SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR NADER ALVES DOS SANTOS SÉRIE/ANO: 9º TURMA(S): A,B,C,D,E DISCIPLINA: GRAMÁTICA DATA: ____ / ____ / 2017 PROFESSOR (A): CLEICIA SILVA ALUNO (A):_____________________________________________________________________________ Nº_______ ATIVIDADES FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO. Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita: ideias emoções ordens apelos. A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada. Exemplos: O Brasil possui um grande potencial turístico. Espantoso! Não vá embora. Silêncio! Observação: a frase que não possui verbo denomina-se Frase Nominal. Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seu início e seu fim. A entoação pode vir acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser complementada pela situação em que o falante se encontra. Esses fatos contribuem para que frequentemente surjam frases muito simples, formadas por apenas uma palavra. Observe: Rua! Ai! Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompanhadas de gestos peculiares, são suficientes para satisfazer suas necessidades expressivas. Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação, os quais procuram sugerir a melodia frasal. Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo próprio texto, o que acaba tornando necessário que as frases escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa maior complexidade linguística leva a frase a obedecer as regras gerais da língua. Portanto, a organização e a ordenação dos elementos formadores da frase devem seguir os padrões da língua. Por isso é que: As meninas estavam alegres constitui uma frase, enquanto: Alegres meninas estavam as. Não é considerada uma frase da língua portuguesa. Tipos de Frases Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados se atentarmos para o contexto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase "Que educação!", usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do que aparentemente diz. A entoação é um elemento muito importante da frase falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de pontuação podem agir como definidores do sentido das frases. Veja: Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem. São elas: a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou indireta. Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta) Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta) b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um conselho ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas. Faça-o entrar no carro! (Afirmativa) Não faça isso. (Negativa) c)Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação ligeiramente prolongada. Por Exemplo: Que prova difícil! É uma delícia esse bolo! d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas. Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa) Ela não está em casa. (Negativa) e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo. Seção de Recursos Didáticos - Mecanografia Por Exemplo: Deus te acompanhe! Bons ventos o levem! De acordo com a construção, as frases classificam-se em: Frase Nominal: é a frase construída sem verbos. Exemplos: Fogo! Cuidado! Belo serviço o seu! Trabalho digno desse feirante. Frase Verbal: é a frase construída com verbo. Por Exemplo: O sol ilumina a cidade e aquece os dias. Os casais saíram para jantar. Estrutura da Frase As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós. O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar". O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo da declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicado verbal(ocorre nas frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum nome, teremos um predicado nominal(ocorre nas frases nominais que possuem verbo de ligação). Observe: O amor é eterno. O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor", ou seja, o predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o nome "eterno". Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa com o verbo "jogam". O predicado é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal. Oração Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário: - que o enunciado tenha sentido completo; - que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal). Por Exemplo: Camila terminou a leitura do livro. Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração desempenha uma função sintática. Atenção: Nem toda frase é oração. Por Exemplo: Que dia lindo! Esse enunciado é frase, pois tem sentido. Período Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto. Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta. Exemplos: - O amor é eterno. - As plantas necessitam de cuidados especiais. -Quero aquelas rosas. Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações. Exemplos: Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias. -Quero aquelas flores para presentear minha mãe. EXERCÍCIO 02 ( Valor 0,5) QUESTÃO 01- Leia o texto e responda as questões abaixo: Espelho no cofre De volta de uma longa peregrinação, um homem carregava sua compra mais preciosa adquirida na cidade grande: um espelho, objeto até então desconhecido para ele. Julgando reconhecer ali o rosto do pai, encantado, ele levou o espelho para sua casa. Guardou-o num cofre no primeiro andar, sem dizer nada a sua mulher. E assim, de vez em quando, quando se sentia triste e solitário, abria o cofre para ficar contemplando “o rosto do pai”. Sua mulher observou que ele tinha um aspecto diferente, um ar engraçado, toda vez que o via descer do quarto de cima. Começou a espreitá-lo e descobriu que o marido abria o cofre e ficava longo tempo olhando para dentro dele. Depois que o marido saiu, um dia ela abriu o cofre, e nele, espantada, viu o rosto de uma mulher. Inflamada de ciúme, investiu contra o marido e deu-se então uma grave briga de família. O marido sustentava até o fim que era o seu pai quem estava escondido no cofre. Por sorte, passava pela casa deles uma monja. Querendo esclarecer de vez a discussão, ela pediu que lhe mostrassem o cofre. Depois de alguns minutos no primeiro andar, a monja comentou ainda lá de cima: — Ora, vocês estão brigando em vão: no cofre não há Seção de Recursos Didáticos - Mecanografia homem nem mulher, mas tão somente uma monja como eu! ESPELHO no cofre. In: Os cem melhores contos de humor da literatura universal. Seleção e tradução de Flávio Moreira da Costa. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. p. 29-30. a) O gênero textual predominante no texto é : ( ) a notícia ( ) a fábula ( ) O conto ( ) O artigo de opinião b) Em que consiste o humor do texto? ( ) No homem reconhecer, no espelho, o rosto do pai. ( ) Na mulher ver, no espelho, o rosto de uma mulher. ( ) Na monja reconhecer, no espelho, outra monja, como ela. ( ) No fato de que nenhuma das personagens conhece ou sabe para que serve um espelho. QUESTÃO 02- A palavra espreitar, no texto, tem como sinônimo: a) Indagar. b) Espremer. c) Vigiar d) Olhar. QUESTÃO 03 - Em “Encantado, julgou reconhecer o rosto do pai”, percebe-se que: a) O homem gostou de ter encontrado seu pai. b) O homem havia comprado um espelho. c) O homem parecia-se com o pai. d) No espelho havia o retrato de seu pai. QUESTÃO 04 Na oração “Querendo esclarecer de vez a discussão, ela pediu que lhe mostrassem o cofre”, temos: a) Um período simples b) Uma frase nominal c) Um período composto d) Uma frase interrogativa indireta e) Um frase declarativa negativa QUESTÃO 05 Releia: “O marido sustentava até o fim que era o seu pai quem estava escondido no cofre”. O sujeito da oração é: a) O marido- Sujeito Simples b) O Pai- Sujeito Simples c) Sujeito Indeterminado d) Sujeito Implícito e) Oração sem sujeito QUESTÃO 06 Leia as tirinhas abaixo e responda às questões: a) Há frases nominais? _______________. b) Quantas orações há no 1º balão? ___________. E no último balão? _____________. Seção de Recursos Didáticos - Mecanografia c) Classifique o período “Sonhei que você pegou o coelhinho da Mônica e deu um baita nó nas orelhas dele!”. __________________________________________________________________________________________ Pintou no ENEM QUESTÃO 07 (ENEM,2012) Lugar de mulher também é na oficina. Pelo menos nas oficinas dos cursos da área automotiva fornecidos pela Prefeitura, a presença feminina tem aumentado ano a ano. De cinco mulheres matriculadas em 2005, a quantidade saltou para 79 alunas inscritas neste ano nos cursos de mecânica automotiva, eletricidade veicular, injeção eletrônica, repintura e funilaria. A presença feminina nos cursos automotivos da Prefeitura — que são gratuitos — cresceu 1 480% nos últimos sete anos e tem aumentado ano a ano. Disponível em: www.correiodeuberlandia.com.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado). Na produção de um texto, são feitas escolhas referentes a sua estrutura, que possibilitam inferir o objetivo do autor. Nesse sentido, no trecho apresentado, o enunciado “Lugar de mulher também é na oficina” corrobora o objetivo textual de A) demonstrar que a situação das mulheres mudou na sociedade contemporânea. B) defender a participação da mulher na sociedade atual. C) comparar esse enunciado com outro: “lugar de mulher é na cozinha”. D) criticar a presença de mulheres nas oficinas dos cursos da área automotiva. E) distorcer o sentido da frase “lugar de mulher é na cozinha”. QUESTÃO 08 (ENEM,2011) O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes Filósofos ao longo dos tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do Envelhecimento. Cícero nota, primeiramente, que todas as idades têm seus encantos e dificuldades. E depois aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. Ler as palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do tempo. NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. 