sôbre a própria vida humana. Mas neste ponto, há ainda,
nos quadros de nossa civilização técnica, um aspecto muitas vêzes omitido;
enquanto os benefícios da medicina e da higiene são justamente realçados, com
freqüência, os prejuízos da vida civilizada sôbre o patrimônio hereditário são
deixados na sombra; e dêsse modo, devido a sínteses incompletas os balanço:s
permanecem defeituosos. É preciso que, por acaso, um biologista dê o sinal de
alarma sôbre o futuro da espécie humana, 10 para que o contemporâneo seja
trazido à modéstia objetiva, à necessária e imparcial reflexão.
A percepção geográfica do problema: o homem e a técnica
Para que a percepção do problema - o homem e a técnica - se torne verdadeira e completamente sintética é necessário que provenha do ponto de vista
geográfico, ponto de vista que deve estar sempre atualizado dentro da época.
Melhor ainda, que situe a época atual, o presente momento, relacionando-o ao
passado e ao futuro. Que abranja assim as relações cidades- campos, chave
do problema, hoje, ontem e amanhã. Ou melhor para uma visão mais clara,
que os estude de preferência naquela parte do globo - o ocidente europeu onde, tendo sido desencadeada a moderna revolução industrial, estas relaçõe!
foram primeiro postas em movimento.
Em suas perspectivas sintéticas, que percebe o geógrafo a respeito da:s
cidades e dos campos no ocidente europeu? Em primeiro lugar observam-se
"cidades tentaculares" e "campos alucinados"; a separação de uns e outros; o
avanço fulminante daquelas, concentração de homens, de necessidades, de vontades, de menos técnicos, mas atrasos paralisantes dêstes, por tôdas razõe!
inversos . Em seguida a fase onde a Bélgica, a Holanda, a Suíça, a Inglaterra,
a Alemanha, a Itália do Norte, já penetraram largamente. A cidade dilui-se no
campo, infunde nêle seus homens, suas necessidades, sua vontade e seus poderes.
Por que esta fusão cidade-campo está-se procesando tanto e tão bem na
bacia de Londres ou na da Renânia, mas com menos intensidade na bacia de
Paris? Basta fazer-se o confronto das densidades quilométricas "médias" da
!JOpulação; pouco mais de 100 para o conjunto da bacia de Paris, porém 2 e 3
vêzes mais para o conjunto da bacia da Renânia ou da bacia de Londres. Basta
comparar os meios materiais e os meios humanos destas bacias; assim, o tráfico
sôbre o Reno ou sôbre o Tâmisa, e o tráfico sôbre o Sena. A passagem do
estágio cidades-campos separados para o estágio cidades-campos fundidos, subigualados pelos benefícios técnicos, exige que duas condições se reúnam: fortes
médias de densidade de população e grandes meios mecânicos. Evidência para
a geografia comparativa: com sua densidade quilométrica média de apenas 78,
contra 200 para o Reino Unido ou para a Alemanha, e isto sem que se possa
(7) D aniel Faucher, Géographte agraire, Llbralrle de Mêdlcls, 1949.
(8) André G . Haudrlcourt et Marlel Jean-Brunhes Delamarre, L'homme et la charrue à
travers le monde, Galllmard, 1955 .
(9) Luclen G achon, L ' Auvergne et le Ve!ay, Galllmard, 1949.
(10) Phll!ppe l'Hértler, L'Avenir de !'espece humaine, 2 artlcle du Monde, 15 e 16 mal 1955 .
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há na França é a falta de homt
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CONTRIBUIÇAO
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julgar que a França globalmente seja menos bem dotada pela natureza; o que
há na França é a falta de homens, portanto de vontades e de meios para realizar,
com a mesma intensidade de ritmo, a urbanização de seus campos.
A solução do problema, o gênero de vida misto, urbano e rural;
a alternância das atividades
No seu belo artigo sôbre a sociedade técnica, J . Ellul declara que "até hoje
nada foi dito de sensato sôbre os remédios parru o perigo técnico".
Não é exato! Deveria estar a par dos pontos de vida tão justos de M. Gatheron, inspetor-geral da agricultura, sôbre a alternância das atividades. Desconhece, também, as considerações análogas do autor dêste artigo.
Apesar de a noção do gênero de vida se achar ainda eivada de imprecisão
para ser particularmente extensiva, deve-se considerá-la a fim de que sejam
revelados os remédios para os mais graves males da sociedade técnica. Qual
é, pois, o gênero de vida que melhor permite usar, alternadamente a máquina
e a terra, mesmo que se trate da terra do jardim doméstico? Que melhor permita
a alternância das atividades? Os votos, qualificados de piedosos por J. Ellul,
já se acham concretamente realizados, se considerarmos a existência efetiva,
atualmente de oito inglêses sôbre 10, na bacia de Londres. Oito inglêses sôbre
tO que têm um gênero de vida misto, alternadamente citadino e rural, citadino
durante o dia de trabalho em usina, atelier, escritório, loja, porém rural quando
yoltam ao seu habitat de grande subúrbio; constituem já um certo número de
pessoas que em suas casas, entre o pátio e o jardim escapam das escravidões.
E tantos parques públicos! Tantos jardins públicos! Tantos campos de e:-:portes!
E o Tâmisa, sulcado todos os dias por embarcações de passeio. E o mar. imenso
lugar de evasão, reflexão, de meditação. E a montanha, facultada a grande
número de citadinos de Londres ou de Paris pelo gôzo de férias remuneradas.
E ainda a fazenda dos parentes, onde se volta para trabalhar a terra, e usar
novamente o velho instrumento, como passatempo recreativo. Parece, à reflexão, q1,1e o mal tenha sua origem no fato de o trabalho e o lazer estarem por demaiS ·separados e distintos: o tempo assalariado a que é preciso submeter-se e o
de repouso que não se .sabe bem como aproveitar ou apenas ocupar. Bela dádiva
então, que a dêstes momentos de lazer depois das horas de embrutecimento e
de extenuação frente à máquina tirânica, senhora em vez de serva libertadora!
Mas já se vislumbram os remédios para os males denunciados com tanto
idealismo por Simone Weil. Aí estão. Milhões de homens os encontraram, e
dêles já estão gozando. O coração, músculo cardíaco, é feito para a sístole e
diástole repetidas em um intervalo de menos de um minuto. Do · mesmo modo,
o homem foi feito para a alternância das atividades. É um mal a separação,
a. distorção da cidade e do campo. É um mal a separação por demais completa
do trabalho e do repouso. Mas vida humana feliz é aquela em que as atividades
mudam com bastante freqüência, do mesmo modo que mudam os cardápios das
refeições. Como acontece com o solo a respeito da vegetação nêle cultivada
Yiver é mudar. Viver é ativar-se sempre, ao mesmo tempo que se varia de atiYidade. Viver da melhor maneira é trabalhar como se estivéssemos brincando,
e brincando como se estivéssemos trabalhando. Será isto possível? Mudando-se
o instrumento que se tem nas mãos e a máquina que se tem diante dos olhos.
Ora, urbanizando a existência no campo como na cidade, a máquina, motorizazada ou não, multiplicada sob todos as formas e sôbre todos os poderes para
tôdas as idades da vida, a máquina, a benfazeja máquina, elimina, enfim ai!
prejudiciais divisões entre profissões: entre classes, entre cidade e campo, entre
as nações que desde já atingiram a subigualdade de equipamento, tôdas tendendo para êste fim o mais depressa possível, como o vê a geografia atual.
CONTRIBUIÇ
O Movimento da Indústria Pesada e o Progresso
Econômico do Brasil*
EDMUNDO DE MACEDO SOARES E SILVA
João Batista Say dividia as atividades industriais em três categorias: extrativas, manufatureiras e comerciais ou distribuidoras. Esta classificação não está
mais de acôrdo com o progresso fantástico que teve a atividade industrial,
sobretudo no fim do século XIX e no presente. Ainda assim, ela guarda sentido
prático.
As "indústrias pesadas" se enquadram nas atividades manufatureiras € são
aquelas nas quais se opera a transformação de grandes massas de m::ttérias-primas ou de produtos semi-manufaturados em mercadorias funda!Ilentais
para a vida de uma nação: metais, máquinas, material de transporte, grandes
estruturas metálicas e armamento. Elas são, por conseguinte: as indústrias
metalúrgicas, entre as quais avulta a siderurgia; e as grandes indústrias mecânicas: a forja pesada; e caldeiraria e a serralheria pesadas (produção de corpos
cilíndricos, reservatórios, tanques e de grandes estruturas para edifícios, pontes
e viadutos) ; a fabricação de máquinas operatrizes e motrizes (inclusive material
elétrico); a construção de máquinas agrícolas; a fabricação de material para
a construção civil (betoneiras, escavadeiras etc.) ; material de transporte (ferroviário, rodoviário, aeronáutico e naval); e a produção de material de guerra.
A importância das "indústrias pesadas" é, como vemos, fundamental; sem
elas, todo o sistema industrial de um povo fica na dependência da importação
de produtos comuns que são indispensáveis a atividades essenciais, como cultivo
do solo, e extração de riquezas minerais naturais, produção de energia, organização de transportes e defesa militar.
A autonomia econômica de uma nação é extremamente precária, quando
ela depende das indústrias pesadas de outros países para satisfazer às necessidades normais e básicas de sua vida. Compreende-se, assim, a importância do
esfôrço que nosso país vem fazendo para implantar ,dentro de suas fronteiras,
com o máximo de aproveitamento de recursos naturais próprios, indústrias que
são as colunas mestras do progresso dos povos.
Para estudarmos o tema que tivemos a honra de receber da "Comissão Nacional de Assistência Técnica", tínhamos que iniciar por essa definição e, agora,
deveremos mostrar como. se apresentou o problema para o nosso país, levando
em conta a nossa formação.
No início de sua admirável obra Technics and Civilization, Lewis Mumford
escreve: "Durante os últimos mil anos a base material e · as formas culturais
da civilização ocidental têm sido profundamente modificadas pelo de~envolvi­
mento da máquina".
Com efeito, a nossa vida comum vem sendo de tal maneira afetada pelo
progresso industrial em geral que já se costuma afirmar que vivemos "uma
civilização mecânica".
1
• Con!e~êncla pronunciada no Ministério das Relações Exteriores, perante a Comissão Nacional de Assistência Técnica, em 11 de maio de 1955.
Fonte - Publicação editada pelo Ministério das Relações Exteriores.
1 Technics and Civilization, Lewls Mumford, George Routdedje & Sons Ltda. (Londres, 1947) .
Certo fica bem a um histo
da histórÍa da humanidade, e :
Mas não é preciso análise tão
mais notável da época em que
no exame do "movimento da
fato nossa industrialização vei
era 'o nosso silvícola de ip1agiJ
engenhos úteis à produçao ffil
o pilgrim american? levo
na Grã-Bretanha, de clima e
pouco a pouco, a !ilo~ofia ,e;mr
ao estudo das ciencias f1sica:
melhor pelo aproveitamento d
filósofos gregos opuseram um
identificando o homem com o
A moral religiosa, o espíri1
de ficar, foram as ?aracterístit
o Mundo Novo, a fim de povo1
Europa. Esta é o:utra ~a!ca
grantes encontrar condiçoes E
tuados normalmente.
Ao passo que o fenôm~no
território se fêz com sentido
o português encontrou ~limal
país natal . Teve de !1-Phcar_ •
comerciar com o gentio e, nao
silvícolas, tentou escravizá-lo
do negro.
E a tradição, a experiênci~
inclinações dos europeus do
XVI século através do artes
_ os ofícios, geralmente, de pai
rações de artífices"; essas r E
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Raízes do Brasíl, Sérgio Bua
CONTRIBUIÇAO
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xteriores, perante a Comissão Na-
Exteriores.
edje & Sons Ltda. (Londres, 1947) .
A
CI~NCIA
OEOORAFICA
155
Certo, fica bem a um historiador, como Mumford, procurar um período largo
da história da humanidade, e nêle, ressaltar a influência da máquina sôbre nós.
Mas não é preciso análise tão longa e tão profunda para sentir a característica
mais notável da época em que vivemos e nem isso é necessário a um b1asileiro,
no exame do "movimento da indústria pesada" nesta parte das Americas; de
fato, nossa industrialização veio, sobretudo, do hemisfério norte, destituído como
era o nosso silvícola de imaginação criadora que lhe tivesse permitido inventar
engenhos úteis à produção moderna, mesmo que fôsse por evolução.
O pilgrim americano levou com êle uma tradição industrial A ambiência
na Grã-Bretanha, de clima e de isolamento em relação ao continente, formara
pouco a pouco, a filosofia enunciada por Francis Bacon, e os inglêses se atiraram
ao estudo das ciências físicas e naturais, com o objetivo de criar uma vida
melhor pelo aproveitamento dos recursos do solo e subsolo. As concepções dos
filósofos gregos opuseram uma doutrina que deu sentido mais prático à vida,
identificando o homem com o meio em que vive.
A moral religiosa, o espírito pragmático e o desejo de construir outra pátria,
de ficar, foram as características principais dos pioneiros, que se dirigiram para
o Mundo Novo, a fim de povoar latitudes iguais às que êles habitavam na velha
Europa . Esta é o:utra marca importante a assinalar, porque permitiu aos emigrantes encontrar condições ecológicas semelhantes às que êles estavam habituados normalmente.
Ao passo que o fenômeno ao Norte se passava assim, a exploração do nosso
território se fêz com sentido e características completamente diferentes. Aqui
o português encontrou clima, solo, flora e animais que êle não tinha em seu
país natal. Teve de aplicar à terra o método de ocupação colonial. Procurou
comerciar com o gentio e, não o conseguindo, pelo baixo nível mental dos nossos
silvícolas, tentou escravizá-lo. Aí também malogrou e passou a lançar mão
do negro.
E a tradição, a experiência industrial? Não tinham os portuguêses as mesmas
inclinações dos europeus do Norte. O exercício da indústria, que se fazia, no
XVI século, através do artesanato, exigia uma formação demorada. passando
_ os ofícios, geralmente, de pais para filhos e sendo monopolizados pelas "corporações de artífices"; essas regulavam o exercício das profissões e davam, aos
que as praticavam, as credenciais que os consagravam como possuindo a experiência e os conhecimentos indispensáveis para o seu trabalho .
Quanto, na Flandres e na Escandinávia já existiam grupos humanos, com
importância maior do que uma simples família, praticando o que caracteriza
atualmente uma indústria, na Península Ibérica e, sobretudo em Portugal, a
mentalidade não estimulava atividades idênticas. Os portuguêses se caracterizavam por certas atividades artesanais como, por exemplo. a do talho de pedra,
sendo notáveis construtores com êsse material. Mas, por outro lado, como nos
mostra Sérgio Buarque de Holanda, o culto da pessoa humana e a interpretação
da- teoria do livre arbítrio, criaram uma mentalidade avêssa à associação; o
mérito e a responsabilidade individuais é que encontravam pleno reconhecimento.
O trabalho manual e mecânico era olhado como inimigo da personalidade, visando a "um fim exterior ao homem" e pretendendo, assim, "conseguir a perfeição
de uma obra distinta dêle". •
Essa é uma conclusão importante. Somos oriundos de um povo sem tradição
industrial, especialmente mecânica, ocupando um território pequenino, e extremamente interessado no comércio de especiarias, que eram obtidas através dos
oceanos, atividade que condizia com o gênio navegador da raça.
Dadas as condições das terras descobertas, incluF~Ye sua extensão, e a mentalidade dos descobridores, foi natural o método seguido para a exploração. A
adaptabilidade dos lusitanos era extraordinária; graças a ela e à experiência
adquirida, êles puderam iniciar atividades proveitosas na nova colônia, principalmente extrativas . Mas começaram, também, o trabalho agrícola e o açúcar
representou um grande papel, já no século XVII.
Neste século e no XVIII o interêsse geral era a descoberta do ouro, da prata
e das pedras preciosas. Todos ambicionavam uma riqueza fácil. Poucos eram os
•
Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda (2.• ed.), José Olímpio, Rio, 1948.
CONTRIBUIÇA:
156
BOLETIM GEOGRAFICO
que pensavam seriamente em lançar as bases de uma grande nação, pelo desenvolvimento dos elementos indispensáveis à sua prosperidade econômica . Os esforços se orientavam na pesquisa e exploração dos metais e gemas raras. O século
XVIII foi, de fato, no Brasil, o século do ouro, com as epopéias bandeirantes que
exploraram os atuais estados de Minas, Goiás e Mato Grosso. mas ouro de
aluvião bateado dos cascalhos dos rios ou encontrado em leitos maiores de
cursos d'água desviados pelos efeitos de fôrças naturais; nenhum esfôrço realmente organizado, industrial.
Como escreveu Roberto Simonsen s ". . . em meados do século XVII, só a
nossa produção e exportação na indústria açucareira ultrapassaram, em. largo11
períodos, três milhões de libras esterlinas anualmente, quando a exportação
total da Inglaterra não alcançava aquela cifra". E, no século XVIII, extraímrn~
e exportamos para a Europa, em pouco mais de cinqüenta anos ... "um volume
de ouro equivalente a 50% de todo o ouro produzido no mundo, nos três século11
anteriores, e igual a tôda a produção apurada na América de 1943 a 1850!", •
Êsse o resultado do trabalho colossal, agrícola e extrativo, dos portuguêses.
No próprio século do descobrimento praticou-se no Brasil. de maneira rudimentar, a metalurgia do ferro. Em 1554 Anchieta anunciou à Coroa de Portugal
a descoberta de ferro e prata, dois anos depois da do ouro.
Conforme relata Calógeras' é provável que a descoberta do ferro tenha l'lido
feita por Afonso Sardinha, na serra do Cubatão, duas léguas a sudoeste de São
Paulo, no rio Jeribatuba, afluente do atual Pinheiros. O ferro deve ter sido
extraído por processo direto, provàvelmente catalão, por algum fundiàor cont
experiên.cia adquirida na Espanha. Convém assinalar que os africanos, igualmente, praticavam um processo direto, mais primitivo que o catalão, que bem
pode ter sido o empregado na época .
A exploração de nossos minérios de ferro continuou a ser feita, em pequena
escala, no estado de São Paulo e, depois em Minas Gerais, durante o fim do
XVI e todo o XVII e XVIII sécul0s. Era capitão-general, nessa última capitania,
o notável administrador D. Rodrigo José de Meneses, mais tarde conde de
Cavaleiros; em 1780 escreveu êle ao Reino, propondo o estabelecimento de uma
fábrica de ferro no território sob sua administração, dizendo textualmente: "Se
em tôda a parte do mundo há êste metal necessário, em nenhuma há mais que
nestas Minas". Em 1785, porém, um alvará de D. Maria I proibia terminantemente a existência de fábricas na Colônia. Era mister que ninguém se descurasse das atividades agrícolas e extrativas que eram as que interessavam à
metrópole .
O século XIX iria mudar essa situação. Logo no seu alvorecer, pouco tempo
D. Maria I), e graças à clarividência de D. Rodrigo José de Meneses, foi dada
liberdade, novamente, para o estabelecimento de fábricas de ferro no Brasil e
depois da ascensão à regência de D. João VI (pelo enlouquecimento de sua mãe,
abolido o impôsto sôbre a exportação de ferro . D. João VI iniciava, assim, a sua
obra extraordinária de engrandecimento do Brasil.
·
Em 1799, um trabalho de José Vieira do Couto, naturalista acatado. antigo
lente de Coimbra e residente em Tijuco (atual Diamantina), procurou, orientar
a metrópole; intitulava-se êle: A Capitania de Minás Gerais, seu território, clima.
e produções metálicas, a necessidade de restabelecer-se e animar a mineração
decadente do Brasil; o comércio e exportação dos metais e interêsses régios, com
um apêndice sôbre os diamantes e nitro natural. Vieira do Couto, já falava na
necessidade de serem estabelecidas grandes usinas e de fazer-se a ligação da
zona de minérios ao rio Doce, ao Jequitinhonha e ao São Francisco.
Manuel Faria de Câmara Bittencourt, o famoso "Intendente Câmara" sustentou, pouco depois, projetos semelhantes aos de Vieira do Couto, visando l
instalação de uma siderurgia na Bahia e em Minas Gerais.
A 24 de abril de 1801, o govêrno português mandou fundar uma fábrica de
ferro em SorocalJa e, em 1803, pensou-se na organização de escolas de mineralogia e metalurgia, semelhantes às alemães. Foi construído um forno em Ipanema, perto de Sorocaba, mas o projeto das escolas não teve seguimento.
•
1939.
•
A Evoluçflo Industrial do Brasil, Roberto Simonsen, Federação das Indústrias de São Paulo,
As Minas do Brasil e sua Legislaçflo, Calógeras, Rio, Imprensa Nacional, 1905.
D. João vr aqui chega? do.
especialmente, da siderurgi~; ~
Ipanema e do Morro do Pllar,
Eschewege e Varnhagem,
Coroa Portuguêsa, chegaram a•
Em 1810, um decreto de 1
"peças de artilharia e de canos
cruzados; a 12 de nove~bro ~
de reparação de armas Junto.'
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0 conde de Linhares, cuJa mOJ
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A fábrica do Pilar _mal?gr
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História da Civilizaçllo Bral
Mauá, Alberto de Faria, 2.•
CONTRIBUIÇAO
uma grande nação, pelo desenosperidade econômica. Os esformetais e gemas raras . O século
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E, no século XVIII, extraímo,
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extrativo, dos portuguêses.
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10
seu alvorecer, pouco tempo
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Toão VI iniciava, assim, a sua
I.
.
• naturalista acatado. antigG
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1dou fundar uma fábrica de
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A
CI!:NCIA
GEOGRAFICA
D. João VI aqui chegando cuidou logo de problemas metalúrgicos e, muito
especialmente, da siderurgia; incentivou. quanto a essa última, os projetos de
Ipanema e do Morro do Pilar; ligado a êste achava-se o intendente Câmara .
Eschewege e Varnhagem, geólogos e metalurgistas alemães, a serviço da
Coroa Português a, chegaram ao Brasil nessa época.
Em 1810, um decreto de 13 de maio mandou organizar uma fundição de
"peças de artilharia e de canos de espingardas", com um empréstimo de 100 000
cruzados; a 12 de novembro do mesmo ano foi mandada instalar uma oficina
de reparação de armas junto a cada regimento; e, em 1811, foi determinada a
criação, em Minas, de uma fábrica de "espingardas e baionetas". Tinha a seu
cargo êsse programa, que bem reflete as idéias avançadas do govêrno da época,
o conde de Linhares, cuja morte. infelizmente, trouxe a suspensão de todos os
trabalhos iniciados.
A fábrica do Pilar malogrou, por falta de técnicos. O intendente Câmara
acusou Eschewege de não tê-lo ajudado, mas êste estava muito ocupado, construindo um forno em Congonhas do Campo, na atual fazenda da Fábrica, onde
ainda hoje se podem ver as ruínas do velho estabelecimento.
Os suecos, mandados vir em 1811 por D. João VI para o funcionamento de
Ipanema, não estiveram à altura de seus contratos, por não serem especialistas,
não tendo passado o episódio de sua permanência no Brasil de "uma grotesca
aventura" no dizer seTero, mas justo, de Laboriau .
Eschewege terminou seu trabalho na fazenda da. Fát;rica obtendo na
Forja Patriótica (como foi denominada), a primeira corrida de gusa no Brasil
em 12 de dezembro de 1812, há 143 anos, portanto. Varnhagem foi encarregado
de terminar a construção dos fornos de Ipanema pondo-os a correr em 1.0 de
novembro de 1818.
Em 1817 aparecera no Brasll o notável engenheiro francês Monll'!vade, que
montou um alto forno em Caeté, Minas Gerais, e, mais tarde, em 1825, uma
fcrja catalã em São Miguel de Piracicaba, no vale do rio Doce, no lu~ar que
hoje tem o seu nome e onde se ergue a imponente usina da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira.
Em 1822, com o advento da Independência, retiraram-se do Brasil Eschewege
e Varnhagem. Monlevade morreu . Só as forjas catalãs lograram fazer escola
e se multiplicaram. Os fornos de Ipanema e de Fábrica entraram em declínio,
foram apagados e acesos diversas vêzes, para finalmente se extinguirem. Em
1860, o govêrno mandou fechar Ipanema, cujo funcionamento deixava a desejar,
por incompetência dos seus dirigentes, reza a crônica. Durante a guerra do
Paraguai, ela foi, porém, mandada reorganizar, sob a direção do capitão de
Engenharia Joaquim Murça, cuja administração é louvada por todos os que
a ela se referem. Em 1895, o estabelecimento foi fechado definitivamente, depois,
sobretudo, de uma grande ca mpanha do jovem engenheiro de minas Pandiá
Calógeras, que apontou os erros praticados e a impropriedade da região para
o desenvolvimento de uma indústria siderúrgica de vulto.
O problema da industrialização do Brasil logo após a nossa Independência,
complicava-se com os tratados existentes com a Inglaterra, que, desde 1810,
tinha o virtual monopólio do nosso comércio exterior. ~sse tratado terminou
em 1844 . Foi em conseqüência extinto o regime do livre câmbio e o Império
do Br a~il adotou a primeira tarifa protecion.tsta devida a Alves Branco, no
ministério Caravelas. •
Só, então, protegidas devidamente, começaram a surgir as indústrias pesadas. A mais importante de tôdas foi a que Mauá montou na Ponta da Areia,
em Niterói, a p artir de 1845. Constituíam-na uma fundição, oficinas mecânicas
e estaleiros. Chegou a ter 1 000 operários, o que mostra sua importância na
época," a Ponta da Areia prestou relevantes serviços durante a guerra do Paraguai, construindo navios e material de guerra. Fabricava tubos de gás, peças
fundidas e mecânicas de tôda espécie. Uma reforma tarifária em 1862 feita
por Ferraz, arruinou o empreendimento . Continuou a vegetar, passando de
mão em mão, até o comêço do presente século, mas não se desenvolveu para
dar ao país a indústria mecânica pesada, de que necessitava .
ação das Indústrias de São Paulo,
prensa Nacional, 1905.
157
•
•
História da Civilização Brasileira, Pedro Calmon, 3.• ed. Braslllana, 1937 .
Mauá, Alberto de Faria, 2.• ed. Bras!llana, 1933.
BOLETIM GEOGRAFICO
158
"Em tôrno de 1850", diz-nos Roberto Simonsen 7 "contava o país com pouco
mais de 50 estabelecimentos industriais incluindo algumas dezenas de salineiras.
Há referência a 2 fábricas de tecidos, 10 d~ indústrias de alimentação, 2 de
caixas e caixões, 5 de pequena metalurgia, 7 de produtos químicos, nas quais
estavam empregados capitais no valor de mais de 7 mil contos, que, ao câmbio
de então, representavam cêrca de 780 000 mil libras esterlinas".
Nessa época, fazia 59 anos, que, nos Estados Unidos, Hamilton escrevera
sua célebre memória, que constituíra todo o nedestal da industrializacão americana; dissera êle: "Do mesmo modo que as -crianças -têm necessidadé de proteção, da mesma maneira uma jovem indústria exige para se desenvolver a
tutela do Estado, sob a forma de uma tarifa alfandegária".• :Êste protecionismo
foi denominado nos Estados Unidos de "protecionismo educador" ou "infant
industry protection".
· Em 1876, deu-se um fato notável, para o desenvolvimento industrial do
país; a organização da Escola de Minas de Ouro Prêto, tendo à frente o grande
mestre francês Gorceix .
Os estudos realizados na Escola de Minas, por um lado, e o natural desen-volvimento do país, por outro, encorajaram algumas iniciativas: assim, em 1888,
os industriais Joseph Gerspacher, Amaro da Silveira e Carlos da Costa Wigg,
fundaram a Usina Esperança, perto de Itabira do Campo (hoje Itabirito) à
margem de bitola estreita da E . F. C . B . ; construiu-se 1 alto forno para seis
ton/24h. Em Burnier, no entroncamento da linha do centro da E.F.C.B., com
o ramal de Ouro Prêto, foi construído, pela Cia. Dr. J. Queirós, outro alto forno.
.Ambos funcionavam com carvão de madeira.
Em 1892, a Cia. Forjas e Estaleiros adquiriu a antiga fábrica de Monlevade
em São José do Piracicaba, e nela instalou martelos-pilões para espichar 2
tonel3:das de ferro por dia; em 1897 já produzia 3 a 4 toneladas; nessa ocasião
aproximaram-se os trilhos da Central do Brasil, trazendo ferro mais barato do
litoral; a fábrica teve de paralisar sua produção e a companhia faliu. O mesmo
destino teve uma forja construída no município de Mariana, pelo Dr. Ernesto
Betim Pais Leme, para produzir uma tonelada em 24 horas; fechou em 1894,
poucos meses depois de ter começado a trabalhar.
No início do século XX a situação da indústria pesada no Brasil era precaríssima; só um alto forno, o de Esperança, estava aceso, produzindo cêrca de
2 000 toneladas de ferro gusa por ano; cêrca de uma centena de forjas se espalhavam pelo interior do estado de Minas Gerais, fabricando, aproximadamente,
2 000 toneladas por ano de ferro em barra, em lugares desprovidos de comunicações . Iniciara-se a exportação de minério de manganês da região de BurnierOuro Prêto (160 000 toneladas), em 1902, mas isso era apenas mais uma atividade extrativa.
O balanço do século XIX é contristador no que se refere ao desenvolvimento industrial brasileiro e, mormente, no que diz respeito às grandes indústrias
metalúrgicas e mecânicas. O café nos deu boas rendas no fim do Império e houve
um certo afluxo de capitais estrangeiros para o país. Mas a situação política
-e a crise provocada com a lei de 13 de maio de 1888, não encorajaram os grandes
empreendimentos. O fator principal, entretanto, foi a oscilação na política
econômica. Depois de uma orientação firmemente protecionista, a exemplo dos
Estados Unidos, outros ministérios, passaram a mudar t'arifas e o resultado
foi desastroso. A indústria metalúrgica, como vimos, regrediu, e a mecânica
sofreu o impacto das pautas baixas de Rio Branco e Saraiva, em 187-1 e 1884,'
de tal forma que só as oficinas das estradas de ferro se apresentavam realmente
aparelhadas. A indústria mecânica particular era rudimentar, vindo a única,
de algum porte, que era a da Ponta da Areia, a definhar pelas condições
originadas pela importação. Cita-nos Roberto Simonsen que, em São Paulo,
se criou uma importante indústria de máquinas para o benefício e tratamento
do café, "em cuja composição, porém, entrava mais madeira do que ferro". 10
Op. citada.
Autarchie et Economie Complexe, Charles Hercson, cita o "Report In the Subject of
Manufactures", de A. Hamilton (Libralrle Technlque et Economlque", Paris, 1937) .
• Pedro Calmon, op. clt.
10 Roberto Slmonsen, op. clt.
7
8
CONTRIBUIÇA
Era o círculo vicioso: não havi
fabricado e não se empregava
haver produção nacional
•
A falta de indústria ll}ecar
neira: as i:Qdústrias do açucar .
importavam todos. os seus equJ
perdura ainda hoJe, em grande
Por outro lado, não cuidai}
não dispondo o país, nessa .
médio nem de escolas supen'
de qu'adros em to~os os escal
apenas à engenhana, mas a t
põem os homens para . as fun
XIX, foi aquela a que . s~ rel
quando morreu o maqmmsta
por Felisberto Caldeira Br~nt
ser abandonada, porque nao
quinas.u
Assim durante o século gl
a Inglate~ra atingiu o seu apo
neceu 0 Brasil estagnado n~ q
recursos. ·
A partir de 1900 .a situaç~c
Estávamos (como amda, ate
avalancha d~ capitais ~str~ngE
e nunca com a abundancm a
públicos: muito pouco para a
deu 0 ouro necessário para a .
do país nos apresento~ ~m me.
persistente nos per~ltm essa
Hamilton. A produçao da ~r.
mentos estrangeiros mais_ not
das usinas do Rio e de Sao P
A construção de estradas
govêrno Hermes da Fonseca,
4 737 quilômetros .
Em 1909-1910, Nilo Peçanl
tria siderúrgica em grande es
de transportes e facilidades· ~
pelo grande pioneiro que f01
siderurgia completa nas pro.
a ordem, e, por último, .a Lf
teria dado ao nosso J?als UJ
durante um longo penado eJ
do mundo.
Nos primeiros vinte anos
da Escola de Minas de ~uro
mais esclarecida a respc~to d
tados técnicos estrangeiros
ministro de Rodrigues Alve~
chefia de Orville Derby, e :
Paulo de Oliveira. Gonzaga
Sul começaram a ser estuda•
lhos de White, Gonzaga de <
Durante a l.a Guerra
Ficamos privados de quase
recursos próprios. Apr.en~en
não poderíam~s . _pr~scmdlr
maior auto-suflcienCla, em c
11
Jacegual, Memórias, apend.
CONTRIBUIÇAO
A
CI~NCIA
GEOGRAFICA
1sg
7
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indústrias de alimentação, 2 de
de produtos químicos, nas quais
de 7 mil contos, que, ao câmbio
libras esterlinas".
dos Unidos, Hamilton escrevera
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randegária".• li:ste protecionismo
cionismo educador" ou "infant
desenvolvimento industrial do
' Prêto, tendo à frente o grande
'Or um lado, e o natural desennas iniciativas: assim, em 1888,
lveira e Carlos da Costa Wigg,
do Campo (hoje Itabirito), à
ruíu-se 1 alto forno para seis
a do centro da E.F.C .B., com
Dr. J. Queirós, outro alto forno.
a antiga fábrica de Monievade,
artelos-pilões para espichar 2
3 a 4 toneladas; nessa ocasião
trazendo ferro mais barato do
! a companhia faliu. O mesmo
de Mariana, pelo Dr. Ernesto
)fi 24 horas; fechou em 1894,
ia pesada no Brasil era precara aceso, produzindo cêrca de
ma centena de forjas se espafabricando, aproximadamente,
tgares desprovidos de comunimganês da região de Burnier> era apenas .m ais uma ati-vi-
que se refere ao desenvolvirespeito- às grandes indústrias
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, não encorajaram os grandes
foi a oscilação na política
protecionista, a exemplo dos
nudar tarifas e o resultado
nos, regredil,l, e a mecânica
) e Saraiva, em 1874 e 1884,"
o se apresentavam realmente
rudimentar, vindo a única,
a definhar pelas condições
nonsen que, em São Paulo,
ra o benefício e tratamento
ais madeira do que ferro". 10
a o "Report in the Subject ot
omique", Paris, 1937) .
Era o círculo vicioso: não havia consumo para o ferro e, por Isso, êle não era
fabricado, e não se empregava ferro, porque era necessário importá-lo, por não
haver produção nacional . ..
A falta de indústria mecânica e metalúrgica se refletia ainda doutra maneira: as i:Qdústrias do açúcar (datando do século do descobrimento) e a têxtil
importavam todos os seus equipa,mentos, os mais simples. Aliás, essa situação
perdura ainda hoje, em grande parte.
Por outro lado, não cuidamos da formação tecnológica da nossa mocidade,
não dispondo o país, nessa época, nem de ensino profissional primário e
médio, nem de escolas superiores, em número suficiente, para a preparação
de quadros em todos os escalões da hierarquia. E não nos queremos referir
apenas à engenharia, mas a tôdas as outras formas de atividade que predispõem os homens para · as funções de gerência. A situação, durante o século
XIX, foi aquela a que se referiu o almirante Jaceguai, em suas Memórias;
quando morreu o maquinista do primeiro navio de vapor adquirido no Brasil,
por Felisberto Caldeira Brant (depois marquês de Barbacena), a nau teve de
ser abandonada, porque não havia na Côrte quem pudesse operar suas máquinas. u
Assim, durante o século glorioso do carvão e da máquina de vapor, quandcr
a Inglaterra atingiu o seu apogeu e o mundo começou a se mecanizar, permaneceu o Brasil estagnado no que diz respeito à industrialização de seus imensos
·
recursos. ·
A partir de 1900 a situação mostrou tendências para uma mudança sensível.
Estávamos (como ainda, até certo ponto, estamos hoje ), à espera de uma
avalancha de capitais estrangeiros. li:les vieram mais tarde, embora lentamente,
e nunca com a abundância anunciada, e, mais ainda, sobretudo para serviços
públicos: muito pouco para a industrialização de base. O café, entretanto, nos:
deu o ouro necessário para a importação de equipamentos: o desenvolvimento
do país nos apresentou um mercado ávido, e um protecionismo alfandegár~o mais
persistente nos p ermitiu essa "infant industry protection", a que se referiu
Hamilton. A produção da energia elétrica chegou, como um dos empreendimentos estrangeiros mais notáveis que se realizaram entre nós: a construção
das usinas do Rio e de São Paulo . da chamada "Light & Power".
A construção de estradas de ferro prosseguiu em ritmo acelerado. tendo, no
govêrno Hermes da Fonseca, atingido um record nunca depois ultrapassado:
4 737 quilômetros .
Em 1909-1910, Nilo Peçanha estabeleceu concessões para a criação da indústria siderúrgica em grande escala, oferecendo garantias de co!\ê.umo, facilidades
de transportes e facilidades· portuárias. Em 1911, surgiu um proJeto apresentado
pelo grande pioneiro que foi Trajano de Medeiros para a construção de uma
siderurgia completa nas proximidades de Juiz de Fora; dificuldades de tôda
a ordem, e, por último, a 1.a Guerra Mundial fizeram esboroar uma obra que
teria dado ao nosso país um impulso poderoso, preenchendo enorme lacuna
durante um longo período em que ficamos mais ou menos apartados do resto
do mundo.
Nos primeiros vinte anos do século corrente começamos a colhêr os frutos
da Escola de Minas de Ouro Prêto. Notou-se a formação de uma mentalidade
mais esclarecida a respeito dos problemas de produção mineral. Foram contratados técnicos estrangeiros para dirigir estudos no Brasil. Miguel Calmon,
ministro de Rodrigues Alves, dividiu o país em três zonas geológica.~:, sob a
chefia de Orville Derby, e as entregou à direção de especialistas brasileiros:
Paulo de Oliveira. Gonzaga de Campos e Antônio Olinto . Nossos carvões do
Sul começaram a ser estudados mais cuidadosamente, sobressaindo-se os trabalhos de White, Gonzaga de Campos e Eusébio de Oliveira.
Durante a 1.a Guerra Mundial o Brasil adquiriu uma dura experiência.
Ficamos privados de quase tudo e tivemos de aproveitar ao máximo nossos
recursos próprios. Aprendemos a dar-lhes maior valor e 'compreendemos que
não poderíamos prescindir de certas iniciativas industriais que nos dariam
maior auto-suficiência, em caso de isolamento da Europa e dos Estados Unidos.
u
Jaceguai, Memórias, apend. História da Clvlllzaçê.o Brasileira, Pedro Calmon, 3.• ed., 1937 .
160
CONTRIBUIÇAI
BOLETIM GEOGRAFICO
No govêrno Epitácio, dois fatos importantes precisam ser postos em relêvo:
em primeiro lugar, o ministro da Agricultura, Dr. Simões Lopes, mandou fazer
na Europa, pelo professor Fleury da Rocha, estudos sôbre o aproveitamento
dos carvões do Sul para fabricação de coque metalúrgico; êsses trabalh0s foram
definitivos e tiveram uma influência decisiva sôbre a implantação da nossa
grande siderurgia ; em segundo lugar, apareceu uma sociedade, a Itabira Iron
Ore Co., solicitando concessões para o estabelecimento de .&mprêsas de mineração, de transportes, portuárias e siderúrgicas; os favores pedidos, importando
em verdadeiro monopólio de exportação dos minérios de Itabira, levantaram
enorme celeuma no país; durante vinte anos, tôdas as iniciativas de vulto,
objetivando a utilização de nossos minérios de ferro, ficaram em susl)enso; se
a Itabira Iron Ore Co. conseguisse os favores pleiteados, ninguém poderia
concorrer com ela; o contrato aprovado pelo Executivo e a que o Tribunal de
Contas negou registro, não admitia o transporte de minérios de terceiros na
"estrada de ferro industrial" da companhia, nem o seu carregamento no "embarcadouro", que seria. construído 60 milhas ao N de Vitória . Só por decreto
de 11 de agôsto de 1939 foi declarado caduco o contrato, que só não entrara
em vigor por não ter sido completado por outros atos que competiam ao govêrno
do estado de Minas Gerais .
Durante êsse período de 1920 a 1930 o fato mais importante foi a formação
da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, com sede em Sabará, Minas Gerais.
Adquirindo pequena usina, aí construída por brasileiros beneméritos (Cristiano
Guimarães, Amaro Lanari, Gil Guatimosin e outros), ela começou a trazer para
o Brasil a experiência de um poderoso grupo europeu, a "Arbed", com sua!!
usinas principais no Luxemburgo.
Chegamos, assim, a 1930, com uma produção de 36 .000 toneladas de ferro
gusa, em 11 altos fornos de carvão de madeira e de 30 .000 toneladas de laminados em pequenos laminadores, de concepção antiga. A extração de carvão
de pedra, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, era apenas de 330 000
tons/ano. A indústria mecânica progredira sensivelmente, mas nada se assemelhava à "indústria mecânica pesada", cujas máquinas fazem máquinas! eram
oficinas de manutenção, ou de fabricação de objetos correntes, usados pelo
grande público: fogões, artigos sanitários, ferramentas agrícolas rudimentare11
e certas máquinas para café (em cuja construção a madeira continuava a figurar, substituindo o aço e o ferro-maleável). ·
O movimento da indústria pesada permanecia num ritmo pouco acelerado.
Mas os fatôres, que lhe iam mudar a velocidade, já existiam e começaram a
desempenhar seu papel: havia num melhor conhecimento das matérias-primas
domésticas; o mercado consumidor era sensível; técnicos nacionais apareciam,
não formados pelo govêrno, mas espontâneamente preparados na Europa, nos
Estados Unidos ou em nossas escolas; o sentimento da defesa nacional nas
classes armadas tomara feição moderna e exigia maior auto-suficiência; a
Escola Técnica do Exército (novo órgão para a formação de engenheiros militares) teve sua origem com a reorganização do ensino, quando foi mir..istro da
Guerra o general Alberto Cardoso de Aguiar; e, mais do que nunca, o movimento
de 1930, como tôda transformação política súbita trouxera um ímpeto que iria
ser aproveitado . Tivemos o exemplo do que vale um "pensamento diretor";
embora hesitando diante da complexidade dos problemas e da escassez dos
recursos, o chefe do govêrno, presidente Getúlio Vargas, manteve viva a idéia
e nomeou várias comissões para estudar diversos aspectos das soluções Rpresentadas . Atendendo ao programa da Comissão Nacional de Siderurgia e às constantes sugestões do Estado Maior do Exército, prestigiou a construção da usina
de Monlevade da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, fazendo o prolongamento do ramal da E .F.C .B. de Santa Bárbara e São José da Lagoa (hoje
Nova Era). Em 1937 começou êsse estabelecimento a funcionar, com 2 altos
fornos de carvão de madeira, de 100 tons/24 h cada um. Em visita à instalação,
em 1938, pôde o presidente da República fazer anunciar que o govêrno iniciaria
.breve as medidas para a construção de outra grande usina, essa com coque
.siderúrgico e para a produção de produtos planos e grande perfis. Estava decidida, assim em princípio a implantação de uma indústria de porte, com funcionamento normal, isto é, sem carvão de madeira.
Em 1939, com efeito, após gestão do ministro Osvaldo Aranha em Washington,
e de hábil ação do embaixador Carlos Martins, convidava o govêrno brasileiro
um poderoso grupo americano
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CONTRIBUIÇAO
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GEOGRAFICA
161
um poderoso grupo americano para, com interêsses privados nossos e o próprio
Tesouro Nacional, vir construir aqui uma usina com coque, de dimensões
comuns. 1•
A comissão que os americanos enviaram ao Brasil, opinou favoràvelmente
à. idéia, escrevendo excelente relatório, mas a guerra que irrompera na Europa,
destruiu as esperanças dos que desejavam essa colaboração.
Foi, então, que o govêrno brasileiro decidiu assumir a responsabilidade de
levar avante o empreendimento de qualquer modo, e nomeou a Comissão Executiva do Plano Siderúrgico, sob a presidência do Dr. Guilherme Guinle. Em
1946, elevada a produção do carvão catarinense para 800 000 toneladas ; construído o lavador de Tubarão que permitiu obter carvão metalúrgico; concluído
gigantesco trÇ!balho na E.F . C .B . ; adquirida uma frota carvoeira; abertas novas
frentes de calcário e de minério de ferro em Minas Gerais - correu gusa pela
primeira vez no alto forno n. 0 1 de Volta Redonda! Era indiscutivelmente um
marco na industrialização do país .
A produção nacional de aço, que já aumentara com Monlevade, começou a
subir mais ràpidamente. E logo, também, a indústria de transformação. Inúmeros estabelecimentos se criaram em São Paulo, sobretudo, mas igualmente
no Sul, no Distrito Federal, no estado do Rio e em Minas Gerais . As im;talações
da Companhia Siderúrgica Nacional custaram US$ 45 000 000,00, obtidos por
empréstimo no Banco de Exportação e Importação de Washington D .C., e cêrca
de Cr$ 2 000 000 000,00 de que parte foi convertida em dólares para a aquisição
de mais equipamento, de navios e para o pagamento de fret es, seguros e serviços
de engenharia nos Estados Unidos .
Volta Redonda pode produzir chapas até 1m,66 de largura e 14 metros de
1:0mprimento . Seu laminador de chapas grossas foi adquirido, visando à construção naval; com efeito, consultado o Ministério da Marinha, verificou-se que
as necessidades previsíveis eram em cêrca de 90 %, de largura inferior à citada.
Todos os perfis navais podem ser, do mesmo modo laminados em Volta Redonda.
Com o funcionamento da nova usina siderúrgica. as indústrias de caldeiraria e de serralheria pesadas entraram a crescer, embora lentamente ; a forja
também progrediu, mas devagar; a fundição e a mecâ nica de porte estão
ensaiando seus passos; já podemos fundir peças de até 40 toneladas mas, em
geral, temos dificuldades de usiná-las, porque nos faltam máquinas adequadas
para isso: grandes tornos, plainas, fresadoras, furadoras, etc.
A própria C . S. N. acabou de pôr em funcionamento uma serralheria para
a construção de estruturas pesadas, destinadas a edifícios, pontes, viadutos,
tôrres, etc . É o que há de mais moderno na es!}ecialidade e qualquer trabalho
do ramo poderá ser executado nas novas oficinas .
Muito de propósito não citamos até agora o equipamento das fábricas militares, mas o que existe acumulado em material e experiência nos arsenais e
fábricas da Marinha e do Exército representa enorme aquisição, a serviço do
progresso nacional.
A indústria siderúrgica está em pleno desenvolvimento entre nós.
A Companhia Siderúrgica Nacional t erminará antes do fim do corrente ano
sua primeira expansão e ficará apta a produzir 160 000 toneladas de lingotes
de aço a mais do que no ano passado (em que produziu 590 000) . A Companhia
Siderúrgica Belgo-Mineira está aumentando a usina de Monlevade que dobrará
a produção até dezembro de 1956, o que significa também, mais 160 000 toneladas
de lingotes de aço. A Companhia Mannesmann, em Belo Horizonte, funciona
no momento com aço de Volta Redonda, mas terminará ainda êste ano seu
departamento metalúrgico, em que fabricará 125 000 toneladas de lingotes. A
Companhia Aços Especiais rtabira, em Coronel Fabriciano (Minas) . no vale do
rio Doce, se especializa no fabrico de aços que não são feitos em Volta Redonda
e terminará a montagem de novos fornos e laminadores em princípios de 1958,
podendo correr mais 85 toneladas de lingotes do que atualmente; finda, no
momento, a construção de uma usina hidrelétrica de 48 000 kW. Aços Vilares
em São Paulo, segue o mesmo caminho visando a acrescer de 15 000 toneladas
de lingotes de aços especiais por ano a sua presente produção. Alguns outros
pequenos empreendimentos se estão preparando para fundir mais 75 000 tone12
United States Steel Corp.
CONTRIBUIÇA
162
BOLETIM GEOGRAFICO
ladas de lingotes. Gradualmente, atingiremos, em 1958, 1 800 000 toneladas de
lingotes de aço.
Volta Redonda que é a única usina a laminar grande tonelagem de chapas,
está com segunda expansão estudada, para produzir mais 250 000 toneladas de
lingotes, elevando sua quota no cômputo nacional, a 1 000 000 de toneladas; o
projeto inicial previu isso. de forma que, então, alcançará ela o máximo de
rendimento. Êsse acréscimo, que deverá ser iniciado proximamente, deverá.
terminar em 1959. Em 1960 o Brasil atingirá, assim, 2 000 000 de toneladas de
lingotes, correspondendo a 1 500 000 toneladas de laminados, das mais variadas
espécies de aço.
Será isso excessivo para o nosso país?
O ilustre metalurgista Robert F. Hehl, professor do Carnegie Institute of
Tchnology, de Pittsburgh, apresei).tou, em maio de 1952, um relatório sôbre a
indústria metalúrgica no Brasil, tendo sido o estudo feito a pedido da Comissão
Mista Brasil-Estados Unidos para Desenvolvimento Econômico. Chegou êle
à conclusão de que necessitaremos, em 1960 de cêrca de 1 700 000 toneladas
de aço, e, em 1980 de 6 000 000 de toneladas. O Conselho Nacional de Minas e
Metalurgia fêz, ao mesmo tempo e sem conhecimento do trabalho referido, um
levantamento das necessidades nacionais, chegando à cifra de 2 500 000 toneladas de lingotes em 1960, com uma estimativa extremamente moderada; isso
corresponde a 1 860 000 toneladas de laminados e não se considerou na pesquisa,
senão uma modesta fabricação de caminhões e de máquinas no país; se . essas
indústrias se desenvolverem, como se prevê, o consumo será muito maior.
