CAPÍTULO 4 INTRODUÇÃO À BÍBLIA TÓPICO 1

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CAPÍTULO 4
INTRODUÇÃO À BÍBLIA
TÓPICO 1- INDTRODUÇÃO À BÍBLIA.
1-INTRODUÇÃO.
É necessário conhecermos os aspectos relativos à bíblia em si como um livro.
2- A ESTRUTURA DA BÍBLIA E SUA ORIGEM
A palavra "Bíblia" em português vem do grego biblos, que significa "um
livro", também de biblion, uma forma diminutiva de biblos, significando "pequeno
livro".
Exemplos: "Livro (biblos) da genealogia de Jesus Cristo..." (Mt 1:1); "Então lhe
deram o livro (biblion)... e, abrindo o livro (biblion)..." (Lc. 4:17).
O termo biblos vem do nome dado à polpa interna da planta do papiro em que
se escreviam os livros antigos.
3 O ESPÍRITO SANTO
O autor segunda a bíblia é o Espírito Santo, 2 Pedro 1:20-21.
4 A FINALIDADE DA BÍBLIA
A finalidade está descrita em 2 Tm 3:16-17
5 A IDENTIDADE DA BÍBLIA
A identidade e seu efeito produzido no homem está descrito Hb 4:12. Não têm como
negarmos que a palavra e o Espírito Santo trabalham juntos. Exercemos a fé por
intermédio da palavra: exemplo Malaquias 3:10ª “fazei prova de min”.
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O fato de seu autores terem errado um dia, não quer dizer que as Escrituras são
errôneas ( contra a tese de Boice).
6 AS DUAS GRANDES DIVISÕES DA BÍBLIA E SUAS SEÇÕES
AT: 1-Pentateuco: consiste em 5 livros.
2- Históricos: consiste em 12 livros.
3- Poéticos: consiste em 6 livros.
4- Profetas: consiste em 17 livros (4 profetas maiores, 12 profetas menores).
N.T: 1- Evangelhos: consiste 4 livros.
2- Históricos: consiste em 1 livro.
3- Epístolas: consiste em 21 livros. Epístolas Paulíneas (13 livros), e as Epístolas
Gerais (08 livros). Obs O livro de Hebreus alguns relacionam este livro como de
autoria de Paulo.
4- Proféticos: consiste em 1 livro.
Para melhor entender:
O Antigo Testamento consiste em 39 livros escritos antes do nascimento de
Jesus Cristo. O Novo Testamento consiste em 27 livros escritos pelos primeiros
seguidores de Jesus Cristo.
Os livros que compõem o Antigo Testamento dividem-se em:
Pentateuco (5 livros): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
Históricos (12 livros): Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis,
I Crônicas, II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
Poéticos (5 livros): Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares de Salomão.
Proféticos (17 livros): Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel,
Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias,
Ageu, Zacarias e Malaquias.
O Antigo Testamento hebraico era geralmente dividido em três seções:
A Lei (Tora), (5 livros): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
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Os Profetas (Nebhiim), (8 livros): Primeiros Profetas - Josué, Juízes, Samuel,
Reis; Últimos Profetas: Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze (profetas menores).
Os Escritos (Kethbhim), (11 livros): Livros Poéticos - Salmos, Provérbios, Jó;
Cinco Pergaminhos (Megilloth) - Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Ester e
Eclesiastes; Livros Históricos - Daniel, Esdras - Neemias, Crônicas.
Os livros que compõem o NT dividem-se em:
Biográficos (Evangelhos), (4 livros): Mateus, Marcos, Lucas e João.
Histórico (um livro): Atos.
Pedagógicos (Epístolas), (21 livros): Romanos, I Coríntios, II Coríntios,
Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I
Timóteo, II Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II
João, III João e Judas.
Profético (um livro): Apocalipse.
Hoje vemos a Bíblia organizada pela Septuaginta, isto é, quando os livros da Sagrada
Escritura foram traduzidos para o Grego, século III a.c.
6 CAPÍTULOS E VERSÍCULOS
6.2.1 A DIVISÃO DA BÍBLIA EM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS
A Bíblia não era originalmente dividida em capítulos e versículos como a
conhecemos hoje. Para conveniência de referência, eles foram acrescentados em
datas comparativamente recentes.
Supunha-se que as divisões em capítulos tivessem sido introduzidas pela
primeira vez pelo Cardeal Hugo, que morreu em 1263 A.D. Investigações posteriores
atribuíram-nas a Stephen Langton, arcebispo de Canterbury, falecido em 1228.
O Novo Testamento apareceu publicado pela primeira vez com divisões em
versículos por Robert Stephans, em 1551. A primeira Bíblia a ser publicada
inteiramente dividida em versículos foi a Bíblia de Genebra, em 1560.
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Segundo os números dados por William Evans, a Bíblia “contém 1.189
capítulos e 31.173 versículos... Destes, 929 capítulos, 23.214 versículos... ocorrem no
Antigo Testamento; 260 capítulos, 7.959 versículos..., no Novo”.
É de suma importância que o estudante compreenda que estas divisões não faziam
parte dos textos originais, não foram inspiradas.
A maioria das divisões é muito útil, mas algumas trazem bastante confusão por
terem sido inseridas no meio do assunto tratado, havendo então uma tendência de se
pensar que há um novo tema quando termina um capítulo e outro começa. Algumas
vezes há necessidade de ignorar completamente a divisão em capítulos. Dois
exemplos simples deste problema são os seguintes: em Atos 22, a mensagem de
Paulo está separada dos acontecimentos que a motivaram, registrados no capítulo
anterior. João 7:53 e 8:1, lidos juntos, sem o corte do capítulo, apresentam um
contraste significativo: "E cada um foi para sua casa. Jesus, entretanto, foi para o
Monte das Oliveiras."
6.3.1 O PERÍODO DA IMPRENSA
A Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso da história. João Gutenberg, de Mainz,
Alemanha, inventou a imprensa em 1450. O primeiro livro saiu com o nome a Bíblia
de “Mazarin”, com base na Vulgata Latina, em 1455. Sendo publicado em 1516,
apenas com o NT.
Obs: Vulgata Latina (fonte wikpedia) : Vulgata é a forma latina abreviada de vulgata editio
ou vulgata versio ou vulgata lectio, respectivamente "edição, tradução ou leitura de divulgação
popular" - a versão mais difundida (ou mais aceita como autêntica) de um texto.
No sentido corrente, Vulgata é a tradução para o latim da Bíblia, escrita entre fins do século IV
início do século V, por São Jerónimo, a pedido do Papa Dâmaso I, que foi usada pela Igreja
Católica e ainda é muito respeitada.
Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. Foi nesta língua que foi
escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos Romanos, de São Paulo, bem como muitos
escritos cristãos de séculos seguintes.
No século IV, a situação já havia mudado, e é então que o importante biblista São Jerónimo traduz
pelo menos o Antigo Testamento para o latim e revê a Vetus Latina.
A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras.
Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente
do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta.[carece de fontes?] No Novo
Testamento, São Jerônimo selecionou e revisou textos. Ele inicialmente não considerou canônicos
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os sete livros, chamados por católicos e ortodoxos de deuterocanônicos. Porém, seus trabalhos
posteriores mostram sua mudança de conceito, pelo menos a respeito dos livros de Judite, Sabedoria
de Salomão e o Eclesiástico (ou Sabedoria de Sirac), conforme atestamos em suas últimas cartas a
Rufino. Chama-se, pois, Vulgata a esta versão latina da Bíblia que foi usada pela Igreja Católica
Romana durante muitos séculos, e ainda hoje é fonte para diversas traduções.
O nome vem da expressão vulgata versio, isto é "versão de divulgação para o povo", e foi escrita
em um latim cotidiano, usado na distinção consciente ao latim elegante de Cícero, do qual Jerônimo
era um mestre.
A denominação Vulgata consolidou-se na primeira metade do século XVI, sobretudo a partir da
edição da Bíblia de 1532, tendo sido definitivamente consagrada pelo Concílio de Trento, em 1546.
O Concílio estabeleceu um texto único para a Vulgata a partir de vários manuscritos existentes, o
qual foi oficializado como a Bíblia oficial da Igreja e ficou conhecido como Vulgata Clementina.
Após o Concílio Vaticano II, por determinação de Paulo VI, foi realizada uma revisão da Vulgata,
sobretudo para uso litúrgico. Esta revisão, terminada em 1975, e promulgada pelo Papa João Paulo
II, em 25 de abril de 1979, é denominada Nova Vulgata e ficou estabelecida como a nova Bíblia
oficial da Igreja Católica .
7 A BÍBLIA HEBRAICA
Ela é o nossoa At. Sendo organizada em três grandes divisões.
Jesus menciona sobre a bíblia hebraica (Mt 5:17; 22:40).
Três seções: 1) a Lei, 2) os profetas, 3) os escritos. Esta divisão está de acordo com a
descrição de Cristo (Lc 24:44).
8 PERÍODO INTERBÍBLICO
Resumo sobre o assunto:
Autoria / Fonte:
Charles F. Pfeiffer
A Expressão “400 Anos de Silêncio”, freqüentemente empregada para descrever o período entre os
últimos eventos do A.T. e o começo dos acontecimentos do N.T. não é correta nem apropriada. Embora
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nenhum profeta inspirado se tivesse erguido em Israel durante aquele período, e o A.T. já estivesse
completo aos olhos dos judeus, certos acontecimentos ocorreram que deram ao judaísmo posterior sua
ideologia própria e, providencialmente, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a proclamação do
Seu evangelho.
Desenvolvimento Político
A Supremacia Persa
Por cerca de um século depois da época de Neemias, o império Persa exerceu controle sobre a Judéia. O
período foi relativamente tranqüilo, pois os persas permitiam aos judeus o livre exercício de suas
instituições religiosas. A Judéia era dirigida pelo sumo sacerdotes, que prestavam contas ao governo
persa, fato que, ao mesmo tempo, permitiu aos judeus uma boa medida de autonomia e rebaixou o
sacerdócio a uma função política. Inveja, intriga e até mesmo assassinato tiveram seu papel nas disputas
pela honra de ocupar o sumo sacerdócio. Joanã, filho de Joiada (Ne 12:22), é conhecido por ter
assassinado o próprio irmão, Josué, no recinto do templo.
A Pérsia e o Egito envolveram-se em constantes conflitos durante este período, e a Judéia, situada entre
os dois impérios, não podia escapar ao envolvimento. Durante o reino de Artaxerxes III muitos judeus
engajaram-se numa rebelião contra a Pérsia. Foram deportados para Babilônia e para as margens do mar
Cáspio.
Alexandre, o Grande
Em seguida à derrota dos exércitos persas na Ásia Menor (333 a.C.), Alexandre marchou para a Síria e
Palestina. Depois de ferrenha resistência, Tiro foi conquistada e Alexandre deslocou-se pra o sul, em
direção ao Egito. Diz a lenda que quando Alexandre se aproximava de Jerusalém o sumo sacerdote Jadua
foi ao seu encontro e lhe mostrou as profecias de Daniel, segundo as quais o exército grego seria
vitorioso (Dn 8). Essa narrativa não é levada a sério pelos historiadores, mas é fato que Alexandre tratou
singularmente bem aos judeus. Ele lhes permitiu observarem suas leis, isentou-os de impostos durante os
anos sabáticos e, quando construiu Alexandria no Egito (331 a.C.), estimulou os judeus a se
estabelecerem ali e deu-lhes privilégios comparáveis aos seus súditos gregos.
A Judéia sob os Ptolomeus
Depois da morte de Alexandre (323 a.C.), a Judéia, ficou sujeita, por algum tempo a Antígono, um dos
generais de Alexandre que controlava parte da Ásia Menor. Subseqüentemente, caiu sob o controle de
outro general, Ptolomeu I (que havia então dominado o Egito), cognominado Soter, o Libertador, o qual
capturou Jerusalém num dia de sábado em 320 a.C. Ptolomeu foi bondoso para com os judeus. Muitos
deles se radicaram em Alexandria, que continuou a ser um importante centro da cultura e pensamento
judaicos por vários séculos. No governo de Ptolomeu II (Filadelfo) os judeus de Alexandria começaram a
traduzir a sua Lei, i.e., o Pentateuco, para o grego. Esta tradução seria posteriormente conhecida como
a Septuaginta, a partir da lenda de que seus setenta (mais exatamente 72 - seis de cada tribo) tradutores
foram sobrenaturalmente inspirados para produzir uma tradução infalível. Nos subseqüentes todo o
Antigo Testamento foi incluído na Septuaginta.
A Judéia sob os Selêucidas
Depois de aproximadamente um século de vida dos judeus sob o domínio dos Ptolomeus, Antíoco III (o
Grande) da Síria conquistou a Síria e a Palestina aos Ptomeus do Egito (198 a.C.). Os governantes sírios
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eram chamados selêucidas porque seu reino, construído sobre os escombros do império de Alexandre,
fora fundado por Seleuco I (Nicator).
Durante os primeiros anos de domínio sírio, os selêucidas permitiram que o sumo sacerdote continuasse a
governar os judeus de acordo com suas leis. Todavia, surgiram conflitos entre o partido helenista e os
judeus ortodoxo. Antíoco IV (Epifânio) aliou-se ao partido helenista e indicou para o sacerdócio um
homem que mudara seu nome de Josué para Jasom e que estimulava o culto a Hércules de Tiro. Jasom,
todavia, foi substituído depois de dois anos por uma rebelde chamado Menaém (cujo nome grego era
Menelau). Quando partidários de Jasom entraram em luta com os de Menelau, Antíoco marcho contra
Jerusalém, saqueou o templo e matou muitos judeus (170 a.C.). As liberdades civis e religiosas foram
suspensas, os sacrifícios diários forma proibidos e um altar a Júpiter foi erigido sobre o altar do
holocausto. Cópias das Escrituras foram queimadas e os judeus foram forçadas a comer carne de porco, o
que era proibido pela Lei. Uma porca foi oferecida sobre ao altar do holocausto para ofender ainda mais
a consciência religiosa dos judeus.
