Os resultados alcançados devem ser comparados com os resultados esperados, que estão descritos no Plano Participativo, para ver se estamos conseguindo atingir o objetivo da ação. O RELATO DA EXPERIÊNCIA O Plano Participativo de Segurança Alimentar de um local pode ser reproduzido total ou parcialmente em outra comunidade que esteja em situação semelhante. Ou seja, cada experiência comunitária pode servir de estímulo, bem como de exemplo para os outros. Assim, para que as ações realizadas em cada comunidade possam ser organizadas e armazenadas para divulgação e intercâmbio de experiências, os monitores de Segurança Alimentar e Nutricional devem elaborar um relatório e encaminhá-lo para a Coordenação Diocesana e para a Coordenação Nacional, para que essas tenham um panorama de todos os trabalhos desenvolvidos na Diocese. Este relatório vai receber o nome de Plano Participativo de Segurança Alimentar da Comunidade (veja modelo no Anexo 5). A cada seis meses, deve ser enviado o Relatório Semestral de Acompanhamento e Avaliação do Plano Participativo de Segurança Alimentar da Comunidade. " Somos peregrinos, andarilhos da esperança Cremos em um caminho e nos dispusemos a caminhar Caminhamos em direção ao sonho maior E, já a caminho, somos iluminados por este sonho, Contemplamos esta luz adiante e já a acalentamos e a espalhamos, a um só tempo, dentro do nosso coração. Somos privilegiados porque a cada dia estamos mais próximos... Não tanto pela caminhada, que ainda se faz longa, Mas pela nossa persistência em acalentar o sonho grande E vivê-lo desde já, aqui e agora." A Mística do Animador Popular - Grupo TAO ANEXOS ANEXO 1 Dinâmicas de sensibilização Quebra-Quadrados Características: é uma técnica tipo "quebra-cabeça", com tempo de duração de cerca de dez minutos, mais um tempo para reflexão e discussão. Objetivos • auto-reflexão sobre as características pessoais de cada participante; • discussão sobre "o que é trabalhar em grupo". Materiais Necessários: • cinco envelopes ou cartuchos de papel ou sacos plásticos; • cartolina ou outro tipo de papel firme e resistente que seja suficiente para fazer cinco quadrados de 15 cm de lado. Técnica: Preparo dos Envelopes Conforme o tamanho do grupo a ser reunido, este deve ser dividido em grupos menores, com cinco participantes cada um. Antes do encontro com o grupo, o monitor deve preparar cinco envelopes para cada grupo de cinco pessoas, contendo um número diferente de peças de cartolina cada um (ver modelo das peças abaixo). Essas peças, quando unidas, permitem a montagem dos cinco quadrados. Cada envelope deve ser marcado com uma das letras: A, B, C, D e E. A distribuição dos pedaços de cartolina nos 5 envelopes deverá ser como segue: Envelope A: pedaços h-g-b Envelope B: pedaços c-c-c-a Envelope C: pedaços c-f Envelope D: pedaços i-d Envelope E: pedaços j-e-d-a No verso de cada pedaço deve-se marcar a letra correspondente ao seu envelope para, após a técnica, facilitar a identificação dos envelopes onde serão guardadas as peças. Etapas do Jogo: Dividir o grupo grande em grupos menores (com 5 participantes cada). Distribuir para cada grupo menor, 5 envelopes contendo as respectivas peças de cartolina, conforme modelo acima. Passar aos grupos menores as seguintes instruções: • não abrir os envelopes até que o monitor dê o sinal; • abertos os envelopes, cada grupo deve montar 5 quadrados; • a tarefa de montar os quadrados deve ser executada em 2 minutos; • durante a montagem dos quadrados não é permitida qualquer comunicação entre os membros dos grupos. Dar o sinal para o início das atividades e começar a contagem dos 2 minutos. Percorrer os grupos vendo se a tarefa consegue ser realizada. Cessado o tempo, os grupos que terminaram a tarefa devem ficar em silêncio. Em caso de nenhum grupo ter finalizado, dar nova oportunidade e recontar o tempo (2 min.) Novamente cessado o tempo, pedir aos grupos que não realizaram a tarefa que mandem um participante aos grupos que concluíram para verificar a solução e retornar ao seu grupo de origem para finalizar a tarefa de montagem dos quadrados. Fechamento: Como a atividade não permite a comunicação entre