GABARITO AVALIAÇÃO AREA 3ª SERIE HUMANAS

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Colégio Providência – Avaliação por Área
Colégio Providência – Avaliação por Área
Ciências Humanas e suas tecnologias:
História, Geografia, Ensino Religioso, Filosofia, Sociologia
Ciências Humanas e suas tecnologias:
História, Geografia, Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia
B
3ª ETAPA – Data: 24/11/2015
3ª ETAPA – Data: 24/11/2015
3ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO
3ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO
GABARITO – PROVA A
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Colégio Providência – Avaliação por Área – Prova A
Ciências Humanas e suas Tecnologias: História, Geografia, Educação Religiosa, Filosofia e Sociologia
3ª
S
É
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I
E
NOTA:
Professores: Bernardo, Fernanda Oliveira e Carlos
Data: 24 / 11 / 2015
Valor: 7,0
Média:4,9 Etapa: 3ª
Turma:
no :
Aluno(a):
I
HISTÓRIA
QUESTÃO 1
A figura apresentada é um mosaico, produzido por volta do ano
300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel.
Nela,
encontram-se
elementos
que
representam
uma
característica política dos romanos no período, indicada em:
a)
Cruzadismo – conquista da terra santa.
b)
Patriotismo – exaltação da cultura local.
c)
Imperialismo – selvageria dos povos dominados.
d)
Expansionismo – diversidade dos territórios conquistados
Justificativa:
QUESTÃO 2
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas.
BUARQUE, C.; BOAL, A. “Mulheres de Atenas”. In: Meus caros amigos,1976.
Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em 4 dez. 2011 (fragmento)
Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela
época, em razão de
a)
sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento.
b)
seu rebaixamento de status social frente aos homens.
c)
seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra.
d)
sua igualdade política em relação aos homens.
Justificativa:
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO RELIGIOSA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
3ª série – Ensino Médio – 3ª ETAPA – PROVA A – 24/11/2015
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QUESTÃO 3
(UFJF/MG) Leia atentamente o trecho: “O medieval só conhecia um modo de modificar a ordem das
coisas naturais: o milagre. A idéia de impossível não tinha lugar. Em princípio, tudo era possível. O
universo estava completamente embebido de vontade divina. Nada deixava de ser viável, se estivesse
de acordo com este fundamento que presidia o mundo e as vidas. O universo cotidiano estava
inteiramente pontilhado por milagres, prodígios e maravilhas. Deus não era de modo algum algo
remoto”. (RODRIGUES, José Carlos. O corpo na história. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1999, p. 44.)
A importância do aspecto religioso no modo como o homem medieval interpretava o mundo em que
vivia demonstra o poder que a Igreja Católica detinha. Esse poder pode ser atribuído a diversos fatores,
EXCETO:
a)
ao crescimento do número de fiéis, fruto de um intenso processo de evangelização de populações
que eram antes politeístas;
b)
ao controle exercido sobre a produção intelectual deixada pela Antiguidade e sobre as atividades
de ensino;
c)
ao papel de Instituição, alcançado pela Igreja, ao sobreviver ao fim político e administrativo do
Império Romano do Ocidente;
d)
à posição assumida pela Igreja, na defesa das camadas mais pobres da sociedade, contra a
exploração do trabalho servil;
Justificativa:
QUESTÃO 4
(FUVEST – 1999) - 22 - A peste, a fome e a guerra constituíram os elementos mais visíveis e terríveis
do que se conhece como a crise do século XIV. Como consequência dessa crise, ocorrida na Baixa
Idade Média,
a) o movimento de reforma do cristianismo foi interrompido por mais de um século, antes de
reaparecer com Lutero e iniciar a modernidade;
b) o campesinato, que estava em vias de conquistar a liberdade, voltou novamente a cair, por mais de
um século, na servidão feudal;
c) o processo de centralização e concentração do poder político intensificou-se até se tornar absoluto,
no início da modernidade;
d) o feudalismo entrou em colapso no campo, mas manteve sua dominação sobre a economia urbana
até o fim do Antigo Regime;
Justificativa:
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO RELIGIOSA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
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QUESTÃO 5
(UFMG-2006) Em 1726, o comerciante Francisco da Cruz contou, em uma carta, que estava para fazer
uma viagem à vila de Pitangui, onde os paulistas tinham acabado de se revoltar contra a ordem do rei.
Temeroso de enfrentar os perigos que cercavam a jornada,escreveu ao grande comerciante português
de quem era apenas um representante em Minas Gerais, chamado Francisco Pinheiro, e que, devido a
sua importância e riqueza, freqüentava, no Reino, a corte do rei Dom João V. Pedia, nessa carta, que,
por Francisco Pinheiro estar mais junto aos céus, servisse de seu intermediário e lhe fizesse o favor de
.me encomendar a Deus e à Sua Mãe Santíssima, para que me livrem destes perigos e de outros
semelhantes..
Carta 161, Maço 29, f.194. Apud LISANTI Fo., Luís. Negócios coloniais: uma correspondência comercial
do século XVIII.Brasília/São Paulo: Ministério da Fazenda/Visão Editorial, 1973.(Resumo adaptado)
Com base nas informações desse texto, é possível concluir-se que a iniciativa de Francisco da Cruz
revela um conjunto de atitudes típicas da época moderna.
É CORRETO afirmar que essas atitudes podem ser explicitadas a partir da teoria estabelecida por
a) Nicolau Maquiavel, que acreditava que, para se alcançar a unidade na política de uma nação, todos
os fins justificavam os meios.
b) Etienne de La Boétie, que sustentava que os homens se submetiam voluntariamente a seus
soberanos a partir da aceitação do contrato social.
c) Thomas Morus, que idealizou uma sociedade utópica, sem propriedades ou desigualdades, em que
os governantes eram escolhidos democraticamente.
d) Jacques Bossuet, que defendia o direito divino dos reis apoiado numa visão hierárquica dos
homens e da política, como extensão da corte celestial.
Justificativa:
QUESTÃO 6
Acompanhando a intenção da burguesia renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre
o espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas também
iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e
mesmo a expressão e o sentimento.
(SEVCENKO, N. O Renascimento, Campinas, Unicamp, 1984).
O texto apresenta um espírito de época que afetou também a produção artística, marcada pela
constante relação entre
a)
fé e misticismo.
b)
ciência e arte.
c)
cultura e comércio.
d)
astronomia e religião.
Justificativa:
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QUESTÃO 7
(UFMG) Leia estes trechos:
I. “Assim vemos que a fé basta a um cristão. Ele não precisa de nenhuma obra para se justificar.”
II. “O rei é o chefe supremo da Igreja [...] Nesta qualidade, o rei tem todo o poder de examinar, reprimir,
corrigir [...] a fim de conservar a paz, a unidade e a tranqüilidade do reino...”
III. “Por decreto de Deus, para manifestação de sua glória, alguns homens são predestinados à vida
eterna e outros são predestinados à morte eterna.”
A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar
que as concepções expressas nos trechos I, II e III fazem referência, respectivamente, às doutrinas
a) católica, anglicana e ortodoxa.
b) luterana, anglicana e calvinista.
c) ortodoxa, luterana e católica.
d) ortodoxa, presbiteriana e escolástica.
Justificativa:
GEOGRAFIA
QUESTÃO 8
(UFF-RJ)
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A ideia da “globalização como fábula”, destacada no texto, torna-se ainda mais expressiva se levamos
em conta certas definições de fábula, apresentadas no dicionário: mitologia, lenda, narração de coisas
imaginárias. Não resta dúvida de que se lida com a imagem de um mundo cada vez mais
interconectado, mas de forma alguma “sem fronteiras”.
Essa imagem, difundida nos tempos atuais, encontra seu principal fundamento no aspecto:
a) Financeiro, com a intensa circulação de capitais em nível planetário.
b) Político, com o triunfo de regimes democráticos em continentes inteiros.
c) Socioeconômico, com a redução das desigualdades entre os povos da Terra.
d) Sanitário, com o êxito alcançado na prevenção das pan-epidemias.
Justificativa:
QUESTÃO 9
(PUC-SP) Sobre o processo de consolidação e ampliação da União Europeia, é CORRETO afirmar que:
a) O objetivo da UE é a constituição de um bloco militar cuja atuação permita a implementação de uma
política externa e de segurança comum entre os membros, como já demonstrou a questão da guerra
no Iraque.
b) A União Europeia é uma das zonas mais ricas do mundo. Entretanto, existem disparidades internas
significativas entre as suas regiões, em termos de rendimentos e de oportunidades, que foram
agravadas com a recente ampliação de seus membros.
c) Na União Europeia, os Estados componentes abrem mão de sua soberania em temas militares e,
por isso, passam a cumprir decisões coletivas. Foi como uma entidade única que a UE votou, por
exemplo, a favor da invasão do Iraque na ONU.
d) A UE vem, recentemente, estimulando as nações do leste europeu (Hungria, Eslováquia, República
Tcheca, Albânia e Romênia, por exemplo) a ingressar na entidade, por temer que elas caiam sob o
controle da Rússia
Justificativa:
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QUESTÃO 10
(Unicamp-SP – Adaptada) Faz cerca de vinte anos que “globalização” se tornou uma palavra-chave
para a organização de nossos pensamentos no que respeita ao funcionamento do mundo. A palavra
“globalização” entrou recentemente em nossos discursos e, mesmo entre muitos “progressistas” e
“esquerdistas” do mundo capitalista avançado, palavras mais carregadas politicamente passaram a ter
um papel secundário diante de “globalização”. A globalização pode ser vista como um processo, uma
condição ou um tipo específico de projeto político.
