faculdade meridional – imed curso de especialização em dentística

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FACULDADE MERIDIONAL – IMED
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DENTÍSTICA
ALINE CASA
ANÁLISE ESTÉTICA INTRAORAL PARA REABILITAÇÃO DO SORRISO
PASSO FUNDO
2014
ALINE CASA
ANÁLISE ESTÉTICA INTRAORAL PARA REABILITAÇÃO DO SORRISO
Monografia apresentada à Unidade Avançada de
Pós-graduação da Faculdade Meridional (IMED) Passo Fundo - RS, como requisito parcial para
obtenção do título de Especialista em Dentística, sob
a orientação do Prof. Dr. Simone Beatriz Alberton
da Silva.
PASSO FUNDO
2014
ALINE CASA
ANÁLISE ESTÉTICA INTRAORAL PARA REABILITAÇÃO DO SORRISO
Monografia apresentada à Comissão Julgadora
da Unidade Avançada de Pós-graduação da
Faculdade Meridional (IMED) – Passo Fundo
– RS, como requisito parcial para obtenção do
título de Especialista em Dentística.
Aprovada em 06/08/2014.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________
Prof. Dr. Simone Beatriz Alberton da Silva – Orientadora - CEOM
________________________________________________
Prof. Me. Nelson Geovane Massing - CEOM
________________________________________________
Prof. Me. Cristiano Magagnin - CEOM
Passo Fundo
2014
AGRADECIMENTOS
A Deus, que abre todos os dias uma porta e me guia pelo caminho certo.
A um serzinho que esteve ao meu lado todos os momentos e me faz cada dia
mais feliz, Felícia.
Aos meus colegas que foram como uma família nesse período.
A minha colega Brunna Costa Curta pelos momentos ótimos que passamos na
clínica e troca de experiências. Minha alma gêmea de amor pelos animais.
Aos professores pelo ensinamento e amizade.
Ao meu eterno namorado Geancarlo Mezzomo, simplesmente porque divide
comigo todos os momentos, alegrias, tristezas, ganhos, perdas, me abraça quando
precisa, me dá uma dura quando é necessário.
“Um sorriso não custa nada, mas muda tudo.
Enriquece
aqueles
que
o
recebem
sem
empobrecer aqueles que o dão.
Dura
apenas
alguns
segundos,
mas
sua
lembrança fica para sempre.
Ninguém é tão rico ou poderoso, que possa
privar-se dele, e ninguém é tão pobre que não
possa proporcioná-lo.
Um sorriso gera felicidade no lar, fortalece os
negócios e é uma marca palpável da amizade.
Ele alivia o cansaço, alegra os desanimados,
anima os melancólicos e é o melhor antídoto
natural contra as dificuldades.
Porém, ele não pode ser comprado, mendigado,
emprestado ou roubado, pois não tem valor
algum até que seja revelado.
Algumas pessoas já estão muito cansadas de
sorrir para você. Dê a elas seu sorriso, pois
ninguém precisa de um sorriso tanto quanto
aquele que não o tem mais para dar”.
P. John Faber
RESUMO
A face é a parte do corpo do ser humano de maior exposição, e através das expressões
faciais é que se demonstram sentimentos. A boca, por sua vez, é por onde se exibe a
expressão mais sublime e importante que se pode demonstrar a expressão de felicidade
através de um sorriso. A busca por profissionais qualificados que possam devolver as
características dentais de um indivíduo ou tornar estético o sorriso vem aumentando.
Para a satisfação do paciente, que a cada consulta torna-se mais exigente, o profissional
deve não somente dominar os tipos de materiais mais apropriado para a realização das
restaurações, mas, estar familiarizado com os princípios básicos da estética oral. O
objetivo deste trabalho foi, através de uma revisão de literatura, listar alguns dos
critérios para guiar o profissional durante a devolução de um sorriso agradável e
equilibrado ao paciente no decorrer de um tratamento restaurador. Os fatores
responsáveis pela obtenção de um sorriso harmonioso são: linha média e linha
interincisiva, eixo dental, limite do contorno gengival, linha papilar, nível do contato
interdental, dimensões dentais, características básicas da forma dental, textura de
superfície, configuração da borda incisiva, linha do sorriso.
Palavras-chave: Estética oral. Sorriso agradável, Sorriso harmonioso.
ABSTRACT
The face is the part of the human body for increased exposure and through facial
expressions is that they show feelings. The mouth in turn, is where it displays the most
sublime and important expression that can demonstrate the expression of happiness
through a smile. The search for qualified professionals who can return the dental
characteristics of an individual or make aesthetic smile is increasing. For patient
satisfaction, that each query becomes more demanding, the professional must not only
master the types of materials most suitable for the realization of the restorations, but be
familiar with the basic 2 of esthetics. The objective of this work was, through a
literature review, list some criteria to guide the professional during the return of a
pleasant and balanced patient smiling during a restorative treatment. The factors
responsible for achieving a harmonious smile are: mean and interincisal line, dental
axis, limit the gingival contour, papillary line, the interdental contact level dental
dimensions, basic characteristics of dental shape, surface texture line, configuration
incisive edge, smile line.