as pessoas e existe um tempo limite para o término da execução da tarefa proposta, é comum que se observe um clima de competição entre os grupos ou entre pessoas de um mesmo grupo, além de atitudes individuais de centralização (é normal pessoas quererem resolver sozinhas a tarefa ou segurando peças para si). Fazer uma reflexão sobre essas atitudes individuais que são comuns no dia-adia. Como isso interfere quando estamos nos propondo a trabalhar em grupo? Por fim, o jogo permite um interessante discussão cooperação grupai, especialmente quando não há atitudes centralizadoras. sobre a força da Quem conta um conto ... Características: É uma técnica que imita uma antiga brincadeira de salão, aplicável para grupo de 10 a 40 pessoas e dura em média 15 minutos, mais um tempo reservado para discussão e fechamento. Objetivos: • aguçar a criatividade do grupo; • sensibilizar o grupo para a importância da participação de cada membro no grupo. Materiais necessários: • • folhas de papel em branco; lápis ou canetas. Técnica: O grupo grande é dividido em grupos menores, de 5 a 8 elementos que devem ficar em fila (um atrás do outro) Cada participante recebe um lápis ou caneta. Cada primeiro participante da fila (de cada grupo) recebe uma folha de papel. O monitor pede que o primeiro participante inicie uma história, escrevendo uma frase não muito longa na folha de papel que recebeu. Cada primeiro participante escreve a frase e dobra a folha, de tal maneira que o que escreveu não possa ser visto e passa a folha com o pedaço dobrado para o colega de trás, que deve continuar a história com mais uma frase, dobrar a folha, passar para o colega de trás e assim por diante, até que termine a fila (ou seja, até que todos do grupo tenham dado a sua contribuição). Então, o monitor pede que cada grupo se reúna em círculo e desdobre a folha que contém todas as frases. O grupo deve relatar uma história com todas as frases escritas, colocando no máximo mais 10 palavras e procurando dar um certo sentido ao conjunto das idéias. Todo o grupo grande se reúne e as histórias criadas são apresentadas. Fechamento: A partir das histórias apresentadas, fazer uma reflexão sobre a participação de todos no grupo, a importância da contribuição e das idéias de cada um, a importância de uma liderança de grupo que seja condutora destas contribuições para que se atinja um objetivo comum. Vamos dar as mãos Características: é uma técnica de sensibilização, aplicável para grupos de 5 a mais participantes e tem duração média de 15 a 20 minutos. Objetivo: • sensibilizar os participantes para a procura de estratégias para enfrentar os desafios e problemas. Técnica: Se o grupo for grande, dividir em grupos de 5 participantes. Cada grupo de 5 deve ficar em pé, dando-se as mãos como para uma brincadeira de roda (formando um círculo). Ao sinal do monitor, sem soltar as mãos e sem falar, todos devem se movimentar para que consigam ficar de costas para o centro do círculo. Essa tarefa deve ser feita em 30 segundos. Concluído o tempo, os grupos que não conseguiram realizar a tarefa podem repetir a tentativa, observando os que conseguiram. Após todos executarem a atividade, iniciar a discussão. Solução: um dos participantes deve erguer o braço do colega formando um arco ao alto, pelo qual todos, ligeiramente agachados irão passar até ficarem de costas para o centro do círculo. A Minhoca Características: é uma técnica dinâmica , de movimento, que requer um espaço (sala, galpão ou ao ar livre) para deslocamento dos participantes. Seu tempo de duração é de cerca de 15 minutos. Objetivos: • trabalhar a questão de guiar (liderar) e ser guiado (ser liderado) e sua relação com o trabalho em grupo. Técnica: Pedir que o grupo faça uma fila e que cada um coloque a mão sobre o ombro do colega da frente. Todos devem fechar os olhos e caminhar conforme a indicação do primeiro da fila, que ficará de olhos abertos. A cada 2 minutos o participante da frente passa para o último lugar e o colega seguinte abre os olhos e dirige o grupo. O exercício se repete até que todos tenham passado pela primeira posição. Encerrar o exercício e reunir todos em círculo