28 abr. 2008. O autor discute problemas relacionados ao envelhecimento, apresentando argumentos que levam a inferir que seu objetivo é A) esclarecer que a velhice é inevitável. B) contar fatos sobre a arte de envelhecer. C) defender a ideia de que a velhice é desagradável. D) influenciar o leitor para que lute contra o envelhecimento. E) mostrar às pessoas que é possível aceitar, sem angústia, o envelhecimento. VARIAÇÃO LÍNGUÍSTICA Você sabe o que é variação linguística? A variação linguística é um fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida por intermédio das variações históricas e regionais. Em um mesmo país, com um único idioma oficial, a língua pode sofrer diversas alterações feitas por seus falantes. Como não é um sistema fechado e imutável, a língua portuguesa ganha diferente nuance. O português que é falado no Nordeste do Brasil pode ser diferente do português falado no Sul do país. Claro que um idioma nos une, mas as variações podem ser consideráveis e justificadas de acordo com a comunidade na qual se manifesta. As variações acontecem porque o princípio fundamental da língua é a comunicação, então é compreensível que seus falantes façam rearranjos de acordo com suas necessidades comunicativas. Os diferentes falares devem ser considerados como variações, e não como erros. Quando tratamos as variações como erro, incorremos no preconceito linguístico que associa, erroneamente, a língua ao status. O português falado em algumas cidades do interior do estado de São Paulo, por exemplo, pode ganhar o estigma pejorativo de incorreto ou inculto, mas, na verdade, essas diferenças enriquecem esse patrimônio cultural que é a nossa língua portuguesa. Leia a letra da música “Samba do Arnesto”, de Adoniran Barbosa, e observe como a variação linguística pode ocorrer: Samba do Arnesto O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás Nós fumos não encontremos ninguém Nós voltermos com uma baita de uma reiva Da outra vez nós num vai mais Nós não semos tatu! No outro dia encontremo com o Arnesto Seção de Recursos Didáticos - Mecanografia Que pediu desculpas mais nós não aceitemos Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa Mas você devia ter ponhado um recado na porta Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância, Assinado em cruz porque não sei escrever. Há, na letra da música, um exemplo interessante sobre a variação linguística. É importante ressaltar que o código escrito, ou seja, a língua sistematizada e convencionalizada na gramática não devem sofrer grandes alterações, devendo ser preservado. Já imaginou se cada um de nós decidisse escrever como falamos? Um novo idioma seria inventado, aboliríamos a gramática e todo o sistema linguístico determinado pelas regras cairia por terra. Contudo, o que o compositor Adoniran Barbosa fez pode ser chamado de licença poética, pois ele transportou para a modalidade escrita a variação linguística presente na modalidade oral. As variações linguísticas acontecem porque vivemos em uma sociedade complexa, na qual estão inseridos diferentes grupos sociais. Alguns desses grupos tiveram acesso à educação formal, enquanto outros não tiveram muito contato com a norma culta da língua. Podemos observar também que a língua varia de acordo com suas situações de uso, pois um mesmo grupo social pode se comunicar de maneira diferente, de acordo com a necessidade de adequação linguística. Tipos de Variações Linguísticas Há diversos tipos de variações linguísticas segundo o campo de atuação: Variações Geográficas: está relacionada com o local em que é desenvolvida, por exemplo, as variações entre o português do Brasil e de Portugal. Variações Históricas: ela ocorre com o desenvolvimento da história, por exemplo, o português medieval e o atual. Variações Sociais: são percebidas segundo os grupos (ou classes) sociais envolvidos, por exemplo, um orador jurídico e um morador de rua. Variação Situacional: ocorre de acordo com o contexto o qual está inserido, por exemplo, as situações formais e informais. EXERCÍCIO 03 (Valor: 1,0) QUESTÃO 01- Leia o texto abaixo: Tipos de assaltantes • Assaltante nordestino: — Ei, bichim… Isso é um assalto… Arriba os braços e num se bula nem faça muganga… Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora! Perdão, meu Padim Ciço, mas é que eu to com uma fome da moléstia… • Assaltante mineiro: — Ô sô, prestenção… Isso é um assarto, uai… Levanta os braço e fica quetim quesse trem na minha mão tá cheio de bala… Mió passá logo os trocado que eu num tô bão hoje. Vai andando, uai! Tá esperando o quê, uai? • Assaltante gaúcho: — Ô, guri, ficas atento… Bah, isso é um assalto… Levantas os braços e te aquietas, tchê! