Trabalhos anais COSAMPI I

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ANAIS
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Título do trabalho: TL02 - RETORNO ESPONTANEO DOS BATIMENTOS
CARDÍACOS EM CIRURGIA CARDÍCA COM CLAMPEAMENTO AÓRTICO
Rafael Dib de Paulo Tajra <[email protected]>
Antonio Dib Tajra Filho <[email protected]>
Rodrigo Dib de Paulo Tajra <[email protected]>
Fernando Jose Amorim Martins <[email protected]>
Rayra Pureza Teixeira Barbosa <[email protected]>
Introdução : Este estudo avaliou a relevância de 10 variáveis ao retorno espontâneo
dos batimentos cardíacos
após desclampeamento aórtico em cirurgias cardíacas
com CEC .
Material e Métodos : Durante o período de janeiro a dezembro/2012 396 pacientes
adultos foram submetidos a cirurgia cardíaca com CEC
as variáveis estudadas ,
através de regressão logística múltipla foram :lactato <4 em CEC ,tempo de anoxia
<50 minutos ,não transfusão de concentrado de hemácias durante CEC ,tempo de
CEC < 80 minutos,hematócrito durante a CEC >21% ,hematócrito pré-CEC
>35% ,superfície corpórea > 1,5 m2 , cirurgia de revascularização miocárdica ,idade
maior que 50 anos ,sexo .
Resultados : três variáveis foram estatisticamente significantes :
cirurgia de
revascularização miocárdica -chance maior que 232,1% (ODDS = 3,321) ; sexo
masculino -chance 33,8% menor (ODDS = 0,662)
hemácias durante a CEC -chance
menor que
;não uso de
61,4%
concentrado de
(ODDS = 0,386) para
reversão espontanea dos batimentos cardíacos após CEC.
Discussão : retorno espontâneo dos batimentos cardíacos em cirurgia cardíaca é
tido como demonstração de eficiente proteção miocárdica durante o clampeamento
aórtico , podendo ser sinal de mínima lesão de reperfusão durante o período de
isquemia miocárdica .
Conclusão:cirurgia de revascularização do miocárdio favorece ao retorno
espontâneo dos batimentos cardíacos após CEC enquanto que sexo masculino e
não uso de concentrado de hemácias dificultam o retorno espontâneo dos
batimentos cardíacos .
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Título do trabalho: TL09 - CIRURGIA CARDÍACA MINIMAMENTE INVASIVA: UMA
OPÇÃO SEGURA
Larissa Laise Santos Guimaraes <[email protected]>
Paulo Rego Medeiros <[email protected]>
Sebastião Nunes Martins <[email protected]>
Camila Negreiro Dias <[email protected]>
NAYARA APARECIDA CRUZ LULA <[email protected]>
Flávio Duarte Camurça <[email protected]>
Jocerlano Santos de Sousa <[email protected]>
Introdução: A cirurgia cardiovascular está em expansão com técnicas menos
invasivas que incluem mini-incisões e cirurgias videoassistidas. Com ênfase nos
benefícios ao paciente, estas técnicas já realizadas em muitos pacientes nos
principais centros americanos e europeus proporcionam resultados comparáveis à
cirurgia convencional com as vantagens de menor trauma cirúrgico, menos dor pósoperatória e menor tempo de internação hospitalar além do aspecto estético.
Objetivo: Apresentar os resultados da cirurgia cardíaca minimamente invasiva em
dois serviços privados de Teresina - Piauí.
Métodos: Trinta e dois pacientes foram operados consecutivamente por mini-incisão
(miniesternotomia ou minitoracotomia e vídeo) entre os anos de 2012 e 2014.
Quatorze pacientes foram submetidos à substituição de válvula aórtica (10 por
insuficiência e 4 por estenose valvar), 11 foram operados por comunicação interatrial
(CIA) e 7 por doença da vávula mitral, sendo 1 combinada com plástica de
tricúspide. A idade média foi de 32,2 anos sendo 20 pacientes do sexo feminino. A
miniesternotomia foi em "J" superior no 4º espaço intercostal direito para tratamento
da válvula aórtica, em "L" invertido inferior no 2º espaço intercostal direito para CIA e
no 4º espaço intercostal direito para tratar vávula mitral e/ou tricúspide.
Resultados e discussão: O comprimento médio da incisão para miniesternotomia foi
de 7 centímetros e 6 para minitoracotomia, menor que 1/3 do tamanho quando
comparado aos tradicionais 22 a 24 centímetros da incisão convencional para estes
pacientes. Em um caso foi preciso converter para esternotomia total por dificuldade
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de saída de circulação extracorpórea. O tempo operatório passou a ser semelhante
à cirurgia convencional a partir do 4º caso operado. O tempo de CEC variou de 25 a
88 minutos (média de 47 minutos). O tempo de UTI foi de 22 horas a 3 dias, com
tempo de internação hospitalar total de 3 a 7 dias. O reduzido trauma cirúrgico gerou
recuperação mais precoce. A evolução tardia atualmente varia de 3 anos a 4 meses,
estando todos os pacientes assintomáticos e de volta às suas atividades.
Conclusão: Não houve complicação diretamente relacionada com o acesso. O
resultado estético foi satisfatório em todos os casos e embora o número de
pacientes ainda seja pequeno, os resultados obtidos foram satisfatórios o que nos
estimula a persistir com a técnica em casos selecionados, avançando com a cirurgia
cardiovascular minimamente invasiva.
Título do trabalho: P13 - EDEMA AGUDO DE PULMÃO NÃO CARDIOGÊNICO
SECUNDÁRIO A LESÃO INDIRETA POR RAIO
marcelo leite madeira <[email protected]>
raíssa barreto vieira soares <[email protected]>
dandara coelho cavalcante <[email protected]>
pedro henrique piauilino benvindo ferreira <[email protected]>
guilherme galdino de sousa <[email protected]>
RICARDO LIRA ARAÚJO <[email protected]>
Introdução: As lesões por choque elétrico e por raios representam uma parcela
pequena nos serviços de urgência e emergência, no entanto os índices de
mortalidade decorrente de suas complicações chegam até 40%. As manifestações
apresentam espectro clínico bastante variado, desde queimaduras grau I até
disfunção de múltiplos sistemas e morte. Entre as complicações mais citadas na
literatura encontram-se: queimaduras, arritmias, convulsões e parada cardíaca.
Relata-se o caso de uma criança, que após receber um raio tendo como meio de
contato o solo, foi transferida para um hospital de urgência evoluindo com dispnéia
intensa e dor torácica, complicações pouco relatadas nesta faixa etária
principalmente quando o paciente não apresenta comprometimento cardiovascular.
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Relato do caso: Paciente, 11 anos, feminino, vítima de descarga elétrica por raio
através do solo, deu entrada no serviço de emergência 1h após o evento.
Acompanhante relata síncope imediatamente após o choque, nega convulsões,
traumas e parada cardiorrespiratória. No hospital, queixava-se de dor torácica à
direita e dispnéia intensa. Ao exame físico apresentava-se em regular estado geral,
vigil, orientada, hipocorada 2+/4+, afebril, com frequência cardíaca de 62bpm e
frequência respiratória de 9ipm. Ausculta cardíaca sem anormalidades e ausculta
pulmonar com murmúrio diminuído em ápices, além de roncos e estertores em base
de pulmão direito. Dor à palpação de hemitórax direito. Abdome inocente e ausência
de alterações em extremidades. Queimadura de grau I em região cervical lateral á
direita. Raio X de tórax evidenciou radiopacidade em ambos hemitórax, compatível
com congestão pulmonar. Eletrocardiograma e ecocardiograma descartaram
comprometimento da função cardíaca. Oxigênio suplementar foi fornecido de
imediato, bem como furosemida IV, proporcionando à paciente melhora do padrão
respiratório em menos de 24h. Novo Raio X de controle foi solicitado, que evidenciou
resolução completa do padrão de congestão.