Os Macabeus
Não demorou muito para que os judeus oprimidos encontrassem um líder para sua causa. Quando os
emissários de Antíoco chegaram à vila de Modina, cerca de 24 quilômetros a oeste de Jerusalém,
esperavam que o velho sacerdote, Matatias, desse bom exemplo perante o seu povo, oferecendo um
sacrifício pagão. Ele, porém, além de recusar-se a fazê-lo, matou um judeu apóstata junto ao altar e o
oficial sírio que presidia a cerimonia. Matatias fugiu para a região montanhosa da Judéia e, com a ajuda
de seus filhos, empreendeu uma luta de guerrilhas contra os sírios. Embora os velho sacerdote não tenha
vivido para ver seu povo liberto do jugo sírio, deixou a seus filhos o término da tarefa. Judas,
cognominado “o Macabeu”, assumiu a liderança depois da morte do pai. Por volta de 164 a.C. Judas
havia reconquistado Jerusalém, purificado o templo e reinstituído os sacrifícios diários. Pouco depois das
vitórias de Judas, Antíoco morreu na Pérsia. Entretanto, as lutas entre os Macabeus e os reis selêucidas
continuaram por quase vinte anos.
Aristóbulo I foi o primeiro dos governantes Macabeus a assumir o título de “Rei dos Judeus”. Depois de
um breve reinado, foi substituído pelo tirânico Alexandre Janeu, que, por sua vez, deixou o reino para
sua mãe, Alexandra. O reinado de Alexandra foi relativamente pacífico. Com a sua morte, um filho mais
novo, Aristóbulo II, desapossou seu irmão mais velho. A essa altura, Antípater, governador da Iduméia,
assumiu o partido de Hircano, e surgiu a ameaça de guerra civil. Conseqüentemente, Roma entrou em
cena e Pompeu marchou sobre a Judéia com as suas legiões, buscando um acerto entre as partes e o
melhor interesse de Roma. Aristóbulo II tentou defender Jerusalém do ataque de Pompeu, mas os
romanos tomaram a cidade e penetraram até o Santo dos Santos. Pompeu, todavia, não tocou nos
tesouros do templo.
Roma
Marco Antônio apoiou a causa de Hircano. Depois do assassinato de Júlio Cesar e da morte de Antípater
(pai de Herodes), que por vinte anos fora o verdadeiro governante da Judéia, Antígono, o segundo filho
de Aristóbulo, tentou apossar-se do trono. Por algum tempo chegou a reina em Jerusalém, mas Herodes,
filho de Antípater, regressou de Roma e tornou-se rei dos judeus com apoio de Roma. Seu casamento
com Mariamne, neta de Hircano, ofereceu um elo com os governantes Macabeus.
Herodes foi um dos mais cruéis governantes de todos os tempos. Assassinou o venerável Hircano (31 a.C.)
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e mandou matar sua própria esposa Mariamne e seus dois filhos. No seu leito de morte, ordenou a
execução de Antípater, seu filho com outra esposa. Nas Escrituras, Herodes é conhecido como o rei que
ordenou a morte dos meninos em Belém por temer o Rival que nascera para ser Rei dos Judeus.
Grupos Religiosos dos Judeus
Quando, seguindo-se à conquista de Alexandre, o helenismo mudou a mentalidade do Oriente Médio,
alguns judeus se apegaram ainda mais tenazmente do que antes à fé de seus pais, ao passo que outros se
dispuseram a adaptar seu pensamento às novas idéias que emanavam da Grécia. Por fim, o choque entre
o helenismo e o judaísmo deu origem a diversas seitas judaicas.
Os Fariseus
Os fariseus eram os descendentes espirituais dos judeus piedosos que haviam lutado contra os helenistas
no tempo dos Macabeus. O nome fariseu, “separatista”, foi provavelmente dado a eles por seu inimigos,
para indicar que eram não-conformistas. Pode, todavia, ter sido usado com escárnio porque sua
severidade os separava de seus compatriotas judeus, tanto quanto de seus vizinhos pagãos. A lealdade à
verdade às vezes produz orgulho e ate mesmo hipocrisia, e foram essas perversões do antigo ideal
farisaico que Jesus denunciou. Paulo se considerava um membro deste grupo ortodoxo do judaísmo de
sua época. (Fp 3:5).
O nome é dado a um grupo de judeus devotos à Torá, surgidos no século II a.C.. Opositores dos saduceus,
criam uma Lei Oral, em conjunto com a Lei escrita, e foram os criadores da instituição da sinagoga. Com
a destruição de Jerusalém em 70 d.C. e a queda do poder dos saduceus, cresceu sua influência dentro da
comunidade judaica e se tornaram os precursores do judaísmo rabínico.
Sua oposição ferrenha ao Cristianismo rendeu-lhes através dos tempos uma figura de fanáticos e
hipócritas que apenas manipulam as leis para seu interesse. Esse comportamento deu origem à ofensa
"fariseu", comumente dado às pessoas dentro e fora do Cristianismo, que são julgados como religiosos
aparentes.
Os Saduceus
O partido dos saduceus, provavelmente denominado assim por causa de Sadoc, o sumo sacerdote
escolhido por Salomão (I Rs 2:35), negava autoridade à tradição e olhava com suspeita para qualquer
revelação posterior à Lei de Moisés. Eles negavam a doutrina da ressurreição, e não criam na existência
de anjos ou espíritos (At 23:3). Eram, em sua maioria, gente de posses e posição, e cooperavam de bom
grado com os helenistas da época. Ao tempo do N.T. controlavam o sacerdócio e o ritual do templo. A
sinagoga, por outro lado, era a cidadela dos fariseus. Os Saduceus compreendem a designação da
segunda escola filosófica dos judeus, ao lado dos fariseus.
Também para esta seita ou partido é difícil determinar a origem. Sabemos que existiu nos últimos dois
séculos do Segundo Templo, em completa discórdia com os fariseus. Como citamos, o nome parece
proceder de Sadoc, hierarca da família sacerdotal dos filhos de Sadoc, que segundo o programa ideal da
constituição de Ezequiel devia ser a única família a exercer o sacerdócio na nova Judéia. De modo que,
dizer saduceus era como dizer "pertencentes ao partido da estirpe sacerdotal dominante". Diferiam dos
fariseus por não aceitarem a tradição oral. Na realidade, parece que a controvérsia entre eles foi uma
continuação dessa hostilidade que havia começado no templo dos macabeus, entre os helenizantes e os
ortodoxos. Com efeito, os saduceus, pertencendo à classe dominadora, tendo a miudo contato com
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ambientes helenizados, estavam inclinados a algumas modificações ou helenizações. O conflito entre
estes dois partidos foi o desastre dos últimos anos da Jerusalém judia.
Suas doutrinas são quase desconhecidas, não havendo ficado nada de seus escritos. A Bíblia afirma que
eles não criam na ressurreição, tendo até tentado enlaçar Jesus com uma pergunta ardilosa sobre esse
conceito. Com muita probabilidade, ainda que rechaçando a tradição farisaica, possuiram uma doutrina
relativa à interpretação e à aplicação da lei bíblica. O único que nos oferece alguns dados sobre suas
doutrinas é Flávio Josefo que, por ser fariseu e por haver escrito para o público greco-romano, não é
digno de muita confiança.
