UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS CENTRO POLITÉCNICO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO ESTUDO DA PROBABILIDADE FUZZY INTERVALAR Por Ana Maria Barbosa Abeijon Trabalho Individual I TI- 2009-2-001 Orientador: Profº. Dr. Antônio Carlos da Rocha Costa PELOTAS, novembro de 2009 DEDICATÓRIA À minha mãe, que proporcionou e incentivou meu estudo, esta conquista, com carinho. AGRADECIMENTOS À DEUS, socorro espiritual, pela minha vida. À meu esposo Claiton e filha Luciele, pela compreensão e paciência. Aos meus colegas de mestrado, pela ajuda. À professora Renata Reiser, pela disposição, carinho e dedicação. À professora Graçaliz, pelo incentivo. Ao professor Rocha, pela acolhida. São vários os nomes que deveriam ser citados neste momento, entretanto permito-me não fazê-lo. Minha gratidão a todos aqueles que estiveram ao meu lado. A ajuda dessas pessoas sempre foi de fundamental importância. A todos, muito obrigado. “É fácil comprovar que o aprendizado do aluno melhora na mesma proporção em que o professor desenvolve suas próprias inteligências”. - HOWARD GARDNER - SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ....................................................................... 5 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ......................................... 6 RESUMO .......................................................................................... 7 ABSTRACT ...................................................................................... 8 INTRODUÇÃO .................................................................................. 9 1.1. Estrutura do Texto ........................................................... 12 1.2. Motivação ........................................................................ 12 1.3. Objetivo Geral .................................................................. 13 1.4. Objetivos Específicos ....................................................... 13 2. ESTUDO DA PROBABILIDADE FUZZY INTERVALAR ............. 14 2.1. Lógica Fuzzy ................................................................... 14 2.2. Operações dos Conjuntos Fuzzy .................................... 15 2.3. Subconjunto Fuzzy .......................................................... 16 2.4. Propriedades Algébricas dos Conjuntos Fuzzy ............... 16 2.5. Características dos Conjuntos Fuzzy .............................. 17 2.6. Propriedades dos alfa-curts ............................................. 19 2.7. Conjunto Fuzzy Normal .................................................... 19 2.8. Conjunto Fuzzy Convexo .................................................. 20 3. NÚMEROS FUZZY ......................................................................... 21 3.1. Tipos de Números Fuzzy .................................................. 21 3.2. Propriedades dos Números Fuzzy .................................... 22 4. LÓGICA FUZZY INTERVALAR .................................................... 24 5. MATEMÁTICA INTERVALAR ....................................................... 26 5.1. Intervalo de Reais ............................................................. 26 5.2. Igualdade de Intervalo de Reais ....................................... 27 5.3. Operações Aritméticas Intervalares .................................. 27 5.4. Propriedades Algébricas da Matemática Intervalar ........... 27 5.5. Propriedades dos Intervalos Simétricos ........................... 28 5.6. Operações com Intervalos ............................................... 29 6. PROBABILIDADE ........................................................................ 30 6.1. Noção de Probabilidade ............................................ 30 6.2. Distribuição de Probabilidades .................................. 30 6.3. Axiomática asProbabilidades .................................... 30 7. PROBABILIDADEINTERVALAR .......................................... 32 7.1.Densidade de Probabilidade ...................................... 33 7.2. Cadeiasde Markov .................................................... 33 7.3. Probabilidades de Transição .................................... 35 7.4. ProcessosEstocásticos ............................................ 37 8. PROBABILIDADEFUZZY ..................................................... 39 8.1. Probabilidade de Eventos Fuzzy ............................. 40 9. CONCLUSÃO ....................................................................... 42 REFERÊNCIAS .......................................................................... 43 LISTA DE FIGURAS Figura 1 União de números fuzzy triangulares ................................. 15 Figura 2 União de números fuzzy trapezoidais ................................ 