Considerações finais: O mecanismo das lesões por choque elétrico não é totalmente
esclarecido, o que dificulta a compreensão de sinais e sintomas apresentados pelos
pacientes. Edema pulmonar mesmo naqueles pacientes que não apresentam
comprometimento cardíaco grave, apesar de incomum, deve ser suspeitado quando
na presença de dispnéia intensa.
Título do trabalho: P08 - MOTIVO DE ADMISSÃO EM PRONTO-SOCORRO E
ACHADOS ECOCARDIOGRÁFICOS EM HOSPITAL REFERÊNCIA EM URGÊNCIA
EM TERESINA – PI
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Wannessa Pierote e Silva <[email protected]>
Carlos Alberto Meneses Monteiro Filho <[email protected]>
Aline Fortes Machado <[email protected]>
Rayra Pureza Teixeira Barbosa <[email protected]>
Engel Meneses de Oliveira <[email protected]>
Julio Cesar Ayres Ferreira Filho <[email protected]>
Introdução: o ecocardiograma é capaz de avaliar elementos estruturais e funcionais
do coração, função global e pressões de enchimento ventriculares, morfologia e
função de valvas, e possibilita diagnóstico de condições raras e graves. Assim,
torna-se indispensável na avaliação de pacientes graves, cujos sinais clínicos muitas
vezes não são suficientes para definir a origem do quadro e orientar conduta.
Relato de caso: a maior parte do motivo das admissões no serviço de urgência
observado foi por mal súbito (59%), seguido por dispneia (8%) e dor torácica (6,3%).
Dentre os pacientes admitidos por mal súbito, 29% foram diagnosticados com
acidente vascular cerebral (AVC), 24% com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e
14% com infarto agudo do miocárdio (IAM), seguidos por outros diagnósticos. As
alterações ecocardiográficas mais comuns nos pacientes admitidos por mal súbito
foram disfunção diastólica de ventrículo esquerdo (VE) (29%), disfunção sistólica de
VE (25%) e alteração contrátil do VE (17%), o esperado em pacientes com ICC e
IAM, e até mesmo AVC, justificando baixo fluxo cerebral. Foram encontrados
também valvopatias, arritmias, ectasia de raiz de aorta, aneurisma de ápice de VE,
dentre outros, porém com menor frequência. O principal motivo de admissão por
dispneia foi ICC (45%), seguido por insuficiência renal aguda (14%) e insuficiência
respiratória aguda (9%). Os principais achados ecocardiográficos nesses pacientes
foram hipertrofia de câmaras esquerdas (27%) e hipertrofia de câmaras direitas
(27%), presentes na ICC, primeira causa de admissão de tais pacientes. Os
pacientes admitidos por dor torácica tiveram como diagnóstico mais frequente IAM
(50%), seguido por ICC (17%). Hipertrofia de câmaras esquerdas foi a principal
alteração ecocardiográfica, com 33%, seguido de disfunção sistólica de VE, com
27%. Tais achados são comuns no IAM e na ICC.
Considerações finais: no serviço de urgência avaliado, o principal motivo de
admissão foi mal súbito, cujas alterações ecocardiográficas mais comuns foram
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disfunção diastólica de VE, disfunção sistólica de VE e alteração contrátil do VE. O
ecocardiograma é um método indispensável na avaliação de pacientes críticos, tanto
para diagnóstico, quando para avaliação da gravidade do quadro e conduta, sendo
fundamental seu fácil acesso em serviço de urgência.
Título do trabalho: P16 - TRATAMENTO ENDOVASCULAR NA DISSECÇÃO DE
AORTA TIPO B COM DEGENERAÇÃO ANEURISMÁTICA
Antonio Dib Tajra Filho <[email protected]>
Rayra Pureza Teixeira Barbosa <[email protected]>
Rodrigo Dib de Paulo Tajra <[email protected]>
Bianca Cordeiro Nojosa de Freitas <[email protected]>
Rafael Dib de Paulo Tajra <[email protected]>
Carlos Fernando Ramos Lavagnoli <[email protected]>
Introdução: A terapia clínica continua a ser o tratamento primário para a dissecção
de aorta tipo B não complicada na classificação de Stanford. No entanto, 20% a 40%
destes pacientes, necessitam de intervenção cirúrgica devido à evolução com
complicações crônicas da dissecação, sendo a mais comum a de degeneração
aneurismática da falsa luz, devido à pressurização e ao fluxo sangüíneo através das
fenestrações proximal e distal. O tratamento endovascular da aorta torácica tem
recebido muita atenção como opção de tratamento menos invasivo para a dissecção
tipo B crônica, dada a redução da morbidade, em comparação com a cirurgia aberta.
Relato de Caso: Paciente de 77 anos, hipertenso, tabagista, DPOC, portador de
dissecção de aorta crônica tipo B de Stanford, foi submetido a implante de
endoprótese aórtica via punção da artéria femoral direita com auxilio de radioscopia.
O diâmetro e comprimento da prótese foi decidido à partir de dados medidos pela
angioressonancia. Após punção da artéria femoral ,introdução do fio guia , localizouse o local para ancoragem do “stent”, logo após a emergência da artéria subclávia.
Novo catéter, agora contendo o “stent” foi introduzido e ao “abrir” o “stent”, este ficou
ancorado na região do colo da aorta sadia. Observou-se acomodação do “stent” em
todo seu trajeto até a aorta descendente. Terminado o procedimento, paciente foi
encaminhado para UTI. Paciente evoluiu com estabilidade hemodinâmica e após
três dias de internação recebeu alta hospitalar. O controle proximal e distal foram
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adequados com trombose da falsa luz. O paciente segue em acompanhamento
clinico ambulatorial em boa evolução pós 12 meses de tratamento.
Considerações Finais : A correção de dissecção de aorta tipo B persiste como
desafio médico significativo. O tratamento endovascular através de stent aórtico
parece ser opção com bons resultados .Maior número de pacientes devem ser
submetidos a esta técnica para permitir melhor observação quanto aos resultados a
longo prazo
Título do trabalho: TL19 - PANORAMA DO CÂNCER DE MAMA EM HOMENS NO
BRASIL: 2010-2014
IVONALDO MARTINS DIAS JÚNIOR <[email protected]>
MARIA DO CARMO ANDRADE DUARTE DE FARIAS
<[email protected]>
FRANCISCO GEYSON FONTENELE ALBUQUERQUE <[email protected]>
Introdução: O câncer de mama em homens é ainda pouco estudado. De 150 casos
de neoplasia mamária em mulheres, ocorre um em homens, nestes tem etiologia
não bem elucidada, diagnóstico tardio, geralmente em estágio avançado. O objetivo
deste estudo foi analisar, nos últimos cinco anos, as internações hospitalares e
óbitos por neoplasia mamária em homens, no Sistema Único de Saúde, segundo
região, idade e cor/raça.
Método: Estudo observacional analítico, do tipo ecológico, com dados divulgados no
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), sobre
morbidade hospitalar neoplásica, de janeiro de 2010 a dezembro de 2014. As
informações referentes ao número de internações e óbitos por todas as neoplasias
malignas, por neoplasia maligna de mama em ambos os sexos e neoplasia mamária
apenas em homens foram consultadas e tabeladas para análise e discussão. A
análise dos dados é descritiva, com abordagem quantitativa. Os achados utilizados
neste estudo são públicos e disponibilizados no site do DATASUS, sem identificação
de indivíduos.