HARVEY, David. Espaços de esperança. São Paulo: Loyola, 2006. p. 79. Adaptado.
De acordo com a leitura do texto acima, responda:
Quais são as principais críticas econômicas dos movimentos antiglobalização? A alternativa
INCORRETA é:
a) As principais críticas econômicas à questão da globalização recaem sobre a forma como ela se
desenvolve nos dias atuais, funcionando como um fator de agravamentodas disparidades
econômicas regionais.
b) As disparidade econômicas são mais graves nos países que não conseguem estruturar sua
economia, por apresentarem pequena capacidade de investimento em infraestrutura e tecnologia de
produção, o que viabilizaria a inserção de forma competitiva no mercado global.
c) A influência ideológica que a Globalização exerce nos nossos pensamentos é bastante antiga,
exercendo também um papel primário na política mundial e não podendo ser vista como um
processo, nem condição para a construção do modo de vida das populações mundiais.
d) Uma das faces mais dramáticas da existência das disparidades geradas pela Globalização, em
escala nacional e internacional, é a exclusão social.
Justificativa:
QUESTÃO 11
(Enem) Em reportagem sobre crescimento da
população brasileira, uma revista de divulgação
científica publicou uma tabela com a participação
relativa de grupos etários na população brasileira, no
período de 1970 a 2050 (projeção), em três faixas de
idade: abaixo de 15 anos; entre 15 e 65 anos; e acima
de 65 anos.
Admitindo-se que o título da reportagem se refira ao
grupo etário cuja população cresceu sempre, ao longo
do período registrado, um título adequado poderia ser:
a) "O Brasil de fraldas".
b) "O Brasil troca a escola pela fábrica".
c) "Brasil: ainda um país de adolescentes".
d) "O Brasil de cabelos brancos".
Justificativa:
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QUESTÃO 12
(Fuvest-SP) No Brasil, as regiões metropolitanas caracterizam-se por:
a) Concentração de migrantes. A classificação como Metrópole Regional ou Nacional depende da
concentração de organismos públicos federais.
b) Concentração populacional em torno de um município. A classificação como Metrópole Regional ou
Nacional depende da proporção de imigrantes regionais ou nacionais no conjunto de sua população.
c) Processo de desconcentração industrial. A importância regional ou nacional de sua indústria é que
permite classificar uma região como Metrópole Regional ou Nacional.
d) Conurbação de várias cidades em torno de uma cidade central. A definição dessa cidade como
Metrópole Regional ou Nacional depende do alcance territorial de suas atividades econômicas.
Justificativa:
Utilize o texto apresentado abaixo para a resolução das questões 13 e 14.
Em material para análise de determinado marketingpolítico, lê-se a seguinte conclusão:
“A explosão demográfica que ocorreu a partir dos anos 1950, especialmente no Terceiro Mundo,
suscitou teorias ou políticas demográf cas divergentes. Uma primeira teoria, dos neomalthusianos,
defende que o crescimento demográfco dificulta o desenvolvimento econômico, já que provoca uma
diminuição na renda nacional per capitae desvia os investimentos do Estado para setores menos
produtivos. Diante disso, o país deveria desenvolver uma rígida política de controle de natalidade. Uma
segunda, a teoria reformista, argumenta que o problema não está na renda per capitae sim na
distribuição irregular da renda, que não permite o acesso à educação e saúde. Diante disso o país deve
promover a igualdade econômica e a justiça social.”
QUESTÃO 13
(Enem) Qual dos slogans a seguir poderia ser utilizado para defender o ponto de vista neomalthusiano?
a) “Controle populacional – nosso passaporte para o desenvolvimento.”
b) “Sem reformas sociais o país se reproduz e não produz.”
c) “População abundante, país forte!”
d) “O crescimento gera fraternidade e riqueza para todos.”
Justificativa:
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QUESTÃO 14
(Enem) Qual dos slogans a seguir poderia ser utilizado para defender o ponto de vista dos reformistas?
a) “Controle populacional já, ou país não resistirá.”
b) “Com saúde e educação, o planejamento familiar virá por opção!”
c) “População controlada, país rico!”
d) “Basta mais gente, que o país vai pra frente!”
Justificativa:
EDUCAÇÃO RELIGIOSA
QUESTÃO 15
Segundo os pensadores Roberto Crema, Jean Yves Leloup e Pierre Weil, a doença de ser normal
chama-se, normose: um conjunto de hábitos de dada época considerados normais pelo consenso social
que, na realidade, são patogênicos em graus distintos e nos levam à infelicidade, à doença e à perda de
sentido na vida.
Marque a alternativa que CORRETAMENTE apresente um exemplo de normose.
a)
Digladiar-se até a morte para entreter uma multidão
b)
Fazer pessoas trabalharem sem remuneração com direito a castigos físicos só pela cor da pele.
c)
Passar 40 horas da semana fazendo algo que se detesta, mentir para ganhar dinheiro e devastar
florestas inteiras em busca de um suposto desenvolvimento.
d)
Humanos se alimentarem de sua própria espécie e casarem sem amor.
Justificativa:
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QUESTÃO 16
A normose torna-se epidêmica em períodos históricos de grandes transições culturais - quando o que
era normal subitamente passa a parecer absurdo, ou até desumano. A sociedade hodierna foi invadida
por uma epidemia normótica.
Assinale a alternativa que expresse INCORRETAMENTE os principais traços da epidemia normótica da
contemporaneidade.
a)
A crise dos sistemas de produção, trabalho e valores, com a consequente relativização dos
referenciais sobre os quais a sociedade erigia suas relações.
b)
Todo mundo faz, consome, bebe, usa, frequenta, descarta, rouba, mata, corrompe, correspondendo
à expectativa social, tomada como normal.
c)
A necessidade de, a todo custo, ser como os outros e a consequente falta de empenho em fazer
florescer os dons e talentos individuais intransferíveis.
d)
O comportamento individual reconhece a finalidade e o sentido das ações; assimila teorias e
posturas alheias semente após uma reflexão mais séria; rejeita atitudes contraditórias; não
acostuma-se com a injustiça.
Justificativa:
QUESTÃO 17
A epidemia normótica invadiu vários setores da sociedade. Fala-se hoje em normose política, familiar,
consumista, religiosa, educacional. É possível enfrentar a epidemia normótica?
Marque a alternativa que CORRETAMENTE expresse um modo de se enfrentar a epidemia normótica.
a)
Tomar consciência da normose e das suas causas, a partir de uma educação que promova a
aquisição de uma visão crítica da realidade, que leve ao autoconhecimento e autocrítica.
b)
Tomar a aparência como se fosse critério de verdade e felicidade.
c)
Usar como critério de valor que orienta a ação aquilo que é aceito pela maioria ou aquilo que trás
mais benefícios individual no momento.
d)
Estar adaptado ao sistema de modo comodista e passivo.
Justificativa:
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QUESTÃO 18
(Unicentro 2010) “Todos nós participamos de certos grupos de ideias [...]. São espécies de “bolsões”
ideológicos, onde há pessoas que dizem coisas em que nós também acreditamos, pelas quais lutamos,
que têm opiniões muito parecidas com as nossas. Há alguns autores que dizem que na verdade nós
não falamos de fato o que acreditamos dizer, haveria certos mecanismos, certas estruturas que
“falariam por nós”. Ou seja, quando damos nossas opiniões, quando participamos de algum
acontecimento, de alguma manifestação, temos muito pouco de nosso aí, reproduzimos conceitos que
circulam nesses grupos. Ideologia não é, portanto, um fato individual, não atua de forma consciente na
maioria dos casos. Quando pretendemos alguma coisa, quando defendemos uma ideia, um interesse,
uma aspiração, uma vontade, um desejo, normalmente não sabemos, não temos consciência de que
isso ocorre dentro de um esquema maior, [...] do qual somos representantes – repetimos conceitos e
vontades que já existiam anteriormente” (MARCONDES FILHO, Ciro. Ideologia: O que todo cidadão precisa saber
sobre. São Paulo, 1985, p.20).