15 Figura 3 Intersecção de números fuzzy triangulares ........................ 15 Figura 4 Intersecção de números fuzzy trapezoidais ....................... 15 Figura 5 Conjunto complementar dos números fuzzy ...................... 16 Figura 6 Alfa-Corte de um conjunto fuzzy ........................................ 19 Figura 7 Conjunto fuzzy normal e convexo ...................................... 19 Figura 8 Conjunto fuzzy normal e não convexo ............................... 19 Figura 9 Conjunto fuzzy não normal e convexo .............................. 20 Figura 10 Conjunto fuzzy não normal e não convexo ........................ 20 Figura 11 Suporte de um conjunto fuzzy ........................................... 21 Figura 12 Número fuzzy triangular .................................................... 22 Figura 13 Número fuzzy trapezoidal ................................................. 22 Figura 14 Diagrama de Transição da Cadeia de Markov ................. 34 Figura 15 Diagrama de Transição da Aplicação da Cadeia de Markov .. 37 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS MI Matemática Intervalar CF Conjuntos Fuzzy A (x) Grau de pertinência de um elemento x U Conjunto Universo R Conjunto dos Números Reais IR Conjuntos dos Números Reais Intervalares PE Processo Estocástico LF Lógica Fuzzy Є Símbolo de pertence Ø Símbolo de conjunto vazio ∩ Símbolo da operação intersecção ∑ Símbolo da operação somatório U Símbolo da operação união RESUMO A característica especial da Lógica Fuzzy é a de representar uma forma de manuseio de informações imprecisas. A Lógica Fuzzy, traduz expressões verbais, vagas, comuns na comunicação humana em valores numéricos. A Lógica Fuzzy, possui sua base nos conjuntos fuzzy, e tem se mostrado mais adequada para tratar imperfeições da informação do que a teoria das probabilidades. É uma ferramenta capaz de capturar informações vagas, convertendo-as para um formato numérico , de fácil manipulação pelos computadores de hoje. A lógica difusa ou lógica nebulosa, também pode ser definida, como a lógica que suporta os modos de raciocínio que são aproximados, ao invés de exatos, como estamos naturalmente acostumados a trabalhar. A Matemática Intervalar é uma alternativa para o controle do erro do resultado na Computação Científica e Tecnológica, cujo objetivo é responder à questão da exatidão e da eficiência, dos problemas que envolvem a computação. A Matemática Intervalar, manipula os dados e parâmetros iniciais incertos como intervalos, antes que os dados sejam introduzidos no computador. Assim, algoritmos intervalares, comparados à algoritmos pontuais, apresentam um intervalo como solução, portanto, garantem que a resposta estará contida no intervalo obtido. A probabilidade, teve sua origem no século XVII, através dos matemáticos FERMAT e PASCAL, com a finalidade de resolver questões de jogos de azar. Somente no século XX foi desenvolvida uma teoria matemática rigorosa, contendo axiomas, definições e teoremas. Os avanços tecnológicos, em qualquer área do conhecimento humano, está ligada quase que exclusivamente, aos experimentos. Um princípio fundamental é que se efetuarmos tais experimentos repetidas vezes, sob condições idênticas, obteremos resultados que são praticamente os mesmos. Em alguns experimentos, os resultados não são essencialmente os mesmos, então, constrói-se modelos matemáticos para explicá-los. Palavras-chave : Lógica Fuzzy, Matemática Intervalar, Probabilidade TITLE: “ Study of Probability Fuzzy Intervalar” ABSTRACT Of Fuzzy logic is to represent a form of inaccurate information handling. Fuzzy logic, translates sayings, vacancies, common in human communication in numeric values. Fuzzy logic, has its basis in fuzzy sets, and is more appropriate for dealing with faults of the theory of probability. Is a tool able to capture information waves, converting it to a numeric format, for easy manipulation by today's computers. Fuzzy logic, or logic Nebula can also be defined as the logic that supports reasoning are approximate, instead of exact course, as we are accustomed to working. The math Intervalar is an alternative to control error result in technological and scientific computing, whose goal is to answer the question of accuracy and efficiency, the problems that involve computing. The math Intervalar, handles the initial uncertain data and parameters as ranges before that data is placed on your computer. Thus, intervalares algorithms, compared to individual algorithms have a range as a solution, therefore, ensure that the response is contained in the range obtained. The likelihood, had its origin in the 17th century, by PASCAL and FERMAT math, with the purpose of resolving