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa as pilas pra cá! E te manda a La cria, senão o quarenta e quatro fala. • Assaltante carioca: — Seguinte, bicho… Tu te deu mal. Isso é um assalto. Passa a grana e levanto os braços, rapá… Não fica de bobeira que eu tiro bem pra… Vai andando e, se olhar pra trás, vira presunto… • Assaltante baiano: — Ô, meu rei… (longa pausa) Isso é um assalto… (longa pausa) Levanta os braços, mas não se avexe não… (longa pausa) Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado… Vai passando a grana, bem devagarinho… (longa pausa) Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado… Não esquenta, meu irmãozinho! (longa pausa) Vou deixar teus documentos na encruzilhada… • Assaltante paulista: — Orra, meu… Isso é um assalto, meu… Alevanta os braços, meu… Passa a grana logo, meu… Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta para comprar o ingresso do jogo do Corinthians, meu… Pô, se manda, meu… (Autor desconhecido – Texto circulando na internet) a) Além da linguagem, o texto também revela comportamentos ou hábitos que supostamente caracterizam o povo de diferentes estados ou regiões. Diga o que caracteriza, por exemplo, o nordestino, o baiano e o paulista: Seção de Recursos Didáticos - Mecanografia b) Transcreva de cada uma das cenas duas palavras ou expressões próprias do: nordestino:_______________________________________________ mineiro:_________________________________________________ gaúcho:_________________________________________________ carioca:_________________________________________________ baiano:_________________________________________________ paulista:________________________________________________ QUESTÃO 02 Leia o texto abaixo: Causo de mineirinho Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomano uma pincumel e cuzinhano um kidicarne cumastumate pra fazer uma macarronada cum galinhassada. Quascaí dessusto quanduvi um barui vindedenduforno, parecenum tidiguerra. A receita mandopô midipipoca denda galinha prassá. O forno isquentô, o mistorô e o fiofó da galinhispludiu! Nossinhora! Fiquei branco quinein um lidileite. Foi um trem doidimais! Quascaí dendapia! Fiquei sem sabê doncovim, proncovô, oncontô. Oiprocevê quelocura! Grazadeus ninguém semaxucô! (autor desconhecido) a) O texto acima apresenta aspectos interessantes de variação linguística. Que dialeto é utilizado para construir o humor do texto? ________________________________________________________________________________________ b) Observando a escrita de algumas palavras do texto, deduza: O que caracteriza esse dialeto? ________________________________________________________________________________________ c) Também é possível observar no texto variações de registro, especialmente quanto ao modo de expressão. O texto apresenta marcas da linguagem escrita ou da linguagem oral? Dê alguns exemplos que justifiquem sua resposta: ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 03 Leia a tira e responda as questões abaixo: a) Que variação linguística está sendo usada por Chico Bento e seu pai? Por quê? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ b) Que tipo de linguagem é utilizada nos quadrinhos: verbal, não verbal ou mista? Por quê? ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ c) Reescreva todas as falas fazendo uso da variedade padrão: __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________ QUESTÃ0 04"Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação." Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado. A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é: a) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor social e passa a ser considerada exemplar. b) sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de empobrecimento do léxico. Seção de Recursos Didáticos - Mecanografia c) a modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das adaptações linguísticas produzidas pelos falantes. d) A língua padrão deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda modificação é prejudicial a um sistema linguístico. QUESTÃO 05 Leia a tirinha abaixo e responda: a) Na tirinha acima, Chico Bento e a professora utilizam o mesmo tipo de variedade linguística? Explique da melhor forma possível ___________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ b) Reescreva as falas consideradas inadequadas com relação à norma padrão. ___________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ c) Invente uma possível fala para a professora, após a confissão do Chico Bento. ___________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ QUESTÃO 06 Contudo, a divergência está no fato de existirem pessoas que possuem um grau de escolaridade mais elevado e com um poder aquisitivo maior que consideram um determinado modo de falar como o “correto”, não levando em consideração essas variações que ocorrem na língua. Porém, o senso linguístico diz que não há variação superior à outra, e isso acontece pelo “fato de no Brasil o português ser a língua da imensa maioria da população não implica automaticamente que esse português seja um bloco compacto coeso e homogêneo”. (BAGNO, 1999, p. 18) Sobre o fragmento do texto de Marcos Bagno, podemos inferir, exceto: a) A língua deve ser preservada e utilizada como um instrumento de opressão. Quem