FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA Projeto de Pesquisa da Primeira Série Série: Primeira Curso: Eletrotécnica Turma: 2112 Sala: 234 Início: 02 de junho de 2009 Entrega: 17 de julho de 2009 Aluno: Aline Bernardes da Costa (01) Aluno: Gabriela Garcia (13) Aluno: Kristoffer Monteiro (20) Aluno: Wylliam T. G. Schwarz (32) Orientador: Prof. Joni Matzenbacher ANEL VOADOR 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho, o nosso objetivo é reconstituir um dos projetos escolhidos pelo grupo em um passeio organizado pelo professor da matéria de Projetos, Luiz André Mützenberg, da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, ao Museu de Ciências Tecnológicas da PUC. Nosso trabalho consiste na escolha de um dos três projetos que o grupo preparou, para aprofundarmos nossas pesquisas e conseguir concluí-lo com eficiência. A experiência escolhida foi um Anel Voador, onde, dele, nós arquitetamos uma pesquisa mais clara, e detalhada, que virá a seguir. 1.1 Tema O tema escolhido para este projeto é o campo magnético, corrente elétrica. Esta experiência foi escolhida por que aborda algumas leis interessantes de sistemas de indução, repulsão. Para realização deste experimento devemos organizar este trabalho para no final conseguirmos pô-lo em prática. Para a construção do projeto, iremos pesquisar mais detalhadamente sobre como obter os equipamentos; com custos mais baixos, facilitando assim a realização do mesmo pelo nosso grupo. 1.2 Justificativa(s) Devido à dificuldade dos alunos a aprenderem algumas leis da eletricidade e da falta de interesse por algumas áreas importantes do ensino como a do magnetismo, o Anel de Thompson proporciona um incentivo ao aprendizado, sendo uma pratica de laboratório simples, onde ocorre a levitação magnética do anel. Por exemplo, alguns autores apresentam explicações como às seguintes: “a polaridade do campo magnético gerado pela argola é idêntica à polaridade do campo gerado na bobina do primário, resultando então uma força de repulsão entre ambos” (Araújo e Müller, 2002; p.118) ou “o campo magnético dessa corrente induzida (corrente induzida na argola) se opõe ao campo magnético da bobina” (Walker, 1990; p. 470). Ou seja, o que precisa ser explicado é como ocorre a repulsão ou atração da bobina secundária. 1.3 Delineamento Nossa experiência consiste em aprofundar em pesquisas nas leis que geram o movimento do anel de Thompson, para se possível achar respostas de como se gera o movimento da bobina secundária, através de que o campo elétrico faz a indução para que haja corrente elétrica no anel que o faz saltar, se as forças de atração e repulsão são geradas por causa da corrente elétrica através do magnetismo. Nesta pesquisa também, procuramos saber em que momento as forças magnéticas estão sendo atraído ou repulsivo, procurar detalhadamente sobre as formulas usadas para calcular as mesmas, procurar saber os custos dos equipamentos, para mais tarde podermos colocá-lo em pratica. Logo após os resultados, pretendemos nos informar sobre outros meios de equipamentos como materiais recicláveis, procurando montá-lo de uma forma diferente e com baixo custo. 1.4 Problema Porque a corrente induzida provoca o movimento da bobina secundária (Anel de Thompson)? 1.5 Hipótese(s) 1.6 No estudo da Física, afirmado pela Lei de Newton diz-se que, para toda a ação existe uma reação. Assim como na Física, na Eletricidade não é diferente. Como confirma na Lei de Lenz, ao acionarmos a chave, a tensão gera um campo elétrico em volta da bobina que acaba por criar uma corrente elétrica induzida com força de atração ou repulsão em volta do Anel de Thompson, fazendo com que o mesmo, tenha este movimento. Esta Lei diz que, ao ligar a fonte de tensão, irá gera um campo em volta do anel, o mesmo, com a ação concebida, irá ter uma reação, movimentando-se então, para cima. Uma bobina e uma espira próximas uma da outra podem interagir atrativa ou repulsivamente quando percorridas por correntes elétricas. Desta forma, uma explicação satisfatória para a levitação, deverá reconhecer a possibilidade da existência desses dois efeitos. 