issues of gambling. Only in the 20th century was developed a rigorous mathematical theory, containing theorems, axioms and definitions. Technological advances in any area of human knowledge, is tied almost exclusively to experiments. A fundamental principle is that if you repeatedly efetuarmos such experiments, under identical conditions, will get results that are virtually the same. In some experiments, the results are essentially the same, then build mathematical models to explain them. KEYWORDS: Fuzzy Logic, Interval Mathematics, Probability 1. INTRODUÇÃO A Lógica Fuzzy trabalha com dados não-precisos. Com a L.F., é possível quantificar essa imprecisão, principalmente, dentro da Ciência da Computação. Há vários tipos de subjetividades e, o modelo fuzzy, depende da escolha da variável de estado e dos parâmetros dos modelos.A L.F. é uma tecnologia que permite definir modelos complexos do mundo real através de variáveis e regras simples, sendo muito utilizada nas Ciências e Engenharias. Já a Matemática Intervalar, trata dos dados na forma de intervalos numéricos. Esses intervalos podem ser aplicados , na Computação Científica, representando valores desconhecidos e valores contínuos. Também são utilizados para controlar erros de arredondamentos, representar dados não-exatos, aproximações e erros de truncamentos . Na L.F. Intervalar, é necessário a especificação de subintervalos, conseguindo-se, assim, determinar o grau de pertinência das informações nebulosas,através do mapeamentos desses resultados. Esses valores possíveis e impossíveis, dentro da L. F. , são determinados por diferentes graus de pertinência. É muito comum se fazer confusão entre teoria dos conjuntos fuzzy e teoria das probabilidades, quando trocamos grau de pertinência por probabilidade.É fácil mesmo essa confusão porque a medida de probabilidade está contida na medida fuzzy, isto é, é um caso particular da medida fuzzy. As duas teorias lidam com incertezas distintas. Na probabilidade se o evento ocorreu não há mais dúvida e, a probabilidade pode ser calculada, isto é, a incerteza não mais existe. A probabilidade está ligada à ocorrência de um evento ocorrer e, a teoria dos c.f. está ligada à possibilidade de um dado evento acontecer. Por exemplo : um paciente , ao procurar um médico, falando o que está sentindo não é suficiente para o médico fazer o diagnóstico ou saber qual é a doença . Terá que fazer exames, e mesmo assim, haverá inúmeras possibilidades de classificação das possíveis doenças. As duas teorias são complementares e servem como ferramentas muito importantes para determinar as possibilidades e as probabilidades dos eventos cotidianos. Este trabalho é o ponto de partida para alcançar o objetivo propõe. Através da Lógica Fuzzy, a que se da Matemática Intervalar e da Probabilidade Clássica, buscar subsídios, dentro de suas propriedades e operações, para estabelecer resultados sobre Probabilidade Fuzzy Intervalar. 1.1 Organização do Texto O texto está organizado da seguinte maneira: No capítulo 2, uma abordagem sobre o estudo da probabilidade fuzzy intervalar, onde apresenta-se operações, propriedades e características dos conjuntos fuzzy. No capítulo 3, trata-se dos números fuzzy com suas propriedades. No capítulo 4, apresenta-se uma breve explanação da lógica fuzzy intervalar. No capítulo 5, consta a matemática intervalar, com suas propriedades e operações. No capítulo 6, fala-se da probabilidade e suas características. No capítulo 7, aborda-se a probabilidade intervalar, onde consta as cadeias de Markov, diagramas de transição, matrizes e modelos estocásticos. No capítulo 8, trata-se da probabilidade fuzzy e suas propriedades. No capítulo 9, encontra-se a conclusão, considerações finais e perspectivas de trabalhos futuros. 1.2 MOTIVAÇÃO A Lógica Fuzzy Intervalar ainda apresenta vários problemas para os quais ainda não foram propostas soluções. Dentre eles encontra-se o estudo de probabilidades fuzzy intervalares. O conceito de probabilidade existe tanto na abordagem fuzzy como na intervalar (denominada de probabilidade imprecisa), mas não na abordagem da Lógica Fuzzy Intervalar. 1.3. OBJETIVO GERAL Estudar os conceitos de probabilidade fuzzy intervalar propostos na literatura e analisar suas propriedades, buscando visão crítica sobre elas. 1.4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Esclarecer a noção de probabilidade fuzzy intervalar; Estabelecer resultados e estudar propriedades ; Fazer comparações entre as propriedades das probabilidades real, intervalar e fuzzy, com a probabilidade fuzzy intervalar. 