estudou mais define os padrões linguísticos, analisando assim o que é correto e o que deve ser evitado na língua. b) As variações linguísticas são próprias da língua e estão alicerçadas nas diversas intenções comunicacionais. c) A variedade linguística é um importante elemento de inclusão, além de instrumento de afirmação da identidade de alguns grupos sociais. d) O aprendizado da língua portuguesa não deve estar restrito ao ensino das regras. e) Segundo Bagno, não podemos afirmar que exista um tipo de variante que possa ser considerada superior à outra, já que todas possuem funções dentro de um determinado grupo social. PINTOU NO ENEM QUESTÃO 07 (Enem 2013) Até quando? Não adianta olhar pro céu Com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer E muita greve, você pode, você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão Virar a cara pra não ver Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer! GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento). Seção de Recursos Didáticos - Mecanografia As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas. c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias. d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial. e) originalidade, pela concisão da linguagem. QUESTÃO 08 (ENEM 2014) Óia eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo pra xaxar Vou mostrar pr’esses cabras Que eu ainda dou no couro Isso é um desaforo Que eu não posso levar Que eu aqui de novo cantando Que eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo mostrando Como se deve xaxar. Vem cá morena linda Vestida de chita Você é a mais bonita Desse meu lugar Vai, chama Maria, chama Luzia Vai, chama Zabé, chama Raque Diz que tou aqui com alegria. (BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em Acesso em 5 maio 2013) A letra da canção de Antônio Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma do falar popular regional é: a) “Isso é um desaforo” b) “Diz que eu tou aqui com alegria” c) “Vou mostrar pr’esses cabras” d) “Vai, chama Maria, chama Luzia” e) “Vem cá, morena linda, vestida de chita” QUESTÃO 09 ( ENEM 2014) Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não! Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas. (POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 – adaptado). Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber (A) descartar as marcas de informalidade do texto. (B) reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla. (C) moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico. (D) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto. (E) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola QUESTÃO 10 ( ENEM 2014) Em bom português No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanhada (aliás, não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo é “a gente”). A própria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso. Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os que falam assim: – Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem. Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saber dizer que viram um filme que trabalha muito bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher. Seção de Recursos Didáticos - Mecanografia (SABINO, F. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984) A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que (A) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas. (B) a utilização de inovações do léxico é percebida na comparação de gerações. (C) o emprego de palavras com sentidos diferentes caracteriza diversidade geográfica. (D) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que pertence o falante. (E) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente em todas as regiões. QUESTÃO 11 ( ENEM 2009) Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo? Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo. Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente? Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco. Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado). Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido: a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade. b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco. c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais). d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo. e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio. QUESTÃO 12 ( ENEM 2010) As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação.Uma das marcas linguísticas que que configuram a linguagem oral informal usada entre avô e neto neste texto é a) a opção pelo emprego da forma verbal “era” em lugar de “foi”. b) a ausência de artigo antes da palavra “árvore”. c) o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal “está”. d) o uso da contração “desse” em lugar da expressão “de esse” e) a utilização do pronome “que” em início de frase exclamativa Seção de Recursos Didáticos - Mecanografia