ANO I • N° 4 MARÇO DE 2007 BALANÇO ÊXITO MARCA 4ª EDIÇÃO DO CONGRESSO INTERNACIONAL DE ORTODONTIA Em entrevista ao Jornal da Ageorto, o ortodontista Leandro Antônio de Oliveira, presidente da comissão organizadora do 4º Congresso Internacional de Ortodontia, que aconteceu no período de 15 a 17 de março, no Castro´s Park Hotel, faz um balanço do evento e alerta: “Com profissionais sem a formação adequada para exercer a especialidade em sua plenitude, quem perde é a sociedade e a ortodontia, que tem sua credibilidade arranhada”. Alto índice de adesão “O 4º Congresso Internacional de Ortodontia alcançou grande êxito, pois atingiu todos os objetivos inicialmente propostos. O número de participantes e o nível dos cursos e conferências superaram as expectativas. O balanço financeiro foi positivo e o valor arrecadado será revertido na realização de campanhas para destacar a importância de um tratamento ortodôntico realizado por especialistas com formação adequada. O alto índice de adesão ao congresso evidenciou a preocupação dos especialistas visando a conquista de uma melhor qualificação profissional. Um dos principais objetivos da Ageorto é contribuir para o avanço técnico-científico da ortodontia em Goiás”. conhecidos na área. Portanto, os palestrantes puderam aprofundar cada tema contando com a total sintonia do público.” Diferencial Fórum paralelo “Um dos diferenciais do congresso, que contribuiu para um maior nível dos cursos, palestras e conferências, foi o fato de ser um evento exclusivo para especialistas em ortodontia e alunos de pós-graduação de cursos re- Homenagem “O 4º Congresso Internacional de Ortodontia teve como presidente de honra o mestre Kurt Faltin Júnior, de São Paulo. Foi uma forma que encontramos para homenagear o professor Kurt pelos relevantes serviços prestados e as significativas contribuições fornecidas para a consolidação e o avanço da ortodontia goiana.” “Paralelamente ao evento, promovemos um fórum de valorização profissional da ortodontia, que contou com a presença de representantes das entidades profissionais, entre elas Conselho Regional de Odontologia, Sindicato dos Odontologistas de Goiás e ABOR. Uma das principais conclusões do fórum foi a de solicitar do MEC um maior controle dos cursos de especialização em ortodontia. Vários cursos de especialização não atendem aos critérios do Conselho Federal de Odontologia. Com profissionais sem a formação adequada para exercer a especialidade em sua plenitude, quem perde é a sociedade e a ortodontia, que tem sua credibilidade arranhada”. Valorização “A valorização da especialidade acontece através da qualificação profissional e do esclarecimento dos pacientes quanto aos seus direitos no tratamento. A especialidade pode proporcionar resultados eficientes a todos os pacientes, de todas as idades, sexo, raças e poder aquisitivo.” entrevistas AVANÇOS NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Um dos convidados do 4º Congresso Internacional da Associação Goiana de Especialistas em Ortodontia e Ortopedia Facial dos Maxilares, Jorge Faber, doutor em Biologia pela UnB e mestre em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, consultor científico das revistas American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics e Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, ministrou conferência sobre Uso de Miniplacas como Ancoragem na Ortodontia. Confira o resumo de sua palestra. “Eu trouxe para o Congresso algumas técnicas recentes que aumentam os limites do tratamento ortodôntico, ou seja, utilizando pequenos implantes temporários, como ponto de apoio para movimentação ortodôntica, nós podemos corrigir problemas, que até recentemente não eram passí- veis de ser corrigidos, a não ser por meio de cirurgias ortognáticas ou outros procedimentos mais complexos. Dessa maneira, abordei como tratar mordidas abertas anteriores moderadas e severas sem o uso da cirurgia