Título: ARTE DO MOVIMENTO : A IMPORTÂNCIA DA ARTE DO

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Título: ARTE DO MOVIMENTO : A IMPORTÂNCIA DA ARTE DO
MOVIMENTO NO PROGRAMA ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL
Área Temática: Arte e educação
Autora: KATIA FRANKLIN BAGGIO
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Faculdade
de Educação - Pós-graduação em Educação – Mestrado e Doutorado
Introdução
A escola em nosso país, transmite conhecimentos objetivando que os
indivíduos exerçam uma profissão, concentrando conteúdos técnicos e
subtraindo do currículo as disciplinas como: artes, filosofia, literatura...,
considerando-as secundárias. Dentro desta perspectiva, por meio de um
projeto desenvolvido na Escola Básica da Universidade Regional Integrada das
Missões e do Alto Uruguai – Campus de Erechim, tentamos resgatar o que de
mais precioso um ser humano pode ter, toda sua capacidade de expressão. A
escola vinculada a URI – Campus de Erechim, abrange todos os níveis de
ensino, do Jardim da Infância até o 2º Grau, proporcionando a integração e o
desenvolvimento social, intelectual e emocional de seus alunos. O que justifica
o espaço correspondente e a valorização de todas as áreas dentro da
educação. Em uma escola que comporta poesia, música e artes plásticas não
poderia deixar de incentivar a dança, pois esta é a disciplina do movimento,
que expressa todos os anseios da infância e da juventude.
Sabendo que toda criança é uma possibilidade a ser explorada e que a
dança é um dos meios eficazes para o desenvolvimento emocional e criativo,
oferecemos esta oportunidade a maior quantidade de crianças possível, com a
finalidade de ligá-las para o resto de suas vidas a este meio de expressão
consagrado através dos tempos, proporcionando a elas fazer uso consciente
das possibilidades motoras e um crescimento interior que irá acompanhá-las
pelo resto de suas vidas. Este aprendizado será único; esta emoção será
preciosa; e, esta vivência será inesquecível. A amplidão cultural possibilitada
por estas atividades na escola será o diferencial do adulto do amanhã.
A criança não dissocia suas fantasias da realidade, participa em igual
intensidade de ambas e acreditamos ser fundamental para que ela esteja em
paz consigo mesma e segura no mundo que a cerca. A criança necessita de
um espaço onde possa ir e voltar do sonho à realidade. Quanto mais ampla for
a gama de possibilidades que oferecemos às crianças, mais intensas serão
suas motivações, mais ricas suas experiências e mais prazeirosas suas
vivências.
Tema
Assunto
A inclusão da arte do movimento, no ensino fundamental, explorando as
potencialidades, as habilidades e experiências pessoais e coletivas, como fator
de auto-conhecimento e de impulso para auto satisfação.
Justificativa do assunto
É durante a vida escolar que a prática do movimento é mais significativa,
considerando que o potencial de movimento da criança ainda não sofreu as
limitações dos moldes restritos da vida adulta.
Muitas escolas já vivenciam experimentos de atuações pedagógicas
fundamentadas na corporeidade, objetivando maior eficiência na educação
infantil. O que nos parece importante é definir a arte do movimento,
concedendo-lhe razão para incluí-la no programa escolar. É fundamental a
participação corporal nos processos de aprendizagem, não existe mentalização
sem uma inscrição corporal.
Como movimento consideramos um constante estado de vibração ou
atividade e por arte do movimento a relação do indivíduo com suas atitudes
internas e suas formas de externá-las através do movimento com padrões e
ritmos ordenados. Estes padrões e ritmos de movimentos estão ocorrendo
constantemente sem termos consciência deles e por isto freqüentemente não
os reconhecemos. Através do estudo do movimento esta percepção se torna
mais aparente o que facilita uma melhor conscientização de nós mesmos, de
nossas relações com os outros e com o meio ambiente.
A habilidade em utilizar essa percepção vai depender do estágio
individual de desenvolvimento pessoal. A criança responde a esta abordagem,
mesmo que não a compreenda intelectualmente ou não seja capaz de explicála, pois há promoção de um meio adicional para a comunicação, que pode ser
convertido em construção do conhecimento. Sua resposta será dada através
do desenvolvimento de seu vocabulário de movimento e do aumento de sua
capacidade de estabelecer relações.