Keywords: Oral Aesthetic. Nice Smile, Smile harmonious.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Linha interincisal.............................................................................................
12
Figura 2 – Eixos dentários................................................................................................
13
Figura 3 – Limite do contorno gengival...........................................................................
14
Figura 4 – Linha papilar.................................................................................................... 16
Figura 5 – Nível do contato interdentário.........................................................................
16
Figura 6 – Linha dos pontos de contato...........................................................................
17
Figura 7 – Proporções e dimensões dos dentes anteriores................................................ 17
Figura 8 – Formato dental................................................................................................. 20
Figura 9 – Textura de superfície.......................................................................................
21
Figura 10 – Linha incisal com formato de prato fundo....................................................
23
Figura11 – Sorriso alto, sorriso médio, sorriso baixo.......................................................
24
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................
09
2 REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................................
11
2.1 LINHA INTERINCISIVA E LINHA MÉDIA............................................................
11
2.2 EIXO DENTAL............................................................................................................
12
2.3 LIMITE DO CONTORNO GENGIVAL.....................................................................
13
2.4 LINHA PAPILAR........................................................................................................
15
2.5 NÍVEL DO CONTATO INTERDENTAL................................................................... 16
2.6 DIMENSÕES DENTAIS.............................................................................................
17
2.7 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA FORMA DENTAL.........................................
19
2.8 TEXTURA DE SUPERFÍCIE...................................................................................... 21
2.9 CONFIGURAÇÃO DA BORDA INCISIVA..............................................................
22
2.10 LINHA DO SORRISO...............................................................................................
23
3 CONCLUSÃO................................................................................................................
26
REFERÊNCIAS................................................................................................................ 27
9
1 INTRODUÇÃO
Ao longo da evolução humana, os padrões de beleza sofreram alterações como
um reflexo das características sócio-culturais de cada população e sua época.
Atualmente, não diferente, com a valorização da qualidade de vida, da maior
exposição do indivíduo, seja pelas redes sociais ou pelo apelo constante da mídia, bem
como pela competitividade do mercado, entre outros fatores, acaba resultando num
aumento no nível de exigência, e o “parecer belo” esteticamente torna-se importante
para a maioria das pessoas, se não para todas.
Extrações múltiplas e próteses rudimentares dominaram o tratamento
odontológico até metade do século XIX. Isso começou a ser modificado com Charles
Merry, em 1858, que inventou um aparelho capaz de girar uma broca com o poder de
cortar os dentes. Mais tarde, James Morrison adaptou o instrumento impulsionando com
o pé e em 1872, a Companhia S.S. White aperfeiçoou o sistema acionando por
eletricidade, permitindo maior precisão, menos desconforto e tempo. A história da
odontologia deixa claro, que o atendimento oferecido às pessoas passou de artesanais a
mecânicos. (BARATIERI et al., 2004).
Com o conhecimento de que a doença cárie pode ser reduzida ou totalmente
evitada, a necessidade restauradora tem diminuído. (BARATIERI et al., 2004).
Quando se encontra alguma irregularidade no sorriso ou impulsionado apenas
pelo anseio de aprimorar a visão deste, cada vez mais pacientes buscam procedimentos
estéticos e cosméticos em consultórios. Esses pacientes desejam um sorriso harmonioso
e agradável, não apenas para si, mas também para a sociedade. Todos querem um
sorriso natural, bonito e que seja universalmente admirado. Assim, o profissional é
desafiado diariamente, uma vez que nem todas as situações clínicas são as ideais.
(RODRIGUES et al., 2010).
Morfologia não se mede, observa-se, embora se pode fazê-la com medições
visuais através de enquadramentos e comparações. Proporção é a maneira de
compreender a leitura dentária e facial. (CÂMARA, 2006).
Quando se avalia a beleza natural dos arcos dentários, observa-se a presença de
uma relação matemática 1:1.618, chamada de Proporção Divina ou Dourada. Esta
composição harmônica gera beleza e bem-estar para a percepção humana fornecendo
equilíbrio e simetria. Muitos artistas usaram a Proporção Dourada em seus trabalhos,
10
como Da Vinci, o qual retrata esta proporção em várias situações. (GALLÃO et al.,
2009a).
A Proporção Divina também se faz presente na natureza, na anatomia do corpo
humano, em arquitetura, em inúmeras situações em que estiver presente o sentimento de
harmonia e beleza. Plantas, animais e humanos, apesar das diferenças tangíveis,
mostram uma relação desta proporção. (GALLÃO et al., 2009b).
