Um dos mais originais saxofonistas alto (e um dos poucos que nunca soou como um primo de Charlie Parker), Lee Konitz sempre teve uma enorme curiosidade musical que o levou a aproveitar todas as oportunidades e a ultrapassar-se a si próprio, normalmente com grande sucesso. Começou por estudar clarinete, mudou depois para o saxofone alto e tocou com Jerry Wald. Konitz chamou a atenção com os seus solos com a Claude Thornhill’s Orchestra. Estudou depois com Lennie Tristano que teve uma grande influência na sua concepção e abordagem da improvisação. Konitz tocou com Miles Davis no Miles Davis Birth of the Cool Nonet, tanto em concerto como nas gravações (entre 1948 e 1950) e gravou com o inovador sexteto de Lennie Tristano (1949), incluindo as duas primeiras improvisações livres alguma a serem documentadas. Konitz ligava muito bem com o tenor de Warne Marsh (os seus uníssonos em Wow são espantosos) e tocaria muitas vezes tanto com Tristano como com Marsh ao longo dos anos, mas estava também interessado em encontrar o seu próprio caminho. No início dos anos 50 começou a afastar-se da “escola” de Tristano. Konitz viajou para a Escandinávia onde o seu som acabou por constituir uma influência e encaixou-se na perfeição na Stan Kenton’s Orchestra (1952-54), sendo convidado a tocar com vários outros grupos. Daí em diante, Konitz foi maioritariamente um leader. No início dos anos 60 retirou-se da música mas re-apareceu alguns anos depois. Os seus discos vão do cool bop às improvisações cuidadas; o seu marcante Duets (1967) é um clássico. No final dos anos 70, Konitz dirigiu um noneto e em 1992 ganhou o prestigiado Jazzpar Prize. Durante a década de 90, manteve uma enorme regularidade no lançamento de novos trabalhos e aventurou-se na música clássica com o álbum de 2000, French Impressionist Music from Turn of the Twentieth Century. Já em 2004, o Mark Masters Ensemble juntou-se a ele para o trabalho One Day With Lee. Gravou saxofones soprano e tenor mas dedicou-se principalmente ao seu som único de saxofone alto. OHAD TALMOR nasceu em 1970 em Lyon, França. Filho de pais Israelitas, cresceu na Suiça em Genebra, onde aos cinco anos começou a estudar piano no conservatório. Em 1987 mudou-se para a Florida e começou a estudar saxofone influenciado pelo pouco jazz que já tinha ouvido na Suiça. Após ter regressado à Europa, estudou Musicologia na universidade ao mesmo tempo que tocava regularmente na cena jazzística Europeia. Em 1995 ganhou uma bolsa na Manhattan School of Music, onde estudou composição. Em 1997 acabou os seus estudos e actualmente vive em Brooklyn, NY, onde trabalha como músico, compositor, arranjador e por vezes também como actor, em vários e diferentes projectos. Desde que chegou a Nova Iorque em 1995, Ohad Talmor dirige e compõe para cinco bandas com diferentes repertórios sendo também o director musical do noneto de Lee Konitz e do sexteto de Steve Swallow. Entre os seus grupos destacam-se: “Newsreel” – Ohad Talmor 5tet, The other quartet (co-dirigido com o trompetista Russ Johnson), MOB trio, Ohad Talmor 7tet e Scent of the Morning Dew. OHAD TALMOR tocou e gravou ,entre outros, com Steve Swallow, Jason Moran, Dave Douglas, Chris Potter, Billy Hart, Carla Bley Big Band, Ray Anderson, Curtis Fowlkes, Jim Black, Bob Dorough, Joachim Khun e Matthieu Michel. Como arranjador/compositor, a sua escrita inclui música para os Brecker Brothers, Lee Konitz, Steve Swallow e também peças para reconhecidos músicos clássicos como Martha Argerich, o Spring String Quartet da Áustria e o Axis String Quartet de Nova Iorque. www.ohadtalmor.com Ao longo da última década, a cidade de Matosinhos conheceu um notável impulso ao nível da divulgação e promoção do jazz. Esse desenvolvimento, ficou a dever-se em grande parte à vontade e persistência de alguns músicos e amantes desta música que aí encontraram a receptividade institucional necessária para o lançamento das suas iniciativas. O apoio da Câmara Municipal de Matosinhos, através da atribuição de um subsídio anual, desde a sua fundação tem sido fundamental para o desenvolvimento deste projecto musical. A partir de 2001 a OJM conta também com o apoio financeiro do IA/IPAE e da Porto 2001/ Casa da Música. Durante esse ano a OJM torna-se na primeira orquestra de jazz nacional a encomendar obras a compositores Portugueses. Essa ideia culmina com o concerto de encerramento da Porto 2001 na área do jazz, onde a OJM, dirigida por Zé Eduardo, interpretou obras de: António Pinho Vargas, António Pinto, Bernardo Sasseti, Carlos Azevedo, Laurent Filipe, Mário Laginha, Pedro Moreira e Zé Eduardo. Nesta ocasião participaram como músicos convidados três solistas de prestígio mundial: Bob Berg, Ingrid Jensen e Conrad Herwig. Desde então, a OJM passa a ter, a par do seu repertório de autor, a vontade de se tornar numa orquestra versátil com capacidade para interpretar outros repertórios. Em 2002, a maturidade e o nível da orquestra são reforçados através da parceria com o prestigiado Remix Ensemble num concerto em que é interpretado a música do célebre disco da dupla Miles Davis/Gil Evans “Sketches of Spain” dirigida pelo maestro Stephan Ashbury. Durante 2003 a OJM com o apoio do IA/IPAE e da Casa da Música, convida a prestigiada e histórica compositora Carla Bley para dirigir a sua música no (ainda em obras) grande auditório da Casa da Música, integrado numa iniciativa chamada de “Festival em Obra Aberta”. Neste concerto a OJM viu-se reforçada com a presença de Steve Swalow e Gary Valente. A actividade musical da orquestra tem continuado desde então com inúmeros concertos não só em Portugal mas também na vizinha Espanha. Em 2004 o seu repertório original é mais uma vez renovado, convidando dois dos melhores saxofonistas de jazz da actualidade: Mark Turner no Teatro Rivoli e Festival de Jazz de Guimarães; Rich Perry no CCB e no Teatro de Vila Real. Conc ertos: Olga Neve s Carneiro ONC Produções Telm. 91.950.6422 Telf. 22.618.8503 oncp roduc oes@netc abo.p t www.oncp roduc oes.c om Orquestra: Genoveva Abreu Telm. 91.268.4299 Telf. 22.906.9596 Fax 22.906.9619 [email protected] www.ojm.pt