- escola padre reus

Propaganda
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PADRE REUS
BIOLOGIA – 3ª série
ECOLOGIA
Ecologia (do grego oikos: casa; logos: estudo) é a parte da biologia que estuda todas as interações dos seres
vivos entre si e com o ambiente em que vivem.
Conceitos
- Espécie: conjunto de organismos semelhantes entre si (fisiológica e morfologicamente) e que quando cruzados
aleatoriamente, geram descendentes férteis.
- População: conjunto de organismos da mesma espécie, que vivem ao mesmo tempo em uma determinada área.
- Comunidade: conjunto de todas as populações presentes numa determinada região.
- Ecossistema: conjunto formado pela comunidade e pelo meio ambiente. É formado por componentes bióticos e
abióticos.
- Componentes bióticos: compreendem todos os seres vivos que vivem em uma determinada área.
- Componentes abióticos: constituem os fatores ambientais que atuam sobre os seres vivos, tais como luminosidade,
temperatura, disponibilidade de água, tipos de solo etc.
- Euribiontes: São os seres dotados da capacidade de tolerar amplos limites de variações a um determinado
componente abiótico.
- Estenobiontes: São aqueles que apresentam limites de tolerância relativamente estreitos.
- Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas do planeta, toda porção biológica habitada.
- Nível trófico: conjunto de todos os organismos de um ecossistema com o mesmo tipo de nutrição:
 Produtores ou autótrofos: São organismos capazes de fabricar seu próprio alimento através de
substâncias simples inorgânicas obtidas do meio ambiente.
 Consumidores ou heterótrofos: Compreendem os organismos incapazes de produzir seu próprio
alimento. Em vista disso, nutrem-se dos produtores ou de outros consumidores.
 Decompositores: Nutrem-se de organismos mortos ou de partes deles que são liberadas no ambiente.
A atividade decompositora é fundamental para a reciclagem da matéria na natureza, fato
importantíssimo para a manutenção de vida nos mais diversos ecossistemas da Terra.
- Habitat: é o tipo de local ou lugar físico normalmente habitado pelos indivíduos de uma espécie.
- Nicho Ecológico: é o “lugar funcional” ocupado por uma espécie dentro do seu sistema. Isso compreende o que a
espécie representa no quadro geral do ecossistema, pelo que ela faz como procede em relação às outras espécies e
ao próprio ambiente, em que horas do dia ou em que estações do ano têm maior atividade, quando e como se
reproduz, de que forma serve de alimento para outros seres ou contribui para que naquele local se instalem novas
espécies.
Cadeias e teias alimentares
A cadeia alimentar corresponde à sequência de
organismos em que um serve de alimento para o
outro, a partir do produtor.
Nos ecossistemas, entretanto, não existe apenas uma
cadeia alimentar possível, mas várias cadeias que se
inter-relacionam, formando o que se chama de teia
ou rede alimentar.
3
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PADRE REUS
BIOLOGIA – 3ª série
Nome: ..............................................................................................................
Turma: ..............
Data: ........./........../.........
EXERCÍCIO SOBRE CONCEITOS DE ECOLOGIA, CADEIA E TEIA ALIMENTAR
I. Marque o que se pede:
1. O conjunto de indivíduos de uma espécie que vive numa mesma área geográfica constitui:
a) uma cadeia alimentar
b) uma comunidade
c) uma população
d) uma teia alimentar
ecossistema
2. O conjunto do ambiente físico e os organismos que nele vivem é conhecido como:
a) Biótopo
b) Ecossistema
c) Nicho Ecológico
3. Ecologia é mais propriamente o estudo:
a) do comportamento dos animais em seu meio ambiente.
ambiente.
b) dos animais e suas variações com seu meio ambiente.
c) da evolução natural dos seres vivos.