Parece provável que as divergências entre saduceus e fariseus foram mais que dogmáticas, foram
jurídicas e rituais. Com a queda de Jerusalém, a seita dos saduceus extinguiu-se. Ficaram porém suas
marcas em todas as tendências anti-rabínicas dos primeiros séculos (d.C.) e da época medieval.
Os Essênios
O essenismo foi uma reação ascética ao externalismo dos fariseus e ao mundanismo dos saudceus. Os
essênios se retiravam da sociedade e viviam em ascetismo e celibato. Davam atenção à leitura e estudo
das Escrituras, à oração e às lavagens cerimoniais. Suas posses eram comuns e eram conhecidos por sua
laboriosidade e piedade. Tanto a guerra quanto a escravidão era contrárias a seus princípios.
O mosteiro em Qumran, próximo às cavernas em que os Manuscrito do Mar Morto foram encontrados, é
considerado por muitos estudiosos como um centro essênio de estudo no deserto da Judéia. Os rolos
indicam que os membros da comunidade haviam abandonado as influências corruptas das cidades
judaicas para prepararem, no deserto, “o caminho do Senhor”. Tinham fé no Messias que viria e
consideravam-se o verdadeiro Israel para quem Ele viria.
Os Essênios constituíam um grupo ou seita judaica ascética que teve sua existência por volta de 150 a.C.
até 70 d.C. Estavam relacionados com outros grupos religioso-políticos, como os saduceus. O nome
essênio provém do termo sírio "Asaya", e do aramaico Essaya, todos com o significado de médico.
Durante o domínio da Dinastia Hasmonéa, os essênios foram perseguidos. Retiraram-se por isso para o
deserto, vivendo em comunidade e em estrito cumprimento da lei mosaica, bem como da dos Profetas.
Na Bíblia não há menção sobre eles. Sabemos a seu respeito por Flávio Josefo (historiador oficial judeu)
e por Fílon de Alexandria (filósofo judeu). Flávio Josefo relata a divisão dos judeus do Segundo Templo
em três grupos principais: Saduceus, Fariseus e Essênios. Os Essênios eram um grupo de separatistas, a
partir do qual alguns membros formaram uma comunidade monástica ascética que se isolou no deserto.
Acredita-se que a crise que desencadeou esse isolamento do judaísmo ocorreu quando os príncipes
Macabeus no poder, Jonathan e Simão, usurparam o ofício do Sumo Sacerdote, consternando os judeus
conservadores. Alguns não podiam tolerar a situação e denunciaram os novos governantes. Josefo refere,
na ocasião, a existência de cerca de 4000 membros do grupo, espalhados por aldeias e povoações rurais.
Adotaram uma série de condutas morais que os diferenciavam dos demais judeus:
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A comida era sujeita a rígidas regras de purificação;
Aboliam a propriedade privada;
Contrários ao casamento;
Eram vegetarianos;
Tomavam banho antes das refeições;
Vestiam-se sempre de branco.
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Não tinham amos nem escravos. A hierarquia estabelecia-se de acordo com graus de pureza espiritual
dos irmãos, os sacerdotes que ocupassem o topo da ordem.
Dentre as comunidades, tornou-se conhecida a de Qumran, pelos manuscritos em pergaminhos que levam
seu nome, também chamados Pergaminhos do Mar Morto ou Manuscritos do Mar Morto. Segundo Christian
Ginsburg (historiador orientalista), os essênios foram os precursores do Cristianismo, pois a maior parte
dos ensinamentos de Jesus, o idealismo ético, a pureza espitirual, remetem ao ideal essênio de vida
espiritual. A prática da banhar-se com frequência, segundo alguns historiadores, estaria na origem do
ritual cristão do Batismo, que era ministrado por São João Batista, às margens do Rio Jordão, próximo a
Qumram.
Os Escribas
Os escribas não eram, estritamente falando, uma seita, mas sim, membros de uma profissão. Eram, em
primeiro lugar, copista da Lei. Vieram a ser considerados autoridades quanto às Escrituras, e por isso
exerciam uma função de ensino. Sua linha de pensamento era semelhante à dos fariseus, com os quais
aparecem freqüentemente associados no N.T.
O escriba ou escrivão era a pessoa na Antiguidade que dominava a escrita e a usava para, a mando do
regente, redigir as normas do povo daquela região ou de uma determinada religião.
Nos livros sagrados para os cristãos e judeus, o termo escriba refere-se aos chamados doutores e mestres
(Mt 22:35 e Lc 5:17), ou seja, homens especializados no estudo e na explicação da lei ou Torá. Embora o
termo apareça pela primeira vez no livro de Esdras, sabe-se que tinham grande influência e eram muito
considerados pelo povo, tendo existido escribas partidários de diferentes correntes, tais como os fariseus
(a maioria), saduceus e essênios.
A classe começa a atuar ainda nos tempos do Antigo testamento, em que a figura do profeta perde o seu
valor. Já no Novo testamento, é possível verificar que a maioria dos escribas se opõe aos ensinamentos
de Jesus (Mc 14:1 e Lc 22:1), que os critica duramente por causa do seu proceder legalista e hipócrita
(Mt 23:1-36 / Lc 11:45-52 / 10:46-47), comparando-o ao dos fariseus, a corrente de escribas que
representava a maioria.
Após o desaparecimento do templo de Jerusalém no ano 70, seguido do desaparecimento da figura do
sacerdócio judaico, sua influência passaria a ser ainda maior.
Alguns escribas ficariam famosos, tais como Hillel e Sammai (pouco antes de Jesus Cristo), tendo sido
ambos líderes de tendências opostas na interpretação da lei, liberal o primeiro e rigoroso o segundo.
Gamaliel, discípulo de Hillel, foi mestre de Paulo (At 22:3), tendo existido também outros escribas
simpatizantes com os cristãos. (At 5:34).
Os Herodianos
Os herodianos criam que os melhores interesses do judaísmo estavam na cooperação com os romanos.
Seu nome foi tirado de Herodes, o Grande, que procurou romanizar a Palestina em sua época. Os
herodianos eram mais um partido político que uma seita religiosa.
A opressão política romana, simbolizada por Herodes, e as reações religiosas expressas nas reações
sectárias dentro do judaísmo pré-cristão forneceram o referencial histórico no qual Jesus veio ao mundo.
Frustrações e conflitos prepararam Israel para o advento do Messias de Deus, que veio na “plenitude do
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tempo” (Gl 4.4).
Charles F. Pfeiffer - “From Malachi to Matthew”
TÓPICO 2
AS LÍNGUAS, MATERIAIS E INSTRUMENTOS DE ESCRITA DA BÍBLIA
I INTRODUÇÃO
Transmissão das Escrituras a partir da invenção da escrita, 3000 a.c.
2 A TRANSMISSÃO ORAL
Foi 1600 que ela foi escrita, longo período. No início a transmissão da criação e o
início do judaísmo foram de forma oral.
3 AS LÍNGUAS ESCRITAS
3.1 ELOS
- possibilidade do conhecimento.
- o reconhecimento do aspecto canônico.
- os próprios registros dos textos inspirados por Deus.
HB 1:1; João 1:1 e 14
3.2 AS ESCRITAS PRIMITIVAS.
3.2.1 O CUNEIFORME
Mesopotâmia em 3200 a.c., sistema de escrita “cunha” por isso, cuneiforme (latim
cunes). No fim do século 8 a escrita já era feita em linhas, usado cerca de 800 sinais.