As aulas de arte do movimento visam uma experiência que tenham um
significado emocional prazeroso. Estamos sempre pensando em um total
envolvimento físico, mental e emocional. Procuramos chegar ao equilíbrio e a
um desenvolvimento coerente entre aula prática de movimento e arte do
movimento, com aulas que enfatizam a habilidade, domínio da técnica usando
expressividade e o domínio da emoção.
Com este equilíbrio a criança tem possibilidades de englobar seus
pensamentos, sentimentos e sensações usando da ação simbólica que permite
transformar o que é puramente pessoal em uma ação de compartilhamento e
portanto uma expressão organizada do seu interior, facilitando assim a
comunicação e as relações com outros indivíduos.
Consideramos apropriados para as crianças os tipos de movimentos
que aumentam sua habilidade corporal, seu vocabulário de movimento e sua
consciência expressiva. Atentos das possibilidades que cada faixa etária pode
executar, e ainda, os aspectos da realidade do meio que se atua.
É relevante considerar que desenvolvemos esta ação de inclusão da
arte do movimento, como disciplina, desde 1978 na escola caso e atualmente
surgem bibliografias que citam o que pensávamos e executávamos até então
de forma intuitiva e experimental. Sendo imperativa a fundamentação e
avaliação da influência desta prática no processo de aprendizagem, buscamos
o papel da corporeidade na cognição, por meio de práticas lúdicas baseadas
no fazer por prazer.
A originalidade da pesquisa surge pelo fato da arte do movimento visar
o resgate do prazer no processo educativo, fator relevante para a auto
realização do indivíduo e adequação deste como cidadão.
Quadro teórico de referências
Para os pais é um prazer descobrir a reação instintiva de seus
pequenos filhos diante da música, atribuindo esta reação a um fictício talento
para a dança. Mas mesmo que a criança não tenha vocação para a dança, o
trabalho não será perdido, pois seus movimentos serão organizados, afinará
sua sensibilidade, educará seus sentidos e seu gosto, desenvolverá o espírito
de companheirismo e colaboração, aguçará seu sentido crítico e terá contato
com um tipo de arte específica que dificilmente a vida lhe proporcionará fora do
ambiente escolar.
Nas crianças em idade escolar o dançar se manifesta naturalmente, na
adolescência está vinculada aos principais modos de comunicação e convívio
social. Consideramos como meio de expressão poderoso, o corpo humano, é
ele que transmite intenções e expressões no momento da comunicação. É
possível esconder palavras e pensamentos, mas não os sentimentos de um
corpo em movimento. Este grande poder expressivo nos pertence desde o dia
que nascemos, mas na maioria dos seres humanos permanece inconsciente,
pois a arte da expressão nem sempre é prioridade dentro de alguns meios
sociais. Pela dança corpo se faz forte, elástico e impositivo, se torna a arma
mais incisiva da comunicação. O mais fascinante da arte da dança, reside na
sua busca exploratória das possibilidades e potencialidades inerentes ao
movimento de cada parte do corpo, e a consciência disto fará surgir um ser
humano mais sensível e criativo proporcionando um alargamento da sua
capacidade de explorar os próprios sentimentos.
No processo de ensino da dança há um fundamento inviolável, a
atividade conjunta do professor e do aluno. A pedagogia moderna estabelece
que o aluno é um ser ativo e independente, orientado por conceitos pessoais,
desejos, sentimentos e reflexões. É impossível julgar o aluno como um ser
passivo, principalmente numa classe de ensino artístico, pois a estimulação
deve ser recíproca entre o aluno e o professor. É necessário estabelecer uma
relação entre a teoria e a prática, pois a teoria clarifica os objetivos, solidifica as
bases fundamentais e os princípios que regem a técnica do movimento, e esta
relação representa, também, o êxito e o sucesso da prática. Os princípios
teóricos sistematizados pelo aluno transportam com maior facilidade a ordem
que o cérebro dará aos membros, desencadeando um processo de
aprendizagem e organização corporal mais eficiente e rápido. Todo
conhecimento que se quer transmitir deve estar de acordo com a ciência
progressista. Estar acompanhando o avanço científico de hoje é fundamental
para o professor de dança, o que proporciona um conceito real de sua época e
determina a objetividade nas ações e por conseqüência segurança ao aluno.
Objetivos definidos proporcionam o rendimento do aluno, pois este adquire
consciência de seu corpo e das possibilidades de ação, transmitindo-lhe
segurança nas condutas e permitindo o uso da imaginação diante de novos
desafios.