4. Um ecossistema, tanto terrestre como aquático, se define:
a) exclusivamente por todas as associações de seres vivos.
b) pelos fatores ambientais, especialmente climáticos.
c) pela interação de todos os seres vivos.
e)
um
d) Habitat
d) das relações dos seres vivos entre si e com o meio
e) das populações e sociedades animais.
d) pela interação dos fatores abióticos físicos e químicos.
e) pela interação dos fatores abióticos e bióticos.
5. “As lacraias são animais noturnos que habitam lugares sombrios das matas densas e úmidas. Alimentando-se de larvas de insetos e
os exemplares maiores são capazes de atacar pequenos roedores. São animais solitários e seus inimigos naturais são muito poucos.”
Essa descrição corresponde ao que em ecologia se denomina:
a) nicho ecológico
b) habitat preferencial
c) biótipo específico
d) valência ecológica
e)habitat
específico
6. Considere três animais de uma floresta: o esquilo (roedor), a raposa (carnívora) e o pica-pau (insetívoro). Podemos dizer que:
a) os três ocupam o mesmo habitat e o mesmo nicho.
d) os três ocupam tipos de habitat e nichos diferentes.
b) dois ocupam o mesmo habitat.
e) os três ocupam o mesmo habitat e nichos diferentes.
c) dois ocupam o mesmo nicho.
7. Em que nível trófico que ocupam os animais carnívoros que comem os animais herbívoros?
a) primeiro
b) segundo
c) terceiro
d) quarto
e) quinto
II. Responda:
1. O que é comunidade?
2. Defina cadeia alimentar.
III. Monte uma cadeia alimentar (com consumidores até o nível quaternário).
IV. Analise a teia alimentar abaixo:
1. Quantas e quais são as cadeias alimentares presentes
na teia?
2. Em que nível trófico os organismos abaixo estão:
a) inseto:
b) cobra:
c) raposa:
3. Qual é o mais alto nível desta teia e qual organismo está ocupando-o?
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PADRE REUS
BIOLOGIA – 3ª série
ECOLOGIA
Pirâmides Ecológicas
São representações gráficas de uma cadeia alimentar considerando alguns fatores. Quando o fator é o
número de indivíduos que participaram da cadeia alimentar, temos uma pirâmide de números; quando consideramos
a quantidade de matéria viva de cada nível da cadeia alimentar, temos uma pirâmide de biomassa; e quando
consideramos a energia disponível para cada nível trófico participante da cadeia alimentar, teremos uma pirâmide
de energia.
Nessas pirâmides, cada nível é representado por um retângulo, cujo comprimento é proporcional ao número
de indivíduos na pirâmide de números, a biomassa na pirâmide de biomassa e/ou a produção de energia na pirâmide
de energia.
 Pirâmide de Números:
Indica o número de indivíduos em cada nível trófico.
Dependendo da cadeia, a pirâmide de números pode ter o vértice para cima ou para baixo. Vai ter o vértice
voltado para cima quando for necessário um grande número de produtores para alimentar poucos herbívoros, e estes
servirão de alimento para um número ainda menor de carnívoros. O contrário vai ocorrer quando considerarmos
cadeias alimentares com parasitas.
Há ainda um terceiro tipo, quando um único vegetal sustenta um grande número de herbívoros. Nesse caso a
pirâmide terá forma inversa, apenas entre esses dois níveis.
 Pirâmide de Biomassa:
A biomassa ou matéria orgânica representa a quantidade de substância viva em cada nível trófico. É
expressa em termos de quantidade de matéria orgânica por unidade de área em um determinado momento.
Este tipo de pirâmide geralmente apresenta o vértice voltado para cima, pois a biomassa dos produtores é
maior que a dos herbívoros, que é maior que a dos carnívoros. Este caso é encontrado em ecossistemas terrestres. Já
em ecossistemas aquáticos verificamos o contrário, a pirâmide de biomassa apresenta-se invertida. Nesses casos, os
produtores são representados por algas microscópicas com ciclos de vida curto e rápido aproveitamento pelo
zooplâncton. Dessa forma a pirâmide é invertida entre esses dois níveis tróficos. Uma pirâmide como essa pode dar a
falsa impressão de que uma biomassa pequena suporta uma massa grande de consumidores primários.