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Resultados: Foram registrados, no Brasil, 3.298.761 casos de neoplasias malignas.
Destes, 7,46% foram mamárias, sendo 1,45% diagnosticadas em homens. A Região
Sudeste apresentou maiores índices de homens com neoplasia mamária (41,27%);
homens brancos (37,8%) foram os mais diagnosticados; 78,18% tinham 40 a 79
anos. Quanto aos óbitos, 1,43% por neoplasia mamária foram em homens.
Discussão: O Brasil apresentou índices acima da média esperada para neoplasia
mamária masculina. O predomínio de diagnósticos em homens brancos contradiz
achados demonstrados em alguns estudos, mas corrobora outros. A faixa etária
predominante é compatível com os relatos existentes na literatura; a ocorrência
dessa neoplasia tem sido associada ao conhecimento incipiente sobre os sintomas
iniciais da doença e consequente retardo no diagnóstico.
Conclusão: Campanhas de rastreamento e prevenção para essa neoplasia devem
ser intensificadas no país, principalmente, nos Serviços de Atenção Primária à
Saúde.
Título do trabalho: TL14 - RELATO DE CASOS SOBRE COMPLICAÇÕES EM
BIOPLASTIA GLÚTEA
Antônio Luiz Moreira Junior <[email protected]>
Barbara Guarany Passos <[email protected]>
Resumo:
Introdução: Ao longo de nossa história, o homem sempre procurou melhorar sua
aparência física, como sinal de beleza, status e poder. Para tanto nunca poupou
esforços em alcançar o mito do corpo perfeito, mesmo que isso significasse a perda
de sua saúde e bem estar. Desde o século passado, substâncias são introduzidas
no organismo humano com a finalidade reparadora e estética (silicone, PMMA, ácido
hialurônico, auto enxerto gorduroso). Porém as complicações são comuns quando
feitas de forma indiscriminada e clandestina.
Relato do caso: De Dezembro de 2011 a Março de 2012, foram atendidos 03
pacientes, por complicações de bioplastia de região glútea bilateral por PMMA, no
Serviço de Emergência e Cirurgia Plástica do Hospital Estadual Albert Schweitezer
(HEAS), Realengo, RJ. Todos os pacientes eram do sexo feminino, com idades entre
20 e 42 anos, com o mesmo relato de que o material utilizado para o preenchimento
fora Polimetilmetacrilato (PMMA / Metacril) e, que o mesmo fora realizado em
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ambiente não hospitalar por profissional da saúde não especializado. Todas as
pacientes foram atendidas na fase aguda de infecção e necrose, as 03 foram
submetidas ao tratamento cirúrgico de urgência para drenagem de abscesso e
desbridamento de tecidos desvitalizados, seguindo em tratamento clínico e cirúrgico
seriado. Tendo como tempo médio de internação de 43 dias, e a média de 11
intervenções cirúrgicas.
Considerações finais: Os efeitos adversos e as complicações do uso indiscriminado
de materiais para o preenchimento humano podem ser agudos, que vão desde
sintomas de alergia à reações graves como sepses e embolia, ou crônico como
deformidades e granulomas, sendo imprevisível os resultados. Inúmeros autores
descrevem tais complicações, principalmente com o uso de silicone industrial pela
facilidade de acesso e pelo baixo custo; tais preenchimentos são utilizados por
ambos os sexos e transexuais, no intuito de alcançarem o tão almejado “corpo
ideal”. A bioplastia é uma realidade em nossa atualidade, dessa forma a substância
a ser utilizada para preenchimento deve ser segura, biocompatível, atóxica,
alergênica, não teratogênica, não cancerígena, induzir mínima reação corpo
estranho e estável em sua localização. Embora nossa casuística seja pequena,
podemos constatar a gravidade dos danos físicos, emocionais e financeiros, aos
quais essas pacientes foram submetidas. Tornando-se um problema de saúde
pública e de ordem legal.
Título do trabalho: P24 - TRATAMENTO DE HEMORRAGIA DIGESTIVA GRAVE
SEM USO DE SANGUE EM ATENDIMENTO DE URGÊNCIA – RELATO DE CASO
walberto monteiro neiva eulalio filho <[email protected]>
Helder de Melo Sérvio <[email protected]>
Resumo:
Introdução: Em resposta ao atendimento de um caso de hemorragia, geralmente é
indicada uma transfusão de sangue. Nos casos em que os pacientes com
sangramento rejeitam transfusões de sangue, é essencial adotar imediatamente
uma conduta alternativa que incluem reposições com soluções salinas ao tempo que
prossegue com a imediata cirurgia para o controle da hemorragia.
Relato de caso: Paciente Testemunha de Jeová, feminina 66 anos, com insuficiência
renal crônica dialítica, apresentou episódio de grave enterorragia e choque
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hemorrágico. Como a paciente recusara transfusões de sangue a mesma foi levada
imediatamente a laparotomia para controle da hemorragia. O achado cirúrgico foi de
múltiplas aderências de delgado terminal e sangue na luz cólon. Realizamos para o
controle do sangramento uma enterectomia e colectomia parcial direita com
ileostomia terminal e colostomia proximal. Devido a um sangramento na área
cruenta por hipocoagulabilidade foi deixado duas compressas cirúrgicas retiradas 48
horas após. A paciente evoluiu séptica, anêmica com instabilidade hemodinâmica
dependente de drogas vasoativas (noradrenalina e dobutamina) por 72 horas,
necessitando de hemodiálise diariamente. Apresentou queda dos níveis de
hemoglobina de 7,3g/dl no POI para o valor mínimo atingido de 3,9g/dl no 11 dia
pós-operatório(DPO), seguido de um aumentando lento em resposta a altas dose de
eritropoietina (8000ui a 12000ui dia) atingindo 5,1g/dl no 18 DPO. No 20 DPO teve
alta da unidade de terapia intensiva(UTI) e alta hospitalar no 23 DPO.
Considerações finais: É fundamental que os profissionais de saúde, principalmente
os que trabalham em urgências e emergências tenham noções da conduta medica
desenvolvida para tratar pacientes que recusam transfusões. Mann e colaboradores
produziram uma excelente revisão sobre como tratar anemia severa sem o uso de
transfusões. Existem relatos de tratamento de anemia aguda grave sem uso de
sangue em paciente com níveis de hemoglobina mínimos como 2.2, 1.8 e 1.7g/dl
que foram tratados com uso de câmaras individuais de oxigênio hiperbárico ou
ventilação mecânica em UTI combinado com o uso de altas dose de eritropoietina,
ferro parenteral, ácido fólico, vitamina b12 e suporte nutricional. Para evitar a anemia
aguda grave podemos em casos específicos utilizar da técnica de reinfusão
sanguínea que consiste na reintrodução do sangue perdido e acumulado em
cavidades ou aspirado do sitio cirúrgico e de drenos no pós-operatório.
Título do trabalho: TL08 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HANSENÍASE NO
ESTADO DO PIAUÍ ENTRE 2004 E 2014
LUCAS NOLETO LIMA <[email protected]>
JOANA ELISABETH DE SOUSA MARTINS FREITAS
<[email protected]>
ANA LUISA SILVA FERREIRA <[email protected]>
MARLON MARCELO MACIEL SOUSA <[email protected]>
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Introdução: Hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada pelo
Mycobacterium leprae bacilo com alta infectividade e baixa patogenicidade. Afeta
pessoas de todas as idades e é considerada problema de saúde pública devido seu
poder incapacitante, caracterizado por acometimento dermatoneurológico. Em 2011,
registrou-se no Brasil um coeficiente de detecção alto, 15,8/100 mil habitantes,
assim, este estudo objetiva caracterizar o perfil epidemiológico dos portadores de
hanseníase, entre 2004 e 2014, no estado do Piauí.