Com efeito, convém ter presente a seguinte observação da Comissão Econômica da ONU para a Europa, no relatório publicado em 1953: o uso do aço é
de dois tipos: há uma parte que entra em construções permanentes, como edifícios, portos, estradas de ferro {via permanente) pipe-lines, etc.; outra parte, a
mais importante, se emprega na produção de máquinas, ferramentas, veículos
e utensílios de tôda sorte. A primeira categoria corresponde a 25 % da produção
de aços nos países industrializados; os laminados usados nas construções permanentes não exigem muita transformação para serem utilizados; em algun casos,
como os trilhos, são empregados como vêm das usinas siderúrgicas; não produzem muita sucata,_porque têm uso prolongado e às vêzes não voltam mais aos
fornos, como os vergalhões que armam o concreto. Os da segunda rategoria
correspondem a 75 % da produção dos países industrializados; na maioria dos
casos, os laminados que entram na fabricação de máquinas sofrem transformação
radical, depois que deixam a usina siderúrgica; são forjados, usinados, re.:obertos,
tratados térmica e quimicamente; êsses trabalhos exigem técnica especializada.
Para que se tenha idéia nítid_a da diferença entre os dois grupos apontados,
basta considerar-se que, nos Estados Unidos, o consumo para instalações fixas
{1. 0 tipo) é de 119 quilos por habitante, e, para produção de máquinas, veículos
e equipamentos {2. 0 tipo), 448 quilos; a produção guarda a mesma proporção
na Inglaterra, na BélglCa, na Suécia, etc. o consumo brasileiro é quase todo do
primeiro tipo e tende a crescer ràpidamente, à medida que progredirmos nas
fabricações dá segunda categoria.
Como enfrentar desde já o deficit previsível?
Há, no momento dois projetos em potencial: um, apoiado em lei, com
crédito de Cr$ 2 500 000 000,00 no "Plano do Carvão", para construção de uma
usina em Santa Catarina; outro idealizado por um grupo· paulista, que estuda
a construção de uma usina em Santos, com o auxílio dos governos estadual e
federal, e com subscrição particular; êsses dois empreendimentos não farão,
somados, menos de 450 000 toneladas de lingotes, sendo que a usina santista
se destina à produção de chapas largas em bobinas. Se forem iniciados nos
próximos dois anos, poderão estar terminados em -1960, fazendo crescer a produção nacional para 2 450 00 toneladas de lingotes, o que nos colocará dentro
da previsão do Conselho Nacional de Minas e Metalurgia.
O consumo per capita em nosso país se elevará, então, a 40 quilos por
habitante, o que é uma cifra extremamente modesta, como se pode ver no
quadro junto. Os projetos em curso e os que estão em estudos são perfeitamente
sãos, correspondendo ao acréscimo normal do mercado brasileiro .
No Brasil, porém, não existe apenas a metalurgia do ferro . Há outros
metais que já fig11ram em nossas estatísticas de produção e que precisam ser
dtados. Em primeiro lugar, o
das minas mais profun~as do 1
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A metalurgia do alumm~o
primeira usina, obra de Rene I
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a segunda, graças a _capacidadt
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muito a fazer . ~este ~etor, m
possuímos matenas-pnma:s err
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o consumo vai a 28 000; ai, Igu:
existe a prata, que é recupera
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.e de ~oncentrados importado~
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grandes dimensoes. ~ Brasil
relhamento para usmas d~
Será o complemento ~as fabJ
brasileira, associa~a _a Man,
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e monta agora uma fa~nc_a
outras fábricas de cammhoe
que fazem material rodante,
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e veículos por ano nao poo
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CONTRIBUIÇAO
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e laminados, das mais variadas
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' cêrca de 1 700 000 toneladas
Conselho Nacional de Minas e
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não se considerou na pesquisa,
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tções permanentes, como edifípipe-lines, etc.; outra parte, a
áquinas, ferramentas, veículos
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1sados nas construções perma)m utilizados; em algun casos,
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exigem técnica especializada.
e os dois grupos apontados,
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A
CIJl:NCIA
GEOGRAFICA
163
citados. Em primeiro lugar, o ouro, retirado de minério que é extraído numa
das minas mais profundas do Mundo, por uma companhia pertencente a inglêses, a St. John d'El Rei Gold Mines Co., em Nova Lima, Minas Gerais . Nossa
produção é de cêrca de 4 000 quilos por ano, há muito tempo: recupera-se o
arsênico (800 e 900 tons/ano). Há planos para aumentar a extração .
A metalurgia do alumínio está hoje seguramente implantada no Brasil; a
primeira usina, obra de René Giannetti, está funcionando em Saramenha, próximo a Ouro Prêto; produz 1 500 toneladas de alumínio em lingotes por ano;
a segunda, graças à capacidade realizadora do Ermiro de Morais, está entrando
em operação i'!m São Paulo (estação de alumínio, da E. F. Sorocabana);
inicia-se com a produção de 6 000 tons/ano, mas deverá ser ràpidamente ampliada. Produzimos portanto, 7 500 toneladas, para um consumo de 1e 000; há
muito a fazer neste setor, mas poderemos conseguir auto-suficiência, porque
possuímos matérias-primas em abundância e nos apoderamos de uma técnica
que, por muito tempo foi conservada num círculo fechado.
Temos, também, uma certa produção de chumbo: 3 150 toneladas, em 1953:
o consumo vai a 28 000; aí, igualmente, precisamos trabalhar. Ligada ao chumbo,
existe a prata, que é recuperada (6 000 quilos em 1953).
O estanho, de que necessitamos 1 300 tons/ano, já é produzido em Barra
Mansa, da cassiterita de vários pontos do país (principalmente de Minas Gerais)
e de concentrados importados; a matéria-prima nacional, por enquanto, con-corre apenas com 20% do metal produzido no país . Mas, neste caso, vale-nos,
.como no do alumínio, o know how conseguido.
Há um grande esfôrço para produzir cobre no país: nossas necessidades vão
além de 40 000 tons/ano; há probabilidade de estarmos breve utilizando minérios
do Rio Grande do Sul e da Bahia, para uma produção de parte dêsse consumo.
É, entretanto, apenas uma perspectiva.
Nossa produção de ferro-ligas (ferro-manganês, ferro-silício, ferro-silíciomanganês) sobe a cêrca de 11 000 tons/ ano. Está sendo acrescida com novo
forno que entrou em funcionamento na Electroquímica Brasileira, de Ouro Prêto,
e existem projetos em andamento, inclusive um da própria C.S.N. As importações atuais ainda são volumosas.
Finalmente, aprestam-se as Companhias Aços Especiais Itabira e Siderúrgica Nacional para montar prensas hidráulicas possantes em Acesita e em Volta
Redonda. O país terá então possibilidades para forjamento de grandes peças que
êle não tem atualmente: eixos de motores, árvores de navios, hastes de sondas, etc .
Volta Redonda já pode fundir peças de aço e de ferro (acima de 40 toneladas) em suas fundições: com despesas moderadas é possível, mesmo, chegar à
fundição de peças de mais de 100 toneladas.
Isso permitirá o advento da indústria mecânica pesada: Há uma comissão
nomeada recentemente pelo govêrno para êsse fim sob a presidência do general
Berenhauser. O objetivo é organizar uma companhia, tanto quanto possível
privada, para montar uma oficina mecânica de porte, podendo usinar peças de
grandes dimensões. O Brasil passará a produzir fábricas de cimento, todo o aparelhamento para usinas de açúcar, laminadores, material elétrico pesado, etc.
Será o complemento das fábricas Krupp (Jundiaí, São Paulo)
da IRFA (esta
brasileira, associada à Man, no D. F.), ambas para fabricação de locomotivas
elétricas, diesel-elétricas e diesel-hidráulicas (a IRFA está em funcionamento
e monta a gora uma fábrica moderna de motores diesel) ; da Mercedes Benz e
outras fábricas de caminhões; da Cobrasma e da Fábrica Nacional de Vagões,
que fazem material rodante, etc.
Um país, como o nosso, que importa 6 a 7 bilhões de cruzeiros de máquinas
e veículos por ano não pode deixar de representar um mercado estlmulador
vara manufaturas internas . É o que está acontecendo .
Examinemos ainda mais o quadro n.o 3 . Vemos, desde logo, o enorme surto
industrial do país, que revela o seu progresso econômico.
Houve um certo desequilíbrio no desenvolvimento industrial do Brasil. A
não ser a indústria siderúrgica, cujo crescimento obedeceu, em parte, a um
pensamento diretor do próprio govêrno federal (como ressaltamos anteriormente), e a do cimento, cujo aumento resultou de estudos feitos pelos próprios par-
e
164
BOLETIM GEOGRAFICO
ticulares, mas sobretudo, pela 4ssociação Brasileira do Cimento Portland, os:
outros setores foram sendo desenvolvidos sem planejamento adequado . Cresceu
enormemente a produção de bens de consumo, utilizando principalmente matérias-primas produzidas pelo próprio govêrno de Volta Redonda, e não se aumentaram as indústrias básicas químicas, metalúrgicas e mecânicas . A capacidade
de nossas fábricas de vagões raramente foi utilizada como devia. Nenhum estaleiro para construção de nossa frota mercante se aparelhou devidamente, poisque o mercado n acional é por demais incerto, mas o Brasil adquiriu n avios no
estrangeiro e continua a fazê-lo, mesmo depois de produzir chapas largas .
O que estamos apontando é o resultado da ausência de uma polític!l segura
de industrialização. Importamos fábricas inteiras para a indústria têxtil, masimpedimos a entrada no país de uma das melhores e mais tradicionais organizações para fazer teares e outros equipamentos de fiar e tecer; fechamos nossa11·
portas a fábricas de caminhões, automóveis e tratores que aqui desejaram estabelecer-se abrindo a importação (controlada) a produtos que começam a ser
produzidos entre nós, não estimulamos o crescimento de indústrias fundamentailii.
Na aquisição de bens-capital não discriminamos entre os que vão produzir bens
de consum'o correntes e os que servem para produzir ferramentas, equipamento:!!
e matérias-primas especiais . Aí está a razão pela qual nosso progresso industrial
não tem tido o ritmo que muitos desejam.
Estamos agora perfeitamente convencidos de que não poderemos fazer prosperar indefinidamente indústrias de transformação baseadas na importação de
matérias-primas e de ferramentas e e~uipamentos comuns. Para que essa importação fôsse praticável, seria indispensável exportar, sejam as próprias manufaturas, sejam outras mercadorias . Ora, no nosso caso, a exportação de produtosmanufaturados nos põe imediatamente em concorrência com as grandes naçõesindustriais, de onde nos vêm as matérias-primas, que trabalhamos em máquinas
delas também importadas. A fragilidade do sistema é evidente. Por outro lado.
nem sempre é possível o aumento rápido das exportações de mercadorias agropecuárias ou minerais .
Essa insuficiência de nossos meios de troca nos tem levado a afirmar fre qüentemente que, ou produziremos dentl'o de nossas fronteiras os elementos básicos para a vida de um povo livre, ou definharemos irremediàvelmente, baixando ainda mais o padrão de nossa gente, cujo número aumenta com rapidell ..
Nossa posição singular como abastecedor do mercado internaconal, ~::m relação a todos os produtos que poderemos oferecer, exceção do café, algodão e
cacau, deu ensejo à conhecida observação de Normano: "O Brasil é fornecedor
mundial em época de emergência, quando uma deficiência de suprimento elfilva
os preços e permite a competição de produtos de alto custo . A supremacia do
Brasil usualmente corresponde aos períodos do primeiro aparecimento de um
produto em grandes quantidades nos mercados mundiais. Trata-se de uma
economia frágil, de um aumento de quantidade e não de qualidade, pois os altos
preços dêsses períodos nos estimulam a produzir mais, mas não a produzir
mais barato. Os proveitos são oriundos da quantidade e não devidos a melhore3
métodos de produção".
A asserção é velha, mas vale ainda hoje, porque não modificamos nossa.·
métodos de produzir.
A industrialização de um país não é apenas um problema para engenheiroa
e economistas. É um movimento mais profundo: uma atitude nacional.
Certo, há fôrças naturais que aceleram a industrialização de uma região,
como a existência de fontes de energia fàcilmente aproveitáveis, a disponibilidade de um vasto mercado interno, a adaptabilidade do território aos meios de
transport e de grandes massas e a ausência de peias filosóficas ou crenças que
condenem a utilização da máquina. Mas a compreensão exata das elites, a
atitude dos homens de direção econômica e política, o seu patriotismo E' devotamento à causa geral, a sua capacidade de não oporem os seus mesquinhos interêsses aos do programa nacional, geram as condições para a criação de uma
indústria moderna.
Na implantação das indústrias pesadas a aquisição de instalação de máquinas é alguma coisa, mas não é tudo; tudo é a existência de uma consciência
industrial nas classes dirigentes que sobreponha às vantagens imediatas de um
liiistema comercial, às de um sistema de produção interna que, não diminuindo
o primeiro senão modificando-r
. país em b'ase~ _n:uito mais segl
e alguns sacnflc1os.
o que impression.a, P?r exe
só o aproveitamento mt~llgent~
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Tem-se a impressao, no estudo
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uma função pública . O mteres~
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peitada e auxiliada por todos.
Um sentimento semelh9;nte
geral, nos países indu~triallza;d
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Meus senhores :
creio firmemente na indu:
a uma realidade e a uma nec
indústria pesada o demonstra
poder realizar essa obra para
gerações . Ponl}amos no trab2
e nossos coraçoes. _
Foi uma grande honra pa
do Itamarati, a tese qu~ me d{
todos os meus agradec1mento .
PRODUÇÃO
(Lingote:
Est ados Unidos . · · · · · · ·
Reino Unido . · · · · · · · · ·
3 _ Alemanha Ocidental
4 - França .. ... · · · · · · · · · · ·
1 _
2 _
5 -
J:l;Pá:O · · · · · · · · · · · · · · · · ·
6 - BelglCa . . . · · · · · · · · · · · · ·
7 - Itália . ... · · · · · · · · · · · · ·
8 - Canadá . · · · · · · · · · · · · ·
9 _Luxemburgo . . · · · · · · · ·
10- Sarre . .. ... ... · · · · · · · · ·
11 - Austrália . .. · · · · · · · · · ·
12- Suécia ... · · · · · · · · ·
13- índia . . . · · · · · · · · · · · ·
14 - Austria .. . · · · · · · · · · · · ·
15 _ Africa do Sul .. · · · · · ·
16- Brastl .. . . · · · · · · · · · · · ·
17 .:._ Espanha . . . · · · · · · · · · ·
18 - Holanda . . ... · · · · · · · · · ·
19 - Iugoslávia
Fico
sileir~ do Cimento PortJand, os
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utilizando principalmente matéVolta Redonda, e não se aumen·icas e mecânicas. A capacidade
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mas o Brasil adquiriu navios no·
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que não poderemos fazer pros;ão baseadas na importação de
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que trabalhamos em máquinas
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nos tem levado a afirmar freas fronteiras os elementos háremos irremediàvelmente, bainúmero aumenta com rapidelil.
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primeiro aparecimento de um
mundiais. Trata-se de uma
não de qualidade, pois os alto~
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que não modificamos nossa.·
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uma atitude nacional.
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aproveitáveis, a disponibilide do território aos meios de
as filosóficas ou crenças que
reensão exata da.s elites, a
o seu patriotismo e devotaem os seus mesquinhos inteões para a criação de uma
ão de instalação de máquistência de uma consciência
vantagens imediatas de um
nterna que, não diminuindo
CONTRIBUIÇAO
A
CI:I!:NCIA
GEOGRAFICA
16S.
o primeiro, senão modificando-lhe a estrutura, irá fortificando a economia do
país em bases muito mais segura.s. Isso não se faz sem um enorme esfôrço
e alguns sacrifícios .
O que impressiona, por exemplo, na industrialização da Inglaterra., não é
só o aproveitamento inteligente dos recursos naturais dentro das possibilidades
abertas pelas "grandes invenções", mas ainda a vontade coletiva da nação e
de seus governantes, posta em prática para o aproveitamento dêsses recursos.
Tem-se a impressão, no estudo da histól'iR econômica da Grã Bretanha, de queninguém seria capaz de cometer algum ato que retardasse sequer a expansão
industrial do país. É a compreensão perfeita de que o interêsse de cada um
é servido com a satisfação do interêsse geral. A política inglêsa demonstrou
uma superioridade inigualável. Como obsertou Georges Bry, a Inglaterra conseguiu passar todo o século XIX sem revoluções, enquanto os outros povos se
enfraqueciam em lutas intestinas: as guerras externas e a sua política internacional dominadora de então deram-lhe o domínio dos mares e a posse de matérias-primas em todos os continentes.
Seria possível entre nós organizar, no momento, algum órgão semelhante
ao Iron and Steel Board da Inglaterra? Sua função oficial "é promover o
suprimento eficiente, econômico e adequado, de aço e ferro, dentro de condições
de concorrência". Tem-se a impressão de que produzir tornou-se para os inglêses
uma função pública. O interêsse gera:I nunca é esquecido, de forma que a atividade produtora corresponda, de fato, aos anseios nacionais, e seja, por isso. respeitada e auxiliada por todos.
Um sentimento semelhante se nota hoje nos Estados Unidos e, de maneira
geral, nos países industrializados da Europa. A idéia de responsabilidade para
com o consumidor existe e é uma das belezas da função de produzir numa
indústria.
Meus senhores:
Creio firmemente na industrialização do nosso país porque ela corresponde
a uma realidade e a uma necessidade. O movimento que se operou em nossa
indústria pesada o demonstra. Há ainda muito que fazer. l!:sse privilégio de
poder realizar essa obra para o Brasil é nosso. .Não o deixemos para futuraa
gerações. Ponhamos no trabalho nossas energias físicas, nossas inteligências
e nossos corações .
Foi uma grande -honra para mim desenvolver aqui, neste elevado ambiente
do Itamarati, a tese que me deu a Comissão de Assistência Técnica. Apresento a
todos os meus agradecimento.
PRODUÇÃO MUNDIAL DE AÇO EM 1954
(Lingotes, toneladas de 1 016 quilos)
1-2 -3 -4-5--
6 -7 -8-9 -10--
11 -12 -13-14 -15 -16 -17 ~
18 -19 --
Estados Unidos . ....... . ........ . . ..... . .
Reino Unido .... ... .......... .... . ..... .
Alemanha Ocidental ......... . ........ . . .
França ... . .. .... ....... .... .. ... .. . . ... .
Japão .. .... .. . .. ....................... .
Bélgica .. . . . .. .. .......... . . ....... ..... .
Itália ...... ........ . ................... .
Canadá . ... . ..... .. . ..... . . . ..... .... .. .
Luxemburgo ... .. . .. . . ............... . .. .
Sarre ... .............. . ... .. . ... ... .. .. .. .
Austrália ...... . .... .. . .. .. ...... ..... .. .
Suécia ........ . ...... ..... ........ ... .. . .
índia ...... ..... .... .... ... ..... ....... .
Austria .. . .... . ..... ..... ... . . . ... ....... .
Africa do Sul .... . ..... .. .............. .
Brasil .................................. .
Espanha ............................... .
Holanda ... .............................. .
Iugoslávia .............................. .
78 850 000 lingotes
toneladaa
,
,
18 520 000
17 160 000
10 460 000
,
7 700 000
"
4 850 000
4 130 000
,
,
2 850 000
,
2 780 000
"
2 760 000
,
2 130 000
,"
1810 000
"
1680 000
"
,"
1630 000
"
1360 000
"
1140 000
"
"
1080 000
"
,"
910 000
",
600 000
"
.
BOLETIM GEOGRAFICO
166
2021 22 23 -
México ................................. .
Chile .................................... .
Finlândia .............................. .
Outros países ........................... .
OONTRIBUIÇAI
460 000 lingotes toneladas
320 000
170 000
"
56 240 000
..
..
Produçr
Fonte: The Financial Times, 28 de fevereiro de 1955.
Ano
CONSUMO DE AÇO "PER CAPITA"
(Kg de lingote)
Média 1937/38
1953
623
319
319
316
295
248
215
203
188
87
Estados Unidos . ... ......... .................... .
Reino Unido .. ... .. ...... ...................... .
Suécia ........................ · · · · · · · · · · · · · · · · · ·
Canadá ........................................ .
Alemanha' . ...... ...... ... .... . . ... .... ........ . .
Austrália • ...................................... .
Bélgica-Luxemburgo ... ............ . ............ . .
Holanda ... ..... .... . . ......... . ................ .
França • ... .... . . ............ .. ........ . ........ .
Itália ......... ......... ....... ...... ....... .. .... .
290
223
245
154
272
194
161
151
131
56
Fonte: The Financial Times, 28 de fevereiro de 1955.
Consumo de aço do Brasil em 1954:
37 kg de lingote/J:abitante
Consumo de aço de São Paulo, Minas Gerais. estado do Rio e Distrito Federal
(juntos) :
77,3 kg de lingote/habitantes.
1921
1925
1930
1935
1940
1945
1946
1947
1948
1949
1950
1951
1952'
1953
1954
... ........ .. . .. .. .. .. .
.. . .... . ......... . ...... . .
.. ..... .. ... .. . . . .. ... .
. . ... . .. . ..... . . .. ... . . .. .
. ... .. . ................ .
............. . ........... .
......................... .
.... .. .. ... . ... .... .. .... .
............ . .... .... . .... .
........ . .............. .
.. .... ...... .. . ...... .. . . .
... ........ . ... . ....... . . '
... ...... ...... . ... .. ..... .
..... . ... .. ... . .. .. . ... .. '
.. .... .... .... . .... . .. ... '
Fonte:
I.B.G.E.
PRODUÇAO INDUSTRIAL DO BRASIL
ESPECIFICAÇÃO
1 -
Cimento (ton.) .. , ...... , ..... ,.
1925
1930
1935
19t 0
1943
1953
1954
87 160
366 260
744 370
I 111 500
2 030 400
2 418 700
- - - - - - ---- - - - - - - - - - - - ········
2 -
Ferro gusa (ton.) ............... , .. .. . ..
30 000
35 300
64 080
185 600
532-400
880 000
1 090 000
3-
Aço laminado (ton.) ..... .......... . ...
12 000
25 000
47 000
100 000
403 000
841 000
972 400
4 - Ouro (kg.) ..................... . .......
2 292
4 189
a 713
4 660
3 879
3 604
6 -
-
-
Ácido sulfúrico (ton .) ............ , .. .. , ,
6 - Papel (ton.) .. ........ ............
····· ·
-
-
lO 000
121 000
170 800
263 800
385 148
840 088
I 336 301
2 004 260
2 024 929
2 019
I 243 877
I 486 144
2 089 473
2 642 958
I 818
3 270
8 200
7 400
236 189
897 720
I 794 ll5
2 054 24G
li! 900
120 000
8-
Eletricidade: potênria das usinas geradoras
(kW.) . . ..
········ .. . ...
9-
Vidro p!anQ (I 000 m2)., .. ..... , ...... .
-
-
lO - Pneumáticos (veículos de motor) (unidade)
-
-
1l -
Tecidos de algodão (ton.) ..... ,,, . . .
53 600
47 600
75 300
82 200
12 -
Petréleo bruto (barris) . .... , . , . , .• ...
-
-
-
-
1
3 732
180 000
92 000
Carvão (ton.) ..... .. ......... ..4. ....
NOTA;
-
53 200
7-
391 879
60 000
77~
802
-
(I)
-
915 779
260 000
31 ~
992 515
1945.
inclui o Sarre 1937-38; • ano terminado em 30-VI; • inclui o Sarre de 1953.
Obs.: As estatísticas acima Incluem como consumo local o aço exportado in-natura ou
sob a forma de manufatura; trata-se, de tato, de aço proàu;::iào.
Notas;
1
~ste "Boletim"' a "Revist~
~ Brasileira" encontram-se a
do conselho Nacional de G
de Janeiro, D. F.
OONTRIBUIÇAO
460 000 lingotes toneladas
,
320 000
,
170 000
,
,
56 240 000
A
.
I
1953
623
319
319
316
295
248
215
203
188
87
Média 1937/38
290
223
245
154
272
194
161
151
131
56
de 1955 .
167
GEOGRAFICA
BRASIL
Produção e importação de aço
)iro de 1955 .
R CAPITA"
CI~NCIA
Ano
1921
1925
1930
1935
1940
1945
1946
1947
1948
1949
1950
1951
1952
1953
1954
••
•••
••
•
•
•
•
o .
o
•••
•••
•
•
o •
••••••
•
o
••
•
••
•
o
o
o
o
•
••••
o
••
o
••
••
•
•••••
o
•
•
•
•
••
o
•••
o
••••
•
o
•
••
o
o
o
•
•
••
•••
o
•
o.
•
o
•••••••••
•• . ••••••
o
••••••
•
o
o
•
•
o
•
o
o
•••
•
•••
•••••••
••
••
•
•••
•
•
•••••••••••••••
•
••
•
o
o
o
••
o
•
•
o
o
•
•
Produção
(ton.)
Lingotes
La m inados
11100
8 000
16 600
12 000
37 700
25 000
65 000
47 000
128 000
100 000
206 000
166 000
343 000
230 000
387 000
297 000
483 000
403 000
615 000
506 000
789 000
623 000
843 000
696 000
893 000
719 000
1016 000
841 000
1171000
972 400
Importação
(ton. )
Laminados
220 000
397 000
253 000
293 000
305 000
310 000
440 000
505 000
260 000
270 000
290 000
458 000
386 000
260 000
533 000
Fonte: I.B .G.E .
stado do Rio e Distrito Federal
10 BRASIL
;
19• o
- - - - -1943
- - - 1953
--
-
1954
!60
744 370
I 111 500
2 030 400
180
185 600
sn-4oo
880 000
1 090000
()O
100 000
403 000
841 000
972 400
I3
4 660
3 879
3 604
3 732
-
DO
60 000
-
2 4I8 700
180 000
lO
I21 000
170 800
26.q 800
18
I 336 301
2 004 260
2 024 929
2 019
I 243 877
2 642 958
3I~
I 486 I44
2 089 473
1 8I8
3 270
8 200
7 400
236 189
897 720
I 794 115
2 054 21G
82 200
Il1 900
(I)
)
260 000
-
30-VI;
-
•
120 000
915 779
-·
992
51~
Inclui o Sarre de 1953.
1l o aço exportado in-natura ou
:o.
'-
'
~ l!:ste " Boletim" , a " Revista Bra sileira de Geografia" e as obras da "Bibliot eca Gcogrãfica
Brasileira" encontram-se à venda nas principais livrarias do país e na Secretaria-Geral
do Conselho Nacional de Geografia - Avenida Beira-Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio
de Janeiro, D. F.
CONTJ'tlBUIÇAO
A Laterização e a Fertilidade do Solo Tropical
JOSÉ SETZER
Consultor técnico do C.N.O.
A vegetação luxuriante dos solos virgens do clima tropical úmido dá impressão errônea de fertilidade. Na realidade o clima úmido quente põe em circulação rápida pequeno contingente de elementos químicos pelo ciclo solo-.plantasolo. Clima úmido significa que as chuvas superam largamente a evaporação. Portanto, o solo é atravessado pelas águas de cima para baixo, e estas
arrastam da rocha descomposta tudo o que pode ser hidratado e lixiviado. Enquanto tais soluções, extremamente diluídas, descem no solo, as árvores, pelo
seu enraizamento profundo e abundante, absorvem uma pequena parte dos
elementos químicos, sendo o grosso evacuado pelo lençol de água subterrânea,
também chamado o lençol freático ou o nível dinâmico.
Arrasando a mata e queimando anualmente os arbustos que lhe depreciam
a pastagem, o homem aumenta a lixiviação do solo. É verdade que é menor a
,quantidade d'água que se infiltra, pois muita · corre morro abaixo provocando
erosão. mas a água que penetra no solo, o lava mais intensamente nor falta
de raízes profundas que absorvam os elementos químicos, enquanto a terra
superficial, privada de matéria orgânica, não possui a antiga capacidade de
retenção d'água. O ciclo está rompido. Muito pouco volta da vegetação mesquinha para o solo, e o azôto é totalmente perdido nas queimadas, pois se dissipa
na atmosfera com a fumaça.
Em climas úmidos quentes, as águas do solo, ácidas e carregadas de baixíssimo teor de sais, decompõem os minerais lixiviando a sílica e os catiônios úteis
(cálcio, potássio, magnésio, manganês, sódio, lítio). O solo se enriquece automàticamente em alumínio e ferro. Êsse processo dinâmico, da diminuição de sílica
e aumento concomitante de ferro e alumínio, chama-se laterização. Como a
sílica e a matéria orgânica são colóides eletronegativos, enquanto os sesquióxidos
de ferro e alumínio são eletropositivos, fica claro que com a laterização aumenta
o caráter eletropositivo do solo. Pela mesma razão a perda de matéria orgânica
significa aumento da laterização.
São chamados lateríticos os solos submetidos à laterização. Considera-se
geralmente que os solos lateríticos são pobres, mas isso não é sempre verdadeiro,
pois pode ser lenta a evolução do solo sob o processo da laterização, e esta
pode ser apenas incipiente. Por ser um processo irreversível, isto é, a sílica
drenada pela água subterrânea não volta e o alumínio e ferro não se redissolvem,
fica clara a razão de a matéria orgânica possuir papel tão importante na produtividade do solo. É o único freio direto que podemos aplicar à laterização. Os
maiores freios indiretos são o calcário moído e o adubo fosfórico. O calcário
neutraliza a acidez do solo, comunica-lhe melhor estrutura física, melhora o
meio químico e serve de alimento para microorganismo e plantas, dá estabilidade
à matéria orgânica, regulariza a permeabilidade do solo, aumenta a sua capacidade de retenção de água e desempenha grande número de outras funções
benéficas e regularizadoras, entre as quais devemos ressaltar a ação protetora
contra a intoxicação de plantas e micróbios úteis promovida pelo alumínio ativo.
• Da publlcaçAo Alguns Problema~ de Recuperação do Solo no Estado de Sdo Paulo Orá!lca "SAo José", Rua GalvAo Bueno, 230 - SAo Paulo, SP - Brasil - 1951.
O presente artigo saiu publicado or!g!nàriamente no Digesto Econômico, vol. 6, n.• 72,
pp. 141-143, novembro de 1950.
Os adubos fosfóric~s, princ
matéria orgânica, constlt_?em c•
no sentido de alimentaçao. dos
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que aumenta 0 caráter eletropo,
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Quanto mais rica em. cál.
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A fotografia é um excelente
fotografado. Envie ao Cons•
possuir, devidamente legenda
OONTJ;tlBUIÇAO
e do Solo Tropical
JOSÉ SETZER
Consultor técnico do C.N.O.
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ser hidratado e lixiviado. En!Scem no solo, as árvores, pelo
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adubo fosfórico. O calcário
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Solo no Estado de Sdo Paulo
- Brasll - 1951.
igesto Econ6mico, vol . 6, n .• 72,
A
CltNCIA
GEOORAFIOA
169
Os adubos fosfóricos, principalmente quando aplicados de mistura com
matéria orgânica, constituem correção da maior deficiência do solo Jaterítico
no sentido de alimentação dos vegetais . Os fosfatos, sendo aniônios , i§SO é,
grupos eletronegativos de átomos, são fixados em forma insolúvel à medida
que aumenta o caráter eletropositivo do solo. Portanto, a laterização subtrai o
fósforo do alcance das plantas. Ao contrário dos catiônios que sendo eletropositivos perdem qualquer afinidade com o solo laterizado, que é também eletropositivo, e são por isso fàcilmente lixiviados, os aniônios são presos, fixados,
imobilizados, de maneira que se tornam inacessíveis para as plantas . Visto que
as quantidades de alumínio e ferro que tornam eletropositivo o solo laterítico
são enormes, constituindo 10, 20, 50 e mesmo 80 % do solo, como nas terras
roxas "cansadas", enquanto o fósforo total não passa de 0,02 ou, quando muito,
0,2% (0,35% em certas terras roxas), fica claro que o poder insolubilizante
do solo em relação ao fósforo é invencível. Daí a necessidade de introduzir
o adubo fosfórico misturado com matéria orgânica, a qual impede a insolubilização do fósforo, por ser um baluarte eletronegativo contra a laterização.
Os ensaios de adubação executados na faixa tropical do mundo mestraram
que o elemento químico que costuma trazer os maiores aumentos de colheita
é o fósforo . Só houve exceções no caso de terras pretas de baixada, resultado
êsse que, aliás, confirma a regra, pois tais solos nunca são lateríticos, devido
à abundância de hún:.us e de água excessivamente ácida, muitas vêzes encharcando as terras, condições essas propícias à conservação da sílica e mesmo à
lixiviação do ferro.
Os dados analíticos dos solos lateríticos parecem indicar, cada vez mais
claramente, que a laterização é apressada pela existência de estação sêca. Isso
é lógico, pois vem concentrar o sesquióxido de ferro na parte superficial do
solo. Durante a estiagem a evaporação sobrepuja as chuvas, fazendo subir para
a superfície bicarbonato de ferro junto com os outros sais solúveis. No solo
sêco e pobre em húmus o ferro passa a sesquióxido insolúvel, enquanto os demais
compostos químicos são lixiviados na próxima esta_ção chuvosa.
Quanto mais rica em cálcio é a rocha, mais rico é o solo virgem, mas
mais rápida é a sua laterização, pois acontece que rochas ricas em cálcio são
também ricas em ferro e alumínio, e pobres em sílica. É por isso que a lateriz::..ção das terras roxas é rápida e apresenta caráter muito grave, quando bastante avançada. Solos graníticos laterizam-se mais lentamente e podem ser
corrigidos sem tanta dificuldade, mesmo em condições de laterização muito
adiantada. Pobres mesmo quando virgens não podem empobrecer muito, e a
restauração da sua fertilidade não exige centenas de toneladas de estêrco por
alqueire, como é o caso das terras roxas cansadas. Mas exigem ainda mais
calcário, pois são mais ácidas, quando virgens, do que as -terras roxas quando
muito cansadas. Em compensação, as terras roxas cansadas necessitam de adubos potássicos, enquanto as graníticas nunca mostraram tal necesidade.
A laterização é o envelhecimento do solo tropical. Laterito é a senilidade
completa, quando tôda a sílica já foi lixiviada. É mais rocha friável que solo.
Tôdas as transformações, às quais está sujeito o solo de clima úmido quente,
já se deram. A manutenção do solo no estado de campo anualmente queimado,
a erosão e as colheitas sem uso de corretivos nem adubos, promovem o envelhecimento mais rápido possível dos solos lateríticos. Vê-se que a laterização pode
ser comparada a uma doença, cujos efeitos podem ser atenuados e mesmo eliminados mediante certos cuidados, vida sadia, alimento nutritivo, repouso e algum
remédio, tomado com regularidade. Por isso devemos conhecer o grau em que
cada solo se acha afetado . Os cuidados e remédios não são mais trabalhosos
nem dispendiosos que os que são comumente aplicados a solos não lateríticos
dos países densamente povoados. Mas mau diagnóstico e r emédios errados
podem agravar a doença, tal como acontece eni. medicina .
A fotografia é um excelente documento geogr.Ulco, desde que se saiba exatamente o local
~ fotografado. Envie ao Conselho Nacional de Geografia as fotografias panorâmicas que
possuir, devidamente legendadas.
CONTRI
Contribuição ao Ensino
Ao entrarmos no século XI
habitantes, o Brasil aparentava
econômica, principalme~te a fal1
tráfico de escravos hav1a cessad
Não possuía indústrias, que
Ciclos Econômicos do Brasil
....
.c.. Continuação>
IV -
O CICLO DO CAFÉ
ANTÔNIO JOSÉ DE MATOS MUSSO
Da. Divisão Cultural do C.N.G.
Antes de focalizarmos o estudo do ciclo do café, iremos fazer um ligeiro
retrospecto da situação econômica do Brasil, ao entrar no século XIX, a fim
<!e melhor compreendermos a função dos ciclos anteriores e a do novo ciclo o ciclo do café - no desenvolvimento econômico do país.
.
Os três primeiros séculos de exploração econômica, deram um grande lucro
.à metrópole, sem nos proporcionar "uma oportunidade de desenvolver livre e
racionalmente as nossas riquezas".
Isso se explica, porque, a Coroa nos considerava uma colônia de exploração
e por tal fato, "durante êsse tempo aqui exerceu uma economia destrutiva, que
impediu a formação de bases estáveis"!
Vimos o apogeu do pau-brasil, do açúcar, do tabaco, do couro, das minas,
que se sucederam ràpidamente, mudando em cada ciclo, as bases econômicas
em que se apoiavam a colônia e a metrópole; não houve, pois, uma linha contínua
de desenvolvimento de cada um dos produtos mais representativos e a desejada
estabilidade e desenvolvimento econômico até os dias atuais; tudo passou deixando apenas, grandes vestígios de sua trajetória; aqui e acolá, restam focos
estáveis como em Pernambuco, no Recôncavo baiano, em Campos, onde até hoje
se cultiva a cana, e a estabilidade econômica proporciona lucros compensadores,
mas são casos isolados diante da exuressão de cada ciclo econômico . De todos
<JS produtos, foi o café aquêle que mais contribuiu para a estabilidade econômica
da nação, e até hoje, é o nosso produto-chave na balança do comércio internacional.
O século XVIII, em que as minas deram tanto lucro à Coroa, foi a decadência da agricultura, melhorando a partir do final do século, para atingir de
início novamente as zonas antigas, dando-lhes novo brilho, apesar das flutuações
que se fizeram sentir.
:t!:ste surto passageiro de nossa economia, está intimamente ligado ao crescimento da população, às exigências de produtos nos mercados externos e à Revolução Industrial; os produtos se valorizaram e novamente Lisboa, em fins do
século XVIII, tornou-se o empório do comércio colonial, enquanto os outros
países sofriam comoções políticas.
O algodão salienta-se como produto de exportação, mercê dos progressos
técnicos do século XVIII, e da procura imensa para as grandes fábricas da
Inglaterra.
O algodão americano, tirou-lhe a importância no comêço do século XIX.
O açúcar, a pecuária e outros produtos, distinguem-se para em pouco tempo,
novamente entrarem em colapso; o sistema agrícola brasileiro (queimadas),
muito teria influído para tal conjuntura e principalmente a concorrência de
produtos similares no exterior.
.
,
Vemos então o deslocamento do centro econômico do Norte para o Sul, com
a predominância definitiva do Sul, a partir de meados do século XIX, com a
cultura do café .
·
NOTA - Súmula de notas de aulas miniatradas no Curso de Férias para Aperfeiçoamento
dp Professôres Secundãrios, realizado nos meses de janeiro e fevereiro de 1954.
1 Braztl - 1952, p. 14.
A-A
Foi nessa contingência, que
pelas tropas. de ~apoleã~, .!?as'
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Brasil (Simonsen) ·
CONTRIBUIÇAO AO ENSINO
do Brasil
171
Ao entrarmos no século XIX com a população de mais de 3 000 000 de
habitantes, o Brasil aparentava marcantes deficiências no quadro de sua vida
econômica, principalmente a falta de transportes e braços para a lavoura. (0
tráfico de escravos havia cessado em 1850).
Não possuía indústrias, que haviam sido proibidas (1785) .
'
A -
CAFÉ
ANTÔNIO JOSÉ DE MATOS
Mussa
Da Divisão CUltural do C .N .G .
o café, iremos fazer um ligeiro
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anteriores e a do novo ciclo ico do país .
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uma economia destrutiva, que
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1 para a estabilidade econômica
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vo brilho, apesar das flutuações
intimamente ligado ao crescimercados externos e à Revonovamente Lisboa, em fins do
colonial, enquanto os outros
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ortação, mercê dos progressos
para as grandes fábricas da
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em-se para em pouco tempo,
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nico do Norte para o 'Sul, com
leados do século XIX, com a
so de Férias para Aperfeiçoamento
fevereiro de 1954.
A VINDA DE D. JOÃO VI:
Foi nessa contingência, que em 1808 aqui chegou D. Joã'o VI, ameaçado
pelas tropas de Napoleão, mas escudado pela Inglaterra, a grande nação que
tomaria a dianteira da civilização no século XIX.
Logo ao chegar em 1808, inspirado pela visão de Francisco de Almeida Lisboa
- visconde de Cairu - tomou uma série de medidas, que vieram dar organização
à c-olônia, pois, faltava-lhe a coordenação necessária para enfrentar o novo
século e a nova situação política trazida pela vinda da família real. Esta série de
inspiradas medidas de ordem econômica, política, social, cultural e religiosa
vieram trazer um grande impulso ao progresso da colônia, mais tarde reino
unido a Portugal e Algarves (1815).
·A importância das medidas tomadas, tem início com a abertura dos portos
às nações amigas, 1808 caindo o monopólio da Coroa a que estêve amarrado·
o país até esta data; a indústria foi libertada, criou-se o Banco do Brasil e
mais tarde filiais pelo reino, cria-se a siderurgia em Ipanema e muitas outras
notá veis providências.
Em 1810, Portugal assina um tratado de comércio e navegação com a
Inglaterra; • as vantagens foram desiguais, porque a Inglate.na possuía capitais
e marinha mercante, assumindo a liderança do comércio com o Brasil, obrigando-nos a importar muito mais do que exportar, visto que, os produtos que lhe
podiam enviar ela os recebia de suas colônias.
Quanto aos países coloniais, com indústrias em ascensão e a circulação
irrigada pelo ouro do Brasil e das colônias espanholas, só se interessavam por
produtos das zonas temperadas; decorre dêsses fatôres o deficit permanente
de nossa balança comercial, que teve com a vinda de D. João VI um comêÇ()
tão promissor.
Até 1832 prolonga-se esta situação, quando o café entraria definitivamente
no cenário de nossa produção e finalmente em 1850 tornaria o Brasil um país
próspero e rico.
1 -
O ciclo do café:
Parte de 1832, quando .começa a sua ascensão, firma-se em 1850, atingindo
em 1880 o seu apogeu, continuando até os dias atuais.
Tem como comércio ancilar a borracha (1860 a 1910) .
Após o ligeiro exame que fizemos com relação à situação da economia
brasileira, ao entrarmos no século XIX, vamos examinar o roteiro do café, a
sua trajetória em nosso país, a fim de podermos sentir o papel decisivo que
em pouco tempo desempenhou e até hoje sustenta em nossa balança comercial.
2 -
O roteiro do cat :
O café originário da Abissínia (Africa Oriental), onde se chamou Coffa
ou Kaffa (nome de uma província meridional da Abissínia), foi transportado
pelos árabes, para o Iemen (Arábia FeliZ), no século XV, at cultivado, e de
onde lhe deriva o nome de Cotfea Ara bica, Linneu.
Para conservar o seu monopólio, os príncipes árabes interditaram -a exportação da planta, sob pena de morte; como segurança vendiam os grãos, em parte
torrados ou esterilizados.
No século XVI é que o seu cultivo atinge a índia, Pérsia, Turquia e países
muçulmanos do Medit~rrâneo.
• 'l!:ste tratado aniquilou dentre outros, o surto manutaturelro que se la verificando no pais,
após a revoga ção em 1808 do célebre alva rá de D. Maria I (1785) que proibia as Indústrias no
Brasil (Simonsen).
172
CONTR
B O LET ·IM GE O GRAFIC O
Em pouco tempo, era a bebida predileta dos árabes. principalmente após a
_proibição muçulmana do vinho e outras bebidas fermentadas.
Em várias cidades da Arábia e da Pérsia, o café era distribuído nas casas
públicas, onde em verdadeiras assembléias discutiam os homens, ciência, re~ião
e política • ouvindo música e admirando as contorções coreográficas das almés".
Por vêzes os ânimos se exaltavam e o "café" provocava tumulto e algazarra.
Os muftis queixavam-se de que as mesquitas estavam ficando vazias, porque
os crentes preferiam os cafés (conhecidos por escolas de sábios) .
As peregrinações a Meca, pelos muçulmanos, foram o maior propagador do
uso do café entre os crentes .
Tornou-se conhecida na Europa em fins do século XVI.
Os holandeses conseguiram transportar, em 1616, sementl}s de Mooca para
<>s Países Baixos levando-o para Java .
Mais tarde, foram levadas sementes para o Jardim Botânico de Amsterdam.
Em 1713 os magistrados desta cidade e grande pôrto, ofereceram um pé de
café a Luís XIV.
Esta muda, foi enviada ao Jardim de Plantas de Paris, onde ficaria sob os
cuidados do eminente botânic<> Antônio de Jussieu .•
Dêste cafeeiro sairia a muda que Declieu oficial da marinha francesa levou
para as Antilhas (Martinica) .
A travessia foi longa e penosa, tendo Declieu repartido a sua ração de
água com o pequeno cafeeiro, no qual êle depositava tôda a esperança, e
salvou-o.
Da Martinica se defundiu por São Domingos, Guadalupe e outras ilhas.
Os holandeses levaram em 1718 para a Guiana Holandesa (Surifia) ; desta
passou à Guiana Francesa.
3 -
O café no Brasil :
A 27 de maio de 1727, o sargento-mor português Francisco de Melo Palhêta
designado para tomar parte na delimitação da fronteira com as Guianas, trazia
de Caiena para o Pará as sementes da famosa rubiácea, mercê de uma galantaria da espôsa do governador de Caiena.
Em 1760 o desembargador João Alberto Castelo Branco, mandava buscar
sementes do cafeeiro no Maranhão, plantando-as no seu quintal na ladeira
do morro de Santo Antônio, próximo à antiga Imprensa Nacional já demolida;
outra muda, foi plantada nos terrenos do convento dos Carmelitas de Santa
Teresa e duas outras, na horta do convent o dos "Barbadinhos", onde hoje se
acha o quartel da polícia, na atual rua Evaristo da Veiga .
As mudas dos Capuchinhos cresceram e produziram as sementes que foram
dadas ao holandês João Hoppman, que as plantou em sua chácara de Mata
Porcos, situada na atual rua de São Cristóvão, no Estácio, desenvolvendo-se para
o lado de Rio Comprido, Gávea, Tijuca, Jacarepaguá, Campo Grande, cobrindo-se
de cafezais. Foi nos arredores da cidade do Rio de Janeiro que teve início uma
lavoura mais intensiva do cafeeiro.
/
4 -
O café propaga-se pela província do Rio de Janeiro:
O bispo D. José ·Joaquim Justiniano de Marcarenhas Castelo Branco, cultivou o cafeeiro na fazenda do Capão em Inhaúma. fornecendo mudas ao padre
Antônio Couto da Fonseca, dono de um sítio no Medanha, em Campo Grande
e outras, ao padre João Lopes, dono de terras no município de são Gonçalo .
Ao senhor bispo deve-se pois, a propagação do cafeeiro em parte do Estado
do Rio. É provável que tenham saído da fazenda do padre Couto da Fonseca,
as mudas para Resende, centro de irradiação do café, pelo vale do Paraíba,
• Basíl1o de Ma galhães - O Café. p . 132 .
.
Kahweh, slgnlfica "vinho" no velho árabe llterário, Informa-nos BasUlo de Magalhães.
• Taunay, Afonso de E . - Subsiàios para a História ào Caté no BrasiL Colonial - 1935, p. 121.
de Zona· da Mata em ~.inas G1
Bahia. o vale do Para~ba torn
!ação; em meados do seculo XI
sileira. •
Outros núcleos importantes 1
Vassouras, São João Marcos e Ar
5-(
De Resende passaria a Sã1
por Areias Bananal, Barreiro e '
Rio Claro: O café se expande
Prêto, o centro, o planalto ocic
norte do Paraná.
o surto cafeeiro de São Pa
palmente no oeste paulista, o~
decomposição de diques e lenço
bases e dioritos; êstes solos ofe
propiciaram a expansão da "on
6-0
A. cultura do cafeeiro. virif;l
as províncias do Rio e parte d1
Justamente nessa época, I;
tínhamos a pagar dívidas _ex~
mais, em função dos emprestl1
sempre com desvantagens par!
A onda verde continua e
e o mineiro .
7 -
A contribuiç1
A província do Rio de Jai
a sua maior fonte de produç
1830 a lavoura cafeeira flumi;
do Rio de Janeiro 400 000 saca
em 1860 muito além de 2 000
diante na grande província fl
o pôrto do Rio de Janeiro, o
Mas São Paulo e sul de
sua produção viriam garantir
nossa vida econômica, cujo de
importante fenômeno econômi
substituir a província do Rio
partindo de Campinas se esp1
A partir de 1890, com a f~
Santos cinco milhões e meio
A colheita de 1890-1891 f
auxiliado pelas vias de com1
produção de São Pa~lo, ~end
bandeirante, que se urad1a p:
8 - Marcha
sua in/
Para melhor conheciment
influência na vida brasileira
subciclos, segundo Monteiro :
• Prado Jr. Calo - História ào
6 BraziZ - 1942, p. 14 •
• Silva, Moacir: Geografia àos
CONTRIBUIÇAO AO ENSINO
los árabes. principalmente após a
as fermentadas.
o café era distribuído nas casas
utiam os homens, ciência, rel!gião
.torções coreográficas das almés".
§" provocava tumulto e algazarra.
estavam ficando vazias, porque
r escolas de sábios) .
e>s, foram o maior propagador do
do século XVI.
n 1616, sementes de Mooca para
1 Jardim Botânico de Amsterdam.
mde pôrto, ofereceram um pé de
.tas de Paris, onde ficaria sob os
Issieu . •
ficial da marinha francesa levou
~clieu repartido a sua ração de
depositava tôda a esperança, e
1gos, Guadalupe e outras ilhas.
liana Holandesa (Surifia) ; desta
173
de Zona· da Mata em Minas Gerais, dos chapadões paulistas, Espírito Santo e
Bahia. O vale do Paraíba tornou-se o grande centro de lavouras e de população; em meados do século XIX reúne-se aí a maior parcela da riqueza brasileira. •
Outros núcleos importantes do Estado do Rio no fim do século XVIII, foram:
Vassouras, São João Marcos e Angra dos Reis, na época o segundo pôrto cafeeiro:
5 - O café em São Paulo:
De Resende passaria a São Paulo, entrando no princípio do século XIX
por Areias, Bananal, Barreiro e de 1817 em diante em Campinas, Limeira, Araras,
Rio Claro. O café se expande para o norte de São Paulo, atingindo Ribeirão
Prêto, o centro, o planalto ocidental · ruma a Mato Grosso e posteriormente o
norte do Paraná .
