A Concepção Moderna do Ser humano A concepção do ser humano no humanismo Civilização da Renascença Séc. XIV - XVI Concepção renascentista do ser humano Tradição medieval crista – humanismo cristão Ideal da humanidade – tenta conciliar tradição antiga com a medieval Surge um novo rosto social, política e religiosa. Responde às exigências profundas da nova sensibilidade em face do ser humano e de suas obras Civilização do livro impresso Nicolau de Cusa Concepção renascentista do ser humano Dignidade do ser humano Literatura antiga É a atividade de contemplação Característica do humanismo Agnes Helles Autores da Renascença Idade do humanismo Sensibilidade em face do ser humano e redescoberta e exaltação da literatura clássica latina Valores do humanismo e elevação do ser humano à altura de sua verdadeira humanidade. Ser humano universal Problema unidade e igualdade da natureza humana É o agir, o operari, que dá superioridade do ser humano É o que forma o pensamento político moderno Pluralismo antropológico Torna-se um campo da dialética da identidade na diferença É na Renascença que aparece uma consciência da Humanidade. Portanto, a antropologia da Renascença aparece como uma antropologia de ruptura e transição: ruptura com a imagem cristão-medieval do ser humano e transição para a imagem racionalista que dominará dos séc. XVII e XVIII. A concepção racionalista do ser humano Montaigne (1553-1592) – transmite ao racionalismo os temas observação de si mesmo e do conheça-te a ti mesmo, como lei natural e da natureza como guia das ações. A partir do séc. XVII fim da Renascença e inicio do racionalismo, porém a Renascença influenciará este período. Antropologia racionalista prolonga a tradição do zoon logikón, pois esquema mecanicista se estenderá à explicação da vida e do ser humano Descartes (1596-1650) – ser humano racionalista como ser humano Faz uma inversão na ordem do saber, e esta inversão começa com o método, como construção do saber segundo as suas regras. Problema na temática do ser humano, no fundamento indubitável do Cogito. A certeza e verdade (o ser) do Cogito e a certeza e a verdade (o ser) do mundo exterior impõem o recurso à existência e veracidade de Deus, demonstradas a priori pela imanência da idéia do ser humano do Infinito da mente. A substancia do espírito como res cogitans e consciência–de–si A antropologia cinde-se em uma metafísica do espírito e uma física do corpo Idéia de razão que é a idéia do método. O dualismo cartesiano define a estrutura da antropologia racionalista: Espírito cujo existir se manifesta na evidencia do Cogito A exterioridade (concebida mecanicisticamente) do corpo com relação ao espírito O corpo obedece aos movimentos e às leis que impelem a maquina do mundo. No Racionalismo cartesiano o Cogito implicará uma nova relação do espírito com o mundo “O corpo humano é integrado no conjunto dos artefatos e das maquinas, e só a presença do espírito, manifestandose, sobretudo, na linguagem, separa o ser humano do ‘animal - maquina’”. A concepção do ser humano na idade cartesiana A revolução cartesiana em filosofia e a revolução galileiana na Ciência do ser humano O ser humano cartesiano Moralismo de Montaigne Humanismo devoto – Henri Bremond refletirá Pascal opõe o estudo das ciências abstratas ao estudo do ser humano Modelo da experiência do ser humano moderno. O discurso do método se constrói, tendo em vista a situação do ser humano e não a verdade na ciência. A dignidade do ser humano reside no pensamento Cogito não se volta para a dominação do mundo e sim na descoberta das regras do bem pensar, descobrindo assim sua dimensão moral. Antropologia racionalista: a oposição entre a Natureza e o Espírito = entre o ser humano “ser da natureza” e “ser racional” Natureza humana e à capacidade humana de conhecer e agir O ser humano sai justamente do estado da natureza e encaminha-se para o estado civil, fazendo da sociedade e do Estado o terreno e o horizonte de sua realização humana. Imagem do ser humano – é a imagem do ser humano liberal ou do Otimismo naturalista – bondade natural do ser humano Locke (1632-1704) (Contra Hobbes) sociedade natural – tendência à convivência espontânea e pacifica dos indivíduos no estado de natureza Hobbes – empreende a aplicação racionalismo mecanicista à compreensão do ser humano e da sociedade Busca uma expressão racional para a idéia do corpo como categoria fundamental para pensarmos a natureza, do ser humano e da Seu materialismo é radical e integral. “Só o corpo, ocupando o espaço, existe, e Deus mesmo é corporal, sendo compreendido no universo cuja totalidade e unicidade abrange todas as ordens do existente”. Empirismo inglês - ser humano capacidade cognoscitiva, em seus agir e em sua vida política. Empirismo do conhecimento Teoria política – inspiração do pensamento liberal posterior. o direito do individuo são transferido ao Estado Autonomia