2. Estudo da Probabilidade Fuzzy Intervalar 2.1. Lógica Fuzzy Na teoria clássica dos conjuntos,um elemento pertence ou não pertence a um conjunto. Na teoria dos conjuntos fuzzy, determina-se um grau de pertinência, para indicar se um elemento pertence a esse conjunto. Na lógica fuzzy, proposta por Lotfi A. Zadeh, em 1965, os conjuntos são caracterizados por não possuírem limites definidos.A lógica fuzzy, que é associada à conjuntos fuzzy, possui um intervalo de 0 a 1, para a determinação de um elemento do conjunto, o que difere da lógica clássica. É preciso o valor do elemento do conjunto, enquanto que no conjunto fuzzy,o valor do elemento é impreciso.Zadeh teve a idéia de criar uma nova lógica e uma nova teoria dos conjuntos onde não precisamos nos contentar com apenas duas opções: verdadeiro ou falso, pertence ou não pertence, mas com um grau infinito que varia entre essas duas. Assim podemos ter algo que é 50% falso ou pertence ao conjunto apenas 30%.Uma das grandes percepções de Zadeh foi que a matemática pode ser utilizada para fazer uma ligação entre a linguagem e a inteligência humanas. Muitos conceitos, podem ser muito bem definidos por palavras do que pela matemática, e a lógica fuzzy, com os conjuntos fuzzy proporcionam uma disciplina que melhor pode construir modelos do mundo real. A lógica fuzzy está sendo muito utilizada na abordagem de problemas onde se lida com incertezas, valores aproximados, erros de arredondamento. Em muitas aplicações, pode ser difícil encontrar ou determinar exatamente o grau de quanto se pode acreditar que um elemento pertença ao conjunto. 2.2. Operações dos Conjuntos Fuzzy (MUSSI,2009) 1. União Dado x Є U, μAUB (x) = max { μA (x) , μB (x) } A B U(AUB) Fig. 1 – união triangular Fig. 2 – união trapezoidal 2. Intersecção Dado x Є U, μA∩B (x) = min { μA (x) , μB (x) } X Fig 3 – intersecção triangular Fig. 4 – intersecção trapezoidal 3. Complemento Dado x Є U, μA(x) = 1 - μA(x) A A Fig. 5 - complemento 2.3. Subconjunto fuzzy Sejam A e B subconjuntos fuzzy A B μA (x) μB (x), x Є U 2.4. Propriedades Algébricas dos Conjuntos Fuzzy 1. Comutativa AUB=BUA 2. Associativa (A ∩ B) ∩ C = (A ∩ B) ∩ C 3. Complemento Duplo (A U B)´ = A´∩ B´ 4. Indempotência AUA=A A∩A=A 5 Conjunto Universo A∩U=A 6. Conjunto Vazio AUø=A A∩ø=ø 7. Distributiva A ∩ (B U C) = (A ∩ B) U (A ∩ C) A U (B ∩ C) = (A U B) ∩ (A U C) 8. Involução (A´)´= A 9. Leis de Morgan (A ∩ B) = A U B AUB=A∩B 2.5. Características dos Conjuntos Fuzzy 1. CF Universo - o valor da função membro é um para todos os membros em consideração ; 2. Cardinalidade - dado um cf A em um universo finito U, a cardinalidade é a soma dos graus de pertinência de todos os elementos de U em A, indicados por |A| = ∑ μA (x) ; 3. CF Vazio - um cf é vazio se A = ø μA (x) = 0 , x Є X ; 4. CF Iguais - Sejam A e B cf se e somente se , para todo x Є X , μA (x) = μB (x) , logo A = B ; 5. Conjunto Crisp - são os conjuntos cuja função característica assume apenas valores zero e um, não possuindo valores intermediários ; 6. Conjunto Unitário – é um cf A cujo suporte é um único elemento em X com μA (x) = 1 7. Altura (h) - o maior valor μA para o qual o -corte não é vazio, chamamos de altura de A. Altura igual a 1 é um conjunto dito normal, caso contrário é dito sub-normal. h(A) = sup xЄX A(x) 8. -corte - contém todos os elementos do domínio que possui valores de pertinência acima de um certo valor ; [A]α = { x Є X │ A(x) > α 1 a b Fig. 6 – α- corte 9. Normalização- de um cf é quando a sua altura é igual a 1. A pertinência total do elemento se dá quando seu grau é igual a 1. 10. Níveis( ^ ) – de um cf A corresponde a um conjunto que contém todos os valores Є [0;1] e que representam cortes de A distintos . A = { α │ A(x) = α para algum x Є X } 2.6. Propriedades dos - cortes ou - cut Sejam os conjuntos fuzzy A e B, possuem as seguintes propriedades : 1. [A U B]α = [A] α U [B] α 2. [A ∩ B] α = [A] α ∩ [B] α 3. A = B [A] α = [B] α 4. [A] α [B] α 2.7. Conjuntos Fuzzy Normal - os α - cortes são não vazios 1 normal é convexo Fig. 7 – normal e convexo Fig. 8 – normal e não convexo 2.8. Conjuntos Fuzzy Convexos - todos os α - cortes são intervalos 1 1 não é normal é convexo Fig. 9 – conj não .normal conj. convexo não é normal não é convexo Fig. 10 – conj. não normal conj. não convexo 3. Números Fuzzy DEFINIÇÃO : Um número fuzzy pode ser definido por uma tripla A (a 1 , m , a2). Um nf é qualquer subconjunto fuzzy dos números reais (U = IR), que satisfaz as seguintes condições : 1. Todos os α - cortes são não vazios com 0 x 1 (normal) 2. Todos os α - cortes são intervalos fechados de IR (convexos) 3. O suporte é limitado [a,b] core 1 a c d b Fig. 11 – suporte do conj. fuzzy 3.1. Tipos de Números Fuzzy Os mais usados são os nf triangulares e os nf trapezoidais. a) Triangular N = (a, b, c) 1 0 a c b Fig. 12 – número triangular b) Trapezoidal M = (a, b, c, d) core 1 a c d b