A simetria é uma característica estética. A simetria estática é baseada em um
equilíbrio absoluto de ambos os lados, tornando-se uma simetria cansativa, não
agradável. Quando a Proporção Divina está presente, existe uma simetria dinâmica com
qualidade para estimular o observador, tornando a Odontologia Estética um ramo
criterioso na decisão do tratamento. Assim torna-se importante criar proporções
harmoniosas entre largura dos maxilares e dentes anteriores. (GALLÃO et al., 2009a).
Os dentes são considerados os protagonistas do sorriso, devendo passar por
criteriosa avaliação e planejamento. São os incisivos centrais que transmitem as
características como força, energia, autoridade, magnetismo, apatia ou retração.
(MEDEIROS, 1999).
Sucintamente, a palavra estético é usada para definir o belo sob o ponto de vista
da forma e do contorno e a cosmética visa o efeito artístico, usando artifícios que
valorizem as partes externas do corpo e objetos, através de adornos e tintas. Após o
paciente ser analisado como um todo, passa a ser avaliado por segmentos. O rosto é
objeto de admiração e expressa os sentimentos, defini-lo como belo torna-se subjetivo
uma vez que a beleza está nos olhos de quem vê. (MEDEIROS, 1999).
Entretanto, diante da subjetividade e da dificuldade de determinar ou descrever o
conceito de beleza, esse trabalho objetiva fornecer critérios para facilitar essa
visualização, buscando de forma prática a obtenção de parâmetros a fim de reabilitar
esteticamente o paciente odontológico.
11
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 LINHA INTERINCISAL E LINHA MÉDIA
A coincidência da linha média facial e da linha média dental influencia tanto na
harmonia facial como na reabilitação estética. A linha média é quem determina a
simetria do arco dental. Uma linha desviada pode ser percebida pelo paciente.
(MEDEIROS, 1999).
A melhor referência para definir a linha média facial é o centro do lábio superior
ou o filtro labial, e o elemento para identificar a linha média dental é a linha interincisal
superior. Qualquer inclinação mesiolateral dos incisivos superiores faz com que a linha
interincisal não seja confiável. Nesses casos, o ponto de referência será a papila entre os
incisivos centrais superiores. Uma variação de até 4 mm não é perceptível, embora 80%
dos pacientes preferem uma relação exata entre as duas linhas. (FRADEANI, 2006).
Rodrigues et al. (2010) selecionaram um homem e uma mulher para avaliar a
influência de variações estéticas na atratividade do sorriso. Dentre os critérios para
efetuar este estudo, os dois indivíduos deveriam possuir idades entre 20 e 28 anos e
sorrisos o mais próximo às normas da literatura. Estes indivíduos foram fotografados
para a obtenção de fotografias faciais. Estas foram alteradas digitalmente, e, a partir do
sorriso ideal controle, foi realizado cinco variações de normas de beleza. As fotografias
foram avaliadas por dois profissionais especialistas em Dentística Restauradora e dois
avaliadores leigos. Quando se trata de desvio de linha média os autores tiveram como
resultado, quando avaliados pelos profissionais, que em sorrisos com desvio de linha
média de 2 a 3mm comprometem a atratividade do sorriso em ambos os gêneros, já o
gênero feminino, quando avaliado pelos leigos, os desvios de linha média de 2 a 3mm
foram julgados atraentes. Com isso, a presença de pequenos desvios podem ser aceitos,
porém o grau de percepção varia entre a habilidade dos observadores.
12
Figura 1- Linha interincisal
Fonte: Câmara (2006, p. 4)
Nomando et al. (2009) elaboraram uma pesquisa, com o intuito de avaliarem o
grau de percepção do desvio de linha média superior e da angulação incisal do arco
superior entre ortodontistas e leigos, assim como a influência da visualização clínica do
filtro labial como referência morfológica para esse diagnóstico. Para a realização desse
estudo utilizaram a fotografia de um paciente do gênero feminino e produzidas
alterações na linha média dentária de 1 em 1mm, até 4mm. Também foram realizadas
alterações nas angulações incisais, de 5 em 5mm até 15mm para o lado esquerdo. Essas
imagens produzidas foram recortadas formando um grupo aparecendo o filtro labial e
outro sem. Após, foram avaliadas por 24 ortodontistas e 24 indivíduos leigos. Como
resultados, os autores obtiveram que, os ortodontistas foram capazes de detectar desvios
da linha média a partir de 2mm e da angulação incisal a partir de 5 graus, enquanto
leigos só detectaram como inaceitáveis desvios a partir de 3 ou 4mm dependendo da
presença do filtro labial na imagem analisada e 10 graus de alteração angular dos
incisivos. A visualização do filtro labial na fotografia influenciou, embora suavemente,
somente a avaliação dos examinadores leigos.
2.2 EIXO DENTAL
Corresponde aos eixos dentários, as inclinações e angulações dos dentes
anteriores. Existem muitas medidas-padrão para esses eixos, porém cada tratamento
deve obedecer a um padrão morfológico e estético individual. Os dentes anteriores,
assim como os posteriores, apresentam angulação positiva do eixo vestibular da coroa
clínica, onde esse se posiciona mesialmente a porção gengival. As angulações
13
aumentam a partir dos incisivos centrais superiores em direção aos caninos. Já as
inclinações diminuem em direção aos caninos. (CÂMARA, 2006).