O surto cafeeiro de São Paulo, foi verdadeiramente extraordinário, principalmente no oeste paulista, onde se encontram as terras roxas, produto da
decomposição de diques e lençóis de rochas eruptivas: basaltos, basaltitos, diabases e dioritos; êstes solos oferecendo ótimas condições geográficas de cultura,
IJropiciaram a expansão da "onda verde" por todo o Estado de São Paulo.
6 -
O início do ciclo do café:
A cultura do cafeeiro. viria ter a rápida ascensão a partlr de 1832 quando
as províncias do Rio e parte de São Paulo, começaram a sua grande produção.
Justamente nessa época, não possuíamos saldos para o comércio externo,
tínhamos a pagar dívidas externas, que devido aos juros cresciam cada vez
mais, em função dos empréstimos externos que foram feitos a partir de 1824,
sempre com desvantagens para nós. •
em 1850 firma-se ao galgar o planalto paulista
A onda verde continua
e o mineiro.
e
·asil:
lguês Francisco de Melo Palhêta
fronteira com as Guianas, trazia
rubiácea, mercê de uma galan-
astelo Branco, mandava buscar
o-as no seu quintal na ladeira
mprensa Nacional já demolida;
vento dos Carmelitas de Santa
os "Barbadinhos", onde hoje se
o da Veiga .
duziram as sementes que foram
mtou em sua chácara de Mata
o Estácio, desenvolvendo-se para
guá, Campo Grande, cobrindo-se
de Janeiro que teve início uma
do Rio de Janeiro:
carenhas Castelo Branco, cultia. fornecendo mudas ao padre
Medanha, em Campo Grande
no município de S.ão Gonçalo.
do cafeeiro em parte do Estado
a do padre Couto da Fonseca,
do café, pelo vale do Paraíba,
!arma-nos Basnto de Magalhães:
Café no Brasil Col onial - 1935, p. 121.
7 -
A contribuição da província do Rio de Janeiro:
A província do Rio de Janeiro contribuiu para o brilho do Império, sendo
a sua maior fonte de produção cafeeira nos meados do século passado . Em
1830 a lavoura cafeeira fluminense no vale do Paraíba, exportava pelo pôrto
do Rio de Janeiro 400 000 sacas de café anualmente, em 1840 mais de 1 000 000,
em 1860 muito além de 2 000 000, em 1880 vai a 4 500 000, decaindo daí por
diante na grande província fluminense, o grande celeiro do Império, que fêz
o pôrto do Rio de Janeiro, o maior escoadouro dêste produto .
Mas, São Paulo e sul de Minas Gerais, aumentando progressivamente a
sua produção viriam garantir a segunda e brilhante fase do café, esteio da
nossa vida econômica, cujo desenv.olvimento teria sido para Ferrari: 7 "o mais
importante fenômeno econômico do século XIX", São Paulo em especial, virá
substituir a província do Rio de Janeiro, tomando a dianteira da produção que
partindo de Campinas se espalharia para oeste.
A partir de 1890, com a fase nova do planalto paulista, saem pelo pôrto de
Santos cinco milhões e meio de sacas . .
A colheita de 1890-1891 fêz de Santos o maior pôrto exportador do café,
auxiliado pelas vias de comunicação por onde começa a circular a imensa
produção de São Paulo, tendo início o grande surto de progresso da capital
bandeirante, que se irradia para o interior.
8 -
Marcha evolutiva da lavoura cafeeira e
sua influência na vida brasileira:
Para melhor conhecimento da marcha evolutiva da lavoura cafeeira e sua
influência na vida brasileira. dividiremos o assunto em dois períodos e dois
subciclos, segundo Monteiro Lo bato.
• Prado Jr. Calo - História do Brasil, p. 162 .
6 Brazil - 1942, p, 14 •
• Sllva, Moacir : Geografia àos Transportes no Brasil -
I.B.G.E.
(
CONTRJ
174
BOLETIM GEOGRAFICO
A - O café escravagista ou do Império, com um subciclo fluminense
B - O café capitalista ou o da República, com um subciclo paulista.
A-
O primeiro teve como cenário principal a bacia do Paraíba desenvolvendo-se e invadindo a província do Rio de Janeiro, Minas Gerais e
São Paulo , O pôrto de exportação é o da cidade do Rio de Janeiro,
em cujo progresso influiu notàvelmente .
B - O segundo subciclo paulista desenvolveu-se rumo ao oeste bandeirante alcançando o vale do Paranapanema e Norte do Paraná 8 tendo
o pôrto de Santos como grande escoadouro do oeste bandeirante, trazendo o grande surto de progresso às cidades de São Paulo e Santos.
Vejamos mais detidamente como se nos apresenta o primeiro período com
o seu subciclo ,
9 -
Período Imperial:
Após invadir tôda a parte suburbana e rural do Distrito Federal, galga o
vale do Paraíba invadindo as províncias do Rio, São Paulo e Minas (Sul).
É o mesmo fenômeno que se passou com a civilização agrária da cana-deaçúcar, se repetiria no sul com a cafeicultura.
·
Sob o ponto de vista de organização, a lavoura do café era explorada
em larga escala, tipo plantation, tendo como fundamento a monocultura e a
grande propriedade, onde o braço era escravo, não sendo pois, acessível ao
proprietário de modestas posses.
Os fazendeiros iriam constituir uma nobreza rural - os barões do café, semelhante à do açúcar, residindo em grandes e confortáveis "solares" que
resumiam um organismo social, com intensa atividade. (Arinos, p. 82). Por
vêzes o interior, apresentava-se montado com requintado luxo .
Em tôrno dêle a família a parentela e t>s agregados. Próximos ao edifício,
muitas vêzes em continuação à casa, as senzalas, onde moravam os escravos.
Em frente ou nos fundos, os grandes terreiros de café. As máquinas de
tratamento do café, os depósitos, as acomodações para o pequeno gado da
fazenda.
Não faltava a pequena capela, que muita vez deu origem à igreja local, ou
quando as terras ficavam cansadas, o fazendeiro as loteava, construía uma igreja, e em tôrno dela surgia a povoação, o distrito, a vila, a cidade. Assim surgiram
muitas cidades, cujo elemento de fixação se acha ligado a antigas fazendas
de café.
As fazendas constituíam pequenas vilas e tal como aconteceu nos engenhos
de açúcar, muitos fazendeiros gabavam-se de só terem de adquirir fora das
suas terras o sal.
Começa então o fastígio das zonas cafeeiras onde se constroem beta:s residências. O fazendeiro possui uma outra casa na cidade onde reside. Por vêzes
manda vir arquitetos da Itália para construí-la em fino mármore . As cidades
enchem -se de belas residências.
No comêço do século XIX o fazendeiro era o único elemento de poder
político. "A terra era a única fonte de riqueza". Para Normano• "o fazendeiro
é o verdadeiro autor da independência brasileira, da unificação do país, da sua
constituição e organização".
10 -
A abertura das primeiras grandes estradas :
Como conseqüência da necessidade de transportar o café, abriram-se as
primeiras estradas de rodagem e posteriormente as estradas de ferro .
Quando estudamos o ciclo da mineração, vimos que as minas contribuíram
para a construção dos primeiros caminhos.
Nesta época duas vias principais traziam ao Rio: o Caminho Velho dos
Guaianases e o Caminho Novo, franqueado por Garcia Rodrigues Pais, filho do
eaçador de esmeraldas e termin
Esta última serviu de escoa'
de Janeiro, datando daí a gran
pôrto da Guanabara.
Com o advento do café, abr1
gem devendo-se êste progresso ~
dado com o título de barão de
11 -
Vejamos em sínJ
proporciona
A Estrada de Ferro Mauá f<
sido inaugurada em 1854.
Ligava o pôrto de Mauá (
ehegando em 1856 à Raiz da Se
atingindo o Caminho Novo.
A estrada de rodagem Uniã
Foi a "pioneira das estrad
Rodrigues.
Mariano Procópio obteve u
Em 1856 ligava Petrópolis
Minas num percurso de 144 q~;
de Sousa .
c.
A estrada de ferro D. Ped:
Foi contratada em 1855 e
Belém em 1858, em 1864 a Barr:
o trecho Rio-São Paulo foi
A São Paulo Railway:
Mais uma vez devemos ao g
com a colaboração de dois emin
conselheiro José Antônio Pimei
A estrada ligava Santos à
metros e esta aos distritos m
terminal Jundiaí e inauguranc
Estas estradas vieram tra;
Rio e São Paulo, facilitando-Ih
nos mercados e aumento da e:
12- O a
o progresso e a riqueza
de nossa economia.
o Rio de Janeiro torna-se
sofrendo notáveis melhoramen1
Cresce a população, fundal
se templos.
Aperfeiçoam-se os transpm
e n o desprêzo da economia
efervescência intelectual e de
Luzem os salões da Côrte
gradis de ferro, que ainda p<
de J aneiro. Depois de 1860, a
comercial.
13-
o
Mas após um período de
do Paraíba começavam a dar
8
No Paraná foi introduzido cêrca de 1860, por iniciativa de paullstas sendo Ribeirão Claro
um dos pcimeiros munic!pios onde se desenvolveu a lavoura do café. (D .N . C. - A cultura ao
<:a/é no Brasil).
• Normano, J. F. -
Evolução econômica ao Brasil, pp. 94-97.
w
Azevedo, Fernando -
A Cult·
CONTRIBUIÇAO AO ENSINO
FICO
com um subciclo fluminense
~. com um subciclo paulista.
>al a bacia do Paraíba desenvolRio de Janeiro, Minas Gerais e
o da cidade do Rio de Janeiro,
nte.
1 veu-se rumo ao oeste bandeinema e Norte do Paraná • tendo
iouro do oeste bandeirante, tracidades de São Paulo e Santos.
1resenta o primeiro período com
ial:
ral do Distrito Federal, galga o
>, São Paulo e Minas (Sul) .
civilização agrária da can.a-de-
lavoura do café era explorada
fundamento a monocultura e a
1, não sendo pois, acessível ao
rural - os barões do café, e confortáveis "solares" que
atividade. (Arinos, p. 82). Por
requintado luxo.
,gregados . Próximos ao edifício,
as, onde moravam os escravos.
üros de café. As máquinas de
ções para o pequeno gado da
eaçador de esmeraldas e terminado em 1711, por Bernardo Soares de Proença.
Esta última serviu de escoadouro das minas em demanda do pôrto do Rio
de Janeiro, datando daí a grande importância e o extraordinário progresso do
pôrto da Guanabara.
Com o advento do café, abrem-se as primeiras estradas de ferro e de rodagem devendo-se êste progresso a Irineu Evangelista de Sousa, mais tarde agradado com o título de barão de Mauá.
11 -
A estrada de rodagem União e Indústria:
Foi a "pioneira das estradas de rodagem brasileiras" no dizer de Filúvio
C. Rodrigues.
Mariano Procópio obteve uma concessão para construí-la.
Em 1856 ligava Petrópolis a Juiz de Fora, centro cafeeiro das zonas de
Minas num percurso de 144 quilômetros, tal como projetou Irineu Evangelista
de Sousa.
:t
as loteava, construía uma igrea vila, a cidade. Assim surgiram
cha ligado a antigas fazendas
l como aconteceu nos engenhos
só terem de adquirir fora das
onde se constroem be!ru; resicidade onde reside. Por vêzes
em fino mármore. As cidades
a o único elemento de poder
Para Normano " "o fazendeiro
da unificação do país, da sua
andes estradas:
sportar o café, abriram-se as
as estradas de ferro.
ws que as minas contribuíram
Vejamos em síntese as quatro principais estradas que
proporcionam as atividades cafeeiras:
A Estrada de Ferro Mauá foi a primeira via férrea que teve o Brasil, tendo
sido inaugurada em 1854 .
...
Ligava o pôrto de Mauá (no fundo da. baía de Guanabara) ao Fragoso,
ehegando em 1856 à Raiz da Serra de Petrópolis, num total de 14,5 quilômetros,
atingindo o Caminho Novo.
A estrada de ferro D. Pedro 11:
!S
:z deu origem à igreja local, ou
Foi contratada em 1855 e logo executada, chegando a ponta de trilhos a
Belém em 1858, em 1864 a Barra do Piraí, em 1875 a Juiz de Fora.
O trecho Rio-São Paulo foi inaugurado em 1877.
A São Paulo Railway:
Mais uma vez devemos ao grande barão de Mauá, a construção desta estrada,
com a colaboração de dois eminentes brasileiros: o marquês de Monte Alegre e o
conselheiro José Antônio Pimenta Bueno.
A estrada ligava Santos à capital bandeirante, num percurso de 80 quilômetros e esta aos distritos mais produtivos de São Paulo, tendo como ponto
terminal Jundiaí e inaugurando-se em 1867.
Estas estradas vieram trazer um enorme progresso às zonas cafeeira.s do
Rio e São Paulo, facilitando-lhes o rápido escoamento das safras, e a colocação
aos mercados e aumento da exportação.
12 -
13 -
o
O declínià do café imperial:
Mas após um período de opulência, por volta de 1880 as terras da bacia
do Paraíba começavam a dar mostras de esgotamento, pelo condenável sistema
10
94-97
O apogeu do período imperial:
O progresso e a riqueza tornaram o segundo Império a idade de ouro
de nossà economia.
O Rio de Janeiro torna-se uma grande cidade e o principal pôrto do café,
sofrendo notáveis melhoramentos urbanos, inclusive a iluminação a gás (Mauá) .
Cresce a população, fundam-se escolas e instituições científicas, constroemse templos .
Aperfeiçoam-se os transportes "e no prazer dos gastos, na emulação do luxo,
e no desprêzo da economia coletiva, inaugura-se um dos período de maior
efervescência intelectual e de mais brilhante cultura, em nossa civilização".'0
Luzem os salões da Côrte e constroem-se grandes palacetes, com enormes
gradis de ferro, que ainda podem ser vistos, pelos bairros da cidade do Rio
de Janeiro . Depois de 1860, apareceram os primeiros saldos da nossa balança
comercial.
o Rio: o Caminho Velho dos
-areia Rodrigues Pais, filho do
a de paullstas sendo Ribeirão Claro
do café. (D.N.C. - A cultura do
175
Azevedo, Fernando -
A Cultura Brasileira, p . 52.
BOLETIM GEOGRAFICO
176
agrícola de cultura, além do mais, em 1888 dava-~e a abolição da escravatura
su:>tentáculo da lavoura do café, e finalmente em 1889 caia o trono .
Passara a época· do esplendor fluminense encerrando-se o ciclo do café
imperial - "O Império de fato foi o café" .
14 -
O segundo ciclo do café capitalista ou da República pertence
ao subciclo paulista:
Desde 1880, quando a seguir começa a decair a produção fluminense; surgem
as grandes plantações do oeste paulista rumando para o Paranapanema e espalhando-se pelo norte do Paraná.
Funda-se êste segundo ciclo, numa base econômica e técnica, aliada ao
trabalho do colono estrangeiro livre e assalariado . u
O aparelhamento técnico se aperfeiçoa, o trato da terra, passa a ser mais
racional, pelo uso de adubos abandonando-se o sistema antigo de lavoura, que
tanto prejuízo causou e ainda hoje vem causando às nossas matas, e aos solos
comburidos pelo bárbaro sistema das queimadas.
O café republicano tem em Santos o seu maior pôrto de exportação .
Dêle saíram 14 milhões de sacos em 1909, enquanto o Rio de Janeiro não
passava de 3 milhões.
As fazendas possuem extenSÕftS de terras cada vez maiores onde são plantados milhares e por vêzes milhões de pés de café .
O fazendeiro passa a morar muito mais na cidade que nas fazendas. onde
pouco se demora.
A primeira grande crise causada pela superprodução do café deu-se em
1906, baixando os preços e dando início aos empréstimos para defesa dos preços.
15 -
Sugestões de Prog
currículo das
O problema do estabelecim
ceptível das mais variadas cor
idéias ao lançar no Boletim G1
currículo para o curso de Geo
A)
B)
Afonso Arinos, p. 85 ..
Segunda série:
1 -
2
3
4
5
6
C)
-
Geografia Físi
Geografia Eco
Etnografia
Geografia Físi
Geografia Hur
Elementos de
Terceira série:
1 -
2
3
4
5
6
7
(Continua >
u
Cosmografia
- Elementos de
-Fundamentos
- Fundamentos
- Geografia Físl
- Geografia Hur
1 -
2
3
4
5
6
Conseqüência do ciclo econômico do cate:
.
- O surto cafeeiro de 1832 veio salvar o Brasil de uma grave crise econômico-financeira que sobreveio com a decadência do ciclo da mineração e da
má orientação econômica da metrópole.
__:: Criou reservas ouro exterior facultando a aquisição e troca de mercadorias, principalmente maquinaria, além de contribuir para o pagamento das
·
nossas dívidas externas.
- Durante o 2.o Império, elevou o câmbio ao par.
- Deu opulência de brilho ao 2.o Império .
~ Criou a aristocracia dos barões do café .
- Transferiu para o Sul a primazia econômica até então situada no Norte.
- Veio trazer progresso ao interior em marcha acelerada, criando cidades,
devassando terras, como ainda hoje se verifica.
- Transformou os antigos caminhos do ouro em grandes estradas por onde
correu o ouro negro .
- Figura nas armas da República.
É o nosso principal produto de exportação, tanto assim que desde 1820
ocupa o principal lugar na exportação do Brasil, - café, câmbio e economia
nacional, estão intimamente ligados.
Primeira série:
-
Biogeografia
Geografia Poll
Etnologia do 1
Geografia Reg
Geografia Reg
Geografia Reg
Técnica da pt
Hoje · aproveitamos a oportl
mas das diversas cadeiras que <
trabalho procuramos aproveita
Faculdade Nacional de FilosoJ
alguns retoques, e, a elaborar :
~
f:ste "Boletim", a "Revista Brasileira de Geografia" e as obras da "Biblioteca Geogrãtica
Brasileira" encontram-se à venda nas principais livrarias do país e na Secretaria-Geral
do Conselho Nacional de Geografia - Avenida Beira-Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio
de Janeiro, D. F.
·
I)
-·ti-
Univer-so
1)
Concepções pe1
2) Astros
ava-~:e a abolição da escravatura
,e em 1889 caía o trono .
e encerrando-se o ciclo do café
·rn•).j<·-
t ou da República pertence
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ldo para o Paranapanema e eseconômica e técnica, aliada ao
~do. u
trato da terra, passa a ser mais
sistema antigo de lavoura, que
tdo às nossas matas, e aos solos
>
Sugestões de Programas de Geografia do Novo
currículo das Faculdades de Filosofia
Prof. ANTÔNIO TEIXEIRA GUERRA
S.
Da FacUldade Fluminense de filosofia
maior pôrto de exportação.
enquanto o Rio de Janeiro não
ada vez maiores onde são plan:afé.
, cidade que nas fazendas. onde
lerprodução do café deu-se em
réstimos para defesa dos preços.
O problema do estabelecimento de um cun;ículo é muito complexo, e, susceptível das mais variadas controvérsias. Nós procuramos expressar as nossas
idéias ao lançar no Boletim Geográfico n. 0 127 a título de sugestão o seguinte
currículo para o curso de Geografia das Faculdades de Filosofia:
A)
1
2
3
4
5
6
cate:
rasil de uma grave crise econõa do ciclo da mineração e da
a aquisição e troca de mercattribuir para o pagamento das
B)
ica até então situada no Norte.
cha acelerada, criando cidades,
C)
(Continua)
Cosmografia
Elementos de Cartografia
Fundamentos de Geologia e Edafologia
Fundamentos de História, Filosofia e Metodologia da Geografia
Geografia Física (Geomorfologia e Climatologia)
Geografia Humana (Ecologia Humana)
.
I
-
Geografia Física (Hidrografia e Oceanografia)
Geografia Econômica
Etnografia
Geografia Física do Brasil
Geografia Humana e Econômica do Brasil
Elementos de Cartografia
Terceira série:
1
2
3
4
5
6
7
o, tanto assim que desde 1820
I, - café, câmbio e economia
-
Segunda série:
1
2
3
4
5
6
ao par.
em grandes estradas por onde
Primeira série:
-
Biogeografia
Geografia Politica
Etnologia do Brasil
Geografia Regional das Américas (excluindo o Brasil)
Geografia Regional (excluindo-se as Américas)
Geografia Regional do Brasil
Técnica da pesquisa geográfica .
Hoje aproveitamos a oportunidade de apresentar a estruturaç~o de programas das diversas cadeiras que constituem o currículo por nós apresentado. Neste
trabalho procuramos aproveitar em grande parte os programas já em uso na
Faculdade Nacional de Filosofia, da Universidade do Brasil, limitando-nos a
alguns retoques, e, a elaborar aquêles que dizem respeito às cadeiras novll,s .
COSMOGRAFIA
as obras da "Biblioteca Geográfica
Lrias do país e na Secretaria-Geral
Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio
l)
Univer..so
1)
2)
-· 5 -
Concepções pertinentes ao espaço celeste
Astros
•
CONTR
BOLETIM GEOGRAFICO
178
li)
I !I)
IV)
V)
VI)
Sistemas planetários
1) Evolução das concepções dos antigos filósofos
2) Sistema do geocentrismo
3) Sistema do heliocentrismo
4) Sistema atual
5) Origens do sistema solar 1
6) Leis da mecânica celeste
Estréias . Constelações . Grupos estelares. Nebulosas
Sol
Planêtas e satélites. • O planêta Terra - formas e dimensões . Movimentos. Propriedades físicas do globo terrestre
Cometas,
3)
4)
5)
6)
7)
VI)
1)
1)
VII)
1)
li)
2)
3)
4)
5)
6)
. 7)
1)
V)
Projeções
1)
o
o
• o
1
Formas do terreno
Linha do relêvo
Métodos de representação
Pontos cotados
Curvas de nível
Perfil
Declividade
Batimetria quanto ao relêvo
Nomenclatura
1) Tipos de letras e suas aplicações
2) Nomes geográficos
3) Sistemas de representação
4) Regras de localização dos nomes e estética .
2)
2
Hidrografia
Vias de comunicação
Obras de arte e edificações
Areas cultivadas e vegetação
Locação de ponto na carta
Constr1,1ção de poligonais e polígonos
Bati~etria quanto à qualidade da superfície sólida .
Representação da Orografia
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
IV)
1)
VIII)
1)
Elementos básicos
Propriedades e uso
professor deverá dar bastante desenvolvimento às hipóteses cosmogônlcas.
professor deverá desenvolver o estudo do planêta Terra e de seu satélite .
presente programa foi elaborado por Rodolfo Pinto Barbosa (I a IV) e Antônio .T .
tGuerra (VII a IX).
IX)
Diagramas
Diagramas
Diagramas
Diagramas
de I
de 1
de
de E
Construçã o de cartogr
2)
3)
4)
5)·
6)
Representação da Planimetria .
1)
ill)
Mapas e suas finalidades
Classificações
Escalas e sua construção gráfica
Globo terrestre e suas linhas
Precisão e inexatidão na representação
Evolução e desenvolvimento dos métodos de representação
Convenções.
Reduções e am]
Organização pa
Organização pa
Compensações <
Condições de re
Métodos de rep
Construção de diagran
2)
3)
4)
Elementos e desenvolvimento da Cartografia
2)
3)
4)
5)
6)
7)
Organização e reprodu
2)
3)
4)
5)
6)
ELEMENTOS DE CARTOGRAFIA •
Projeção policôi
Projeções cônicl
Projeção de Me
Coordenadas re1
Outras projeçõe
Cartogramas dt
Cartogramas dt
Cartogramas dt
Cartogramas dt
Cartogramas dt
Bloco-diagrama
Fotografias aéreas
1)
2)
Utilização de f
Fotografias aé1
FUNDAMENTOS
1) Objetivos do curso. G
estudo. Relações entre Geologi
2) Conceito de Pedologia
solo. Gênese e evolução do sol
3) Origem e estrutura da
e a Geomorfologia. Idade da
4) Petrologia da crosta. C
e suas conseqüências morfológ
5) Rochas eruptivas - lit
6) Rochas sedimentares 7) Rochas metamórficas 8) Classificação zonal dos
9) ·Erosão e conservação <
10) .Aulas práticas:
1 - Reconhecimen
cação do tipo
2 - Interpretações
zadas em fot<
3 - Construção dt
e pedológicos .
11) Excursão nos arredare
geomorfologia e me teorização.
CONTRIBUIÇAO AO ENSINO
3)
4)
5)
6)
7)
ntigos filósofos
VI)
- formas e dimensões . Moviterrestre
VII)
GRAFIA •
a
VIII)
IX)
gonos
da superfície sólida.
e estética .
hipóteses cosmogônlcas.
~ Terra e de seu satéllte .
1nto Barbosa. (I a. IV ) e Antônio .T .
Diagramas
Diagramas
Diagramas
Diagramas
de
de
de
de
ponto
linha
sup.erfície
(;lspaço (volume) .
Construção de cartogramas
1)
2)
3)
4)
5)·
6)
entação
métodos de representação
Reduções e ampliações
Organização para levantamentos terrestres e aéreos
Organização para cartas de compilação
Compensações de incorreções
Condições de reprodução
Métodos de reprodução.
Construção de diagramas
1)
2)
3)
4)
'grafia
Projeção policônica
Projeções cônicas
Projeção de Mercator
Coordenadas retangulares
Outras projeções e seus usos .
Organização e reprodução de mapas
1)
2)
3)
4)
5)
6)
:s. Nebulosas
17g I
Cartogramas de pontos ou símbolos
Cartogramas de faixas
Cartogramas de iso-curvas
Cartogramas de diagramas
Cartogramas de superfícies
Bloco-diagramas .
Fotografias aéreas
1) Utilização de fotografias aéreas e as técnicas de interpretação
2) Fotografias aéreas e respectiva restituição.
FUNDAMENTOS DE GEOLOGIA E EDAFOLOGIA
1) Objetivos do curso . Geologia - conceito e suas divisões . Método de
Estudo . Relações entre Geologia e Geografia Física e a Pedologia .
2) Conceito de Pedologia. Desenvolvimento histórico do conhecimento do
solo. Gênese e evolução do solo.
3) Origem e estrutura da Terra. Importância da litosfera para a Geologia
e a Geomorfologia . Idade da Terra e o tempo geológico .
4) Petrologia da crosta . Os minerais e as rochas . Classificação das rochas
·e suas conseqüências morfológicas.
5) Rochas eruptivas - litossolos e morfologia .
6) Rochas sedimentares - litossolos e morfologia·.
7) Rochas metamórficas - litossolos e morfologia .
8) Classificação zonal dos solos .
9) ·Erosão e conservação dos solos .
10) Aulas práticas:
1 - Reconhecimento macroscópico de alguns minerais e a identificação do tipo de rocha .
2 - Interpretações geomorfológicas, geológicas e pedológicas realizadas em fotografias aéreas e terrestres .
3 - Construção de perfis topográficos, geológicos, geomorfológicos
e pedológicos.
11) Excursão nos arredores da cidade para o estudo çias rochas, estrutura,
geomorfologia e me teorização .
180
FUNDAMENTOS DE HISTóRIA, FILOSOFIA E METODOLOGIA DA GEOGRAFIA
Evolução da Geografia através dos séculos.
Contribuição dos povos orientais. Grécia- berço da ciência geográfica. Os
romanos - espírito prático emprestado à ciência geográfica. O desenvolvimento
da Geografia no decorrer da Idade Média e a importância dos árabes. As grandes navegações e o desenvolvimento do campo de conhecimentos da Geografia.
A Cartografia e a Cosmografia nos séculos XVI e XVII . Importância da obra
de B. Varrenius. O século XVIII e o advento da Geografia científica. O século
XIX e a obra de A. Humboldt, K. Ritter e F. Ratzel. A Geografia no século XX
e seu moderno conceito.
I!) · Histórico das viagens de exploração da superfície do globo.
III) Os sistematizadores do método geográfico no século XIX. Os princípios
da Geografia segundo E. de Martonne, J. Brunhes, P. Deffontaines, A. Demangeon, A. Cholley e A. Meunier P. James. Métodos usados pela Geografia. As
orientações seguidas pela Geografia e seus problemas no tocante à formação
dos geógrafos, e dos professôres de Geografia.
I)
GEOGRAFIA FíSICA
I)
Elemento sólido
1 - Conceito de Geomorfologia e suas divisões. Métodos de estudos geomorfológicos. Geomorfologia normal e Geomorfologia tropical. Ciências correlatas
da Geomorfologia.
2 - Vulcanismo - Matérias vulcânicas. Classificação das erupções. Distribuição geográfica e estatística dos vulcões . Vulcões embrionários e submarinos. Pseudovulcões. Teoria do vulcanismo . Significação antropogeográfica do
vulcanismo.
3 - Tremo res de terra - Microssismos e macrossismos. Hipocentro. Epicentro. Origem dos abalos. Ondas sísmicas . Velocidade da pr<Jpagação e trajetória das ondas sísmicas. Distribuição geográfica dos tremores. Sismógrafos.
4 - Variações de nível - Classificação. Transgressões. Regressões. Levantamentos e recalques. Indícios geográficos de variações de nível. Terraços ao
redor do Atlântico.
5 - Falhas e dobras - Classificação. Indícios de falhas e dobras. Sistemas de falhas .
6 - Decomposição das rochas ·- Desagregação mecânica. Decomposição
química e físico-química. Decomposição pelos vegetais e pelos animais.
7 - Transporte e sedimentação - Deslocamento de rochas e terras. Ação
erosiva da água, do gêlo, do vento e dos sêres vivos .
8 - Aspectos do relêvo - Montanhas, planaltos, planícies, depressões, vales,
litorais. Ação das fôrças endógenas e exógenas sôbre o aspecto do relêvo.
Influência das rochas e do clima sôbre o relêvo (Estudo minucioso de cada
uma das formas do relêvo).
.
9 - Trabalhos práticos - Cortes geomorfológicos. Interpretação de cartas
e fotografias aéreas. Pequena excursão de caráter didático.
li)
CONT
BOLETIM GEOGRÁFICO
Elemento gasoso
10 - conceito de Climatologia e suas divisões. Relações entre á Meteorologia e a Climatologia. Estatísticas meteorológicas e as séries climáticas.
11 - Atmosfera - composição e altura. Exploração da atmosfera.
12 - Acti nometria - Altura do Sol e tempo de insolação . Influência da
latitude e das estações sôbre a inclinação dos raios solares. Variação diurna e
anual dos raios solares . Absorção. Constante solar. Actinômetros.
13 - Temperatura do ar - Termômetros. Variação diurna e anual da
temperatura. Variação da temperatura com a altitude. Climas regulares, moderados e excessivos. Linhas isotérmicas e isonômalas.
14 - Pressão atmosférica - Barômetros. Redução das pressões a zero.
Influência da gravidade. Variação diurna. Variação anual. Redução ao nível
do mar. Isóbaras.
15 - Vento - Direção. '
da rotação da Terra. Ciciam
atmosfera.
16 -
A água na atmoster
nebulosidade 17 -
Precipitações
Perturbações da
at
d'água.
18 - Climatologia - Tipc
sôbre o homem. Variacão do
19 -
Trabalhos práticos
cartogramas.
III)
Elementos líquidos
20 - Conceito de Hidrogr:
da Hidrografia com as outras
21 - Ciclo evolutivo das i
subsolo. Lençóis aquíferos e c
22 - Fontes- Diferentes
Sais e gases dissolvidos.
23 - Rios - Sistemas d
Descarga. Classificação. Varh
24 - Conceito de limnolo
da limnologia com as outras
25 - Lagos - Origem. C:
mentação. Regime. Tempera
Sais dissolvidos. Extinção dm
26. - Geleiras - Classific
rias do movimento. Distribuiç
27 -
Trabalhos práticos -
com diferentes tipos de drena;
- Interpretação de fotog
28 - Conceito de Oceano!
e métodos de estudo. Relacõe,
29 - Morfologia dos Óce:
cartas batimétricas. Classifica
30 - Relêvo submarino. '
31 - A água do mar - N:
dissolvidos. Densidade. Côr .
32 - Movimento do mar 33 - Estudo particulariza
34 -
Trabalhos práticos.
batimétricos. Interpretação dt
GEOGRA
1 - · Conceito de Geograi
A paisagem natural e a paisaf
as outras ciências.
2 - . A noção de meio geo
restre. Os conceitos de influê:
3 - Distribuição do efeti
localização dos núcleos demoj
4 - Estudo geográfico d:
de construção. A expressão g
tipos.
5 - Estudo geográfico do
o agrupamento urbano.
6 - Estudo das cidades .
7 - O problema das mig:
zação. A colonização nos tró]
8 - O problema da circu
de comunicação.
CONTRIBUIÇAO AO ENSINO
tiETODOLOGIA DA GEOGRAFIA
ulos .
berço da ciência geográfica. Os
a geográfica. O desenvolvimento
nportância dos árabes. As grande conhecimentos da Geografia.
I e XVII. Importância da obra
a Geografia científica. O século
üzel. A Geografia no século XX
superfície do globo.
'ico no século XIX. Os princípios
:-~es, P. Deffontaines, A. Deman)dos usados pela Geografia . As
)blemas no tocante à formação
181
15 - Vento - Direção. Velocidade . Pressão. Causas do vento. Influência
da rotação da Terra. Ciclones e anticlícones. Teoria da circulação geral da
atmosfera .
16 - A água na atmosfera - Evaporação e umidade atmosférica. Nuvem,
nebulosidade - Precipitações - Fenômenos óticos.
17 - Perturbações da atmosfera Tempestades, trovoadas e trombas
d'água.
18 - Climatologia - Tipos de clima, climas tropicais . Influência do clima
sôbre o homem. Variação do clima.
19 - Trabalhos práticos - Construção de diagramas. - Construção de
cartogramas.
:t
CA
íes. Métodos de estudos geomor;ia tropical. Ciências correlatas
:lassificação das erupções. Disrulcões embrionários e submari~nificação antropogeográfica do
nacrossismos. Hipocentro. Epilocidade da prDpagação e trajeica dos tremores. Sismógrafos.
:m sgressões. Regressões. Levanmriações de nível. Terraços ao
~ios
de falhas e dobras. Siste-
~ação
mecânica. Decomposição
egetais e pelos animais.
nento de rochas e terras. Ação
vos . '
.!tos, planícies, depressões, vales,
as sôbre o aspecto do relêvo.
•vo (Estudo minucioso de cada
ógicos. Interpretação de cartas
,ter didático.
5es. Relações entre á Meteoroas e as séries climáticas.
•ploração da atmosfera.
po de insolação. Influência da
aios solares. Varia cão diurna e
)lar. Actinômetros:
Variação diurna e anual dá
titude. Climas regulares, mode.alas.
Redução das pressões a zero.
iação anual. Redução ao nível
III)
Elementos líquidos
20 - Conceito de Hidrografia e suas divisões. Métodos de estudo. Relações
da Hidrografia com as outras ciências.
21 - Ciclo evolutivo das águas . Aguas de escoamento superficia!. Agua do
subsolo. Lençóis aquíferos e os diferentes tipos de rochas.
22 - Fontes - Diferentes tipos de fontes . Temperatura das águas de fonte.
Sais e gases dissolvidos.
23 - Rios - Sistemas de rios . Desaguamento. Regimes fluviais. Leito.
Descarga. Classificação. Variações anuais e secula:r:es.
24 - Conceito de Iimnologia e suas divisões. Métodos de estudo. Relações
da limnologia com as outras ciências.
25 - Lagos - Origem. Caracteres topográficos. Evolução das bacias. Sedimentação. Regime. Temperatura. Movimentos. Correntes . Congelação . Côr.
Sais dissolvidos. Extinção dos lagos.
26. - Geleiras - Classificação. Avalanchas. Estruturas. Movimentos . Teorias do movimento. Distribuição geográfica.
27 - Trabalhos práti cos - Construção de diagramas. Construção de mapas
com diferentes tipos de drenagem.
- Interpretação de fotografias aéreas.
28 - Conceito de Oceanografia e suas divisões. Explorações oceanográficas
e métodos de estudo. Relações da Oceanografia com as outras ciências.
29 - Morfologia dos oceanos e mares. Os processos de sondagem e as
cartas batimétricas. Classificação dos oceanos e mares.
30 - Relêvo submarino. Tipos de sedimentação.
31 - A água do mar- Nível. Temperatura. Congelação. Salinidade. Gases
dissolvidos. Densidade. Côr. Os gelos do mar.
32 -Movimento do mar- Vagas. Marés. Correntes. Erosão marinha.
33 - Estudo particularizado dos oceanos.
34 - Trabalhos práticos. Construção de diagramas. Construção de p erfis
batimétricos. Interpretação de cartas batimétricas .
GEOGRAFIA HUMANA (ECOLOGIA)
1 - · Conceito de Geografia Humana e suas divisões. Métodos de estudo.
A paisagem natural e a paisagem cultural. Relações da Geografia Humana com
as outras ciências.
2 - . A noção de meio geográfico. A ecologia e o princípio de unidade terrestre. Os conceitos de influências e de correlações geográficas .
3 - Distribuição do efetivo humano na superfície da Terra. Formação,
localização dos núcleos demográficos. .
4 - Estudo geográfico da habitação. O meio geográfico e os materiais
de construção. A expressão geográfica do estilo arquitetônico. As habitaçõestipos.
5 - Estudo geográfico dos estabelecimentos humanos. A dispersão rural e
o agrupamento urbano.
6 - Estudo das cidades. Tipos funcionais e evolução das cidades .
7 - O problema das migrações humanas. A colonização. Tipos de colonização. A colonização nos trópicos.
8 - O problema da circulação: estudo dos meios de transporte e das vias
de comunicação.
182
BOLETIM GEOGRAFICO
CONTR
9 - As grandes áreas culturais. Conceito de cultura e de civilização. Estudo
da evolução das culturas e de seus fundamentos geográficos.
10 - Trabalhos práticos. Construção de diagramas e cartogramas.
GEOGRAFIA ECONôMICA
1 - Conceito de Geografia Econômica e suas divisões. Métodos de estudo.
A Estatística e a Geografia Econômica. Relações da Geografia Econômica com
as outras ciências.
·
2 - Princípios gerais de Geografia Agrária . Distinção entre Geografia
Agrária e Geografia Econômica da Agricultura. Divisões da Geografia Agrária.
Ciências auxiliares da Geografia Agrária.
3 - Fatos de conquista vegetal e animal. A noção dos gêneros de vida:
a agricultura e a criação.
4 - Forma primitiva da vida agrícola. Coleta de produtos silvestres. As
coletas e o desenvolvimento da agricultura.
5 - Estudo geral das grandes culturas alimentares: geografia econômica
do trigo.
6 - Geografia conômica do arroz.
7 - Geografia econômica do milho.
8 - Geografia econômica do café.
9 - Geografia-econômica do açúcar.
10 - Geografia econômica da batata e da mandioca.
11 - Geografia econômica do feijão.
12 ·- Geografia econômica do chá e do mate.
13 - A horticultura e a fruticultura . Sua importância no abastecimento
alimentar dos grupos urbanos .
14 - Estudo econômico dos produtos alimentares de origem animal: o abastecimento de carne. leite e ovos.
15 - A organização industrial e seus fatôres geográficos. As grandes indústrias.
16 - O problema das matérias-primas. Suas fontes vegetais e animais.
17 - Geografia econômica do algodão e de outras matérias téxteis.
18 - Geografia econômica da borracha.
19 - A exploraçã<;> econômica dos minerais. O ferro e a siderurgia.
20 - Geografia econômica do carvão de pedra.
21 - Geografia econômica do petróleo.
22 - Geografia econômica das fontes de energia. O aproveitamento humano das fôrças naturais.
23 - Trabalhos práticos. Construção de diagramas e cartogramas . Interpretação de dados estatísticos.
ETNOGRAFIA
1 - Conceito de Etnografia e suas divisões. Antropologia Física e Cultural.
Métodos de estudu da Antropologia Cultural e da Etnografia . Relações -da Etnografia com as outras ciências.
2 - Espécie e raça em Antropologia . Os caracteres raciais. Distribuição
geográfica dos grupos racionais .
. ·3 - Estudo das línguas; famílias lingüísticas e respectiva distribuição·
geográfica .
4 - Estudo das religiões: classificação e respectiva distribuição geográfica.
Influência da religião na paisagem.
5 - Estudo descritivo dos povos e culturas dos diversos continentes .
6 - Trabalhos / práticos - Construção de cartogramas.
GEOGRAFIA FíSICA DO BRASIL
1 - Esbôço geológico do Brasil. - Os embasamentos e os núcleos cristalinos. Distribuição geográfica. Os terrenos do algonquiano e os grandes recursos
minerais. Paleozóico e os terrenos permo-carboníferos .' Mesozóico e o trapp do·
Planalto Meridional . Os terrenos do terciário e do quaternário . ·
2 - Relêvo do Brasil. - C
Planalto Atlântico. Planalto Me
de relêvo e a importância na o
3 ~ões
Litoral do Brasil. -
T
propostas para o nosso li
4 -
Tipos climáticos do Brc
rentes tipos de clima segundo
5 -
Visão panorâmica da 1
Bacias hidrográficas. Os rios e
létrica.
6 '----- Cobertura vegetal e
5
da vegetação do Brasil. Flore
atlântica e madeiras explotad~
deira. Indústria madeireira.
7 -
Solos e os problemas
derna do verdadeiro valor dos
Solos de terra roxa e o aprov
Nordeste. Erosão e esgotamento
8 -
Trabalhos práticos. -
gramas. Construção de perfis 1
pretação de fotografias aéreas.
GEOGRAFIA HUl
1 -\Efetivo .populacional
população brasileira. Os result
gráfica da população nas cincc
população.
2 - Imigração e colonizaç
blemas de relação e de aclima
nos séculos XIX e XX.
3 - Habitações. - Tipos
4 - Cidades . - Evolução <
5 - Divisão política e adn
6 - Os ciclos econômicos '
7 - Transporte e comuni
reticulado viatório brasileiro 8 - Recursos vegetais. Os
Problemas gerais de agricultur
·e o cacau. O açúcar, o algodã
9 - Pecuária. Aspectos pet
10 - Combustíveis e fonte
brasileiras do ponto de vista d
terminadas e potenciais; e uti
11 - Recursos minerais. O
12 - Trabalhos práticos. <
1 - Conceito de Biogeogn
correlatas da Biogeografia .
2 - Generalidades, Classii
.sociações. Adaptações.
3 - Influência do clima <
4 - Influência do solo sô
5 - Associações vegetais.
6 - Influência do homem
7 - Zonas de vegetação .
8 - Fauna marinha, fluvi
• O professor deverá dar uma 1
• Síntese histórica da economh
CONTRIBUIÇAO AO ENSINO
cultura e de civilização. Estudo
tos geográficos .
.gramas e cartogramas.
183
l
MICA
.as divisões. Métodos de estudo.
s da Geografia Econômica com
ria. Distinção entre Geografia
Divisões da Geografia Agrária.
A noção dos gêneros de vida:
leta de produtos silvestres. As
nentares: . geografia econômica
mdioca .
2 - Relêvo do Brasil. - O relêvo do Brasil e as diferentes classificações .
Planalto Atlântico . Planalto Meridional. Planalto Central. Planícies. As formas
de relêvo e a importância na ocupação do solo.
3 - Litoral do Brasil . - Tracos essenciais do litoral. Diferentes classificações propostas para o nosso litoral. Planícies costeiras. Os pontos do litoral.
4 - Tipos climáticos do Brasil. - Classificações dos climas do Brasil. Diferentes tipos de clima segundo a classificação de Koppen.
5 - Visão panorâmica da Hidrografia. - Classificação dos rios brasileiros .
Bacias hidrográficas . Os rios e a navegação . As cachoeiras é a energia hidrelétrica.
6 =-- Cobertura vegetal e seus diferentes tip&s. - Diversas classificações
da vegetação do Brasil. Floresta amazônica e os produtos de coleta. Mata
atlântica e madeiras explotadas. Floresta de Araucária e a extração de madeira . Indústria madeireira.
7 - Solos e os problemas de utilização e conservação. - Concepção moderna do verdadeiro valor dos solos tropicais. Os solos lateríticos do BrasiL
Solos de terra roxa e o aproveitamento para o cultivo do café. Massapé do
Nord este. Erosão e esgotamento dos solos brasileiros. O problema da conservação
8 - Trabalhos práticos. - Construção de diagramas. Construção de cartagramas . Construção de perfis topográficos, geológicos e .geomorfológicos . Interpretação de fotografias aéreas.
GEOGRAFIA HUMANA E ECONôMICA DO BRASIL..
importância no, abastecimento
res de origem animal: o abas-
~eográficos.
As grandes indús-
fontes vegetais e animais.
utras matérias téxteis.
) ferro e a siderurgia.
~ia.
O aproveitamento huma-
ramas e cartogramas . Inter-
mtropologia Física e Cultural.
Gtnografia. Relações -da Etno-
racteres raciais. Distribuição
1 - \Efetivo .populacional e distribuição geográfica . - Crescimento da
população brasileira . Os resultados do último recenseamento. Distribuição geográfica da população nas cinco regiões geográficas. Deslocamentos internos da
população.
2 - Imigração e colonização. - As grandes correntes imigratórias. Problemas de relação e de aclimação de imigrantes . A colonização e seus aspectos
nos séculos XIX e XX .
3 - Habitações . - Tipos de habitações das diversas regiões geográficas.
4 - Cidades . - Evolução das cidades . Classificação das cidades brasileiras .
5 - Divisão política e administrativa do Brasil. •
6 - Os ciclos econômicos do Brasil .•
. 7 - Transporte e comunicações. Densidade e outras características do
reticulado via tório brasileiro - influências geográficas.
8 - Recursos vegetais. Os recursos da floresta e sua utilização econômica.
Problemas gerais de agricultura no Brasil. A questão do trigo . O café, o mate
·e o cacau . O açúcar, o algodão e a juta.
9 - Pecuária . Aspectos peculiares da criação nacional . A indústria da carne.
10 - Combustíveis e fontes de energia. Estudo das bacias hidrográficas
brasileiras do ponto de vista da produção energética . Regiões carboníferas, determinadas e potenciais; e utilização da lenha . O petróleo no Brasil.
11 - Recursos minerais . O cimento . O ferro.
12 - Trabalhos práticos . Construção de diagramas e cartogramas .
as e respectiva distribuição
BIOGEOGRAFIA
diva distribuição geográfica.
1 - Conceito de Biogeografia e suas divisões. Métodos de estudo. Ciências
-correlatas da Biogeografia.
2 - Generalidades, Classificações. Evolução. Extensão. Disseminação . As·
.sociaçõés. Adaptações.
3 - Influência do clima e da topografia sôbre a vegetação.
4 - Influência do solo sôbre a vegetação.
5 - Associações vegetais .
6 - Influência do homem sôbre os vegetais.
7 - Zonas de vegetação.
8 - Fauna marinha, fluvial e lacustre.
s diversos continentes.
togramas.
RASIL
mentos e os núcleos cristali[uiano e os grandes recursos
ros. Mesozóico e o trapp do·
quaternário .
• O professor deverá dar uma slntese histórica desde o tempo d as capitanias hereditárias.
• Slntese histórica da economia brasileira, utilizando naturalmente o m étodo geográtlco.
.)-
CONTE
184
BOLETIM GEOGRAFICO
910 -
GEOGRAFIA POLíTICA .
1 - Conceito de Geografia Política e Geopolítica. Divisão da Geografia Política e da Geopolítica. Ciências auxiliares.
2 - Estudo geográfico das fronteiras. Principais critérios para o estabelecimento de linhas de limite. Classificações de fronteiras .
3 - Características geográficas dos estados. Organização dos estados dos
diversos continentes.
4 - Os estados e os recursos econômicos. Os estados e os meios de transporte .
5 - Colonialismo e a estrutura política dos estados colonizadores.
6 - Estrutura política da América do Sul.
7 - Trabalhos práticos. Construção de diagramas e cartogramas ...
. ETNOLOGIA DO BRASIL
II -
Estudos
a)
b)
c)
etnográficos no Brasil
Os primeiros visitantes. A obra dos jesuítas
Naturalistas e etnólogos estrangeiros
Naturalistas e etnólogos nacionais.
Resumo crítico dos estudos sôbre raças e culturas no Brasil.
m - O Ameríndio
a) Introdução arqueológica. O problema do homem americano
b) Povos e culturas indígenas no Novo Mundo
c) Antropologia física do indígena brasileiro . Os vários tipos e
suas classificações.
d) Culturas indígenas. Estudo sistemático. A cultura material.
A cultura espiritual. Are as e classificações culturais.
IV- O negro
a) A escola de Nina Rodrigues
b) Raças e culturas negras na Africa
c) Tipos antropológicos e culturas negras no Novo Mundo
d) Tipos antropológicos negros no Brasil
e) Culturas negras e sua sobrevivência no Brasil . Estudo sistemático. A cultura material. A cultura espiritual.
V-
VI -
VII -
Região da tundra.
Região da floresta de
Região das pradarias.
Região dos Apalaches
Região das Rochosas.
Região de clima medi
Região tropical da Ar:
Região do Orenoco e
· Cadeia dos Andes.
10 - Amazônia (extra-Bra~
11 - Região de estepe.
12 - Patagônia.
1 -
Fauna terrestre.
Regiões zoológicas.
11 - Trabalhos práticos. Construção de cartogramas. Pequenas excursões
de caráter didático.
I -
GEOGRAFIA
Outros povos e culturas
a) Raças
b) Culturas
Problemas de antropologia física no Brasil
a) Os tipos antropológicos no Brasil
b) Adaptação e aclimação
c) Mestiçagem
d) Eugenia e imigração
e) Outros problemas .
A dinâmica cultural e os processos de aculturação no Brasil
a) Isolamento e contacto das culturas das várias procedências
b) Aculturação indígena
c) Aculturação negra
d) Resultados da aculturação
e) Sobrevivências culturais. O folclore brasileiro.