ortognática com resultados oclusais e estético faciais muito bons. Mostrei como podemos fechar espaços de dentes ausentes, evitando assim os implantes ósseo-integrados, diminuindo o custo para os pacientes e provendo uma dentição com menor número de próteses. Por fim, abordei como camuflar essas deformidades, evitando cirurgias ortognáticas no paciente que não desejar se submeter a essa cirurgia. Com essas camuflagens, nós podemos prover uma estética agradável, uma saúde periodontal excelente com um tratamento menos oneroso, mais cômodo e que está mais alinhado com as queixas dos pacientes.” CONVIDADO INTERNACIONAL ELOGIA ODONTOLOGIA BRASILEIRA Convidado internacional do 4º Congresso Internacional da Associação Goiana de Especialistas em Ortodontia e Ortopedia Facial, o colombiano William Fayad, diretor científico da R.M.O. para a Colômbia, ministrou o Curso Internacional de Ortodontia, Conduta Interdisciplinar em Ortodontia Baseada na Baixa Fricção dos Bráquetes Sinergy. Dentre outros assuntos, o especialista falou de conduta interdisciplinar, mitos e realidades em ortodontia e apresentou vários casos clínicos. De acordo com o especialista, a odontologia e a ortodontia na Colôm- Site da Ageorto , no endereço Visite o novo site da Ageorto mais sobre a ba sai www.ageorto.com.br, e tas em alis eci Esp de ana Associação Goi ial. Ortodontia e Ortopedia Fac Telefone: 3092.1849 INDICADOR PROFISSIONAL 2 JORNAL DA AGEORTO expediente PUBLICAÇÃO COM A QUALIDADE: (62) 3224-3737 EDIÇÃO: ANA MARIA MORAIS | REDAÇÃO: DÁRIO ÁLVARES MARIANA MORAIS | COMERCIALIZAÇÃO: PAMELA ALVES | DIREÇÃO DE ARTE: WESLEY SOARES | ARTE-FINAL: ALEX FRÓES | FOTOS: GUSTAVO NAVES bia estão bastante avançadas. “Temos ótimas faculdades e cursos de especialização muito bem conceituados”, assinalou. William Fayad não economizou elogios aos colegas brasileiros. “O nível acadêmico da odontologia e ortodontia no Brasil é muito alto”. O especialista destacou ainda o interesse do público presente ao curso. “São profissionais dedicados, buscando conhecer técnicas de tratamento mais rápidas e menos dolorosas para atender com eficiência seus pacientes”, concluiu. 2º SECRETÁRIO Yara Regina Andrade CONSELHO CONSULTIVO Aldemiro Nunes Martins Daniel José da Silva Júnior Ermione M. Mendes de Paula Gilvan Bernardes de Souza Ivana Teixeira di Reis Moraes Paulo César Finocchio PRESIDENTE Charles Moraes VICE-PRESIDENTE Mônica Costa Coelho 1º TESOUREIRO Cassiano Rocha de Medeiros 2º TESOUREIRO Sormani Pimenta Sacchetto 1º SECRETÁRIO André Montanini Alves ASSOCIAÇÃO GOIANA DE ESPECIALISTAS EM ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL (AGEORTO) Rua 107 nº 171 Setor Sul. CEP 74085060 Goiânia-GO • Telefone: (62) 3092-1849 FLASHES MOMENTOS ÍMPARES O 4º Congresso Internacional da Associação Goiana de Especialistas em Ortodontia e Ortopedia Facial dos Maxilares vai ficar na história da especialidade goiana, tanto pela qualidade da programação científica, quanto pela oportunidade de confraternização. Palestrantes e congressistas puderam discutir as últimas novidades da área e celebrar a amizade. Confira nas fotos. PRESIDENTE DO CONGRESSO, LEANDRO ANTÔNIO DE SOUZA, O COLOMBIANO WILLIAM FAYAD E O PRESIDENTE DA AGEORTO, CHARLES MORAES PRESIDENTE DO EVENTO DURANTE DISCURSO NA ABERTURA PAINÉIS INSTALADOS NA ENTRADA DO EVENTO CONTAVAM A HISTÓRIA DA AGEORTO O CASAL LEANDRO E LEANDRA DE SOUZA E SEUS FILHOS RECEBEM O PRESIDENTE DE HONRA DO CONGRESSO, KURT FALTIN AUDITÓRIO CHEIO EM TODOS OS CURSOS E PALESTRAS EXPOSITORES: BONS NEGÓCIOS E ÓTIMA VISIBILIDADE INDICADOR PROFISSIONAL MARÇO DE 2007 3 DISCUSSÃO FÓRUM DE VALORIZAÇÃO DA ORTODONTIA O Fórum de Valorização da Ortodontia, realizado no dia 16 de março, teve como convidados o presidente da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial (ABOR), Ronaldo da Veiga Jardim, o representante do Conselho Regional de Odontologia (CRO-GO), Jean Jacques Rodrigues, e o