Fig. 13 – número trapezoidal 3.2. Propriedades Operatórias com Números Fuzzy Para operar com nf, opera-se com seus α- cortes, utilizando-se a matemática intervalar. Sejam N e M dois números fuzzy, logo, obedecem as seguintes propriedades : 1. Adição N + M = [N +M] α = [N] α + [M] α 2. Subtração [M – N] α = [M] α – [N] α 3. Multiplicação [M . N] α = [M] α . [N] α 4. Divisão [M / N] α = [M] α / [N] α , se 0 [N] α 4. Lógica Fuzzy Intervalar A fundamentação dos conjuntos fuzzy é encontrar um grau de pertinência, para determinar até que ponto um determinado elemento pertence a um conjunto e, esses valores variam em 0 e 1. A característica da lógica nebulosa está baseada em palavras e não números, ou seja, os valores verdades são expressos linguísticamente. Possui vários modificadores de predicado, tais como: muito, mais ou menos, pouco, bastante, médio. Possui também um amplo conjunto de quantificadores como: poucos, vários, entorno de, usualmente. Faz uso das probabilidades linguísticas como provável e improvável que são interpretados como números nebulosos e manipulados pela sua aritmética. O manuseio dos valores entre 0 e 1, funcionam apenas como um limite. VANTAGENS - O uso de variáveis linguísticas nos deixa mais perto do pensamento humano; - Requer poucas regras, valores e decisões; - Simplifica a solução de problemas e a aquisição da base do conhecimento; - Mais variáveis observáveis podem ser valoradas; - Mais fáceis de entender, manter e testar; - São robustos; - Operam com falta de regras ou com regras defeituosas; - Acumulam evidências contra e a favor; - Proporciona um rápido protótipo dos sistemas. DESVANTAGENS - Necessitam de mais simulações e testes; - Não aprendem facilmente; - Dificuldade de estabelecer regras corretamente; - Não há uma definição matemática precisa. 5. MATEMÁTICA INTERVALAR A matemática intervalar, proposta por Moore (MOORE,1979),estabelece como objetivo, obter maior precisão ou exatidão nos procedimentos presentes dentro da computação científica. Através do intervalo se pode controlar a imprecisão,se melhorar a aproximação e ter certeza que a resposta está dentro do intervalo. A MI trata com dados na forma de intervalos numéricos. Serve para a elaboração de algorítmos numéricos com controle de erro. Os intervalos podem ser aplicados para representar valores desconhecidos e,representam valores contínuos, controlar erro de arredondamento, representar dados inexatos, aproximações e erros de procedimentos. A MI busca resolver dois problemas: um modelo computacional que faça o controle e análise dos erros que ocorrem no processamento dos dados e a escolha de técnicas de programação para o desenvolvimento de softwares,tentando minimizar os erros nos resultados.Por exemplo: "estar bem informado", "viver uma vida longa". Essas realizações são diretamente observáveis. Sabemos que parte da resposta é subjetiva, porém uma parte é razoavelmente objetiva, basta que olhemos em volta, de modo que por mais que variem os detalhes, os "temas" são praticamente invariáveis. 5.1. Intervalo de Reais Seja R conjunto dos números reais. Sejam x1 e x2 Є IR │ x1 ≤ x2 , então { x Є R │ x1 ≤ x ≤ x2 }, é o intervalo de reais. X = [x1; x2] 5.2. Igualdade de Intervalos de Reais Seja A = [a1; a2] e B = [b1; b2] dois intervalos de números reais, se A = B {a1 = b1 e a2 = b2} 5.3. Operações Aritméticas Intervalares Sejam A e B intervalos de reais, definem-se as operações Sejam A = [a1; a2] e B = [b1; b2] , então 1. Adição - A + B = [a1,a2] + [b1,b2] = [a1+b1 ; a2+b2] 2. Pseudo Inverso Intervalar - Seja A R e A = [a1; a2], logo - A = - [a1; a2] = [- a2; - a1] 3. Subtração - Sejam A = [a1; a2] e B = [b1; b2], então A - B = [a1; a2] - [b1; b2] = [a1; a2] + [- b2; - b1] = [a1 – b2 ; a2 – b1] 4. Multiplicação - Sejam A = [a1; a2] e B = [b1; b2], logo A . B = [a1; a2] . [b1; b2] = [min {a1b1, a1b2, a2b1, a2b2}; max{a1b1, a1b2, a2b1, a2b2}] 5.4. Propriedades Algébricas da Matemática Intervalar Sejam A = [a1; a2] e B = [b1; b2], intervalos de números reais, logo, obedecem às operações : 1. Soma (A1) Fechamento - A, B R , então A + B R (A2) Associativa - (A + B) + C = A + (B + C) (A3) Comutativa - A+B=B+A │ 0 IR , 0 + A = A + 0 = A (A4) Elemento Neutro - 2. Multiplicação A . B IR (M1) Fechamento (M2) Associativa - (A . B) . C = A . (B . C) (M3) Comutativa - A.B=B.A (M4) Elemento Neutro - │ 1 IR , 1 . A = A . 