do individuo está na vida privada O nascimento das ciências humanas no século XVII A revolução cientifica do séc. XVII – tem uma nova idéia do método. Racionalismo puro Racionalismo empirista Método: dedutiva (análise e explicação) e a indutiva (síntese e à classificação) Investigação empírica do ser humano é a ciência da linguagem Modelo mecanicista estende-se ao domínio da linguagem e a criação de uma gramática geral Ciência histórica no sentido moderno É a ciência da vida. Antropologia empírica Anatomia do corpo humano com o aparecimento da anatomia comparada Sistemática zoológica com a inclusão do ser humano na classificação geral as espécies animais (noção de raça) e Investigação empírica da origem do ser humano O estudo experimental do psiquismo, surgimento da Psicologia experimental e da Pedagogia experimental (séc. XIX). A ciência da linguagem é o da língua universal Leibniz propõe organizar um alfabeto do pensamento humano, base de uma combinatória lógica universal Historiografia eclesiástica Nova concepção do trabalho historiográfico Consciência histórica Crise da consciência européia A idéia do ser humano na época da Ilustração Experiência e análise – termos chaves da linguagem filosófica-cientifica da Ilustração Define os Constitutivos essenciais de uma idéia da Razão que considera una e universal Razão busca conquistar todos os domínios do saber humano e se tornar a norma de uma pedagogia que deve atingir toda a humanidade Característica dessa idéia de progresso da Razão é constituída por uma certeza teórica, ou seja, infalibilidade da Razão, articulada a um desígnio pratico ou poiético. Característica do espírito da Ilustração Humanidade: a concepção do ser humano que a Ilustração tem em vista não dá primazia à sua relação com Deus, mas ele ocupa o centro – o ser humano se relaciona com outros homens e assunção dos indivíduos na majestosa hipótese da humanidade que Comte divinizará . Civilização: é, ao mesmo tempo, um fato e um valor. Ela verifica a hipótese da passagem do estado de natureza ao estado de civilização Revolução: mudanças e transformações profundas na sociedade = uma nova ordem do mundo. A ilustração lê a história humana traçada pelos progressos da Razão. O progresso implica mudança operada pelo ser humano, segundo fins racionais e medida pelo critério do melhor. Tolerância; estende-se aos grupos discriminados da sociedade civil. Ela também se fortaleceu no se. XVI com a divisão religiosa e as guerras de religião. Nova época que será dominada pelo Romantismo, do qual o Idealismo alemão será a vertente filosófica. A concepção do ser humano em Kant Linha antropológica: origem Linha critica: abrange as é buscada no curso de Metafísica. (base empírica) Metafísica dos Costumes, que procede a priori e permite definir a essência verdadeira do ser humano. Ciência de observação – utiliza o procedimento analítico para unificar os dados da observação por meio de uma teoria das faculdades, cujo núcleo conceptual é a representação do Eu exprimindo-se em consciênciade- si. três atividades superiores do ser humano, a razão teórica, razão pratica e a faculdade de julgar Razão pura A sensibilidade receptiva e espontaneidade do entendimento = domínio condicionado Razão como domínio incondicionado Ciência a priori – Ética ou Metafísica dos Costumes que possibilita a determinação da essência do ser humano “A concepção do ser humano como ser histórico está vinculada na doutrina de caráter ético – jurídico sobre ordenamento da liberdade no individuo e na comunidade” Caráter empírico do sujeito prático – domínio da necessidade externa e das paixões Caráter inteligível – domínio da liberdade “A superação desses dualismos só será tentada na Critica da faculdade de Julgar, quando a noção da natureza é aplicada ao ser humano nos juízos teleológicos e estéticos”. Linha da estrutura sensitivo-racional Idéias Kantiana do ser humano Razão prática Linha da estrutura físico – pragmática Linha da estrutura histórica ou do destino do ser humano Idéia de Antropologia: ciência cuja finalidade é preparar o ser humano para o conhecimento do mundo (mundo humano) Sua característica principal é ser pragmática. Conceito pragmático Inicialmente – conhecimento capaz de tornar o ser humano prudente nas questões da vida em sociedade. 1798, é um conhecimento do que o ser humano faz, pode ou deve fazer de si mesmo, em oposição ao conhecimento fisiológico – natureza faz do ser humano - Ser da natureza, situado no espaço-tempo do mundo - Ser raciona: capaz de formular o ideal da Razão pura e das Idéias transcendentais (mundo, alma e Deus - físico: o que a Natureza opera no ser humano - Pragmático o que faz de si mesmo, e da estrutura pratica que acompanha o ser humano como ser livre e capaz de agir dentro da lei moral Religiosa aponta para o fim ultimo do ser humano Pedagógico - político – filosofia da historia, política e pedagogia