TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ADENITE SEBÁCEA GRANULOMATOSA EM CÃO: RELATO DE CASO M A R I A N A S PA D A B I T T E N C O U R T O R I E N TA D O R A P R O F. ª M S C . FA B I A N A D O S S A N TO S M O N T I RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO o Realizado em: o Clínica Dermatovet – Centro de Dermatologia, Otologia e Imunologia Veterinária. Dermatovet o 01 de agosto a 14 de outubro de 2016 – 420 horas. o Dermatologia veterinária. o Horário de atendimento: Segunda a sexta-feira: 10:00 - 17:00 Sábado: 10:00 - 15:00. o Serviços. Fachada da Clínica Dermatovet Fonte: A autora, 2016. Recepção da Clínica Dermatovet Fonte: Dermatovet, 2016. Consultório da Clínica Dermatovet Fonte: Dermatovet, 2016. Consultório da Clínica Dermatovet Fonte: A autora, 2016. Sala de microscopia e leitura de exames Fonte: Dermatovet, 2016. Atividades desenvolvidas - Dermatovet o Acompanhamento nas consultas e retornos; o Auxílio em serviços de anestesia; o Auxílio em criocirurgias; o Acompanhamento de técnica de microagulhamento; o Acompanhamento de testes intradérmicos; o Auxílio em lavagens otológicas; o Auxílio em manejo de feridas, exames dermatológicos, colheita de sangue, biópsias e raspados cutâneos. CASUÍSTICA 107 consultas 6 criocirurgias 100 retornos 2 lavagens otológicas 9 testes intradérmicos 1 microagulhamento CASUÍSTICA o Distribuição do percentual dos 225 animais atendidos: CASUÍSTICA o Relação entre fêmeas e machos, divididos por espécie: CASUÍSTICA o Distribuição dos 225 casos, de acordo com a idade: CASUÍSTICA o Percentual de dermatopatias de cães e gatos atendidos: Dermatopatias Cães Gatos Porcentagem Dermatite atópica Piodermite Otite Malasseziose Seborréia Neoplasia cutânea DASP Dermatofitose Sarna demodécica Dermatite úmida aguda Adenite sebácea Alopecia X Sarna sarcóptica Urticária Oniquite Dermatite por contato irritante Vasculite 71 64 41 39 16 7 6 5 5 4 3 2 2 2 1 1 1 0 1 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 26% 24% 15% 14% 6% 3,1% 2% 2% 2% 1,5% 1,1% 0,7% 0,7% 0,7% 0,4% 0,4% 0,4% TOTAL 270 4 100% *Observação: Cada animal pode apresentar mais de uma afecção dermatológica. REVISÃO DE LITERATURA ADENITE SEBÁCEA GRANULOMATOSA EM CÃO: RELATO DE CASO ANATOMIA DA PELE o O sistema tegumentar tem como constituintes a pele e seus anexos: pelos, unhas, glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias (ROSS et al., 2012). o 16% do peso corporal; o 20% do teor total de água; ANATOMIA DA PELE Fonte: ABRANTES, 2003. EPIDERME Fonte: PATEL, 2010. ANATOMIA DA PELE o Derme superficial; o Derme profunda; o Folículos pilosos. Fonte: HOLYWESTIE, 2014. ANATOMIA DA GLÂNDULA SEBÁCEA o São estruturas simples ou ramificadas, originadas na bainha externa da raiz e seus ductos costumam desembocar na porção terminal dos folículos pilosos (DUSTAN, 2002). Fonte: PATEL, 2010. DEFINIÇÃO E ETIOPATOGENIA o Distúrbio inflamatório crônico; o Cães, gatos e seres humanos; o Degeneração e atrofia pós-inflamatória das glândulas sebáceas (GROGNET, 2008). o Redução na produção de material sebáceo (SABADINE, 2009). ETIOPATOGENIA o Outras hipóteses: o Alterações genéticas primárias da glândula e do ducto sebáceo; o Defeitos de queratinização cutânea; o Resposta auto-imune ou imunomediada (FARIAS, 2000). EPIDEMIOLOGIA o 90% 1,5 a 5 anos de idade (REICHLER, 2001). o Até o 3º ano de vida; o Não há predisposição sexual; o 1980; o Akita, Poodle Standard, Samoieda e Vizsla (SPATERNA et al., 2003). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS o Evidenciadas na região cefálica, pavilhões auriculares, região cervical e dorsal do tórax (NUTAL, 2010). o Aumento da temperatura corpórea; o Alopecia e “cauda de rato” (GROSS, 2009). o Hipotricose; o Seborreia; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS o Foliculite bacteriana secundária; oHiperqueratose; o Malasseziose; o Cilindros foliculares. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fonte: Prof.