Breve resumo, fonte wikpedia: foi desenvolvida pelos sumérios e é a designação geral dada a
certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha. É, juntamente com os
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hieróglifos egípcios, o mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado pelos sumérios por
volta de 3500 a.C. Inicialmente a escrita representava formas do mundo (pictogramas), mas por
praticidade as formas foram se tornando mais simples e abstratas.
Os primeiros pictogramas eram gravados em tabuletas de argila, em sequências verticais de escrita,
e com um estilete feito de cana que gravava traços verticais, horizontais e oblíquos. Então duas
novidades tornaram o processo mais rápido e mais fácil: as pessoas começaram a escrever em
sequências horizontais (rotacionando os pictogramas no processo), e um novo estilete em cunha
inclinada passou a ser usado para empurrar o barro, enquanto produzia sinais em forma de cunha.
Ajustando a posição relativa da tabuleta ao estilete, o escritor poderia usar uma única ferramenta
para fazer uma grande variedade de signos.
Tabuletas cuneiformes podiam ser tostadas em fornos para prover um registro permanente; ou as
tabuletas poderiam ser reaproveitadas se não fosse preciso manter os registros por longo tempo.
Muitas das tabuletas achadas por arqueólogos foram preservadas porque foram tostadas durante os
ataques incendiários de exércitos inimigos, contra os edifícios no qual as tabuletas eram mantidas.
Inventada pelo sumérios para registrar a língua suméria, a escrita cuneiforme foi adotada
subsequentemente pelos acadianos, babilônicos, elamitas, hititas e assírios e adaptada para escrever
em seus próprios idiomas; foi extensamente usada na Mesopotâmia durante aproximadamente 3 mil
anos, apesar da natureza silábica do manuscrito (como foi estabelecido pelos sumérios) não ser
intuitiva aos falantes de idiomas semíticos. Antes da descoberta da civilização Suméria, o uso da
escrita cuneiforme apesar das dificuldades levou muitos filólogos a suspeitar da existência de uma
civilização precursora à babilônica. A sua invenção ficou a dever-se às necessidades de
administração dos palácios e dos templos (cobrança de impostos, registro de cabeças de gado,
medidas de cereal, etc.). Fez nascer a escola, o livro, a literatura e os códigos de leis.
3.2.2 OS HIERÓGRAFOS
Foi o sistema criado pelos Egípicios, sinais representados por desenhos que tinham significados.
Era totalmente diferente da cuneiforme. Usavam 700 sinais, escritos com pena sob um papiro, nos
muros, palácios, túmulos, etc.
3.2.3 O ALFABETO HEBRAICO
Os fenícios desenvolveram este sistema na antiga Canaã (1050 a 850 a.c.). A escrita hebraica é de
origem fenícia, possui 22 consosantes, e se escreve da direita para a esquerda.
4 OS MATERIAIS, INSTRUMENTOS E ESCRITA E IDIOMAS USADOS.
Resumo sobre os idiomas da Bíblia
A maior parte do Antigo Testamento foi escrita em hebraico. Alguns capítulos
foram escritos numa língua afim, o aramaico. O Novo Testamento foi escrito em
grego.
1. Hebraico: Quase todos os 39 livros do Antigo Testamento foram escritos em
hebraico. As letras tipo bloco eram escritas em maiúsculas, sem vogais, sem espaços
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entre palavras, frases ou parágrafos, e sem pontuação. Os pontos das vogais foram
acrescentados mais tarde (entre 500 e 600 A.D.) pelos eruditos massoretas. O
hebraico é conhecido como um dos idiomas semíticos.
2. Aramaico: Um idioma aparentado com o hebraico, o aramaico tornou-se a língua
comum na Palestina depois do cativeiro babilônico (500 A.C.). Algumas partes do
Antigo Testamento foram escritas nesse idioma: uma palavra designando nome de
lugar em Gênesis 31:47; um versículo em Jeremias 10:11; cerca de seis capítulos no
livro de Daniel (2:4b-7:28); e vários capítulos em Esdras (4:8-6:18; 7:12-26).
O aramaico continuou sendo o vernáculo da Palestina durante vários séculos.
Jesus e seus primeiros seguidores aparentemente falavam aramaico. Temos assim
algumas palavras aramaicas preservadas no Novo Testamento, tais como: talitá cumi
(Mc 5.41), Maranata (I Co 16.22), Gólgota (Mt 27.33), Eli, Eli lama sabachthani
("Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?"), (Mt 27:46). Jesus se dirigia
habitualmente a Deus como Abba (aramaico "Pai"), (Mc 14:26). Note a influência
disto em Romanos 8:15 e Gálatas 4:6.
3. Grego: Apesar de Jesus falar aramaico, o grego (grego koinê) era mais
difundido que o aramaico e foi a língua empregada pelos autores dos livros do Novo
Testamento. A mão de Deus pode ser vista nisto, porque o grego era o idioma
internacional do século I, tornando assim possível a divulgação do evangelho através
de todo o mundo então conhecido.
Essas línguas continuam sendo faladas em algumas partes do mundo
contemporâneo. O hebraico é a língua oficial do Estado de Israel. O aramaico é
falado por alguns cristãos nas vizinhanças da Síria. O grego, embora muito diferente
daquele do Novo Testamento, é falado por milhares de pessoas hoje.
A história de como a Bíblia chegou até nós, na forma em que a conhecemos, é
longa e fascinante. Ela começa com os manuscritos originais, ou "autógrafos", como
são às vezes chamados. Esses textos originais foram escritos por homens da
antigüidade movidos pelo Espírito Santo (2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20,21).
Durante anos, os céticos declararam que Moisés não poderia ter escrito a
primeira parte da Bíblia porque a escrita era desconhecida na época (1500 A.C.).
A ciência da arqueologia provou desde então que a escrita já era conhecida
milhares de anos antes dos dias de Moisés. Os sumérios já escreviam cerca de 4000
A.C., e os egípcios e babilônios quase nessa mesma época.
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MATERIAIS UTILIZADOS NOS ESCRITOS ANTIGOS
Pedra: Muitas inscrições famosas encontradas no Egito e Babilônia foram
escritas em pedra. Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos escritos em tábuas de
pedra (Êx 31:18, 34:1-28). Dois outros exemplos são a Pedra Moabita (850 A.C.) e a
Inscrição de Siloé, encontrada no túnel de Ezequias, junto ao tanque de Siloé (700
A.C.).
Argila: O material de escrita predominante na Assíria e Babilônia era a argila,
preparada em pequenos tabletes e impressa com símbolos em forma de cunha
chamados de escrita cuneiforme, e depois assada em um fomo ou seca ao sol.
Milhares desses tabletes foram encontrados pelas pás dos arqueólogos.
Madeira: Tábuas de madeira foram bastante usadas pelos antigos para
escrever. Durante muitos séculos a madeira foi a superfície comum para escrever
entre os gregos. Alguns acreditam que este tipo de material de escrita é mencionado
em Isaías 30:8 e Habacuque 2:2.