A dança, como toda atividade humana, é um produto da evolução,
semelhante ao pensamento, que foi desencadeado através de um processo de
seleção culminando no estágio cultural no qual nos encontramos. As etapas
passadas e os estágios culturais anteriores fundamentam o refinamento de
formas, maneiras e estilos do movimento humano. Estas etapas influenciaram
vitalmente o espírito para a expressão de sentimentos e emoções, permitindo
ao ser humano estar aberto a contínuas transformações. A nível cognitivo
espera-se estímulos na memória, na percepção, compreensão e persistência.
A nível psicomotor almeja-se o domínio do próprio corpo, a agilidade e o
posicionamento firme e seguro diante das circunstâncias, o que sugere o
desenvolvimento de uma verdadeira personalidade.
O reconhecimento da arte como fator de educação é recente. Apesar
deste veículo já ter sido mencionado há muitos séculos por PLATÃO, mesmo
não tendo um emprego prático no seu contexto.
Outros
pensadores
como
RUSSEAU,
KANT,
LOCKE
entre
outros
defenderam uma pedagogia voltada para o prazer e educação como um todo a
despertar interesse.
Muitos nomes da História da Educação contribuíram para a idéia de que
a educação, deve realizar-se através da experiência e da liberdade de
expressão, tendo por base o prazer de criar e produzir dentro da realidade da
vida prática.
Não é a perfeição artística, ou a criação e execução de danças sensacionais que temos como
finalidade primordial, mas sim os efeitos benéficos que a atividade criativa do movimento
exerce sobre o aluno (LABAN, 1978, p. 46).
Importância do movimento e ritmo no desenvolvimento da criança
O comportamento motor
HARROW (1983),
em sua Toxionomia do Domínio Psicomotor adverte
que os comportamentos dos alunos não incidem exatamente dentro de um dos
três compartimentos isolados do domínio da aprendizagem; ele se comporta
como um todo integrado.
A análise das variáveis biológicas e sócio-psicológicas da criança em
termos de maturação, crescimento e desenvolvimento são aporte para o
conhecimento básico do educando e para a elaboração dos objetivos
comportamentais.
parece haver um crescente interesse por uma compreensão mais profunda da criança
e de seu domínio psicomotor. em alguns casos, os educadores investigam a relação
entre o desenvolvimento percepto-motor e o desempenho escolar de crianças
(HARROW, 1983, p. 18).
Na dança, a criança conta, com padrões de movimentos básicos a
partir das estruturas já existentes e a criatividade se dará relacionando as
capacidades
perceptivas
que
consideramos
resultado
da
maturação
neurológica e das experiências de aprendizagem anterior. A partir de
experiências significativas que esclarecem o ritmo de maturação, crescimento e
desenvolvimento do educando e que os objetivos propostos funcionarão como
pré-requisitos para a aprendizagem posterior.
A instrução artística é integrativa com as demais disciplinas, oferecendo
ampla possibilidade de conversão em textos e contextos promotores da
construção do conhecimento.
A dança criativa para crianças inclui a exploração de seu potencial
motor, baseado em seus padrões de movimentos básicos e fundamentais e, a
partir daí, o professor elabora objetivos com variações ou exercícios de
padrões específicos que a criança tenta alcançar em níveis progressivamente
mais altos dentro de uma continuidade.
Mencionamos
os
quatro
princípios
básicos
relacionados
no
desenvolvimento da motricidade na primeira fase de vida da criança. O primeiro
princípio básico se relaciona ao desenvolvimento do comportamento motor que
ocorreu na direção céfalo-caudal. O segundo princípio se relaciona aos
movimentos que se desenvolvem em sentido próximo-distal, ou seja,
movimentos próximos ao eixo do corpo. O terceiro princípio se refere a
movimentos manipulatórios que inicialmente se caracterizam por movimentos
de pressão e sustentação, evoluindo para manipulação precisa, das mãos. O
quarto princípio, refere-se ao movimento se desenvolve como na interação
neuromotora recíproca, uma leve regressão para logo continuar progredir.
Analisando estes princípios veremos que as atividades de dança são
iniciadas por experiências motóricas partindo da cabeça para os membros
inferiores pela consciência do eixo central do corpo e os vários segmentos da
coluna. Passando a explorar movimentos próximo ao eixo do corpo e
posteriormente aplicar atividades próprias à coordenação dos segmentos
corporais fazendo uso consciente das possibilidades e limitações corporais,
sempre
atentando
para
as
diferenças
individuais,
na
avaliação
do
desenvolvimento da motricidade da criança.
