Pratique Redação!

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“Em última análise, precisamos amar para não adoecer.”
Sigmund Freud
PROPOSTA ENEM
Com base na leitura dos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema A epidemia de aids no Brasil de hoje apresentando
proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
Por que a Aids ainda é um problema grave no Brasil?
Em um relatório divulgado no dia 11 de julho, a ONU (Organização das Nações Unidas) alertou para o risco de uma ressurgência da epidemia global de Aids – ou seja, uma nova
aceleração da propagação da doença. Anualmente, 1,9 milhão de pessoas continuam a ser
infectadas pelo vírus do HIV, que causa a doença.
No Brasil, o governo diz que a situação está estável. Em comunicado à imprensa,
após a divulgação do relatório, o Ministério da Saúde afirmou que há “estabilidade em relação
ao número de novos casos de HIV no país”. Eles eram 43 mil novos casos em 2010 e, em 2015,
44 mil, segundo projeções da ONU.
Todavia, os dados sobre a infecção pelo vírus e o desenvolvimento da Aids continuam a
preocupar. O infectologista José Valdez Madruga, diretor de pesquisa do Centro de Referência e
Treinamento em DST/Aids do Estado de São Paulo, alerta para o fato de não haver queda no número de infectados nos últimos anos. Além disso, é possível que o país esteja passando por uma mudança geracional de comportamento em relação à preocupação com o HIV.
“Análises preliminares apontam que novas gerações estão iniciando a prática sexual
mais cedo, tendo um maior número de parceiros sexuais e utilizando com menor frequência o
preservativo em relações não estáveis”, afirma Alexandre Grangeiro, pesquisador do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP.
Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/08/01/Por-que-a-Aids-ainda-%C3%A9-um-problemagrave-no-Brasil. Acesso em: 02 ago. 2016 (adaptado).
PRATIQUE REDAÇÃO Nº 28  2016
Texto II
Novos casos de Aids detectados entre 2003 e 2014
42.000
31.500
21.000
10.500
0
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
NEXO
Fonte: Boletim Epidemiológico HIV/Aids do Ministério da Saúde
Casos de AIDS para cada 100 mil habitantes
18,0
13,5
9,0
4,5
0
1970
1980
1990
Fonte: Cálculos do pesquisador Alexandre Grangeia com dados do Ministério da Saúde
NEXO
Casos de aids por 100 mil habitantes desde 2003
Sul
34,000
27,500
21,000
14,500
8,000
3
4
5
6
7
8
9
10
Fonte: Boletim epidemiológico de aids do Ministério da Saúde 2015
11
12
13
14
NEXO
OSG 6029/16
PRATIQUE REDAÇÃO Nº 28  2016
Texto III
Antes referência no tratamento da Aids, Brasil tem remédios obsoletos
O lançamento da publicação "Mito vs Realidade: sobre a resposta brasileira à epidemia de HIV e Aids em 2016", pela ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids) foi um
dos destaques da 21ª Conferência Internacional de Aids, em Durban, África do Sul. A publicação sustenta que, no passado modelo para o mundo na resposta à epidemia do HIV e da Aids,
o Brasil de 2016 caminha em retrocesso.
"O Brasil, que já foi uma referência, agora é um exemplo dessa divisão que existe
entre o norte e o sul", disse Richard Parker, que é professor titular de Ciências Sociomédicas e
Antropologia e diretor do Centro para Estudos de Cultura, Política e Saúde na Escola de Saúde
Pública da Universidade de Columbia, em Nova York. "Mergulhado na pior crise políticoeconômica experimentada desde a fase pós-democratização, o maior país da América do Sul
perdeu a capacidade de construir uma resposta à epidemia utilizando o seu maior trunfo: a
experiência dos movimentos sociais", diz.
"Esse documento que estamos lançando analisa várias faces da epidemia brasileira.
Ao contrário do que faz supor um discurso fantasioso baseado no passado da resposta do
Brasil à Aids, temos inúmeros desafios", reforçou, no evento, o pesquisador Veriano Terto,
coordenador de projetos da ABIA, e um dos autores que assinam textos no documento.
Os autores consideram, à luz da atual conjuntura política e econômica no país e no
contexto internacional, que há graves ameaças ao programa de acesso a medicamentos no
Brasil e à política de direitos humanos.
"O estigma que sofrem os soropositivos não é mais discutido nos dias de hoje. A
propaganda diz 'teste e viva melhor'. Mas como viver melhor com tanta discriminação, com
um tratamento ultrapassado, com o sistema de saúde entrando em colapso?", perguntou
Mathew Kavanagh, americano, da Health GAP, uma das entidades que organizaram o evento.
Disponível em: http://zip.net/bctrb2. Acesso em: 02 ago. 2016 (adaptado).
PROPOSTA UECE/UNIFOR
Tendo como base os textos deste Pratique Redação!, discuta, por meio de um artigo
de opinião, acerca da persistência dos índices relativos à epidemia de Aids no Brasil, bem
como da importância da família, da escola, do governo e de instituições não governamentais
no desenvolvimento de ações para a mudança desse panorama. Apresente fatos e argumentos que possam sustentar seu ponto de vista.