Couro: O Talmude judeu exigia especificamente que as Escrituras fossem
copiadas sobre peles de animais, sobre couro. É praticamente certo, então, que o
Antigo Testamento foi escrito em couro. Eram feitos rolos, costurando juntas as peles
que mediam de alguns metros a 30 metros ou mais de comprimento. O texto era
escrito em colunas perpendiculares ao rolo. Os rolos, entre 26 e 70 cm de altura, eram
enrolados em um ou dois pedaços de pau.
Papiro: É quase certo que o Novo Testamento foi escrito sobre papiro, por ser
este o material de escrita mais importante na época. O papiro é feito cortando-se em
tiras seções delgadas de cana de papiro, empapando-as em vários banhos de água, e
depois sobrepondo-as umas às outras para formar folhas.
Uma camada de tiras era colocada por sobre a primeira, e depois as punham
numa prensa, a fim de aderirem umas às outras. As folhas tinham de 15 a 38 cm de
altura e 8 a 23 cm de largura. Rolos de qualquer comprimento eram preparados
colocando juntas as folhas. Geralmente mediam cerca de 10 m de comprimento,
embora tenha sido encontrado um rolo com 47 m de comprimento.
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Velino ou pergaminho: O velino começou a predominar mediante os esforços
do rei Eumenes II, de Pérgamo (197-158 A.C.). Ele procurou formar sua biblioteca,
mas o rei do Egito cortou o seu suprimento de papiro, sendo-lhe então necessário
obter um novo tipo de material de escrita. Fez isto aperfeiçoando um novo processo
para o tratamento de peles.
O resultado é conhecido como velino ou pergaminho. Embora os termos sejam
usados como sinônimos, o velino era preparado originalmente com a pele de bezerros
e antílopes, enquanto o pergaminho era de pele de ovelhas e cabras.
Obtinha-se assim um couro de excelente qualidade, preparado especial e
cuidadosamente para receber escrita de ambos os lados. Este tipo de material foi
utilizado centenas de anos antes de Cristo e, por volta do século IV A.D., ele
suplantou o papiro. Quase todos os manuscritos conhecidos são em velino.
OS INSTRUMENTOS ANTIGOS DA ESCRITA
A tinta negra para escrever era preparada com fuligem ou negro de fumo e cola
diluídos em água.
Os essênios, que escreveram os Rolos do Mar Morto, usavam ossos queimados
de cordeiro e azeite. É notável como a escrita permanece tão bem conservada até
hoje. Os instrumentos de escrita eram um cinzel para usar sobre pedra e um estilete
feito de metal ou de madeira dura para uso nas tábuas de argila.
Penas foram inventadas para escrever sobre o papiro ou velino. Estas eram
feitas de talos ocos de grama de pasto (capim) ou bambu. O bambu seco era cortado
diagonalmente com uma faca, sendo bem afiado na extremidade, a qual era então
fendida. A fim de manter os materiais em boas condições, os escribas portavam uma
faca. Daí a palavra inglesa penknife (faca para cortar pena).
É preciso ressaltar que, tanto quanto sabemos, nenhum dos manuscritos originais
existe. Alguns podem vir a ser ainda descobertos, mas isso é duvidoso. Não se
encontrou até agora nenhum material dos tempos bíblicos.
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CLASSIFICAÇÃO DOS MANUSCRITOS
Os manuscritos estão divididos em duas classes:
Unciais (do latim uncia, polegada): São assim chamados por serem escritos em
grandes letras maiúsculas sobre o velino delgado. Trata-se dos manuscritos mais
antigos.
Cursivos: Vieram mais tarde os manuscritos cursivos, que receberam este
nome por serem escritos com letras "cursivas" ou à mão. Datam do século X ao
século XV A.D. Dos 4.500 manuscritos existentes, cerca de 300 são unciais e o
restante são cursivos.
Não fosse a ordem de Diocleciano para destruí-los em 302 A.D., haveria
provavelmente um número muito maior deles. Dos 300 unciais existentes hoje, cerca
de 200 são manuscritos copiados em velino que datam do século IV ao século IX.
Além desses, há cerca de setenta documentos em papiro datados do século II ao
século IV.
Peças de cerâmica fragmentadas, conhecidas como "óstracos", eram muito
usadas na antigüidade como material de escrita, e cerca de trinta delas foram
encontradas, contendo porções das Escrituras. Esses papiros e óstracos só
recentemente vieram à luz e serviram para aumentar consideravelmente nosso
conhecimento do texto do Novo Testamento.
Manuscrito Sinaítico - Códice Alef
Um dos primeiros manuscritos unciais (340 A.D.), o Sinaítico foi descoberto
em 1844 pelo Dr. Constantine Tischendorf, um professor da Bíblia e erudito alemão,
no Monastério de St. Catherine, no monte Sinai. Escrito em grego, ele contém uma
parte da tradução Septuaginta do Antigo Testamento em grego e o Novo Testamento
inteiro, além de metade dos livros apócrifos, assim como a Epístola de Barnabé e
uma boa parte do Pastor de Hermas. Ele contém 364,5 folhas de excelente velino,
com 34,56 cm de largura e 38,15 cm de altura. Cada página possui quatro colunas de
cerca de 6,35 cm de largura, exceto os Livros Poéticos, onde existem duas colunas
mais largas. Cada coluna tem quarenta e oito linhas.
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O Dr. Tischendorf descobriu as páginas do manuscrito no monastério, onde os
monges as utilizavam para acender fogo. Ele resgatou quarenta e três folhas do
velino; mas somente 15 anos mais tarde conseguiu obter as folhas restantes, com a
ajuda do Czar da Rússia, em troca de alguns presentes para o monastério no Sinai.
Em 1869, a obra foi entregue à Biblioteca Imperial em São Petersburgo (agora
Leningrado).
Em 1933 a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) a vendeu ao
Museu Britânico por 100.000 libras inglesas (cerca de US$ 500.000), onde se
encontra até hoje. Um recinto antes desconhecido foi descoberto no Monastério de St.
Catherine em 1975, e nele foram encontradas mais treze páginas do Sinaítico. Junto
com o Vaticano, o Sinaítico é considerado um dos dois manuscritos mais importantes
existentes. Ele é o único que contém o Novo Testamento completo.
Manuscrito Alexandrino - Códice A
Este manuscrito, o último dos três maiores unciais considerados aqui, data do
século V (cerca de 450 A.D.). Embora contenha tanto o Antigo como o Novo
Testamento, algumas partes estão faltando.
Do Antigo Testamento faltam: Gênesis 14:14-17; 15:1-5; 16-19; 16:6-9; 1 12:18-14:9
e Salmos 49:19-79:10. Do Novo Testamento faltam: Gênesis 1:1-25:6; João 6:508:52; 2 Coríntios 4:13-12:6.
É composto de 773 folhas, 639 do Antigo Testamento e 134 do Novo. Seu
tamanho é 26,24 cm de largura e 32,64 cm de altura. Cada página tem duas colunas
de 50 ou 51 linhas.
Foi provavelmente escrito em Alexandria, no Egito. Conta-se ter sido
apresentado ao patriarca de Alexandria, tendo obtido o nome de Códice Alexandrino.