Material e métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, com análise quantitativa de
dados do período de 2004 a 2014 notificados no Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (SINAN), considerando-se os aspectos: idade, gênero, forma clínica e
frequência por ano da doença. Os dados obtidos foram tabulados em planilhas
utilizando o software Microsoft Excel.
Resultados: Foram notificados 17928 casos, dentre os quais 1377 (7,7%) eram
menores de 15 anos; entre 15 e 39 anos, 6832 (38,1%); entre 40 e 64 anos, 7113
(39,6%), maiores que 65 anos, 2605 (14,5%) e apenas 01 caso a idade estava em
branco; quanto ao gênero 9491 (52,9%) casos eram do gênero masculino e 8436
(47,1%) do feminino, 01 caso foi ignorado quanto ao gênero. Conforme a forma
clínica, distribuíram-se em: indeterminada 4665 (26%), tuberculoide 3460 (19,3%),
dimorfa 4246 (23,7%) e virchowiana 2924 (16,3%), o número de casos não
classificados foi 1807 (10,1%), e ignorados 826 (4,6%). No período analisado, o ano
com maior número de casos foi 2008, com 2307 notificações, e o de menor foi 2014
com 628 casos notificados, apresentando-se em declínio a partir de 2010.
Discussão: A faixa etária com maior número de casos foi entre 40 a 64 anos,
seguido pela faixa de 15 a 39 anos, população produtiva, representando impacto
econômico e social. Foi predominante no gênero masculino, o que justifica-se por
sua maior exposição a fatores de risco. Observou-se o predomínio da forma clínica
indeterminada, demonstrando diagnóstico precoce e menor capacidade de
transmissão e complicação da doença. Na década em análise observa-se declínio
das notificações, reflexo de políticas para o controle da hanseníase.
Conclusão: Verificou-se diminuição no número de casos, sendo com maior
prevalência em indivíduos economicamente ativos, gênero masculino e com forma
clínica indeterminada.
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Título do trabalho: TL12 - ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CARCINOMAS DE
PELE NO HOSPITAL ESCOLA DE ITAJUBÁ EM UMA RETROSPECTIVA DE 10
ANOS
Clarissa Santos de Carvalho Ribeiro <[email protected]>
Fernanda garcia bueno Wolf <[email protected]>
Rafael Advincula Zarattini <[email protected]>
O CA da pele é a neoplasia de maior incidência no Brasil, o carcinoma
basocelular(CB) e o espinocelular(CE) correspondem a 25% de todos CA do país
segundo o INCA. Ambos tem fatores de risco para a para as lesões, mas a radiação
ultravioleta é um fator muito importante, Itajubá tem importância para a avaliação
epidemiológica, devido a incidência de 14.9, valor de extrema intensidade.
Objetivo de analisar os carcinomas de pele por 10 anos, utilizando as biópsias,
vendo as prevalências de tipos de lesões,locais de ocorrência,sexo,idade e raça.E
uma comparação com a análise de 1981 a 1991, para mostrar a evolução ou
retrocesso.
A metodologia é quantitativa, com amostra mínima de 355 pacientes diagnosticados
com carcinomas de pele, atendidos no Hospital referido de Janeiro de 2003 a
Dezembro de 2012. Análise de 891 indivíduos,686CB, sendo 351M e 335H. 205CE,
91M e 114H. CB:672 brancos,14 pardos. Sendo predominante 71-80anos. CE:199
brancos,4 pardos e 2 negros.Sendo 71-80 anos predominante.Céfalica 572CB e
145CE.Membro Superior 52CB/31CE.Tórax 47CB e 11CE.Membro inferior 15CB,
7CE. Pelve 10CE.
O total de 891 tumores encontrados, aumento de 181.96% perante o estudo
anterior.A quantidade de CB e CE, correspondeu com o INCA. Mulheres com CB se
opõem aos achados de Colares e DeVita.Predominância branca,porém,aumentou às
demais etnias, 18 pardos deste estudo, não havia nenhum no outro, e para os 2
negros e 1 no outro. Sendo que conforme a literatura indivíduos de pele escura têm
menores taxas de carcinomas de pele e brancos maior. Houve uma queda para
maior incidência a partir da quarta década. Há um paciente de 11 a 20 anos, que
antes não havia.Com o aumento da expectativa de vida, fenômeno universal, de três
pacientes no estudo anterior foi para 31 de 91 a 100 anos, aumento de 933.33%.Os
carcinomas da pele surgem em áreas sujeitas à exposição solar frequente, a cabeça
foi a mais atingida, 717.Tórax com 58, sendo 48H,explicado pela agropecuária e em 12
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dias quentes, eles andam ao sol sem camisa. O membro inferior são 14M,a calça
como fator de proteção masculina. Entre as limitações do estudo, está a grande falta
de dados.
O estudo de 891 laudos de biopsias de pacientes no Hospital referido em 10 anos
permite concluir que houve aumento significativo perante ao estudo anterior.A
incidência maior do CB nas mulheres, CE nos homens , ambos predominantes na 7ª
década e brancos. A localização de maior acometimento foi a região cefálica, a face
mais atingido.
Título do trabalho: P04 - PARAPSORÍASE EM GRANDES PLACAS EM PACIENTE
JOVEM: RELATO DE CASO
Thalyta Batista de Sousa <[email protected]&gt
Jéssica da Silva Prates <[email protected]>
LAURO RODOLPHO SOARES LOPES <[email protected]>
Introdução: Parapsoríase é um termo usado para designar um grupo de diferentes
dermatoses eritemato-descamativas caracterizadas por sua etiologia desconhecida,
cronicidade, caráter assintomático e refratário à terapia e potencial para desenvolver
linfoma cutâneo de células T. A parapsoríase é mais comum em pacientes de meia
idade, com pico de incidência na quinta década de vida. O presente relato de caso
pretende demonstrar a diversidade de apresentações clínicas, as características
histopatológicas, o tratamento e seguimento de paciente jovem com parapsoríase
em grandes placas.
Relato do caso: O paciente apresenta histórico de máculas hipocrômicas, placas
descamativas e levemente eritematosas disseminadas pelo corpo, poupando
mucosas, há cerca de 12 anos. A lesão inicial é uma pápula eritematosa, não
pruriginosa, que ao longo de 7 dias, evolui para mácula discrômica que se agrupam
formando grandes placas descamativas e levemente eritematosas nos membros
superiores e inferiores, tronco e nádegas. As lesões são piores nas áreas cobertas
do corpo. Nega alergias, antecedentes atópicos e sintomas sistêmicos. O
tratamento, em andamento, consiste no uso de sabonete líquido e loção hidratante
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restauradora, devido ao aspecto xerodérmico em que a pele do paciente se
encontrava, associado à aplicação de creme manipulado em base second skin e
fototerapia UVB-NB, com resposta satisfatória e boa tolerabilidade.
Considerações finais: A hipótese diagnóstica de parapsoríase não é a primeira a ser
pensada pelos dermatologistas e por vezes acaba nem sendo cogitada, mas sem
dúvidas, deve estar entre os diagnósticos diferenciais dos pacientes que apresentam
lesões crônicas e refratárias à terapia, mesmo em pacientes jovens. Em apenas dois
meses de tratamento, o paciente alcançou uma melhora global da pele e uma alta
satisfação estética, demonstrando assim efetividade no tratamento em relação à
remissão das lesões e impedimento de evolução da doença.