A partir do texto é possível afirmar que a Ideologia é:
a) um fato individual, consciente e que se manifesta por vontades particulares.
b) algo que se reproduz a partir da convivência entre os indivíduos em grupos, que defendem os
mesmos interesses e possuem opiniões semelhantes.
c) um conjunto de atitudes individuais e momentâneas que não interferem na vida social.
d) algo que se reproduz fora e sem sofrer influências do grupo social.
Justificativa:
QUESTÃO 19
Brasil é conhecido no exterior como o país do futebol, do Carnaval, das mulheres bonitas, do papo
descontraído, do clima tropical. Mas os brasileiros são conhecidos entre si pelo famoso “jeitinho”.
Analise as proposições abaixo;
I. O “jeitinho” brasileiro pode ser entendido como forma especial de o povo resolver situações
embaraçosas.
II. O “jeitinho” é uma “expressão brasileira, que comunica um modo de agir usado para driblar normas
e convenções sociais.
III. "Jeitinho", expressão brasileira para um modo de agir informal amplamente aceito, que se vale de
improvisação, flexibilidade, criatividade, intuição, etc., diante de situações inesperadas, difíceis ou
complexas, não baseado em regras, procedimentos ou técnicas estipuladas previamente.
IV. O “jeitinho” é uma “habilidade” comum em alguns povos, como o brasileiro, que reflete seu estilo de
vida, sua forma de pensar e de agir
Sobre a compreensão do significado do “jeitinho” brasileiro, estão CORRETAS as proposições:
a) I, III e IV
Justificativa:
b) I, II e IV
c) II, III e IV
d) I, II e III
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO RELIGIOSA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
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QUESTÃO 20
TEXTO: “No Brasil, dá-se um “jeitinho” para tudo: político corrupto que quer ser reeleito, dá um jeitinho
para amenizar os efeitos da Lei da Ficha Limpa; aluno que quer ser aprovado sem estudar, dá um
“jeitinho” com uma “cola” ou uma monografia copiada da Internet; candidato à motorista, despreparado,
dá um “jeitinho” de convencer o examinador com palavrório vazio; autoridade surpreendida em situação
embaraçosa dá um “jeitinho”, apelando para a função que ocupa (“Sabe com quem você está
falando?”); motorista pego em flagrante dá um “jeitinho” para enrolar a autoridade competente, etc. E,
assim, de “jeitinho” em “jeitinho”, o país caminha em direção ao caos ético.” (SILVA, Edmar José da.
Provocações Éticas Breve reflexão sobre o famoso “jeitinho” brasileiro. Dom Viçoso: Mariana, 2013. p. 34).
Segundo o texto, o “jeitinho” brasileiro é algo ruim ou bom? Assinale a alternativa que responda
CORRETAMENTE a essa pergunta.
a)
Não obstante os aspectos negativos, o “jeitinho” brasileiro tem seu lado positivo, enquanto exige
inventividade e criatividade e prima pela conciliação.
b)
A famosa frase “deixa como está para ver como é que fica” revela uma das facetas do “jeitinho”
brasileiro e coloca em evidência o espírito cético (descrente) e acomodado do nosso povo que,
descrente, desiludido com qualquer mudança, não luta para que elas aconteçam.
c)
O “jeitinho” brasileiro muitas vezes funciona também como modo de se praticar a solidariedade, por
isso não pode ser entendido como algo ruim.
d)
Quando se dissolvem as oposições, qualquer posição é aceita como válida. Esta atitude indiferente
promove a menoridade intelectual e conduz ao relativismo ético e social.
Justificativa:
QUESTÃO 21
Em seu sentido mais abrangente, o termo "ética" implicaria um exame dos hábitos da espécie humana e
do seu caráter em geral. Assinale a alternativa que expresse CORRETAMENTE as principais
consequências éticas do “jeitinho” brasileiro.
a)
Relativismo, comodismo e menoridade intelectual.
b)
Apuração do senso crítico, solidariedade e cordialidade.
c)
Relativismo, solidariedade e desenvolvimento tecnológico.
d)
Hedonismo, pragmatismo e relativismo.
Justificativa:
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO RELIGIOSA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
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FILOSOFIA
QUESTÃO 22
(UEL-2004) Bento de Espinoza (1632 -1677) (em hebraico: Baruch Spinoza) foi um dos
grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René
Descartes e Gottfried Leibniz. Nasceu em Amsterdã, nos Países Baixos, no seio de uma família judaica
portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno. Em sua crítica à metafísica
tradicional e à teologia judaico-cristã afirma que: “A ideia ilusória da vontade livre deriva de percepções
inadequadas confusas; a liberdade, entendida corretamente, no entanto não é o estar livre da
necessidade, mas sim a consciência da necessidade.” (SCRUTON, Roger. Espinosa. Trad. de Angélica
Elisabeth Könke. São Paulo: Unesp, 2000. p. 41.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre liberdade em Espinosa, considere as afirmativas a
seguir.
I. A liberdade identifica-se com escolha voluntária.
II. A liberdade significa a capacidade de agir espontaneamente, segundo a causalidade interna do
sujeito.
III. A liberdade e a necessidade são compatíveis.
IV. A liberdade baseia-se na contingência, pois se tudo no universo fosse necessário não haveria
espaço para ações livres.
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:
a) I e II.
Justificativa:
b) II e III.
c) I e IV.
d) I, III e IV.
QUESTÃO 23
Karl Heinrich Marx (1818-1883) foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina
comunista moderna, e atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista. O
materialismo dialético histórico de Marx poderia também ser definido como uma "dialética da realidadeidealidade evolutiva".
Na teoria marxista, é CORRETO afirmar que no materialismo histórico:
a) A sociedade é comparada a um celeiro no qual as fundações, a infraestrutura, seriam representadas
pelas forças espirituais.
b) Pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos
materiais, essencialmente econômicos e técnicos.
c) Pretende a explicação da história das sociedades humanas, a partir da Idade Média, através de
fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos.
d) Pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através de fatos
materiais, culturais e técnicos.
Justificativa:
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO RELIGIOSA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
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QUESTÃO 24
De acordo com o filósofo alemão Karl Marx, a condição do trabalhador na economia capitalista clássica
é:
I. De realização plena da sua capacidade produtiva, alcançando a autonomia financeira e a satisfação
dos valores existenciais tão almejados pela humanidade, desde os primórdios da história.
II. De alienação, pois os trabalhadores possuem apenas sua capacidade de trabalhar, que é vendida
ao capitalista em troca do salário, por isso, a produção não pertence ao trabalhador, sendo-lhe
estranha.
III. De superação da sua condição de ser natural para tornar-se ser social, liberto graças à divisão do
trabalho, que lhe permite o desenvolvimento completo de suas habilidades naturais na fábrica.
IV. De coisa, isto é, o trabalhador é reificado, tornando-se mercadoria, cujo preço é o salário, ao passo
que as coisas produzidas pelo trabalhador, na ótica capitalista, parecem dotadas de existência
própria.
Assinale a alternativa que apresenta as assertivas CORRETAS.
a) I e II
Justificativa:
b) II e III
c) III e IV
d) II e IV
QUESTÃO 25
O Existencialismo é uma filosofia do século XX, que procura resgatar o valor da subjetividade, da
concretude da vida humana, da singularidade indeterminada. A famosa frase de Sartre- "A existência
precede a essência."- significa que o homem é um projeto utópico de ser, condicionado pela sua
existência. Leia o texto a seguir. “A doutrina que lhes estou apresentando é justamente o contrário do
quietismo, visto que ela afirma: a realidade não existe a não ser na ação; aliás, vai longe ainda,
acrescentando: o homem nada mais é do que o seu projeto; só existe na medida em que se realiza; não
é nada além do conjunto de seus atos, nada mais que sua vida”. (SARTRE, Jean-Paul. O
Existencialismo é um humanismo. São Paulo: Nova Cultural, 1987, Col. Os Pensadores. p. 13.)
Tomando o texto acima como referência, assinale a alternativa CORRETA.
a) A frase “a realidade não existe a não ser na ação” significa que é o homem aquele que cria toda a
realidade possível e imaginável, que o homem é o ser que cria o mundo todo a partir de sua
existência.
b) O existencialismo sartreano é uma espécie muito particular de quietismo, porque afirma que o
homem é livre a partir do momento em que deixa a decisão sobre a própria existência nas mãos dos
outros.
c) O existencialismo de Sartre é o contrário do quietismo, porque defende que a vida humana é feita a
partir das ações e escolhas que cada ser humano realiza juntamente com outros homens. A vida do
homem é um projeto que se realiza em plena liberdade.
d) Quando Sartre afirma que o homem “nada mais é do que a sua vida”, ele está dizendo que todos
são iguais na indeterminação de seus atos e que, portanto, é indiferente ser responsável ou não
pelas ações praticadas.