Encontra-se agora na Biblioteca Nacional do Museu Britânico em Londres, na
Inglaterra. Apesar disso, não chega a alcançar o elevado padrão dos manuscritos
Vaticano e Sinaítico.
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Só mais dois desses unciais antigos serão mencionados aqui. Existem inúmeros
outros - na maioria pequenas porções do Antigo ou Novo Testamentos. Todavia, por
menores que sejam esses fragmentos, cada um acrescenta seu testemunho à exatidão
das presentes Escrituras.
Manuscrito Vaticano - Códice B
Este uncial famoso datado século IV (350, possivelmente 325 A.D.). Está
escrito em grego e contém a tradução Septuaginta do Antigo Testamento, os
Apócrifos (com exceção dos livros dos Macabeus e da Oração de Manassés) e o
Novo Testamento. No Antigo Testamento estão faltando Gênesis 1:1-46:28,2 Reis
2:5-7, 10:13 e Salmos 106:27- 136:6.
No Novo Testamento, faltam Marcos 16:9-20/ João 7:53-8:11 e Hebreus 9:14
até o fim do Novo Testamento, incluindo as Epístolas Pastorais (1 e 2 Timóteo, Tito e
Filemom) e Apocalipse (mas não as Epístolas Gerais: Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3
João e Judas).
Como o nome sugere, este manuscrito encontra-se agora na Biblioteca do
Vaticano em Roma, onde foi catalogado pela primeira vez em 1481, e contém 759
folhas, 617 do Antigo Testamento e 142 do Novo.
As páginas possuem 25,6 cm de largura e 26,88 cm de altura. Cada página
contém três colunas de 42 linhas, exceto os Livros Poéticos, têm duas colunas. O
Vaticano é considerado como a melhor cópia conhecida do Novo Testamento. É
interessante notar que não inclui Marcos 16:9-20, porém o escriba deixou mais de
uma coluna vazia nesse lugar, como se conhecesse esses versículos, mas estivesse
indeciso quanto a incluí-los ou não.
Manuscrito Efraim - Códice C
Este manuscrito contém partes do Antigo e Novo Testamentos. Existem agora
apenas 64 folhas do Antigo Testamento e 145 do Novo Testamento. As páginas são
de 24,32 cm por 31,36 cm. Cada página contém uma coluna larga de 40-46
(geralmente 41) linhas. Julga-se que foi escrito no Egito, provavelmente em
Alexandria, e data do século V (cerca de 450 A.D.).
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Este manuscrito é o que se chama de palimpsesto, significando "raspado".
O pergaminho de velino era escasso e de alto preço; portanto, a escrita era
algumas vezes raspada e outro material era escrito por cima ou, como neste caso,
entre as linhas originais. No século XII, as palavras originais deste manuscrito foram
parcialmente apagadas e os sermões do Padre Sírio Efraim (299-378) inseridos entre
as linhas. Esta é a razão de ser chamado Manuscrito Efraim.
Quase no final do século XVII, um aluno da biblioteca pensou ter visto traços
de uma escrita mais antiga por baixo dos sermões de Efraim. Em 1834, mediante uma
solução química forte, as Escrituras originais da Bíblia grega foram parcialmente
restauradas. Em 1840, Tischendorf revelou mais completamente o texto anterior e foi
o primeiro a lê-lo com êxito. Em 1843-45 ele o editou e publicou.
Manuscrito Beza - Códice D
Data do século VI (cerca 550 A.D.). Com algumas omissões, contém os
Evangelhos, 3 João 11-15 e Atos. Acha-se depositado na biblioteca da Universidade
de Cambridge, na Inglaterra. O manuscrito compõe-se de 406 folhas, cada uma de
20,48 cm por 25,6 cm, com uma coluna de 33 linhas por página.
Este é o mais antigo manuscrito conhecido escrito em dois idiomas. A página
da esquerda é em grego, enquanto o texto correspondente em latim fica do lado
oposto, à direita. Em 1562, ele foi encontrado no Monastério de Santo Irineu, em
Lyons, França, por Theodore Beza, renomado literato bíblico francês que viajou para
a Suíça e se converteu em assistente e sucessor de João Calvino, o famoso reformador
de Genebra. Em 1581, Beza entregou o manuscrito à Universidade de Cambridge.
LECIONÁRIOS
Mais uma palavra deve ser acrescentada para completar a história dos
manuscritos do Novo Testamento. Os manuscritos incluem um grupo de materiais
chamados "lecionários".
O termo "leitura" refere-se a uma passagem escolhida na Escritura, destinada a
ser lida nos serviços públicos. Assim sendo, um lecionário é um manuscrito
especialmente arranjado e copiado com este propósito. Alguns eram unciais e outros,
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cursivos. A maioria deles foi extraída dos Evangelhos, mas alguns de Atos e das
Epístolas. Os estudos mostraram que eles foram copiados com mais cuidado do que
um manuscrito comum; portanto, fornecem cópias excelentes para comparações.
Mais de 1.800 lecionários foram enumerados.
APÓS OS MANUSCRITOS SURGEM AS VERSÕES
Depois dos manuscritos, a próxima forma mais importante das Escrituras, que
dá testemunho da sua antigüidade, são as versões. A versão é uma tradução do idioma
original de um manuscrito em outro idioma. Existe um número muito grande de
versões, mas apenas algumas serão consideradas como exemplos dispersos através
dos anos até hoje.
A Septuaginta
Esta é, talvez, a mais importante das versões, por sua data antiga e influência
sobre outras traduções. A Versão Septuaginta é uma tradução do Antigo Testamento
hebraico para o grego. Foi iniciada cerca de 200 A.C. e terminada cerca de 180 A.C.,
sendo provavelmente a mais antiga tentativa de reproduzir um livro de um idioma
para outro. Este é o documento bíblico mais antigo que possuímos.
"Septuaginta" significa "setenta". A abreviação desta versão é LXX. Ela é às
vezes chamada de "Versão Alexandrina", por ter sido traduzida na cidade de
Alexandria, no Egito. Esta obra notável é denominada "septuaginta" por causa de
uma velha lenda que fala de setenta e dois eruditos procedentes da Palestina (seis de
cada uma das doze tribos de Israel) que viajaram para Alexandria, onde se diz que
completaram a obra em setenta e dois dias. Segundo a história, que é com certeza
puramente fictícia, os eruditos ficaram separados uns dos outros, colocados um ou
dois em cada cela, e quando se compararam suas traduções, todas eram idênticas.
Acredita-se agora que a tradução foi feita por judeus e alexandrinos, ao invés
de palestinos. O trabalho realizou-se em Alexandria. O Pentateuco constitui a melhor
parte desta tradução. Outras porções do Antigo Testamento são excelentes, mas
algumas não passam de uma interpretação ou comentário. Além dos 39 livros do
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Antigo Testamento, ela contém todos, ou parte, dos 14 livros conhecidos como
Apócrifos. A Septuaginta foi comumente utilizada nos dias do Novo Testamento e
mostrou-se muito útil em traduções subseqüentes.
O Pentateuco Samaritano
A raça samaritana surgiu depois dos assírios terem conquistado o reino do
Norte de Israel, em 721 A.C., e levado a maior parte das dez tribos para o cativeiro.