 Pirâmide de Energia:
Este tipo de pirâmide não depende do tamanho do organismo: alguns organismos podem ter biomassa
pequena, mas a energia que apresentam disponível para o nível trófico seguinte pode ser muito maior que a de um
organismo com biomassa grande, pois um organismo grande gasta muita energia na sua própria manutenção,
deixando pouca energia disponível para o nível seguinte.
A pirâmide de energia nunca é invertida, pois há sempre perda de energia ao passar de um nível trófico para
outro. Isto porque, em todo o processo de transformação de energia há sempre liberação de energia calorífica, não
aproveitável. A energia pode ser transformada de um tipo em outro (energia luminosa em energia química), porém
jamais é criada ou destruída.
O primeiro nível da pirâmide de energia corresponde à quantidade de alimento produzido pelos autótrofos
em uma determinada área, em um determinado intervalo de tempo. A essa quantidade de alimento produzido
chamamos de produtividade bruta. Parte dessa é usada na respiração, e, portanto, gasta pelo próprio autótrofo na
sua manutenção. A matéria orgânica não utilizada na respiração é incorporada aos tecidos dos autótrofos, estando
desta forma disponível para níveis tróficos seguintes. Essa matéria orgânica é a produtividade líquida e representa,
portanto, a energia disponível ao segundo nível trófico, representado pelos herbívoros.
Do alimento digerido e assimilado, parte é excretada na forma de urina, parte é utilizada na respiração e
parte e parte é incorporada aos tecidos dos organismos. A matéria incorporada é a que vai estar disponível para o
nível trófico seguinte, o dos consumidores secundários. Nesse nível trófico, ocorre novamente o que foi descrito para os
consumidores primários.
A quantidade de matéria orgânica acumulada pelos heterótrofos de um ecossistema em uma determinada
área, em um determinado intervalo de tempo, é denominada produção secundária.
Estima-se que apenas cerca de 10% da energia disponível de um nível trófico seja utilizada pelo próximo nível.
Por causa dessa redução de energia disponível em cada nível trófico, dificilmente há mais do que cinco elos
em uma cadeia alimentar. Assim, quanto mais curta for a cadeia, maior será a quantidade de energia disponível para
os níveis tróficos mais elevados.
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PADRE REUS
BIOLOGIA – 3ª série
Nome: ..............................................................................................................
Turma: ..............
Data: ........./........../.........
EXERCÍCIO SOBRE PIRÂMIDES ECOLÓGICAS
Marque com um X o que se pede:
Consumidor Quaternário
1. A figura ao lado pode ser interpretada com:
a) Pirâmide alimentar
b) Pirâmide dos números
c) Pirâmide das massas
d) Pirâmide de energia
e) Qualquer das formas de uma pirâmide ecológica.
Consumidor Terciário
Consumidor Secundário
Consumidor Primário
Produtor
2. Considere a pirâmide de números abaixo. Que letra na tabela corresponde à pirâmide:
Produtor
Consumidor primário
Consumidor secundário
a)
árvore
preguiça
Piolho
b)
árvore
rato
Cobra
c)
alga
zooplâncton
Peixe
d)
capim
boi
Homem
e)
capim
boi
Berne
3. A maior quantidade de energia numa cadeia alimentar é encontrada no nível dos:
a) produtores
d) consumidores terciários
b) consumidores primários
e) consumidores terciários e quaternários
c) consumidores secundários
4. O esquema abaixo representa uma pirâmide de energia na qual os algarismos correspondem aos níveis tróficos presentes em um
ecossistema terrestre.
Analise as três afirmativas sobre a pirâmide e assinale a opção correta:
I.
A representação de uma pirâmide de biomassa corresponderia à mesma pirâmide esquematizada, porém invertida.