ª MSc. Fabiana Monti. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fonte: KLEIN, 2013. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fonte: Prof.ª MSc. Fabiana Monti. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fonte: Prof.ª MSc. Fabiana Monti. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fonte: Prof.ª MSc. Fabiana Monti. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fonte: Prof.ª MSc. Fabiana Monti. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fonte: Prof.ª MSc. Fabiana Monti. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Fonte: Prof.ª MSc. Fabiana Monti. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS o Raça e tipo de pelagem; o Akita. Fonte: QUINTANILHA, 2013. DIAGNÓSTICO o Histórico do paciente, raça, manifestações clínicas e, principalmente, nos achados dermatohistopatológicos (OBLADEN, 2007). o Infiltrado inflamatório multifocal; o Diagnósticos diferenciais. TRATAMENTO o Hidratação cutânea tópico; o Imunossupressores; o Xampus anti-seborreicos; o Umectantes; o Banhos de imersão em óleo mineral; o Suplementação diária com ácidos graxos essenciais como ômega-3 e ômega-6 (MEDLEAU, 2009). TRATAMENTO o Fármacos imunossupressores o Ciclosporina 5mg/kg o Retinóides sintéticos o Isotretinoína 1-3mg/kg a cada 24 horas o Vitamina A RELATO DE CASO o Cão, Schnauzer, macho, 4 anos, não orquiectomizado e com peso corporal de 5,4kg. o Histórico: o Pelos foscos e quebradiços em região cervical; o Evolução de 12 meses; o Com ausência de prurido. RELATO DE CASO RELATO DE CASO o Exame clínico; o Exame dermatológico; o Raspado cutâneo profundo; o Cultura para dermatófito em Ágar DTM; o Tricograma; o Exame citoparasitológico de cerúmen. RELATO DE CASO o Exame dermatohistopatológico: o Hiperpigmentação, ortoqueratose laminar em traçado de cesto e dilatação de óstios foliculares por hiperqueratose; o Na derme, os folículos pilosos apareceram ativos, exibindo edema, hiperqueratose infundibular moderada, infiltrado inflamatório monomorfonuclear e dermatite superficial perivascular com hiperqueratose epidermal e folicular; o Completa ausência de glândulas sebáceas. RELATO DE CASO o Tratamento tópico: o Banhos de imersão em óleo mineral – 3 dias; o Spray hidratante à base de uréia, ácido lático, propilenoglicol, glicerina e cariciline (derivado do figo) - Diariamente; o Tratamento sistêmico: o Suplementação com ômega 3 e 6 – 2 meses; RELATO DE CASO RELATO DE CASO DISCUSSÃO o Adultos jovens e de meia idade (REICHLER et al., 2001); o Sem predisposição sexual, mais comum nas raças Akita, Poodle Standard, Samoieda e Vizsla (SPATERNA et al., 2003); o Segundo Farias et. al, (2000), os mecanismos etiopatogênicos são desconhecidos, o que torna esta dermatopatia muitas vezes refratária ao tratamento e de difícil controle. DISCUSSÃO o Grave Akita o Xerose, eritema, alopecia, foliculite e cilindros foliculares (REICHLERET, 2001); o O diagnóstico baseia-se principalmente nos achados dermatohistopatológicos (OBLADEN et al., 2007). DISCUSSÃO o O tratamento mais eficaz, combina a terapia tópica com a terapia sistêmica (MEDLEAU, 2009); o Os banhos de imersão em óleo mineral melhoram a hidratação da pele, reduzindo a descamação (BENSIGNOR, 2013); o A ciclosporina auxilia na prevenção da destruição total da glândula sebácea; o Efeitos anti-inflamatórios e imunomoduladores , estimulando o crescimento de pelos (PATEL et al., 2010). DISCUSSÃO o Ácidos graxos atuam como barreira física, evitando ressecamentos excessivos (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 1995); o Isotretinoína em altas dosagens pode ser teratogênica e diminuir a espermatogênese (PATEL et al., 2010); o O diagnóstico e tratamento precoce auxiliam positivamente (MEDLEAU, 2003); o E assim, a prevalência podendo ser reduzida, com a remoção destes pacientes dos protocolos de reprodução (HARVEY e McKEELER, 2004). CONCLUSÃO MUITO OBRIGADA!