1.7 Objetivo(s) Construir um transformador de núcleo aberto, com uma bobina primaria de 250 a 300 espiras de fios grossos que movimentarão uma única bobina secundária, aplicando a Lei de Lenz. 1.7.1 Critérios do projeto - A argola é posicionada ao redor de um longo núcleo de ferro-doce, instalado em uma bobina que é alimentada com tensão alternada. - Essa demonstração é conhecida como “anel saltante” ou “anel de Thompson”, em homenagem ao físico norte-americano Elihu Thompson, que a inventou no século XIX. - A bobina primária é constituída por 250 a 300 espiras, alimentada em 127 V e 60 Hz. - A bobina secundária consiste em uma argola de alumínio que levita em função de correntes elétricas induzidas nessa argola. - O núcleo é de ferro, e foi montado empilhando três núcleos convencionais. 2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA 2.1 Contextualização teórica Uma fascinante demonstração sobre eletromagnetismo é “o anel voador” feito de uma argola de alumínio. A argola é posicionada ao redor de um longo núcleo de ferro-doce, instalado em uma bobina que é alimentada por tensão alternada. Essa demonstração é conhecida como “anel de Thompson”, em homenagem ao físico norte-americano Elihu Thompson, que a inventou no século XIX. Quando a bobina está conectada à rede elétrica, a corrente induzida na bobina secundária é muito intensa e gera um forte campo magnético em seu interior. A lei de Lenz aplicada ao sentido dessa corrente justifica a concordância das polaridades desses dois campos (o indutor e o induzido) e a conseqüente força de repulsão que surge no anel, fazendoo saltar. Obviamente no sistema indutor (núcleo e bobina primária) aparece a reação dessa força de repulsão, comprimindo o sistema contra a mesa. Heinrich Friedrich Emil Lenz (1804 – 1865) foi um Físico Russo que formulou a lei de Lenz, em 1833. Esta lei especifica a direção da f.e.m (força eletromagnética) induzida devido a um campo magnético variante. A Lei de Lenz estabelece que a corrente induzida numa bobina condutora circular fechada, devido a uma variação do Campo Magnético através dessa bobina circular fechada, tem um sentido tal que o Campo gerado pela Corrente Induzida tende a contrabalançar a variação do campo magnético que induz a corrente. A Lei de Lenz pode ser ilustrada com uma bobina ligada a uma fonte de alimentação e um anel colocado no topo, Figura 1. Figura 1 Demonstração do anel voador com uma argola (1a) e com duas (1b). Quando a fonte é ligada instantaneamente, uma forte corrente elétrica passageira flui através da bobina, que se encontra por baixo do anel. Esta corrente passageira, na bobina, gera um campo magnético com sentido para cima, cuja grandeza aumenta rapidamente, e que é perpendicular ao plano do anel voador. Na base, uma forte corrente elétrica induzida começa a circular no anel. Esta oposição cria uma repulsão (como dois pólos iguais colocados frente a frente) e o anel salta para cima. 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para conseguirmos realizar esta pesquisa, foi preciso estudar detalhadamente cada assunto que envolvia nosso trabalho (anel de Thompson). Alguns dos recursos usados para a prática do projeto serão: 3.1 Lei de Faraday Faraday, baseando-se nos trabalhos de Oersted (1777-1851) e Ampère, em meados de 1831, começou a investigar o efeito inverso do fenômeno por eles estudado, onde campos magnéticos produziam correntes elétricas em circuitos. Faraday descobriu que um campo magnético estacionário próximo a uma bobina, também estacionária e ligada a um galvanômetro, não acusa a passagem de corrente elétrica. Observou, porém, que uma corrente elétrica temporária era registrada no galvanômetro quando o campo magnético sofria uma variação. Este efeito de produção de uma corrente em um circuito, causado pela presença de um campo magnético, é chamado de indução eletromagnética e a corrente elétrica que aparece é denominada de corrente induzida. 3.2 Lei de Lenz Energia cinética é a energia de movimento. A Lei de Lenz consiste na lei proposta pelo russo Heinrich Lenz, que diz que, a corrente induzida tem sentido oposto ao sentido da variação do fluxo magnético que a produziu. Sua lei é expressa assim: Quando o fluxo indutor está aumentando, o fluxo induzido tem sentido oposto; quando o fluxo indutor está diminuindo, o fluxo induzido tem o mesmo sentido que o fluxo indutor. 