1 = A (M5) Subdistributividade - A . (B + C) (A . B) + (A . C) 5.5. Propriedades dos Intervalos Simétricos Sejam A , X, Y pertencentes ao intervalo de reais com X e Y simétricos. Então valem as propriedades: 1. A+X = A + Y , X = Y 2. X- A = Y - A , X = Y 3. A+X está contido A + Y , X está contido Y 4. X. 0 = 0 . X = [0;0] 5. , R , ( , )X ( X ) + ( X ) 6. , R , ( . ).X = ( X ) 7. R , (X + Y) = ( X) + ( Y) 5.6. Operações com Intervalos Sejam A = [a1 ; a2] e B = [b1 ; b2], dois intervalos reais, então, obedecem às operações : 1. Intersecção A ∩ B = [max { a1, b1}; min {a2, b2}] ; min {a1 , b1}] se max {a1, b1} min {a2, b2} 2. União A U B = [ min {a1, b1}; max {a2, b2}] 3. União Convexa A U B = [min {a1, b1}; max {a2, b2}] Ponto Flutuante: É o modo como o computador representa números reais. Sistema de ponto flutuante: É possível representar somente um intervalo limitado de números; Um número de ponto flutuante se representa um conjunto de números reais. 6. PROBABILIDADE 6.1. Noção de Probabilidade No início do século XX começa a sentir-se a necessidade de uma axiomatização da Teoria das Probabilidades , feita em 1933 pelo matemático russo A. N. Kolmogorov (1903 - 1987). Evento : É um subconjunto do espaço amostral. Experimento Aleatório : Operação cujo resultado não é conhecido com certeza ou é sujeito a mecanismos de chance. Muitos experimentos aleatórios produzem resultados não numéricos. É conveniente transformar seus resultados em números, através da variável aleatória. Logo, variáveis aleatórias são variáveis numéricas, onde iremos associar modelos probabilísticos. 6.2. Distribuição de Probabilidade Definida a variável aleatória, há interesse no cálculo dos valores das probabilidades correspondentes.O conjunto das variáveis e das probabilidades correspondentes é denominado distribuição de probabilidades. P ( X = xi ) = P (Ai) , i = 1, 2, ..., n 6.3. Axiomática das Probabilidades Sob um ponto de vista puramente matemático, suporemos que para cada acontecimento A , pertencente ao conjunto de todos os acontecimentos possíveis, existe um número, que designamos por P(A), satisfazendo: A1 : 0 P(A) 1 ; A2 : P(Ω) = 1 em que Ω é o acontecimento certo ; A3 : Se Ai ∩ Aj = Ø , como i j então P(Un i =1 Ai) = ∑n i=1 P(Ai) 7. Probabilidade Intervalar A probabilidade intervalar, como o nome sugere, assume valores representados por intervalos numéricos, modelando incertezas, sobre uma medida de probabilidade desconhecida. É uma função que atribui um número real a cada um dos eventos.A função probabilidade deve ser compatível com uma relação de inclusão. Os cálculos probabilísticos se utilizam de variáveis aleatórias contínuas ou discretas. t Variável discreta : Fx (t) = P (x) x x t Variável contínua : Fx (t) = f ( x)dx x Conforme a mudança de estado do sistema, os modelos podem ser classificados em discretos, onde o estado do sistema muda apenas em pontos discretos no tempo, que coincidem com a ocorrência de eventos; ou contínuos, onde o estado do sistema muda continuamente ao longo do tempo simulado. Conforme a presença de aleatoriedade, os modelos podem ser classificados em determinísticos, que sempre produzem os mesmos resultados para o mesmo conjunto; ou estocásticos, que incluem aleatoriedade e distribuições de probabilidade, e podem produzir resultados diferentes. Uma variável aleatória X é uma função real definida em Ω tal que dado evento aleatório ω pertence a Ω , X(ω): Ω → R 7.1. Densidade de Probabilidade Para a variável aleatória X, uma função densidade de probabilidade é uma funçãoque satisfaz as propriedades : 1. f(x) 0 2. f ( x)dx 1 b 3. P ( a X b ) = f ( x)dx = área sob f(x) entre “a” e “b” para qualquer a “a”“b”. 7.2. Cadeias de Markov Variável - É uma função, isto é, são intervalos de tempo, que é determinado por uma probabilidade. A cadeia de Markov é um processo em que a sequência de variáveis aleatórias toma valores num alfabeto finito. Funciona como uma máquina de estados em que as transições são estocásticas. A (CM) é caracterizada pelas probabilidades de transição. B A C Fig. 14 – diagrama de transição Diz-se que a CM é invariante no tempo se as probabilidades de transição não variam ao longo do tempo, isto é, não dependem de n. Processo invariante no tempo diz respeito ao "mecanismo" de funcionamento (probabilidades de transição constantes). Processo estacionário diz respeito às variáveis aleatórias ou estado (probabilidades de cada um dos estados). Um processo pode ser invariante no tempo e encontrar-se ou não em regime estacionário. Um novo e importante processo de desenvolvimento da teoria das probabilidades, encontra-se na Teoria dos Processos Estocásticos. A CM é um tipo especial de processo estocástico, que satisfaz as condições : - o parâmetro é discreto (ex: tempo) ; - o espaço de estados é discreto ; - o estado inicial é conhecido. Uma cadeia de Markov discreto no tempo é especificada pela: - probabilidade inicial p 0 ; - matriz de transição de probabilidade: a11 a12 P = a21 a22 a 31 a32 a13 a23 a33 P é conhecida como a matriz de probabilidade de transição : P[ X j n 1 j │ X n i] Pij 1 j 7.3. Probabilidades de Transição Exemplo: 1) Existem três marcas de sabão em pó, disponíveis no mercado. OMO, MINERVA e GIRANDO SOL.. O termo aij da matriz A, é a probabilidade de quem gosta de uma marca de sabão da coluna j.