Título do trabalho: P20 - ERITEMA ANULAR CENTRÍFUGO SECUNDÁRIO AO
USO DE ISOTRETINOÍNA: RELATO DE CASO
LUCAS NOLETO LIMA <[email protected]>
Marlon Marcelo Maciel Sousa <[email protected]>
Cristiane Patrícia Ferreira Andrade <[email protected]>
Ana Luiza Silva Ferreira <[email protected]>
LAURO RODOLPHO SOARES LOPES <[email protected]>
Lana Mayara Menezes Lustosa Vargas <[email protected]>
Introdução: Eritema anular centrífugo (EAC) faz parte do grupo de eritemas
figurados que se caracteriza por lesões anulares de variados tamanhos e rápido
crescimento centrífugo. São dermatoses assintomáticas, mas ocasionalmente
causam prurido. Sua patogenia é desconhecida, porém está relacionada a
processos neoplásicos, alterações hormonais, alguns alimentos e certas drogas
(cimetidina, anti-maláricos, amitriptilina, entre outros). Já a isotretinoína é um
composto derivado da vitamina A utilizado na terapêutica da acne cística e nodular,
cujos efeitos adversos na pele incluem urticária e eritema multiforme. Até onde
pesquisou-se, não há a relação causal dessa droga com o EAC. Este trabalho
objetiva relatar um caso de eritema anular centrífugo em um paciente em uso da
isotretinoína.
Relato de caso: Paciente, 21 anos, sexo masculino, portador de acne grau II, iniciou
o tratamento com isotretinoína na dose de 30mg⁄dia. Cerca de duas semanas após, 14
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procurou atendimento dermatológico devido ao surgimento de pápulas eritematosas,
não pruriginosas, com crescimento centrífugo, tornando-se placas anulares, com
centro claro e descamativo e bordas eritematosas elevadas, localizadas
simetricamente nos cotovelos e nos joelhos. Suspeitou-se de algumas doenças,
sendo solicitada uma biópsia de pele com histopatológico que demonstrou dermatite
mononuclear perivascular superficial e profunda com leve espongiose epidérmica,
sugestivo de eritema anular centrífugo. Diante disso, foi prescrito desonida 0,05% +
óleo de semente de uva 4% + creme lanette qsp 150g para o tratamento das lesões
e o próprio paciente decidiu interromper o uso da isotretinoína. Com isso, houve a
regressão gradual e completa do quadro. Após o resultado da biópsia e orientado
pelo médico, o paciente decide voltar ao tratamento com isotretinoína, ocorrendo a
recidiva das lesões.
Considerações finais: A patogenia do EAC permanece desconhecida, porém tem se
relacionado a processos infecciosos, alterações hormonais, alimentos e
medicamentos. Não se sabe, ao certo, se a isotretinoína faz parte das drogas
responsáveis pela patogenia do eritema anular centrífugo, mas este relato mostra
uma possível relação causal entre a droga e a dermatose em questão, por isso são
indicados estudos prospectivos com maior número de casos para melhor
esclarecimento do problema.
Título do trabalho: TL07 - QUALIDADE DE VIDA DO INTERNO DE MEDICINA
Samuel Góis Carneiro <[email protected]>
Maria Helena Chaib Gomes Stegun <[email protected]>
Patrícia Chaib Gomes Stegun <[email protected]>
Alécio Fonseca Leite [email protected]
O curso de medicina é marcado por fatores de estresse que podem influenciar a
qualidade de vida do estudante. Mais especificamente o período do internato e a
residência médica, pode-se favorecer o estresse ocupacional e afetar a saúde física
e mental, e consequentemente influenciar a qualidade de vida dos estudantes e
profissionais, pois neste período as exigências são dobradas. A pesquisa teve como
objetivo geral avaliar a qualidade de vida dos internos de medicina de Teresina,
Piauí e os fatores que a influenciam. Foram aplicados o questionário World Health
Organization Quality of Life, versão abreviada, para avaliação da qualidade de vida e
15
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um questionário para determinar os fatores estressores presentes no internato. Esta
ocorreu em instituições de saúde de Teresina, Piauí, em que havia a atuação de
acadêmicos do internato de uma instituição de ensino superior. Foram entrevistados
49 indivíduos selecionados de maneira aleatória. O estudo baseou-se na resolução
466/2012 CNS, no qual foi aprovado pelo CAAE de número 25884513.5.0000.5211 e
só iniciou após aprovação pelo comitê de ética em pesquisa da Faculdade Integral
Diferencial. Os principais fatores estressores foram: falta de orientação, falta de
tempo para o atendimento, plantão noturno e conviver com a morte e o morrer. O
domínio de qualidade de vida de maior média é o social, seguido pelo psicológico,
físico e ambiental. O internato é um momento de grande expectativa para os alunos,
por ser o momento de maior aprendizagem, assim esse momento desencadeia
mudança de cenário de ensino e viver do estudante. Em relação aos escores dos
domínios de qualidade de vida, em pesquisas semelhantes os domínios
apresentaram média de valores bem superiores aos achados nesta pesquisa,
portanto apresentam melhor qualidade de vida. A qualidade de vida dos internos é
positiva, no entanto hábil a melhora, principalmente relacionado às variáveis do
domínio ambiental, porém deve-se buscar por melhorias que abranjam todos os
domínios, o que ocorrerá por meio da atuação dos internos, preceptores, das
instituições de saúde, da instituição de ensino superior e de mais pesquisas
relacionadas ao tema.
Título do trabalho: TL06 - HIPOPITUITARISMO POR HIPOFISITE EM PACIENTE
COM DOENÇA DE CROHN
Luísa Abero Valle <[email protected]>
Ludymilla Saraiva Martins <[email protected]>
LAINA TÁSSIA LIMA DOS SANTOS <[email protected]>
Ricardo Lira Araújo <[email protected]>
Introdução: A hipofisite é uma condição inflamatória rara da hipófise associada à
deficiência principalmente do hormônio corticotrófico, podendo ser confundida com
tumores dessa região. Pode ser linfocítica de natureza autoimune, ou
granulomatosa, nesses casos sendo já descritos associações com a doença de
Crohn. Este trabalho aborda o caso de uma paciente com hipofisite granulomatosa
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associada à doença de Crohn, que cursou com hipopituitarismo levando à
hipocortisolismo e amenorréia secundária.
Relato de caso: Paciente de 21 anos, com
síndrome de Down e diagnóstico de
doença de Crohn há 5 anos em tratamento com azatioprina e mesalazina.
Encaminhada para avaliação com endocrinologista por amenorréia há um ano
associada à redução de volume das mamas, cefaléia temporal em aperto, tontura,
anorexia e astenia. Ao exame físico apresentava-se hipocorada e com pelos axilares
e pubianos reduzidos, pressão arterial: 100/60 mmhg, peso: 46 kg, altura: 1,45m,
IMC: 21, sem outras alterações. Exames laboratoriais realizados: Cortisol: 1.3,
ACTH: 8.8, TSH: 5.02, T4 livre: 1.24, FSH: 0.85, LH: 0.52, prolactina: 37.5, estradiol:
35 e ultrassom de abdômen e pelve sem alterações. Foi considerada a hipótese
sindrômica de insuficiência adrenal central e hipogonadismo hipogonadotrófico.