Variações no eixo dental e na linha média são frequentes e nem sempre
influenciam no resultado estético. (MAGNE, BELSER, 2012).
Rodrigues et al. (2010) observaram em sua pesquisa que as angulações dos
incisivos laterais não trazem prejuízos a atratividade do sorriso em ambos os gêneros
dos pacientes de acordo com os avaliadores leigos porém, esta avaliação foi mais crítica
para os avaliadores especialista em Dentística, principalmente no sorriso feminino.
Desta forma incisivos laterais com angulações excessivas do longo eixo dental podem
comprometer a estética do sorriso, leves alterações são aceitáveis.
Figura 2– Eixos dentários
Fonte: Câmara (2006, p. 4)
2.3 LIMITE DO CONTORNO GENGIVAL
O limite do contorno gengival deve seguir o tamanho dos dentes, sendo que o
limite gengival dos caninos deve estar mais alto do que os incisivos laterais e estes mais
ou menos na mesma altura dos incisivos centrais superiores. O limite do contorno
gengival é representado pelo Zênite gengival, o ponto mais apical do tecido gengival.
(CÂMARA, 2006).
O Zênite é o ponto mais apical do contorno gengival do dente, geralmente
localizado mais para distal do centro do dente, devendo sempre ser respeitado durante o
preparo para receber uma restauração. (CONCEIÇÃO et al, 2007).
Em um estudo, Feul et al. (2011) avaliaram a percepção de 80 profissionais de
odontologia e 80 avaliadores leigos. Neste estudo avaliou-se a fotografia de um paciente
do gênero feminino jovem e sorrindo. Foram feitas alterações simétricas na altura
gengival dos incisivos centrais e laterais, produzindo um plano gengival ascendente
progressivamente. Para a avaliação da fotografia foi alterado a altura da margem
14
gengival dos incisivos mantendo a altura dos caninos constantes para que assim as
alterações pudessem ser avaliadas a partir da fotografia inicial com plano gengival
harmonioso. Em uma das fotos a alteração realizada foi a margem do incisivo central
superior reduzida 2mm e a do incisivo lateral superior aumentada em 0,5mm em relação
aos caninos. Na segunda fotografia a alteração foi a margem do incisivo central superior
reduzida em 4mm e do lateral aumentada em 1mm em relação aos caninos. Os
avaliadores deveriam apontar a foto mais agradável tendo 90 segundos para avaliar cada
foto sem retornar a anterior. Os resultados que os autores obtiveram foram que, ao
grupo de avaliadores leigos a escolha da fotografia que mais agradou teve a prevalência
do plano gengival harmonioso, no grupo de dentistas houve prevalência significativa
pela aprovação do plano gengival harmonioso, nenhuma seleção da foto com o plano
gengival ascendente e um baixo percentual na opção com o plano gengival reto. No
mesmo estudo foi comparado o grau de percepção estética entre os grupos de dentistas e
leigos onde se encontrou maior percepção estética no grupo dos avaliadores dentistas.
Estes achados revelam que alterações iguais ou superiores a 2mm devem ser levadas em
consideração já que são vistas como antiestéticas pelos pacientes ainda que nem sempre
possa identificar o problema.
Figura 3– Limite do contorno gengival
Fonte: Câmara (2006, p. 5)
Num relato de caso clínico, Costa et al. (2005) avaliaram um paciente que
compareceu ao consultório com duas queixas. A primeira referia-se ao comprimento do
canino esquerdo ser menor que o homólogo e a segunda era em relação a restaurações
amareladas nos incisivos laterais. Para o planejamento do caso foram realizadas
15
fotografias e modelos de estudo. Em análise desses modelos de estudo e fotos,
observou-se que o contorno gengival dos incisivos centrais e caninos se encontravam
assimétricos em relação aos lados direito e esquerdo da boca. Com base na literatura
iniciou-se o tratamento com um procedimento periodontal para correção do contorno
gengival e limitando o Zênite. Numa segunda etapa realizou-se clareamento dentário e
após deu-se início ao tratamento restaurador mediante um enceramento diagnóstico para
que assim sejam devolvidas as dimensões de largura e comprimento dental
restabelecendo um equilíbrio entre dentes e lábio e consequentemente lábio e face.
2.4 LINHA PAPILAR
A papila interdental é classificada como um tecido gengival queratinizado; na
região anterior seu formato é piramidal, ocupando o espaço localizado entre dois dentes
adjacentes e localizada coronalmente à crista óssea alveolar e junto ao ponto de contato.
A ausência das papilas torna as ameias gengivais abertas desencadeando problemas
fonéticos, impacção alimentar e desconforto estético. (KOVALIK et al., 2011).