para discussão. Fechamento: com freqüência, o grupo irá comentar seus sentimentos em relação a se deixar guiar (dificuldade, medo, falta de confiança). Alguns preferem estar na posição de dirigir, pois se sentem dominando o momento. Todos esses sentimentos, bem discutidos, fortalecem o auto-conhecimento de cada participante e colaboram nas relações interpessoais do grupo. Como estamos nos percebendo? Características: Pode ser aplicada para grupos de até 40 pessoas. Sua duração média é de 15 minutos, devendo ser reservado mais um tempo para a discussão e reflexão dos objetivos da dinâmica. Objetivos: • contribuir para aumentar os esquemas de relacionamento interpessoal no grupo; • despertar a percepção de cada componente do grupo pela ação ou pelo trabalho dos demais. Materiais necessários: • cartões ou pedaços de papel (aproximadamente 8 x 12 cm); • folhas de papel; • canetas, lápis ou canetas hidrocor. Técnica: O monitor distribui para cada participante do grupo um cartão, onde deve estar escrita uma determinada ação (por exemplo, descascar uma laranja) e pede que os cartões não sejam mostrados aos colegas. O monitor distribui ainda, para cada participante, uma folha de papel em branco e um lápis ou caneta, que devem ser deixados na cadeira que cada um ocupa. O monitor pede que, ao seu comando, cada participante represente a ação descrita no seu cartão, sem qualquer tipo de comunicação verbal. Os participantes devem cumprir a ordem expressa no seu cartão através de mímica e não devem ficar parados no lugar, mas deslocar-se no espaço onde se realiza a reunião. Ao sinal do monitor, durante uns 2 minutos, todos os participantes devem ao mesmo tempo, cumprir a ordem expressa no cartão recebido. Passado o tempo marcado para a tarefa, o monitor pede que a mímica seja encerrada e que todos voltem aos seus lugares, e, ainda sem se comunicar uns com os outros, escrevam em suas folhas de papel quantas atividades puderam observar e o nome do respectivo participante que a executou. Para essa tarefa, pode ser dado um tempo de 5 minutos. Após o tempo, o monitor pede que sejam feitos alguns relatos pelos participantes e pode iniciar um debate perguntando: • Quem conseguiu observar mais ações? • Quem não conseguiu observar nada, além da própria ação? • O que isso tem a ver com o trabalho que o grupo pretende fazer ou está fazendo? Fechamento: a questão básica a que os participantes devem ser conduzidos é a de que nossa concentração ou responsabilidade frente a uma tarefa, um trabalho ou atividade, seja ela qual for, não deve bloquear as possibilidades de perceber o outro e as suas ações. É preciso exercitar a sensibilidade de perceber o mundo ao redor, sem alienação. O trabalho cooperado requer que todos se conheçam e tenham interesse pelas ações uns dos outros a fim de atingir uma meta comum. SUGESTÕES PARA TAREFAS A SEREM ESCRITAS NOS CARTÕES: Servir uma refeição Pregar pregos numa tábua Datilografar Atravessar um rio sobre pedras Subir em uma escada Andar de bicicleta Ensinar balé para um grupo Dançar um samba Varrer uma calçada Arar um pedaço de terra Enfiar um fio numa agulha Enxugar pratos Montar num cavalo bravo Plantar uma muda Embrulhar um pacote Costurar uma peça de roupa Ou qualquer outra atividade comum na comunidade onde se está trabalhando. Dinâmica da Corda O monitor pede aos participantes que fiquem de pé, dois a dois, frente a frente, com um pedaço de corda, sendo que um tem que puxar a corda, fazendo o máximo de força. Após alguns minutos, cada companheiro deve falar para o seu par o que sentiu durante o exercício. Em seguida, os participantes devem falar também no grupão. É uma guerra geral, cheia de competição, disputas e até torcida organizada para os pares que terminam empatados. Em seguida, cada um reflete sobre o problema da competição e disputa entre membros dentro do grupo. Percebem quando a competição pode ajudar e quando ela pode atrapalhar o grupo. Tomam consciência da força que cada um tem no grupo e que somada vira multiplicação. Não queremos ser jardim zoológico Instruções: 1) Cada participante recebe um papel com o nome de um bicho e escreve as características