II. A energia captada pelos produtores circula na pirâmide energética, podendo ser aproveitada pelos níveis tróficos inferiores.
III. A quantidade de energia bem como a biomassa diminuem de um nível trófico para o seguinte.
a) I, II e III estão corretas
b) Somente I e II estão corretas
c) Somente II e II estão corretas
d) Somente I está correta
e) Somente III está correta
5. Considere o seguinte esquema que representa três possíveis caminhos para a energia usada pela espécie humana.
Plantas verdes
Homem
I
insetos
Bovinos
peixes
homem
II
homem
III
As cadeias alimentares em que o aproveitamento de energia para a espécie humana é maior e menor são, respectivamente:
a) I e II
b) I e III
c) II e I
d) II e III
e) III e I
6. Em campos próximos a banhados vivem bandos de preás que, à noitinha, saem para se alimentar de capim tenro; o preá é
parasitado por centenas de pulgas que vivem entre seus pêlos, e as pulgas, por sua vez, são parasitadas por milhares de bactérias. A
pirâmide
de números que representa esta cadeia alimentar é:
a)
b)
c)
d)
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PADRE REUS
BIOLOGIA – 3ª série
ECOLOGIA
Relações Ecológicas
Relações ecológicas são relações entre os indivíduos das populações e podem regular a densidade destas e
contribuir para a manutenção do equilíbrio da comunidade.
Relações intra-específicas: entre indivíduos da mesma espécie.
Relações interespecíficas: entre indivíduos de espécies diferentes.
Relações harmônicas ou positivas: relações nas quais não se verifica nenhum tipo de prejuízo entre os
organismos associados.
Relações desarmônicas ou negativas: relações nas quais pelo menos uma das espécies é prejudicada.
Neutralismo: quando duas ou mais espécies vivem no mesmo habitat, sem que uma seja afetada por outra.
Intra-específica
Relações harmônicas
Interespecífica
Intra-específica
Relações desarmônicas
Interespecífica
Sociedade
Colônia
Mutualismo
Protocooperação
Comensalismo
Inquilinismo
Canibalismo
Competição
Competição
Amensalismo
Predatismo
Parasitismo
Sociedade:
Indivíduos da mesma espécie que se agrupam para obter algumas vantagens. Caracterizam-se pela divisão
de trabalho e pela solidariedade entre seus membros.
Sociedade das abelhas:
Sociedade das formigas:
Rainha: fêmea fértil com função reprodutora.
Operárias: fêmeas estéreis com função de defesa da colmeia; coleta do néctar; fabricar
cera, mel, geleia real; cuidados com a prole.
Zangões: macho fértil, cuja função é fecundar a fêmea rainha para continuação da
espécie.
Rainha ou içá: fêmea fértil.
Rei ou bitus: machos férteis.
Operárias: estéreis.
- Soldado – defesa.
- Cortadeira – carregadeira, coletora das folhas.
- Jardineiras – cuidam dos fungos que alimentam a sociedade.
Sociedade dos cupins ou térmitas:
Rainha: fêmea fértil e alada.
Reis: machos férteis e alados.
Operárias: indivíduos cegos, com função de defesa.
A união entre os indivíduos na sociedade é mantida por produtos químicos segregados pelos animais, os
feromônios. Estes são substâncias químicas que servem para a comunicação entre os indivíduos. São usados também
para demarcar território, na atração sexual, na identificação entre os indivíduos do mesmo grupo, etc.
Colônias:
Agrupamento de indivíduos que revelam profundo grau de interdependência. São constituídos por indivíduos
que se mantém anatomicamente unidos entre si (formando uma unidade estrutural), com ou sem divisão de trabalho.
Podem ser:
- Amorfas (homeotípicas): não há diferenças morfológicas entre seus membros, nem divisão de trabalho. Exemplo:
corais, cracas, bactérias do gênero Cocus.
- Heteromorfas (heterotípicas): há uma diferenciação morfológica e divisão de trabalho entre os indivíduos. Exemplo:
caravelas.