Na gengiva jovem saudável os espaços interdentais são fechados por um tecido
que forma as papilas. Falta de higiene bucal e doença periodontal podem alterar essa
estrutura gengival. É possível compensar essa perda por meio de procedimentos
restauradores. (MAGNE; BELSER, 2012).
Essa linha é formada pela ponta das papilas gengivais que se localizam entre
caninos, incisivos laterais e incisivos centrais superiores. Não existe uma altura
padronizada dessa relação. A altura ideal seria uma linha paralela à linha formada pelos
pontos de contato. A papila entre os incisivos centrais superiores preenche metade do
tamanho desses dentes, em condições normais. Esse padrão repete-se para incisivos
laterais e caninos. (CÂMARA, 2010).
A papila gengival entre os incisivos centrais superiores é muito importante; ela
forma a linha interincisiva que determina a linha média dos dentes. Geralmente, existe
uma discrepância acentuada entre a linha média facial e a linha interincisiva, causando
assimetria no sorriso. (FRADEANI, 2006).
16
Figura 4- Linha papilar
Fonte: Câmara (2010, p. 7)
2.5 NÍVEL DO CONTATO INTERDENTAL
O contato nos dentes ântero-superiores dá-se a partir do canino. O contato entre
caninos e incisivos laterais é mais alto do que o contato entre o incisivo lateral e o
incisivo central. Esses pontos devem ser justos e a linha que os une paralela à linha
incisal quando não houver uma discrepância entre tamanho, formato e angulação dos
dentes. Quando esses contatos se derem em uma área ao invés de um ponto, considerase o local mais apical como referência para o ponto de contato. (CÂMARA, 2010).
Figura 5- Nível do contato interdentário
Fonte: Câmara (2006, p. 5)
17
Figura 6- Linha dos pontos de contato
Fonte: Câmara (2010, p. 7)
2.6 DIMENSÕES DENTAIS
Conforme a variação de indivíduo para indivíduo, ao desgaste natural dos dentes
torna-se difícil proporcionar números para definir a dimensão dental adequada. Para tal,
teoremas matemáticos têm sido propostos como a Proporção Áurea e a Percentagem
Áurea para determinação dos espaços mesiodistais, sendo aplicado ao tamanho visto
frontalmente. Simetria, dominância e proporção estão relacionadas à altura e largura do
dente. A concordância com essa regra resultaria em redução excessiva do arco maxilar e
compressão dos laterais. (MAGNE; BELSER, 2012).
Figura 7– Proporções e dimensões dos dentes anteriores
Fonte: Câmara (2006, p.7)
A percepção de largura de um dente é influenciada pela forma, especialmente
pelos ângulos interincisivos. Dificilmente, encontram-se números áureos em dentes
anteriores, sendo que os incisivos laterais e os caninos apresentam ângulos
interincisivos abertos, gerando a percepção de redução, parecendo ser mais estreitos do
que realmente são, proporcionando a ilusão de Proporção Áurea, dominada pelos
incisivos centrais. (MAGNE; BELSER, 2012).
18
Quando o dentista for fazer um tratamento estético, é importante respeitar a
proporção individual entre altura x largura dos dentes. O incisivo central é o dente
dominante na formação do sorriso e tem uma proporção de altura x largura de 75 a 80%.
Valores abaixo de 65% darão uma aparência estreita ao dente e acima de 85% torna o
dente muito curto ou quadrado. O inciso lateral apresenta uma proporção altura x
largura de 60 a 65%. Deve-se ainda estar atento aos três planos de inclinação do dente, o
terço cervical, médio e incisal. (CONCEIÇÃO, 2007).
Quando se observa um indivíduo sorrindo frontalmente, ele apresenta um sorriso
agradável quando, a partir da linha média, existe uma relação de largura do incisivo
central superior, incisivo lateral superior e canino superior de 1,618, 1 e 0,618.
(CONCEIÇÃO, 2007).
As dimensões gerais do dente não estão relacionadas com a estatura do
indivíduo. A largura e comprimento dentais são maiores para homens em relação às
mulheres. Os incisivos centrais são mais largos do que os caninos 1 a 1,5mm. Os
caninos são mais largos que os incisivos laterais 1 a 1,5mm. Os incisivos centrais e
caninos possuem altura de coroas parecidos com uma variação de 0,5mm, e este, 1 a
1,5mm mais longos que os incisivos laterais. (MAGNE; BELSER, 2012).
Efeitos de ilusão de óptica podem ser utilizados para mascarar as dimensões dos
dentes. Pode-se ter a ilusão de um dente mais estreito escurecendo as proximais
deslocando as arestas proximais para mesial e realçar as linhas verticais, aumentando as
ameias vestibulares. Para uma largura maior que a real pode-se aplainar a superfície
vestibular, deslocar as arestas para as proximais, realçar as linhas horizontais e diminuir
as ameias. (HIRATA, 2011).