Justificativa:
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QUESTÃO 26
(Unicentro 2011) Seu esquema sociológico era tipicamente positivista, ele acreditava que toda a vida
humana tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa pudesse
compreender esse progresso, poderia prescrever os remédios para os problemas de ordem social. Era
um grande defensor da moderna sociedade capitalista.
Essa descrição está relacionada com o perfil de:
a)
Karl Marx.
b)
Max Weber.
c)
Auguste Comte.
d)
Émile Durkheim.
Justificativa:
QUESTÃO 27
No século XIX surge o conceito de modernidade e essa nova fase da história traz consigo uma gama de
alternativas econômica e sociais que anteriormente eram inimaginadas pelo homem.
Marque a opção ERRADA em relação à modernidade.
a)
A idade moderna inicia-se com a construção dos primeiros computadores, que revolucionaram a
história da humanidade desde então e continuarão transformando de forma cada vez mais
acelerada.
b)
A abolição de privilégios de nascimento e a universalização do princípio de igualdade perante a lei,
na esteira da Revolução Francesa, também foram decisivas para caracterizar a modernidade.
c)
Marx acreditava que a modernidade, por mais que resultasse em exploração econômica, era como
um estágio inevitável no desenvolvimento da História rumo ao comunismo, este sim uma etapa
superior à evolução humana e concretização da verdadeira emancipação do indivíduo.
d)
Muitos Pensadores perceberam que a modernidade, a ordem econômica e seu gigantismo
burocrático passaram a moldar o destino das pessoas e continuarão a fazê-lo “até que a última
tonelada de combustível tiver sido gasta”, como afirmou Max Weber.
Justificativa:
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QUESTÃO 28
Jürgen Habermas (1929-) é um filósofo e sociólogo alemão que vive até os tempos de hoje. Ele constrói
um novo sistema filosófico, fundamentado na teoria da ação comunicativa. Em oposição à filosofia da
consciência da tradição moderna, que concebe a razão como uma entidade centrada no sujeito,
Habermas considera a razão como sendo o resultado de uma relação intersubjetiva entre indivíduos
que procuram, por meio da linguagem, chegar ao entendimento.
Sobre o pensamento de Habermas, assinale a afirmativa ERRADA.
a) Jürgen Habermas pertence inicialmente ao grupo dos frankfurtianos, todavia, mesmo se
distanciando da Escola de Frankfurt, mantém os principais objetivos dessa corrente filosófica, isto
é, o esclarecimento e a emancipação do homem.
b) Na teoria da ação comunicativa, a verdade é resultado de uma relação dialógica, fundamentada em
uma situação ideal de fala, que exclui qualquer relação de poder entre os interlocutores.
c) Jürgen Habermas procura resgatar a reflexão crítica da Ilustração que tem em Kant um dos
principais expoentes e a aplica em sua teoria da ação comunicativa. A Ilustração opõe-se ao
autoritarismo e ao abuso do poder e defende as liberdades individuais e os direitos do cidadão.
d) Jürgen Habermas perpetua a tradição racionalista de René Descartes e, como ele, acredita que o
"penso, logo existo" é a primeira certeza a partir da qual podemos alcançar a verdade.
Justificativa:
SOCIOLOGIA
QUESTÃO 29
O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas características de uma determinada
corrente de pensamento. “Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos se é
senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele
mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de
qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a
utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque,
sendo todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores
da equidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito
arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de
temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar se em sociedade
com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade
e dos bens a que chamo de propriedade.” (Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991).
Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar:
a) a existência do governo como um poder oriundo da natureza.
b) a origem do governo como uma propriedade do rei.
c) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.
d) a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos.
Justificativa:
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QUESTÃO 30
Os textos referem-se à integração do índio à chamada civilização brasileira.
I.
“Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que separa e que tenta
nos eliminar cultural, social e até fisicamente”. A justificativa é a de que somos apenas 250 mil
pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus. (...) É preciso congelar essas ideias colonizadoras,
porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas.(...) Nós, índios, queremos falar, mas
queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes.” Marcos Terena, presidente do
Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas,
Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994.
II. “O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela razão muito simples que
consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que
existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o
homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do
neolítico a um estágio Civilizatório.” Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de
setembro de 1994.
Pode-se afirmar, segundo os textos, que:
a) tanto Terena quanto Jaguaribe propõe ideias inadequadas, pois o primeiro deseja a aculturação
feita pela “civilização branca”, e o segundo, o confinamento de tribos.
b) Terena quer transformar o Brasil numa terra só de índios, pois pretende mudar até mesmo a língua
do país, enquanto a ideia de Jaguaribe é anticonstitucional, pois fere o direito à identidade cultural
dos índios.
c) Terena propõe que a integração indígena deve ser lenta, gradativa e progressiva, e Jaguaribe
propõe que essa integração resulte de decisão autônoma das comunidades indígenas.
d) Terena defende que a sociedade brasileira deve respeitar a cultura dos índios e Jaguaribe acredita
na inevitabilidade do processo de aculturação dos índios e de sua incorporação à sociedade
brasileira.
Justificativa:
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QUESTÃO 31
Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592) compara, nos trechos, as guerras das sociedades
Tupinambá com as chamadas guerras de religião dos franceses que, na segunda metade do século
XVI, opunham católicos e protestantes.
.(.) não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos; e, na verdade, cada qual
considera bárbaro o que não se pratica em sua terra. (.) Não me parece excessivo julgar bárbaros tais
atos de crueldade [o canibalismo], mas que o fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira
acerca dos nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo do que o comer depois de morto;
e é pior esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou entregá-lo a
cães e porcos, a pretexto de devoção e fé, como não somente o lemos mas vimos ocorrer entre
vizinhos nossos conterrâneos; e isso em verdade é bem mais grave do que assar e comer um homem
previamente executado. (.) Podemos portanto qualificar esses povos como bárbaros em dando apenas
ouvidos à inteligência, mas nunca se compararmos a nós mesmos, que os excedemos em toda sorte de
barbaridades. MONTAIGNE, Michel Eyquem de, Ensaios, São Paulo: Nova Cultural, 1984.
De acordo com o texto, pode-se afirmar que, para Montaigne,
a) a ideia de relativismo cultural baseia-se na hipótese da origem única do gênero humano e da sua
religião.
b) a diferença de costumes não constitui um critério válido para julgar as diferentes sociedades.
c) os indígenas são mais bárbaros do que os europeus, pois não conhecem a virtude cristã da
piedade.
d) a barbárie é um comportamento social que pressupõe a ausência de uma cultura civilizada e
racional.
Justificativa:
QUESTÃO 32
(ENEM 2006) No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von Martius esteve no Brasil em
missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena.
Referindo-se ao indígena, ele afirmou: “Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente,
ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um
nobre desenvolvimento progressivo (...)”. “Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano,
até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa
vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz.” Carl Von Martius. O estado do direito entre os
autóctones do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982.
Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius:
a) apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os índios, diferentemente do que fazia a
missão europeia, respeitavam a flora e a fauna do país.
b) discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogava o extermínio
dos índios.
c) procurava impedir o processo de aculturação, ao descrever cientificamente a cultura das populações
originárias da América.
d) desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão
“civilizadora europeia”, típica do século XIX.
Justificativa:
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QUESTÃO 33
A Propaganda pode ser definida como divulgação intencional e constante de mensagens destinadas a
um determinado auditório visando criar uma imagem positiva ou negativa de determinados fenômenos.
A Propaganda está muitas vezes ligada à ideia de manipulação de grandes massas por parte de
pequenos grupos. Alguns princípios da Propaganda são: o princípio da simplificação, da saturação, da
deformação e da parcialidade. (Adaptado de Norberto Bobbio, et al. Dicionário de Política)
Segundo o texto, muitas vezes a propaganda:
a) a)depende diretamente da qualidade do produto que é vendido.
b) favorece o controle das massas difundindo as contradições do produto.
c) está voltada especialmente para os interesses de quem vende o produto.
d) convida o comprador à reflexão sobre a natureza do que se propõe vender.
Justificativa:
QUESTÃO 34
Em conflitos regionais e na guerra entre nações tem sido observada a ocorrência de sequestros,
execuções sumárias, torturas e outras violações de direitos. Em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia
Geral das Nações Unidas adotou a Declaração Universal dos Direitos do Homem, que, em seu artigo
5º, afirma: Ninguém será submetido à tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou
degradantes. Assim, entre nações que assinaram essa Declaração, é coerente esperar que:
a) a Constituição de cada país deva se sobrepor aos Direitos Universais do Homem, apenas enquanto
houver conflito.
b) a soberania dos Estados esteja em conformidade com os Direitos Universais do Homem, até mesmo
em situações de conflito.
c) a violação dos direitos humanos por uma nação autorize a mesma violação pela nação adversária.
d) a autodefesa nacional legitime a supressão dos Direitos Universais do Homem.
Justificativa:
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18
QUESTÃO 35
A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma
diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um
longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, no continente africano e de
seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações
mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente
africano e de seus povos.