Mutualismo:
Associação de indivíduos de espécies diferentes que estão intimamente ligados (grande interdependência)
com benefícios mútuos. Também chamada simbiose. Esta associação é necessária para sobrevivência de ambas as
espécies associadas.
Exemplos:
- Cupins e o protozoário Triconinfa que digere a madeira transformando a celulose em glicose, que será utilizada por
ele e pelo cupim.
- Herbívoros e bactérias do intestino que digerem a celulose, obtendo alimento para elas e para o herbívoro.
- Algas e fungos (líquens): as algas contribuem com a matéria orgânica e os fungos com a umidade e os sais. Os
líquens são considerados bioindicadores de poluição.
- Fungos e raízes de vegetais (micorrizas): os fungos absorvem os sais e realizam a decomposição e os vegetais
colaboram com os produtos da fotossíntese.
Protocooperação:
Indivíduos de espécies diferentes obtendo benefícios mútuos sem que haja grande dependência entre eles, os
indivíduos podem sobreviver quando isolados. (mutualismo facultativo).
Exemplos:
- Paguro e anêmona: o paguro permanece dentro de sua concha se deslocando, proporcionando com isto uma
melhor alimentação para a anêmona. A anêmona contribui com suas células urticantes, afugentando predadores,
dando proteção ao paguro.
- Pássaro e boi: O pássaro come os carrapatos do boi, que se livre destes parasitas.
- Pássaro palito: O pássaro cata vermes e restos de comida nos dentes do crocodilo, que fica com a boca mais sadia
evitando infecções.
- Peixe e anêmona: o peixe vive entre os tentáculos da anêmona protegendo-se dos predadores, e a anêmona tem
presas mais fáceis com a movimentação feita pelo peixe.
- Formiga e pulgões. As formigas cuidam e protegem os pulgões, e estes sugam a seiva elaborada da planta e
eliminam substância açucarada pelo ânus que serve de alimento para as formigas.
Comensalismo:
Duas espécies se associam apenas com benefício para uma delas e sem causar prejuízo para a outra. (Está
relacionada a vantagens alimentares da espécie).
Exemplos:
- Rêmora e tubarão: a rêmora come os restos da alimentação do tubarão.
- Hiena e leão: a hiena come os restos da alimentação do leão.
Inquilinismo:
Duas espécies se associam apenas com benefício para uma delas e sem causar prejuízo para a outra. Pode
ser como o uso de outra espécie como abrigo (inquilinismo); o uso de uma espécie como suporte para fixação de
uma planta (epifitismo) ou de um animal (epizoísmo).
Exemplos:
- Peixe agulha e pepino do mar: o peixe agulha abriga-se dentro do equinodermo.
- Orquídeas e árvores: A orquídea tem maior facilidade de obtenção de luz, sem prejudicar a árvore.
- Entamoeba coli e o homem: protozoário que vive no intestino do homem sem prejudicá-lo.
- Paguro: crustáceo se aproveita de conchas de moluscos que já morreram para abrigar seu frágil abdome.
Amensalismo:
Uma espécie é prejudicada sem que a outra seja afetada. Uma espécie impede o crescimento ou a
reprodução de outra.
Exemplos:
- Maré vermelha: proliferação excessiva de algas causando a morte de peixes e outros indivíduos aquáticos.
- Produção de antibióticos por fungos. Os fungos impedem a proliferação de bactérias.
- Pinheiro americano: folhas impedem o crescimento da grama.
Canibalismo:
Um animal mata e devora outro da mesma espécie.
Exemplos:
- Ocorre com alguns insetos; ex.: Louva-a-Deus – fêmea devora o macho após cópula;
- Algumas aranhas, a fêmea devora o macho após cópula;
- Alguns anfíbios (sapo boi), devoram-se entre si para impedir a superpopulação.
Competição intra-específica:
Todo ser vivo compete com outro por alimento e energia.