Al-Marzok et al. (2013) analisaram modelos dentários de 49 pacientes da
Malásia a fim de avaliar as relações existentes entre a largura e a altura da coroa clínica
do dente e assim investigar a ocorrência da Proporção Dourada dos dentes anteriores da
maxila. Nesta comparação da relação entre largura e altura do incisivo central, lateral e
canino com a proporção dourada de 0,618 o estudo revelou que havia uma diferença
significativa não havendo diferença entre grupos étnicos. A proporção dourada não foi
encontrada em nenhum dos modelos dos pacientes selecionados, sendo que, ao devolver
a estética aos dentes dos pacientes a percepção de beleza deve ser considerada, pois nem
sempre a Proporção Dourada faz-se presente.
Miraglia et al. (2002) com o intuito de verificar a relação existente entre as
distâncias mésiodistal e gengivoincisal dos incisivos centrais superiores, realizaram um
19
estudo com base em 100 indivíduos com ausência de assimetria facial e as medidas
obtidas através da régua trubyte tooth indicator. Esta régua mede a largura da face entre
os zigomas e o comprimento entre a linha do cabelo e o gnátio. Para medir a largura e
comprimento das coroas dos incisivos e caninos foi utilizado um compasso de ponta
seca. Os autores obtiveram como resultado que 100% dos pacientes avaliados
apresentavam diferença significativa entre as medidas como 0,49mm para a distância
mésio-distal e de 0,69mm para a distância gengivo-incisal.
2.7 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA FORMA DENTAL
A forma dental ideal para uma restauração é aquela do dente natural do paciente.
Quando não se podem usar como referência os dentes homólogos, deve-se abrir mão de
meios que possam auxiliar na determinação da forma dental perdida. A forma do rosto,
algumas características psicológicas, gênero e idade do paciente podem auxiliar a
devolver a forma dental.
Referências diretas como modelos de gesso, fotografias
podem ser usados para essa finalidade. Não existe uma forma dental exata para ser
aplicada com êxito em todos os casos. (BARATIERI et al., 2004).
Os incisivos centrais e laterais são parecidos tanto na anatomia quanto
funcionalmente. São utilizados para o corte e cisalhamento. Suas características básicas
são um contorno mesial da coroa reto ou levemente convexo (incisivos superiores), com
ângulo mesioincisivo arredondado nos incisivos laterais. Os incisivos centrais possuem
contorno distal da coroa mais convexo do que o contorno mesial. A curvatura e
inclinação variam conforme o dente e o ângulo distoincisivo é arredondado. O contorno
da coroa dos incisivos pode apresentar-se arredondado ou até irregular, mostrando-se
geralmente reto devido ao desgaste funcional. A erosão e o desgaste aceleram o
envelhecimento, suavizando as características tão marcadas da face vestibular,
resultando em perdas mecânicas, estéticas, funcionais. (MAGNE; BELSER, 2012).
Os dentes naturais exibem muitos formatos, mas podem ser classificados em três
formas: quadrado, triangular e ovóide. Na maioria dos casos a morfologia dental tem
alguma similaridade com a morfologia facial. (BARATIERI et al., 2004).
O formato quadrado apresenta contorno reto, cristas verticais bem desenvolvidos
e distribuídos uniformemente sobre a superfície vestibular. A crista marginal e a central
são bem equilibradas dividindo a superfície em terços. (BARATIERI et al., 2004).
20
Os dentes triangulares, na maioria dos casos, apresentam uma depressão na
superfície vestibular, a crista central não é bem desenvolvida e as cristas marginais são
bastante pronunciadas. (BARATIERI et al., 2004).
Os dentes ovóides, a crista central é bem desenvolvida e espessa, as cristas
marginais praticamente não existem, elas formam um ângulo redondo que se dirige para
a superfície adjacente. (BARATIERI et al., 2004).
Figura 8- Formato dental
Fonte: Magne (2012, p. 75)
Quando se fala de incisivos laterais, percebe-se rapidamente a semelhança com
os incisivos centrais; eles diferem pelo tamanho reduzido e ângulos mesioincisivos mais
arredondados. Podem apresentar variação na forma sendo comum encontrar pacientes
com incisivos laterais conóides. (MAGNE; BELSER, 2012).
Os caninos são mais espessos vestibulolingualmente devido ao maior
desenvolvimento do cíngulo. Seu contorno mesial é levemente convexo. O ângulo de
transição linear é bem desenvolvido como um pequeno lóbulo. O contorno distal da
coroa é côncavo assemelhando-se a um pré-molar. A borda incisiva da coroa é
acentuada pela ponta da cúspide que segue a orientação do centro da raiz. (MAGNE;
BELSER, 2012).