Iniciou-se a terapia com prednisona 5 mg e solicitou-se ressonância magnética
(RNM) de sela turca e campimetria visual. Dias após, a paciente retornou referindo
melhora dos sintomas, retorno da menstruação e as imagens da RNM evidenciaram
hipófise alargada, mas com preservação do assoalho da sela sem invasão de
estruturas adjacentes e haste espessada, achados compatíveis com hipofisite. A
prolactina e o TSH normalizaram-se após a correção do hipocortisolismo.
Conclusão: A hipofisite é uma condição inflamatória rara que pode cursar com
hipopituitarismo e imagem e sintomas semelhantes à de tumores hipofisários,
devendo-se sempre lembrar esta possibilidade em casos como este. A paciente
referia cefaleia e apresentava hipocortisolismo, o que é compatível com hipofisite,
além de imagem com hipófise aumentada de forma homogênea. O efeito antiinflamatório do corticoide reverteu o quadro da paciente levando à normalização do
TSH. A amenorréia era possivelmente secundária ao aumento da prolactina ou até
mesmo pela inflamação da hipófise, e a mesma foi revertida também com a correção
do hipocortisolismo e pelo efeito anti-inflamatório do corticoide.
Título do trabalho: TL15 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MÉDICOS
ANESTESIOLOGISTAS DE TERESINA – PI
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Marcus Vinícius de Carvalho Souza <[email protected]>
Patrícia Chaib Gomes Stegun <[email protected]>
Alécio Fonseca Leite <[email protected]>
Denyse Dias Silva Sá <[email protected]>
Os anestesiologistas estão sujeitos a diversas agressões psicológicas, causas muito
importantes de estresse. Este causa prejuízos cognitivos, esgotamento mental e
sobrecarga ocupacional e, portanto, interfere no seu equilíbrio e qualidade de vida.
Os objetivos deste trabalho foram caracterizar o perfil socioprofissional dos
anestesiologistas de Teresina, Piauí, avaliar a percepção deles sobre sua qualidade
de vida e correlacionar o perfil socioprofissional com a percepção do
anestesiologista quanto sua qualidade de vida. O estudo foi baseado na resolução
466/2012 do Ministério da Saúde e só iniciou após aprovação pelo Comitê de Ética
em Pesquisa com o número de CAAE 25743714.3.0000.5211.Trata-se de uma
pesquisa descritiva de campo com abordagem quantitativa e qualitativa, a qual
ocorreu em hospitais públicos de Teresina, Piauí, em que havia a atuação de
médicos anestesistas. Os participantes foram 46 anestesiologistas, para os quais foi
aplicado um questionário para caracterização socioprofissional e o questionário
World Health Organization Quality of Life, versão abreviada, no período de julho a
outubro de 2014. Para a análise dos dados foi utilizado o programa estatístico SPSS
20.0, os testes t de Student e Anova, adotando-se os valores de p < 0,05 como
significativos. Na amostra avaliada, 65,22% são do gênero masculino, com idade
entre 27 e 42 anos incompletos (39,13%), casados (82,61%), com título de
especialista em anestesiologia (91,30%), renda mensal superior a 30 salários
mínimos (45,65%), exercem mais de 60 horas de trabalho semanais (76,09%) e
estão satisfeitos com sua profissão (74%). A média dos escores da avaliação da
qualidade de vida varia de 63,26 a 74,27, com piores escores com significância
estatística àqueles que trabalham principalmente à noite e aos que estão
insatisfeitos com a profissão. Diante disto, constata-se o quão prejudicial pode ser o
exercício da profissão em atividades predominantemente noturnas, interferindo na
espiritualidade, auto-estima, capacidade de concentração, sentimentos positivos,
aceitação da aparência e experiência com sentimentos negativos e a insatisfação
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com a profissão também prejudica e/ou pode ser prejudicada pelo suporte que
recebe dos amigos, pela atividade sexual e pelas relações sociais. Portanto o perfil
socioprofissional e a qualidade de vida estão hábeis a melhora e possuem influência
do turno mais trabalhado e da satisfação com a profissão.
Título do trabalho: P02 - RAZÃO CINTURA/ESTATURA EM FUNCIONÁRIOS DE
UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
Anelis de Sousa Martins Freitas <[email protected]>
Adeildes Bezerra de Moura Lima <[email protected]>
Introdução: A Razão cintura/estatura (RCEst) é um indicador antropométrico de
obesidade abdominal, capaz de identificar o acúmulo de gordura na região visceral e
abdominal e o risco cardiovascular. É encontrada a partir do resultado da divisão da
circunferência abdominal (CA) (cm) pela medida da estatura (cm). O valor
encontrado deve ficar abaixo de 0,53 para mulheres e abaixo de 0,52 para homens.
Esse trabalho objetiva a relação do RCEst com o índice de massa corporal (IMC),
circunferência abdominal (CA)
dos funcionários de uma Instituição de Ensino
Superior(IES).
Material e métodos: A pesquisa foi realizada com 72 funcionários, com idade entre
18 e 59 anos, através de um estudo prospectivo, de caráter descritivo, analítico e
exploratório com abordagem quantitativa, utilizando as variáveis: IMC, CA, RCEst.
Aplicou-se o índice de correlação de Pearson com critério de significância estatística
de 5% para correlacionar as variáveis.
Resultados: 26,4% da população pesquisada estava com excesso de peso em
relação ao IMC;
55,6% estava com estado nutricional aumentado ao avaliar a
circunferência abdominal e ao avaliar o Rcest 40,3% estavam aumentados. Houve
correlação forte da CA, IMC com RCEst.
Discussão: O RCEst apresentou-se em segundo lugar como o melhor preditor para
risco cardiovascular, perdendo para a circunferência abdominal que demonstrou
maior percentual. Tal fato, provavelmente seja explicado pela influência da altura da
população pesquisada na correlaçãocom a cintura, tornando esse índice mais
fidedigno. O RCEst foi considerado um bom indicador de risco cardiovascular visto
que ele relacionou a localização da gordura de acordo com a estatura de cada
19
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!
pessoa. Apresentou-se mais sensível que o IMC em detectar obesidade, porém
inferior à circunferência abdominal.
Conclusão: Conclui-se então que neste estudo, a CA e o RCest tiveram melhor
sensibilidade para risco cardiovascular que o IMC.
Título do trabalho: P05 - PANORAMA DAS LIGAS ACADÊMICAS DO NORDESTE
CADASTRADAS NA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LIGAS ACADÊMICAS DE
MEDICINA
Jacqueline Nunes de Menezes <[email protected]>
José Carlos Arrojo Junior <[email protected]>
Tassia Therumi Ferrara Saito <[email protected]>
Introdução: As ligas acadêmicas de medicina (LAM) são organizações estudantis
que visam complementar a formação médica por meio de atividades de ensino,
pesquisa e extensão. A ABLAM – Associação Brasileira de Ligas Acadêmicas de
Medicina objetiva caracteriza-las, uniformizar suas diretrizes e desenvolver um
padrão de qualidade para suas atividades.
Material e métodos: Análise de dados do cadastro das ligas à ABLAM, com conteúdo
inserido pela diretoria de cada liga.