Exemplos:
- Vegetais competem pela luz, água e sais minerais.
- Animais competem por alimento, espaço vital, posse da fêmea, defesa da prole, etc.
A competição entre os indivíduos da mesma espécie tem como consequência o controle do tamanho da
população:
Defesa de território:
Estabelecido: na época da reprodução, luta para defender o espaço, impedindo a
reprodução de excedentes – Seleção, favorecimento dos mais aptos.
Demarcado: urina – ex.: lobo, coelho.
feromônios – ex.: insetos.
canto – ex.: pássaros.
Competição interespecífica:
Quando duas espécies diferentes vivem na mesma área, usam o mesmo tipo de alimento, ou disputam alguns
recursos. Desta forma, se estabelece uma competição que pode eliminar uma das espécies da comunidade.
Princípio de Gause (princípio da exclusão competitiva).
Exemplos:
- Paramercium aurelia e Paramercium caudatum foram criados separadamente; quando criados juntos, com alimento
constante, uma das espécies declina sua população até se extinguir, enquanto a outra cresce até se estabilizar. As
duas espécies competem pelos mesmos recursos: uma das espécies é eliminada. Não ocupam o mesmo nicho por
muito tempo.
Predatismo:
Um organismo (predador) mata outro (presa) para alimentar-se.
Exemplo:
- Herbivorismo: herbívoro e as plantas de que se alimenta.
- Carnivorismo: mamífero carnívoro se alimentando de mamíferos herbívoros.
Defesas: - Vegetais produzem substâncias tóxicas.
- Animais podem apresentar camuflagem, coloração de advertência, mimetismo.
* Camuflagem: animal se confunde com o ambiente (cor e aspecto)
- Presa: ajuda na defesa
- Predador: facilita a aproximação
* Coloração: animal adquire cor que o predador “aprende” ser de gosto ruim, secreção irritante ou veneno.
* Mimetismo: indivíduos de uma espécie assemelham-se aos de outra, obtendo vantagem.
Exemplo: animais que não tem gosto ruim, que não são venenosos, adquirem o aspecto e cor daqueles que são.
Parasitismo:
Quando um organismo, denominado parasita, vive no corpo do outro, denominado hospedeiro, do qual retira
alimentos. Embora os parasitas possam causar a morte dos hospedeiros, de modo geral trazem-lhe apenas prejuízos.
Os parasitas podem ser classificados quanto à localização:
- Endoparasitas – quando vive no interior do corpo do hospedeiro.
Exemplo: vermes, bactérias, vírus, protozoários.
- Ectoparasita – quando vive na superfície do corpo do hospedeiro.
Exemplo: piolhos, carrapatos, pulgas.
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PADRE REUS
BIOLOGIA – 3ª série
ECOLOGIA
Sucessão Ecológica
É a sucessiva implantação de espécies em lugares desabitados, contribuindo para o desenvolvimento de uma
comunidade e, portanto, de um novo ecossistema.
Etapas:
1. Ecésis: corresponde à chegada ao local dos primeiros organismos vivos que vão colonizar a região. Comumente,
esse papel é realizado pelas algas cianofíceas que são autótrofas e possuem boa capacidade de assimilação do
hidrogênio livre do ar. São os chamados “organismos pioneiros”.
2. Série, Sere ou Sera: são as sucessivas implantações de organismos vegetais mais complexos, o que torna o ambiente
convidativo para insetos, moluscos e outros pequenos animais.
3. Clímax: é quando a sucessão ecológica atinge o seu desenvolvimento máximo, naturalmente compatível com as
condições físicas do local.
A sucessão que se instala numa área inteiramente desabitada constitui uma sucessão primária. Entretanto, é
comum que as comunidades clímax evoluam e se transformem num processo que chamamos de sucessão
secundária.
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PADRE REUS
BIOLOGIA – 3ª série
Nome: ..............................................................................................................
Turma: ..............
Data: ........./........../.........