Quando a forma do dente é alterada, a direção e reflexão da luz que incide sobre
os dentes também mudam. Superfícies mais planas e lisas refletem mais luz, parecem
mais largas, amplas e mais próximas. Superfícies arredondadas e irregulares refletem a
luz para os lados, parecendo mais estreitas, menores e mais distantes. As cristas ajudam
a definir a superfície vestibular dos dentes ântero-superiores numa área importante para
reflexão de luz. Essa área pode variar de forma, tamanho e local denominada área plana.
Modificações nessa área podem alterar o comprimento e largura aparente dos dentes.
(BARATIERI et al., 2004).
Com o objetivo de analisar a percepção estética entre estudantes de Odontologia
e seus pacientes quanto a cor e forma dos dentes, França et al. (2010) realizaram uma
21
pesquisa com 60 alunos de Odontologia e 60 pacientes. Numa primeira etapa foram
dispostas placas dos dentes ovóides, quadrados e triangulares nas cores 1C, 1D, 1E, 4A,
2A, 3E, 2B, 1A, e 4B num mostruário com os códigos vedados. Na segunda etapa
questionou-se ao estudante juntamente com o paciente qual a forma de dente escolheria
para confeccionar a prótese. Após escolhida a forma, eram apresentadas as cores para
serem escolhidas. De acordo com a pesquisa, 46,7% dos alunos e 51,7% dos pacientes
têm por preferência o formato ovóide dos dentes. Em relação à cor, 31,7% doa alunos e
55% dos pacientes preferem a cor A1 por ser a cor mais clara.
2.8 TEXTURA DE SUPERFÍCIE
A textura superficial está intimamente ligada à cor através do brilho,
influenciando diretamente. Dentes com textura acentuada, como em dentes jovens,
fazem com que reflitam mais luz parecendo mais claros. Com o passar da idade, os
dentes perdem essa textura, diminuindo a reflexão de luz, dando a impressão dos dentes
serem mais escuros. Os elementos que determinam essa textura estão dispostos na
superfície dentária, orientados horizontal e verticalmente. (MAGNE; BELSER, 2012).
O componente horizontal é resultado das linhas de crescimento ou linhas de
Retzius, ou também conhecidas como periquemácias, os quais partem como listras
paralelas delicadas na superfície do esmalte. (MAGNE; BELSER, 2012).
Figura 9- Textura de superfície
Fonte: (Magne, 2012, p. 82)
A texturização superficial vertical é definida pela segmentação superficial em
diferentes lóbulos. (MAGNE; BELSER, 2012).
22
A textura superficial pode ser usada para gerar efeitos ilusórios de tamanho.
Componentes horizontais acentuados farão o dente parecer maior ou menor, já
componentes verticais acentuados farão o dente parecer longo ou estreito. (MAGNE;
BELSER, 2012).
2.9 CONFIGURAÇÃO DA BORDA INCISIVA
O tamanho do dente é importante não só para a estética dental, mas também para
a estética facial. Num caso em que apenas um dente precisa ser restaurado, basta
reproduzir o comprimento do dente homólogo. Porém, quando todos os dentes ânterosuperiores forem comprometidos não encontramos referências para a determinação do
tamanho real da porção perdida. Nos casos em que não há referências no dente
homólogo, o profissional deverá lembrar a relação entre o lábio superior e a porção
exposta do dente. Quanto mais expostas estão as margens dos dentes, mais jovem
parece o paciente.
Na juventude a margem incisal dos incisivos superiores é
aproximadamente 2 a 3mm abaixo da linha do lábio superior em repouso. Com o passar
dos anos, a margem incisal encontra-se desgastada e não está exposta. A exposição do
incisivo central superior foi calculada cerca de 1.91mm para homens e 3.40mm para as
mulheres. (BARATIERI et al., 2004). Quando os pacientes se encontram na meia idade,
essas referências mudam para cerca de 1.26mm para homens e 3.37mm para mulheres,
tudo isso devido a abrasão incisal ou a perda do tônus perioral, proporcionando uma
exposição cada vez maior dos incisivos inferiores. (FRADEANI, 2006).
Essa linha segue as bordas dos dentes ântero-superiores. Em pacientes jovens,
numa vista frontal, as bordas incisais dos incisivos centrais devem estar abaixo dos
incisivos laterais e caninos lembrando o formato de um prato fundo. Geralmente, a linha
incisal está relacionada com a idade, sendo que seu desgaste ocorre com o tempo. Não
somente o desgaste altera o desenho da linha incisal; mas também a linha cervical, o
tamanho dos dentes, inclinações dentárias, fatores eruptivos e inclinações do plano
oclusal. O termo utilizado quando a linha da borda incisal encontra-se em forma de
“prato invertido” é sorriso invertido. Outros termos são utilizados para descrever a linha
incisal como arco do sorriso, curvatura incisal, asa de gaivota. (CÂMARA, 2010).