23 4 567 89-
13 -
Trabalhos práticos . C
GEOGRAFIA RE(
1 - Geografia regional usados na delimitação das di·
2 - As regiões polares e
tes e características climática
3 - Ocupação humana d~
A ocupação das franjas I?~la
o aproveitamento das regwes
4 - As regiões dos bosque
buição, limites, clima e veget
5 - A ocunação humana
taiga e sua organização econ1
6 - As regiões de florest
rios tipos de floresta.
7 - A floresta temperada
ficos. Clima e revestimento v
8 - A ocupação human
temperada como centro veget
9 - Características da c
orientais. A sua exploração
10 - As florestas equatc
gráficos. Climatologia e Biog
11 - A ocupação humanl
culturas nativas.
12 - A colonização das :f
tal. Estudo da bacia do Cor
13 - As regiões de flore
dual ou "jungle" e a florest~
14 - A ocupação humar
cultura ocidental.
15 - As regiões de cami
ticas fundamentais. Clima e
16 - A ocupação hum:
primitivas: a proto-~gricultl
ocidental no aproveltamentc
sudanesa.
17 - As regiões desért
Características fundamentai!
18 - Os desertos tropica
dos desertos . Os oásis e o J
CONTRIBUIÇAO AO ENSINO
1~
~FICO
GEOGRAFIA REGIONAL DAS AMÉRICAS
trtogramas. Pequenas excursões
TICA
Jlítica. Divisão da Geografia Poncipais critérios para o estabe:e fronteiras.
s. Organização dos estados dos
Os estados e os meios de trans-
1 - Região da tundra.
2 - Região da floresta de coníferns.
3 - Região das pradarias.
4 - Região dos Apalaches e da costa leste.
5 - Região das Rochosas.
6 - Região de clima mediterrâneo na costa do Pacífico.
7 - Região tropical da América Central e Antilhas.
8 - Região do Orenoco e das Guianas.
9 - · Cadeia dos Andes.
10 - Amazônia (extra-Brasil).
11 - Região de estepe.
12 - Patagônia.
13 - Trabalhos práticos. Construção de cartogramas e diagramas.
Js estados colonizadores.
gramas e cartogramas ...
eASIL
dos jesuítas
t
~e iras
ais.
e culturas no Brasil.
Jblema do homem americano
Novo Mundo
L brasileiro. Os vários tipos e
temático. A cultura material.
culturais.
~lassificações
ica
negras no Novo Mundo
Brasil
ência no Brasil. Estudo sisteultura espiritual.
Sil
ulturação no Brasil
as das várias procedências
ore brasileiro.
GEOGRAFIA REGIONAL (excluindo-se as Américas)
1 - Geografia regional -conceito e divisão. As regiões do globo. Critérios
usados na delimitação das diversas regiões.
2 - As regiões polares e seus fundamentos geográficos. Distribuição, limites e características climáticas.
3 - Ocupação humana das regiões polares. A tundra e a cultura esquimó.
A ocupação das franjas polares euro-asiáticas por povos de outras culturas.
O aproveitamento das regiões polares pelos povos de cultura ocidental.
4 - As regiões dos bosques boreais e seus fundamentos geográficos: Distribuição, limites, clima e vegetação. A taiga e seus recursos naturais.
5 - A ocupação humana dos bosques boreais. Os povos euro-asiáticos da
taiga e sua organização econômica. A cultura ocidental e a taiga.
6 - As regiões de floresta. Classificação e distribuição geográfica dos vários tipos de floresta.
7 - A1 floresta temperada das latitudes médias. Seus fundamentos geográficos. Clima e revestimento vivo.
8 - A ocupação humana das regiões de floresta temperada. A floresta
temperada como centro vegetativo da cultura ocidental.
9 - Características da ocupação das florestas temperadas pelas culturas
orientais. A sua exploração agrícola na China.
10 - As florestas equatoriais úmidas ou selvas e seus fundamentos geográficos. Climatologia e Biogeografia. Sua distribuição e limites.
11 - A ocupação humana das florestas equatoriais. A sua exploração pelas
culturas nativas.
12 - A colonização das florestas equatoriais pelos povos de cultura ocidental. Estudo da bacia do Congo.
13 - As regiões de florestas tropicais, semi-úmidas . A floresta semi-decidual ou "jungle" e a floresta de espinhos (scrub-florest).
14 - A ocupação humana das florestas tropicais pelos povos nativos e de
cultura ocidental.
15 - As regiões de campos abertos: prados, estepes e savanas . Características fundamentais. Clima e hidrografia.
16 - A ocupação humana das regiões de campos abertos. As culturas
primitivas: a prato-agricultura e a economia dos povos nômades . A técnica
ocidental no aproveitamento destas regiões. Estudo da paisagem da savana
sudanesa.
17 - As regiões desérticas. Sua classificação e distribuição geográfica.
Características fundamentais dos desertos.
18 - Os desertos tropicais. Fundamentos fisiográficos. Clima, flora e fauna
dos desertos. Os oásis e o problema da água nas regiões desérticas.
186
BOLETIM GEOGRAFICO
19 - A ocupação humana dos desertos. Sedentarismo e nomadismo na
economia dos povos nativos do deserto. Estudo de paisagens típicas: os tuaregs
no Saara ocidental e os oásis de Souf e Mzab.
20 - Regiões semi-áridas. Características geográficas.
·
21 - As regiões montanhosas. Características fundamentais. Climatologia
e Biogeografia . A montanha como habitat humano. A influência das montanhas sôbre a distribuição e concentração humanas.
22 - Trabalhos práticos. Construção de diagramas e cartogramas.
Bibliografia
e Revista de Revist t
GEOGRAFIA REGIONAL DO BRASIL
Divisão regional do Brasil. Caracterização das grandes regiões .
Região Norte .
3 - Região Meio-Norte.
4 - Região do Nordeste .
5 - Região Leste.
6 - Região Sul.
7 - Região Centro-Oeste .
8 - Problemas regionais . •
1 -
2-
1 - Valorização da Amazônia. Area da Amazônia Clássica e da Amazônia
Legal. Situação atual (população, colonização, alimentação, produção de
gêneros e transporte) . Considerações a · propósito da produção de borracha. O
preceito constitucional e sua concretização SPVEA. Plano de emergência. Plano
qüinqüenal .
2 - Valorização ~o São Francisco . O vale do São Francisco . Aspecto do
aproveitamento do rio nos transportes, na irrigação e na energia hidrelétrica.
3 - "A sêca do Nordeste" como problema geo-econômico . O polígono das
sêcas. O plano de combate às sêcas.
4 - A siderurgia no €stado de Minas Gerais e no vale do rio Doce. Volta
Redonda no vale do Paraíba.
5 - A marcha para o oeste e a mudança da capital federal.
6 - Trabalhos práticos. Construção de diagramas e cartogramas.
· TÉCNICAS DA PESQUISA GEOGRAFICA
1 - Técnicas para a coleta de material bibliográfico, cartográfico e observações de campo.
·
2 - Elaboração de monografias resultantes do trabalho de campo.
LUíS RAINHO DA SI~~A. 1
RO _ os Solos d_o ~e!ntonc
do Amapá (Contnbl}.lç~o ao :
do) _ superintepd~ncia do
Valorização Econom~ca da ~m
Setor de Coprdenaçao e DIVU.
Belém - Pará - 1955.
A presente obra resultou..d
vações realizadas pelo a_utor,.
são do Ministério da Agncultt
por objetivo estu,dar os solo:
riais e lateríticos e oferec~r c
a respeito do seu 9:prov~I~a~
política de fomento as atr~nd.
colas, objetivada pel<;> P~Ime
Qüinqüenal da v_alonzaça~ l
da Amazônia, mmto lucrara c
sultados reunidos n~ste tr.aba
vés dêles será poss!Vel fixar
propícias à agricultura, e ao I
mento de colônias agncola:>.
constitui valioso subsi~:
nhecimento das e~atas condi'
lógicas do Amapa. ~
O volume compoe-se de
nas e vem fartamente ilustJ
• Anualmente o professor poderá escolher um dêsses temas e desenvolvê-lo como trabalho
de pesquisa com os alunos.
TEODORO DE LA. TO~:
- Problemas de Las Mtgract<
nacionales _ Ediciones Cult
nica- Madrid- 1946.
AOS EDITóRES: jl:ste "Boletim" não faz publicidade remunerada, entretanto reglstará
ou comentará as contribuições sôbre geografia ou de interêsse geográUco que sejam
enviadas ao Conselho Nacional de Geografia, concorrendo dêsse modo para mais ampla
difusão de bibliografia referente à geografia brasileira.
Focaliza a presente ob~a
no das migrações interna:ciOI
da a expressão n~ se~tido
concreto como indicativo du
no histÓrico próprio de nc
tão bem conhecido pelas POJ
Europa e América.
Na introdução, aprese~
em traços gerais, a classi1
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espaço (internas e externa
nacionais) ; de temp0 ~per~
momentâneas) ; em raz!;'o ~·
(com finalidade econorruc
~dentarismo e nomadismo na
paisagens típicas: os tuaregs
J
ográficas.
s fundamentais. Climatologia
no. A influência das montats.
·r amas e cartogramas.
Bibliografia
e Revista de Revistas
BRASIL
ão das grandes regiões.
Livros
ônia Clássica e da .Amazônia
alimentação, produção de
da produção de borracha. O
Plano de emergência. Plano
> São Francisco . Aspecto do
io e na energia hidrelétrica.
l-econômico. O polígono das
no vale do rio Doce. Volta
capital federal.
mas e cartogramas.
JRAFICA
ráfico, cartográfico e obser-
trabalho de campo .
s e desenvolvê-lo como trabalho
munerada, entretanto reglstará
terêsse geográfico que sejam
dêsse modo para mais ampla
LUíS RAINHO DA SILVA CARNEIRO - Os Solos do Território Federal
do Amapá (Contribuição ao seu estudo) - Superintendência do Plano de
Valorização Econômica da AmazôniaSetor de Coprdenação e Divulgação Belém - Pará - 1955.
A presente obra resultou..das observações realizadas pelo autor, em missão do Ministério da Agricultura, e tem
por objetivo estudar os solos equatoriais e lateríticos ·e oferecer conclusões
a respeito do seu aproveitamento. A
política de fomento às atividades agrí_.
colas, objetivada pelo Primeiro Plano
Qüinqüenal da Valorização Econômica
da Amazônia, muito lucrará com os resultados reunidos neste trabalho. Através dêles será possível fixar as áreas
propícias à agricultura e ao estabelecimento de colônias agrícolas .
Constitui valioso subsídio ao conhecimento das exatas condições pedológicas do Amapá .
O volume compõe-se de 109 páginas e vem fartamente ilustrado .
A.V.L.
..,..
TEODORO DE LA TORRE RECIO
- Problemas de Las Migraciones Internacionales - Ediciones Cultura Hispá-
nica - Madrid - 1946.
Focaliza a presente obra o fenômeno das migrações internacionais. tolJlada a expressão no sentido genérico e
concreto, como indicativo dum fenômeno histórico próprio de nossa época,
tão bem conhecido pelas populações da
Europa e América.
Na introdução, apresenta o autor,
em traços gerais, a classificação "das
migrações segundo quatro critérios: de
espaço (internas e externas ou internacionais) ; de tempo (permanentes e
momentâneas) ; em razão da finalidade
(com finalidade econômica imediata
ou não) e em razão da iniciativa (autônomas e políticas) . Esta classificação
conquz-nos ao objeto do estudo, ou
seja o das emigrações autônomas.
Não se trata de um estudo exclusivamente estatístico, histórico, econômico, político, moral ou jurídico. Todos êstes aspectos, porém, são conslderados dum ângulo especial, à luz dos
documentos pontifícios.
o livro abre capítulos para os seguintes assuntos: 1) Problemas sociológicos nos países de emigração; 2)
Problemas sociológicos nos países de
imigração; 3)' Problemas sociológicos
gerais das migrações internacionais; 4)
Problemas jurídicos da emigração; 5)
Problemas jurídicos da imigração; 6)
As migrações internacionais e a paz
internacional. - A.V.L.
*
TELASCO GARCIA CASTELLANOS
Geología de Fronteras (Bases
Geológicas para la determinación de
limites internacionales) - Dirección
General de Publicidad de la Universidad Nacional de Córdoba - República
Argentina - 1954 .
Pretende o volume demonstrar a
importância do estudo geológico das
zonas em que se determinam os limites
de soberania entre os estados. A conexão do assunto com a geomorfologia,
sedimentação, erosão e movimentos
epirogênicos, gêlo, ação biológica, geologia econômica e geologia técnica e o
Direito Internacional é estudada em
capítulos separados para cada uma
dessas matérias. - A.V.L.
*
MAURICE LE LANNOU, Le Brésil
- Col Armand Colin, n .0 303, Paris, A.
Colin, 1955; in 16.0 , 224 ps., 12 cartas.
Em pouco menos de 50 páginas
apresenta o volume as bases da geografia do Brasil, e em pouco mais
BIBLIOGRAFI
188
BOLETIM GEOGRAFICO
conclusões para os grandes problemas
hodiernos de nosso país (aspecto econômico e social, servidão da economia
brasileira, coesão nacional) . O restante, mais da metade do opúsculo, encerra a descrição das regiões em. que
se divide o país: Amazônia, Nordeste,
Minas Gerais, Brasil meridional, Oeste
(Mato Grosso), São Paulo, Rio de Janeiro, e a sua região.
O interêsse e importância da diferenciação regional evidenciam-se em
todo o livro, inclusive nas conclusões,
de tal modo que a estrutura imprimida
pelo autor ao seu estudo e o espírito
que o anima guardam perfeita consonância com a essência geográfica do
Brasil.
As descrições regionais visam ao
conhecimento do homem e de suas
obras; o solo, o clima, a natureza em
geral, são focalizados na medida em
que apresentam estreitas relações com
o homem . (Condensado do comentário
de Aldo Sestini, Rivista Geografica Italiana Annata LXII - fase. 3 Setembro 1955) . - A .V.L.
·
Periódicos
RIVISTA GEOGRAFICA ITALIANA
- Annata LXII - Fase. 4 - Dicembre
1955 - Florença - Itália.
Além da matéria habitual oferece o
presente número, sob o título "Geografia na escola", completo noticiário sôbre a realização da primeira "Semana
Geográfica" promovida pela Associação
Italiana dos Professôres de Geografia
entre os dias 20 e 26 de julho de 1955,
na cidade de Bressanone (Alto Adige),
sob os anspícios da Universidade de
Pádua, por ocasião da Assembléia-Geral
daquela associação.
As contribuições apresentadas durante o certame constituíram verdadeiras aulas e giraram tôdas em tôrno
dos problemas mais palpitantes ligados
ao ensino da Geografia.
Seguem-se os temas, acompanhados dos respectivos autores, cujos resumos são apresentados no volume em
causa: "Le grandi regioni antropiche
della Terra", por Aldo Sestini; "I nuovi
programmi di geografia in alcuni paesi
europei", por Elio Migliorini; "Sussidi
statistici nello studio della geografia",
por Luigi Candida; "Problemi di geomorfologia alpina (lezione accompagnata da proiezioni Iuminose) ", por
Giuseppe Nangeroni; "Aspetti geografico- economici della crisi della montagna", por Dino Gribaudi; "I !ondamenti della geografia economica", por
Umberto Toschi; "Gli esercizi cartografici nella scuola media", por Osvaldo
Baldacci; "Il recente sviluppo economico degli Stati", por Bruno Nice;
"L'insegnamento della geografia uma-
na da parte dei naturallsti", por Aldo·
Sestini.
Sumário dos outros artigos e comunicações: "Antonio Renato Toniolo
(1881-1955) ", por Emilio Malesani;
"L'approvvigionamento idrico ed elettrico nelle isole minori del Tirreno",
por Luigi Pedreschi; "Per uno studio
geografico dei mercati periodici della
Toscana", ppr Bruno Nice ; "Un centro
industriale Iombardo: Sesto San Giovanni", por Gian Mario Rulfi; "Recenti
sviluppi dell'economia albanese", por
Aldo Sestini; "Uno studio sulla valle
superiore dell'Isonzo", por Eliseo Bonetti.
BOLETIN DE LA SOCIEDAD GEOGRÁFICA DE LIMA - Tomo LXXII Primeiro y Segundo Trimestre de 1955.
Neste volume destacam-se pelo- interêsse geográfico as seguintes contribuições: "Limitaciones dei Concepto de
Ciclo Geomórfico", pelo Dr. Carlos Nicholson; "Aeronáutica y .Climatología",
pelo coronel F.A.P. Ernesto Roldán Seminario .
Outras matérias: "Por Ia Pampa
Negra de Cafíete hacia el mar", pelo
engenheiro Jorge A. Broggi"; "Significativos Homenajes tributados a Ià
Memoria de Antonio Raimondi"; "Sentido Geográfico de Hipólito Unánue".
pelo Dr. Luiz Alayza y Paz Soldán.
Tomo LXXII - Tercero Y
Trimestre de 1955.
Além de editorial dedic~dc
centenário de H~pólito U~ar:~
grafo e prócer da mdependenCl,
na o presente volume ofer.ece
té~ia que segue: "Geografia
tada dei Perú", pelo Dr. Luí~
Apontame
Prosseguindo na apresent
vultos da geografia contemporâ
vêm sendo focalizados no Bol
formativo do XVIII Congres~
nacional de Geografia, fixarem
os nomes de L. Dudley Stamp E
Lehmann .
*
L. Dudley Stamp
Nascido na Inglaterra, 1
estudou no King's CoUege, em
onde se graduou bacharel em
obtendo, posteriormente, os t
"Master" em Ciência e de d
Ciências da Universidade de L
Em 1921, L. Dudley Stamt
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Yomah Oil Company, e, mals
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seu trabalho, na índia e eii
foi-lhe concedida, em 1922, M
Ouro do Instituto de Minas 6
da índia. Em 1923, foi pu_bl
primeiro livro An Introductw
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meado primeiro professor de
e Geografia da Universidade
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ganizando o novo departam
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estudos que, mais· tarde, .for1
rificados em sua obra Asza:
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Tendo visitado, novamen
versas vêzes, a índia, o P:
Burma, recebeu, em 194~, .a.
dai da sociedade Geograf1c,
da índia, por notáveis ser:ri
ienvolvimento da Geografia
e na Ásia, em geral.
Em 1926, L. Dudley Sta
para a Universidade de L
qual fôra demonstrador_ de
em 1919, passando, entao,
co
BIBLIOGRAFIA
or ao seu estudo e o espírito
tima guardam perfeita conso:om a essência geográfica do
,escrições regionais visam ao
,ento do homem e de suas
solo, o clima, a natureza em
o focalizados na medida em
;entam estreitas relações com
. (Condensado do comentário
estini, Rivista Geografica ItaAnnata LXII - fase . 3 1955). -
A.V.L.
:io dos outros artigos e eo"Antonio Renato Toniolo
) ", por Emílio Malesani;
rigionamento idrico ed elet! isole minori dei Tirreno",
Pedreschi ; "Per uno studio
dei mercati periodici della
por Bruno Nice; "Un centro
1om bardo: Sesto San Gio: Gian Mario Rulfi; "Recenti
ell'economia albanese", por
ni; "Uno studio sulla valle·
iell'Isonzo", por Eliseo Bo-
*
IN DE LA SOCIEDAD GEO)E LIMA - Tomo LXXII Segundo Trimestre de 1955.
olume destacam-se pelo- in~ráfic o as seguintes contriimitaciones dei Concepto de
órjico", pelo Dr. Carlos Níeronáutica y .Climatología",
l F.A.P. Ernesto Roldán Se-
matérias: "Por la Pampa
!afíete bacia el mar", pelo
Jorge A. Broggi"; "Signi::>menajes tributados a là
Antonio Raimondi"; "Seufico de Hipólito Unánue",
~ Alayza y Paz Soldán.
*
Tercero y Cuarto
Além de editorial dedicado ao bicentenário de Hipólito Unánue, geógrafo e prócer da independência peruana, o presente volume oferece a matéria que segue: "Geografia Concertada del Perú", pelo Dr. Luís Alayza
DE REVISTAS
l!IS
y Paz Soldán; "Idea General del Perú",
pelo Dr. Hipólito Unánue; "Síntesis
Monográfica de la Antártica", pelo major Edmundo Rey Riveros; "El Verdadero Origen del Amazonas", pelo coronel Gerardo Dianderas; Informes de la
Comisión de Demarcación, 1953 . A.V.L.
Apontamentos Bio-bibliográficos
.
:te dei naturalisti", por Aldo
!S:
Tomo LXXII Trimestre de 1955.
E REVISTA
Prosseguindo na apresentação de
vultos da geografia contemporânea, que
vêm sendo focalizados no Boletim Informativo do XVIII Congresso Internacional de Geografia, fixaremos agora
os nomes de L. Dudley Sta~p e Herbert
Lehmann .
*
L. Dudley Stamp
Nascido na Inglaterra, em 1898,
estudou no King's College, em· Londres,
onde se graduou bacharel em Ciências,
obtendo, posteriormente, os títulos de
"Master" em Ciência e de doutor em
Ciências da Universidade de Londres.
Em 1921, L. Dudley Stamp foi para
Burma, como geólogo do petróleo da
Yomah Oil Company, e, mais tarde, da
Indo-Burma Petroleum Company . Por
seu trabalho, na índia e em Burma,
foi-lhe concedida, em 1922, Medalha de
Ouro do Instituto de Minas e Geologia
da índia. Em 1923, foi publicado seu
primeiro livro Án Introduction to Stratigraphy e, n~sse mesmo ano, foi nomeado primeiro professor de Geologia
e Geografia da Universidade de Rangoon, onde permaneceu por 3 anos, organizando o novo departamento. Publicou, nesse período, seu segundo livro
The vegetation of Burma e iniciou os
estudos que, mais· tarde, foram corporificados em sua obra Asi a; a regional
and economic G eography.
·
Tendo visitado, novamente, por diversas vêzes, a índia, o Paquistão e
Burma, recebeu, em 1949, a Patel Medal da Sociedade Geográfica Nacional
da índia, por notáveis serviços no desenvolvimento da Geografia, na índia
e na Asia, em geral.
Em 1926, L. Dudley Stamp voltou
para a Universidade de Londres, ·da
qual fôra demonstrador de Geologia,
em 1919, passando, então, a ocupar,
durante 2·0 anos, o cargo de "Reader"
em Geografia Econômica da London
School of Economics . Em 1945, tornou-se professor universitário de Geografia
e chefe do Departamento de Geografia
da mesma escola, cargo que resignou 3
anos mais tarde. para se tornar primeiro professor de Geografia Social,
cad•ira dedicada, principalmente, à
pesquisa de problemas atuais de uso
da terra e de planejamento. Seu trabalho, sôbre o uso da terra, começou,
em 1930, quando organizou o inventário sôbre a utilização de cada pedaço de terra, em tôda a Grã-Bretanha,
trabalho no qual colaboraram, como
voluntários, vários milhares de alunos
de universidades, colégios e escolas.
Tal trabalho foi grandemente utilizado,
como base para planejamento e desenvolvimento da agricultura. durante a
Segunda Guerra Mundial. Mapas colo>ridos, na escala de 1 polegada por mil,
foram publicados, abrangendo tôda a
Inglaterra e faís de Gales, assim como
as regiões populosas da Escócia. O relatório foi publicado em 9 volumes,
tendo sido dêle feito um sumário, publicado com o seguinte título The land
of Britain: Its use and misuse.
L. Dudley Stamp publicou um
grande número de livros-texto, que são
usados em quase todo o mundo, tais
como, sôbre a Inglaterra, The British
Isles, Britan's Structure and Scenery e
Man and Land. O govêrno britânico,.
reconhecendo seus serviços, fê-lo comendador da Ordem do Império Britânico. a Clark University deu-lhe o
título de doutor honoris causa, a Suécia
concedeu-lhe a Vega Medal, a American Geographical Society deu-lhe a
Daly Medal e a Royal Society of Britain
a Patron's Medal. ,a'tualmente, o professor Dudley Stamp é presidente da
União Geográfica Internacional .
*
BIBLIOGRAFI
190
BOLETIM GEOGRáFICO
Berbet Lehmann
Nascido em 1901, na Alemanha, o
professor Herbert Lehmann. fêz. nas
Universidades de Berlim e Heidelberg,
os cursos de Geologia, Química e Geografia, tendo sido aluno de . Albrecht
Penck (Geografia) e Salomon-Calvi
(Geologia) . Doutourou-se, em 1927, pela Universidade de Berlim, após o que
passou um ano. na Grécia, real!zando
trabalhos de campo. , Voltando a Alemanha, tornou-se assistente do Departamento de Geografia da Universidade
de Berlim, tendo feito, então, numerosas viagens pela Grécia, Itália, Iugoslávia e França . Nesses países, Herbert
Lehmann estudou os fenômenos cársticos na zona temperada e, em 1933,
viajando na Indonésia, estudou o carst
na zona tropical (!Java, Célebes, Sum-
ba e Flores) . Após a Segunda Guerra.
Mundial, foi professor na Universidade
de Bonn e, em 1949, tornou-se co-editor
do periódico Erdkunde . Atualmente, é
· catedrático e chefe do Departamento
de Geografia ela Universidade de
Frankfurt, Main, tendo sido, de 1951
a 1953, presidente do Zentralverband
Deutcher Geographer". Em 1952, lecionou, como professor-visitante, na Universidade de Chicago, tendo realizado
alguns trabalhos de campo na zona
cárstica de Indiana e Kentucky e, depois, em Cuba, Jamaica, Pôrto Rico e
Haiti . O professor Lehmann é diretor
do Instituto Geográfico da Universidade de Frankfurt e preside a Comissão
para o estudo dos fenômenos cársticos,
patrocinada pela Uniã,o Geográfica Internacional .
Publicações Geográficas
RELAÇAO DAS PUBLICAÇõES PERióDICAS INCORPORADAS AO ACERVO
DA BffiLIOTECA DO C.N.G. DURANTE
OS MESES DE SETEMBRO E DEZEMBRO DE 1955.
ACTA GEOGRAPHICA. Helslnki, Societas geographica Fenniae . n.o 13
1954/55.
AGRONOMIA . Rio de Janeiro. Escola
Nacional de . Agronomia . v. 13 n.o
3-4 jul.-dez. 1954.
AMERICA INDIGENA . México, Instituto indigenista inter:.americano v.
15 n.o 4 out. 1955.
ANAIS . Lisboa. Junta de investigações
do Ultramar. v. 8 t. i 1953 .
ANNALES . Lublin, Polonia, Universitatis Mariae- Curie-Sklodowska. v. 7
sect. B 1952 .
ANALES DE LA SOCIEDAD DE GEOGRAFIA E HISTóRIA DE GUATEMALA. Ano 27 t. 27 n. 0 1-4 mar./
/1953-dez./ 1954.
ANNALES DE GÉOGRAPHIE. Bulletin
de la Société de Géographie . Paris.
Ano 64 n.o 343 mai.-jun. 1955.
.ANNALES DE L'EST. Nancy, Faculté
des Lettres de L'Université de Nancy e la Fédération Historique Lorraine. n. 0 2 - série 5 - ano 6 1955 .
ANNALS OF THE ASSOCIATION OF
AMERICAN GEOGRAPHERS. Washington. v. 45 n. 0 3 set. 1955.
ARQUIVOS DO SERVIÇO FLORESTAL.
Rio de Janeiro. v. 9 1955.
ARQUIVOS ECONôMICOS . Rio de Janeiro. Banco do Brasil. n. 0 1 jul.
1955.
ATLAS. órgano oficial del Instituto
geográfico militar Argentino Buenos Aires. Ano 1 n. 0 2 dez. 1954.
BOIS ET FORÉTS DES TROPIQUES.
Paris . Centre' technique forestier
tropical, n .0 43 set.-out. 1955.
BOLETIM CARIOCA DE GEOGRAFIA.
Rio de Janeiro . Associação dos
geógrafos brasileiros. Ano 6 n. 0 3-4
1953.
BOLETIM DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE GEOLOGIA. São Paulo .
n. 0 2 v. 4 set. 1955.
BOLETIM DA SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA . Série 73 n. 0
4-6 abr.-jun. 1955.
BOLETIM DE AGRICULTURA. Belo
Horizonte, Departamento de produção vegetal. Ano 4 n. 0 9-10 set.-out. 1955 .
BOLETIM GEOGRAFICO. Pôrto Alegre, Diretório Regional de Geografia e do Serviço Estadual de Geografia. Ano 1 n.o 1 - jul.-ago. 1955.
BOLETIM INDIGENISTA. México, Instituto indigenista interamericano.
v. 15 n. 0 3 set. 1955 .
BOLETIM INFORMATIVO DA CHINA
· LIVRE. Embaixada da República
da China. Rio de Janeiro. S/38 10-10-1955.
BOLETIM TÉCNICO. Insti~utc
nômico do Norte . Bel em.
mai. 1953.
BOLLETTINO DELLA SOCIET j
GRAFICA I'I:ALIANA . Ro~
8 v. 8 fase. 6-8 jan.-ago. 1.
BOLLETTINO UFFICIALE DEL
DI NAPOLI . Napoli - Ital
set. 1955.
BRASIL AÇUCAREIR~ · Rio dt
ro Instituto do açucar e d<
Ano 23 v. 46 n.o 2 - ago.
BULLETIN DE L'INSTITU:':!' l
SERT D'EGYPTE. Helwpo
n.o 2 jul. 1955.
BULLETIN DE L'INSTITUT FR
D'AFRIQUE NOIRE. J?akaJ
A _ Ciências naturais).
4 - out. 1955.
BULLETIN DES SÉANC~S · E
Institut Royal Colomal be
n. 0 4, 1955.
BULLETINS. Lawrence, State
cal Survey. Ns. 107-108-1<
CAÇA E PESCA. São Paulo,
Pesca Editôra Ltda. Ano 1
agô. 1955 .
LES CAHIERS D'OUTRE-MEI
de géographie. Bordeaux,
de la France d 'Outre-Me
n.o 31 jui.-set. 1955.
CAHIERS DE GÉOGRAPH~E;
de géographie ;' Universlte
n.o 6, 1955.
LES CAHIERS DE TUNISI1i
Institut des Hautes ÉtudE
ano 3, 2.o trimestre 1955 .
CANADIAN GEOGRAPHICAJ
NAL. Ottawa, The Cana<
graphical Society. v. 51 1
1955.
COLLECTED REPRINTS. ~
setts. woods Hole Ocea;
Institution. 1954 Jul. 195:
COMPTE RENDU SOM~j\-J
SÉANCES. Paris , Societl
que de France . ns. 7-8
1955.
CONJUNTURA ECO~ôMI~~
Janeiro Fundaçao GetulJ
Ano 9 ú.o 11 nov. 1955.
DIGESTO ECONôMIC.O · S
Associacão comercial. A
126 nov·.-dez. 1955 .
ERDKUNDE; arc~·üv fur eis!
che geographie. Bon~ , G,
ches Institut der Umver.
t. 9 v. 3 1955.
ESTUDIOS GEO~RAFICOS
Consejo supenor de inve
cientificas. Ano 16 n.o 5f
es) . Após a Segunda Guerra.
foi professor na Universidade
, em 1949, tornou-se co-editor
.co Erdkunde. Atualmente, é
o e chefe do Departamento
:afia da Universidade de
, Main, tendo sido, de 1951
residente do Zentralverband
3-eographer". Em 1952, lecioprofessor-visitante, na Unide Chicago, tendo realizado
tbalhos de campo na zona
! Indiana e Kentucky e, de~uba, Jamaica, Pôrto Rico e
lrofessor Lehmann é diretor
,o Geográfico da Universidalkfurt e preside a Comissão
Ido dos fenômenos cársticos,
a pela União Geográfica In1.
..
"Icas
ECONôMICOS. Rio de JaBanco do Brasil. n. 0 1 jul.
:gano oficial del Instituto
ico militar Argentino Buees. Ano 1 n. 0 2 dez. 1954.
ORftTS DES TROPIQUES.
Centre' technique forestier
n.o 43 set.-out. 1955.
ARIOCA DE GEOGRAFIA.
Janeiro. Associação dos
s brasileiros. Ano 6 n.o 3-4
A SOCIEDADE BRASILEIGEOLOGIA. São Paulo.
4 set. 1955.
A SOCIEDADE DE GEODE LISBOA. Série 73 n. 0
jun. 1955.
E AGRICULTURA. Belo
e, Departamento de progetal. Ano 4 n .0 9-10 1955.
mOGRAFICO. Pôrto Aleório Regional de GeograServiço Estadual de Geono 1 n.o 1 - jul.-ago. -
DIGENISTA. México, Insigenista interamericano.
3 set. 1955 .
FORMATIVO DA CHINA
mbaixada da República
Rio de Janeiro. S/38 -
.
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BOLETIM TÉCNICO. Instituto Agronômico do Norte. Belém. n. 0 28
mai. 1953 .
BOLLETTINO DELLA SOCIETA Q-EOGRAFICA ITALIANA. Roma. Ser.
8 v. 8 fase. 6-8 jan.-ago. 1955.
BOLLETTINO UFFICIALE DEL PORTO
DI NAPOLI. Napoli - Italia n. 0 9
set. 1955.
BRASIL AÇUCAREIRO. Rio de Janeiro, Instituto do açúcar e do álcool .
Ano 23 v. 46 n.o 2 - ago. 1955 .
BULLETIN DE L'INSTITUT DU DESERT D'EGYPTE . Heliópolis . t. 5
n.o 2 jul. 1955.
BULLETIN DE L'INSTITUT FRANÇAIS
D'AFRIQUE NOIRE. Dakar. (Série
A - Ciências naturais) . t. 17 n.o
4 - out. 1955.
BULLETIN DES SÉANCES. Bruxelles,
Institut Royal Colonial belge . t. 1
n. 0 4, 1955 .
BULLETINS. Lawrence, State Geological Survey. Ns. 107-108-109. 1954 .
CAÇA E PESCA. São Paulo, Caça e
Pesca Editôra Ltda. Ano 15 n. 0 171
agô. 1955 .
LES CAHIERS D'OUTRE-MER . Revue
de géographie. Bordeaux, Institut
de la France d'Outre-Mer. Ano 8
n. 0 31 jul.-set. 1955.
CAHIERS DE GÉOGRAPHIE. Instltut
de géographie :' Université Quebec.
n.o 6, 1955.
LES CAHIERS DE TUNISIE . Tunls,
Institut des Hautes Études. n. 0 10
ano 3, 2.0 trimestre 1955.
CANADIAN GEOGRAPHICAL JOURNAL. Ottawa, The Canadian Geographical Society. v. 51 n. 0 4 Out.
1955 .
COLLECTED REPRINTS . Massachusetts. Woods Hole Oceanographic
Institution. 1954 Jul. 1955.
COMPTE RENDU SOMMAIRE DES
SÉANCES. Paris, Société géologique de France. ns. 7-8 a br.-mai.
1955 .
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WISSENSCHAFTLICHE
VEROFFENTLICHUNGEN DES DEUTSCHEN
INSTITUTS FüR LANDERKUNDE.
Leipzig. n. 0 13-14 1955.
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Noticiário
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PRESID~NCIA DA REPúBLICl
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEO•
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Brasileira" encontram-se à venda nas principais livrarias do pais e na Secretaria Geral
do Conselho Nacional de Geografia - Avenida Beira-Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio de
Janeiro, D .F.
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3 nov. 1955.
l:OGRAFICA ITALIANA.
locietá di studi geografici .
te. 2 jun. 1955.
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VEROFFENTLICHE
EN DES DEUTSCHEN
FüR LANDERKUNDE.
13-14 1955.
/
PRESIDtNCIA DA REPúBLICA
INSTITUTO
BRASILEIRO DE
E ESTATíSTICA
GEOGRAFIA
DR. M. A. TEIXEIRA DE FREITAS - FALECIMENTO DtSSE ILUSTRE HOMEM PúBLICO - TRAÇOS BIOQRAFICOS - ATIVIDADES NO CAMPO DA ESTATíSTICA OBRAS P UBLICADAS - úLTIMAS HOMENAGENS - OUTRAS HOMENAGENS A MEMóRIA
DO ANTIGO SECRETARIO-GERAL DO I.B.G.E .
-NO DIRETóRIO CENTRAL DO C.N.G.- NA
.JUNTA REGIONAL DE ESTATíSTICA DO D.F.
- ORAÇAO PROFERIDA PELO DR. MOACIR
.SILVA. - A 22 d e fevereiro último, faleceu,
nesta capital, o Dr. Mário Augusto Teixeir a de
Freitas, presidente honorário do Instituto Interamer!cano de Estatística, vice-presidente do
1nstituto Internacional de E8tatíst!ca, organizador e pr!me!co secretário-geral do I.B.G.E .
.Q falecimento d êste eminente homem público
brasileiro foi recebido com as maiores demonstrações de pesar, !lm todo o pais.
D ados biográficos
Filho do Sr. Afonso Augusto Teixeira de
Freitas, o Sr. Mário Augusto Teixeira de Frel'tas, nasceu em São Francisco, no estado da
Bahia, a 31 de março de 1890. Em 1908, já
diplomado em ciências jurídicas e sociais, !ng~essou
na antiga Diretoria Geral de Estatística do Ministério da VIação . A partir dessa
.época datam os seu s primeiros contatos com
um setor em que viria a destacar-se como
uma das maiores autoridades. Nessa fase.,
promoveu numerosas pesquisas estatísticas até
então Inéditas no p aís e realizou, pessoalmente, vários estudos com base nos levantamentos
efetuados·.
O censo em Minas
Em março de 1920, nomeado por Bulhões
Carvalho, exerceu o cargo de delegado geral
do recensamento em Minas Gerais. A capacidade de trabalho, o tirocínio e a experiência
<le Teixeira de Freitas levaram o govêrno ml. nlro a convidá-lo para reformar a organização
estatística estadual, com plena liberdade de
iniciativa. Como diretor do Serviço de Estatística Geral de Minas Ge:a!s, laoje Departamento Estadual de Estatística , lançou o extinto
Importantes t rabalhos, dentre êles o "Anuário
Estatístico do Estado", o "Anuário Demográfico",
o "Anuário de Legislação e Administração Municipal", o "Atlas Corográfl<.:o Municipal de Minas
Gerais", a "Carteira Estatística de Minas G er ais"
e a "Divisão Administrativa e Judiciária de
Minas Gerais".
Sua atuação no plano federal
a "Biblioteca Geográfica
s e na Secretaria Geral
dilicio Iguaçu - Rio de
Em 1930, colaborou o Sr. Teixeira de Freitas
na organização do recém-criado Ministério de
Educação e Saúde Pública, cuja Diretoria de
Informações, Estatística e Divulgação ocupou.
Ma is tarde colaborou também com o então m1-
CI-
n!stro da Agricultura, Sr. Jua~ez Távora, na
organização de um serviço de estatística da
produção e nunca mais descansou no sentido
de obter coordenação de tôdas as a tividades
estatísticas nacionais, à base da cooperação
!ntergovemamental.
Como r elator da Comissão Interm!nlster!al que estudou a organização do Instituto
Nacional de Estatística, criada em 1934, coute-lhe a realização da Convenção Nacional de
Estatística de 1936. C: !ado o Instituto, depois
denominado I n sti tuto Brasileiro de Geografia
e Estatística, o Sr. M. A. Teixeira de F reitas
foi o primeiro a ocupar, até 1948, o cargo de
secretário-geral. Neste pôsto concebeu, planejou e consolidou a atual organização estatística brasileira, !mpr!m!ndo-lhe não sàmente a
marca do seu espírito como a capacidade de
realização que a firmou no respeito da opinião pública nacional e no conceito das entidades In ternac!ona!s.
Apesar de aposentado em 1952, após 44 anos
de serviço público, o Sr. Teixeira de Freitas
continuou a emprestar colaboração ao govêrno no setor da estatística, pois ainda no ano
passado participou das reuniões do Instituto
Interamerlcano de Estatística, de que era presidente honorário.
Batalhador de causas nobres
Antigo presidente da Associação Brasileira
de Educação e da Sociedade Brasileira de Estatística, membro da Liga Brasileira de Esperanto,
do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,
da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro,
da Associação Bras!le!ra de Municípios, da Sociedade dos Amigos de Alberto Tôr:es, da Liga
da Defesa Nacional, da Ação Social Arquidiocesana e do Conselho-Diretor da Fundação
Getúlio Vargas, o Sr. M. A. Teixeira de Freitas foi um pregador incansável, de ãn!mo verdadeiramente apostolar, de largas e generosas
idéias. Bateu-se pela maior difusão do ensino
e sua &dequação às necessidades do país, pela revitalização dos mun!cip!os, pela red!v!são
territorial, Incluindo a !nter!or!zação da capital federal, pelo prevalec!mento do sistema ·
métrico decimal, pela Instituição de colôniasescolas, pela cooperação !nteradm!nlstrat!va em
vários campos da atividade governamental, pela reforma do registro civil, pela uniformização da ortogrjl.f!a, pela adoção do esperanto
como língua auxilar, pela crição de bibliotecas e museus municipais e pela reestruturação
da administração puollca brasileira.
Suas obra"
Deixou numerosos trabalhos, entre os quais
se destacam: " O ensino primário no Brasil",
"O que dizem os números sôbre o ensino primário", " Os serviços tle estat!st!ca do estado
de Minas Gerais" , ··o r eajustamento ter: ltor!al do Brasil", "O problema do município no
Brasil atual", "A educação rural", "A Constituição de 1934 e a ortografia", "O Exército e a
educação nacional", "Teses estatísticas", " O
I.B.G.E. e a segurança nacional", "O I.B .G.E. e
os governos regionais", " Dispersão demográf!ca
194
BOLETIM GEOGRAFICO
e escolaridade", "A evasão escolar no ensino primário bras!lelro", "A estatística e a organização nacional", "A redlv!são politlca do Brasil"
e "Problemas de organização n a cional". Católico praticante, figuram entre suas obras
Inacabadas livros de cunho f!losóf!co-religioso.
Casado com a Sra. Rosalina Limpo Teixeira de Freitas, também pe:-tencente a tradicional
famíli a bras!lelra, deixa o Sr. M . A. Teixeira
de Freitas dois f!lhos, os Srs. Antônio Paulino
Limoo Teixeira de Freitas, diretor de Administração da Secretaria-Geral do Conselho Na cional de Estatística, e Augu sto Afonso Limpo
Teixeira de Freitas, engenheiro clv!l e dl!'etor
da :Sociedade Técnica de Empreendimentos de
Engenharia Ltda. Deixa também vários netos.
úLTIMAS HOMENAGENS - OUTRAS HOMENAGENS A MEMóRIA, DO ANTIGO SECRETARIO-GERAL DO T.B .G.E. Em câmara
ardente na sede do I .B .G .E ., à avenida Franklin
Roosevelt, 166, na sala que tem o nome do
extinto, o corpo de Teixeira de Freitas foi
velado pela fa!Jlília, amigos, admirad ores e
ex-aux!Uares, recebendo a visita de diversas
delegações de repartições desta capital e de
órgãos estatísticos dos estados. Uma das visitas foi a do Presidente Juscel!no Kubitschek
que manifestou o pesar do govêrno pela morte
prematura do gra nde t écnico e patriota, que
dedicara tôda a sua existência ao ser viço público e a campanhas em favor d a solução de
nossos problemas fundamentais. Ai, também,
foi celebrada missa de corpo presente por
monsenhor Mac-Dowell, seguida de encomendação . Houve, após, oração fúnebre com b ênção especial po~ D . José Távora, blspo-aux!Uar
do Rio de J aneiro.
Pouco antes da salda do féretro na ausência do embaixador José Carlos de Macedo
Soares, o substituto do oresldente do Instituto Bras!le!ro de Geografia e Estatística
engenh~lro Moacir Malhelros Fernandes S!lva:
representante do Ministério da VIação nos dois
Conselhos da entidade, proferiu comovido dlscu~so de despedida em nome da Instituição,
publ!cado mais adiante. O cortejo fúnebre teve a presença de altas
autoridades, parlamentares, representantes dos
Ministérios da Justiça, Marinha e Educação e
de associações cultu~ais e profissionais, d elegações de servidores públicos e funcionários
de Inspetorias regionais de esta t!stica, vindos
especialmente para êsse fim.
~o bai:car o co~o à sepult ura , após as
· oraçoes liturg!cas pelo p adre Kao, foram proferidos vários discursos.
NO DIRETóRIO CENTRAL - DISCURSO
DO DR. FLAVIO VIEIRA . - O Diretório Central do Conselho Nacional de Geografia , reunido sob a presidência do embaixador José
C a :los de Macedo Soares, prestou significativa
homenagem à memória do Dr. Mário Augusto
Teixeira de Freitas .
Além do Eng.o Flávio Vieira representante
do Ministério da Viação e Obras Públicas, que
proferiu comovida oração a respeito d a personalidade e obra do !lustre homem público,
talou ainda o Eng .o Fábio de Macedo Soares
Guimarães, sec:etárlo-geral do Conselho Na cional de Geografia, rememorando fatos ligados à vida de T eixeira de Freitas e mostrando
o lnterêsse que aquêle insigne bras!lelro dedicara aos problemas da geografia.
Encerra:q.do a sessão, o embaixador José
Carlos de Macedo Soares, presidente do I.B.G.E.,
recordou fato relacionado com a escolha de
Teixeira de Freitas para exercer o cargo de
secretário-geral do Instituto, quando da sua
Instalaçã o .
íntegra do discurso proferido pelo Eng.o
Flávio Vieira : "O Diretório Central do Con-
selho Nacional de Geografia, ao ensejo desta
reunião, deseja render um preito de profunda
saudade ao doutor Mário Augusto Teixeira de
Freitas, o excelso brasileiro, luminar da nossa
estatística, cu ja morte vem de entristecer,
amargurar e enlutar a fam!lla ibgeana.
P a ra traduzir essa condolent e homenagem
e interpretar, pois, os sentimentos de todos os
que Integram êste plenário, fui eu o escolhido.
Devo esclarecer que não foi sem r elutância
minha que aceitei tão honroso encargo, isso
porque entendo que para enaltecer grandes
mortos só grandes oradores, caso que não se
ajusta com a escolha de quem nem apoucado
discursado r sabe ser.
Todavia, esfo~çar-me-ei por cumprir a missão, dizendo algo a respeito de Má rio Augusto
Teixeira de Freitas, cuja vida e lnconfund!ver
personalidade já fôra tão eloqüente e acertadamente exaltadas por ocasião de seus funerais e cujos méritos e virtudes se continua m
bendizendo em altissonantes e justos conceitos.
.
~le, em verdade, fêz-se merecedor dessas
loas unânimes. Fêz-se digno d essa apologia
com que entra na Imortalidade.
Seu nome e sua obra tornaram-se indeléveis, não só no sistema estatístlco-geog~áflco
bras!lelro, que êle concebeu e criou, como,.
também, no âmbito d a cultura nacional e no
de famosas entidades Internacionais.
Mário Augusto Teixeira de Freitas, vindo
ao mundo sob as luzes do Cruzeiro do Sul,
como que trouxe lampejos de estrêlas altas
na Inteligência, ardências solares no espíritoe clarões de plen!lúnio na alma./
Formava êsse prlv!légio, com q ue o destinoo marcou, a pocie : osa trindade subjetiva de
seu ser . Resulta vam d êsse ortv!légio a singu laridade de sua personalidade, o surto de
seu ldeal!smo, a Imaginação altaneira e pura,.
o entusiasmo que punha em suas Iniciativas,
o fervor com que trabalhava e batalhava pel&s
suas notáveis obras e o calor com que as
defendia.
ll:sses atributos, acrescidos da f é, da esperança e do humanismo cristão, de que ti1o
rico era.. seu coração, lmpuse ~ am-no a todos
nós, seus amigos e admiradores, e consagraram-no em todo o Brasil.
Os sonhos, vindos da alma suave e boa_,.
alimentavam as Idéias que brotava m e flores• clam . em seu cérebro, enquanto :ao crisol doespírito se processava com a rdor o realismo
de seus belos e nobres, notáveis e pa t:!ótlcos
empreendimentos. E, então, era como se a
alma, o espírito, a Inteligência e o coração
de Mário Augusto T eixeira de Freitas se vissem Influenciados por partículas Infinitas e
benfazejas das fôrças universais .
Foi talvez por Isso que Moacir Fernandes
S!lva, certa vez, o chamou de "homem cósmico', por parecer-lhe que a sua inteligên cia
e as suas ~ :eocupações sôbre os múltiplos aspectos da verdade, da b eleza e do bem ultrapassavam o âmbito do nosso planêta . E dizia
ainda o nosso nobre colega Moacir S!lva queêsse homem superior, sob todos os aspectos
em que possa considera r-se uma criatura humana, dava-lhe· a impressão de duas chamas
juntas, sempre acesas: "uma, delicada, suave,.
ardendo brandamente, na cOr verde da ~spc­
rança - -e era a sua bonda de; outra, multlcolo:!da, em labaredas altas, Inquietas, - a
sua inteligência fulgurante, a sua vibração
excepcional!"
Essa feliz Imagem retrata, com a fôrça
de sua poesia, o nosso saudoso e pranteado
homenageado, o querido amigo Mário Augusto
Teixeira de Freitas.
Seu coração não mais vlbr1)., sua alma subiu ao Céu, seu espírito ficou entre nós e os.
frutos de sua clarividente intellgên•
temos no Instituto Brasileiro de Ge
Estatística, casa de seus afetos, de .
veios onde po: todos os cantos fre,
-p!rlt~ de Teixeira de Freitas, que foi
que um grantle secretário -geral , porql
·expoente da estatística, um gula b<
a própria alma e o .cerne vigoroso '
titu~f~emos 0 seu Ingente e gloriosc
na revltallzação dos munic!plos, na
pol!tica do Brasil, pela qual tanto
no pla nejamento e consolldação daô
brasllei:a, mercê do _que se imp ~
conceito da opinião publica nacional
ço das entidades Internacionais.