K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In: Diversidade
na educação: reflexões e experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.
Com relação ao assunto tratado no texto acima, é CORRETO afirmar que:
a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente.
b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente.
c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil.
d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade Moderna.
Justificativa:
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19
Colégio Providência – Avaliação por Área – Prova B
3ª
S
É
R
I
E
Ciências Humanas e suas Tecnologias: História, Geografia, Educação Religiosa, Filosofia e Sociologia
NOTA:
Professores: Bernardo, Fernanda Oliveira e Carlos
Data: 24 / 11 / 2015
Aluno(a):
Valor: 7,0
Média:4,9 Etapa: 3ª
Turma:
no :
I
HISTÓRIA
QUESTÃO 1
(FUVEST – 1999) - 22 - A peste, a fome e a guerra constituíram os elementos mais visíveis e terríveis
do que se conhece como a crise do século XIV. Como consequência dessa crise, ocorrida na Baixa
Idade Média,
a) o movimento de reforma do cristianismo foi interrompido por mais de um século, antes de
reaparecer com Lutero e iniciar a modernidade;
b) o campesinato, que estava em vias de conquistar a liberdade, voltou novamente a cair, por mais de
um século, na servidão feudal;
c) o processo de centralização e concentração do poder político intensificou-se até se tornar absoluto,
no início da modernidade;
d) o feudalismo entrou em colapso no campo, mas manteve sua dominação sobre a economia urbana
até o fim do Antigo Regime;
Justificativa:
QUESTÃO 2
(UFMG-2006) Em 1726, o comerciante Francisco da Cruz contou, em uma carta, que estava para fazer
uma viagem à vila de Pitangui, onde os paulistas tinham acabado de se revoltar contra a ordem do rei.
Temeroso de enfrentar os perigos que cercavam a jornada,escreveu ao grande comerciante português
de quem era apenas um representante em Minas Gerais, chamado Francisco Pinheiro, e que, devido a
sua importância e riqueza, freqüentava, no Reino, a corte do rei Dom João V. Pedia, nessa carta, que,
por Francisco Pinheiro estar mais junto aos céus, servisse de seu intermediário e lhe fizesse o favor de
.me encomendar a Deus e à Sua Mãe Santíssima, para que me livrem destes perigos e de outros
semelhantes..
Carta 161, Maço 29, f.194. Apud LISANTI Fo., Luís. Negócios coloniais: uma correspondência comercial
do século XVIII.Brasília/São Paulo: Ministério da Fazenda/Visão Editorial, 1973.(Resumo adaptado)
Com base nas informações desse texto, é possível concluir-se que a iniciativa de Francisco da Cruz
revela um conjunto de atitudes típicas da época moderna.
É CORRETO afirmar que essas atitudes podem ser explicitadas a partir da teoria estabelecida por
a) Nicolau Maquiavel, que acreditava que, para se alcançar a unidade na política de uma nação, todos
os fins justificavam os meios.
b) Etienne de La Boétie, que sustentava que os homens se submetiam voluntariamente a seus
soberanos a partir da aceitação do contrato social.
c) Thomas Morus, que idealizou uma sociedade utópica, sem propriedades ou desigualdades, em que
os governantes eram escolhidos democraticamente.
d) Jacques Bossuet, que defendia o direito divino dos reis apoiado numa visão hierárquica dos homens
e da política, como extensão da corte celestial.
Justificativa:
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1
QUESTÃO 3
Acompanhando a intenção da burguesia renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre
o espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas também
iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e
mesmo a expressão e o sentimento.
(SEVCENKO, N. O Renascimento, Campinas, Unicamp, 1984).
O texto apresenta um espírito de época que afetou também a produção artística, marcada pela
constante relação entre
Justificativa:
a) fé e misticismo.
b) ciência e arte.
c) cultura e comércio.
d) astronomia e religião.
QUESTÃO 4
(UFMG) Leia estes trechos:
I. “Assim vemos que a fé basta a um cristão. Ele não precisa de nenhuma obra para se justificar.”
II. “O rei é o chefe supremo da Igreja [...] Nesta qualidade, o rei tem todo o poder de examinar, reprimir,
corrigir [...] a fim de conservar a paz, a unidade e a tranqüilidade do reino...”
III. “Por decreto de Deus, para manifestação de sua glória, alguns homens são predestinados à vida
eterna e outros são predestinados à morte eterna.”
A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar
que as concepções expressas nos trechos I, II e III fazem referência, respectivamente, às doutrinas
a) católica, anglicana e ortodoxa.
Justificativa:
b) luterana, anglicana e calvinista.
c) ortodoxa, luterana e católica.
d) ortodoxa, presbiteriana e escolástica.
QUESTÃO 5
A figura apresentada é um mosaico, produzido por volta do ano
300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel.
Nela, encontram-se elementos que representam uma
característica política dos romanos no período, indicada em:
a) Cruzadismo – conquista da terra santa.
b) Patriotismo – exaltação da cultura local.
c) Imperialismo – selvageria dos povos dominados.
d) Expansionismo – diversidade dos territórios conquistados
Justificativa:
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2
QUESTÃO 6
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas.
BUARQUE, C.; BOAL, A. “Mulheres de Atenas”. In: Meus caros amigos,1976. Disponível em:
http://letras.terra.com.br. Acesso em 4 dez. 2011 (fragmento)
Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela
época, em razão de
a) sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento.
b) seu rebaixamento de status social frente aos homens.
c) seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra.
d) sua igualdade política em relação aos homens.
Justificativa:
QUESTÃO 7
(UFJF/MG) Leia atentamente o trecho: “O medieval só conhecia um modo de modificar a ordem das
coisas naturais: o milagre. A idéia de impossível não tinha lugar. Em princípio, tudo era possível. O
universo estava completamente embebido de vontade divina. Nada deixava de ser viável, se estivesse
de acordo com este fundamento que presidia o mundo e as vidas. O universo cotidiano estava
inteiramente pontilhado por milagres, prodígios e maravilhas. Deus não era de modo algum algo
remoto”. (RODRIGUES, José Carlos. O corpo na história. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1999, p. 44.)
A importância do aspecto religioso no modo como o homem medieval interpretava o mundo em que
vivia demonstra o poder que a Igreja Católica detinha. Esse poder pode ser atribuído a diversos fatores,
EXCETO:
a) ao crescimento do número de fiéis, fruto de um intenso processo de evangelização de populações
que eram antes politeístas;
b) ao controle exercido sobre a produção intelectual deixada pela Antiguidade e sobre as atividades de
ensino;
c) ao papel de Instituição, alcançado pela Igreja, ao sobreviver ao fim político e administrativo do
Império Romano do Ocidente;
d) à posição assumida pela Igreja, na defesa das camadas mais pobres da sociedade, contra a
exploração do trabalho servil;
Justificativa:
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3
GEOGRAFIA
QUESTÃO 8
(UFF-RJ)
A ideia da “globalização como fábula”, destacada no texto, torna-se ainda mais expressiva se levamos
em conta certas definições de fábula, apresentadas no dicionário: mitologia, lenda, narração de coisas
imaginárias. Não resta dúvida de que se lida com a imagem de um mundo cada vez mais
interconectado, mas de forma alguma “sem fronteiras”.
Essa imagem, difundida nos tempos atuais, encontra seu principal fundamento no aspecto:
a)
b)
c)
d)
Político, com o triunfo de regimes democráticos em continentes inteiros.
Financeiro, com a intensa circulação de capitais em nível planetário.
Socioeconômico, com a redução das desigualdades entre os povos da Terra.
Sanitário, com o êxito alcançado na prevenção das pan-epidemias.
Justificativa:
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4
QUESTÃO 9
(PUC-SP) Sobre o processo de consolidação e ampliação da União Europeia, é CORRETO afirmar que:
a) o objetivo da UE é a constituição de um bloco militar cuja atuação permita a implementação de uma
política externa e de segurança comum entre os membros, como já demonstrou a questão da guerra
no Iraque.
b) na União Europeia, os Estados componentes abrem mão de sua soberania em temas militares e,
por isso, passam a cumprir decisões coletivas. Foi como uma entidade única que a UE votou, por
exemplo, a favor da invasão do Iraque na ONU.
c) a UE vem, recentemente, estimulando as nações do leste europeu (Hungria, Eslováquia, República
Tcheca, Albânia e Romênia, por exemplo) a ingressar na entidade, por temer que elas caiam sob o
controle da Rússia.
d) a União Europeia é uma das zonas mais ricas do mundo. Entretanto, existem disparidades internas
significativas entre as suas regiões, em termos de rendimentos e de oportunidades, que foram
agravadas com a recente ampliação de seus membros.