(supondo as probabilidades). para De O, M , G O M G 0,7 0,2 0,1 0,3 0,5 0,2 0,4 0,4 0,2 Os termos da diagonal de A, dão a probabilidade aii de se trocar de produto. 5 28 13 10 100 100 0,7 0,2 0,1 0,7 0,2 0,1 0,5 0,28 0,13 44 39 17 0,3 0,5 0,2 0,3 0,5 0,2 0,44 0,39 0,17 100 100 100 0,4 0,4 0,2 0,4 0,4 0,2 0,48 0,36 0,16 48 36 16 100 100 100 Os termos de A2, aij, significam mudar da marca i para a marca j depois de duas compras. 7 7 2 2 1 4 10 10 10 10 10 10 O → O → O │ O → M → O │ O → G → O, então : a11 - probabilidade de usar inicialmente a marca de sabão O , mudando para outro da mesma marca, ou seja, O , depois de duas compras. a11 = 7 7 2 3 1 4 59 . . . 10 10 10 10 10 10 100 a12 – probabilidade de estar usando o sabão O e mudar para a marca M, depois de duas compras. 7 2 2 5 1 4 10 10 10 10 10 10 O→ O → M │ O → M → M │O → G → M a12 = 7 2 2 5 1 4 28 . . . 10 10 10 10 10 10 100 a13 – probabilidade de usar marca O e trocar pela marca G, depois de duas compras. 7 1 2 2 1 2 10 10 10 10 10 10 O→ O → G │ O → M → G │O → G → G a13 = 7 1 2 2 1 4 13 . . . 10 10 10 10 10 10 100 Os outros cálculos são análogos. a21 = 3 7 5 3 2 4 44 (mudança da marca M para O ). . . 10 10 10 10 10 10 100 a22 = 3 2 5 5 2 4 44 (troca do produto M para M). . . . 10 10 10 10 10 10 100 a23 = 7 2 2 5 1 4 16 (troca de M para G). . . . 10 10 10 10 10 10 100 a31 = 4 7 4 3 2 4 48 (mudança de G para O). . . . 10 10 10 10 10 10 100 a32 = 4 2 4 5 2 4 36 ( mudança de G para M). . . . 10 10 10 10 10 10 100 a33 = 4 1 4 2 2 2 16 ( mudança de G para G). . . . 10 10 10 10 10 10 100 a11 a1 2 3 a1 1 a3 M a2 1 O a23 a32 G a22 a33 Fig. 15 – Diagrama de transição 7.4. Processos Estocásticos É uma sequência de variáveis aleatórias X1, X2,..., Xn e é caracterizado pela distribuição conjunta p(X1, X2,..., Xn). Diz-se estacionário se a distribuição conjunta de um número arbitrário de variável aleatória se mantém quando se efetuam deslocamento no tempo, isto é, Pr {X1 = x1,...,Xn = xn} = Pr{ X 1+m = x1,..., X n+m = xn} para qualquer deslocamento m e qualquer número de variável aleatória n. Diz-se que forma um processo de Markov se cada variável aleatória depende da precedente e é condicionalmente independente das restantes, isto é, Pr {Xn = xn , X n-1 = x n-1 ,..., X1 = x1} = Pr { Xn = xn , X n-1 = x n-1}. Exemplos - (série temporal – intervalo de tempo) - flutuação de câmbio; - sinais (fala, áudio e vídeo); - dados médicos (eletrocardiograma, pressão sanguínea e temperatura); - movimentos aleatórios. -(campo aleatório – região do espaço ) - imagens estáticas; - topografias aleatórias (satélite); - variações de composição em um material não homogêneo. Exemplo 1: Seja X a variável aleatória que indica se chove ou não num determinado dia num dado local. A sequência X1, X2,..., Xn que indica o estado do tempo ]em dias consecutivos forma um processo estocástico. É um (PE) não estacionário pois as probabilidades variam ao longo do tempo. Exemplo 2: Uma sequência de lançamentos de um dado forma um processo estocástico estacionário. As probabilidades são constantes ao longo do tempo. 8. Probabilidade Fuzzy Há três tipos de incertezas: a incerteza de natureza aleatória, a incerteza devida ao conhecimento incompleto e a incerteza em função do conhecimento vago ou impreciso. A probabilidade só é capaz de modelar o primeiro tipo de incerteza. A partir do reconhecimento da existência de diferentes tipos de incerteza, têmse desenvolvido ferramentas matemáticas capazes de lidar com mais de um tipo de incerteza ao mesmo tempo, como por exemplo, a probabilidade fuzzy. Em especial, a (PF) pode ser utilizada para estudar um experimento aleatório cujos dados possuem incerteza de medição. Para isso, a imprecisão dos dados é modelada por números fuzzy. A falha humana resulta, das interações homem - máquina ou homem – ambiente dentro do sistema sócio-técnico que ele atua. Termos da lógica fuzzy compreendem: a menor parte, aproximadamente a terça parte, muitos e nada. Termos de probabilidade compreendem: certo, incerto, improvável, provável. Para muitos sistemas devido às incertezas e imprecisões dos dados, fazer estimações únicas de probabilidades e consequências é muito difícil. A teoria de probabilidades e a teoria dos (CF) lidam, em geral, com tipos de incertezas distintos. Na teoria de probabilidades temos o evento muito bem definido e a dúvida é sobre a ocorrência do evento. Uma vez que o evento ocorreu não existirá mais dúvida alguma. A medida da probabilidade é um caso particular da medida fuzzy. O