Teoria dos movimentos
Na análise pertinente ao domínio psicomotor, HARROW (1983) considera
três tipos básicos de movimentos: translação, quando todas as partes do corpo
se movem com a mesma direção e velocidade; rotação, quando o corpo move
nos círculos concêntricos em torno de um eixo e oscilação, quando o corpo
balança dentro de limites fixos para frente e para trás em movimentos
pendulares.
Os movimentos classificam-se da seguinte forma: postural, movimento
que regula a posição do corpo; locomotor, ação de deslocamento do corpo no
espaço ao rodar e correr e movimentos manipulativos.
Consideramos diferenças entre movimento e comportamento motor.
Chama-se movimento, qualquer ação externa observável e de motor os
impulsos internos eferentes. Consideramos também ser o movimento orientado
por fins iniciado pelo indivíduo no sentido de alcançar um objetivo, comunicar
uma idéia ou um conceito, expressar um sentimento ou uma emoção. São
limitados pelo nível de habilidade funcional do corpo e pelas restrições
determinadas pelas leis físicas de equilíbrio.
O objetivo da arte do movimento é a eficiência motora cujo principal desafio
consiste em conduzir prazerosamente o educando a descobrir como movimentarse com maior eficiência possível.
O corpo humano está evolutivamente defasado em relação ao avanço
científico e tecnológico, levando a buscas obsessivas pelas fronteiras das
possibilidades motoras, objetivando um eficientismo máximo.
As abordagens acima, tiveram o propósito de oferecer um referencial
teórico para ampliar a visão do domínio psicomotor na elaboração dos objetivos
da dança como veículo complementar da educação fundamental. O processo
de dança/educação proporciona uma complexidade e variedade de condições
como intuito de dar maior eficácia no ensino, centrando-se no que considera-se
essencial e significativo para viabilizar as exigências fundamentais que
conduzem aos objetivos da educação atual.
Relações entre educação e arte
Partindo do princípio de que a integração social do indivíduo se faz por
meio da educação esta deve se realizar em todos os seus aspectos. Buscamos
meios que desenvolvam o sentimento, a intuição, a sensibilidade e o pensamento
divergente, harmonizando-os para que cada indivíduo forme uma personalidade
integrada.
Considerando que a arte é a expressão legítima de um tipo de
personalidade mental. Dois princípios envolvem esta definição: o da forma que deriva de nossa opinião do mundo orgânico e do aspecto universal de
todas as obras artísticas; o princípio da criação - peculiar a mente humana e
que leva a criar e apreciar a criação de símbolos.
O movimento educacional pela arte adquiriu consciência de seus
objetivos progressivamente. A nova conceituação de criatividade, vinculado e
existente em qualquer tipo de produção, fez mudar a atitude da Escola em
relação à Arte.
A inclusão da arte na educação formal visa através das tendências
individuais, encaminhar a formação do gosto, estimular a inteligência e
contribuir para a formação da personalidade do educando. Educado será
aquele que realiza plenamente sua individualidade, dentro da totalidade
orgânica da sociedade a que pertence.
A educação pela arte é um caminho importante e seguro para
formação da personalidade diferenciada dos indivíduos. Libera as energias e
as capacidades infantis e promove o desenvolvimento harmonioso das crianças
como um todo, em todas as áreas: comunicativa, social, afetiva e também em
relação
ao
pensamento
crítico
e
científico
pelas
possibilidades
de
interdisciplinariedade que as artes são dotadas.
Muitos filósofos e educadores, da antigüidade, se dedicaram a
proclamar as vantagens pedagógicas da atividade artística, sem contudo, obter
outros progressos a não ser no campo intelectualista. Na segunda metade do
século XIX, passaram a combater os métodos abstratos e acadêmicos da
aprendizagem artística e, também, a preocupação de se exigir, sobretudo nas
representações gráficas infantis, o rigor e a exatidão realista das produções de
indivíduos adultos. Os movimentos de renovação artística, iniciados na
segunda década do século passado, os estudos de psicologia infantil, as
doutrinas da Escola Nova e, sobretudo, as pesquisas antropológicas
imprimiram nova conceituação à atividade criadora, e seus reflexos se fizeram
sentir, por fim, na Pedagogia e na metodologia didática, abolindo os processos
mecânicos e colocando, em primeiro plano, a atividade criadora expressiva.