do bicho que lhe vêm à cabeça; 2) Os participantes devem fazer uma comparação do comportamento dos bichos com o comportamento de pessoas em uma reunião de grupo; 3) A partir das características dos bichos, colocadas por cada participante, discutir o papel de cada um no grupo (características humanas). Por exemplo: o folgado, o omisso, o falador, o autoritário, o flexível, o intransigente, etc. ANEXO 2 Sugestão de registro das atividades Exemplo Reunião do Grupo Comunidade Esperança de Trabalho de Segurança Alimentar Atividade:. Construção da Árvore de Problemas Dificuldade: Houve pequena participação do grupo Decisão: Divulgar melhor a proposta e chamar mais gente para participar e Nutricional da ANEXO 3 Sugestão de Organização das Informações do Passo 1 Quadro da Situação Inicial da Comunidade (este deve ser realmente um quadro) Sobre a comunidade: Como é? Quais os serviços de que dispomos? (lista) Acesso aos alimentos: Produção e/ou compra de alimentos: Outras fontes: Acesso e uso da água: ANEXO 4 Pastoral da Criança RELATÓRIO DO PLANO PARTICIPATIVO DE SEGURANÇA ALIMENTAR DA COMUNIDADE Comunidade: ________________________________________________________________ Paróquia: ___________________________________________________________________ Diocese: ____________________________________________________________________ Município: ___________________________________________________________________ Estado: _____________________________________________________________________ Ano: _______________________________________________________________________ Descrição da Situação Inicial da Comunidade Quais são as características gerais da comunidade? De que modo as famílias tem conseguido os alimentos que consomem? Como as famílias dispõem de água? Qual a qualidade da água? Existem problemas de disponibilidade de alimentos na comunidade? Principais problemas encontrados e suas causas Problemas reconhecidos como prioritários para a ação imediata Plano Participativo de Segurança Alimentar da Comunidade (copie o Plano elaborado pelo grupo de trabalho no Passo 7) ANEXO 5 Pastoral da Criança RELATÓRIO SEMESTRAL DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO PARTICIPATIVO DE SEGURANÇA ALIMENTAR DA COMUNIDADE 1. Identificação: Comunidade: Paróquia: Diocese: Município: Estado: 2. Ação desenvolvida: O que conseguimos fazer foi: Fases da ação (discriminar abaixo cada fase) E S M D 1. 2. 3. 4. Relato descritivo: A comunidade e os parceiros estiveram envolvidos e integrados na realização da ação? O tempo de ação foi realizado conforme o esperado? OE materiais necessários foram conseguidos? Outras informações julgada: necessárias também podem ser escritas aqui. 3. ( ( A ação tem CONTINUIDADE? ) sim ) não Se não: A comunidade está desenvolvendo outra ação. Qual? O grupo desistiu. Por quê? 4. Número de beneficiados: __________ pessoas 5. Foi necessário algum recurso financeiro? De onde veio o recurso? Como foi obtido? 6. Quanto aos resultados alcançados: O que conseguimos fazer foi: Resultados da ação (discriminar abaixo cada fase) E S M D 1. 2. 3. 4. Relato descritivo: Os resultados conseguidos eram os esperados? 7. Outros comentários: Responsável pelo relatório:____________________________________________Data:___/___/___ Função na Pastoral da Criança:___________________________________________ Leitura Recomendada: ∗ Manual de Geração de Renda da Pastoral da Criança ∗ Construindo Cidadania - Pastoral da Criança ∗ A Mística do Animador Popular - Grupo TAO (Editora Ática) ∗ Saber Cuidar - Ética do Humano Cuidado com a Terra - Leonardo Boff (Editora Vozes) ∗ Dinâmica de Grupos Populares - William César Castilho Pereira (DP&A Editora) ∗ Dinâmica de Grupos na Formação de Lideranças - Ana Maria Gonçalves e Susan Chiode Perpétuo (Editora Vozes) Mística Apresentação "Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento." (Gênesis 1,29) Alimento ...pois digno é o trabalhador do seu alimento." (Mt 10,10) "Deus, que dá semente ao semeador, também dará o pão em alimento; para vocês multiplicará a semente, e ainda fará crescer o fruto da justiça que vocês têm."