AI temos a Convenção Nacional
t!stica de 1936, a cooperação mtera'
tlva em vários campos das atlvlda c
namentals, a uniformização ortog
nossa l!ngua, a instltuiçr.a de coll
las a criação de bibliotecas e musl
c!pals e muitos e muitos outros se
mereceram do grande brasileiro In
coope~ções brilhantes nos dom!niç
tura em geral e da geografia, e~tatl
censeamento, em especial.
Assinalemos, ainda, com respe!·
tist!ca,- que Má rio Augusto Teixeira
quando secretário-geral do I .B .G.E .
vigorosamente para a expedição d1
leis e outros atos govername~tals
consolidação do sistema estatlstlcocomo dentre outros, os decretos-I•
que ~stabeleceu a tnalterab1lldade P
divisão territorial ; n.o 846, lnstltuu
do Município"; n .o 696, que d eterm.
lização decenal, nos anos de mil•
do recenseamento geral do Brasil;
que criou as secções de Estat!sti?
autorizou a realização dos Convel
nals de Estatística Municipal, seJ
de capital lnterêsse para a estat
e de modo particular, para os est
sàrlos à segurança nacional.
Realmente , foram inestimáveis
prestados por Mário Telxel~a de
pais. Seu amor à causa publica~
elevada com que êle sempre ex_ercções, conferl7am-lhe o gala;?ao c
nárlo Público n.o 1 do Bras!l •
Sua obra foi vasta e profunda,
magn!f!ca, profícua. . Obra de s onha'
lista de realizador, principalmente
realizador no campo da estatisticl
Procur emos continuá-la e en
pois, assim, nós do I.B.G.E. estare111
do a memória dêsse incllto b rasll
estaremos atendendo ao apêlo qUE
fazia no sentido de obter SI
próprias pala vras - "a sintonia e
solidariedade estreita das fôrças
ção em tôrno do Ideal generoso d<
de uma pátria combalida ao nb
sua capacidade de vencer, das
ções d a sua vocação e dos recu.rsol
com' que a Providência Divina a
senhores membros do Dlreté
como fecho desta homenagem f E
um minuto de s!lênclo e, de pé,
muda, roguemos a Deus pela al
e pulcra do grande e saudoso M
Teixeira de Freitas".
Junta Regional de Estatíst
Distrito Federa!
Sob a presidência do Dr. Flá•
representou o secretário do In
_gurança, estêve reunida, no Dep
Go~rafla e Estatística do P.D.F.,
glo~1 al de E sta tistica do Distrito
·tiveram presentes todos os seus
ICO
NOTICIARIO
cional de Geografia, ao ensejo desta
deseja render um preito de profunda
w doutor Mário Augusto Teixeira de
• excelso brasileiro, luminar da nossa
'• cuja morte vem de entristecer,
r e enlutar a família lbgeana.
traduzir essa condolente homenagem
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rram êste plenário, fui eu o escoesclarecer que não foi sem relutância
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n a escolha de quem nem apoucado
ir sabe ser.
la, esfo-:-çar-me-ei por cumprir a mlsdo algo a respeito de Mário Augusto
'e Freitas, cuja vida e inconfundlver
ade já fõra tão eloqüente e acertaexaltadas por ocasião de seus !uneos méritos e virtudes se continuam
) em altissonantes e justos con-
n verdade, fêz-se merecedor dessas
.!mes. Fêz-se digno dessa apologia
mtra na imortalidade.
)me e sua obra tornaram-se lndelésó no sistema estatísttco-geog:áfico
que êle concebeu e criou, como,
to âmbito da cultura nacional e no
s entidades internacionais.
Augusto Telx.e lra de Freitas, vindo
sob as luzes do Cruzeiro do SUl,
trouxe lampejos de estrêlas altas
!nela, ardências solares no espírito
le plenilúnio na alma.'
a êsse privilégio, com que o destinO>
a poâe:osa trinda de subjetiva de:
esultavam dêsse ortviléglo a slngue sua personalidade, o surto de
no, a Imaginação altaneira e pura,.
no que punha em suas iniciativas,
m que trabalhava e batalhava peJas
eis obras e o calor com que as
ributos, acrescidos da fé, da esdo humanismo cristão, de que tão
u coração, lmpuse ~am-no a todos
mlgos e admiradores, e consagratodo o Brasil.
, vindos da alma suave e boa,.
as Idéias que brota vam e floresU cérebro, enquanto :ao crisol d()
processava com ardor o realismo
s e nobres, notáveis e pat:lótlcos
ntos. E, então, era como se a
irlto, a lntellgên cia e o coração.
gusto Teixeira de Freitas se vtsciados por partículas infinitas e
as fôrças uni versals.
z por isso que Moacir Fernandes
vez, o chamou de "homem cósarecer-lhe que a sua inteligência
eocupações sõbre os múltiplos asrdade, da beleza e do bem ultralnblto do nosso planêta. E dizia
o nobre colega Moacir Silva que·
superior, sob todos os aspectos
considera r-se uma criatura huhe a impressão de duas chamas
e acesas: "uma, delicada, suave,
damente, na cOr verde da P.spea a sua bondade; outra, multilabaredas altas, inquietas, - a
ia fulgurante, a sua vibração
imagem retrata, com a fôrça
, o nosso saudoso e pranteado
o querido amigo Mário Augusto
reltas.
o não mais vlbrb., sua alma sueu espírito ficou entre nós e os
195
representante da 1.• Região Militar, coronel
frutos de sua clarividente inteligência ai os
Clóvis Gonçalves. A sessão foi tOda dedicada
temos no Instituto Brasileiro de Geografia e
a hOm!lnagear a memória do Dr. Teixeira de
Estatística, casa de seus afetos, de seus desvelos, onde po ~ todos os cantos freme o esFreitas, um dos precursores da esta.tlstlca no
pírito de Teixeira de Freitas, que !oi mais do
Brasil. Na ·oportunidade fizeram uso da palaque um grande secretário-geral, porque foi um
vra os Srs. Júlio Româo da Silva, Alfredo
expoente da estat!stlca, um gula benemérito,
Cardoso, Armando Medeiros e o Cel. Clóvis
Gonçalves, que focalizaram a obra da.quele
a própria alma e o cerne vigoroso dessa Inshomem público. Ainda no decorrer da reunláo
tituição.
Aí temos o seu ingente e glorioso trabalho
tomaram posse nos ca:gos de membros da
na revltalização dos munlc!ptos, na redivisão
junta os Srs. Faustino Passarelll. chefe do
polftlca do Brasil, pela qual tanto se bateu;
Serviço de Estudos e Análises; Filipe Perelr.l
no planejamento e consolidação da estatística
Qulntans, chefe do Serviço de Estatística Sabrasilei :a, mercê do que se impôs esta no
nitária e Jaime Batista Barl!ouse, chefe do
conceito da opinião pública nacional no aprêServiço de Cartografia.
ço das entidades internacionais.
Mediante proposta dos Srs. Alfredo Cardoso
Ai temos a Convenç!io Nacional de Estae Júlio Romão da Silva, deliberou a Junta
tística de 1936, a cooperação interadminlstraenviar telegramas à presidência do I.B.G .E. e
tiva em vários campos das atividades goveraos secretários-gerais do Conselho Nacional de
namentais, a uniformização ortográfica de
Estatística
e Conselho Nacional de Geografia,
nossa língua, a Instituição de colônias-escoassociando-se às homenagens póstumas dos
las, a criação de blbllotecas e museus muniórgãos
lbgeanos
ao Insigne brasileiro.
cipais e muitos e muitos outros serviços que
mereceram do grande brasileiro iniciativas e
Oração em nome do I.B.G.E., à hora da
coope:ações brilhantes nos dom!nlos da culsaida do corpo do saudoso e emine?:tte estatistico,
tura em geral e da geografia , estatística e repara o cemitério de SO.o JoO.o Batista, proferida
censeamento, em especial.
·
pelo Eng. Moacir M. F. Silva.
Assinalemos, ainda, com respeito à estat!stlca,. que Mário Augusto Teixeira de Freitas,
"Mário Augusto Teixeira de Freitas! ...
quando secretário-geral do I.B.G.E. contribuiu
1!:ste nome, êste nobre nome que ttouxeste
vigorosamente para a expedição de decretosdo berço e agora entregas, puro e glorioso, à
leis e outros atos governamentais visando à
poste-:-tdade; êste nome, tão ~gradável de ouconsolidação do sistema estatístico-geográfico,
vir-se e tão fácil de memorizar-se, pois as
como, dentre outros, os decretos-leis ns. 311,
próprias fôrças Imanentes da criação o marque estabeleceu a Inalterabilidade periódica da
caram com a sonoridade de um eneassilabo
divisão territorial; n.• 846, Instituindo o "Dia
perfeito, como a assinalar, desde logo, o raro
do Munlc!pio"; n.• 696, que determinou a reaser predestinado a que êle la ligar-se para
lização decenal, nos anos de milésimo zero,
sempre;
êste nome, que foi o teu nome nesta
do recenseamento geral do Brasil; e n.• 4.181, ,
existência te:rena, - jamais o ouvi pronunque criou as Secções de Estatística Militar e
ciado, em dias de tua vida, nos seus últimos
autorizou a realização dos Convênios Nacioanos, que não fôsse, logo a seguir, acompanais de Estatística Municipal, serviços êsses
nhado de referências as mais nobllltantes e
de capital lnterêsse para a estatística ge ~ al
enaltecedoras, coroadas, comumente, por ese, de modo particular, para os estudo~; ~eces­
trepitosas
palmas.
sárlos à segurança nacional.
E, agora, acabo de enunciá-lo, em voz bem
Realmente, foram inestimáveis os serviços
alta,
pausadamente
e.. . a segui-lo ouvimos
prestados por Mário Teixeira de Freitas ao
apenas o silêncio, êste lmpresslonan te silêncio
pais. Seu amor à causa pública, a maneira
branco, -êste profundo silêncio de mármore .. .
elevada com que êle sempre exerceu suas funQue transformacão tão súbita será esta?! .. .
ções, conferi:am-lhe o galardão de "FuncioQue terá ocorrido em relação a ti, ou em
nário Público n.• 1 do Brasil".
relação a nós? I ...
Sua obra foi vasta e profunda, foi objetiva,
- E' que estamos diante da Morte, estamagnífica, prof!cua. Obra de sonhador, de !deamos diante da Grande Muda, e para ela, misllsta, de realizador, principalmente, de grande
teriosa
ancHa de Deus, - também, como ll:ste,
real!zador no campo da estatística.
eternamente silenciosa, - tôdas as nossas paProcuremos continuá-la e engrandecê-la,
lavras
humanas
são Inexpressivas, tôda a nospois, assim, nós do I.B.G.E. estaremos cultivat)sa eloqüência terrestre é simplesmente vã ...
do a memória dêsse ínclito brasileiro. Assim,
Diante da Morte só duas atitudes parecem
estaremos atendendo ao apêlo que êle sempre
compatíveis com a fragllldade das criaturas
fazia no sentido de obter segundo suas
próprias palavras - "a sintonia espiritual e a · mo:tals: a atitude das lágrimas, daque}es aos
quais Deus ainda concede a graça de vertêsolidariedade estreita das fôrças vivas da na-las, como expressão sincera e lncontenivel de
ção em tôrno do Ideal generoso do ergulmento
sua delicada natureza espiritual; ou a atitude
de uma pátria comba lida ao nível exato de
do
silêncio, da mudez absoluta, que tradull
sua capacidade de vencer, das suas aspiraa resignação filosófica diante do Inevitável,
ções, da sua vocação e dos r ecu rsos esplêndidos
do lnvenc!vel, do Inelutável, por mais que êle
com que a Providência Divina. a galardoou".
venha ferir, forte e fundo, a nossa sensibiliSenhores meml)ros do Diretório Central:
dade emocional.
Como fecho desta homenagem façamos agora
um minuto de silêncio e, de pé, numa prece
- Meu grande, meu saudoso Mário Augusto
muda, roguemos a Deus p ela alma generosa
Teixeira de Freitas! .. .
e pulcra do grande e saudoso Mário Augusto
Essa atitude de silêncio de profundo e
Teixeira de Freitas".
respeitoso silêncio, de :celigloso silêncio, deveria ser a minha atitude pessoal, neste emoJunta Regional de Estattstiêa do
cionante momento em que nos despedimos de
Distrito Federal
teus despojos mortais, pois que teu ser espiritual, teu verdadeiro ser, a tua alma, tua
Sob a presidência do Dr. Flávio Farta que
alma perfeita e puríssima, tendo transposto
representou o secretário do Interior e Seos umbrais da Eternidade, já deve estar-se desgurança, estêve reunida, no Departamento de
lumbrando ante os esplendores divinos de
Gografla e Estatística do P .D.F., a Junta Resua própria lmo:talldade e glorificação.
gional de Estatística do Distrito Federal. EsCerto, como estou, dessa tua Imortalidade
tiveram presentes todos os seus membros e o
e, conseqüentemente, de tua glorificação, dadas
196
BOLETIM GEOGRÁFICO
as tuas altas virtudes nesta vida transitória,
- quisera eu ter tido, neste momento profundamente angustiante, aquela atitude de religioso silêncio,
Devera eu ter tido essa atitude do mais
profundo e respeitoso silêncio.
Mas, no momento, devo falar não só a pedido dos dois Conselhos do Instituto, da Junta
Executiva Central de Estatística e do Diretório
Central de Geografia, que me Impuseram esta
Incumbência dolorosa, mas também, dada a
minha eventual posição neste Instituto, falo
em nome de tôda a grande famllla ibgeana,
para trazer-te as expressões de nossas últimas
homenagens, de nossos adeuses derradeiros e de
nossas antecipadas saudades, ao ver partir pa ra
sempre o nosso grande, o nosso querido e sempre lembrado Mário Augusto Teixeira de Fr~ltas.
E se, lamentàvelmente, tôdas as palavras
se me afiguram vazias diante do Impenetrável,
misterioso, angustiante silêncio da morte, que
me seja permitido ao menos, nestes últimos
instantes em que o temos ainda entre nós,
evocar um pouco a vida, Isto é, algumas Impressões sôbre êsse homem extraordinário, que
foi Mário Augusto Teixeira de Freitas.
De uma simplicidade, de uma naturalidade,
de uma encantadora modéstia, que de logo ressaltava de sua própria pessoa física e mesmo
de seu modo discreto de trajar-se, era, entretanto, de uma delicadeza Inata, de uma bonc1ade comunicativa, de uma solidariedade humana, que só os raros possuem.
Não pensava jamais em sua própria pessoa; pensava, sentia, ansiava e sofria pelos outros, por tôda gente, pelos brasllelr.os, em geral,
pelo Brasil, em particular, pela Humanidade,
sem distinções de credos e de côres, ansiando e prefigurando sempre um progress"
crescente, rápido, constante, Ininterrupto, de
nossa gente, de nossa terra em todos os seus
recantos, de nossas Instituições, mas também
dos demais povos do mundo .
Dai seu ardente entusiasmo, jamais esmorecido, pelo esperanto, como lingua universal,
pois via, nesse Idioma auxiliar, uma das formas
de possibilitar-se o desejado entendimento cordial de todos os habitantes dêste globo.
Da última vez que tive a felicidade de sua
presença ouvi-lo, com aquela atenção admlrativa., que sempre me 1nsp1rou, desde que o
Destino, em 1938, me concedeu a. ventura de
conhecê -lo, e t rabalharmos ]untos, na. Comissão de Estudos do Conselho de Segurança. Nacional.
Nesse último encontro, entre outros assuntos, falou-me de suas .Preocupações d e ordem
filosófica e do estudo que estarta fazendo da.
grande figura de Pitágoras e dos denominados
números pitagóricos ...
F alava com aquela admirável facilidade
torrencial, que constituiu um dos característicos de sua marcante personalidade.
Isso não foi há multo tempo, não. Alguns
meses apenas. Menos de um ano!. . . E nem
por sonho, ,)laqueie m omento, poderia passar-me pela mente que, tão breve, o perderíamos
para sempre!. ..
1l:ste homem que, certa feita, denominei
homem cósmico, pois que, parece, sua Inteligência, suas preocupações sõb re os múltiplos
aspectos da. ve:dade, d a beleza e do bem, ultrapassavam o âmbito do nosso planêta, êste homem superior, sob todos os aspectos em
que possa considerar-se uma criatura humana.,
c1ava-me a Impressão, para servir-me de
símbolos, - de duas chamas juntas, sempre
acesas: uma, delicada, suave, ardendo brandamente, na cõr verde da esperança, - e era.
a sua bondade; outra, multicolorida, em labaredas altas, Inquietas, a sua Inteligência
fulgurante, a sua vlbratllldade excepcional!
E era de ver-se, em seus momentos de
exposição de viva voz, a sua eloqüência defluindo em verdadeiras catadupas, em formas
vocabulares perfeitas, Impregnadas de lógica e
de ânsia de aperfeiçoamento no esfôrço humano Individual e coletivo.
De tempos em tempos, costumava êle Intercalar aquelas torrentes preciosas, com duas
palavras simples e cordialmente comunicativas:
- trMeus amigo3 ... "'
E continuava, sem mover-se quase de sua
atitude corporal costumeira, com a cabeça um
pouco lnc.llnada para a frente e como se, por
trás de seus óculos escuros, estl v esse a olhar
para multo longe e a ver, lá, multo longe,
luminosas, vibrantes em algum ponto do
universo, Invisível para o auditório, - aquelas palavras tôdas, que jorravam de seus lábios,
lnlnte: ruptamen te .. .
-"Meus amigos! .. . " Era. como êle nos.
tratava a todos nós, seus ou-.lntes, sempre atentos e dellclados .
- Mário Augusto Teixeira de Freitas!. . .
Agora, aqui estão, dizendo-te o último adeus,
os "teus S.IJtlgos", os teus admiradores, os teu&
discípulos, os continuadores da tarefa Ingente,
. que a ti mesmo te impuseste e a quantos se
abeberaram nos teus sábios ensinamentos, isto
é. a utilíssima tarefa de dar ao Brasil as estatísticas que êle precisa ter e que hão de
fazê-lo maior e melho:, - maior, no sentido
de seu progresso material, e melhor, no sentido
de sua cultura moral.
Desapareces do n ú mero dos vivos, ainda
prematuramente, pois mal vinhas começando
a última quadra da existência.
Multo havia ainda em teu coração e em
teu cérebro, de bondade e de Inteligência, muitos sonhos a serem convertidos em realidade~ .
para o bem ge:al; muitos sonhos, os teus admir áveis sonhos, por vêzes aparentemente utópicos, mas sempre Inspirados nos propósltoe.
mais altos, mais puros, mais impeasoals .
A par de tua Invejável Inteligência criadora, fôste, do ponto de vista moral, um ser
puríssimo, um verdadeiro santo. Nem faltou
sequer, para tua completa glorificação espiritual, o martírio derradeiro, que foram os
sofrimentos terríveis de teus últim0s dias.
Não alcançamos, nem o pretenderíamos
jamais, os altos, misteriosos desígn1ns divinos,
mas, de nossos pontos de vista estritamente
humanos, entendemos que desapareceste ainda
cedo, antes do que fôra n atura l esperar-se.
Terminaste a tua. vida mortal, mas, por
isso mesmo, alcançaste, desde agora. a Imortalidade, pois ao teu nome sonoro e3tará sempre ligado, na memória das gerações sucessivas, a essa grandiosa obra, cuja chama inicial
acendeste e por tõda a tua vida, vigilante,
mantiveste, com fogo sagrado, essa obra eterna,
que ora se denomina Instituto Brasileiro d•
Geografia e Estatística .
Mário Augusto Teixeira de Freitas! No momento em que transpões o grande, o eterno,
o misterioso silêncio da Morte, os teus amigos
dos dois Conselhos e todos os teus amigos do
I.B.G .E., profundamente abalados pela tua pa!'tlda prema tura, e desde já saudosos de tua
pessoa boníssima, te deixam, ·aqui, comovidamente, o seu último adeus! ... "
-f(
curso de férias para aperf lçoamento c
fessõres secundários, promovido peta Fa<
Nacional de Filosofia, no periodo das
escolares (meses de janeiro e feverelco
lizou-se mais um curso de Geografia de
aos professõres dessa matéria sob a
sabilldade do Conselho Nacional de Ge<
Inscreveram-se 33 alunos, sendo 23
trito Federal, 9 dos estados (2 da Bahl
Espirlto santo, 1 do Piau!, 3 do Rl_o
n elro 1 do Rio Grande do Sul, 1 de Sao
e 1 do terrl tório do Acre. Sete dos
matriculados no curso de Geografia
contemplados com bôlsas concedidas pe
selho.
o programa foi constituído de d~a~
a saber· matérias de revisão de conteud
térias de fundamentação pedagógica.
A parte de conteúdo constou da~ I
seguintes: 1. Metodologia da Geografta
James Braga Vieira da Fonseca; 2. G
Fisica A. Relêvo - Prof. Antô~lo
Gue:ra - B . Clima - Prof. Jose C
Sch,;,_idt· 3 . Geografia Humana - A.
fi'a UrbS.:na - Prof.• Eloi:sa de Carvan
Transportes fluviais e lacustres - En!
cir M . F. Silva C. Geografia Ag;
Prof. Orlando Valverde; 4. G eografia o
- A. Região · Sul - Prof. Alfredo J.
mingues - B. Bacia do Pa ragu~i - 1
fredo J. P. Domlngues; 5 . . Btogeog;
zoogeografia Geral e do Brastl Prc
Magnanlni; 6. Cartografia - Prof. Hé
vier Lenz César.
No tocante à segunda parte, due
as matérias ministradas: "Biologia E
nal" pelo Prof. J. Faria Gôls Sob
"F!iÓsofla da Educação", pelo Pro f . E
\encou! t .
Foram realizados também sem 1:
conferências sõbre os assuntos abalx
nárlos "O Pla no Rodoviário Nac!
cargo do Eng.o Moacir M. F. Silva; '
rentes classlfica~ões de clima aplicada:
si!" a cargo do Prof. J . c. Junquelra
con'ferências : "Problemas G eográficos
xada Fluminense", Prof. Pedro Pinc~ a
"A Imigração no Brasil", Prof. Jose
carneiro; "Aspectos Geográfico~. da A1
Prof . Lúcio. de castro Soares_; Com?.
Fontes de Energia", Prof. Silvio Fro.
Além de uma excursão à cidade
souras, orientada pelos P : ofs. Antõnl<
Guerra e Magnólia de Lima, foram
visitas às seguintes lnst.ltulções: S
Geologia do Ministério da AgrlculturE
pelo Prof. Antônio José de Mato
Divisão de Cartografia do C.N.G., dlr
Prof H éldlo Xavier Lenz César; Rei
PetrÓleo de Mangulnhos, dirigida P
tárla do curso, Prof.• Magnólia de ~
compareceram às provas 16 profe.
qua is apenas um n ão logrou aprovE
No encerramento, t!Ue contou c~
aença do Prof. Antônio Carneiro Let
da Faculdade de Filosofia, discursa ca
João Cristóvão Cardoso, que dirigiu
curso, 0 Prof. ' Waldir Freitas de 0111
alunos de Geografia, além de outros
A propósito do curso de férias
efeito no corrente ano, é de assinai!
décimo
de uma série Ininterrupta
0
o acontecimento não passou de:
tendo-se a êle referido o Prof. An]
nelro Leão, diretor da Faculdade N
Filosofia em artigo publicado no
Brasil. Á. contribuição do Conselh<
CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
CURSO DE FÉRIAS PARA APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES SECUNDARIOS CURSO :OE GEOGRAFIA- MATÉRIAS LECIONADAS - OUTRAS NOTAS - Como parte do
I
A DIDATICA DA GEOGRAFIA
ASSEMBLÉIAS DE PROFESSORES
dias 25 e 30 de agõsto do ano find
NOTICIARIO
tdade ; outra, multicolorida, em laba~s. Inquietas, a sua lntellgênc!a
~. a sua v!bratllldade excepcional!
de ver-se, em seus momentos de
de viva voz, a sua eloqüência de;n verdadeiras catadupas, em formas
is perfeitas, Impregnadas de lógica e
de aperfeiçoamento no esfôrço hulvldual e coletivo.
npos em tempos, costumava êle ln~uelas torrentes preciosas, com duas
.mples e cordialmente comunicativas:
!US
amigos ... "'
;!nuava, sem mover-se quase de sua
rporal costumeira, com a cabeça um
!nada para a frente e como se, por
us óculos escuros, estl vesse a olhar
o longe e a ver, lá, multo longe,
vibrantes - em algum ponto do
nv!sível para o auditório, - aques tôdas, que jorravam de seus lábios,
amente...
·
us amigos!. .. " Era como êle nos
Jdos nós, seus OUY!ntes, sempre ateulados.
o Augusto T eixeira de Freitas!. . .
1 estão, dizendo-te o último adeus,
aigos", os teus admiradores, os teu a
os continuadores da tarefa ingente,
tesmo te Impuseste e a quantos se
nos teus sábios ensinamentos, isto
ma tarefa de dar ao Brasil as estae êle precisa ter e que hão de
or e melho~. - maior, no sentido
·resso material, e melhor, no sentido
;ura moral.
aces do n úmero dos vivos, ainda
ente, pois m al vinhas começando
tad.ra da existência.
avia ainda em teu coração e em
de bondade e de intellgência, mui~ serem convertidos em realldade...
gel"al; muitos sonhos, os teus admiJs, por vêzes aparentemente utósempre inspirados nos propósltoe.
mais puros, mais impessoais.
e tua invejável inteligência criado ponto de vista moral, um ser
m verdadeiro santo. Nem faltou
tua completa glorificação espiartírio derradeiro, que foram os
terríveis de teus últimos dias.
nçamos, nem o pretenderíamos
tos, misteriosos desfgn1ns divinos,
Sos pontos de vista e~tr!tamente
endemos que desapareceste ainda
o que fôra n atural esperar-se.
e a tua. vida mortal, mas, por
alcançaste, desde agora, a !morao teu nome sonoro e3tará sema memória das gerações sucesrandlosa obra, cuja chama Inicial
por tôda a tua vida, vigilante,
m jogo sagrado, essa obra eterna,
enomina Instituto Brasileiro de
Esta tístlca.
usto Teixeira de Freitas! No moe transpões o grande, o eterno,
llêncio da Morte, os teus amigos
elhos e todos os teus amigos do
ndamente abalados pela tua p ara, e desde já ~audosos de tua
ma, te deixam, aqui, comovidaúltimo adeus!. .. "
-+c
curso de férias para aperfê!çoamento de professôres secundários, promovido pela Faculdade
Nacional de Filosofia, no período das férias
escolares (meses de janeiro e fevere!~o), realizou-se mais um curso de Geogr afia destinado
aos professôres dessa matéria sob a responsabilida de do Conselho Nacional de Geografia.
Inscreveram-se 33 alunos, sendo 23 do Distrito F ederal, 9 dos estados (2 da Bahia, 1 do
Espírito Santo, 1 do Piauí, 3 do Rio de Jan eiro, 1 do Rio Gran de do Sul, 1 de São Paulo)
e 1 do território do Acre . Sete dos alunos
m atriculados no curso de Geografia foram
contemplados com bôlsas concedidas pelo Conselho.
O programa foi constituído de duas partes,
a saber: matérias de revisão de conteúdo e matérias de fundamentação pedagógica.
A parte de conteúdo constou das matérias
seguintes: 1. Metodologia da Geografia - Prof.
James Braga Vieira da Fonseca; 2. Geografia
Física A. Rel êvo - Prof. Antônio Teixeira
Gue-:-ra - B . Clima - Prof. José Carlos J.
Schmidt; 3. Geografia Humana - A. Geografi'a Urbana - Prof.• Elo!sa de Carvalho - B .
Transportes fluviais e lacustres - Eng.• Moacir M. F. Silva c. Geografia Agrária Prof. Orlando Valverde; 4. G eografia do Brasil
- A. Região Sul - Prof. Alfredo J. P . Domingues - B. Bacia do Paraguai - Prof. Alfredo J. P. Domingues; 5. B iogeografia Zoog eograjia Geral e do Brasil Prof. Alceu
Magnaninl; 6. Cartografia - Prof. Héldlo Xavier Lenz César.
No tocante à. segunda parte, duas foram
as matérias ministradas: "Biologia Educacional", pelo Prof. J. Faria Góis Sobrinho, e
"Fliosofia da Educação", pelo Prof. Raul Blttencou! t .
Foram realizados também seminários e
conferências sôbre os assuntos abaixo: seminários " O Plano Rodoviário Nacional". a
cargo do Eng.• Moacir M. F. Silva; "As diferentes class!fica~ôes de clima aplicadas ao Brasil", a cargo do Prof. J. C. Junqueira Schmidt.
Conferências: "Problemas G eográficos da Baixada Fluminense", Prof. Pedro Pinchas Geiger ;
"A Imigração no Brasil", Prof. José Fernando
Carneiro; "Aspectos Geo15ráficos da Amazônia",
Prof. Lúcio. de Castro Soares; "Combustíveis e
Fontes de Energia", Prof. Silvio Fróis Abreu.
Além de uma excursão à cidade de Vassouras, orientada pelos p,ofs. Antônio Teixeira
Guerra e Magnólia de Lima, ·foram realizadas
visitas às seguintes instituições: Serviço de
G eologia do Ministério da Agricultura, dirigida
p elo Prof. Antônio José de Matos Musso;
Divisão de Cartografia do C.N.G., dirigida pelo
Prof. Héldio Xavier Lenz César; Refinaria de
P etróleo de Manguinhos, dirigida pela secretária do Curso , Prof.• Magnólia de Lima.
Compareceram às provas 16 professôres, dos
quais apenas um não logrou aprovação.
No encerramento, que contou com a presença do Prof. Antônio Carneiro Leão, diretor
da Faculdade de Filosofia, discursa,am o Prof.
João Cristóvão Cardoso, que dirigiu o referido
curso, o Prof. 'Waldir Freitas de Oliveira pelos
alunos de Geografia, a lém de outros.
A propósito do curso de férias levado a
efeito no corrente ano, é de assinalar ter sido
o décimo de uma série ininterrupta.
O acontecimento não passou despercebido,
tendo-se a êle r eferido o Prof. Antônio Carneiro Leão, diretor da Faculdade Nacional de
Filosofia, em artigo publicado no Jornal do
Brasil . A contribuição do Conselho Nacional
197
de Geografia, semp::-e constante, para o êxito
do empreendimento é, ali, posta em relêvo .
CORONEL ROBERT R. ROBERTSON SUA VISITA DE INSPEÇÃO AOS óRGÃOS DO
INTER-AMERICAN GEODETIC SURVEY - . NA
DIVISÃO DE CARTOGRAFIA DO C.N.G. E
NO SERVIÇO GEOGRAFICO DO EXÉRCITO
- Estêve recentemente nesta capital, inspecionando os trabalhos do Inter-Amerlcan Geodetic Survey o coronel Robert R. Robertson,
diretor dêsse órgão de cooperação lnteramer!cana, com sede no Panamá (Canal Zone) ,
e que se empenha no fornecimento de materiais pa~a execução de levantamentos e serviços de campo.
. O I.A.G .S., através da sua secção brasileira (Brazll-Project), coopera com o Conselho
Nacional de Geogra fia e a Diretoria do Serviço
Geogr áfico do Exército, tendo ainda ligação
com o Departamento Nacional de Portos, Rios
e Canais, na parte de m a régrafos . Representa
Igualmente o govê,no norte-americano na Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, nos assuntos relatlvcs ao acôrdo cartográfico p a ra o
Brasil.
Durante a sua permanência nesta cidade,
o coronel Robert R . Robertson visitou a DivisAo de Cartografia do Conselho Nacional de
Geografia, mostrando-se satisfeito com o que
ali teve oportunidade de ver.
O secretário-geral do C .N.G., Eng.• Fábio
de Macedo Soares Guimarães, ofereceu no Copacabana P alace um coquetel em homenagem
ao ilustre visitante.
Prosseguindo a sua viagem de inspeção, o
coronel Robert R. Robertson rumou para Caracas. Revela-se que brevemente deverá deixar
a chefia do I.A.G.S. para desempenhar nova
comissão técnica que lhe será dada pelo govêrno do seu pais. Foi nomeado pa!a o pôsto
que ocupa atualmente, em janeiro de 1953.
Nessa qualidade, é o responsável pela execução
do programa de mapas em colaboração para
a América Latina. :l!:sse programa abrange 17
das repúblicas do continente e estende-se a
mais d e 10.000 .000 de milhas quadradas.
AGRACIADO · COM A MEDALHA DO PACIFICADOR NO SERVIÇO GEOGRAFICO DO
EXÉRCITO - A Diretoria do Serviço Geográfico recebeu também a visita do coronel Robe't
R. Robertson, que estava acompanhado pelo
tenente-coronel Barton L. Harris, representante
do I.A.G.S. no Brasil.
Ao ensejo, o general Angelo Mendes de
Morais, chefe do D.T.P., fêz entrega da med alha do Pacificador ao coronel Robert R .
Robertson, concedida pelo govêrno brasllel~o.
como demonstração de reconhecimento à colaboração prestada pelo Ilustre militar aos trabalhos cartográficos do Exército.
A essa homenagem, estiveram presentes os
generais Gélio de Araújo Lima, subchefe do
D . T .P., e Nélson de Castro Sena Dias, ex-diretor do Serviço Geográfico.
Respondendo à saudação que lhe fêz o
general Aureliano Luis de Farias, diretor do
Serviço Geográfico, o coronel Robertson agradeceu a honrosa condecoração que lhe fôra
conferida e a hospitalidade com <tU e fôra recebido, manifestando a excelente impressão
.causada pelo trabalho car.tográfico que ~
realiza naquele Serviço e ressaltando que &
colaboração prestada pelo Inter-American Geodetic Survey pouco representa diante do esfôrço
e da dedicação dos que nêle labutam.
NACIONAL DE GEOGRAFIA
FJ!:RIAS PARA APERFEIÇOAOFESSORES SECUNDARIOS OGRAFIA- MATJ!:RIAS LECIORAS NOTAS - Como parte do
Certames
A DIDATICA DA GEOGRAFIA EM DUAS
ASSEMBLÉIAS DE PROFESSORES - Entre os
dias 25 e 30 de agôsto do ano findo realizou-
-se, em Palermo del Grappa, a VII Assembléia
Nacional do "Movimento Circoli O:ella Didattica", com a participação de 350 professôrea
198
BOLETIM GEOGRÁFICO
-das escolas secundárias de tôda a Itál!a, além
de professOres universitários e Inspetores do
Ministério da Instrução Públ!ca.
A didática da' Geografia nos vários ramos
de escolas de n!vel médio foi amplamente focal!zada . Uma das contribuições foi apresentada pelo Prof. E. Malesanl que estudou os
objetivos, métodos, meios e subsídios para o
ensino da Geografia à luz da escola ativa.
Ventilou-se também o problema da Geog~afla
como melo de desenvolvimento da personal!-dade do educando. Os problemas da Geografia
Matemática, a utilização das cartas geográficas
e topográficas foram também debatidos.
Entre os dias 29 de agôsto e 5 de setembro
Castlgl!on de! Lago reuniu os participantes da
VII Assembléia de Educadores, organizada pela
secção ltal!ana da "Fra.ternltà Mondlale" e pelos Profs. Margherlta Fasolo e Aldo Pett!nl,
tendo como tema o seguinte: "Como o ensino
da Geografia pode contribuir para melhorar as
relações humanas" .
As discussões giraram em tõrno do ensino
da Geografia no curso primário . Notável foi
a atuação nesse congresso dos Profs. E. Bernasconl, R . Laporta e A. Pett!nl.
XVII CONGRESSO GEOGRAFICO ITALIA
NO - Deverá real!zar-se em Barl, na primavera do ano vindouro, o XVII Coug~esso Geográfico Ital!ano, conforme del!berou a junta
do Comitê Permanente dos Congressos Geográficos Ital!anos.
. XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL
DE GEOGRAFIA
NúMERO DE ADESOES RECEBIDAS
RESUMO DE COMUNICAÇõES - CONTRIBUIÇOES A GEOGRAFIA MÉDICA - DELEGAÇãO
ITALIANA - EXPOSIÇãO CARTOGRAFICA BOLSAS- OUTRAS NOTAS- Pl.JBLICAÇOES
DO CONGRESSO - GENERALIDADES - Continuamos a divulgar Informes acêrca dos preparativos dêsse Importante certame, com base
nos dados extraídos do Boletim publ!cado pela
Q:>mlssão Organizadora.
ADESõES
Até 29 de feverel~o era de 513 o número
de adesões ao Congresso. Essas adesões são
de diversos países a saber: Asla - índia (5),
Irã (1), Israel (2), Japão (25) e Paquistão
(3); Afrlca - Afr!ca do Sul (4), Afr!ca Ocidental Francesa (4), Argél!a (2), Costa do
Ouro (2), Marrocos (3), Tunísia (2); Américas
-Argentina (9), Canadá (13), Colômbia (1),
Cuba (4), Equador (1), Estados Unidos (105),
Ha!t! (1), México (2), P anamá (1), Peru (5),
Uruguai (8) e Venezuela (2); Europa - Alemanha (35), Austr!a (3), B élgica (7), Dinamarca (5), Espanha (8), França (65), Finlândia (2), Holanda (4), Inglaterra (21), Irlanda
(1), Itál!a (18), Noruega (2), Polônia (1),
Portugal ( 8), Suécia ( 5), Suíça ( 4) ; Iugoslávia
(3) e Turquia (1); Oceânla - Austrália (3)
e Nova Zelândia 2), Indonésia (1).
A l!sta das Instituições já Inscritas há a
acrescentar as seguintes: Instltut de Géograpble de la Faculté de Lettres de Lyon França; Ibero-Amer!kan!sche Blbl!othek
Alemanha; Geog~aph!cal Inst!tute of the State
Un!vers!ty of Utrecht Holanda; Inst!tut
Univers!talre des Terr!to!res d'Autre-Mer de
Belglque - Bélgica.
Algumas Instituições brasileiras, como o
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
e a Sociedade Brasileira de Geografia já se
. Inscreveram, também, como membros Internacionais do Congresso.
Resumo -de comuntcaçlle'
Até 5 de
Janel~o.
tinham sido recebidos
103 r esumos, que vão relacionados, por ordem
alfabética dos autores:
AHMAD, Kazl S., Paquistão
"Water Supply In the Indus Plaln and
Allled problema"
AMIRAN, D . H. K. e Y . Kedar, Israel
"Tecnlques of Anclent Agrlculture In the
Negev of Israel"
AMIRAN, D. H. K., Israel
"The expanslon of Settled land In Israel"
AMIRAN, D . H . K ., Israel
"Two types of Border of Arldlty In Palestlne"
ALPERT, Leo, Estados Unidos
"Poss!btut!es of !n!tlat!ng Ra!nfall In Puerto
Rico by means of cloud Seed!ng" .
B-1\TALLA, Ange! B assols, México
"Sugestlons fo~ a B!bl!ograph!cal classlficat!on of Geograph!c Interest"
BATALLA, Angel Bassols, México
"Geograph!cal cr!ter!on for tbe establ!sbment of a Network of Meteorologlcal
Stat!ons In Mexlco "
BATALLA, Ange! Bassols, México
"The Typ!cal rural hab!tat!on of five reg!ons o! Mex!co .
Its relat!onshlp wlth the phys!cal env!ronment, the cultural her!tage, tbe way of
l!fe and the social structure"
BEAUJEU-GARNIER, Jacquel!ne, França
"M!grat!ons et evolut!on rég!onale de la
natal!té en France de 1851 à 1952"
BEAUJEU-GARNIER, Jacquel!ne, França
"Rapport entre _!e rel!ef et la nature des
roches dans les mass!fs crls1Jal!ns"
BEAUJEU-GARNIER, Jacquel!ne, França
"Répartltlon G.e ographlque de la mortal!té
exogêne"
BffiOT, P., França
"L'orlglne des rel!efs réslduels sur les socles
crlstall!ns"
BLUTHGEN, Joach!m, Alemanha
"Synoptlc relat!ons between equatorial and
ekt~oplcal cl!mates"
BOESCH, Hans H., Suíça
"Small Scale Mapplng and !nterpretlng
from Alr-Photos"
BOESCH, Hans H . e Gerhaad Furrer, Suíça
"Structure solls In Alplne Swltzerland"
BOESCH, Hans H . e Gerhaad Furrer, Suíça
"The demonstratlonal value of geomorpbologlcal experimenta"
BOESCH, Hans H. e Max Bronhofer, Suíça
"The decline of the "Tba ree-Zelgen System" In Northeastern Sw!tze~land"
BOESCH, Ha ns H . e Max Bronhofer, Suíça
"The changlng Agricultura! Scene Interpreted from Aerlal Photographs"
BOESCH, Hans H . e Hans Caro!, Suíça
"Principies of the concept Landscape"
BROUILLETTE, Benolt, Canadá
· "Les conséquences de la canalisatlon du
Salnt-Laurent sur les exportatlons Canadlennes de céréales"
BURRIL, Meredlth F ., Estados Unidos
"Internatlonal Standa rdlzatlon of Geographlc Names"
BURRIL, Me~edlth F., Estados Unidos
"Terms for Wetlands In the Un!ted States"
CAMPBELL, Ella M . J ., Inglaterra
"The use of trave! descrlptlon In the reconstructlon of the Past Scene. - Wlth
spec!al reference to the Phtupp1ne Islanas,
1852-1860".
CATELLIER, Hubert, Canadá
"Influences de l'h!ver sur l 'habltatlon rurale dans la provlnce de Quebec"
CHABOT, Georges, França
"La Géographle de la recreatlon"
CHAVES Edson Rodrigues, Brasil
"Importance of Geographlcal
the forma tlon o f polythelstlc a
thelstlc rel!glons"
·
CHEBATAROFF, J ., Uruguai
"Origine et évolutlon des mers <
(specialment de !'Uruguay)
CHEBATAROFF, J ., Uruguai
"Qualques aspects de la végé
!'Uruguay et de Rio Grande do
évolutlon"
.
COLE Monica Mary, Inglaterra
'
"The me=lts and Um!tatlons of
Maps"
With particular reference to ar
Intense cultlvatlon b) Sub-mar!
COLE Monica Mary, Inglaterra
"The emergence of South Afr
!ndusttlal natlon"
COLE Monica Mary, Inglaterra
"Temperature a nd humldity aJ
(A new tchnlque)
CULBERT, James 1., Estados Unlq
"Rural dwell1ngs of the Rio Gl'l
and the Lla no estacado ?f Nl
sbowing the influence of spaJ
and indlan cultures"
DAMBAUGH, Luella N., Esta.~os U
.
"Progress in Puerto Rico
DEFF0 NTAI.NES, P!erre, França .
"Le stade inltlal de la Géograp.
est un stade religieux"
DEFFONTAINES , Pierre, Fra~çe.
"L'invasion de la vie pastorale e
!atine"
OIETRICH, Siglsmond da R ., Esta
"Austrla: A study In pol!tlcal
ORESCH, J ., França
"Les• surfaces d'aplanlssement E
r siduels sur socle crlstall!n
troplcale"
ORESCH, J., França
"Les dépressions fermées enca!J
gion arlde" t
FONCIN, M ., França
"Contributlon à l'étude de 1:
phie ancienne du Brésll"
.
FOSCUE, Edwln J., Estados Unia
"The forest reglon of east T
GARAYOA, Angel Abascal, Espanl
" Les mlgratlons lntérieures e1
leurs c a uses".
GARAYOA, Angel Abascal, Espanl
"Sugestlons pour une classiflc
graphlque d 'lnterê1;. geographil
GARA YOA, Angel Abascal, Espanl
"Les Tcansformatlons du pays
Pampelune"
GARRY Robert J., Canadá
"Le~ transporta aérlens du Car
GEORGE Plerre, França
"Essa:! de classlfication des
différenclatlon des quartlers
dlfferents types de grandes v!
GROBER, Alemanha
" Trlennlum blocl!matlcum tro
GROSS ; Herbert H., Estados Unld
"A survey o f the research IJ
Education in the United Sta
GUILCHER, André, França
"L'utillsatlon des photograpb
d ans l'étude des réclfs coralll~
pris à Madagascar"
GUILCHER André, França
"L'enva~ment de le l'estw
Kaptchez (Gulnée Française)
HANCE, Willlam A. e Irene
E stados Unidos
,
"Port development and Rall•
Portuguese west Afr!ca"
HANRATH, Joh. J., Países Baixo
"La concur ~ence et la coo1
moyens dlfferents de transi
pays troplcaux. La Coordlnat
ICO
Resumo -de comunjcaçõe.s
5 de Janel~o. tinham sido recebidos
~os, que vão relacionados, por ordem
• dos autores:
Kazl S ., Paquistão
~r Supply In the Indus P!aln and
problems"
D. H. K. e Y. Kedar, Israel
tiques o! Anclent Agrlculture In the
ot Israel"
D. H. K., Israel
expanslon o! Settled land In Israel"
D . H. K., Israel
types ot Border o! Arldlty In Pa-
e"
Leo, Estados Unidos
b111tles ot lnltlatlng Ralnfall In Puerto
by means o! cloud Seedlng".
, Ange! Bassols, México
stlons to~ a Blbllographlcal classl!lof Geograph!c Interest"
, Ange! Basso!s, México
raphlca! criterion for the estatent o! a Network of Meteoro!ogical
ns in Mexico"
. Ange! Bassols, México
Typical rural habltation o! tive reof Mexico .
lationship with the physlcal envlnt, the cultural heritage, the way o!
ld the social structure"
·GARNIER, Jacquellne, França
,tions et evolution réglonale de la
é en France de 1851 à 1952"
GARNIER, Jacquellne, França
)rt entre _!e rellef et la nature des
dans les massifs criMallns"
GARNIER, Jacquellne, França
tltlon G.e ographique de la mortallté
e"
França
ne des rellefs résiduels sur les sacies
ns"
i, Joachlm, Alemanha
tlc relatlons between equatorial and
cal clima tes"
ãans H., Suíça
Scale Mapping and lnterpreting
ir-Photos"
ans H. e Gerhaad Furrer, Suíça
ure solls in Alpine Swltzerland"
ans H . e Gerhaad Furrer, Suíça
monstrationa! value of geomorphoexperiments"
ans H. e Max Bronhofer, Suíça
ecllne of the "Tharee-Zelgen SysNortheastern Switze~Iand"
a ns H . e Max Bronho!er, Suíça
anging Agricultural Scene Interrom Aerial Photographs"
ans H . e Hans Caro!, Suíça
les of the concept Landscape"
TE, Benolt, Canadá
nséquences de la canall_sation du
uren t sur les exporta tlons Canade céréales"
redith F ., Estados Unidos
tlonal Standard!zatlon o! Geogra-
mes"
~ed!th F., Estados Unidos
or Wetlands In the Unlted States"
Ella M. J ., Inglaterra
of tra vel descr!ptlon in the reon of the Past Scene. - W!th
ference to the Ph1!1pptne Islancts,
.
Hubert, Canadá
es de l 'hiver sur l'hab!tation rula province de Quebec"
orges, França
·
raphie de la ;recreation"
NOTICIARIO
CHAVES, Edson Rodrigues, Brasil
"Importance of Geograph!cal factors in
the formatlon of polythe!st!c and monotheist!c rellgions"
CHEBATAROFF, J., Uruguai
"Origine et évolut!on des mers de rochers,
(spec!alment de l'Uruguay)
CHEBATAROFF, J., Uruguai
"Qualques aspects de la végétat!on de
l'Uruguay et de Rio Grande do Sul et son
évolutlon"
, COLE, Monica Mary, Inglaterra·
"The me~!ts and llm!tat!ons of Land use
Maps"
W!th particular reference to areas of : a)
Intense cult!vation b) Sub-marginal land .
COLE, Monica Mary, Inglaterra
"The emergence of South Africa as an
Industrial nat!on"
COLE, Monica Mary, Inglaterra
"Tempera tura a nd humid!ty analyses"
(A new tchn!que)
CULBERT, James I ., Estados Unidos
"Rural dwelllngs of the Rio Grande valley
and the Lla no estacado of New Mex!co,
showing the lnfluence ar· spanish, anglo
and !nd!an cultures"
DAMBAUGH, Luella N., Estados Unidos
"Progress In Puerto Rico"
DEFF0NTAINES, P!erre, França
"Le stade ln!t!al de la Géograph!e Urba!ne
est un stade rel!gieux"
DEFFONTAINES, Pierre, F~a nça
"L'!nvas!on de la v!e pastórale en Amér!que
!atine"
DIETRICH, S!g!smond de R ., Estados Unidos
"Austr!a: A study In polltical Geography"
DRESCH, J ., França
"Les• surfaces d'aplanissement et Ies rellefs
résiduels sur sacie crlstallln en Afrlque
trop!cale"
DRESCH, J ., França
"Les d épresslons fermées encalssées en réglon ar!de" •
FONCIN, M., França
"Contrlbutlon à l'étude de lar cartofi:raph!e anc!enne du Brés!l"
FOSCUE, Edw!n J., Estados Unidos
"The forest reg!on of east Texas"
GARAYOA, Angel Abascal, Espanha .
"Les m!grat!ons !ntér!eures espagnoles et
leurs causes".
GARA YOA, Angel Abascal, Espanha
"Sugest!ons pour une class!flcat!on b!bl!ograph!que d'!nterêJi geograph!que"
GARAYOA, Angel Abascal, Espa nha
"Les T:-ansformat!ons du paysage rural de
P a mpelune"
GARRY, Robert J., Canadá
"Les transports aér!ens du Canadá"
GEORGE, P!erre, França
"Essa! de classifica t!on d es facteurs de
d!fférenc!at!on des quart!ers urba!ns dans
dlfferents types de grandes v!lles"
GROBER, Alemanha
"Tr!enn!um b!ocllmat!cum trop!cale"
GROSS; Herbert H., Estados Unidos
"A survey of the research In Geographlc
Educat!on In the Un!ted States"
GUILCHER, André, França
"L'ut!l!sat!on des photograph!es aérlennes
dans l'étude des réc!fs corall!ens. Exemples
prls à Ma dagascar"
GUILCHER, André, França
"L'envasement d e le l'estua!re du Rio
K a ptchez ( Gu!née França!se) " .