EXERCÍCIO SOBRE RELAÇÕES ECOLÓGICAS E SUCESSÃO ECOLÓGICA
I. Responda:
1. Diferencie relação harmônica e desarmônica.
2. Diferencie sociedade e colônia.
II. Identifique as relações citadas abaixo e dê exemplos reais de cada uma delas:
1. Associação necessária à sobrevivência de duas espécies e em que ambas se beneficiam.
2. Associação entre indivíduos da mesma espécie, que se mantêm ligados entre si, formando uma unidade estrutural.
3. Associação em que uma das espécies se fixa ou se abriga em outra, porém sem prejudica-la.
4. Associação não obrigatória à sobrevivência, porém em que as duas espécies se beneficiam.
5. Associação em que uma espécie se beneficia, matando outra espécie.
6. Associação entre indivíduos da mesma espécie em que há disputa de território.
1. ...........................…………………………………..............
2. .............................…………………………………........…
3. .................................…………...………………….….......
4. ………………………………….................................……
5. …………………………….................................……..…..
6. ………………………….................................……….…..
III. Marca o que se pede:
1. O espaçamento que se observa em plantas de desertos, não poucas vezes, decorre de uma verdadeira “guerra” entre elas.
Substâncias inibidoras produzidas por uma espécie podem impedir o crescimento de outras, e as mais velhas de uma espécie podem
inibir o desenvolvimento das mais jovens. Esse comportamento caracteriza o chamado:
a) predatismo
b) mutualismo
c) epifitismo
d) parasitismo
e) amensalismo
2. O pé-de-atleta, afecção comum em nosso meio, é produzido por fungos do gênero Epidermophyton. Neste caso a relação entre o
fungo e o homem serve como exemplo de:
a) comensalismo
b) parasitismo
c) inquilinismo
d) predatismo
e) mutualismo
3. É comum encontrar, na beira da praia, conchas acinzentadas de um molusco gastrópode do gênero Thais que abriga no seu
interior um crustáceo decápode anomuro do gênero Clibanarius. A semelhança dos paguros europeus, este crustáceo tem a porção
abdominal (pléon) com um revestimento muito frágil e, protege-lo, enfia-o dentro de uma concha vazia. Esta associação entre o
crustáceo e o molusco é um caso de:
a) mutualismo
b) inquilinismo
c) amensalismo
d) predatismo
e) comensalismo
4. Em uma floresta, as aves araçaris e tuins disputam os troncos ocos das árvores abertos pelos pica-paus, para servir de abrigo para
ninhos. O tipo de relação ecológica existente entre essas aves pode ser incluído no caso típico de:
a) simbiose
b) comensalismo c) cooperação interespecífica d) competição intra-específica e) competição interespecífica
5. Exemplos de espécies pioneiras, capazes de colonizar ambientes inóspitos, são:
a) coníferas e musgos
b) fungos e protozoários
c) gramíneas e liquens
d) musgos e insetos
6. A substituição ordenada e gradual de uma comunidade por outra, até que se chegue a uma comunidade estável, é chamada
sucessão ecológica. Nesse processo, pode-se dizer que o que ocorre é:
a) a constância de biomassa e de espécies
d) o aumento de biomassa e menor diversificação de espécies
b) a redução de biomassa e maior diversidade de espécies
e) o aumento de biomassa e maior diversificação de espécies
c) a redução de biomassa e menor diversificação de espécies
7, Em uma sucessão ecológica sempre ocorre:
a) aumento da biodiversidade
b) aumento da reciclagem de nutrientes
c) aumento do tamanho dos indivíduos
d) aumento das relações ecológicas
e) todas as alternativas anteriores
8. Uma diferença entre sucessão primária e sucessão secundária é:
a) o tipo de ambiente existente no início da sucessão
b) o tipo de comunidade clímax que se estabelece em cada caso
c) o tempo de duração da sucessão, mais rápido na sucessão primária
d) o fato de a sucessão secundária levar a menor biodiversidade
Download