23
Figura 10- Linha incisal com forma de prato fundo
Fonte: Câmara (2010, p. 6)
O ideal é que a borda incisiva fique paralela ao lábio inferior com as incisais
levemente afastadas ou tocando suavemente o lábio inferor. Isso é possível quando o
lábio inferior faz uma curvatura natural, com os cantos da boca voltados para cima e a
linha incisiva acompanhando essa curvatura; devido a isso, os dentes devem criar uma
forma de “prato fundo”. (CÂMARA, 2006).
Rodrigues et al. (2010) afirmam em seu estudo que a presença de linha do
sorriso reta e invertida levou a diminuição da percepção estética de acordo com os
avaliadores leigos e os profissionais especialistas em Dentística, ainda que foi julgada
como menos estética a linha do sorriso reversa em comparação a reta, devendo o
cirurgião-dentista estar informado das variações de sorriso aceitáveis para transpor em
seus tratamentos.
2.10 LINHA DO SORRISO
Representada pela borda inferior do lábio superior. Esta linha é responsável pela
exposição dos dentes superiores. Durante o sorriso, a borda inferior do lábio superior
deve coincidir com a margem gengival do incisivo central superior. Um sorriso torna-se
aceitável esteticamente com a exposição de até 2mm de tecido gengival. Uma maneira
simples de classificar a linha do sorriso que é o relacionamento entre incisivos
superiores e o lábio superior é através da altura- alto, médio, baixo. Deve-se estabelecer
um limite de 2mm acima e abaixo da margem gengival estabelecendo as três classes de
24
altura do sorriso. Sendo assim, uma diferença de 4 mm torna-se motivo para que
pacientes procurem tratamento. (CÂMARA, 2010).
A altura do sorriso é influenciada pela idade e gênero do paciente. Quanto mais
velho, maior tendência a apresentar o tipo baixo, informação clinicamente relevante,
pois sorrisos altos tendem a tornar-se médios com o passar dos anos e sorrisos baixos
tornam-se cada vez mais baixos. (CÂMARA, 2010).
O gênero influencia na altura do sorriso. Mulheres apresentam uma tendência de
linha do sorriso média em 55,9% e alta 37,7% dos casos, já os homens, apresentam a
linha do sorriso média 54% e baixa 23,8% dos casos. A linha do sorriso é considerada
fator importante na avaliação da estética oral. São comuns tratamentos ortodônticos
finalizados comprometidos pela altura do sorriso. A integração das especialidades
odontológicas precisa ser ampliada para intervir na solução de problemas estéticos
bucais. (CÂMARA, 2010).
O lábio é uma estrutura que se altera com o tempo, não sendo um parâmetro
confiável devendo o clínico utilizar alguns critérios para avaliação como o paralelismo
do plano incisal com a linha interpupilar, independente da curvatura do lábio superior.
(FRADEANI, 2006).
Figura 11- Sorriso alto, sorriso médio, sorriso baixo
Fonte: Câmara (2010, p. 11)
Suzuki et al. (2011) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar a influência
da quantidade de exposição gengival na estética do sorriso. Nesse estudo utilizaram
duas fotografias extrabucais e uma intrabucal. As fotografias foram manipuladas e
criadas cinco diferentes exposições de gengiva: 0mm, 1mm, 3mm, 5mm e 7mm de
exposição gengival que vai da margem gengival dos incisivos centrais superiores
25
posicionada até o contorno inferior do lábio superior. Após, essas fotografias foram
entregues a dentistas e leigos para que as avaliassem. Como resultados os sorrisos com
exposições gengivais de 0mm, 1mm, 3mm, 5mm e 7mm, as médias das notas atribuídas
foram, respectivamente: 6,6; 6,2; 5,0; 3,5 e 2,9. Concluindo que de acordo com os
resultados obtidos os níveis de exposição gengival de 0mm e 1mm apresentaram as
maiores notas médias, porém sem diferença estatística entre si (p>0,05). Os graus de
exposição gengival de 3mm, 5mm e 7mm foram considerados menos estéticos,
recebendo notas menores e decrescentes.
26
3 CONCLUSÃO
Em resposta a evolução dos padrões e beleza e ao nível de exigência sóciocultural da sociedade, a Dentística vem cada vez mais se aprimorando em técnicas de
avaliação e métodos de abordagem.
Dentre os inúmeros critérios utilizados, através de uma revisão de literatura,
elegem-se como mais relevantes a linha interincisal e linha média, limite do contorno
gengival, dimensões e formas dentais, configuração da borda incisiva e linha do sorriso
que ainda podem ser complementados por outros critérios, a depender da necessidade
individual do paciente, e também contribuir positivamente, como eixo dental, linha
papilar, contato interdental e textura de superfície.
Além disso, e somado ao anteriormente exposto, não esquecer que o conceito de
beleza obedece não somente as características fenotípicas de cada população, e é a
capacidade artística, habilidade técnica, conhecimento e principalmente a avaliação
subjetiva correta do Cirurgião Dentista no momento de decidir o plano de tratamento a
ser desenvolvido, é que irão encurtar a distância entre a expectativa do paciente e sua
satisfação ao término do tratamento.
27
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