espaço mensurável é dado pelo par ( Ω , A) - o universo Ω e uma σálgebra de conjuntos mensuráveis de Ω . Definição 1 : Dizemos que A é uma σ-álgebra , com A ≠ 0 , se são satisfeitas : 1. A Є A A Є A , onde A é o complemento de A 2. Ak Є A , K Є N U KЄN Ak Є A . Definição 2 : Uma medida μ é uma função definida em um espaço mensurável ( Ω , A) que não assume valores negativos e que satisfaz os seguintes postulados: 1. μ (Ø) = 0 2. μ é σ – soma para uma família de pares de conjuntos disjuntos , Ai Є Ω 3. Ai ∩ Aj = Ø , i = 1, 2, ..., i ≠ j , a medida da união dos Ais é dada por : μ (U i 1 Ai ) = ( Ai ) i 1 3. Se An , n = 1, 2, ..., é uma sequência crescente de conjuntos mensuráveis, então : lim n→ μ (An) = μ ( lim n→ An ) Uma das medida σ- soma mais comumente usada é a medida de probabilidade, que é expressa por : i 1 i 1 i 1 P ( Ai ) P ( Ai ) Pi 8.1. Probabilidade de Eventos Fuzzy Uma maneira de unir a teoria de probabilidades e a lógica fuzzy é considerarmos a probabilidade de um evento fuzzy. Um evento é um subconjunto do espaço amostral. Lançar dez moedas e verificar quantas caras e coroas obtivemos é um evento. Considerando todas as possibilidades entre nenhuma cara e nenhuma coroa que representam o espaço amostral. Há casos em que o evento não é bem definido, esse evento é chamado de evento fuzzy. No lançamento das moedas o (EF) poderia ser "existem muito mais caras do que coroas"; o "quanto é muito mais" não é bem definido. A probabilidade de um (EF) é obtido pela generalização da teoria de probabilidade, que é dada por ... P(A) = μA (x) . PX (x) dx onde PX é a distribuição de probabilidades de X, μA é a função de pertinência do evento A. Para o caso em que X é discreto teremos: P(A) = ∑ μA (xi) . PX (xi) A probabilidade é uma medida de eventos. Se o evento A Ω , onde Ω denota o conjunto universo e a inclusão não estrita. Então a probabilidade de ocorrência de A é dada por P : 2 Ω → [0;1] , satisfazendo os seguintes axiomas, sendo 2 Ω é o conjunto das partes de Ω : i) A Ω, 0 P(A) 1 ii) P(Ω) = 1 iii) (A,B) Ω , se A ∩ B = Ø então P(A U B) = P(A) + P(B) , onde Ø é o conjunto vazio. Pelo axioma da soma podemos então concluir que : i) ii) iii) P(Ø) = 0 P(A) = 1 – P(A) P(A U B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) 9. CONCLUSÃO O conceito “fuzzy” pode ser entendido como uma situação onde não podemos responder simplesmente SIM ou NÂO. Se não conhecemos as informações sobre uma determinada situação, o mais apropriado é usar expressões como : alguns, talvez, quase. A lógica fuzzy gera uma saída lógica a partir de um conjunto de entradas não precisas. A matemática intervalar busca resolver os problemas de controle e análise de erros, procurando minimizar esses resultados, no processo computacional. A matemática intervalar tenta solucionar esses problemas, com as devidas aproximações que induzem ao erro, o que pode provocar distorções , em computação. Os números representados como intervalos servem como controladores da propagação do erro. Logo , a matemática intervalar, torna-se uma alternativa na resolução de problemas onde haja imprecisão. Com a probabilidade, é possível calcular a chance de determinado evento ocorrer. Para esse cálculo do evento, existem dois modelos matemáticos que são : - Determinístico – tendo as condições de execução de um experimento se realizar, pode-se saber o resultado por antecipação. - Probabilístico – as condições de execução de um experimento não determinam o resultado do mesmo, somente o comportamento probabilístico do resultado observável. Pelo exposto , podemos deduzir que a Lógica Fuzzy, a Matemática Intervalar e a Probabilidade, serão as ferramentas auxiliares para um trabalho futuro. Ainda não se tem um resultado concreto mas, espera-se conseguir formular as propriedades e operações da “Probabilidade Fuzzy Intervalar”, como forma de contribuição à comunidade científica. REFERÊNCIAS [1] BEDREGAL,B.R.C.; SILVA, Ivanosca Andrade da. Artigo – Espaços de Chu Fuzzy Intervalar. XXV CNMAC . 2002 [2] CRUZ, Anderson P.; BEDREGAL, B.C. .Sistemas Fuzzy Intervalares. CNMAC – 2008 (www.sbmac.org.br). [3] COSTA,Claudine Gomes da; BEDREGAL, B.C.;BEDREGAL, R.C. . VIII ERMAC – RS . 2008. [4] COSTA, Claudine Gomes da; BEDEGRAL, B.C.; BEDEGRAL,R.C. Uma Aritmética Contínua para Números Fuzzy Trapezoidais. VIII ERMAC - 2008. (www.ufrn.br). [5] CAMPOS,M.A.; DIMURO,G.P.; COSTA, A.C.R.; ARAÚJO,J.F.F.; DIAS,A.M.. Probabilidade Intervalar e Cadeias de Markov Intervalares no Maple. XXIV CNMAC. São Carlos.2002. (www.sbmac.org.br). [6] DUARTE, G.doC.P.; BEDREGAL,B.R.C. Introdução à Matemática Financeira Intervalar: Análise Intervalar de Investimentos. CNMAC 2008.(www.sbmac.org.br). 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