Resultados: Existem atualmente 133 ligas nordestinas registradas na ABLAM,
representando 19% das 700 LAM no território nacional. A distribuição delas no
Nordeste possui dois estados, Paraíba e Maranhão, correspondentes a 49,6% do
total de LAM da região (figura 1). As LAM pertencentes a instituições privadas
representam 51% das ligas, 49% das ligas pertencem a instituições públicas. Quanto
às atividades realizadas temos: 91% das LAM realizam projetos de assistência de
ensino; 97% realizam projetos de extensão e; 92% produzem material científico para
o âmbito da pesquisa. As áreas médicas de atuação das LAM são diversificadas
com predomínio da área clínica (58%) comparada à área cirúrgica (26%) ou clínica/
cirúrgica (16%). As especialidades de maior destaque são: neurologia e
neurocirurgia (8%), pediatria e cirurgia pediátrica (3,4%), clínica médica (3,4%) e
cirurgia geral (3%) (figura 2).
Discussão: A distribuição das ligas se mostra heterogênea e concentrada em dois
estados. Isto pode decorrer tanto pela não existência de outras LAM quanto pelo não
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cadastramento de ligas nordestinas a ABLAM. Não houve discrepância significativa
entre o número de ligas vinculadas a instituições públicas ou privadas sugerindo que
o interesse e incentivo à complementação da formação médica independem da
forma de gestão. A expressiva maioria das LAM segue as diretrizes de fornecer
atividades de ensino, pesquisa e extensão. A predominância do perfil clínico pode
refletir o enfoque em atividades características da profissão; ao mesmo tempo, o
crescimento do número de LAM com perfil misto sinaliza a tentativa de cumprir as
atividades de forma mais completa.
Conclusão: As LAM do Nordeste adequam-se a estrutura proposta de
complementação e, apesar delas apresentarem ações diversificadas, é possível
estabelecer intersecções na forma de organização das suas atividades.
É
necessária busca ativa de ligas acadêmicas na região para avaliar de forma
concreta a discrepância vista entre o número de ligas existentes por estado.
Título do trabalho: P10 - PERFIL SOCIOCULTURAL DOS EGRESSOS DA 1ª
TURMA DE MEDICINA DA UFT
Larissa Mendonça Ferreira <[email protected]>
Jorge Batista Alves da PAz <[email protected]>
Guilherme da Silva Alves <[email protected]>
Sâmara Karoline Ferraz Silva <[email protected]>
Neilton Araújo de Oliveira <[email protected]>
Lucas dos Santos Alcântara <[email protected]>
Diogo de Almeida Lima <[email protected]>
Introdução: Instigado pela sociedade a respeito do perfil sociocultural dos formandos
de Medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT), o Centro Acadêmico
Eduardo Manzano (CAEM), realizou o estudo sobre o Perfil Sociocultural dos
egressos da primeira turma de medicina da UFT.
Objetivo: conhecer e descrever o perfil sociocultural dos egressos da 1º turma de
medicina da UFT. Assim, conhecer o perfil dos acadêmicos de medicina torna-se
relevante.Como parte integrante do processo de avaliação, tem-se procurado
conhecer o perfil do formando de medicina nos diversos aspectos na graduação e
após terem formado, em diversos aspectos (LAMOUNIER, 2002). Isto foi feito 21
!
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através de um questionário padronizado que abrange as características
socioeconômicas do aluno, a opinião relativa ao curso e a participação em
atividades extracurriculares.
Material e métodos: O estudo utilizou um questionário via ferramenta Google Drive.
O questionário foi aplicado para todos os integrantes pertencente à referida turma.
Os dados colhidos sistematizados mediante planilhas do Excel e construídos
gráficos.
Resultados: Sobre o perfil do estudante de medicina, dos 36 alunos, 56% são do
sexo feminino. Naturalidade: 61% do Goiás. Quanto à idade, 53% dos alunos têm de
20 a 25 anos. Católicos: 31%. Pertencente à rede privada: 94%. Estado civil: 94%
solteiros. 31% fizeram 2 anos de cursinho pré-vestibular. 97% passaram pelo
vestibular por meio do sistema universal.
Discussão: O perfil desta turma seria, feminino, goiano, de 20 a 25 anos, católico,
rede de ensino privada, solteiro, com 2 anos de curso pré-vestibular, aprovação no
vestibular pelo sistema universal. Na graduação participou de pesquisa, extensão e
grupos acadêmicos. Obteve o primeiro emprego sem dificuldade, que o fez na área
de unidades básicas de saúde. Realizou dois anos de curso preparatório para
residência médica e foi aprovado na mesma. Maioria optou pela especialidade de
Cirurgia geral.
Conclusão: O estudo propôs descrever o perfil sociocultural do acadêmico da 1ª
turma. Portanto, expuseram-se os resultados do perfil da turma que compõe o curso
de medicina da instituição tornando útil como fonte de estudo e comparação para
outras pesquisas.
Título do trabalho: TL05 - INCIDÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA NO PIAUÍ E SUA
RELAÇÃO COM O PROGRAMA DE PRÉ-NATAL REALIZADO NO ESTADO
Larissa da Silva Guedes <[email protected]&gt
Adriano Silva Lopes <[email protected]>
Bárbara Camila dos Santos Macedo <[email protected]>
Introdução: A sífilis congênita é a uma doença infectocontagiosa que advém da
disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante para o concepto, o
que pode ocorrer durante toda a gestação, principalmente quando a gestante é
portadora da sífilis primária ou secundária, sendo responsável por lesões ósseas, 22
!
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respiratórias e neurológicas, além de ser diretamente relacionada à prematuridade e
ao baixo peso, determinando altas taxas de óbito. A melhor forma de combatê-la e
preveni-la é a correta realização do pré-natal. Mas alguns Estados brasileiros
mantêm incidências cada vez mais altas, como é o caso do Piauí, que detém uma
das maiores taxas de incidência da sífilis congênita. Tendo em vista este paradoxo, o
presente trabalho objetiva comparar as taxas de incidência da sífilis congênita no
Piauí com os valores nacionais, relacionando-os com a realização do pré-natal.
Material e métodos: Foram analisados e comparados estatisticamente os registros
de casos de sífilis congênita, registrados no Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (Sinan), referentes ao período de 2010 a 2013 no Estado do Piauí, com
os valores nacionais, buscando relação com a assistência pré-natal através da
estimativa das gestantes que não realizaram o acompanhamento e que transmitiram
a sífilis para seus conceptos.
Resultados: No período analisado houve redução da taxa de incidência geral da
sífilis congênita no Brasil, havendo uma redução de 23,9% dos casos confirmados e
de 21,6% dos casos em que a gestante não realizou o pré-natal. Na região Nordeste
a redução foi de 33% dos casos confirmados. Entretanto, no Estado do Piauí, os
valores não foram os mesmos, já que houve o aumento de 9,6% dos casos
confirmados e de 250% dos casos em que a gestante não realizou o pré-natal,
situação que ultrapassa até os dados da única região que obteve aumento da
incidência que foi a região Sul com aumento em 8,3% dos casos confirmados e de
15,87% dos casos sem pré-natal.
Discussão: O Piauí destaca-se em relação à grande incidência da sífilis congênita e
da não realização do pré-natal pelas gestantes envolvidas, o que demonstra a
deficiência de cobertura do pré-natal no Piauí, reafirmando o papel determinante do
programa para o combate da doença.
Conclusão: A alta taxa de incidência de sífilis congênita aponta para a necessidade
da maior cobertura e da eficiência do programa no Piauí, buscando rastrear e tratar
a sífilis nas gestantes para barrar a disseminação da doença no Estado.