OSG 6029/16
PRATIQUE REDAÇÃO Nº 28  2016
PROPOSTA FUVEST
Texto IV
Hoje, vivemos uma mudança de como a Aids é apresentada no Brasil. As últimas políticas anunciadas indicam que o caminho governamental para o enfrentamento passa por
duas ordens claras: descubra o mais rápido possível, e não transmita a ninguém. O governo
federal investe cada vez mais em ações fáceis, desprezando anos de avanços na concepção de
saúde aliada a direitos humanos.
Assistimos a propostas curiosas, como o fim do aconselhamento na testagem e a
venda de kits de autotestagem em farmácias e outros locais. Um resultado que impacta fortemente a vida de uma pessoa acaba ao lado de sabonetes e cotonetes.
Além disto, a sucessiva insistência de transferência do atendimento especializado
para a atenção básica e a mudança recente do esquema de medicamentos - fornecendo remédios fortes para a pessoa com diagnóstico positivo, independente do seu quadro de saúde são fatores de culpabilização e de responsabilização à pessoa que vive com HIV ou com Aids.
Vivemos um tempo de banalização da própria vida com aumento da violência e dos
crimes institucionais, com a ampliação do descaso do Estado e com a queda da intersetorialidade como preceito de saúde pública mais ampla.
Vivemos também um tempo de banalização da Aids. Se antes o medo se destacava, e depois venderam a ideia do controle, hoje se nota a estratégia de tornar banal um resultado positivo.
A resposta do momento é totalmente medicamentosa. Saúde pública sem direitos
humanos respeitados é mero higienismo disfarçado, que gera banalização de coisas sérias e
respostas meramente artificiais e limitadas.
Diponível em: http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2014/03/30/brasil-vive-tempo-de-banalizacao-da-aids.htm.
Acesso em: 03 ago. 2016 (adaptado).
Texto V
Desde a descoberta dos primeiros casos de aids, as interpretações sobre os modos
de infecção do vírus eram pautadas em termos de moralidade. A ideia prevalente de imoralidade e transgressão foi disseminada pela mídia e assimilada pela população, constituindo uma
representação social sobre as pessoas que vivem com HIV/Aids. A partir do ano 2000, a Aids
começou aos poucos a ser vista como uma doença crônica e não como uma sentença de
morte, o que possibilitou que as representações sociais das pessoas que vivem com essa
doença refletissem uma visão mais humanizada.
Práticas sociais discriminatórias e preconceito com as pessoas que vivem com
HIV/Aids são consequências da concepção que perpetua as representações sobre a Aids, vista
como decorrência de uma transgressão das regras sociais. O preconceito refere-se a um préjuízo ou pré-conceito elaborado sobre indivíduos e grupos, com atribuição de um valor negativo. Um dos seus efeitos é a discriminação, que se constitui em uma forma de relacionamento
desigual e desfavorável dirigida ao grupo e aos seus membros.
Apesar das mudanças nas representações sociais da aids, preconceitos e estereótipos
relacionados às pessoas que vivem com HIV/Aids ainda continuam presentes na sociedade.
Fonte: http://zip.net/bltqzD. Acesso em: 02 ago. 2016.
OSG 6029/16
PRATIQUE REDAÇÃO Nº 28  2016
Tendo como base as informações contidas neste Pratique Redação!, e outras que
considere relevantes, redija uma DISSERTAÇÃO em prosa, na qual se discuta: A banalização
da Aids e a estereotipação do soropositivo no Brasil. Procure argumentar, deixando claro seu
ponto de vista sobre o tema.
Instruções:
• A redação deve ser uma dissertação, escrita de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.
• Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível.
• Não ultrapasse o espaço de 30 linhas da folha de redação.
• Dê um título à sua redação.
PROPOSTA UNICAMP
Imagine-se um jovem médico que, por perceber a reincidência de contaminações ao
vírus HIV na comunidade do posto de saúde em que trabalha, procura conscientizar os pacientes sobre informações acerca da epidemia de Aids no Brasil, bem como dos métodos de
prevenção possíveis. Por considerar o meio impresso o mais confiável para tal fim, escreva
um PANFLETO que será entregue aos pacientes em consultas médicas, se possível utilizando
informações deste Pratique Redação!, orientando sobre a importância de ações de prevenção
contra a doença.
Proposta ITA
Considerando a imagem a seguir, redija uma dissertação em prosa, sustentando um
ponto de vista sobre o assunto.
Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/_7Hm6gLxwAIg/RkucKEu61yI/AAAAAAAAABM/nfIjKu3uQZk/s320/chargeaids+copy.gif. Acesso em: 02 ago. 2016.
OSG 6029/16
PRATIQUE REDAÇÃO Nº 28  2016
Instruções:
•
A redação deve ser feita na folha a ela destinada, respeitando os limites das linhas, com
caneta azul ou preta.
•
A redação deve obedecer à norma-padrão da língua portuguesa.
•
Dê um título à sua redação.
Na avaliação de sua redação, serão considerados:
a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o assunto;
b) coesão e coerência do texto; e
c) domínio do português-padrão.
FAB-Rev.: GER
OSG 6029/16
PRATIQUE REDAÇÃO Nº 28  2016
Anotações
OSG 6029/16
PRATIQUE REDAÇÃO Nº 28  2016
OSG 6029/16
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