Justificativa:
QUESTÃO 10
(Unicamp-SP – Adaptada) Faz cerca de vinte anos que “globalização” se tornou uma palavra-chave
para a organização de nossos pensamentos no que respeita ao funcionamento do mundo. A palavra
“globalização” entrou recentemente em nossos discursos e, mesmo entre muitos “progressistas” e
“esquerdistas” do mundo capitalista avançado, palavras mais carregadas politicamente passaram a ter
um papel secundário diante de “globalização”. A globalização pode ser vista como um processo, uma
condição ou um tipo específico de projeto político.
HARVEY, David. Espaços de esperança. São Paulo: Loyola, 2006. p. 79. Adaptado.
De acordo com a leitura do texto acima, responda:
Quais são as principais críticas econômicas dos movimentos antiglobalização? A alternativa
INCORRETA é:
a) A influência ideológica que a Globalização exerce nos nossos pensamentos é bastante antiga,
exercendo também um papel primário na política mundial e não podendo ser vista como um
processo, nem condição para a construção do modo de vida das populações mundiais.
b) As principais críticas econômicas à questão da globalização recaem sobre a forma como ela se
desenvolve nos dias atuais, funcionando como um fator de agravamento das disparidades
econômicas regionais.
c) As disparidades econômicas são mais graves nos países que não conseguem estruturar sua
economia, por apresentarem pequena capacidade de investimento em infraestrutura e tecnologia de
produção, o que viabilizaria a inserção de forma competitiva no mercado global.
d) Uma das faces mais dramáticas da existência das disparidades geradas pela Globalização, em
escala nacional e internacional, é a exclusão social.
Justificativa:
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5
QUESTÃO 11
(Enem) Em reportagem sobre crescimento da população brasileira, uma revista de divulgação científica
publicou uma tabela com a participação relativa de grupos etários na população brasileira, no período
de 1970 a 2050 (projeção), em três faixas de idade: abaixo de 15 anos; entre 15 e 65 anos; e acima de
65 anos.
Admitindo-se que o título da reportagem se refira ao grupo etário cuja população cresceu sempre, ao
longo do período registrado, um título adequado poderia ser:
a)
b)
c)
d)
"O Brasil de fraldas".
"O Brasil de cabelos brancos".
"O Brasil troca a escola pela fábrica".
"Brasil: ainda um país de adolescentes".
Justificativa:
QUESTÃO 12
(Fuvest-SP) No Brasil, as regiões metropolitanas caracterizam-se por:
a) Conurbação de várias cidades em torno de uma cidade central. A definição dessa cidade como
Metrópole Regional ou Nacional depende do alcance territorial de suas atividades econômicas.
b) Concentração de migrantes. A classificação como Metrópole Regional ou Nacional depende da
concentração de organismos públicos federais.
c) Concentração populacional em torno de um município. A classificação como Metrópole Regional ou
Nacional depende da proporção de imigrantes regionais ou nacionais no conjunto de sua população.
d) Processo de desconcentração industrial. A importância regional ou nacional de sua indústria é que
permite classificar uma região como Metrópole Regional ou Nacional.
Justificativa:
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6
Utilize o texto apresentado abaixo para a resolução das questões 13 e 14.
Em material para análise de determinado marketingpolítico, lê-se a seguinte conclusão:
“A explosão demográfica que ocorreu a partir dos anos 1950, especialmente no Terceiro Mundo,
suscitou teorias ou políticas demográf cas divergentes. Uma primeira teoria, dos neomalthusianos,
defende que o crescimento demográfco dificulta o desenvolvimento econômico, já que provoca uma
diminuição na renda nacional per capitae desvia os investimentos do Estado para setores menos
produtivos. Diante disso, o país deveria desenvolver uma rígida política de controle de natalidade. Uma
segunda, a teoria reformista, argumenta que o problema não está na renda per capitae sim na
distribuição irregular da renda, que não permite o acesso à educação e saúde. Diante disso o país deve
promover a igualdade econômica e a justiça social.”
QUESTÃO 13
(Enem) Qual dos slogans a seguir poderia ser utilizado para defender o ponto de vista neomalthusiano?
a) “Sem reformas sociais o país se reproduz e não produz.”
b) “População abundante, país forte!”
c) “O crescimento gera fraternidade e riqueza para todos.”
d) “Controle populacional – nosso passaporte para o desenvolvimento.”
Justificativa:
QUESTÃO 14
(Enem) Qual dos slogans a seguir poderia ser utilizado para defender o ponto de vista dos reformistas?
a) “Controle populacional já, ou país não resistirá.”
b) “População controlada, país rico!”
c) “Basta mais gente, que o país vai pra frente!”
d) “Com saúde e educação, o planejamento familiar virá por opção!”
Justificativa:
EDUCAÇÃO RELIGIOSA
QUESTÃO 15
Segundo os pensadores Roberto Crema, Jean Yves Leloup e Pierre Weil, a doença de ser normal
chama-se, normose: um conjunto de hábitos de dada época considerados normais pelo consenso social
que, na realidade, são patogênicos em graus distintos e nos levam à infelicidade, à doença e à perda de
sentido na vida.
Marque a alternativa que CORRETAMENTE apresente um exemplo de normose.
a) Passar 40 horas da semana fazendo algo que se detesta, mentir para ganhar dinheiro e devastar
florestas inteiras em busca de um suposto desenvolvimento.
b) Digladiar-se até a morte para entreter uma multidão
c) Fazer pessoas trabalharem sem remuneração com direito a castigos físicos só pela cor da pele.
d) Humanos se alimentarem de sua própria espécie e casarem sem amor.
Justificativa:
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QUESTÃO 16
A normose torna-se epidêmica em períodos históricos de grandes transições culturais - quando o que
era normal subitamente passa a parecer absurdo, ou até desumano. A sociedade hodierna foi invadida
por uma epidemia normótica.
Assinale a alternativa que expresse INCORRETAMENTE os principais traços da epidemia normótica da
contemporaneidade.
a) A crise dos sistemas de produção, trabalho e valores, com a consequente relativização dos
referenciais sobre os quais a sociedade erigia suas relações.
b) O comportamento individual reconhece a finalidade e o sentido das ações; assimila teorias e
posturas alheias semente após uma reflexão mais séria; rejeita atitudes contraditórias; não
acostuma-se com a injustiça.
c) Todo mundo faz, consome, bebe, usa, frequenta, descarta, rouba, mata, corrompe, correspondendo
à expectativa social, tomada como normal.
d) A necessidade de, a todo custo, ser como os outros e a consequente falta de empenho em fazer
florescer os dons e talentos individuais intransferíveis.
Justificativa:
QUESTÃO 17
A epidemia normótica invadiu vários setores da sociedade. Fala-se hoje em normose política, familiar,
consumista, religiosa, educacional. É possível enfrentar a epidemia normótica?
Marque a alternativa que CORRETAMENTE expresse um modo de se enfrentar a epidemia normótica.
a) Tomar a aparência como se fosse critério de verdade e felicidade.
b) Usar como critério de valor que orienta a ação aquilo que é aceito pela maioria ou aquilo que trás
mais benefícios individual no momento.
c) Tomar consciência da normose e das suas causas, a partir de uma educação que promova a
aquisição de uma visão crítica da realidade, que leve ao autoconhecimento e autocrítica.
d) Estar adaptado ao sistema de modo comodista e passivo.
Justificativa:
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO RELIGIOSA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
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QUESTÃO 18
(Unicentro 2010) “Todos nós participamos de certos grupos de ideias [...]. São espécies de “bolsões”
ideológicos, onde há pessoas que dizem coisas em que nós também acreditamos, pelas quais lutamos,
que têm opiniões muito parecidas com as nossas. Há alguns autores que dizem que na verdade nós
não falamos de fato o que acreditamos dizer, haveria certos mecanismos, certas estruturas que
“falariam por nós”. Ou seja, quando damos nossas opiniões, quando participamos de algum
acontecimento, de alguma manifestação, temos muito pouco de nosso aí, reproduzimos conceitos que
circulam nesses grupos. Ideologia não é, portanto, um fato individual, não atua de forma consciente na
maioria dos casos. Quando pretendemos alguma coisa, quando defendemos uma ideia, um interesse,
uma aspiração, uma vontade, um desejo, normalmente não sabemos, não temos consciência de que
isso ocorre dentro de um esquema maior, [...] do qual somos representantes – repetimos conceitos e
vontades que já existiam anteriormente” (MARCONDES FILHO, Ciro. Ideologia: O que todo cidadão precisa
saber sobre. São Paulo, 1985, p.20).
A partir do texto é possível afirmar que a Ideologia é:
a) um fato individual, consciente e que se manifesta por vontades particulares.
b) um conjunto de atitudes individuais e momentâneas que não interferem na vida social.
c) algo que se reproduz fora e sem sofrer influências do grupo social.
d) algo que se reproduz a partir da convivência entre os indivíduos em grupos, que defendem os
mesmos interesses e possuem opiniões semelhantes.