Nessa renovação desempenharam papel importante educadores como
LASCARIS, NEUMANN, SPENCER, ROUMA, DEWEY, LEOWENFELD, FLORENCE CANE,
MARION RICHARDSON e
outros.
A atividade artística na Escola passou a ser um processo ou conjunto
de processos que permite não só a avaliação do desenvolvimento mental do
indivíduo, como também, estimula a sua capacidade criadora, além de
constituir-se num fator poderoso de disciplina, precisão e segurança para a
inteligência.
Para as crianças, criar significa explorar, vivenciar, investigar e
descobrir. As formas como elas organizam seus processos expressivo mudam
com o crescimento, estabelecendo relações cognitivas diferenciadas a cada
fase. O ponto de referência de uma criança para a criação é sua situação
interna e com a maturação há influências das normas culturais interagindo com
a realidade na busca da identidade e a estruturação da personalidade.
Os processos criadores são processos construtivos globais, envolvem
a personalidade toda, o modo como a pessoa diferencia-se em si e ordena-se
em si, para depois relacionar-se com os outros. Criar é tão estrutural quanto
comunicar-se, é integrar significados e transmiti-los. Ao criar, procuramos
atingir uma realidade mais profunda do conhecimento das coisas (OSTROWER,
1983). A
criação, transforma-se de dentro para fora: é a busca da integralidade.
Considerando a criatividade um potencial de ordem geral, originado na
sensibilidade, é uma capacidade inerente ao ser humano. Considerando a
criação um potencial que tem caráter específico, pois envolve a transformação
de determinada matéria com determinadas qualidades e possibilidades formais,
ordenando-as em formas novas. A criança ao transformar, também se
transforma, percebe as transformações e sobretudo, se percebe nelas. A
ordenação interior e a auto dominação ampliam a consciência de ser, pois,
criar representa uma necessidade que corresponde a compreensão da própria
vida.
Disto decorre a importância da arte enquanto criação e parte do
conhecimento humano.
Considerações finais
A dança tem um grande significado emocional para o ser humano. A
educação pela arte do movimento conduz ao amor pela beleza em todas as
suas formas, modela e desenvolve um senso estético e crítico na criança e no
adolescente, e estas serão suas armas diante da complexidade da atualidade,
onde a globalização exige uma educação apurada e abrangente.
O ensino em geral possui um duplo aspecto, a instrução e a educação.
Estes aspectos jamais podem se desvincular e o educador deve considerá-los
em todas as atividades atentando para a personalidade de cada um dos
educandos e muito conscientemente torná-los parte do mesmo processo.
Desenvolver a imaginação e a criatividade do educando é o objetivo da
dança como complemento escolar . Esta prática, como complemento escolar,
deve despertar o interesse e a curiosidade do aluno em relação a dança e por
conseqüência a todas as outras expressões artísticas. O aluno deve produzir
resultados, respondendo consciente ao apelo físico e emocional requerido
dentro desta prática. Deste modo a atividade física é o melhor meio para
edificar esta finalidade, pois permitirá ao aluno fazer uso de todos os sentidos e
de toda a sua capacidade de expressão.
Os objetivos de qualquer ensino partem da intenção determinada pela
sociedade ou pela comunidade escolar, que envolve professores pais e alunos.
O meio usado para tal difusão de informações é a escola, pois permite moldar
o indivíduo de acordo com a exigência social. A escola tem a função de
determinar e fixar os objetivos da ação, desencadeando o processo de ensino,
que culminará na postura que o aluno toma diante da vida. A disciplina de
dança prioriza a educação do ser humano no conhecimento de seu próprio
interior e no domínio de seu corpo, levando a uma estabilidade emocional e a
um controle gradual das reações primitivas. Tornar eficiente o convívio social e
embasar o indivíduo para o contato com a cultura certamente torna o homem
mais feliz.
Cronograma das atividades de pesquisa
Março/99 – Julho/99
•
Levantamento e revisão bibliográfica;
•
Aulas das disciplinas obrigatórias
Agosto/99 – dezembro/99
•
Aulas das disciplinas obrigatórias;
•
Levantamento de dados para avaliação;
•
Criação do instrumento para avaliar e coletar os dados da avaliação.
Março/2000-Julho/2000
•
Aplicação de questionários e entrevistas da avaliação.
Agosto/2000-Dezembro/2000
•
Análise e descrição dos dados de avaliação;
•
Conclusão e defesa do projeto.
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