(2Cor 9,10) Amor "Segurava-os com laços humanos, com laços de amor, fui para eles como o que tira da boca uma rédea, e lhes dei alimento." (Ose 11,4) Amparar "Encorajai os tímidos, amparai os fracos." (1 Tes. 5,14) Ânimo "Neste inundo vocês terão aflições, mas tenham coragem; eu venci o mundo." (Jo 16,33) Bem-aventurança "Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados." (Mt 5,6) Boa nova "Mas o anjo disse aos pastores: Não tenham medo! Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo..." (Lc 2,10) "Por isso, desci para libertá-lo do poder dos egípcios e para fazê-lo subir dessa terra para uma terra fértil e espaçosa, terra onde corre leite e mel..." (Ex. 3,8) Caminhar "Importa, contudo, caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã..." (Lc 13,33) Caminho "Lembra-te de todo o caminho por onde o Senhor te conduziu durante estes quarenta anos no deserto..." (Dt 8,2) "Porque o Senhor, teu Deus, vai conduzir-te a uma terra excelente..." (Dt 8,7) "É Deus quem me cinge de coragem e aplana o meu caminho." (IISm 22,33) "Tu me ensinarás o caminho da vida, cheio de alegria em tua presença, e de delícias à tua direita, para sempre."(Sl 16,11) "Faze-me ouvir o teu amor pela manhã, pois é em ti em que eu confio. Indicame o caminho a seguir, pois a ti elevo a minha alma." (Sl 143,8) "O prudente sobe por um caminho de vida..." (Pv 15,24) Carreira "Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus." (Hb 12,1) Cereal "Fez chover o maná para saciá-los, deu-lhes o trigo do céu. Pôde o homem comer o pão dos fortes; e lhes mandou víveres em abundância." (Sl 78,24-25) Conceito de Segurança Alimentar "Porque o Senhor, teu Deus, vai conduzir-te a uma terra excelente, cheia de torrentes, de fontes e de águas profundas que brotam nos vales e nos montes; uma terra de trigo e de cevada, de vinhas, de figueiras, de romãzeiras, urna terra de óleo de olivas e de mel, uma terra onde não será racionado o pão que comeres, e onde nada faltará; terra cujas pedras são de ferro e de cujas montanhas extrairás o bronze. Comerás, à saciedade, e bendirás o Senhor, teu Deus, pela boa terra que te deu." (Dt 8,7-10) Chover "Céus, gotejem lá de cima, e as nuvens chovam a justiça; que a terra se abra e produza a salvação, e junto com ela brote a justiça. "(Is. 45,8) "Semeiem conforme a justiça e colham o fruto do amor." (Os 10,12) Colheita "Transforma o deserto em lençóis de água, terra seca em nascentes; e aí faz morar os famintos, que fundam uma cidade habitada." (Sl 107,35-36) Colher "Quando mediram as quantias, não sobrava para quem havia recolhido mais, nem faltava para quem havia recolhido menos. Cada um tinha recolhido o que podia comer." (Ex 16,18) Combate "...combata o bom combate, com fé e boa consciência." (1 Tm 1,18) Comer "Os pobres comerão e ficarão saciados..." (Sl 22,27) "Todos comeram, ficaram satisfeitos, e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram." (Mt 14,20) "Pois eu estava com fome, e vocês me deram de comer; eu estava com sede, e me deram de beber..." (Mt 25,35) "Será que não temos direito de comer e beber?" (I Cor 9,4) Comida "Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem. E quem tiver comida, faça a mesma coisa." (Lc 3,11) Compaixão "A pessoa desesperada tem direito à solidariedade do a migo..." (Jó 6,14) Compartilhar "Sejam solidários com os cristãos em suas necessidades.." (Rm 12,13) Cooperação "...saibam repartir com os outros..." (Hb 13,16) Coragem "Sejam fortes e corajosos! Não tenham medo, nem fiquem apavorados diante das dificuldades." (Dt 31,6) Cotidiano "Dá-nos a cada dia o pão nosso..." (Lc 11,3) Desanimar "Somos atribulados por todos os lados, mas não desanimamos!" (2 Cor 4,8) "É por isso que nós não perdemos a coragem...o nosso homem interior vai se refazendo a cada dia." (2Cor 4,16) Efeito "O fruto da justiça será a paz...o trabalho da justiça resultará em tranqüilidade e segurança permanentes." (Is 32,17) Esperança "Porque haverá certamente um futuro e tua esperança não será frustrada." (Pv 23,18) "Sêde alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração." (Rm 12,12) Êxito "O Deus do céu nos dará sucesso. Nós, servos de Deus, continuaremos reconstruindo." (Ne 2,20) Faminto "Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? diz o Senhor Deus. É romper as cadeias injustas, desatar as cordas do jugo, mandar embora livres os oprimidos." (Is 58,6) Guiar "O Senhor te guiará constantemente; alimentar-te-á no árido deserto, renovará teu vigor."