Justificativa:
QUESTÃO 19
Brasil é conhecido no exterior como o país do futebol, do Carnaval, das mulheres bonitas, do papo
descontraído, do clima tropical. Mas os brasileiros são conhecidos entre si pelo famoso “jeitinho”.
Analise as proposições abaixo;
I. O “jeitinho” brasileiro pode ser entendido como forma especial de o povo resolver situações
embaraçosas.
II. O “jeitinho” é uma “expressão brasileira, que comunica um modo de agir usado para driblar normas
e convenções sociais.
III. "Jeitinho", expressão brasileira para um modo de agir informal amplamente aceito, que se vale de
improvisação, flexibilidade, criatividade, intuição, etc., diante de situações inesperadas, difíceis ou
complexas, não baseado em regras, procedimentos ou técnicas estipuladas previamente.
IV. O “jeitinho” é uma “habilidade” comum em alguns povos, como o brasileiro, que reflete seu estilo de
vida, sua forma de pensar e de agir
Sobre a compreensão do significado do “jeitinho” brasileiro, estão CORRETAS as proposições:
a)
b)
c)
d)
I, II e III
I, III e IV
I, II e IV
II, III e IV
Justificativa:
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO RELIGIOSA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
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QUESTÃO 20
TEXTO: “No Brasil, dá-se um “jeitinho” para tudo: político corrupto que quer ser reeleito, dá um jeitinho
para amenizar os efeitos da Lei da Ficha Limpa; aluno que quer ser aprovado sem estudar, dá um
“jeitinho” com uma “cola” ou uma monografia copiada da Internet; candidato à motorista, despreparado,
dá um “jeitinho” de convencer o examinador com palavrório vazio; autoridade surpreendida em situação
embaraçosa dá um “jeitinho”, apelando para a função que ocupa (“Sabe com quem você está
falando?”); motorista pego em flagrante dá um “jeitinho” para enrolar a autoridade competente, etc. E,
assim, de “jeitinho” em “jeitinho”, o país caminha em direção ao caos ético.” (SILVA, Edmar José da.
Provocações Éticas Breve reflexão sobre o famoso “jeitinho” brasileiro. Dom Viçoso: Mariana, 2013. p. 34).
Segundo o texto, o “jeitinho” brasileiro é algo ruim ou bom? Assinale a alternativa que responda
CORRETAMENTE a essa pergunta.
a) Não obstante os aspectos negativos, o “jeitinho” brasileiro tem seu lado positivo, enquanto exige
inventividade e criatividade e prima pela conciliação.
b) O “jeitinho” brasileiro muitas vezes funciona também como modo de se praticar a solidariedade, por
isso não pode ser entendido como algo ruim.
c) Quando se dissolvem as oposições, qualquer posição é aceita como válida. Esta atitude indiferente
promove a menoridade intelectual e conduz ao relativismo ético e social.
d) A famosa frase “deixa como está para ver como é que fica” revela uma das facetas do “jeitinho”
brasileiro e coloca em evidência o espírito cético (descrente) e acomodado do nosso povo que,
descrente, desiludido com qualquer mudança, não luta para que elas aconteçam.
Justificativa:
QUESTÃO 21
Em seu sentido mais abrangente, o termo "ética" implicaria um exame dos hábitos da espécie humana e
do seu caráter em geral. Assinale a alternativa que expresse CORRETAMENTE as principais
consequências éticas do “jeitinho” brasileiro.
a) Apuração do senso crítico, solidariedade e cordialidade.
b) Relativismo, comodismo e menoridade intelectual.
c) Relativismo, solidariedade e desenvolvimento tecnológico.
d) Hedonismo, pragmatismo e relativismo.
Justificativa:
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FILOSOFIA
QUESTÃO 22
(UEL-2004) Bento de Espinoza (1632 -1677) (em hebraico: Baruch Spinoza) foi um dos
grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René
Descartes e Gottfried Leibniz. Nasceu em Amsterdã, nos Países Baixos, no seio de uma família judaica
portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno. Em sua crítica à metafísica
tradicional e à teologia judaico-cristã afirma que: “A ideia ilusória da vontade livre deriva de percepções
inadequadas confusas; a liberdade, entendida corretamente, no entanto não é o estar livre da
necessidade, mas sim a consciência da necessidade.” (SCRUTON, Roger. Espinosa. Trad. de Angélica
Elisabeth Könke. São Paulo: Unesp, 2000. p. 41.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre liberdade em Espinosa, considere as afirmativas a
seguir.
I. A liberdade identifica-se com escolha voluntária.
II. A liberdade significa a capacidade de agir espontaneamente, segundo a causalidade interna do
sujeito.
III. A liberdade e a necessidade são compatíveis.
IV. A liberdade baseia-se na contingência, pois se tudo no universo fosse necessário não haveria
espaço para ações livres.
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:
a) I e II.
Justificativa:
b) I e IV.
c) I, III e IV.
d) II e III.
QUESTÃO 23
Karl Heinrich Marx (1818-1883) foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina
comunista moderna, e atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista. O
materialismo dialético histórico de Marx poderia também ser definido como uma "dialética da realidadeidealidade evolutiva".
Na teoria marxista, é CORRETO afirmar que no materialismo histórico:
a) A sociedade é comparada a um celeiro no qual as fundações, a infraestrutura, seriam representadas
pelas forças espirituais.
b) Pretende a explicação da história das sociedades humanas, a partir da Idade Média, através de
fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos.
c) Pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos
materiais, essencialmente econômicos e técnicos.
d) Pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através de fatos
materiais, culturais e técnicos.
Justificativa:
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO RELIGIOSA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
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QUESTÃO 24
De acordo com o filósofo alemão Karl Marx, a condição do trabalhador na economia capitalista clássica
é:
I. De realização plena da sua capacidade produtiva, alcançando a autonomia financeira e a satisfação
dos valores existenciais tão almejados pela humanidade, desde os primórdios da história.
II. De alienação, pois os trabalhadores possuem apenas sua capacidade de trabalhar, que é vendida
ao capitalista em troca do salário, por isso, a produção não pertence ao trabalhador, sendo-lhe
estranha.
III. De superação da sua condição de ser natural para tornar-se ser social, liberto graças à divisão do
trabalho, que lhe permite o desenvolvimento completo de suas habilidades naturais na fábrica.
IV. De coisa, isto é, o trabalhador é reificado, tornando-se mercadoria, cujo preço é o salário, ao passo
que as coisas produzidas pelo trabalhador, na ótica capitalista, parecem dotadas de existência
própria.
Assinale a alternativa que apresenta as assertivas CORRETAS.
a)
b)
c)
d)
II e IV
I e II
II e III
III e IV
Justificativa:
QUESTÃO 25
O Existencialismo é uma filosofia do século XX, que procura resgatar o valor da subjetividade, da
concretude da vida humana, da singularidade indeterminada. A famosa frase de Sartre- "A existência
precede a essência."- significa que o homem é um projeto utópico de ser, condicionado pela sua
existência. Leia o texto a seguir. “A doutrina que lhes estou apresentando é justamente o contrário do
quietismo, visto que ela afirma: a realidade não existe a não ser na ação; aliás, vai longe ainda,
acrescentando: o homem nada mais é do que o seu projeto; só existe na medida em que se realiza; não
é nada além do conjunto de seus atos, nada mais que sua vida”. (SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um
humanismo. São Paulo: Nova Cultural, 1987, Col. Os Pensadores. p. 13.)
Tomando o texto acima como referência, assinale a alternativa CORRETA.
a) O existencialismo de Sartre é o contrário do quietismo, porque defende que a vida humana é feita a
partir das ações e escolhas que cada ser humano realiza juntamente com outros homens. A vida do
homem é um projeto que se realiza em plena liberdade.
b) A frase “a realidade não existe a não ser na ação” significa que é o homem aquele que cria toda a
realidade possível e imaginável, que o homem é o ser que cria o mundo todo a partir de sua
existência.
c) O existencialismo sartreano é uma espécie muito particular de quietismo, porque afirma que o
homem é livre a partir do momento em que deixa a decisão sobre a própria existência nas mãos dos
outros.
d) Quando Sartre afirma que o homem “nada mais é do que a sua vida”, ele está dizendo que todos
são iguais na indeterminação de seus atos e que, portanto, é indiferente ser responsável ou não
pelas ações praticadas.
Justificativa:
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO RELIGIOSA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
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QUESTÃO 26
(Unicentro 2011) Seu esquema sociológico era tipicamente positivista, ele acreditava que toda a vida
humana tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa pudesse
compreender esse progresso, poderia prescrever os remédios para os problemas de ordem social. Era
um grande defensor da moderna sociedade capitalista.
Essa descrição está relacionada com o perfil de:
a) Karl Marx.
b) Max Weber.
c) Émile Durkheim.
d) Auguste Comte.
