6ccsdfpmt14 - PRAC

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UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA 6CCSDFPMT14 RENOVANDO AS AUL AS PRÁTICAS DE PARASITOLOGIA (1) (2) Wilson Eduardo Cavalcante Chagas , Juliana de Assis Dantas , (4) (3) e Vânia Maranhão Pereira Diniz Alencar ; Cristine Hirsch Monteiro Centro de Ciências da Saúde/Departamento de Fisiologia e Patologia/MONITORIA RESUMO A disciplina de Parasitologia, por abordar alguns dos principais temas relacionadas com o processo saúde­doença em nosso meio, necessita ser bem apreendida em seus aspectos básicos por todos os estudantes da área de saúde. As aulas práticas são de extrema importância para o aprendizado do aluno, pois, como se sabe, potencializam a fixação do conhecimento. No entanto, durante as mesmas, várias têm sido as dificuldades encontradas. Por isso, durante o programa de monitoria do ano de 2005, como parte do projeto de monitoria da disciplina de parasitologia, procuramos renovar o material didático disponível nas aulas práticas para melhorar o processo ensino aprendizagem de parasitologia para os cursos de graduação. Nosso objetivo foi facilitar a apreensão dos conhecimentos a respeito dos parasitas mais prevalentes ao nível regional e nacional bem como os seus vetores, ciclo evolutivo, patogenia, a sua forma correta de diagnóstico, tratamento, medidas de prevenção e controle de endemias e pandemias. Foi primeiramente realizada uma seleção das lâminas permanentes e semi­permanentes do acervo da disciplina com as estruturas mais didáticas. O material selecionado ao exame ao microscópio óptico foi usado como modelo para confecção de vários esboços que mais tarde foram reproduzidos em tamanho aumentado em cartazes. Na fase seguinte, as estruturas selecionadas foram fotografadas usando Microscópio Invertido com Contraste de Fase. As imagens foram colecionadas e organizadas em um Atlas de Parasitologia que se encontra em vias de publicação. O Atlas foi confeccionado e fica à disposição no laboratório. A descrição das figuras (Imagens e Desenhos) foi catalogada e usada para se organizar um Guia de Aulas Práticas que é disponibilizado aos graduandos no início do curso. O uso do material (guia de pratica, cartazes e Atlas) tornou as aulas mais dinâmicas permitindo uma melhor compreensão por parte do aluno. Pelo guia de aulas práticas ele fazia sua seqüência de desenhos, procurando identificar as diversas estruturas e para isso, usavam sempre da orientação do monitor passou a participar mais ativamente e perceber onde estavam as dificuldades a serem sanadas. Os cartazes permitiram que os alunos tivessem uma idéia de como as estruturas estavam dispostas na morfologia do parasita e pelo Atlas, ele se familiarizava como o material e com a imagem proveniente do microscópico ótico, facilitando a identificação dos parasitas. Tudo isso no leva a concluir que usar material didático produzido a partir de material disponível no laboratório permitiu melhor desempenho dos alunos. PALAVRAS­CHAVE: Ensino de Graduação, Parasitologia, Didática e Ensino das Ciências INTRODUÇÃ O A disciplina de Parasitologia, por abordar alguns dos principais temas relacionadas com o processo saúde­doença em nosso meio, necessita ser bem apreendida em seus aspectos (1) básicos por todos os estudantes da área de saúde . A disciplina é vinculada ao Departamento de Fisiologia e Patologia (DFP) do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal da Paraíba e atende aos cursos de graduação Medicina, Enfermagem, Farmácia, Nutrição e Fisioterapia da área da saúde, além do curso de Ciências Biológicas. É ministrada sob a forma de aulas teóricas e aulas práticas, abordando aspectos pertinentes às grades curriculares de cada curso. (1, 2, 3) O conteúdo completo , lecionado com 5 créditos para os cursos de Farmácia e Medicina, inclui: Introdução à parasitologia (definições e conceitos); Protozoologia – protozoários parasitas ou comensais de importância médica (Balantidium coli, Entamoeba histolytica/dispar, Entamoeba gingivalis, Entamoeba coli, Endolimax nana, Iodameoba butschlii, Giardia lamblia, Trichomonas vaginalis, Trichomonas tenax, Enteromonas, Chilomastix, Leshmania, Trypanosoma cruzi, Plasmodium e Toxoplasma); Helmintologia – trematódeos, cestódeos e nematódeos de importância médica (Schistosoma mansoni, Fasciola hepatica, ______________________________________________________________________________________________ (1) (2) (3) Monitor(a) Bolsista, Monitor(a) Voluntário(a), Prof(a) Orientador(a)/Coordenador(a), (4) Prof(a) colaborador(a).
UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA Taenia, Echinococus, Hymenolepis, Ascaris lumbricoides, Ancylostomídeos, Strongyloides stercoralis, Enterobius vermiculares, Trichiurus trichiura, Wuchereria bancrofti ); morfologia, ciclo biológico (hospedeiros, fases de desenvolvimento, formas de contágio, vetores e reservatórios), mecanismo patogênico e sintomatologia característica, métodos clínicos e laboratoriais de diagnóstico, epidemiologia, medidas de profilaxia e tratamento das parasitoses de importância médica; ectoparasitoses de importância médica (carrapato, escabiose, ftiríase, pediculose, Tunga penetrans, miíase); acidentes com peçonhentos de importância médica (potó, lagarta de fogo, ofídios, aracnídeos e escorpionídeos). As aulas práticas têm se mostrado de extrema importância para o processo ensino­ aprendizagem na formação do profissional em saúde, potencializando a fixação e a (4, 5) contextualização do conhecimento . No entanto, ao longo dos anos, várias têm sido as dificuldades encontradas. Os alunos chegam à disciplina sem experiência com o uso de microscópios e sem saber o que procurar nas lâminas. As lâminas, muito antigas, não vinham sendo repostas há anos, não propiciavam uma observação de qualidade dos detalhes das estruturas. Boa parte do material foi se deteriorando e chegamos a não ter exemplares de todas as estruturas de interesse. Além disso, quando disponível, o material ainda era insuficiente, não tendo a disciplina condições de mostrar vários exemplares de cada estrutura, muitas vezes não tendo nem um exemplar para mostrar uma determinada estrutura. Além das dificuldades com as lâminas, os microscópios óticos disponíveis não permitem a visualização simultânea por mais de um observador dificultando a explicação da localização ou da estrutura a ser visualizada. O material didático de apoio existente na literatura, Atlas de Parasitologia (6) , além de não reproduzir o material disponível no laboratório, não existe em quantidade suficiente na Biblioteca Central para permitir revisões fora do laboratório. Desta forma o graduando só tem os momentos das aulas práticas e dos plantões para dirimir suas dúvidas. Durante o programa de monitoria do ano de 2005, como parte do projeto de monitoria da disciplina de parasitologia, em paralelo com outras ações que visam melhorar o acervo parasitológico da disciplina, procuramos renovar o material didático disponível nas aulas práticas para melhorar o processo ensino aprendizagem de parasitologia para os cursos de graduação atendidos. Nosso objetivo foi facilitar a apreensão dos conhecimentos a respeito dos parasitas mais prevalentes ao nível regional e nacional bem como os seus vetores, ciclo evolutivo, patogenia, as estratégias de diagnóstico, tratamento, medidas de prevenção e controle. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA 1. SELEÇÃO DO MATERIAL PARASITOLÓGICO Na primeira etapa foi feita a seleção das lâminas permanentes e semi­permanentes do acervo da disciplina com as estruturas mais didáticas. O material selecionado ao exame ao microscópio óptico foi usado como modelo para confecção de vários esboços que mais tarde foram reproduzidos em ampliações para cartazes murais. 2. REGISTRO F OTOGRÁFICO Na fase seguinte as estruturas selecionadas foram fotografadas usando Microscópio Invertido com Contraste de Fase, gentilmente cedido pela equipe do Laboratório de Microbiologia do DFP. As imagens foram colecionadas e organizadas em um Atlas de Parasitologia que se encontra em vias de publicação. O Atlas foi confeccionado artesanalmente e fica à disposição no laboratório. 3. GUIA DE A ULAS PRÁTICAS
UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA O material textual produzido para dar apoio às figuras (Imagens para o Atlas, e Desenhos para os cartazes) foi catalogado e propiciou a organização de um Guia para as Aulas Práticas. RESULTADOS O uso do material (guia de aulas práticas, cartazes e Atlas) tornou as aulas mais dinâmicas permitindo uma melhor apreensão do conteúdo por parte dos graduandos (Figura 1). Figura 1: Material Didático de Apoio Confeccionado pela Monitoria de Parasitologia 2005 Legenda: Verde: Guia para aulas práticas; Azul: Cartazes; Vermelho: Atlas de Parasitologia. Usando o guia de aulas práticas (Figura 2a) o estudante passou a buscar reproduzir o que observa nas estruturas macroscópicas ou ao microscópio ótico em uma seqüência de desenhos, procurando identificar as diversas estruturas. Neste momento fazem uso da orientação do monitor que pode participar mais ativamente do processo ensino­aprendizagem por acompanhar o registro passo a passo e demonstrar com apoio do Atlas as estruturas em detalhe (Figura 2b). Perceber onde se encontram as dificuldades e orientar a aprendizagem se tornaram atividades mais objetivas e prazerosas. Ao final, o guia trás endereços eletrônicos (Tabela 1) onde existem imagens (fotos) e informações relevantes sobre os temas estudados disponibilizando, assim, novos espaços de (4) pesquisa . Tabela 1: Lista de endereços eletrônicos disponibilizados para estudos complementares: http://biodidac.bio.uottawa.ca http://cvm.msu.edu http://microscope.mbl.edu http://www.bioltrop.org http://www.biosci.ohio­state.edu http://www.cvm.okstate.edu http://www.dpd.cdc.gov/dpdx http://www.path.cam.ac.uk http://www­ermm.cbcu. cam.ac.uk
UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA Figura 2: Reorganização do espaço de aprendizagem com o Material Didático de Apoio Confeccionado pela Monitoria de Parasitologia 2005 2a. 2b. Legenda: 2a. Utilização do Guia de Aulas Práticas; 2b. Orientação com o Atlas Os cartazes (Figura 1), expondo de forma esquemática a morfologia do parasita, e o Atlas (Figura 2b), com as fotos das estruturas a serem observadas, permitiram aos graduandos uma pré­visualização das estruturas que serão encontradas no momento da visualização. As estratégias aqui implementadas vêm permitindo ao graduando se familiarizar com as imagens provenientes da observação de estruturas macro ou microscópicas à custa dos novos materiais didáticos, facilitando não só a identificação dos parasitas, mas a construção de um conhecimento mais contextualizado. O guia passou a ser disponibilizado aos graduandos no início do curso a partir do semestre 2005/2 e se tornou, também, parte do processo de avaliação do desempenho do graduando na disciplina Parasitologia. O monitor de parasitologia que participou ativamente de todo o processo pode vivenciar a construção coletiva de material didático de grande valia. CONCLUSÃO O uso da criatividade na busca de uma melhor didática para o melhor aprendizado dos alunos é algo sempre válido, principalmente quando se leciona uma disciplina de grande importância e que aborda temas microscópicos ou que são ainda pouco familiares para os discentes.
Usar material didático produzido a partir de material disponível no laboratório permitiu melhor desempenho dos alunos, pois eles já vão direcionados para a aula prática, tentando identificar o parasita, e a partir daí localizar as diversas estruturas. REFERÊNCIAS B IBLIOGRÁFICAS Pró­Reitoria de Graduação. Ementário dos Cursos de Graduação da UFPB. 2000. Disponível em: www.prg.ufpb.br. Acessado em 02/02/05. NEVES, D. P. Parasitologia humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
UFPB – PRG _____________________________________________________________X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara­Koogan, 2003. Dalfovo, O., Fenili, R. Minella, C. M. S., Ucker, C., Kuhnen, R. Utilização da Web como ferramenta tutorial interativa de apoio ao ensino e aprendizagem em parasitologia. II Workshop de Informática Aplicada à Saúde. 2002. Disponível em: http://www.cbcomp.univali.br/anais/pdf/2002/wsp046.pdf. Acessado em 06/04/07. DALE, E. Audio­Visual Methods in Teaching. 3 ed. HRW . 1969. Disponível em: www.intech.com/education/pdf/ConeOfLearning­Flyer.pdf. Acesso em: 07/04/07. CIMMERMAN, B. & FRANCO. M. A. Atlas de parasitologia: Artrópodes, Protozoários e Helmintos. Ed. Atheneu. 2002.
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