HANCE, Wlll!am A. e Irene Van Doncen,
Estados Unidos
•
"Port development and Ra!lway L!nes In
Portuguesa West Afrlca"
HANRATH, Joh. J ., Países Baixos
"La concur:ence et la coord!natlon des
moyens dlfferents de transport dans les
pays troplcaux . La Coordlnat!on des trans-
1119
ports dans une soc!été plurallste: L'Indonésle"
HANRATH, Joh. J., Holanda
"The development of ports In relatlon to
the Network of Transportat!on"
HANRATH, Joh. J., Holanda
"Industrlal!zat!on and rural - development
In Under-developed countr!es . Mutual relatlons between agricultura and lndustry"
HILLS, Theo L., Canadá
" Industrial Montreal and Salnt LawrenceSeaway development"
HORIGUTI, Tomolt!, Japão
"A Medicai Geograph!cal Study o! a d!stosom!as!s Japon!ca In Japan"
IÉSíC, Svetozar, Iugoslávia
"La Géographle et la plan!f!catlon réglonale
en Yougoslavle"
IÉSíC, Svetozar, Iugoslávia ·
"Problêmes Géograph!ques dans la redlv!s!on adm!n!strat!ve de la Yougoslav!e"
ISIDA, Ryuz!ro, Japão
"Geog:-aphy of the lndustr!allzatlon o!
Japan"
JOURNAUX, André, França
"Les Concrét!ons ferruglneuses d'orlg!nelacustre et leurs rapports a vec Ia morphologle"
JOURNAUX, André, França
" La recherche Géographlque en France"
KAMPP, Aa., Dina marca
"A Geographlcal study ,o! the spllttlng-up
of Danlsh Agricultura! p:operties"
KA,RAN, Pradyumna P ., Estados Unidos
"Industrial Geography o! Chata Nagpur,
Ind!a"
" A study in ihe impact of industrlallzatlon
In Ind!a"
KARAN, Pradyumna P ., Estados Unidos
"Land types and agricultura! pract!ces In
a tropical v!llage"
KIUCHI, Sh!nzo e Yoko Aono, Japão
"The 'C!ty Boom• In Japan, and the characters of the " Agricultura! City".
KORCAK, Jaromlr, Tchecoslováquia
"La comparaison Géog ~aphlque des grandes
villes".
KRAL, J!ri, Tchecoslováquia
"Aer!al photographs In Urban Geography ..
KRAL, Jiri, Tcheoslováqula
"The use of aerial photographs and aerlal
ethnography In the study o! rural settlement and rural economy"
LAMOTTE, M. e G . Rouger!e, França
"Les N!vaux d'éros!on lntérleurs dans
l'ouest Af:tcà!n"
LAMOTTE, M. e G. Rougerle, França
"Styles des rellefs de l'Afrique Oc!dentale"
LAMOTTE, M . e G. Rougerle, França
"Rapports des cuirasses f erruglneuses avec
la végétatlon et avec l'homme"
LAMOTTE, M. e G. Rougerie, França
"Génêse de certa!nes cuirasses ferrugineuses em Afrique Occ!dentale"
LAPEYRE, André, França
"Act!on mutuelle de l'ecorce terrestre et
de son Noyau"
LAUTENSACH, Hermann, Alemanha
"The annual march o! the rates of temperaturas decrease w!th altitude In the
d!fferent cllmat!c reglons of the world"
LEHOVEC, Otto, Alemanha
"A mDdel of the Landscape"
LEHOVEC, Otto, Alemanha
"A contr!but!on to the Imigrat!on problem"
MALAMID, Alexander, Estados Unidos
"Some appllcat!ons o! thuenen's theory of
spatial distrlbut!ons in Geograph.lcal analysis of economic development"
MELIK, Anton, Iugoslávia
"Les sois fosslles comme slgnes d'exolut!on
Plelstocêne"
MILOJEVIC, Borlvoje z., Iugoslávia
"Réglons subtroplcales de Y!'ugoslavle"
200
BOLETIM GEOGRAFICO
MILOJEVIC. Bor!voje z., Iugoslávia
"The Teach!ng of regional Geagraphy at
the Un!ve~slt!es"
MOMIYAMA, Masako, Jap!íC'
"~tud!es on medica! Geography or tuberculos!s In Japan"
MOMIYAMA, Masako, Japão
"Methodology of medica! Geogmphy"
NAKAHARA, Magokch!, Japão
" On the w!nds of the five m.1!n reg!ons
In Japan"
NANGERONI, G!useppe, Itál!a
"Les sois foss!les comme s!gnes d 'evolut!on
climatlque en Italie"
NANGERONI, G!useppe, Itália
"L'hab!tat!on rurale dans Ia Lombal:'dle
(Italie) et ses . rapports avec !e m!l1eu
phys!que, l 'hér!tage culturel, les genres de
vle et la structure social e".
NEIVA, João Manuel Cotelo, Port~gal
"Latérltes de !'De du Prlnce"
NEIVA, João Manuel Cotelo, Portugr.l
"Morphologle litto~ale de l'Ile de Porto-Santo"
NISHIMURA, Kasuke, Japão
"Sheet Eros!on and climatlc ch!mge in the
Chugo Ku Mounta!ns"
NOYES, John R., Estados Unidos
"Transportatlon Trends in Northwestern
North Amerlca"
OGURI, Hiroshl, Japão
"Communal forests as a Communlty tie in
the development of Japanese v1!lages"
OTTE, Hermann F., Estados Unidos
"Changing patterns of U.S.A. ore supply.
A case study In materiais procurement".
POUQUET, Jean, França
"Some types of . evolutlon of th~ relief In
F ~ench Gulnea.
Hydrographlc process and cu!r~sslng phenomena on the helghts of Fouta D!alon
(French West Afr!ca)"
POUQUET, Jean, França
"Eroslon and restaurat!on of the solls in
Fouta Dlalon (Labé D!strlct) French Guinea, Accordlng to the first f!nd\ngs of the
Pouquet Exped!t!on (Fouta D!alon Comm!ttee)"
PREVOT, Victor, França
"La Géograph!e dàns les classes term!nales des Lycées França!s"
PREVOT, Victor, França
"Le rég!me de la Se!ne"
RAISZ, E:-w!n, Estados Unidos
"The com!ng of the Lanct,-Type Map"
RAISZ, E:-w!n, Estados Unidos
"A new s!x-foot rel!ef globe"
REGALES, Manuel Ferrer e Salvador M. Fernandez, Espanha
"Les Ramblas du Jlloca Moyen"
REGALES, Manuel Ferrer e Salvador M. Fernandez, Espanha
"Les formes du Relief !e centre de Ia
~épress!on de l'Êbre"
ROCHEFORT, Michel, França
"Determ!nat!on des types de v1lles d'un
réseau urba!n: méthode d 'analyse de la
populat!on act!ve"
RODENWALDT, Ernst, Alemanha
"The Geomed!cal slgn!f!cance of man's
!nfluence on the earth's surface"
RODENWALDT, E. e H. J. Jusatz, Alemanha
"On the methods of the cartograph!c :cepresentatlon of the dlstr!but!on and movement of ep!dem!c d!sseases"
ROUGERIE, G.
·
"Le n!veau des 200 m . et les n!veaux r écents
en cõtll d 'Ivo!re"
BAEZ-GAFWIA, L., Espanha
"Character!st!cs of Iber!an per!glac!ers
formed by d!fferent snow cond!t!ons"
SAMANES, Alfredo Flor!stán e Joaquim B.
Maurel, Espanha
"L'em!grat!on Andalouse"
SCHILZ, Gordon B., Etiópia
"D!str!butlon of v!llages in Shewa prov!nce,
Eth!op!a"
SCHILZ, Gordon B ., Etiópia
"Lanàforms of Shewa prov!nce, Eth!opia"
SESTINI, Aldo, Itália
"Dens!té de populat!on et dens!té opt!mum
en Italie en rapport avec les tchn!ques
d'occupat!on du sol".
SESTINI, Aldo, Itália
"Methodes et exemples de représentat!on
cartograph!que s!multanée des fa!ts phys!ques et huma!ns"
SMEDS, Helmer, Finlândia
"The populatlon capac!ty of the Eth!op!an
H!ghland"
SOUSA, Benedito José, Brasil
"L'énerg!e electr!que em Minas Gerais"
SPATE O. H . K ., Austrália
"Thends in industrial locatlon in .Ind!a"
SPATE O. H . K., Austrália
"New Delh! and Canberra, Federal Capitais".
STERNBERG, H!lga~d O'Re!lly, Bras!!
"Rad!ocarbon datlng, as applied to a
problem of Amazon!an morphology"
STEVENS, Rayfred L. , Estados Unidos
"European colon!es in the tropical LowIands of Mex!co"
STEVENS, Rayfred L., Estados Unidos
"Mex!co, 150 Kears after Humboldt.
Chang!ng forms and functlons of the road
from Acapulco to Vera Cruz"
TRICART, J ., França
"Correlat!on des p érlodes pluv!ales et arides au Nord et au Sud du Saha:ca"
GUERAND, Robert, França
"Relief Insula!re et M!crocl!mats littoraux
aux Açores".
TRICART, J ., França
.
"Types de lits fluv!aux et b!oclimat!que.
en Afr!que occ!dentale"
TRICART, J ., França
"Types de systémes agr!coles et n!veaux de
v!e en Afr!que Occ!dentale França!se"
VEYRET-VERNIER, Germa!ne, França
"La product!on Hydro-électr!que en montagne.
Types d'équlpement et problémes de réguIa ~ !sat!on".
VEYRET, Paul, França
"Industr!alisat!on et progrês agr!cole dans
Ies Alpes França!ses"
W ADA, Shunj!, Japão
"H!stor!cal-Geograph!cal conf!rmatlon of
r acial d!fference in response to accl!mat!zat!on in the trop!cs"
WARMAN, Henry J ., Esta dos Unidos
"Telecast!ng Techn!ques in Geography"
YONEKURA , J!ro, Japão
"Hlstor!cal development of the polit!cal-adm!n!strat!ve d!v!s!on of Japan".
ZAMORANO, Mariano, A~g entlna
"L'hab!tat!on rurale typ!que à Mendoza" .
Contrato de professóres para Faculdades de
Filosofia e outras instituições cientificas
brasileiras
Sobem a 37 as propostas de contrate de
professõres estrangeiros que desejam, aproveitando sua vinda ao XVIII Congresso Internacional de Geog,af!a, leciona r nas Faculdades
ou outras instituições c!entif!cas do Bras!l.
As propostas já divulgadas, acrescentam-se
as seguintes:
WILHELM LAUER (Alemanha): Estudos de
Geografia, Geologia, Meteorologia e História na Universidade de Bonn; Doutor em
Geografia; Assistente dos Departamentos
de Geografia das Universidades de Bonn
(Prof. Troll) e de Klel (Prof. Schm!eder).
Espec!al!dade: Cl!matolog!a, B!ogeograf1a,
Geografia agrária, regiões tropicais.
Cargo atual: Assistente do Instlt1
gráfico da Universidade de Klel.
desejado: Lecionar em alguma in
bras!! eira .
B h
JOHN P. ANGELLI (E .U.A;):
~c.. I
Universidade de Clark e Mast~ r
pela Universidade de Harvard; Pro}
Universidades de Ha ~vard e de _Po
Espec!al!dade: Geografia econom
blemas de áreas subdesenvolvidas,
mente, a América Latina, Geog
litlca.
Cargo atual: Professor da Unlver
Maryland.
Contrato desejado: Ensinar de
setembro, podendo lecionar em
em espanhol .
ANDRE' JOURNAUX (França): Agreg
grafia e Doutor em Let~as.
Especialidade: Geomorfolog!a, Ge•
comércio .
G
cargo atual: Professor de
ec
Faculdade de Letras da Un!ver
~~~~~ato desejado: Assistente-"!
GEORGE ADRIAN DE NEVE (Indon
plomado em Engenharia Clv!l pe
sida de Técnica de Bandung, dipl
Geologia pela Faculdade de FI
Universidade de Leyden, EngenhE
nas pela Universidade T écnica
Espe"Cialldade: Geologia e Paleo
cargo atual: Diretor e Geó!og<
Departamento de Exploração da•
Estanho Bangha ·
Contrato desejado: Assistente-"!
Conferencista ou consultor-tê•
rante 3 meses, sôbre Geologia, g
depósitos minerais e Vulcanogr
J. M BAILEY (Inglaterra): Bachar•
grafia pela Universidade de .
memb•o da Sociedade Geogra
dense: "Master of Arts" pela O
de Cambrldge.
Especialidade: Ensino da Geog:
Cargo atual: Diretor e Geólog
Geografia no Wymondham Co.
Contrato desejado: Não Indica
CYRIL HENRY WINDHAM (União
na): Diplomado em Medicina
versidade de Wltwatersrand, Jo
Pesquisador-Assistente da Po
School of London, membro ele!
College of Phys!clans.
Especialidade: Geografia méd!<
cargo atual: Dl,etor do Apphe<
Laboratory (Transvaal and C
state Chamber of Mines) ·
Contrato desejado: Professor v
Contribuições
à
Geografia
Pela primeira vez, num Cong
nacional de Geografia, serão disc~
tos em que a Geografia e a Med <
aentam intimamente ligadas. Um
s!dentes dessa Secção será o prc
Rodenwaldt, diretor do Instituto
da Universidade de Heidelb~rg e ec
Mundial de Moléstias Ep!demlcas .
' Henrique Pimenta Veloso e José
Moura apresentaram interessante
Instituto Oswaldo cruz, cuJOS tr
moléstias tropicais são conhecido
inteiro, vai apresentar as segu!n\
ções: l) ·"A prese_nça das espécie
aubgênero kerteszta em comunid
típicas, como índice para U'!' '
geral dos três vetores da malar.
Bras!!" (Drs. Henrique Pl•n~nta
venâncio de Moura); 2)
~s \
subgênero kerte$zia em relaçao '
das bromeliáceas nos estados de
Gordon B., Etiópia
rlbutlon o! vl!lages In Shewa provlnce,
pia"
Gordon B., Etiópia
lforms o! Shewa provlnce, Ethlopla"
Aldo, Itália
;lté de populatlon et denslté optlmum
:alie en rapport a vec les tchnlques
lpatlon du sol".
Aldo, Itália
todes et exemples de représentatlon
:raphlque slmultanée de& !alts physlet humalns"
:Ielmer, Finlândia
population capacity ot the Ethiopian
Lnd"
:enedito José, Brasil
•rgie electrique em Minas Gerais"
H . K., Austrália
.ds in industrial locatlon in India"
H. K., Austrália
Delhi and Canberra, Federal CaRG, Hll ga~d O 'Re1lly, Brasil
>carbon d ating, as applled
to
m of Amazonian morphology"
a
Ray!red L ., Estados Unidos
>ean colonies In the tropical Lowof Mexlco"
Rayfred L ., Estados Unidos
:o, I50 Kears after Humboldt .
lng forms and functions o! the road
A.capulco to Vera Cruz"
J ., França
ation des périodes pluvlales et artNord et au Sud du Saha:-a"
Robert, França
Insulaire et Microcllmats llttoraux
ores".
J ., França
.
de llts fluviaux et blocllmatlquee
que occldentale"
J., França
de systémes agricoles et niveaux de
Afrique Occidentale Française"
ERNIER, Germaine, França
duction Hydro-électrique en mon-
équlpement et problêmes de régun".
aul, França
iallsa tion et progrês agricole dans
s Françaises"
nji, Japão
al-Geographical confirmatlon ot
fference in response to accllm atln the tropics"
enry J ., Estados Unidos
lng Technlques in Geography"
Jlro, Japão
l development of the PQllticalrative divislon o! Japan" .
Mariano, A~gentlna
ion rurale typique à Mendoza" .
protessõres para Faculdades de
outras instituições cientificas
brasileiras
37 as propostas de contrato de
trangeiros que desejam, aproveida ao XVIII Congresso Internaog~afla, leciona r nas Faculdades
itulções cientificas do Brasil.
as já divulgadas, acrescentam -se
UER (Alemanha): Estudos de
Geologia, Meteorologia e Hisniversidade de Bonn; Doutor em
Assistente dos Departamentos
la d as Universidades de Bonn
) e de Klel (Prof. Schmleder) .
e: Climatologia, Blogeografta,
grária, regiões tropicais.
NOTICIARIO
Cargo atual : Assistente do Instituto Geográfico da Universidade de Klel. Contrato
desejado: Lecionar em alguma instltulçâo
brasileira .
JOHN P . ANGELLI (E.U.A.) : Bacharel pela
Universidade de Clark e "Master" e Doutor
pela Universidade de Harvard; Professor nas
Universidades de Ha~vard e de Pôrto Rico .
E specialidade: Geografia econômica, problemas de áreas subdesenvolvidas, especialmente, a América Latina, Geografia polltlca.
Cargo atual : Professor da Universidade de
Maryland .
Contrato desejado: Ensinar de julho a
setembro, podendo lecionar em Inglês ou
em espanhol .
ANDRE' JOURNAUX (França): Agregé de Geografia e Doutor em Let~as.
Especialidade: Geomorfologla, Geografia do
comércio.
Cargo atual: Professor de Geografia da
Faculdade de Letras da Universidade de
Caen.
Contrato desejado: Assistente-Técnico.
GEORGE ADRIAN DE NEVE (Indonésia): Diplomado em Engenharia Civil pela Universidade T écnica de Bandung, diplomado em
G eologia pela Faculdade de Filosofia da
Universidade de Leyden, Engenheiro de Min as pela Universidade T écnica de Delft .
Espedalidade: Geologia e Paleontologia.
Cargo atual: Diretor e G eólogo-Chefe do
Departamento de Exploração das Minas de
Estanho Bangha.
Contrato desejado: Assistente-Técnico.
Conferencista ou consultor-técnico, durante 3 meses, sôbre Geologia, geologia dos
depósitos minerais e Vulcanogr afla.
J . M. BAILEY (Inglaterra) : Bacharel em Geografia pela Universidade de Cambridge,
memb!o da Sociedade Geográfica Canadense , " Master of Arts" pela Universidadede Cambrldge.
Especialidade : Ensino da Geografia.
Cargo atual: Diretor e Geólogo-Chefe do
Geografia no Wymondham College.
Contrato desejado: Não indica .
CYR!L HENRY WINDHAM (União Sul-Africana) : Diplomado em Medicina pela Universidade de Wltwatersrand, Joha nnesburg,
Pesquisador-Assistente da Post-Graduate
School ot London, membro eleito do Royal
·college o f Physlclans .
Especialidade: Geografia médica.
Cargo atual: Dl ~etor do Apphed Physlology
Laboratory (Transvaal and Orange Free
State Chamber of Mines).
Contrato desejado : Professor visitante.
Contribuições
à
Geografia
Médica
Pela primeira vez, num Congresso Internacional de Geografia, serão discutidos assuntos em que a Geografia e a Medicina se ap.~e­
aentam intima mente ligadas. Um dos co-presidentes dessa Secção será o professor Ernst
Rodenwaldt, diretor do Instituto de Higiene
da Universidade de Heidelberg e editor do Atlas
Mundial de Moléstias Epidêmicas. O professor
' Henrique Pimenta Veloso e José Venâncio de
Moura apr esentaram interessante trabalho. O
Instituto Oswaldo Cruz, cu jos trabalh_s sô~re
moléstias tropicais são conhecidos no mundo
Inteiro. vai apresentar as seguintes contribuições: I) " A presença das espécies anofelis do
subgênero k erteszia em comunidades vegetais
típicas, como índice para um m a peam enti:l
geral dos três vetores da malária do sul do
Brasil" (Drs. Henrique Pimenta Veloso e José
Venâncio de Moura); 2) "Os anofelinos do
subgênero kerteszia em relação à distribuição
das bromeliáceas nos estados de Santa Cata-
201
rlna e Paraná" (Drs. Henrique Pimenta Veloso e Pedro Fontana Júnior); 3) "A distrlbulçâo da doença de Chagas no Brasil" (Dr.
Emanuel Dias); 4) "A distribuição d a esqulstossomose no Brasil " (Dr. Emanuel Dias) ; 5)
" Aspectos climáticos do problema bromélia-malária" (Dr. Má rio B . Aragão).
Delegação italiana
Reuniu-se, em Florença, no dia 24 de dezembro de I955 , a delegação oficial d a Itália,
sob a presidência do professor Roberto Almaglà, composta dos seguintes membros: Pro!.
Ferdlnando Grlbaudl (Turim); Pro!. Elio Migliorlno (Nápoles); Prof . Alberto Mor! (Pisa);
Pro!. G . L . Nangeroni (Milão); Pro!. Aldo
Sestlno (Florença); Pro!. Umberto Toschl (Bolonha) .
Nessa reunião tratou-se da participação da
Itália nos trabalhos das diversas Secções do
Congresso.
Exposição
cartográfica e geográfica
Por ocasião do Cong~esso serâo realizadas
exposições cartográficas e geográficas brasileir as e estrangeiras. A relação já divulgada das
entidades de diversos países que participa rão
da exposição programada, há a acrescenta r o
Brltlsh National Commlttee for Geography, que
pediu :reserva de 80 m ' de parede para seu
material de exposição, e o Geographical Departament da Universidade de Copenhague,
que pretende apresentar uma coleção de mapas, mostrando os diferentes tipos de pesquisa geográfica que estão sendo realizados
por êsse Departamento.
Bólsas
Até 30 de janeiro, tinham sido recebidos
63 pedidos de bOlsas de geógrafos e pro!essôres
estrangel~os, entre os quais estão cientistas dos
seguintes países : Estados l!Tnldos (11), Inglaterra ( 11) , França ( 11) , Alemanha ( 6) , Itália
(4), Peru (3), Austrália (2), Austrla (2), Canadá (2), União Sul Africana (2), China (1) ,
Dinamarca (1), Egito (1) Espanha (3), Finlândia (1), Holanda (I), Indonésia (I), Irlanda ( 1) , Islândia (I), e Paquistão ( 1) .
Outras notas
PUBLICAÇõES DO CONG~ESSO - Estabelecimentos de ensino, academias de ciências
ou d e letras, sociedades científicas, blbllotecas,
emprê·s as comerel ais, rtlpartlções públicas e
organizações poderão recebe ~ as publlcações do
Congresso deSde que se inscrevam como "Membros Coletivos". Com êsse fim dezenas de universidades, blbllotecas e outras Instituições
estrangeiras já fizeram sua inscrição.
A reallzação do Congresso dará ensej o à
publlcação de nove gulas de excursão, de uma
colet~nea dos resumos das comunicações, apresentadas ao Congresso, e dos Anais do Cong~esso. Tais publicações serão de grande lnterêsse, não só para os estudiosos da Geografia,
mas para todos que desejem conhecer melhor
o Brasil e o mundo. Os gulas de excursão não
conterão mera descrição de itinerário; encerrarão ademais uma anállse completa da região
estudada .
Generalidades
COMO ESTA' CONSTITUíDA A COMISSAO
NACIONAL DA UNIÃO GEOGRAFICA INTERNACIONAL - A União Geográfica Inte~aclo­
nal promove periodicamente congressos de
Geografia, com a p articipação de geógrafos do
mundo inteiro, os quais se vêm realizando,
BOLETI~
•
GEOGRÁFICO
desde o século passado com ,intervalos de 3 ou
4 anos, em média. Têm êles por finalidade
"favorecer o progresso da ciência geográfica,
fac111tando as relações pessoais entre geógrafos
de dlfe:entes países e a discussão de problemas geográficos".
Os estudos da U.G.I. prevêem a existência
de uma Comissão Nacional nos países-membros,
Instituída pelo órgão através do qual o pais
adere à União Geográfica InternaciOnal. No
Brasil é o Conselho Nacional de Geografia o
órgão que estabelece a adesão ao órgão Internacional de geografia. A Assembléia Gera.! do
C.N.G., reunida em sessão ordinária em outubro de 1952, c:lou a Comissão Nacional, que é
composta de: a) um representante de cada
uma das seguintes Instituições : Conselho Nacional de Geografia; Academia Brasileira de
Ciências; Associação dos Geógrafos Brasileiros;
Sociedade Brasileira de Geografia; Conselho
Nacional de Pesquisas; Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro; b) três geógrafos rep:esentantes eleitos, das universidades federais, estaduais e particulares; um representante
eleito dos Institutos históricos e geográficos
dos estados; c) o geógrafo brasileiro que fizer
parte da Comissão Executiva da União Geográfica Internacional; d) oito geógrafos escolhidos pelos membros a que se reterem as
CONSTITUIÇAO DA COMISSAO ORGANIZADORA DO XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA - A Comissão Organizadora do XVIII Congresso Internacional de
Geografia é constituída: a) Pelo presidente do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
na qualidade de presidente; b) pelo secretário-geral do Conselho Nacional de Geografia, na
qualidade de vice-presidente; c) Pelo secretário executivo da Comissão Nacional da União
Geográfica Internacional, na qualidade de secretário executivo; d) pelos membros da Comissão Nacional da União Geográfica Internacional; e) por um representante de cada uma
das seguintes Instituições: Serviço Geográfico
do Exército, do Ministério da Guerra; Diretoria
de Hidrog:afia e Navegação, do Ministério da
Marinha; Ministério da Aeronáutica; Ministério da Agricultura; Ministério das Relações
Exteriores e Prefeitura do Distrito Federal; !)
pe19s representantes das Instituições que forem especialmente convidadas a Integrar esta
Comissão, na fo:ma do Regimento Interno; g)
por personalidades escolhidas Igualmente na
forma do Regimento Interno .
Exterior
PORTUGAL
Aspectos da vegetação da Costa do Marfim
CONFER~NCIA PELO PROF. PIERRE DANSEREAU NA SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE
LISBA, SEGUNDO RESUMO PUBLICADO NO
BOLETIM DA MESMA SOCIEDADE (número de
jan. a março de 1955) - O Sr. Prof. Plerre
Dansereau, que to! a Portugal em missão da
"National Sclence Foundation", de Washington,
para o estudo da vegetação mediterrânea, descreveu em conferência, alguns aspectos da
vegetação da Costa do Marfim, llust:ando as
suas considerações com Interessantes projeções
coloridas.
O Pro!. Dansereau, que falou em português aprendido no Brasil, começou por dizer
que era uma grande honra para êle ocupar
a t:lbuna da Socfedade de Geografia de Dlsboa,
Instituição cultural que desfruta de grande
prestigio em todo o Mundo. Em seguida, relatou a sua visita à Costa do Marfim por ocasião
de uma expedição organizada depois do Congresso Internacional de Botânica que se realizou em Paris na primeira quinzena de Julho
de 1954, chefiada pelo Prof. Georges Mangenot
e na qual participaram botânicos de várias nações e de multas especialidades dent:o do
grande domínio da Botânica, quer especialistas de . liquenes, de fisiologia, de morfologia,
de solos, etc.
Frisou que foi multo proveitosa nesta expedição a participação do Pro!. A. Blttencourt,
de São Paulo (Brasil), o qual pôde verificar
notáveis diferenças entre a selva amazônica e
a selva da Costa do Marfim. As florestas ainda
virgens que restam em ambos os lados do
Atlântico manifestam uma estrutura multo
semelhante: árvores altas, de copa ampla e
Re l a tó ri 0 s d e In s t it u
Geografia e CiênciCJ
alíneas anterlo:es, dos quais cinco residentes
nos estados, escolhidos nas diferentes regiões
do país.
de folhagem persistente . Algumas das mala
notáveis adaptações tropicais, como os troncos
providos de largas asas, as trepadeiras que
parecem cabos contorcidos, as orquídeas situadas nos ramos altos, são a spectos "clássicos"
da selva tropical Idênticos nos dois casos e
apenas pode notar-se que os troncos alados
são mais freqüentes do lado africano e que as
chamadas "epífitas" são freqüentemente mais
comuns na Amazônia.
Continuando, disse que os problemas geográflcQs são muitos, mas que os botânicos,
geógrafos, agrônomos, silvicultores e naturalistas franceses já realizaram valiosos estudos,
e dêste modo, possuem a p;ora alguns dados
sôbre a história, quer geológica quer recente,
da vegetação espontânea da Costa do Marfim,
que tornam possível reconstituir acontecimentos dos últimos 20 .000 anos e esboçar as migrações que as plantas devem ter realizado
durante tal período. A te!~ da paisagem o:lglnal - disse - está agora multo modificada
pelo homem, tanto pelo negro como pelo branco. Depois d~ se referir aos métodos novos
Introduzidos na agricultura tropical pelos cientistas franceses, que dão à paisagem um aspecto característico e às populações uma nova
orientação social e econômica, numa luta do
homem contra a natureza, o conferencista afirmou que ao bótânlco deve Importar mais a
própria luta da natureza contra o homem,
dadas as poderosas tendências da !!aresta troplca~ para avassalar tôda a paisagem.
Ao terminar as suas considerações,. o
Prof. Dansereau sublinhou que a natureza tropical ainda tem muitos segredos a revelar.
Por enquanto - disse - estamos todos, biologistas e geógrafos, fascinados pela di versldade
e riqueza que ali encontramos e apenas entrevemos os mecanismos que governam esta dinâmica vital!
Relatório de Represe
Ordinária da A:
•
ALAGOAS
Relato das atividades do Dlretórlc
nal de Geografia, apresentado pelo r!
delegado:
"Distinguidos que fomos, uma tv'
or ato do senhor governado: ~o es a
P
tar Alagoas na XV sessao ordl
~fs~~b~éla Geral ~~o C~~~e;:,~tlrN~cl
Geografi~rt~ââ~d;,
sucinto relatório <
0
~~~!rs ittv1dades jgeop ~~c~~~ n~~s~s~~~
derada, pa:accu olh~x Nacional de G
boração do
onse
1
Instalação do Diretório Regional de <
O fato mais auspicioso para as e
eo ráflcas no estado de Alagoas, n<
g 0 g reendldo entre a última Assem_?!
~ :.:'~resente, diz respeito à lnstalaça~
tório Regional de Geografia que,
orl inàrtamente em 1938 e reor ganê1
194~ jamais chegou a funcionar, at
~mente reorganizado em 1953 (D<
~g v de 2 _12 _1953) teve finalmente a 1
6
1aç~o solene em _Qata de 29 de ma1'
rente ano.
compõem-no, o diretor do DePI
E stadual de Estatística (presidente) 't'
regional de E statística ( vtlic~lpres~.
f
da Secção de Esta s ca
c~eec;etár!oj • o dlreto:-geral do Dep:
Públicas 0 diretor-geral da
(
de Obras
•
diretor
d e Estradas de Rodagem, 0
ió
Públicas da Prefelt~ra de M~e ic
da Divisão de Assls~en~~a ~~~vuau~,
professôres A. IJaiftuto Hlstó:lco dl
sentante do ns
A · to
Abelardo Duarte, Teoba~~o eu~:nu•
Barros, Joaquim Rama o
Júnior .
Presentemente, além dos estu;
diversos ramos da Geogra
sôbred~s pública administração, do
xor Investigações cientificas, const
t~~ do Diretório Regional ata~ar
atinente à cor:eção técnica os
novos mun!ciplos.
f
Divisão territorial do estai
Sancionada no dia 5 _de abril d
publicada no D iário Oftctal do f~~~
mo més, a lei n.• 1.785, que o
territorial de Alagoas para
1954~1.;;8êsse tliploma legal o estado!
AOS EDITORES: :tste "Boletim" nlo faz publicidade remunerada, e;,_tretanto, registará
ou comentará as contribuições sôbre geografia ou de interêsse geográfico que sejam
enviadas ao Conselho Nacional de Geografia, concorrendo dêsse modo para mais ampla
difusão de bibliografia referente à geografia brasileira.
tltuido de 41 comarcas, 41 mun '
distritos.
mun!ciplos ap
Quatro novos
mencionada lei: Delmlro Gouve1a, 1
de, Olho d'Agua das Flores e Patl
anterto~es, dos quais cinco residentes
R e I a tó r i o s d e In s t it u i ç õ e s de
Geografia e Ciências Afins
dos, escolhidos nas diferentes regiões
STITUIÇAO DA COMISSãO ORGANI. DO XVIII CONGRESSO INTERNADE GEOGRAFIA - A Comissão Orgado XVIII Congresso Internacional de
, é constituída: a) Pelo presidente do
Braslletro de Geografia e Esta tlstica,
lade de presidente; b) peJo secretárioConselho Nacional de Geografia, na
de vice-presidente; c! Pelo secre:utivo da Comissão Nacional da União
a Internacional, na qual!da de de se•xecutivo; d) pelos membros da Co~cional da União Geográfica Internapor um representante de cada uma
ntes instituições: Serviço Geográfico
;o, do Ministério da Guerra; Diretoria
::afta e Navegação, do Ministério da
Ministério da Aeronáutica; MinisAgricultura; Ministério das Relações
e Prefeitura do Distrito Federal; f)
·esentantes das 1nst1tu1ções que totalmente convidadas a integrar esta
na to:ma do Regimento Interno; g)
o.al!dades escolhidas igualmente na
Regimento Interno.
m persistente . Algumas · das mais
laptações tropicais, como os troncos
e largas asas, as trepadeiras que
bos contorcidos, as orquídeas situamos altos, são aspectos "clássicos"
ropicaJ idênticos nos dois casos e
e notar-se que os troncos alados
eqüentes do lado africano e que as
epífttas" são freqüentemente mais
Amazônia.
ando, disse que os problemas geo> muitos, mas que os botânicos,
grõnomos, sll vi cultores e naturases Já real!zaram val!osos estudos,
>do, possuem agora alguns dados
ória, quer geológica quer recente,
> espontânea da Costa do Marfim,
possível reconstituir acontecimenmos 20.000 anos e esboçar as mias Plantas devem ter real!zado
período. A te!~ da paisagem o:ie - está agora muito modificada
tanto pelo negro como peJo brani! se referir aos métodos novos
na agricultura tropical pelos cienes, que dão à paisagem um asístico e às populações uma nova
ela! e econômica, numa luta do
a natureza, o conferencista attrbótânico deve importar mais a
da natureza contra o homem,
rosas tendências da floresta trossalar tôda a p aisagem.
ar as suas considerações,. o
u subl!nhou que a natureza- troem muitos segredos a revelar.
disse - estamos todos, biolotos, fascinados pela diversidade
l! encontramos e apenas entrenismos que governam esta dinâ-
munerada, e~tretanto, regtstará
nterêsse geográfico que sejam
dêsse modo para mais ampla
•
Relatório de Representantes Estaduais à XV Sessão
Ordinária da Assembléia-Geral do C.N.G.
ALAGOAS
Relato das atividades do Diretório Regional de Geografia, apresentado pelo respectivo
delegado:
" Distinguidos que fomos, uma vez mais,
por ato do senhor governado: do estado, para
representar Alagoas na XV sessão ordinária da
Assembléia Geral do Conselho Nacional de
Geografia, é-nos grato transmitir a V. Exa.,
nesta oportunidade, sucinto relatório das principais atividades geográficas nessa unidade fed erada, pa:a cujo êxito foi decisiva a colaboração do Conselho Nacional de Geografia.
Instalação do Diretório Regional de Geografia
O fato mais auspicioso para as atividades
geográficas no estado de Alagoas, no periodo
compreendido entre a última Assembléia Geral
e a presente, diz respeito à Instalação do Diretório Regional de Geografia que, instituido
originàriamente em 1938 e reorganizado em
1944, jamais chegou a funcionar, até quando,
novamente reorganizado em 1953 (Decreto n.•
606, de 2-12-1953) teve finalmente a sua instalação solene em .qata de 29 de maio do corrente ano.
Compõem-no, o diretor do Departamento
E stadual de Estatistica (presidente), o inspetor
regional de Estatistica (vice-presidente), o
chefe da Secção de Estatist!oa Fisiográf!ca
(secretário), o direto~-geral do Departamento
de Obras Públ!cas, o diretor-geral da Comissão
d e Estradas de Rodagem, o diretor de Obras
Públ!cas da Prefeitura de Maceió, o diretor
da Divisão de Assistência aos Municipios e os
professOres A. Jaime de Altav!la Melo, representante do Instituto Histó:ico de Alagoas,
Abelardo Duarte, Teobaldo Augusto de Araújo
Barros, Joaquim Ramalho e Manuel Diegues
Júnior .
Presentemente, além dos estudos gerais
sôbre os diversos ramos da Geograf!a,c.em favor da públ!ca administração, do ensino e
d as investigações cientificas, constitui objetivo do Diretório Regional atacar o problema
atinente à cor : eção técnica dos l!mites dos
novos municípios.
Divisão territorial do estado
Sancionada no dia 5 de abr!l de 1954, foi
publ!cada no Diário Oficial do dia 9 do mesmo mês, a lei n. • 1. 785, que fixou a divisão
territorial de Alagoas para o qüinqüênio
1954/ 1958 .
Por êsse tliploma legal o estado ficou constituído de 41 comarcas, 41 municípios e 95
distritos.
Quatro novos municípios aparecem na
mencionada lei: Delmiro Gouveia, Feira Grande, Olho d'Agua das Flores e Paulo Jacinto.
Fo-::am criados os seguintes novos distritos: Sapucaia, Dois Riachos, Capim e Coité,
respectivamente nos municipios de Atalaia, Major Isidoro, Sant'Ana do Ipanema e Limoeiro
de Anadia.
Conclusão
Esperando que no próximo ano - face à
recente instalação do Diretório Regional de
Geografia possamos oferecer melhor contribuição às atividades geográficas nacionais,
aproveitamos o ensejo para registrar o nosso
agradecimento à confia nça que nos depositou
o senhor governador do estado e, bem assim,
à val!osa , decisva e continua colaboração que
nos vem prestando o Conselho Nacional de
Geografia, sem a qual diflcllmente poderia
prosseguir em seus trabalhos o órgão regional
geográfico de Alagoas.
"AP:E:NDICE - Apresentamos, a segui~. tópicos da mensagem dirigida à Assembléia Legislativa pelo chefe do Executivo alagoano,
em que S . Exa . faz considerações sôbre os
tra balhos geográficos no estado:
"Constituindo, de sua parte, o Diretório
Regional de Geografia, reorganizado pelo Decreto n .• 606, de 2 de dezembro de 1953, o govêrno do estado designou os professôres Manuel Diegues Júnior, · Joaquim Ramalho, Abelardo Dua ~te e Teobaldo Augusto de Araújo
Barros para membros do referido Diretório".
" O professor Manuel Diegues Júnior, delegado de Alagoas na Assembléia Geral do Conselho Nacional de Geografia, real!zado em
Julho, apresentou projeto, que foi ap:ovado,
convertendo o auxilio financeiro dêste órgão
ao Diretório de Alagoas, em 1954, no pagamento final dos trabalhos de elaboração e
preparo do mapa do nosso estado, de conformidade com os entendimentos anteriores
entre o govêrno alagoano e a Secretaria Geral
do C.N .G . Aliás, consta das ta~efas que, no
ano em curso, deverão ser real!zadas pelos diferentes Serviços do Conselho Nacional de
Geografia, o prosseguimento dos trabalhos do
referido mapa. Foi o que noticiou recente
divulgação do Diretório Central, na imprensa carioca".
E mais adiante:
"Sancionada no dia 5 de abr!l de 19~4. foi
publ!cada no Diário Oficial do dia 9 do
mesmo mês, a lei n.• 1. 785, que ttxou a dtvi ~ ão territorial de Alagoas para o qüinqüênio
1954/ 1958. O Estado ficou constituido de 41
comarcas, 41 municípios e 95 distritos. Quatro
novos municípios aparecem no novo diploma:
Delmiro Gouveia, Feira Grande, Olho d 'Agua
das Flores e Paulo Jacinto. Foram criados os
distritos de Sapucaia, Dois Riachos, Capim e
Coité, nos municípios de Atalaia, Major Isidoro, Sant'Ana do Ipanema e Limoeiro de Anadia, respectivamente.
RELATóRIOS DE INSTIT
BOLETIM GEOGRAFICO,
E finalmente:
"A atenção que, do atual govêrnQl têm
merecido os trabalhos do sistema geógrafo-estatístico regional, se, em 1954, concretizou-se Inclusive pelos atos que atenuaram a deficiência de pessoal do D.E.E. e pela constituição do Diretório Regional de Geografia,
já antes se posltlvara com a criação da Secção
de Estatística Mllltar (Lei n.• 1.566, de
25-11-1951) ".
(Transcrito do Diário Oficial
do Estado, n . • 93, de 30-4-1955).
TERRITóRIO FEDERAL DO AMAPA
RELATóRIO DAS ATIVIDADES GEOGRAFICAS NESSE TERRITóRIO, APRESENTADO
PELO RESPECTIVO DELEGADO A ASSEMBLÉIA-GERAL, SR. JOSE' ALENCAR FEIJó
BENEVIDES. "Introdução Distinguidos
por designação do governador do território
federal do Amapá para representar esta unidade
no presente conclave, sentimo-nos altamente
honrados de apresentar-vos uma síntese geográfica do Amapá e o relatório das atividades
da Secção de Geografia do Serviço Regional
de Geografia e Estatística relativas ao período
compreendido entre julho de 1954 e a presente data.
De Inicio desejamos ressaltar que representamos, nesta augusta Assembléia, uma das
unidades mais novas do país, criada pelo decreto-lei n.• 5.812, de 13 de setembro de 1943,
para atender à necessidade da defesa nacional, do povoamento e da colonização de uma
região até aquêle tempo desconhecida e abandonada, mas que, hoje, já deixou de ser apenas "um capitulo da história da terra", porque começa a escrever "um capítulo da história da clvlllzação".
A ereção, em terrltó7lo federal, das antigas
terras do Cabo Norte velo reallzar, quase um
século mais tarde, o projeto de Cândido Mendes de Almeida que, em 1853, propusera a criação da "Província de Olapóqula", compreendendo o território entre os rios Nhamundá e
Amazonas, o oceano Atlântico e os llmltes setentrionais do Império; e correspondeu, de
outro modo, a "uma aspiração política de Incontestável alcance patriótico", assim como,
em parte, ao plano de redlvlsão territorial do
Brasil.
Defendida a chamada "Guiana Brasllelra"
da cobiça lmpe7lallsta pelo feito de Francisco
Xavier da Veiga Cabral e pela diplomacia de
Rio Branco, para assegurar à pátria um território que de fato já nos pertencia pelo Tratado de Utrecht, assinado em 11 de abrll de
1713, entre D. João V, rei de Portugal, e Luis
XIV, rei de França, foi a aludida região, pelo
decreto já citado, desmembrada do estado do
Pará e constituída no atual território federal
do Amapá, o mais próximo, entre os territórios criados na Região Norte, dos Estados Unidos e do principal centro cl vlllzador do vale
amazônico - a cidade de Belém - da qual
dista pouco mais de 1 hora de vôo.
"Caractertsticas do Amapá
Apresentando
a configuração geográfica de um losango Imperfeito, com os vértices orientados para os
pontos cardeais, o Amapá tem uma área de
137.303 km•, assim dlstrlbulda.:
=.:J
Município de Macapá ........... .
Município de Amapá ........... .
Município de Mazagão .......... .
Município de Olapoque ......... .
Aguas Interiores ................ .
Território federal do Amapá
27.163 km•·
39.978 ..
44 . 421
24.346
1.395
137.303
(Dados de acôrdo com a resolução n.• 392,
de 29-10-52, da Assembléia Geral do C.N.G.,
extraídos do Anuário Estatístico do Amapá
1954).
-
ll:sse losango é cortado, ao sul, pela Unha
equatorial, que deixa mais de 80% do território
no hemisfério norte. O lado nordeste está voltado para o Atlântico sôbre uma extensão
costeira de 342 qullômetros; o noroeste corresponct_e à fronteira com a Guiana Francesa
e a colonla de Surlname; o sudoeste é a parte
llm!trofe com o estado Pará, marcada pelo
rio Jari; e o sudeste forma o Braço Norte
do rio Amazonas.
A sua llnJ?.a divisória é a seguinte:
Com a Gutana Holandesa: serra de Tumucumaq~e. desde a nascente principal do rio
Jari ate o marco que determina a trljunção
de fron tel7as do Brasll com essa colônia e a
Guiana Francesa.
Com a Guiana Francesa: serra de Tumucumaque, desde o marco acima referido até
às nascentes d~ rio Olapoque, prosseguindo
pelo talvegue deste rio até o oceano Atlântico.
Com o estado do Pará: rio Jari, desde as
suas nascentes na citada serra de Tumucumaque até a sua embocadura no rio Amazonas
dai prosseguindo pelo talvegue do Canal dÓ
Norte, Incluindo o arquipélago de Balllque e
outras ilhas multo próximas ao lltoral amapense.
Os pontos extremos do território são:
Ao N. o cabo Orange ou Rio Branco; ao
S. a embocadura do rio Jari no Amazonas;
a L. o cabo do Norte; e a o . as nascentes
do Jari na serra de Tumucumaque.
Com uma forma quadrilátera, o Amapá
possui dimensões quase equivalentes no sentido N-S e L-0, medindo 616 e 543 qullômetros, respectivamente, em ambos os sentidos.
Litoral - O Amapá, que é, dos territórios
continentais do Brasll, o único marítimo tem
como dissemos, 342 qullômetros de costa's quê
se estendem do cabo Orange ou Rio Branco
à ponta Balllque, debruçando-se sôbre o Atlântico Norte e constituindo uma costa baixa em
que "não há praias de areias e sim graildes
extensões de lama".
"O contôrno não é fixo, ao ·c ontrário,
essencialmente variável. Nesta região de mangues, Invadida pelo fluxo do mar, descoberta
pele: refluxo, sujeita a grandes chuvas, à lnundaçao dos rios, à ação enérgica da abrasão
do depósito amazônico carreado pelas cor.:
rentes marinhas e aos choques formidáveis da
pororoca, trava-se a luta ent re a terra e o mar:
ora vence êste, arrancando, dispersando e
arrastando muitos hectares de mangues· ora
é vencido e, então, a terra domina-o, repellndo-o e estabelecendo, no leito abandonado
compacta vegetação" (Fernando A. Raja Gaba~
glla - "As fronteiras do Brasll" apud Marljese
de Alencar Benevides - Os Novos Territórios
Federais p. 37).
As ~egiões naturais - Em trab&lho publlc~~;do na Revista Brasileira de Geografia, no
numero referente a julho-setembro de 1952,
Alceu Magnanlnl observa que "o Amapá é dlvlslvel em dois por uma linha que, aproximadamente, separa as suas pl"lnclpals características, sejam elas objeto de estudos blogeográficos, geomo7fológlcos ou econômicos".
"Tal llnde tem a direção geral norte-sul,
acompanhando o litoral a distâncias variáveis ·20 qullômetros na altura de Cun'anl, quase
uma centena na altura do cabo Norte (vértice
leste do losango), - e atravesse o rio Araguarl entre Pôrto Grande e Ferreira Gomes,
dirigindo-se para o sudoeste ao encontro do
rio Vlla Nova e, dai até seu desaguar no rio
Amazonas".
"Pensa-se geralmente no Amapá - prossegue Alceu Magnonlnl como sendo uma
região Inteiramente coberta de matas espêssas
e lnextrlncávels englobadas sob a de
ção de "florest~ amazônica" • .as qual)'
bruçarlam até as orlas lltoraneas, f
uma cobertura vegetal somente Intel
elos cursos d'água. E o clássico qua
~ado pela Imaginação, em todos ~ó!
à Influência subconsciente da Amazon
pela literatura. Anàlogamente, de act
a mesma Idéia, o relêvo seria suaviss!
mado por vastas regiões, abs?.lutamen1
e permanentemente alagadas .
"Na realldade, Jogo que se ten!J.a '
aé~ea mesmo longínqua, da reglao, !
midade Imaginada cede lugar a algu:
ramas distintos".
Assim, considera o autor de A~
Naturais do Amapá o terrltó:lO c;tv
duas extensas regiões: a Regtao HtZe·
abrange 80 % de sua área total e
à formação arqueana do maciço das
compreendendo o peneplano guiane
desce gradativamente para o leste e
o contacto com a região costeira; e
Costeira, situada na parte Iestf! do
somando cêrca de 20% da super~1Cle '
e pertencente, de modo geral, a forr
dlmentar - quaternário recente, q1
antigo e, possivelmente, terciário. A cobertura vegetal da Reglao
é dada pela chamada "Hylaea" e a~
em clima equatorial quente e su
o aproveitamento de seus recursoE
é expr€ssa, sobret~do, no extrati1
ocupação humana e fraca. e feita
mente ao longo dos rios, unlca~ vlal
so disponíveis, fora os 740 quilomet.
dovlas construidos, até 31-12-1954, pe
territorial.
A fltogeografla da Região Cost
preende: a zona de terra ftrme, cc
çôes florestais, sa vânlcas e campestr
de terras alagáveis, seJa. por mares
inundações; e a zona Zttordnea, do
excelência dos manguezals.
Aspectos geológicos - Diante de
geológico do Amapá, dlstlngul~os,
geral, duas regiões: 1 - _r_egtao _d
menta cristalino; 2
regtao sedtn
A região do embasamento crls
gundo Antônio Teixeira Guer;-a. é
sobretudo pelas rochas plutonlcas
bem como pelas que resultaram da
mações de rochas pré-existentes m
e algumas sedimentares. Na orla d
que é a mais extensa e a mais a
tra-se a sedimentar, cujas rochas
no lado de leste e sudeste todo
mento, fo rmando como que um a
culo cuja largura é variável.
Na primeira destas regiões afiO!
renos mais antigos, Isto é, do ar<
segunda temos os terrenos que se
desde 0 algonqulano até o holocen•
porém com várias lacunas estratlg
Dentro da região do embasa~
considerar duas manchas alongao
renos do alonqulano que aparece~
do Navio e no trecho entre os r,
e as ca becelras do Calçoene.