Sargão, rei dos assírios, mandou muitos povos idólatras das suas províncias
orientais para Israel (2 Reis 17:5,6,24). Esses povos fizeram casamentos mistos com
os israelitas que tinham ficado na terra, formando assim a raça samaritana, uma
mistura de israelitas e pagãos. Eles estabeleceram um culto rival ao dos judeus,
construindo um templo no monte Gerizim (Jo 4). Os samaritanos aceitavam apenas o
Pentateuco.
O Pentateuco samaritano é um Pentateuco hebraico escrito em letras
samaritanas. Não se trata de uma tradução, mas de uma outra estruturação do próprio
texto hebraico. A data em que foi escrito é aproximadamente 430 A.C.
Em 2 Reis 17:26-28, lemos a respeito de um sacerdote, dentre os judeus cativos
na Assíria, sendo mandado de volta a Samaria para ensinar o povo. Acredita-se que
ele levou consigo uma cópia do Pentateuco hebraico e que o Pentateuco samaritano
foi calcado nele.
É dito que existem cerca de 6.000 variações do texto hebraico na obra. A
maioria delas é de menor importância, exceto onde os samaritanos deliberadamente
fizeram alterações para adequá-lo às suas crenças específicas.
Existem provavelmente cerca de 100 cópias desta versão em lugares diferentes
da Europa e América. O manuscrito mais antigo conhecido, datado de 1232, acha-se
na Biblioteca Pública de Nova Iorque. Em Nablus (antiga Siquém), em Israel,
encontra-se um rolo samaritano que parece muito antigo.
À medida que a mensagem do cristianismo foi-se difundindo para além da
Palestina, a necessidade de traduções das Escrituras para os idiomas daqueles que
estavam sendo evangelizados tornou-se evidente. Temos assim diversas versões,
apesar de que somente algumas serão examinadas. Comparadas aos manuscritos, seu
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valor é secundário, mas elas são de alguma ajuda para a compreensão do texto
original.
As Versões Siríacas
O idioma sírio era a principal língua falada nas regiões da Síria e Mesopotâmia.
É quase idêntico ao aramaico.
O Siríaco Antigo: Só se soube da sua existência há pouco mais de cem anos.
Existem dois manuscritos principais desta obra:
- O Siríaco Curetônio é uma cópia do século V dos evangelhos, consistindo em
oitenta folhas. Recebeu esse nome em honra do Dr. Curetan, do Museu Britânico, que
o editou.
- O Siríaco Sinaítico foi descoberto no Monastério de St. Catherine, no Monte
Sinai. É um palimpsesto, e só aproximadamente três quartos dele puderam ser
decifrados. A data designada é o século IV ou início do século V A.D.
A Pesita: A palavra "pesita" significa "simples" ou "comum", sendo então
conhecida como Vulgata Siríaca ou Versão Autorizada da Igreja Oriental. Ela vem
sendo utilizada desde o século V A.D. Contém o Novo Testamento inteiro, com
exceção de 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse. Existem cerca de 250
manuscritos dessa versão. Tem sido de grande utilidade para a crítica textual e sua
circulação é vasta, até mesmo na China. Há uma tradução em inglês feita por George
Lamsa.
As Versões Latinas
É interessante notar que a primeira Bíblia em inglês foi baseada no latim.
O Latim Antigo: Reporta-se a uma data bem antiga, possivelmente 150 A.D.
Existem cerca de vinte cópias dessa versão. Tem grande importância como
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testemunha da autenticidade do texto bíblico, por causa de sua antigüidade e sua
fidelidade ao texto que traduz.
A Vulgata Latina: "Vulgata" significa "comum" ou "corrente". Esta é a
grande versão da Bíblia em latim. Devido aos inúmeros erros dos copistas da versão
do latim antigo, Damaso, bispo de Roma, obteve os serviços de Jerônimo para
produzir uma revisão como norma autoritária para as igrejas de fala latina. O trabalho
foi feito em Belém: o Novo Testamento (382-383 A.D.) e o Antigo Testamento (390405 A.D.).
É praticamente impossível superestimar a influência da Vulgata de Jerônimo
sobre a nossa Bíblia. Por mais de mil anos toda tradução das Escrituras na Europa
Ocidental foi baseada nessa obra.
A Vulgata veio a ser eventualmente a Bíblia oficial da Igreja Católica Romana,
continuando a sê-lo até hoje. A Bíblia Católica Romana em inglês é na verdade uma
tradução de uma tradução, não sendo, como a Bíblia protestante, uma tradução da
língua grega original.
Depois da invenção da imprensa em 1450, a Vulgata foi o primeiro livro impresso de
tipo móvel (1455).
OS ROLOS DO MAR MORTO
Descobertos pela primeira vez em março de 1947 por um jovem pastor de
cabras numa caverna perto do lado norte do Mar Morto, os Rolos do Mar Morto,
cerca de 350 ao todo, foram considerados como uma das maiores descobertas
arqueológicas do século XX.
Escritos pelos essênios, entre o primeiro século antes e o primeiro século
depois de Cristo, as partes bíblicas deste rolo nos fornecem manuscritos centenas de
anos mais antigos que quaisquer outros. Partes de cada livro do Antigo Testamento
foram encontradas, com exceção de Ester. De especial interesse são os rolos do livro
de Isaías, porque um dentre os dois encontrados é o livro completo desse grande
profeta. Trata-se de um manuscrito hebraico de Isaías mil anos mais antigo do que
qualquer outro já descoberto. De maneira notável os rolos confirmam a exatidão do
texto massorético do Antigo Testamento.
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OS PAPIROS
Certa quantidade de papiros descobertos recentemente (1931) nas tumbas do
Egito, atraem a atenção dos estudiosos e pesquisadores. Estes têm sido
freqüentemente considerados os de benefício mais importante para a crítica textual do
Novo Testamento, desde que Tischendorf anunciou a descoberta dos Códices
Sinaíticos. Esses papiros foram adquiridos por um renomado colecionador de
manuscritos, A. Chester Beatty.
Outros se encontram na Universidade de Michigan e nas mãos de particulares.
Eles contêm partes do Antigo Testamento em grego: trechos consideráveis de
Gênesis, Números e Deuteronômio, e trechos de Ester, Ezequiel e Daniel. Três
manuscritos do grupo são livros do Novo Testamento: porções de trinta folhas dos
Evangelhos e Atos, oitenta e seis folhas das Epístolas Paulinas e dez folhas da parte
do meio do livro de Apocalipse. Esse material é da maior importância, pois data do
século III ou antes. O texto é de tão alta qualidade que se compara aos Códices
Vaticano e Sinaítico.
O Fragmento de John Rylands é um pequeno pedaço de papiro com apenas
38,96 cm por 6,4 cm. Embora tão pequeno, é reconhecido como o manuscrito mais
antigo de qualquer parte do Novo Testamento. Está escrito de ambos os lados e
contém uma parte do Evangelho de João: 18:31-33,37,38. Foi obtido em 1920.
Em 1956, Victor Martin, professor de filologia clássica na Universidade de
Genebra, publicou um códice de papiro do Evangelho de João: o Papiro Bodmer 11.
Este incluía os capítulos 1:1 até 14:26, sendo datado de 200 A. D. Trata-se
provavelmente do livro mais antigo do Novo Testamento.
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