3.3 Indução eletromagnética Indução eletromagnética consiste na transformação de energia mecânica em energia elétrica. Esta energia foi criada para a geração de energia elétrica, que alimentaria as grandes indústrias. O transformador é um exemplo de aparelho que produz indução eletromagnética. 3.4 Transformadores Um transformador é um dispositivo destinado a transmitir energia elétrica ou potência elétrica de um circuito à outro, transformando tensões, correntes e ou modificando um circuito elétrico. Trata-se de um dispositivo de corrente alternada que opera baseado nos princípios eletromagnéticos da Lei de Faraday e da Lei de Lenz. O transformador consiste de duas ou mais bobinas e um circuito magnético, que "acopla" essas bobinas. Há uma variedade de transformadores com diferentes tipos de circuito, mas todos operam sobre o mesmo princípio de indução eletromagnética. 4 METODOLOGIA Para saber por que a corrente induzida provoca o movimento da bobina secundária será preciso uma pesquisa detalhada sobre corrente induzida e quais seus efeitos. 4.1 Proposta de solução Para construir este projeto, serão necessários materiais como Um anel de alumínio, uma bobina secundária de 250 a 300 espiras, um núcleo de ferro, um pedaço de ferro doce, uma chave gangorra e alguns pedaços de fios com pinos banana. No processo de montagem, a bobina deve ser fixada em um tripé, ou em uma mesa. Dentro desta é colocado o núcleo de ferro e o ferro doce. São conectados à bobina, fios longos com pinos banana, e a estes pinos uma chave gangorra, ou um botão de liga/desliga para poder acionar quando necessário. Para fazer o anel de alumínio “voar”, é necessário colocar o ferro doce dentro do anel e acionar o botão. Na prática é fácil, mais existe uma explicação detalhada de como acontece. Segundo a lei de Lenz, o sentido da corrente é o oposto da variação do campo magnético que a deu origem. Havendo diminuição do fluxo magnético, a corrente criada gerará um campo magnético de mesmo sentido do fluxo magnético da fonte. Havendo aumento, a corrente criada gerará um campo magnético oposto ao sentido do fluxo magnético da fonte. Figura 2: exemplo do Anel de Thompson na prática. 4.2 Orçamento Para a construção do projeto, serão usados muitos materiais doados, mas alguns terão de ser comprados pelo grupo. Tabela 1.Orçamento dos materiais necessários para a experiência. Orçamentos Material Melhor Custo Tornearia Mercado Eletrobiz Preço Femax Livre Doação Anel de Alumínio R$ 128,00/ Bobina Secundária R$ 76,00 R$ 76,00 R$ 76,00 de 250/300 espiras Doação Doação Ferro Doce Chave Gangorra 4.3 R$ 173,00 - - Total R$ 76,00 Cronograma Tabela 2.Previsão de prazos para execução das atividades do projeto. Tabela 3.Cronograma para execução do projeto Abr. Jun. Jul. Ago. Set. Dez. 16 a 31 01 a 15 x 16 a 30 x Nov. 01 a 15 x 16 a 31 16 a 30 x Out. 01 a 15 01 a 15 16 a 31 01 a 15 16 a 31 01 a 15 16 a 30 01 a 15 16 a 31 01 a 15 16 a 30 01 a 15 Atividades Escolha do projeto Pesquisa detalhada do Mai. x x x x X x Projeto Compra dos materiais necessários Montagem do projeto x x x REFERÊNCIAS ARAÚJO, M. S. T. e MÜLLER, P. “Levitação magnética”: uma aplicação do eletromagnetismo. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v.19, n.1: p. 115-120, 2002. FORD, P. J. e SULLIVAN, R. A. L. The jumping ring experiment revisited. Physics Education, UK, v.26, p. 380-382, 1991. HALL, J. Forces on the jumping ring. The Physics Teacher, vol.35, p. 80-83, 1997. LALANDE, A. Vocabulário técnico e crítico da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1993. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica 3 Eletromagnetismo. São Paulo: Edgar Blücher, 1997. QUINTON, A R. The ac repulsion demonstration of Elihu Thomson. The Physics Teacher, v.17, p. 40-42, 1972. SUMNER, D. J. E THAKKAR, A. K. Experiments with a ‘jumping ring’ apparatus. Physics Education, UK, v.7, n. 4, p. 238-242, 1972. WALKER, J. O grande circo da Física. Lisboa: Gradiva, 1990.