Relêvo _
Predomina um reli
ondulação com altitude média de
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de relêvo . que apresenta a Amaz
de sua constl tulção geológica de
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xas' sujeitas a um longo periodo
'De tôdas as serras do terrl ti
importante é a de Tumucumaque
com as Gulanas Francesa e Ho
desenvolvimento total da cordllh
mucumaque eleva-se ,a 809 q~llôm
ser dlvldldo em duas porçoes
RELATóRIOS DE INSTITUIÇõES DE GEOGRAFIA E
Anuário Estatistico do Amapá
ngo é cortado, ao sul, peJa llnha
ue deixa mais de 80% do território
J norte. O lado nordeste está vol' Atlântico sôbre uma extensão
342 qu!!ômetros; o noroeste cor'ronte!ra com a Guiana Francesa
le Su:!name; o sudoeste é a parte
n o estado Pará, marcada pelo
o sudeste forma o Braço Norte
onas.
lha divisória é a seguinte:
uiana Holandesa: serra de Tumusde a nascente principal do rio
1arco que determina a trijunção
do Brasil com essa colônia e a
cesa.
uiana Francesa: serra de Tumulde o marco acima referido até
do rio O!apoque, prosseguindo
dêste rio até o oceano Atlãn-
tado do Pará: rio Jari, desde as
s na citada serra de Tumucumaa embocadura no rio Amazonas,
ndo pelo talvegue do Canal do
tdo o arquipélago de Bail!que e
muito próximas ao lltoral ama-
extremos do território são:
~aba Orange ou Rio Branco; ao
lura do rio Jari no Amazonas;
do Norte; e a o. as nascentes
rra de Tumucumaque.
forma quad:ilátera, o Amapá
ôes quase equivalentes no seno, medindo 616 e 543 qul!ômeamente, em ambos os sentidos.
O Amapá, que é, dos territórios
o Brasil, o único marítimo, tem,
, 342 quilômetros de costas que
o cabo Orange ou Rio Branco
e, debruçando-se sôbre o Atlãnnst!tu!ndo uma costa baixa, em
pratas
mau. de areias e sim grandes
não é fixo, ao cont:ár!o,
variável. Nesta região de maupelo fluxo do mar, descoberta
je!ta a grandes chuvas, à !nunà ação enérgica da abrasão,
mazôn!co carreado pelas core aos choques formidáveis da
e a luta ent :e a terra e o mar:
, a rrancando, dispersando e
os hectares de mangues; ora
ão, a terra domina-o, repel!ncendo, no leito abandonado,
ção" (Fernando A. Raja Gabaeiras do Brasil" apuct Marijese
vides - Os Novos Territórios
no
aturais Em trabiOho PubllBrasileira de Geografia, no
e a julho-setembro de 1952,
observa que "o Amapá é dipor uma l!nha que, aproxira as suas principais caracteas objeto de estudos b!ogeoológ!cos ou econômicos".
m a direção geral norte-sul,
ltoral a distâncias variáveis a altura de Cunim!, quase
altura do cabo Norte (vértice
- e atravesse o rio AraGrande e Fer~e!ra Gomes,
o sudoeste ao encontro do
da! até seu desaguar no rio
lmente no Amapá - proson!n! - como sendo uma
e coberta de matas espêssas
e 1nextr!ncáve1s, englobadas sob a denominação de "floresta amazônica", a s quais se debruçariam até as orlas litorâneas, formando
uma cobertura vegetal sàmente Interrompida
pelos cursos d'água. E o clássico quadro formado pela Imaginação, em todos nós, devido
à Influência subconsciente da Amazônia criada
pela literatura. Anàlogamente, de acôrdo com
a mesma Idéia, o relêvo seria suavíssimo, formado por vastas regiões, absolutamente planas
e permanentemente alagadas".
"Na realidade, logo que se tenha uma vista
aérea, mesmo longínqua, da região, a uniformidade Imaginada cede lugar a alguns panoramas distintos".
Assim, considera o autor de As Regiões
Naturais do Amapá o território dividido em
duas extensas regiões: a Região Hileiana, que
abrange 80% de sua área total e pertence
à formação arqueana do maciço das Gulanas,
compreendendo o peneplano gulanense, que
desce gradativamente para o leste e sul, até
o contacto com a região costeira; e a Região
Costeira, situada na parte leste do losango,
somando cêrca de 20% da superfície do Amapá
e pertencente, de modo geral, à formação sedimentar - quaternário recente, quaternário
antigo e, possivelmente, terciário.
A cobertura vegetal da Região H!le!ana
é dada pela chamada "Hylaea" e ambienta-se
em clima equatorial quente e superúm!do.
O ap:ove!tamento de seus recursos naturais
é expressa, sobretudo, no extrativismo. A
ocupação humana é fraca e fe!'ta principalmente ao longo dos rios, únicas vias de acesso disponíveis, fora os 740 quilômetros de rodovias construidos, até 31-12-1954, pelo govêrno
terr! tor!al .
A fitogeograf!a da Região Costeira compreende: a zona de terra firme, com formações florestais, savân!cas e campestres; a zona
de terras alagáveis, seja por mares, seja por
inundações; e a zona litor/inea, domínio por
excelência dos mangueza!s.
Aspectos geológicos - Diante de um mapa
geológico do Amapá, distinguimos, de modo
geral, duas regiões: 1 - região do embasamento cristalino; 2 -
região sedimentar.
A região do embasamento cristalino, segundo Antônio Teixeira Guerra, é constituída
sobretudo pelas rochas plutõn!cas eruptivas,
bem como pelas que resultaram das transformações de rochas pré-existentes metamórficas
e algumas sedimentares. Na orla desta região,
que é a mais extensa e a mais alta, encontra-se a sedimentar, cujas rochas emolduram
no lado de leste e sudeste todo o embasamento, fo:mando como que um arco de circulo cuja largura é variável.
Na primeira destas regiões afloram os terrenos mais antigos, Isto é, do arqueano . Na
segunda temos os terrenos que se escalonam
desde o algonqulano até o holoceno, ou atual,
porém com várias lacunas estratigráficas.
Dentro da região do embasamento há a
considera: duas manchas alongadas de terrenos do alonqulano que aparecem: na serra
do Navio e no trecho entre os rios Amapar!
e as ca becelras do Calçoene.
Relêvo Predomina um relêvo de leve
ondulação com altitude média de 150 metros.
"O maciço cristalino guiana-brasileiro, reduzido a um peneplano, é a mais Irregular forma
de relêvo . que apresenta a Amazônia, mercê
de sua constituição geológica de rochas antigas, dobradas e formando estruturas complexas, sujeitas a um longo período de erosão".
De tôdas as serras do terrl tório a mais
Importante é a de Tumucumaque, nos limites
com as Gu!anas Francesa e Holandesa. "O
desenvolvimento total da cordilheira de Tumucumaque eleva-se Jl. 809 quilômetros e pode
ser dividido em duas porções distintas: a
CI~CIAS
AFINS
205
primeira, medindo 593 quilômetros, é o limite
entre o Brasil e a colônia de Surlname; a segunda, com um desenvolvimento de 216 quilômetros, representa a fronteira sêca entre
o nosso pais e a Guiana Francesa" (Luis de
Sousa Martins - "Notas sôbre a Geografia da
Amazônia" In Revista Bras. de Geografia, ano
IV, n.o 4 - apud Mar!jeso de Alencar Benevides - Os Novos Territórios Federais p. 41).
A serra Lombard é divortium aquarum das
bacias do O!apoque e Caclporé, no extremo
norte; a serra Amapá, divisória das águas do
A: aguar! e de outros rios que pertencem à
vertente do Atlântico, no centro; serra da
Pancada, entre Pôrto Grande e Ferreira Gomes;
serra do Navio, onde se localizam as minas
de mananês.
"O monte Temoma!rém, com a altitude
de 600 metros, nas cabecerelras do rio Jari,
é o ponto culminante da região. Um pouco
a leste das cabecel:as do Olapoque, no melo
das colinas que continuam o 'l'umucumaque,
entre os rios Olapoque e Araguar1, salienta-se
o pico Crevaux, com 353 metros". (Paul Le
Co!nte - O Estado do Pará, p. 20) .
Rios Entre os rios do território o mais
Importante é o Amazonas, que banha a região
desde a confluência com o Jari até a sua fa.
no Atlântico.
De seus afluentes territoriais distinguem-se: o Jari, rio l!ndelro entre o Amapá e o
estado do Pará, tendo um curso de 853 quilômetros dos quais 153 quilômetros francamente
navegáveis em todo o ano, até a cachoeira
de Santo Antônio; o Cajari, que deságua em
frente às !lhas do mesmo nome; o Maracá,
que desce das vertentes meridionais da serra
do Curunurl; o Vila Nova ou Amauerapucu,
que serve de limit es entre os mun1clp1os de
Macapá e Mazagão; o Matapi, "de liv:e navegação até quase as cabeceiras, abundante
em peixes e m a rg!nado por fert!líss!mos campos de criação e estradas de seringueiras; o
Pedreira, "rico de pedras entre as quais se
encontra a cantaria, donde foram extraídas
as que serviram para a construção da fortaleza de Macapá"; o Macacoari, de pequeno
curso, que "rega o município de Macapá e
deságua defronte das !lhas de Cav!ana e Jurupar1; o Gurijuba, que termina em frente ao
arquipélago de Ball1que .
Dos rios que pertencem à vertente do
Atlântico, fazemos referência aos seguintes:
rio Araguari, que p~efer!mos considerar, com
alguns autores, um rio Independente, cuja bacia mede 32.000 quilômetros (uma área maior
do que a da Bélgica), com 488 quilômetros
de curso e formando 36 cachoeiras, entre as
quais a do Paredão, onde será construída Importante usina hidrelétrica, que se~v!rá a três
municípios amapaenses; rio Oiapoque, com' suas
nascentes na extremidade oriental da serra de
Tumucumaque, nos limites com a Guiana
Francesa. De volume desproporcionado ao seu
curso, mais caudaloso do que o Ródano e o
Loire, tem 485 quilômetros e deságua no
Atlântico, formando um largo estuário conhecido pelo nome de baia do O!apoque; rio
Uaçá, que deriva da se:ra Lombard e despeja
suas águas conjuntamente com o Oiapoque; o
Caciporé, oriundo também da serra Lombard,
com um curso de 320 quilômetros, dos quais
80 navegáveis; o Cunani, que desemboca um
pouco· ao ·SUl da ponta Grande com a largura
de 500 metros.
A respeito dêste rio escreveu Henri Coudreau, no seu livro Etudes sur la Guyane et
l'Amazonie: "Largo e profundo, solene, belo,
semelhante a um verdadeiro deus antigo, o
rio sempre majestoso, sempre surpreendente,
sempre soberbo, mergulha no interior desconhecido... Foi navegado 15 dias em canoas
e foram vencidas cachoeiras, cemitérios, In-
206
BOLETIM GEOGRÁFICO
RELATóRIOS DE INS'
d!os, florestas, campos sem horizonte; montanhas long!nquas, paisagens feéricas e sempre la7go, tal o Sena em Paris" (Apud Veiga
Cabral - Corograjia do Brasil - Curso Superior - 30.• edição - 1593) .
O Calçoene, rio de curso sinuoso, que deságua por várias bôcas, sendo célebre na questão de l!m!tes com a Guiana Francesa; rio
Amapá, que tem suas nascentes na serra de
igual nome e marg!na a parte setent7lonal do
lago Amapó., desaguando no canal de Maracá,
depois d e receber o Amapá-Pequeno, que banha a cidade de Amapá; o Flecha!, que deságua entre as fazend as Aurora e Tucunaré, no
canal que constitui o sangradouro dos la.gos
do Amapá; o Tartaruga!, que corre para o
lago Duas Bôcas.
Eis alguns rios, dentre !números que possui o ter:!tór!o, que registramos diante do
mapa do Amapá elaborado pelo C.N.G . no
govêrno atual e sob a orientação do serviço
de Geografia e Estatística. Cumpre observar
que muitos dêsses rios apresentam belas rêdes
de afluentes, como o Araguar!, o Jari e o O~a­
poque, os maiores rios do terr!tó7!o, excluindo
o Amazonas.
Lagos - Os lagos dominam a região costeira compreendida entre o Atlântico, o norte
do rio Araguar! e o leste da rodovia Macapá-Clevelând!a, sobressaindo-se, entre todos, o
chamado lago Novo, que é o mais extenso.
Notadamente entre o Araguar!, o Amapá Grande e o rio Flecha! se mult!pl!cam as bacias
lacustres, "dando à região uma fe!ç!í.o particular e trazendo ao viajante uma confusão
de aspectos que o obrigam a usar caboclos
da região para os guiarem neste emaranhado
de furos e canais de l!gação, sem o que será
multo fácil perder-se alguém, desorientado
pelos aspectos semelhantes, enervado pela sucessão de uma infinidade de caminhos que
se lhe apresentam".
"Muda-se de cenário no inve~o: as terras
baixas, descobertas no verão, as Ilhotas, os
vastos campos - tudo é invadido pelas águas;
um imenso lago se forma numa baixada; quatro metros d'água crescem sôbre a região e
onde pastavam grandes rebanhos, cruzam, então, canoas !l veleiros".
"Imensa planície aluvial, ainda mal consol!dada, seu aspecto muda constantemente ,
n!í.o só com a diferença de estações, mas ainda
com o tempo".
.
"A !ntercomun!cação entre os seus lagos
e entre êstes e rios diferentes, pe7mlte que,
por melo desta extensa rêde de canais, se
passe de um rio a outro. Pode-se, no inverno,
atingir do Amapá o rio Araguar!, através da
p!an!c!e costeira, vencendo os seus !números
lagos e canais e ganhar o rio Aporema, afluente do Aragua7!" (Pedro Moura - "F!s!ograf!a
e Geologia da Guiana Brasileira"
apud
Mar!jeso de Alencar Benevides Os Novos
Territórios Federais, p . 49) .
Aspecto f!sico O solo amapaense é de
modestas ondulações, dominado pela "Hllé!a"
em alguns trechos e, em outros, p elos campos
e savanas, elevando-se para o norte, onde corre
o maciço das Gu!anas. O !!tora!, como já
dissemos, é baixo, sem formaç!í.o de praias
arenosas e cobe:to de mangues.
"Na planic!e 11torânea, observa Pedro
Moura (op. c!t.) grandes e pequenos
canais l!gam entre s! diferentes massas d'água,
facUltando a navegação em muitos_ trechos
da região . Nos pequenos canais, dotados de
tênues lâminas d 'água na estação sêca, se
viaja com verdadeira dificuldade, arrastando
o fundo da canoa em trechos de lama . Qualquer encalhe tem de ser removido com auxil!o de varas, pois, é impossível salta:-se
para empurrar a canoa: o encharcado é extremamente atolad!ço".
Clima - O cl!ma do Amapá é igual ao da
Amazônia, isto é, equatorial superúmldo,
quente pela sua s!tuaç!í.o geográfica em plena
zona tórrida, amenizado, porém, pelos ventos
que sopram do oceano. Foi considerado saudável pelos cientistas que o estudaram. A
estação dos ventos é a estação sêca; quando
êles cessam, alternando-se anualmente com
as calmas, vem o inverno ou a estação de
chuvas.
"Na margem esque:da do estuário ·do Amazonas, em Macapá, é franca a separação entre
as duas estações: a estação das chuvas prolonga-se durante oito meses, mas os outros.
quatro meses são de uma secura quase absoluta . ~ste mesmo regime se verifica mais
para o norte, no Amapá, em Cunanl" ... (Paul
Le Colnte - O Estado do Pará, p. 86) .
Conforme publ!cação das observações meteorológicas feitas pelas estações e postos
existentes no terr!tó~!o e divulgadas através
do Anuário Estatístico do Amapá, a partir de
1952, as condições cl!mátlcas do território, com
a sua amenidade e o frescor de suas brisas,
sobretudo à noite, n!í.o prejudicam, em nada,
o exercício das atividades humanas. De acôrdo com os resultados obtidos para os mun!c!p!os de Macapá e Amapá, relativos aos anos
de 1952-1954, as temperaturas máximas n!í.G
vão além dos 35 graus, enquanto as m!n!mas
não descem a 20 graus. Por outro lado, verificaremos que a temperatura média chega a!
pela ordem dos 27 graus .
Deixamos de fazer outras referências, por
rião ter sido publ!cado ainda o "anuá7!o" do
território referente a 1955. Outros postos meteorológicos e p!uv!ométr!cos, além dos já.
ex!sten tes, dever!í.o ser instalados, êste ano,
em várias local!dades, a fim de ser procedido
um serviço mais eficiente de observações.
ASPECTOS HUMANOS: A população divisão administrativa -
A
A fase territorial -
As pessoas que habitavam a reg!!í.o compreendida, hoje, pelo Amapá, mal passavam da casa
dos 20 mil, ou seja, exatamente, 21.192 habitantes, quando foi criado o território. Convém
sal!entar que a extrema rarefação demográfica
é um fato que caracteriza tôda a parte setentrional da Amazônia, seja no estado do
Amazonas, ' no ter: !tór!o do Rio Branco, no
estado do Pará e no território do Amapá. A
insalubridade reinante na fase pré-terrltorlana,
oriunda principalmente do !mpaludlsmo e das
doenças tropicais, oferecia, como é natural,
empecllh.os, á oC'Upaçâo do solo, enquanto
a relativa salubridade de outras regiões do
vale amazônico, como a zona Belém-Bragança,
favoreceu o povoamento. No Amaná, comG
vimos, as condições f!slcas, por si, são boas.
A ação direta do cl!ma quente, úmido e chuvoso sõbre a anatomia, a f!slologla e o comportamento ps!qu!co é multo pouco conhec!dG
e, provàvelmente, insignificante para ter ~ran­
de importância. Os flslologlstas discutem os
resultados con tradl tórlos de suas experiênelas. Para o geóg:afo a questão se resume
nos seguintes têrmos: há nos lugares de cl!n. a
quente, úmido e chuvoso, territórios desertos,
como ocorre na Amazônia, bem como territórios fortemente povoados, como a Zona da
Mata, em Pernambuco, Pôrto Rico, ou Java,
que apresenta uma das maiores densidades
do globo numa área inferia: à do Amapá.
Destarte, podemos afirmar que o cl!ma não tem
influência determinista. Não há fatal!smos
geográficos, por isso não devemos pensar que
a Amazônia é pouco povoada em virtude do
seu cllma equatorial, "cl!ma caluniado", allás,.
no dizer do douto Euclldes da Cunha. Na
realldade, o cllma não determina com cega
brutal!dade a sorte dos povos, desde que não
se apresente em condições excessivas, o quenão acontece no Amapá ou na• Amazônia.
No
terr!tó~!o
do Amapá,
pel•
1950, a população se compunha de
l
Brancos .. ........ . ....... · · · · ·
Pretos .................. · · · · · · ·
Pardos ................. · .. ... · ·
Amarelos ................ . .. • . ·
Sem declaração ... .. ......... .
TOTAL
....... ... ...... .. . .
o aumento anual, verificado <
tu!ção do território, ainda se pro
cendo a essa composição, respe!t
vidas proporções. E' êle de 57,85
habitantes, segundo dados oficiais
tório de Estatística do C.N.E.
A título de Ilustração, !nfo~rr
população do Amapá, por est!
1-7-54, era de 46 . 931 habitantes, de
de 20 mll nas quatro (4) sedes
A densidade demográfica da re
fraca, não atingindo a 0,5 de h
quilômetro quadrado. Mais de 5(
tório é terra virgem que espera
cidade real!zadora do homem.
Divisão administrativa -
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apenas 4 mun!cip!os:
Municípios
Macapá .......................... . .
Amapá ........................... .
Mazag!í.o (o mais extenso)
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Nota-se, no nosso pais, já c
ano passado, nosso delegado à XI
Geral do C.N.G., o atrativo que t
brasileiro, residente no hinterlar,
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cimento das populações.
Compreendendo êsse grave pr1
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base mun!clpal!sta, que represer
vida, o fortalecimento econôml
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é nada ~ais do que a "célula
Dêste modo, como já sal!entou n
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1953 o anteprojeto da divisão t
pre.Jê a "transformação em muni•
distrito de Calçoene" com o des
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A fase territorial Secc!om
do Pará, com a área que já cltaJ
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uma situação que pode ser res~
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de 1950, no munlc!plo de Amapá
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Sob condições tais, tomou c
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problemas e era preciso cump
del!neado pelo criador dessas \
RELATóRIOS DE INSTITUIÇOES DE GEOGRAFIA E
- O cl!ma do Amapã é Igual ao da
Isto é, equatorial superúmldo,
!la sua situação geogrâflca em plena
Ida, amenizado, porém, pelos ventos
m do oceano . Foi considerado sauos cientistas que o estudaram. A
Js ventos é a estação sêca; quando
:m, alternando-se anualmente com
, vem o Inverno ou a estação de
argem esque7da do estuãrto ·d o AmaMacapã, é franca a separação entre
stações : a estação das chuvas prolurante oito meses, mas os outros
ses são de uma secura quase abso: mesmo regime se verifica mais
te, no Amapã, em Cunant" .. . (Paul
-
O Estado do Pará, p. 86) .
.n e publ!cação das observações me; feitas pelas estações e postos
no terrttó: to e divulgadas através
' E statístico do Amapá, a partir de
ldlções cl!mãtlcas do território, com
nldade e o frescor de suas brisas,
l. noite, não prejudicam, em nada,
das atividades humanas. De acõrresultados obtidos para os munliacapã e Amapá, relativos aos anos
4, as temperaturas máximas não
os 35 graus, enquanto as mínimas
a 20 graus . Por outro lado, verlue a temperatura média chega aí
· dos 27 graus.
:s de fazer outras referências, por
o publ!cado ainda o "anuã:lo" do
ferente a 1955. Outros postos mee pluviométricos, além dos jã
deverão ser Instala dos, êste ano,
ocal!dades, a fim de ser procedido
mais eflclen te de observações.
)S HUMANOS: A populaçO.o -
:nistrativa -
A
A fase territorial -
tue habitavam a região compreen•elo Amapá, mal passavam da casa
ou seja, exatamente, 21.192 habtdo foi criado o território. Convém
a extrema rarefação demogrãflca
que caracteriza tôda a parte sea Amazônia, seja no estado do
to ter :ltórlo do Rio Branco, no
trã e no território do Amapá. A
reinante na fase pré-terrltorlana,
clpalmente do Impa ludismo e das
!leais, Oferecia, como é natural,
à ocupação do solo, enquanto
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co, como a zona Belém-Bragança,
povoamento . No Amaoá, como
~dlções físicas, por si, são boas .
do cl!ma quente, úmido e chuanatomta, a fisiologia e o comsíqutco é multo pouco conhecido
nte, lnslgnlftcante para ter grana. Os fisiologistas discutem os
n tradt tórtos de suas experiêngeóg:afo a questão se resume
têrmos: há nos lugares de cl!n. a
e chuvoso, territórios desertos,
na Amazônia, bem como terrtnte povoados, como a Zona da
nambuco, Pôrto Rico, ou Java,
uma das m a iores densidades
na área lnferlo~ à do Amapà.
nos afirmar que o cl!ma não tem
ermlnlsta . Não há fatal!smos
r Isso não devemos pensar que
pouco povoada em virtude do
torta!, "cl!ma caluniado", al!ás,
douto Eucl!des da Cunha. Na
!ma não determina com cega
orte dos povos, desde que não
m condições excessivas, o que
o Amapá ou na Amazônia .
No terrltó7lo do Amapá, pelo
1950, a população se compunha de:
Brancos ................ ... .... .
Pretos ......................... .
Pardos . .. .. .................... .
Amarelos ................... , .. .
Sem declaração .... ...... ..... .
TOTAL
censo de
10175
3 052
24186
2
62
37 47:7
O aumento anual, verificado com a Instituição do território, ainda se processa obedecendo a essa composição, respeitadas as devidas proporções. E' êle de 57,85 % por 1.000
habitantes, segundo dados oficiais do Laboratório de Estatística do C.N.E.
•
A titulo de ilustração, lnfo7mamos que a
população do Amapá, por estimativa, em
1-7-54, era de 46.931 habitantes, dos quais mais
de 20 mil nas quatro (4) sedes municipais .
A densidade demográfica da região é multo
fraca, não atingindo a 0,5 de habitante por
quilômetro quadrado. Mais de 50% do território é terra virgem que espera pela capacidade real!zadora do homem.
DivisO.o administrativa - O Amapá possui
apenas 4 municípios:
Municípios
Área
Macapá ... .... ... ......•.......... . . 27163 km•
Amapá . . .......... .. .............. . 39 978 ..
44 421
Mazagão (o mais extenso)
Olapoque .......... . ........... ... . 24 346
Nota-se, no nosso pais, já observava, no
ano passado, nosso delegado à XIV Assembléia
Geral do C.N.G ., o atrativo que tem o homem
brasileiro, residente no hinterland., pelas capitais, em parte compreensível, diante do
abandono em que jazem os nossos irmãos sertanejos, que vivem, muitos, como que expatriad.os dentro da própria pátria e aos quais a
displicência e a inépcia de certos governos
não proporcionam uma vida COl!dlgna. Todavia, tal êrro acarr eta o despovoamento das
zonas rurais e o decréscimo da produção
agrícola, o que equivale a dizer, o empobrecimento das populações.
Compreendendo êsse grave problema, o govêrno territorial tem adotado uma polltlca de
base mun!c!palista, que representa, sem dúvida, o fortalecimento econômico do povo,
desde que, como é sabido, o município não
é nada mais do que a "célula da nação".
Dêste modo, como jã salientou nosso delegado
à XIV Assembléia Geral, ficou encerrado, em
1953, o anteprojeto da divisão territorial que
prevê a "transformação em munic!pi.o do atual
distrito de Calçoene" com o desmembramento
de terras do município de Amapá.
A fase territorial Secclonado do estado
do Parã, com a área que jã citamos, o Amapã
esboçava, nos primeiros dias da fase territorial,
uma situação que pode ser resumida na que
foi apresentada pelos agentes do censo geral
de 1950, no município de Amapá: "Indústrias:
extrativas . Comércio : com as Gu!anas e praças
vizinhas. Transportes: não hâ cst:adas de
!erro ou de rodagem. As c'lmun!cações se fazem por navegaÇão de vela e de vapor. Instruçãn: a mais abandonada d a regliio. Estado
sanitário: não hâ hospitais nem médicos,
grassando o Impaludismo entre as populações".
Sob condições tais, tomou conta do território, em 25 de janeiro de 1944, nomeado pelo
ex-p~esldente Getúlio Vargas, o então capitão
J anarl Gentil Nunes com os seus primeiros
auxiliares. O Amapá oferecia uma série de
problemas e era preciso cumprir o programa
delineado pelo criador dessas unidades fede-
CI~CIAS
AFINS
207
radas: sanear, educar, povoar. Tudo dependia
de uma hábil polltlca de colonização e de
ap:oveltamento da terra .
Em relatório sintético referente ao ano de
1954 e apresentado ao senhor miniStro da Justiça e Negócios Interiores, o senhor governador esboça o quadro da atual situação do
território feder~! do Amapá, decorrido um
decênio da ocupação da região a êle entregue,
nos seguintes têrmos:
"A polltlca nacional de ocupação demográfica das áreas de fronteira encontra,
no território federal do Amapá, um dos
seus resultados mais completos e !el!zes.
Não foi apenas a ocupação humana, o crescimento populacional de 25 000 para 47 000
habitantes o que o território alcançou em
dois lustros de existência . Foi também a
ocupação social e econômica, o desbravamento da ter:a em têrmos de agrupamento
fixos, à base de lnst!tu!ções pioneiras, mas
estáveis.
Realmente, sob qualquer aspecto em
que a consideremos, a experiência de administração-delegada Instituída pela UnU!.o,
ao criar os novos territórios federais, estã
promovendo no Amapá as condições indispensáveis para transformá-lo, da área Insalubre, despovoada e inculta, de outro:a,
em mais um estado da federação brasileira . .
O ano de 1954 marca o Inicio de uma
nova fase no desenvolvimento econômico
do Amapá. As grandes obras que se real!zam na construção da estrada de ferro e do
pôrto para o transporte e o embarque de
minérios de manganês, o Investimento no
te:-r!tórlo, apenas por uma emprêsa, de
quase o dôbro dos recursos apl!cados pelo
govêrno no mesmo período, a chegada de
considerável equipamento mecanizado, de
'transatlãnt!cos, de embarcações e de veículos de todos os tipos, os técnicos nacionais e estrangeiros trouxeram novo e
Intenso desenvolvimento ao progresso regional.
Começam a aparecer, de modo mais
sensível, os resultados do planejamento
cuidadoso dos problemas e das necessidad es do território, da continuidade administrativa, da dedicação da equipe que conduz a administração, do entrosamento dos
programas locais com a planificação nacional, da sol!dar!édade continua e harmoniosa que existe entre o povo e o govêrno
amapaense.
O Amapá não anda, corre. Difícil é
anal!sar o seu crescimento em têrmos clássicos. Muda de aspecto a cada dia. O surto
que expe7lmenta suscita necessidades cada
vez maiores e exige soluções adequadas ao
seu ímpeto de progresso.
Os recursos concedidos ao território pela União são apl!cados, slstemàt!camente,
como Investimentos de capital, em obras
transformadoras do melo, destinadas não
ao gôzo das gerações presentes, mas à própria conjuntura econômica, em ln!c!at!vas
de reprodut!v!dade ce7ta para o futuro e
capazes de atrair atividades complemental·es .
Tôda a população ativa, a população
mão-de-obra do território, vem sendo encaminhada para frentes de trabalho de
produção real.
As experiências sociais avançadas que
se realizam no Amapá em todos os setores
de at!vdade e especialmente na educação,
na saúde e na produção, provam que é
possível uma existência feliz pa!a o homem bras!le!ro em plena Unha do equador.
O novo e considerável mercado de trabalho que os empreendimentos territoriais
RELATóRIOS DE INSTITt
208
BOLETIM GEOGRAFICO
oferecem, dando emprêgo a numerosos
técnicos e a m!lhares de trabalhadores; a
afluência de capitais privados que se apllcam, em indústrias locais de matér!as-p:!mas, ou no comércio; a próxima fonte
de divisas que surgirá com a exportação
do minério de manganês, criando considerável massa de riqueza· tributável e aumentando o poder aquisitivo do pais, mostram que o Brasil nunca fêz tão bom
emprêgo de capital nas suas regiões llm!trofes como está reallzando no Amapá".
Atividades da secção de geografia - A terra
que rep:esentamos nesta conspícua Assembléia
é parte integrante daquela região que Euclldes
da Cunha classificou como "o último capitulo
do Gênes!s a se escrever", a · Amazônia portentosa - "a terra mais jovem do mundo",
na concepção de Wallace, mirabolante plan!c!e
sedimentar, ' regada pelo gigante das águas
caudalosas, o majestoso Rio-Mar, com chuvas
abundantes, cllma equatorial superúm!do e
imensas riquezas a explorar, perco:r!da pelas
missões rel!g!osas e por !números sábios que,
desde Humboldt, contemplaram, marav!lhados,
a opulenta selva selvaggia. E o Amapá, depois
que despertou de um sono secular, está nascendo para uma vida nova para justapor-se
à c!v!llzaçáo pátria. Lá, como alhures, o homem vale como fator primordial da histó:!a,
a despeito da enormidade da terra e das lendas, fábulas e visões fantásticas de certos
~;~r~g:a~bre;~:o~~~e Jeêe~~u~~q~el~·r'A~:~J~
Verde". Na realldade, all não há um inferno,
como também não há um céu. Há um vasto
campo de experiências, onde o homem poderá
pôr à p ~ova a sua capacidade criadora. Pouco
adianta que se apregoe o duallsmo dos trópicos e do homem, quando êste se reveste de
esfôrço e de vontade. Assim, o homem está
no Amapá, não como um intruso ou anatematizado, indigno da terra que lhe coube, mas
como um elemento adaptável ao meio físico
e apto a transformá-lo, impulsionado por um
ideal, em beneficio da sociedade.
O Amapá, pouco conhecido e, por alguns,
errõneamente interpretado, é um largo campo
para os estudos geográficos. O D! ~e tório Regional de Geografia não reallzou, porém, até
o momento, 'uma obra de altura do meio
físico, não por falta de vontade e de propó- _
sitos, mas, talvez, por falta de meios financeiros, de dificuldades de locomoção, exigüidade
de elementos humanos, etc. Assim, o Diretório
não se tem reunido, em trabalhos ordinários,
para estudo e cumprimento dos objetivos do
Conselho naquela longínqua c!:cunscr!ção do
pais. Contudo, podemos registrar, no período
decorrido do último conclave a êste, que ora
ae reallza, as seguintes atividades de interêsse
geográfico, entre as quais se incluem as levadas
a efeito pelo govêrno territorial:
I -
Julgamento do trabalho apresentado
pelo Dr. Auréllo Távo:a Buarque, promotor públ!co da comarca de Mazagão,
ao concurso "Caetano da S!lva", promovido pelo Diretório, em dezembro de
1953, intitulado Mazagão - Ensaio His·
tórico-Geog>:áfico, o qual foi classificado
em 1. 0 lugar e já foi entregue à Imprensa Oficial para ser publlcado.
II - Designação, por portaria do gov ê: no
terr!tor!al, de 22 de abr!l do corrente
ano, de uma Comissão para elaborar
o programa e tomar as providências
necessárias à comemoração solene, no
ano próximo v!ndou~o. do 1.• centenário da elevação de Macapá à categoria
de cidade pela !e! provincial n. 0 281, de
6 de setembro de 1856, em cuja Co-
III -
IV -
V -
VI 1
VII -
VIII -
missão estão !nclu!dos elementos dO>
Diretório Regional.
último recenseamento da população da
cidade de Macapá, feito pelo Serviço
Regional de Geografia e Estatística e
conclu!do em 1. 0 de junho dêste ano.
o qual acusou a cifra de 17 819 almas
para a capital do território.
Publ!cação de 5 mapas de acesso ao
Canal do Norte do rio Amazonas elaboradas pelo Serviço Hidrográfico da
Marinha de Guerra do Bras!l.
Estudo da nascente principal do rio
Oiapoque, na serra de Tumucumaque,
no extremo norte da região, pela Comissão Demarcadora de Limites do SeW>r Norte, com sede em Belém do Pará.
Prosseguimento dos t:abalhos de construção da rodovia Macapá-Clevelãndia.
que já tem 70 % do percurso total
( 697 qu!lômetros) real!zado. Essa rodovia, quando concluída, !lgará a bacia
do Amazonas, ao sul do território, à do .
O!apoque, no extremo norte.
Prosseguimento da construção da Estrada de Ferro de 200 qu!lômet~os que
deverá l!gar a serra do Navio ao pôrtG
de Sant'Ana, pela qual se fará a exportação do minério de manganês, de
cujas jazidas é concessionária a Emprêsa Indústria e Comércio de Minérios
S.A.
Prosseguimento dos trabalhos prellminares !nd!spensáve!s ao aproveitamento
da fôrça hidrául!ca da cachoeira do
Paredão, no rio Araguar!, onde deverá
ser construída a futura usina hidrelétrica, que será uma reallzação de
alta !mportãnc!a para a estrutura econômica do Amapá.
Conclusão C~emos ter cumprido, dentro
do exíguo espaço de tempo de que dispusemos,
nossa tarefa de apresentar-vos uma síntese
geográfica do Amapá e o relatório que nos
"ab!a.
No ãmago da terra imensa que Deus nos
deu, que se debruça do Atlântico aos Andes,
em seus o! to m!lhões e meio de · qu!lômetros
quadrados, encontramos motivos de profunda
dedicação à pátria.
Somos o gigante do mundo, o maior pais
de terras continuas e habitáveis, dentre todos
quantos secc!onam o orbe ter.:-estre. Temos
um pais !nigualável, com recursos inesgotáveis
e imensas possib!l!dades. Longe estamos, entretanto, de entrar na posse efetiva do vasto
quinhão que nos legou o esfôrço de nossos
maiores. Se, de um lado, o Bras!l nos comove
até o conhecido "porquemeufan!smo", diante
de suas magnif!cênc!as e belezas, de outro lado
induz-nos a profundas meditações, ao estudo
de seus complexos problemas, máxime em face
de um mundo feito de guerras e ambições, em
que as nações ~racas são presas fáceis dos
!mperiallsmos. Na realldade, temos grandes espaços vazios e abandonados, que esburacam
a vida nacional. Possuímos apenas 6 habs.
km'. O compatriota que encontramos na rua,
vive, muitas vêzes, a inúmeras léguas de nós,
distante do convívio social. Da descontinuidade
demográfica resulta a Unha quebrada de nossa
c!v!l!zação, a diferenciação enorme dos núcleos
sociais, a falta de conexão da vida econômica
e a desigualdade das manifestações culturais.
Sem mencionar outros beneficios decorrentes da criação dos terr!tó:!os, só a necessidade
da defesa das fronteiras, do aproveitamento
das riquezas latentes, da ocupaçáo do solo e
da aproximação de bras!le!ros abandonados, já
seriam motivos mais que suficientes para a
ad()Ção de t!.o patriótica medida.
Acreditamos na integração do hom1
slleiro, porém através de um t7abalho J
-e desinteressado, visando, antes de tudo
!!cação espiritual de nossa gente, cor
de um progresso duradouro .
E' preciso que nos convençamos
haverá sempre dificuldades inevitável
minhas íngremes a percorrer, mas nuiJ
tirão barreiras intranspon!veis e esto1
superáveis para os que se decidiram
ver, com tenacidade e fôrça cte von·
páginas de sua própria história.
Se lhe Interessa adquirir as
sua secretaria, (Avenida Beira
derá pronta e satlstatõrlamem
RELATóRIOS DE INSTITUIÇOES DE GEOGRAFIA E CltNCIAS AFINS
o
ão estão incluídos elementos d<>
;ório Regional.
no recenseamento da população da
!e de Macapá, feito pelo Serviço
ona! de Geografia e Estatística e
luldo em I.• de junho dêste ano,
!al acusou a cifra de 17 819 almas
a capital do território.
!cação de 5 mapas de acesso ao
I do Norte do rio Amazonas elalas pelo Serviço Hid:ográf!co da
nha de Guerra do Brasil.
lo da nascente principal do rio
Jque, na serra de Tumucumaque,
ttremo norte da região, pela Coo Demarcadora de Limites do Seorte, com sede em Belém do P ará.
eguimento dos t~abalhos de cons) da rodovia Macapá-Clevelãndia,
já tem 70% do percurso total
quilômetros) realizado. Essa ro• quando concluída, ligará a bacia
.n azonas, ao sul do território, à do
1que, no extremo norte.
eguimento da construção da Esde Ferro de 200 quilômet~os que
á ligar a serra do Navio ao pôrto
1nt'Ana, pela qual se fará a ex;ão do minério de manganês, de
jazidas é concessionária a EmIndústria e Comércio de Minérios
Acreditamos na integraçllo do homem brasUeiro, porém através de um t:abalho paciente
-e desinteressado, visando, antes de tudo, à unificação espiritual de nossa gente, como base
de um progresso duradouro .
E' preciso que nos convençamos de que
haverá sempre dificuldades inevitáveis e caminhos íngremes a percorrer, mas nunca exist!rllo barreiras intransponíveis e estorvos insuperáveis para os que se decidiram a escrever, com tenacidade e fôrça de vontade, as
páginas de sua própria história.
209
Encerrando esta modesta apresentaçllo, desejamos alevantar nosso coração aos céus,
neste memorável mês de julho, mês de bênçãos para a nossa terra, pela celebração do
XXXVI Congresso Eucarístico Internacional,
em que o mundo inteiro assistirá, na capital
do Brasil, à mais solene manifestação de nossa
fé no futuro da -pátria, para pedir a Deus,
que dirige a nau de nossa existência, que,
na atual conjuntura, nos livre de tôda a , decadência e nos conduza aos nossos verdade!roa
destinos de povo cristão e civUizado".
>guimento dos trabalhos prelimiindispensávels ao aproveitamento
irça hidráulica da cachoeira do
!.o, no rio Araguarl, onde deverá
mstrulda a futura usina hidre• que será uma realização de
mportância para a estrutura ecoa do Ama:pá.
- C:emos ter cumprido, dentro
aço de tempo de que dispusemos,
de apresentar-vos uma síntese
Amapá e o relatório que nos
da terra imensa que Deus nos
ebruça do Atlântico aos Andes,
milhões e melo de quilômetros
contramos motivos de profunda
Játria.
~lgante do mundo, o maior pais
!nuas e habitáveis, dentre todos
onam o orbe ter:estre. Temos
alá vel, com recursos inesgotáveis
>sibilidades. Longe estamos, enntrar na posse efetiva do vasto
nos legou o esfôrço de nossos
e um lado, o Brasil nos comove
do "porquemeufanismo", diante
lcências e belezas, de outro lado
>rotundas meditações, ao estudo
xos problemas, máxime em face
feito de guerras e ambições, em
fracas são presas fáceis dos
Ná realidade, temos grandes esabandonados, que esburacam
al. Possuímos apenas 6 habs.
riota que encontramos na rua,
zes, a inúmeras léguas de nós,
vívio social. Da descontinuidade
ulta a linha quebrada de nossa
ferenciação enorme dos núcleos
de conexão da vida econômica
e das manifestações culturais.
nar outros beneficios decorrenos territó:ios, só a necessidade
fronteiras, do aproveitamento
entes, da ocupação do solo e
de brasileiros abandonados, já
mais que suficientes para a
patriótica medida.
Se lhe interessa adquirir as publicações do Conselho Nacional de Geografia, escreva •
@" sua
Secretaria, (Avenida Beira-Mar, 436 - Edifício Iguaçu - Rio de Janeiro) que o atenderá pronta e satistatõ11amente.
-7-
LEl
Leis e Resoluções
~EGISLAÇÃO FEDERAL
Integra da
Iegisla~ão
de interêsse geográfico
Leis
LEI N.o 2 661, DE 3 DE DEZEMBRO DE. 1955
Dúp6e sObre a regulamentaçl!o do § 4. • do art.
153 da Constituíçl!o Federal e dá outras
provià«!ncías.
O Vice-Presidente do Senado Federal, no
exerclclo do cargo de Presidente da República:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1.• - Considera-se estância termomineral, hidromineral ou simplesmente mineral
a localidade assim reconhecida por lei estadual
e que disponha de fontes d'águas termais ou
minerais, naturais, exploradas com observância
dos dlsposltlvos desta lei e do decreto-lei federal n.• 7 841, de 8 de agOsto de 1945.
§ 1.• - Se as fontes estiverem localizadas
em zona urbana ou suburbana de alguma cidade, apenas esta será considerada estância,
respeitadas as delimitações fixadas em lei municipal própria e em nenhum caso tOda a área
compreendida pelo munlcipio, prevalecendo o
mesmo critério em relação às vilas .
§ 2.• - Se as fontes estiverem localizadas
fora das áreas urbana ou suburbana, Isto é, na
zona rural, a estância constituir-se-á, !!.penas,
da área que o legislador lhe !lxar, Incluindo
a faixa de proteção das fontes minerais, estabelecidas pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) .
§ 3.• - Em qualquer caso, para os efeitos
desta lei, é semp:e considerado parte Integrante da estância o conjunto compreendido
pelas fontes, estabelecimentos balneários ou
termais e hoteleiros, praças de desportos, parques d'águas, sltlos de passeios e logradouros
públiços, constantes_ do plano diretor de melhoramentos da estancla.
Art. 2.• - O auxlllo de que trata o § 4.•
do art. 153 da Constituição Federal será conoeedldo pela União através de convênios a serem
:tlnnadOs com os estados e munlclplos Interessados, para os seguintes fins:
1 - Elaboração, para cada uma das estãndas, de um plano diretor de melhoramentos,
.que compreenderá:
a) planta cadastral;
b) !lxação da área de proteção das fontes
minerais;
e) rêde de abastecimento d'água;
d) rêde de esgotos sanitários e pluviais;
e) estudo completo do problema de energia elétrica;
f) plano de urbanismo;
g) plano rodoviário de acesso aos sltlos de
passeios .
II - Realização do estudo d'águas minerais de aplicação medicinal e execução das
obras de captação e adução das mesmas.
III - Delimitação das áreas que, adquiridas pela União e Incorporadas ao seu patrimônio, devam ser por esta reflorestadas, a fim
de proteger os mananciais e as fontes.
IV- Promover, através do Departamento
Nacional de Obras de Saneamento, a execução
das obras de saneamento das estâncias.
V - Conceder prioridade para a construção
da rodovia federal constante do plano rodoviário nacional, denominada "circuito rodoviário das estâncias hidrominerais".
VI - Estabelecer prioridade na concessão·
de auxlllos par a a construção de campos de
pouso nas estâncias hidrominerais .
VII - Incluir no plano de obras postais-telegrá!lcas, com a recomendação de prioridade, a extensão de linhas telegrá!lcas para
tOdas as estâncias, e a -c onstrução do respectivo
prédio da agência postal-telegráfica.
VIII - Construção e instalação, em regime de convênio com os Estados, de um grupo
escolar na sede de cada estância que não tenha
sua localização coincidente -c om a sede do
municlpio ou da vila.
IX - Concorrer com recursos financeiros
para as obras de construção e aparelhamento
das termas e balneários, inclusive para a solução do problema de energia elétrica das
estâncias .
X - Construção e instalação nas estâncias,
no regime vigente de convênio com os Estados,
de uma unidade escolar profissional, que será
de natureza agrlcola ou industrial, de conformidade com as particularidades geoeconômicas
e sociais da região .
XI - O Ministério da Agricultura, através
de seus órgãos competentes, emprestará. . a
cada uma das estâncias assistência mais intensificada, visando ao melhor ~parelhamento
de sua produção rural, notadamente no setor
da avicultu:a, fruticultura , vinicultura e pequenas indústrias domésticas .
XII - Instalação nas estâncias de um
pOsto meteorológico destinado a coligir elementos para os estudos de suas condições climáticas .
Art. 3.• - O Ministério da Saúde, depois
dos necessários estudos, orientará o aproveitamento das riquezas hidrológicas e climáticas
do pais, no lnterêsse da ciência e da saúde
pública .
Art. 4.• - Para efeito do recebln:
favores de que trata esta lei, o Estad
blr-se-á de promover, através de s
técnico a execução de medidas geral!
clals de saúde pública que constituam
de bom estado sanitário na estãnciE
Art. 5.• - A União deverá con
com os Estados e Munlcipios intero
construção de hotéis balneários para
menos favorecidas.
Art. 6.• - O Poder Executivo c<
anualmente, em sua proposta orçE
verba própria, destinada a dar curr
à presente lei, ficando, ainda, auto
abrir o crédito especial de Cr$ 20
(vinte mllhôes de cruzeiros) a !lm d
no presente exerciclo, às despesas r •
da aplicação do disposto no artigo :
Incisos, bem como no artigo 5.•, de a<
as seguintes disc:tminações:
a - ao Ministério da Agricultura
de Cr$ 10 000 000,00 (dez mllhôes de
para cumprimento d as letras a, b e à
I, e dos Incisos li, III, IX, X, XI
artigo 2.•;
b - ao Ministério da Saúde o •
Cr$ 5 000 000,00 (cinco milhões de <
para cumprimento das letras c e à
I do art 2.•, e do art. 5.•;
c - ao Ministério da Viação e I
blicas o crédito de Cr$ 5 000 000,00 (
lhões de cruzeiros), para cumpriu
letras f e g do inciso I, e dos incisc
VII do art. 2.•.
A fotografia é um excelente
fotografado. Envie ao Com
possuir, devidamente le:end
211
LEIS E RESpLUÇOES
RAL
;se geográfico
:allzação do estudo d'águas mlnellcação medicinal e execução das
ptação e adução das mesmas.
ellmltação das áreas que, adqulrlnlão e Incorporadas ao seu patrl.m ser por esta reflorestadas, a fim
os mananciais e as fontes.
·omover, através do Departamento
Obras de Saneamento, a execução
.e saneamento das estâncias.
'
ClCeder prioridade
para a construção
federal constante do plano rodona!, denominada "circuito rOdoviá~ncias hidrominerais".
tabelecer prioridade na concessão·
para a construção de campos de
stâncias hidromlnerais.
Clcluir no plano de obras postaiscom a recomendação de prlorlensão de Unhas telegráficas para
ncias, e a construção do respectivo
gência postal-telegráfica.
onstrução e instalação, em reginio com os Estados, de um grupo
de de cada estância que não tenha
ção coincidente com a sede do
u da vila.
mcorrer com recursos financeiros
s de construção e aparelhamento
balneários, inclusive para a sooblema de energia elétrica das
Art. 4.• - Para efeito do recebimento dos
favores de que trata esta lei, o Estado incumbir-se-á de p~omover, através de seu órgão
técnico a execução de medidas gerais e especiais de saúde púbUca que constituam garanth
de bom estado sanitário na est!l.ncla.
Art. 5.• A União deverá convencionar
com os Estados e Municípios interessados a
construção de hotéis balneários para as classes
menos favorecidas.
Art. 6.• - O Poder Executivo consignará,
anualmente, em sua proposta orçamentária
verba próp~a. destinada a dar cumprimento
à presente lei, ficando, ainda, autorizado a
abrir o crédito especial de Cr$ 20 000 000,00
(vinte milhões de cruzeiros) a fim de ocorrer,
no presente exercício, às despesas resultantes
da apUcação do disposto no artigo 2.• e seus
incisos, bem como no artigo 5.•, de acOrdo com
as seguintes disc~mlnações:
a - ao Ministério da Agricultura o crédito
de Cr$ 10 000 000,00 (dez milhões de cruzeiros)
para cumprimento das letras a, b e d do inciso
I, e dos Incisos li, III, IX, X, XI e XII do
artigo 2.•;
b - ao Ministério da Saúde o crédito de
Cr$ 5 000 000,00 (cinco milhões de cruzeiros),
para cumprimento das letras c e d do inciso
I do art 2.•, e do art. 5.• ;
c - ao Ministério da VIação e Obras PúbUcas o crédito de Cr$ 5 000 000,00 (cinco milhões de cruzeiros), para cumprimento das
letras f e fi do Inciso I, e dos Incisos IV, V e
VII do art. 2.•.
Esta lei entrará em vigor na
sua pubUcação, revogadas as disposicontrário.
de Janeiro, 3 de deze!Jlbro de 1955~
Independência e 67.• da RepúbUca.