presidente da ABO, José Valladares Neto. Ronaldo da Veiga Jardim enfatizou os principais objetivos da ABOR e fez um panorama da situação da ortodontia e ortopedia facial no Brasil. Discorreu sobre a regulamentação do Conselho Federal de Odontologia (CFO), que permite que um profissional graduado como cirurgiãodentista possa exercer qualquer área da odontologia, mesmo que não tenha adquirido conheci- mentos específicos e mais abrangentes sobre determinada especialidade. “Isto é um contrasenso já que um profissional sem o devido treinamento para reconhecer e tratar problemas específicos acaba provocando iatrogenias que destroem a imagem da classe odontológica como um todo, colocando a nossa profissão em grande risco frente à sociedade”, avaliou ele. Outro problema abordado pelo presidente da ABOR diz respeito ao grande número de cursos de ortodontia. “O número de profissionais especialistas em ortodontia está praticamente dobrando a cada dois anos. Para piorar, a resolução CNE/ CES de 3 de abril de 2003, permite que com 360 horas um curso de especialização lato sensu possa ser reconhecido pelo CFO.” A ABOR propõe cursos com duração entre 24 a 36 meses, 2000 horas em regime semanal ou no máximo quinzenal, criação de normas incluídas no código de ética odontológico e a criação de uma comissão para fiscalizar o cumprimento de normas citadas pelo CFO. O representante do CRO-GO, Jean Jacques Rodrigues, disse que quem coordena a abertura de novos cursos é o MEC e quem fiscaliza é a CAPS. “A atuação do CFO e CRO tem apenas um caráter político, pois não tem jurisdição sobre a abertura ou não de novos cursos lato sensu”, esclareceu. “O CRO busca investigar quando recebe denúncias sobre qualquer irregularidade, e após apuração dos fatos, manda o resultado para o CFO tomar providências”, completou. DECISÕES TOMADAS Em recente encontro no Ministério da Educação, foi ventilada a possibilidade de todos os cursos de saúde serem fiscalizados por seus próprios órgãos reguladores, no caso o CFO e por conseqüência os CROs. “Por enquanto somente os cursos de Medicina e de Direito é que têm este tipo de atuação. Cursos que não têm a aprovação do CFO, mas que têm a do MEC, conseguem o registro dos títulos de especialistas por via judicial”, lamenta Jean Jacques Rodrigues, representante do CRO-GO. De acordo com ele, a maioria das denúncias no CRO diz respeito a ética profissional relacionada à publicidade. “Muitos profissionais vendem a nossa profissão como um produto e não como um tratamento de saúde”, analisa. Segundo José Valladares Neto, presidente da ABO, existem duas vertentes dentro da odontologia. A dos que não desejam a abertura indiscriminada de novos cursos de graduação e pós-graduação e aqueles que a defendem, alegando que isso significaria uma grande conquista social para a população. “Queremos mais uma vez discutir politicamente quais as implicações positivas e negativas da abertura indiscriminada de novos cursos, seja de graduação ou de pós-graduação”. Para o líder classista, a abertura desordenada de cursos de especialização gera uma autofagia, concorrência desleal e cobrança de preços aviltantes. No fórum foram discutidos ainda o acesso inte- gral da população à saúde bucal, a falta de ação dos órgãos fiscalizadores, o problema de profissionais que aceitam trabalhar por valores menores do que o recomendado pela tabela da VRPO e o excesso de profissionais no mercado odontológico. Após os debates, foram tiradas sugestões que deverão ser encaminhadas ao CRO e ABOR. Entre as propostas, a de mobilizar as várias mídias para esclarecer a população sobre o que realmente está ocorrendo com a odontologia, mostrando os perigos de se procurar um profissional não capacitado. Foi discutida ainda a situação da UNIODONTO, que tenta impingir aos profissionais da ortodontia preços aviltantes, em desarcordo com a essência do cooperativismo. INDICADOR PROFISSIONAL 4 JORNAL DA AGEORTO