Justificativa:
QUESTÃO 27
No século XIX surge o conceito de modernidade e essa nova fase da história traz consigo uma gama de
alternativas econômica e sociais que anteriormente eram inimaginadas pelo homem.
Marque a opção ERRADA em relação à modernidade.
a) A abolição de privilégios de nascimento e a universalização do princípio de igualdade perante a lei,
na esteira da Revolução Francesa, também foram decisivas para caracterizar a modernidade.
b) A idade moderna inicia-se com a construção dos primeiros computadores, que revolucionaram a
história da humanidade desde então e continuarão transformando de forma cada vez mais
acelerada.
c) Marx acreditava que a modernidade, por mais que resultasse em exploração econômica, era como
um estágio inevitável no desenvolvimento da História rumo ao comunismo, este sim uma etapa
superior à evolução humana e concretização da verdadeira emancipação do indivíduo.
d) Muitos Pensadores perceberam que a modernidade, a ordem econômica e seu gigantismo
burocrático passaram a moldar o destino das pessoas e continuarão a fazê-lo “até que a última
tonelada de combustível tiver sido gasta”, como afirmou Max Weber.
Justificativa:
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QUESTÃO 28
Jürgen Habermas (1929-) é um filósofo e sociólogo alemão que vive até os tempos de hoje. Ele constrói
um novo sistema filosófico, fundamentado na teoria da ação comunicativa. Em oposição à filosofia da
consciência da tradição moderna, que concebe a razão como uma entidade centrada no sujeito,
Habermas considera a razão como sendo o resultado de uma relação intersubjetiva entre indivíduos
que procuram, por meio da linguagem, chegar ao entendimento.
Sobre o pensamento de Habermas, assinale a afirmativa ERRADA.
a) Jürgen Habermas pertence inicialmente ao grupo dos frankfurtianos, todavia, mesmo se
distanciando da Escola de Frankfurt, mantém os principais objetivos dessa corrente filosófica, isto é,
o esclarecimento e a emancipação do homem.
b) Na teoria da ação comunicativa, a verdade é resultado de uma relação dialógica, fundamentada em
uma situação ideal de fala, que exclui qualquer relação de poder entre os interlocutores.
c) Jürgen Habermas perpetua a tradição racionalista de René Descartes e, como ele, acredita que o
"penso, logo existo" é a primeira certeza a partir da qual podemos alcançar a verdade.
d) Jürgen Habermas procura resgatar a reflexão crítica da Ilustração que tem em Kant um dos
principais expoentes e a aplica em sua teoria da ação comunicativa. A Ilustração opõe-se ao
autoritarismo e ao abuso do poder e defende as liberdades individuais e os direitos do cidadão.
Justificativa:
SOCIOLOGIA
QUESTÃO 29
(ENEM 2006) No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von Martius esteve no Brasil em
missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena.
Referindo-se ao indígena, ele afirmou: “Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente,
ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um
nobre desenvolvimento progressivo (...)”. “Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano,
até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa
vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz.” Carl Von Martius. O estado do direito entre os autóctones do
Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982.
Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius:
a) apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os índios, diferentemente do que fazia a
missão europeia, respeitavam a flora e a fauna do país.
b) discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogava o extermínio
dos índios.
c) procurava impedir o processo de aculturação, ao descrever cientificamente a cultura das populações
originárias da América.
d) desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão
“civilizadora europeia”, típica do século XIX.
Justificativa:
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QUESTÃO 30
A Propaganda pode ser definida como divulgação intencional e constante de mensagens destinadas a
um determinado auditório visando criar uma imagem positiva ou negativa de determinados fenômenos.
A Propaganda está muitas vezes ligada à ideia de manipulação de grandes massas por parte de
pequenos grupos. Alguns princípios da Propaganda são: o princípio da simplificação, da saturação, da
deformação e da parcialidade. (Adaptado de Norberto Bobbio, et al. Dicionário de Política) Segundo o
texto, muitas vezes a propaganda:
a) a)depende diretamente da qualidade do produto que é vendido.
b) favorece o controle das massas difundindo as contradições do produto.
c) está voltada especialmente para os interesses de quem vende o produto.
d) convida o comprador à reflexão sobre a natureza do que se propõe vender.
Justificativa:
QUESTÃO 31
Em conflitos regionais e na guerra entre nações tem sido observada a ocorrência de sequestros,
execuções sumárias, torturas e outras violações de direitos. Em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia
Geral das Nações Unidas adotou a Declaração Universal dos Direitos do Homem, que, em seu artigo
5º, afirma: Ninguém será submetido à tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou
degradantes. Assim, entre nações que assinaram essa Declaração, é coerente esperar que:
a) a Constituição de cada país deva se sobrepor aos Direitos Universais do Homem, apenas enquanto
houver conflito.
b) a soberania dos Estados esteja em conformidade com os Direitos Universais do Homem, até mesmo
em situações de conflito.
c) a violação dos direitos humanos por uma nação autorize a mesma violação pela nação adversária.
d) a autodefesa nacional legitime a supressão dos Direitos Universais do Homem.
Justificativa:
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QUESTÃO 32
A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma
diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um
longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, no continente africano e de
seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações
mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente
africano e de seus povos. K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In:
Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.
Com relação ao assunto tratado no texto acima, é CORRETO afirmar que:
a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente.
b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente.
c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil.
d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade Moderna.
Justificativa:
QUESTÃO 33
O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas características de uma determinada
corrente de pensamento. “Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos se é
senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele
mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de
qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a
utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque,
sendo todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores
da equidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito
arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de
temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar se em sociedade
com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade
e dos bens a que chamo de propriedade.” (Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991).
Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar:
a) a existência do governo como um poder oriundo da natureza.
b) a origem do governo como uma propriedade do rei.
c) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.
d) a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos.
Justificativa:
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO RELIGIOSA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
3ª série – Ensino Médio – 3ª ETAPA – PROVA B – 24/11/2015
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QUESTÃO 34
Os textos referem-se à integração do índio à chamada civilização brasileira.
I.
“Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que separa e que tenta
nos eliminar cultural, social e até fisicamente”. A justificativa é a de que somos apenas 250 mil
pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus. (...) É preciso congelar essas ideias colonizadoras,
porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas.(...) Nós, índios, queremos falar, mas
queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes.” Marcos Terena, presidente do
Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas,
Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994.
II. “O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela razão muito simples que
consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que
existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o
homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do
neolítico a um estágio Civilizatório.” Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de
setembro de 1994.
Pode-se afirmar, segundo os textos, que:
a) tanto Terena quanto Jaguaribe propõe ideias inadequadas, pois o primeiro deseja a aculturação
feita pela “civilização branca”, e o segundo, o confinamento de tribos.
b) Terena quer transformar o Brasil numa terra só de índios, pois pretende mudar até mesmo a língua
do país, enquanto a ideia de Jaguaribe é anticonstitucional, pois fere o direito à identidade cultural
dos índios.
c) Terena propõe que a integração indígena deve ser lenta, gradativa e progressiva, e Jaguaribe
propõe que essa integração resulte de decisão autônoma das comunidades indígenas.
d) Terena defende que a sociedade brasileira deve respeitar a cultura dos índios e Jaguaribe acredita
na inevitabilidade do processo de aculturação dos índios e de sua incorporação à sociedade
brasileira.
Justificativa:
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO RELIGIOSA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
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QUESTÃO 35
Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592) compara, nos trechos, as guerras das sociedades
Tupinambá com as chamadas guerras de religião dos franceses que, na segunda metade do século
XVI, opunham católicos e protestantes.
.(.) não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos; e, na verdade, cada qual
considera bárbaro o que não se pratica em sua terra. (.) Não me parece excessivo julgar bárbaros tais
atos de crueldade [o canibalismo], mas que o fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira
acerca dos nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo do que o comer depois de morto;
e é pior esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou entregá-lo a
cães e porcos, a pretexto de devoção e fé, como não somente o lemos mas vimos ocorrer entre
vizinhos nossos conterrâneos; e isso em verdade é bem mais grave do que assar e comer um homem
previamente executado. (.) Podemos portanto qualificar esses povos como bárbaros em dando apenas
ouvidos à inteligência, mas nunca se compararmos a nós mesmos, que os excedemos em toda sorte de
barbaridades. MONTAIGNE, Michel Eyquem de, Ensaios, São Paulo: Nova Cultural, 1984.
De acordo com o texto, pode-se afirmar que, para Montaigne,
a) a ideia de relativismo cultural baseia-se na hipótese da origem única do gênero humano e da sua
religião.
b) a diferença de costumes não constitui um critério válido para julgar as diferentes sociedades.
c) os indígenas são mais bárbaros do que os europeus, pois não conhecem a virtude cristã da
piedade.
d) a barbárie é um comportamento social que pressupõe a ausência de uma cultura civilizada e
racional.
Justificativa:
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, EDUCAÇÃO RELIGIOSA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
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