Art. 7.• -
data de
ções em
Rio
134.• da
Nereu Ramos
F . de Meneses Ptmentel
Mário de Ct1mara
Lucas Lopes
Eduardo Catalão
Maurtcto de Medetro&
(D. O . de 12-12-1955)
LEI N. 0 2 731, DE 17 DE f FEVEREmO DE 1956
Muda a denomtnação do Territ6rto Federal do
Guaporé para Terrtt6rto Federal de Ron-
dõnta.
O Presidente da RepúbUca:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
A~. 1.• E' mudada a denominação d&
Território Federal do Guaporé para Territór!G
Federal de Rondônia.
Art. 2.• - Esta lei entrará em Tlgor na
data de sua pubUcaçâo.
Art . 3.• - Revogam-se as disposições em
contrário .
Rio de Janeiro, 17 de feverel~o de 1956;
135.• da Independência e 68.• da RepúbUca .
JUSCELINO
(D.
o.
KUSITSCHZK
Nereu Ramo&
de 21-2-1956)
strução e instalação nas estâncias,
ente de convênio com os Estados,
ade escolar profissional, que será
agrlcola ou industrial, de conforas particularidades geoeconômicas
região.
Ministério da Agricultura, através
âos competentes, emprest&rá _ a
estâncias assistência mais intenndo ao melhor aparelhamento
çâo rural, notadamente no setor
fruticultura, vinicultura e perlas domésticas.
talação nas estâncias de um
lógico destinado a coligir eles estudos de suas condições cU-
O Ministério da Saúde, depois
s estudos, orientará o aproveiquezas hidrológicas e climáticas
nterêsse da ciência e da saúde
A fotografia é um excelente documento geográfico, desde que se saiba exatamente O• local
-~ fotografado. Envie ao Conselho Nacional de Geografia as fotografias panorâmicas quepossuir, deTidamente legendadas.
/
Considerando que o r eferido
encontra sob o patr oclnio d o I nstlt
ro de G eografia e Estatistlca e, I
os ausplclos do Govêrno;
Considerand o
disposto na r
439, de 9 de julh o de 1954, da
Geral;
Considerando q ue a Comissll
d ora do XVIII Congr esso Inter
Geografia ainda não dispõe de r e<
cetr os próprios, solicitados ao Go\
pública e já com parecer favoráv
Consid erando que tais r ecursos
ser r ecebidos ant es de mead os d o
após a votação, pelo Congresso
mensagem p r esidencial respectiva;
Considerando a u rgência e a
d os trabalhos preliminares, estre
gados à p reparação das excursõe:
Congr esso e impresclndlvels ao ct
paro dos livros-gulas das menc
cursóes;
Considerando, por outro lado,
dos os geógrafos de campo que
nos t rabalhos preparatórios dos !
-cem ao Conselho Nacion al de G
Considerr>ndo que êsses últ:
:POderão dedicar-se a estudos sõb
<durante o próximo periodo de fér
o
Resoluções do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística
CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
Diretório Central
/
/
Integra das resoluções ns. 483 a 492
Resolução n.0 483, de 4 de,novembro de 1954
Autoriza a Secretaria Geral a colaborar nas excursões preparatórias do XVI IT
Congresso Internacional de Geografia.
O Diretório Central do Conselho Nacional
de Geografia, usando de suas atribuições,
Considerando que já está em funcionamento a Comissão Organizadora do XVIII Congresso Internacional de Geografia, a realizar-se nesta capital em agõsto de 1956;
Considerando que a constituição desta Comissão Organizadora foi p~omovlda pela comissão Nacional da União Geográfica Internacional, nos têrmos dos artigos 6.• e 8.• da
resolução n .• 389, de 29 de outubro de 1952,
da Assembléia Geral do Conselho Nacional de
Geografia;
'
Considerando qne 'ainda não foi posslvel ao
presidente do Instituto Brasllelro de Geografia
e Estatlstlca, na qualidade de presidente da
aludida Comissão Organizadora, obter do govêmo federal o auxlllo especial, já solicitado,
para cobrir as despesas com a preparação do
XVIII Congresso Internacional de Geografia;
Considerando que o quantitativo de cem
mU cruzeiros (CrS 100 000,00), entregue à Comissão Organizadora do XVIII Congresso Internacional de Geografia, pelo secretário-geral
do Conselho Nacional de Geografia, autorizado
pela resolução n. 462, de 16 de fevereiro de
1954, do Diretório Central, destina-se a cobrir
despesas urgentes de expedkmte;
Considerando que as excursões constituirão atividades das mais Importantes do Congresso e . que deve::-ão, portanto, ser preparadas com a devida antecedência;
Considerando, finalmente, que a resolu ção
n.• 439, de 9 de julho de 1954, dá Assembléia
Geral, refere-se à colaboração da Secretaria
Geral ao Congresso apenas no que diz respeito às suas próprias atividades, sendo omissa quanto ao patrocinlo, por parte do Conselho, no trabalho de geógrafos estranhos aos
seus quadros,
RESOLVE:
Artigo único - Fica a Secretaria Geral do
Conselho Nacional .de Geografia autorizada a
colaborar nas excursões preparatórias do XVIII
Congresso Internacional de Geografia, a realizar-se no B~asll, em agõsto de 1956, mediante
solicitação da Comissão Organizadora do Congresso.
Parágrafo único - Quando destas excursões participarem geógrafos estranhos ao quadro do Conselho Nacional de Geografia, fica
o secretário-geral autorizado a prover à manutenção dos mesmos em viagens e a realizar as
despesas necessárias com os meios de transportes.
Rio de Janeiro, 4 de novembro de 1954,
ano XIX do Instituto . - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. Visto e rubricado: Fábio de Macedc Soares
Guimarães, Secretário-Geral. Publique-se:
Moacir Malheiros Fernandes Silva, Vice-Presidente em exerciclo.
Resolução
Autoriza destaques e suplerr
O Diretório Central d o ConSE
<de Geografia, usando de suas atl
Considerando que na execução
do corrente exere.icio, algumas
foram suficientes para atender
:Previstos;
Considerando que, no orçar
.existem dlsporlibll1dades flnance!J
:mas verbas, as quais, sem pr<
<los fins a que se destinam, supc
taques indispensáveis às suplemen·
trata a presente resoluçáo,
RESOLVE:
Artigo único - Ficam autor!
guintes destaques e suplementaçõ
abaixo discriminadas do orçamem
Conselho:
DESTAQUES
Verba 1 Pessoal
Consignação III Vantag<
17 -
Gratificação por serviços 1
traordinárlos .............. .
Consignação IV -
Indenizaç ,
:26 -Ajudas de custo .......... .
Verba 2 Material
Consignação I - Material
Permanente
•03 -
Resolução n. 0 484, de 16 de novembro de 1954
Automóveis,
autocamlnhl
camionetas, veicules para f
viço de campo; material 1
tuan te, etc. . ..... . ..... .. .
·Concede auxílio para atender ao custeio das excursões preparatórias do XVIII
Congresso Internacional de Geografia.
O Diretório Central do Conselho Nacional
de Geografia, usando de suas atribuições,
Considerando que o XVIII Congresso Internacional de Geografia a realizar-se no Rio
.de Janeiro, em agõsto de 1956, trará grandes
SUPLEMENTAÇõES
beneficios ao pais, em vista de nêle participarem inúmeros geógrafos, que virão debater
problemas geográficos peculiares ao território
nacional;
Verba 1 - Pessoal
Consignação V - Diverso
"34 -
Indenização por outras des
.sas de pessoal ........... .
/
LEIS E RESOLUÇOES
Considerando que o referido Congresso se
encontra sob o patrocínio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e, portanto, sob
os auspícios do Govêrno;
Considerando
disposto na resolução n. •
439, de 9 de julho de 1954, da Assembléia
Geral;
Considerando que a Comissão Organizadora do XVIII Congresso Internacional de
Geografia ainda não dispõe de recursos financeiros próprios, solicitados ao Govêrno da República e já com parecer favorável do DASP;
Considerando que tais recursos não poderão
ser recebidos antes de meados do próximo ano,
após a votação, pelo Congresso Nacional, da
mensagem presidencial respectiva;
Considerando a urgência e a Importância
dos trabalhos preliminares, estreitamente !lgados à preparação das excursões oficiais do
Congresso e Imprescindíveis ao cuidadoso preparo dos livros-gulas das mencionadas ex.oCursões;
Considerando, por outro lado, que nem todos os geógrafos de campo que trabalharão
nos trabalhos preparatórios dos gulas perten-cem ao Conselho Nacional de Geog:afla;
Consldel'l>ndo que êsses últimos apenas
poderão dedicar-se a estudos sôbre o terreno,
<durante o próximo perlodo de férias escolares;
o
!Íro de Geografia
~EOGRAFIA
t83 a 492
~rode
213
Considerando que há d1spon1b111dade de
resíduos orçamentários na Secretaria Geral do
Conselho;
Considerando, finalmente, o disposto na
resolução n.• 376, de 29 de dezembro de 1950,
RESOLVE:
Art. 1.• - Fica a Secretaria Geral do Conselho Nacional de Geografia autorizada a custear, no presente exercício, as d espesas com
os trabalhos prepara tórlos das excursões do
XVIII Congresso Internacional de Geografia,
até a Importância de Cr$ 100 000,00 (cem mil
cruzeiros), à conta dos resíduos financeiros
previstos na resolução n.• 376, de 29 de dezembro de 1950, e mediante solicitação da
Comissão Orgànlzadora do Congresso.
Art. 2.• - A Comissão Organizadora submeterá à Secretaria Geral do Conselho Nacional de Geografia tôdas as despesas a serem
realizadas e delas prestará contas, oportunamente, na fo:ma da lei.
Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1954,
ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. Visto e rubricado : Fábio de Macedo Soares
Guimarães, Secretário-Geral. Publique-se:
Moacir Malheiros Fernandes Silva, VIce-Presidente em exerclclo.
1954
Resolução n.0 485, de 30 de novembro de 1954
'SÕes preparatórias do XVIIT
ando, finalmente, que a resolução
9 de julho de 1954, da: Assembléia
l-se à colaboração da Secretaria
lngresso apenas no que diz res.s próprias atividades, sendo omls10 patroclnlo, por parte do Conabalho de geógrafos estranhos aos
l,
!::
!llco - Fica a Secretaria Geral do
clonal .de Geografia autorizada a
s excursões preparatórias do XVIll
lternaclonal de Geografia, a reao:asll, em agôsto de 1956, mediante
a Comissão Organizadora do Con-
' único - Quando destas excurarem geógrafos estranhos ao qua:elho Nacional de Geografia, fica
;era! autorizado a prover à manu>esmos em viagens e a realizar as
essárlas com os meios de trans-
ranelro, 4 de novembro de 1954,
Instituto . - Conferido e numeernardes, Secretário-Assistente. ·lcado: Fábio de Macedc Soares
lecretárlo-Geral. Publique-se:
iros Fernandes Silva, Vlce-Preslercíclo.
.Autoriza destaques e suplementações de verbas no orçamento do Conselho.
O Diretório Central do Conselho Nacional
ode Geografia, usando de suas atribuições,
Considerando que na execução orçamentária
·do corrente ~:xel.'ciclo, algumas verbas não
!oram suficientes para atender aos encargos
:previstos;
Considerando que, no orçamento atual,
.existem dlsporllbllldades financeiras em algu:mas verbas, as quais, sem prejuízo ma!Oir'
<dos fins a que se destinam, suportam os destaques Indispensáveis às suplementações de que
trata a presente r,e solução,
RESOLVE :
Artigo único - Ficam autorizados os seguintes destaques e suplementações das verbas
abaixo discriminadas do orçamento vigente do
Conselho:
DESTAQUES
Consignação IV -
:26 -
16 -
Cr$
80 000,00
•03 -
ões preparatórias do XVIII
Material de refeitório, objetos
de copa e cozinha, m aterial de
limpeza, etc. . ................ .
Ligeiros reparos, adaptações,
etc. . . ....... . ............ . ... .
20 000,00
60 000,00
Con signação III Taxas de
Serviço Público
12 14 -
Assinatura de telefone, etc . ..
Serviços postais, telegráficos ..
Verba 4 -
05 -
20 000,00
5 000,00
Encargos Diversos
Consignação I Gerais
Automóveis,
autocamlnhões,
camionetas, veículos para serviço de campo; material flu- •
tuante, etc. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
40 000,00
10 000,00
Verba 3 - Serviços de Terceiros
Consignação I - Conser v ação
e Rep«ros ·
30 000 ,00
Indenizações
Ajudas de custo . . . . . . . . . . . . . .
Material de acampamento e
campanha .................... .
Consignação 11 Material
de Consumo
Verba 2 Mat erial
Consignação I - Material
Permanente
rode 1954
pais, em vista de nêle partlclros geógrafos, que virão debater
gráficos peculiares ao território
Gratificação por serviços extraordinários . . . . . . . . . . . . . . . . . .
06 -
01 -
Verba 1 Pessoal
Consignação 11I Vantagens
17 -
Verba 2 - Material
Consignação I - Material
Permanente
Encargos
Despesas miúdas de pronto
pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5 000,00
150 000,00
150 000,00
SUPLEMENTAÇOES
Verba 1 - Pessoal
Consignação V - Diversos
'34 -
Indenização por outras despesas de pessoal . . . . . . . . . . . . . . .
30 000,00
Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1954,
ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. Visto e rubricado: Fábio de Macedo Soares
Guimarães, Secretário-Geral. Publique-se:
Elmano Cardim, Presidente.
L
214
BOLETIM GEOGRÁFICO
b)
Fixa o valor do prêmio a ser conferido ao melhor trabalho sôbre a Cartografia
Brasileira.
O Diretório Central do Conselho Nacional
de Geografia, usando de suas atribuições,
Considerando o disposto na resolução n.•
445, da Assembléia Geral, para a Instituição de
um prêmio ao melhor trabalho sob o titulo
Breve história da cartografia brasileira, a ser
selecionado em concu~so públlco na fonna das
Instruções a serem estabelecidas pela Secretaria Geral;
Considerando a conveniência de ser fixada,
desde logo, pelo Diretório Central, para a
oportuna Inclusão no orçamento do Conselho,
o quantitativo correspondente ao valor do prêmio em aprêço,
RESOLVE:
Art. 1.• Se~ conferido o prêmio de
Cr 40 000,00 (quarenta mll cruzeiros), ao autor
do melhor dentre os trabalhos apresentados
sob o titulo Breve história da cartografia brasileira.
Art. 2.• - A seleção do melhor trabalho ·
feita mediante concurso públlco promovido pela Secretaria Geral e de acôrdo com
as Instruções que, oportunamente, formulará.
Parágrafo único - Serão recusados os trabalhos apresentados que não · satisfaçam as
condições mínimas estipuladas nas Instruções.
Art. 3.• A Secretaria Geral caberá a
publlcação do trabalho premiado.
Rio de Janeiro·, 30 de novembro de 1954,
ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assis·• ente. Visto e rubricado: Fábio de ~acedo Soares
Guimarães, Secretário-Geral. - · Publlque-se :
Elmano Cardim, Presidente.
. Parágrafo único - O Chefe 1
Uares de Gabinete serão nomeadof
sldente, podendo recair a escolha c
pessoa estranha aos quadros do In!
Art. 2.• - Fica revogado o dlsp'
tlgo 3.• da resolução n.• 400, em rc
Art. 3.• A presente resolu~
em vigor na data em que fOr ratl
se~á
Resolução n.0 487, de 29 de dezembro de 1954
Ratifica a resolução n. 0 469, de 28/12/1954, da Junta Executiva Central do Conselho Nacional de Estatística.
O Diretório Central do Conselho Nacional
de Geografia, usando de suas atribuições,
Considerando que, pela resolução n .• 469,
n.• 430, de 18 de novembro de 1952, que rati
ficou a resolução n .• 400, de 24 de outubro de
1952, da Junta Executiva Central, do Conselho
Nacional de Estatistica;
Considerando que, pela resolução n.• 469,
de 28 de dezembro de 1954, a Junta Executiva
Central alte:ou dispositivos da mencionada
resolução n .• 400,
Funções gratitcadas
3 Auxlllares de GabinetE
Resolução n.0 486, de 30 de novembro de 1954
RESOLVE:
Art. 1.• - E' ratificada a resolução n .• 469,
de 28 de dezembro de 1954, da Junta Executiva
Central, do Conselho Nacional de Estatlstica,
transcrita em anexo.
cont~â;io~ - Revogam-se as dispo~ições em
Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 1954,
ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. Visto e rubricado: Fábio de Macedo Soare•
Guimarães, Secretário-Geral. Fubllque-se:
Elmano Cardim, Presidente.
Resolução
ll
Autoriza a Secretaria Geral
de tarefeiros da Divisão
O Diretório Central do Consell
<le Geografia, usando de suas atrll
Considerando haver o Inter
Geodetlc Su~ey, do govêrno dos E
dos da América posto à disposição c
Nacional de Geografia várias bOlsas
para a especlallzação em aerofo1
no Panamá (zona do Canal);
Considerando a oportunidade c
Tece para se obter a especialização
na mais moderna técnica referente
Considerando que três dos :
mais Indicados pa:a o aproveite
referidas bOlsas são tarefelros e q
modalldade dêstes serviços, o sec:
necessita de uma autorização es
pennltlr o afastamento dêstes servi
Considerando não haver Onus 1
Jlelho, com êste afastamento, já c
pesas de manutenção corre:ão po
govêrno ofertante das bOlsas,
RESOLVE:
Art. 1.• - Fica a Secretaria Ge
selho Nacional de Geografia autor!
Resolução
J
Dá Regimento à Secretaria
Resolução n. 0 469, de 28 de dezembro de 1954
(Anexa à resolução n.0 487, de 29 de dezembro de 1954)
Geografia.
O Diretório Central do Consel
Altera dispositivos da Resolução n. 0 400, de 24 de outubro de 1952, da Junta
Executiva Central.
A Junta Executiva Central do Conselho
Nacional de Estatlst!oca, usando das suas atribuições, e
Considerando que o gabinete da presidência do Instituto B:aslleiro de Geografia e
Estatística foi criado pela resolução n .• 400,
de 24 de outubro de 1952, desta Junta, como
órgão a uxillar de estudos, coordenação e representação da mesma presidência;
Considerando que a resolução citada constituiu o quadro de pessoal do mesmo órgão,
tendo em vista a natureza e o volume do
trabalho de coordenação das atividades e do
estudo de assuntos específicos das duas alas
do Instituto, a ser reallzado pelo gabinete;
Considerando, po:ém, haver a experiência
demonstrado que na reallzação dêsses trabalhos cooperam hannônlcamente com a presidência as Secretarias . Gerais dos dois Conselhos;
Considerando que a presidência do Instituto em consonância com as normas de austeridade e de redução de gastos recomendados
e postas em prática pela presidência da Re-
públlca, e atendendo ao vulto reduzido dos
t~abalhos atualmente atribuídos ao seu gabinete, não' só deixou de preencher como sugeriu a supressão de cargos e funções que considera dispensáveis;
Considerando, finalmente, que a resolução
n.• 400, citada, foi ratificada pelo Diretório
Central do Conselho Nacional de Geografia,.
RESOLVE:
Art. 1.• - O artigo 2.• e seus parágrafos
da resolução n.• 400, de 24 de outubro de·
1952, passam a ter a seguinte redação:
"Art. 2.• Os trabalhos a que serefere o artigo anterior serão reallzados,
sob a direção do chefe do gabinete, por
servidores nomeados em comissão, os quais
Integram o quadro do pessoal do gabinete
da presidência do Instituto, assim constituídos :
a)
Cargo
isolado
de
provimento
comissão
1 Chefe de Gabinete, CC-5
em.
de Geografia, usando de suas atrl
Considerando que a lei n.• 7
julho de 1949, no Item I do art. 4
que a Secretaria Geral do Consel
de Geografia compreende os serv
cretarla dos órgãos Dellberatlvo
selho;
Considerando que, pela resolu
de 13 de julho de 1951, do Dlret~
foi prevista a organização, em 1
manente, dos serviços de Secreta!
tório Central;
Considerando os altos objetive
ponsabllldades dessa unidade de se
cretarla Geral do Conselho, bem .
cessldade de se lhe fixar, reglmet
competência e a~ atribuições espe
tro da estrutura orgânica e func!
partição, omissas nas resoluções
28-5-53 e 446, de 9-6-53, ambas
Central, bem como na resolução
12-7-54, da Assembléia Geral,
RESOLVE:
Art. 1. • - A Secretaria dos 01
ratlvos do Conselho Nacional de
o órgão que tem, na Secretaria
LEIS E R "ESOLUÇOES
o
b)
,ro de 1954
Funções grati/cadas
3 Aux111ares de Gabinete, FG-3
Diretório Central do Conselho Nacional de
Geografia, ao qual será submetida para êsse
fim .
·r abalho sôbre a Cartografia
!entre os trabalhos apresentados
Breve história da cartografia bra-
- A seleção do melhor trabalho
edlante concurso público promocretarla Geral e de acôrdo com
que, oportunamente, formulará.
único - Serão recusados os traentados que não · satisfaçam as
!limas estipuladas nas instruções ..
- A Secretaria Geral caberá a
> trabalho premiado.
anelro·, 30 de novembro de 1954.
Instituto. - Conferido e numelrnardes, Secretário-Asslsoente. !cacto: Fábio de M;acedo Soaresiecretárlo-Geral. Publique-se :
:m, Presidente.
rode 1954
E.xecutiva Central do Con-
E' ratificada a resolução n.• 469,
nbro de 1954, da Junta Executiva
:onselho Nacional de Estatistlca,
anexo.
- Revogam-se as disposições em
I
melro, 29 de dezembro de 1954,
Instituto . - Conferido e numernardes, Secretário-Assistente. cacto: Fábio de Macedo Soare•
Bcretárlo-Geral. I'ublique-se:
17!., Presidente.
.
Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1954,
ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado: Mauro r de Macedo Behring, SecretárioAssistente. - Visto e rubricado: António P. L.
Teixeira de Freitas, Secretário-Geral. - Publlque-se. Elmano Cardim, Presidente do Instituto.
Resolução n.0 488, de 29 de dezembro de 1954
Autoriza a Secretaria Geral a permitir a especialização em aerofotogrametria,
de tarefeiros da Divisão de Cartografia.
O Diretório Central do Conselho Nacional
<!e Geografia, usando de suas atribuições,
Considerando havei" o Inter Amerlcan
Geodetlc Su::-vey, do govêrno dos Estados Unidos da América posto à disposição do Conselho
Nacional de Geografia várias bOlsas de estudo,
para a especlallzação em aerofotogrametrla,
no Panamá (zona do Canal);
Considerando a oportunidade que se ofel'ece para se obter a especlallzação de serviços
na mais moderna técnica referente ao assunto;
Considerando que três dos funcionários
mais Indicados pa~a o aproveitamento das
referidas bôlsas são tarefelros e que, dada a
modalldade dêstes serviços, o secretário-geral
necessita de uma autorização especial pára ·
llerm!t!r o afastamento dêstes servidores;
Considerando não haver ônus para o Conselho, com êste afastamento, já que as des·pesas de manutenção corre7ão por conta do
_g ovêrno ofertante das bOlsas,
RESOLVE:
Art. l.• - Fica a Secretaria Geral do Con.selho Nacional de Geografia autorizada a per-
mltlr que os tarefelros Luis Carlos Carneiro,
Adernar Fer~elra e Humberto de Sousa Mendes, da D!vsão de Cartografia, sejam beneficiados com a bôlsa de estudo que o govêrno
dos Estados Unidos da América pôs à disposição do Conselho, no Panamá .
Art. 2.• - Sendo de quatro meses a duração da mencionada bOlsa de estudo, os tarefelros acima mencionados sàmente terão permissão para permanecerem no exterior o tempo
necessário para reallzação do curso .
Art. 3.• - Os tarefelros beneficiados só
terão direito a perceber o seu salário que será
calculado pela média dos três últimos meses
recebidos, sendo observado o disposto na circular n .• 8-54, da presidência da Repúbllca.
Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 1954,
ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. Visto e rubricado: Fábio de Macedo Soare&
Guimar4es, Secretário-Geral. Publlque-se:
Elmano Cardim, Presidente .
Resolução n. 0 489, de 29 de dezembro de 1954
Dá Regimento à Secretaria dos órgãos Deliberativos do Conselho Nacional de
Geografia.
o de 1954
mbro de 1954)
outubro de 1952, da Junta
mdendo ao vulto reduzido dos
1imente atrlbuidos ao seu gabileixou de preencher como sugeo de cargos e funções que coníveis;
do, finalmente, que a resolução
~. foi ratificada pelo Diretório
mselho Nacional de Geografia.
o artigo 2.• e seus parágrafos
n.• 400, de 24 de outubro de·
• ter a seguinte redação:
!.• Os trabalhos a que se·
rtlgo anterior serão realizados,
ção do chefe do gabinete, por
10meactos em comissão, os quais
quadro do pessoal do gabinete
~ela do Instituto, assim cons-
go isolado
issáo
. Parágrafo único - O Chefe e os AuxiUares de Gabinete serão nomeados pelo presidente, podendo recair a escolha daquele em
pessoa estranha aos quadros do Instituto".
Art. 2.• - Fica revogado o disposto no artigo 3.• da resolução n .• 400, em referência.
Art. 3.• - A presente resolução entrará
em vigor na data em que fôr ratificada pelo
215
de
provimento
hefe de Gabinete, CC-5
em.
O Diretório Central do Conselho Nacional
<le Geografia, usando de suas atribuições,
Considerando que a lei n.• 756, de 8 de
julho de 1949, no item I do art. 4.• estabelece
que a Secretaria Geral do Conselho Nacional
de Geografia compreende os serviços de Se-cretaria dos órgãos Dellberativos do Conselho;
Considerando que, pela resolução n.• 386,
de 13 de julho de 1951, do Diretório Central,
foi prevista a organização, em caráter permanente, dos serviços de Secretaria do Diretório Centrai;
Considerando os altos objetivos e as responsabllldades dessa unidade de serviço da Secretaria Geral do Conselho, bem .como a necessidade de se lhe fixar, regimentalmente, a
competência e a~ atribuições especificas, dentro da estrutura orgânica e funcional da repartição, omissas nas resoluções nos. 443, de
28-5-53 e 446, de 9-6-53, ambas do Diretório
Central, bem como na resolução n.• 440, de
12-7-54, da Assembléia Geral,
RESOLVE:
Art. 1.• - A Secretaria dos órgãos Dellberativos do Conselho Nacional de Geografia é
o órgão que tem, na Secretaria Geral, a in-
cumbêncla de executar os trabalhos relativos
às atividades da Assembléia Geral e do Diretório Centrai.
Art. 2.• - A Secretaria dos órgãos Dellberativos compete:
I - organizar e manter atuallzado o registro dos assentamentos individuais dos membros componentes da Assembléia Geral, do Dlretó~io Central e dos consultores técnicos nacionais;
II - organizar o arquivo de resoluções da
Assembléia Geral e do Diretório Central;
III - organizar e conservar atuallzado o
arquivo da legislação federal, relativa à Assembléia Geral e ao Diretório Central;
IV - providenciar a publlcação e a dl!usáo dos atos dellberativos da Assembléia Ge~al
e do Diretório ·Central;.
V - preparar o expediente da Secretaria
oriundo dos diversos pronunciamentos dos dois
órgãos, mantendo em dia o contrOle da correspondência trocada;
VI - controlar a tramitação das dellberações da Assembléia Geral e do Diretório
Central;
VII - aux111ar os trabalhos das Comissões
da Assembléia Geral e do Diretório Central;
),
216
BOLETIM GEOGRAFICO
L
VIII - auxiliar o secretário-assistente no
desempenho de suas atribuições, como secretário das mesas dos órgãos dellberatlvos;
IX - executar trabalhos que lhe forem
determinados pelo secretário-assistente, embora não previstos nos !tens anteriores .
Art . 3.• - A Secreta~la dos órgãos Dellberatlvos será chefiada por funcionário do Conselho, designado pelo secretário-geral.
Art. 4.• - A função de Chefe da Secretaria dos órgãos Dellberatlvos corresponderá ao
padrão FG-3 .
Art. 5.• - Aos se~ldores lotados na mesma Secretaria, referentes no artigo 2.• da re&olução n.• 386, de 13-7-951, serão atribuídas
gratificações correspondentes à de encarregado,
de Setor.
Art. 6.• São extensivas ao Chefe da
Secretaria dos órgãos Dellbe::-atlvos, no quecouberem, as disposições constantes do art. 76,.
da resolução n .• 440, de 12 de julho de 1954,
da Assembléia Geral .
cont~~;io:·· -
Revogam-se as disposições em
Rlo de Janeiro, 29 de dezembro de 1954,
ano XIX do Instituto . - Conferido e nume-·
rado : Nilo Bernardes, Secretário-Assistente . VIsto e rubricado: Fábio de Macedo Soares·
Guimarães, Sec;etárlo-Geral. Publlque-se:
Elmano Cardim, Presidente . ·
Resolução n. 0 490, de 29 de dezembro de 1954
Fixa o número de bôlsas de estudo para o Curso de Férias de 1955 e. dá outras·
providências.
'
O Diretório Central do Conselho Nacional
de Geografla, usando de suas atribuições,
Considerando que a Faculdade de Fllosofla
vem reallzando anualmente cursos de férias
para aperfeiçoamento de professõres do ensino
secundário;
Considerando que, dado seu permanente
objetivo de dlfundlr, no pais, a moderna metodolog!á geográfica, o Conselho Nacional de
Geografla, pela resolução n.• 458, de 22~12-953,
do Diretório Central, aceitou o patrocínio das
matérias relativas à Geografla nos refe:idos
cursos;
Considerando que um dos maiores beneficios que o Conselho vem prestando ao aperfeiçoamento do ensino da Geografla nos Estados e Territórios é a concessão anual de
bOlsas de estudo, para participação de pro!essõres nos mesmos cursos;
Considerando a necessidade de se reajustar
o valor destas bOlsas, dado o aumento do custo
de vlda, sobretudo na Capital Federal,
RESOLVE:
Art. 1.• - As bOlsas de estudo para professOres de Geografla do ensino secundário, no
curso de férias da Faculdade Nacional de Fllosofla, a se reallzar em janeiro-fevereiro de
1955, serão em número de vinte e cinco (25) .
Art. 2.• - A bOlsa dlstrlbuida a cada_ professor terá o valor de Cr$ 3 500,00 (três mll e
quinhentos cruzeiros), flcando o candidato.
contemplado obrigado a freqüência e a prestação de tOdas as provas exlgldas no curso.
Art. 3.• - As bOlsas serão distribuídas pelo
secretá:io-geral do Conselho, que deverá atender, em prlmelro lugar a, pelo menos, um
candidato de cada unidade da Federação .
Art. 4.• - As despesas decorrentes desta
resolução correrão por conta da verba própria.
do orçamento do Conselho .
Rlo de Janeiro, 29 de dezembro de 1954.
ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado : Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. Visto e rubricado: Fábio de Macedo Soares·
Guimarães, Secretário-Geral. Publlque-se:
Elmano Cardim, Presidente.
Resolução n
Fixa o orçamento do Consell
O Diretório Central do Consell
de Geografia, usando de suas atrll
Considerando o quantitativo
consignado ao Conselho no orçan
da Repúbllca,
RESOLVE :
Artigo único - Os recursos orç
no total de Cr$ 50 950 000,00 ( cin<
lhões, novecentos e cinqüenta mll
atribuídos ao Conselho Nacional dE
pelo orçamento geral da Repúbllc
anexo da lei n .• 2 368, de 9 de d
1954 e destinados a atender as d
serviços e encargos superintendldm
selho serão apllcados no exercício
acOrdo com a seguinte dlstrlbulçãc
VERBA 1 -
PESSOAL
Consignação I Pessoal
Permanente
01 -
Pessoal Permanente
a) Pessoal em comissão
b) Quadro Permanente
c) Quadro Suplementar
consi gnação 11 Pessoal
Extranumerário
04 -
05 06 07 -
08 -
Contratados · . . ...... . . .. ... . .
Diaristas . .................. ..
Mensallstas . . ... . ........... .
Tarefelros . .... . .... .. . . .. . . .
Estagiários .. .... . . ... .. . . . . .
Consignação I11 -
Vantagens
12 -
Resolução n. 0 491, de 29 de dezembro de 1954
Autoriza a concessão de gratificação aos secretários dos Diretórios Regionais
de Geografia, para indenizar as despesas de representação.
O Diretório Central do Conselho Nacional
de Geografia, usando de suas atribuições,
Considerando a indicação aprovada: pela
XIV sessão ordinária da Assembléia Geral do
Conselho Nacional de Geografia, no sentido
de ser concedida aos secretários dos Diretórios
Regional uma gratificação de representação,
no valor de Cr$ 1 000,00 (mll cruzeiros) mensais;
Con1!lderando que, de acOrdo com essa
indicação. a gratificação deverá ser paga, retroativamente, a partir de janeiro de 1954,
por conta da verba do auxillo prestado aos
Diretórios Regionais de Geografia, nos tê:mos
da resolução n.• 424, de 9 de julho de 1953,
da Assembléia Geral,
RESOLVE :
Art. 1. • - Ficam os Diretórios Regionais
de Geografia, autorizados a conceder aos respectivos secretàrlos, após resolução própria,
a gratificação mensal de Cr 1 000,00 (mll cruzeiros) a titulo de representação.
Art. 2.• - A gratlflcação flxada no artigo.
anterior só poderá ser concedida nos casos em
que o titular do cargo exerça, concomltantemen te, a chefla ou direção de serviço geográfico regional, devidamente organizado e em.
pleno funcionamento.
Art. 3.• - O pagamento da gratificação.
de representação de que trata a presente resolução poderá ser feito a partir de janeiro.
de 1954.
Art. 4.• - As despesas decorrentes da apllcação desta resolução correrão, em cada exercício, à conta da verba do auxilio concedido
pela Secretaria Geral do Conselho Nacional de.
Geografia, aos Diretórios Regionais, consoante
a resolução n .• 424, da Assembléia Geral.
Rlo de Janeiro, 29 de dezembro de 1954,
ano XIX do Instituto . - Conferido e numerado: Nilo Bernardes, Secretário-Assistente. VIsto e rubricado: Fábio de Macedo Soares
Guimarães, Secretário-Geral.
Publlque-se:
Elmano Cardim, Presidente.
Auxillo para diferença de
caixa .. .. . .... . . . .. .. ...... . .
Funções gratificadas ...... .
a) Grat!flcaçào de representação (Res. 449, de .. .
16-6-53) ............... ..
b) Gratificações especiais de
representação ·(Res. 428,
de 4-9-52, do D.C.) ....
17 - Gratificação por serviços extraordinários .. ... ...... .... .
18 - Gratificação
por
trabalho
técnico ou cientifico
19 - Gratlflcação por trabalho em
zona ou condições insalubres
20 - Gratificação adicional pro13 15 -
labore
.......... .. ... · · • · · · · ·
Consignaçllo IV- Indeni2açllo
26 27 -
AJudas de custo ..... . ..... .
Diárias ...... . .. . .... .. .. . .. .
31
32
33
34
Diferença de vencimentos ..
Salárlo-famil!a ...... ...... . .
Substituições . . ...... .... ... .
Alimentação do pessoal suba! terno e outras .. .. ...... .
Consignaç4o V -
-
Diversos
o
217
LEIS E RESOLUÇOES
correspondentes à de encarregado.
São extensivas ao Chefe da
os órgãos Dellbe=atlvos, no quedisposições constantes do art. 76~
n.• 440, de 12 de julho de 1954,
la Geral.
- Revogam-se as disposições em
lanelro, 29 de dezembro de 1954,_
Instituto. - Conferido e numeernardes, Secretário-Assistente. ·tcado: Fábio de Macedo Soares3ec.retárlo-Geral. Publique-se:
tm, Presidente. ·
rode 1954
Férias de 1955, e dá outras·
,s da Faculdade Nacional de Filorealizar em janeiro-fevereiro de
~ número de vinte e cinco (25) .
· A bõlsa distribuída a cada. provalor de Cr$ 3 500,00 (três mil e
:ruzelros), ficando o candidato.
obrigado a freqüência e a pres.s as provas exigidas no curso.
As bôlsas
~erão
Resolução n. 0 492, de 29 de dezembro de 1954
Fixa . o orçamento do Conselho para 1955.
o Diretório Central do Conselho Nacional
de Geografia, usando de suas atribuições,
Considerando o quantitativo do auxfilo
consignado ao Conselho no orçamento geral
da República,
VERBA 1 -
PESSOAL
06 07 -
08 -
A gratl!lcação fixada no artigo.
lerá ser concedida nos casos em
do cargo exerça, concomltane!la ou direção de serviço geo1, devidamente organizado e em
lmento.
! O pagamento da gratificação.
lo de que trata a presente reser feito a partir de janeiro
!\s despesas decorrentes da apll;oluçâo correrâo, em cada exerda verba do auxilio concedido
Geral do Conselho Nacional de.
Diretórios Regionais, consoante
424, da Assembléia Geral.
teiro, 29 de dezembro de 1954,
tstltuto. - Conferido e numetardes, Secretário-Assistente. Fábio
de Macedo Soares
:retárlo-Geral.
, Presidente.
-
Publique-se ~
Contratados · ... . .. . .. . . ..... .
Diaristas ................... ..
Mensalistas ..... . ... .. ...... .
Tarefelros .................. .
Estagiários . .. .. .. .. ... .. . .. .
400 000,00
2 690 640,00
3 958 500,00
864 500,00
318 500,00
8 232140,00
Consignação 111 -
12 -
s dos Diretórios Regionais
·esentação.
~do :
Consignação 11 - Pessoal
Extranumerário
13 15 -
o de 1954
1 237 800,00
13 448 880,00
505 200,00
15 191 880,00
04 05 -
Vantagens
Aux1llo para diferença de
6 000,00
caixa ....................... .
Funções gratificadas ...... . 1982 400,00
a) Gratificação de representação (Res. 449, de ...•
b)
16-6-53)
................ .
Gratificações especiais de
representaçl!.o -(Res. 428,
de 4-9-52, do D.C.) ....
17 - Gra tlflcação por serviços extraordinários ..... . . .. ...... .
18 - Gratlflcaçl!.o
por
trabalho
técnico ou cientifico ...... .
19 - Gratlflcaçâo por trabalho em
zona ou condições Insalubres
20 - Gratlflcaçl!.o adicional prolabore
.......... .. ..... .. ... .
VERBA 2 - MATERIAL
Consignação I -
Aparelhagem para cartografia
330 000,00
de gabinete ................ .
Aparelhos e material técnico
364 000,00
para trabalho de campo ....
03 - Automóveis,
autocamlnhões,
camionetas,
veiculos
para
serviços de campo; material
flutuante e acessórios; utens1llos e aparelhos mecânicos
200 000,00
para consêrto .............. .
04 - Livros, flchas bibliográficas
Impressas, revistas e outras
38 000,00
publicações especializadas ..
05 - Máquinas e aparelhos de fotografia e filmagem e respec67 000,00 1
tivo material ............... .
06 - Material de acampamento e
campanha; animais para tra167 900,00
balho e outros fins .. .. .... .
07 - Material de ensino e educa.çâo; mapas e plantas topográficas; lnsignlas e bandei21000,00
ras ......................... .
08- Móveis em geral; máquinas,
equipamentos e utensillos de
escritório e de desenho; material didático e laboratório;
material elétrico; utens1llos
de copa e cozinha; aparelhagem médico-cirúrgica .. . ... . 1107 220,00
10 - Aparelhagem para geografia
60 000,00
de gabinete . ... ............ .
11 - Aparelhagem para reprodu110
000,00
ções de mapas e documentos
24 000,00
100 000,00
2 465 120,00
60 000,00
120 000,00
Consignação 11 - Material
de Consumo
200 000,00
320 000,00
13 -
2 812 400,00
Consignaçl!o IV- Indeni2açilo
26 27 -
AJudas de custo ......... . . .
Diárias .. ................... .
150 000,00
1 500 000,00
14 -
1650 000,00
Consignaçilo V -
31
32
33
34
-
Diversos
Diferença de vencimentos . .
Salár1o-fam111a ......... . ... .
Substituições ....... . ....... .
Alimentaçâo do pessoal subalterno e outras .......... .
Material
Permanente
02 -
Cr$
Pessoal Permanente
a) Pessoal em comlssâo
b) Quadro Permanente
c) Quadro Suplementar
TOTAL DA VERBA 1 PESSOAL . . . . . . . . . . . . . . . 37 704 920,00
01 -
Consignação I Pessoal
Permanente
01 -
Despesas com allmentaçl!.o
das turmas de campo . . . . . . 1 228 500,00
Abono de emergência (Lei n.•
1 765, de 18-12-53) :
a) Abono de emergência . . 6 786140,00
b) Salárlo-fam1lla . . . . . . . . . 1 113 860,00
9 818 500,00
Artigo único - Os recursos orçamentários,
no total de Cr$ 50 950 000,00 (cinqüenta milhões, novecentos e cinqüenta mil cruzeiros),
atribuídos ao Conselho Nacional de Geografia,
pelo orçamento geral da República, segundo
anexo da lei n .• 2 368, de 9 de dezembro de
1954 e destinados a a tender as despesas dos
serviços e encargos superlntendldos pelo Conselho, serão aplicados no exerciclo de 1955, de
acôrdo com a seguinte dlstrlbulçâo :
dlstrlbu.fdas pelo
.nelro, 29 de dezembro de 1954.
'nstltuto . - Conferido e nume'nardes, Secretário-Assistente. cacto: Fábio de Macedo Soares·
:cretárto-Geral. Publique-se:
n, Presidente.
36 -
RESOLVE:
;I do Conselho, que deverá aten-
telro lugar a, pelo menos, um
cada unidade da Federação.
~ As despesas decorrentes desta
erão por conta da verba própria
do Conselho .
Cr$
35 -
40 000,00
350 000,00
50 000,00
250 000,00
15 -
16 -
Artigos de expediente, desenho, ensino e educação; fichas e livros de escrlturaçâo,
Impressos e ma terlal de classlficaçâo; material de apura651 600,00
ção mecânica . , ............ .
Combustivels; material de lubrlflcaçl!.o e limpeza de máquinas; material para conservaçâo de instalaçâo, de
máquinas e aparelhos; sobressalentes de máquina e
viaturas; artigos de llumlnaçâo e eletricidade ...... ... . 2 880 500,00
Material de consumo para a
237 500,00
Secçâo de Reproduções . .. .
Material de refeitório e objetos de copa e cozinha e ma174 500,00
terial de limpeza .......... .
218
LEI
BOLETIM GEOGRAFICO
Cr$
Cr$
Medicamentos e material de
penso; produtos quimicos e
farmacêuticos; material de
. higiene e desinfecção . . . . . .
18 - Vestuário, uniformes e equipamentos; artigos e peças
acessórias; roupas de cama,
mesa e banho; tecidos e arteta tos . .. .. . . . . .. . . . .. . . . . . .
20 - Material para a construção
de marcos . . . . . . . . . . . . . . . . . .
28 -
17 -
TOTAL DA VERBA 2 MATERIAL ............ ..
100 500,00
4 353 600,00
VERBA 4 ENCARGOS
GERAIS
6 818 720,00
Consignação I Gerais
01 05 06 09 -
419 300,00
Consignação 11 - Publicidade
e Publicações
04 -
05 07 -
Assinaturas de órgãos oficiais
e aquisição de publicações
periódicas .. ...... ......... . .
Assinaturas de recortes, publicação de editais e avisos
Serviços de encadernação ..
10 -
11 12 -
16 -
Consignação I11 Taxas de
Serviços Públicos
13 -
14 -
Assinaturas de telefones e
caixa postal; telefonemas interurbanos ................. .
iluminação, fôrça motriz, gás
e água .................... ..
Serviços postais, telegráficos
e aéreos; radiogramas ..... .
22 90 000,00
171 500,00
12 000,00
273 500,00
Consignação IV - Transportes
e Viagens
UI- Acondicionamento e embala-
gens; armazenagens, fretes,
carretos, esti vas e capatazias;
aluguel e alojamento de animais e de seus tratadores; es. tada de veiculas em garage
20 - Indenização por condução e
transportes urbanos ........ .
21 - Passagens, transporte de pessoal e sua bagagem ....... .
Aluguel de bens imóveis ... 1 206 800,00
Despesas miúdas de pronto
87 000,00
pagamento .... ........ .... . .
Despesas pela participação
em certames e exposições;
150 000,00
realizações culturais .... ... .
Representação social recepções; excursões, hospeda100 000,00
gem .................... .... .
Seguro de bens móveis, imó50 000,00
veis e outros . . . .. ... ....... .
Publicações periódicas, seriadas e avulsas ...... .... .... . 1 400 000,00
Seleção, aperfeiçoamento es30 000,00
pecial de pessoal .......... .
Consignação 11 Encargos
Específicos
14 500,00
30 000,00
25 -
71 500,00
34 -
5 500,00
Assistência aos órgãos regionais do C.N.G. . ...... ... . . . .
Levantamentos especiais em
cooperação com as organizações regionais .............. .
Auxil1o a entidades culturais,
educacionais e outras:
a) Faculdade Nacional de
FUosofia para realização
do curso de férias (Resolução n. • 332, de
25-2-49 e 490,' de 29-12-54,
do D.C.) .............. .
b) Associação dos Geógrafos
Bras1leiros (Resolução n.•
434, de 8-7-54 A.G.)
c) Sociedade Braslleira de
Geografia (Resolução n .•
434, de 8-7-54 A.G .)
Indenização de despesas com
a convocação, instalação e
funcionamento da Assembléia
Geral do C.N.G. .. ..........
Encargos com a Impressão de
mapas e outras publicações
de caráter cartográfico ..... .
232 000,00
625 000,00 ...
55 200,00
100 000,00
70 000,00
70 000,00
650 000,00
400 000,00
1 970 200,00
309 000,00
Consignação I11 Encargos
Consignação V Outros
Serviços de Terceiros
26 -
Custeio de lavagem e engomagem de roupa; serviço de
asseio e higiene ........... .
38 42 200,00
Outro8
Obras de construção e aparelhamento de oficinas e depósitos ..................... .
EVENTUAIS
Despesas Imprevistas ....... .
TOTAL DA VERBA 5 EVENTUAIS ........... .
Encargos
3 023 800,00
19 -
12 -
01 -
10 360,00
54 860,00
TOTAL DA VERBA 4
ENCARGOS DIVERSOS .
VERBA 5 -
148 000,00
419 300,00
ministração geral do I .B .G .E .
Gabinete da. Presidência
30 500,00
TOTAL DA VERBA 3 SERVIÇOS DE TERCEIROS .. . .. . .. . . .. . .. . .. . .. 1 129 360,00
Consignação I - Conservação
e Reparos
Ligeiros reparos, adaptações,
consertos e conservação de
bens móveis e imóveis .. ... .
52- Quota. de despesa com a. ad-
72 700,00
161 000,00
VERBA 3 - SERVIÇOS DE
TERCEIROS
01 -
Despesas bancárias com remessa e transferências de
fundos .. . .. . . .. . .. . . . . . . .. . .
53 000,00
5
219
LEIS E RESOLUÇOES
s bancárias com ree transferências de
Cr$
30 500,00
Quota de despesa com a administração geral do I .B .G .E .
Gabinete da Presidência
t
;1.
•••• •• •• •• •••• •
••••••
TOTAL DA VERBA 4 ENCARGOS DIVERSOS .
ENCARGOS
GERAIS
01 -
4 -
de bens Imóveis . .. 1 206 800,00
; miúdas de pronto
tto ................. .
87 000,00
<
pela participação
tames e exposições;
ies cul turals ....... .
150 000,00
ttação social reexcursões, hospeda100 000,00
le bens móveis, lmóutros ........ ....... .
50 000,00
ões periódicas, serlavulsas ......... . .. . . . 1400 000,00
aperfeiçoamento ese pessoal .......... .
30 000,00
3 023 800,00
tção li Encargos
Específicos
D.C. )
. . .. . . . . .. . . . . .
clação dos Geógrafos
llelros (Resolução n.o
de 8-7-54 A.G .) . . .
•dade Brasileira de
rafla (Resolução n. o
de 8-7-54 A.G .) . . .
;ão de despesas com
cação, Instalação e
rnento da Assembléia
I C.N.G. . . . . . . . . . . . .
com a Impressão de
outras publicações
.r cartográfico . . . . . .
ação III Encargos
5 247 000,00
EVENTUAIS
Despesas Imprevistas ....... .
TOTAL DA VERBA 5 EVENTUAIS .......... . .
Encargos
:la aos órgãos regloC.N.G . . . . . . . . . . . . . . .
aentos especiais em
'o com as organlzalonals . . . . . . . . . . . . . . .
1 entidades culturais,
aals e outras :
ildade Nacional de
pfla para realização
:urso de férias ( Re:olução n .o 332, de
49 e 490, · de 29-12-54,
1
200 000 ,00
Verbas
1 - Pessoal ...................... . 37 704 920,00
2 - Material ..................... . 6 818 720,00
3 - Serviços de Terceiros ....... . 1129 360,00
4 - Encargos Diversos .......... . 5 247 000,00
50 000,00
5 - Eventuais ................... .
TOTAL GERAL ......... 50 950 000,00
1129 360,00
VERBA 5 -
nação I Gerais
,
253 000,00
72 700,00
.'AL DA VERBA 3 ,,VIÇOS DE TERCEI-
RESUMO
Cr$
52 -
625 000,00 .,
55 200,00
100 000,00
70 000,00
70 000,00
650 000,00
400 000,00
1 970 200,00
Outros
' construção e apato de oficinas e de53 000,00
50 000,00
---50 000,00
Rio de Janeiro; 29 de dezembro de 1954,
ano XIX do Instituto. - Conferido e numerado : NiLo Bernardes, Secretário-Assistente . VIsto e rubricado: Fábío de Macedo Soare8
Guímardes, Secretário-Geral. Publique-se :
Elmano Cardim, Presidente .
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