(Is 58,11) "Porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os levará às fontes das águas vivas; e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos." (Apo 7,16) Iluminar "Que ilumine os olhos do vosso coração, para que compreendais a que esperança fostes chamados, quão rica e gloriosa é a herança que Ele reserva aos santos." (Ef 1,18) Liberdade "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração." (Lc 4,18) Multiplicação "Jesus, porém, respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer. Mas, disseram eles, nós não temos aqui mais que cinco pães e dois peixes. Trazei-mos, disse-lhes ele. Mandou, então, a multidão assentar-se na relva, tomou os cinco pães e dois peixes e, elevando os olhos ao céu, abençoou-os. Partindo em seguida os pães, deu-os aos seus discípulos, que os distribuíram ao povo. Todos comeram e ficaram fartos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram doze cestos cheios. "(Mt 14,16-20) Passo "O Senhor torna firme os passos do homem e aprova os seus caminhos." (Si 37,23) "Oxalá se firmem os meus passos na observância de vossas leis." (Sl 119,5) "É o caminho da sabedoria que te mostro, é pela senda da retidão que eu te guiarei. Se nela caminhares, teus passos não serão dificultosos, se correres, não tropeçarás." (Pv 4,11-12) "O coração do homem dispõe o seu caminho, mas é o Senhor que dirige seus passos." (Pv 16,9) Plano "Eu reconheço que tudo podes e que nenhum dos teus projetos fica sem realização." (Jó 42,2) Poder "Tudo posso naquele me fortalece." (Fil 4,16) Recompensa "Quanto a vós, sêde fortes, não vos acovardais, pois vosso labor terá sua recompensa." (2Cr 15,7) Unidade "Eu lhes peço, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo: mantenham-se de acordo uns com os outros, para que não haja divisões." (1 Co 1,10) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Antunes C. Manual de técnicas de dinâmica de grupo, de sensibilização, de ludopedagogia. 4a ed. Petrápolis: Vozes; 1991. BATISTA FILHO M. Saúde e nutrição. In: Rouquayrol MZ. Epidemiologia & Saúde. - 4a ed. Rio de Janeiro: Medsi; 1994. p. 365-381. COLBIN A. A cozinha como farmácia. In: Richter HB, organizador. Um assassinato perfeitamente legal - nossa alimentação. São Paulo: Paulus; 1997. p. 12. CONCRAB/MST. Método de trabalho popular. Caderno de Formação 1997; 24. DIAS RB. "Eu? Eu estou aí, compondo o mundo." Uma experiência de controle de endemia, pesquisa e participação popular vivida em Cansanção, Minas Gerais, Brasil. In: Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro; 1998. 14(Supl. 2)1 49-157. Instituto do Homem. Planejamento Participativo para o Desenvolvimento Local. LESSA I. Doenças crônico-degenerativas. In: Rouquayrol MZ. Epidemiologia & Saúde. 3a ed. Rio de Janeiro: Medsi; 1988. p. 411-420. Lucchiari DS organizadora. Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo: Summus; 1993. Ministério da Saúde. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. Planejamento participativo: um instrumento de combate à fome. Brasília (DF); 1994. Organização Mundial da Saúde. Treinamento - Habilidades de Supervisão. Programa para controle de doenças diarréicas, 1988. Organização da Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Guia para projetos participativos de nutrição. Roma; 1997. Tojo R, Leis R, Recarey MD et al. Hábitos alimentares das crianças em idade pré-escolar e escolar: riscos para a saúde e estratégias para a intervenção. In: 37° Seminário Nestlé Nutrition; 1995; Madrid. A alimentação da idade pré-escolar até a adolescência. Brasil: Nestlé; [199-]. Unicef. Um exame de políticas. Estratégia para melhorar nos países em desenvolvimento. New York; 1990. a nutrição de crianças e mulheres Valente FLS. Do combate à fome à segurança alimentar e nutricional: o direito à alimentação adequada. 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