Título do trabalho: TL18 - COBERTURA VACINAL DA BCG E NÚMERO DE
CASOS DE TUBERCULOSE EM MENORES DE 19 ANOS
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Germano de Sousa Leão <[email protected]>
Marina de Freitas Tapety Ferro Gomes Raulino <[email protected]>
Ana Érica Laurindo de Alcântara <[email protected]>
Rodolfo Vieira Fontenele <[email protected]>
Viriato Campelo <[email protected]>
Vanessa Gonçalves Costa <[email protected]>
Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa crônica, cujo agente
etiológico é o Mycobacterium tuberculosis. Segundo a OMS, cerca de um terço da
população mundial está infectada com o bacilo. A vacinação constitui um método de
prevenção amplamente utilizado. No Brasil, o efeito observado em adolescentes
entre 15 e 20 anos foi de 39%, apesar da primeira dose da BCG no período neonatal
apresentar efeito protetor eficiente. Por isso, tem-se o objetivo de estudar a relação
entre cobertura vacinal e os casos de tuberculose em menores de 19 anos
residentes em Teresina-Piauí no período de 2004 a 2012.
Material e métodos: Estudo quantitativo, epidemiológico e retrospectivo da incidência
de tuberculose na população residente em Teresina no período de 2004 a 2012 na
faixa de 0 a 19 anos e da cobertura vacinal no mesmo período. Utilizou-se a base de
dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) e PNI (Programa Nacional de Imunizações). O
programa usado para a apresentação dos dados foi o SPSS.
Resultados: Durante o período avaliado, apresentou-se um número total de 259
casos, com maior porcentagem de casos e maior média de coeficiente de incidência
de TB na faixa etária de 15 a 19 anos (67,57% e 22,92 casos/100.000 habitantes,
respectivamente). Paralelamente, a menor porcentagem e média de coeficiente
foram observadas na faixa de 1 a 4 anos (3,47% e 1,68 casos/100.000 habitantes,
respectivamente). Considerando os indivíduos entre 0 e 19 anos, o ano que
apresentou maior média de coeficiente de TB foi 2004 com 14,19 casos/100.000
habitantes, e o que apresentou menor média de coeficiente de TB foi 2007 com 4,61
casos/100.000 habitantes. Em relação à cobertura vacinal a média do período
avaliado foi 93,35% de vacinados.
Discussão: A alta incidência de TB na faixa de 0 a 19 anos, que se contrapõe à
abrangência da cobertura vacinal, e a maior média de coeficiente de incidência de
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!
TB na faixa etária de 15 a 19 anos podem estar relacionadas com a queda da
eficiência da BCG ao longo do tempo, como afirma a literatura.
Conclusão: A principal forma de prevenção de TB é a vacinação. Desse modo, a
BCG é amplamente utilizada no Brasil. Porém, estudos demonstram perda da sua
eficiência para 39% ao longo dos anos, o que pode ser corroborado pela maior
média de coeficiente de incidência de TB na faixa etária de 15 a 19 anos.
Título do trabalho: TL11 - ESTUDO DO AUMENTO DA INCIDÊNCIA DE HIV/AIDS
NO BRASIL
Claudia Paz Sampaio <[email protected]&gt
Caroline Carvalho de Araújo <[email protected]>
Carlos Alberto Meneses Monteiro Filho <[email protected]>
Luísa Nakayama Madeira <[email protected]>
Isabelle de Sousa Melo <[email protected]>
Jessica Lima Silva <[email protected]>
Igor Leonardo Vieira Caetano <[email protected]>
Maria Ivone Benigno Nunes <[email protected]>
Introdução: A AIDS (acquired immunodeficiency syndrome) surgiu no início da
década de oitenta, tornando-se rapidamente uma epidemia mundial. O primeiro caso
diagnosticado no Brasil foi na cidade de São Paulo. Destacando-se que os primeiros
casos ocorreram em homoafetivos e indivíduos que receberam transfusão de
sangue, seguidos posteriormente por usuários de drogas injetáveis. Sabe-se
também que grupos populacionais antes considerados imunes à infecção tiveram
um acréscimo relevante no número de infectados. A partir desta realidade, objetivouse a observação do aumento da incidência do HIV/AIDS em território nacional, com
o intuito de informar à população brasileira sobre os seus índices no Brasil de acordo
com cada variável utilizada.
Método: Utilizou-se dados do Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2013, caderno
governamental que compila dados sobre notificações de novos casos, disponível no
site aids.gov.br. As tabelas analisadas foram a II e V. Os dados foram organizados
em tabelas por meio do Microsoft Excel 2013, proporcionando uma melhor análise
dos mesmos.
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Resultados: Observou-se o aumento em todas as vertentes analisadas, no que
tange à incidência de HIV/AIDS no Brasil. Entre os anos de 2001 a 2012, houve um
aumento médio de 34,9% no número de infectados, sendo que o maior aumento foi
encontrado nas regiões Norte e Nordeste. Entre pessoas com 60 anos ou mais, a
incidência de HIV/AIDS obteve crescimento de 157%. Comparando-se os casos
notificados entre os períodos de 1980-2000 e 2001-2013, observou-se um aumento
de 94,3%, sendo maior no sexo feminino.
Discussão: O crescimento detectado denuncia uma provável negligência da
população brasileira em relação à transmissão do HIV/AIDS, tanto entre faixas
etárias quanto entre gêneros, em todas as regiões brasileiras. No caso de pessoas
com 60 anos ou mais, isto ocorre principalmente devido a não utilização de métodos
contraceptivos, por se acharem imunes à infecção. O aumento entre períodos
demonstra que a sociedade não toma as devidas precauções para evitar a
transmissão do HIV/AIDS.
Conclusão: Observa-se, pois, a necessidade de conscientização da população por
meio de campanhas em postos de saúde, hospitais e na mídia, direcionadas a cada
grupo de risco com o intuito de que ocorra relevante diminuição da incidência de
HIV/AIDS no Brasil.
Título do trabalho: P07 - CARACTERISTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DOS
PACIENTES ATENDIDOS COM HIV EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE
DOENÇAS INFECCIOSAS NO PIAUÍ EM 2013
Liline Maria Soares Martins <[email protected]>
Anna Alzira Macau Furtado Ferreira <[email protected]>
Antonio Guilherme Chagas Silva Feitosa <[email protected]>
Luiz Eurípedes Almondes Santana Lemos <[email protected]>
João Paulo Araújo Alves Silva <[email protected]>
Lorrana Vaz de Sousa Lima <[email protected]>
Nayara Aparecida Cruz Lula <[email protected]>
Lorayne de Araújo Costa Pereira <[email protected]>
Norma Cely Salmito Cavalcanti <[email protected]>
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Introdução: No Brasil, cerca de 620 mil pessoas vivem com o vírus HIV,
representando um terço de toda a população infectada da América Latina1. O
contato heterossexual é a principal forma de transmissão do HIV, e tem aumentado
entre as mulheres2. Embora a proporção de infectados pelo HIV ainda seja maior
em homossexuais e em usuários de drogas injetáveis3. Por ser um país continental,
o Brasil possui muita diversidade socioeconômica e cultural entre suas cinco
regiões. O propósito desse trabalho é identificar o perfil socioeconômico e os
principais fatores de risco prevalentes nos casos de HIV atendidos em um Centro de
Referências no Estado do Piauí durante o ano de 2013.
Metodologia: Foram analisados retrospectivamente os prontuários 96 pacientes
atendidos com HIV em um centro de referências do Piauí no ano de 2013. Foram
colhidas informações epidemiológicas e fatores de risco para infecção pelo HIV. Os
dados foram estudados utilizando o programa Excel 2013.
Resultados: Foram analisados 96 prontuários de pacientes com HIV atendidos no
ano de 2013, desses 57 homens (59,4%) e 39 (40,6%) mulheres. Os pacientes
tinham idade entre 18 e 66 anos. 74% eram do Piauí; 11,6% do Maranhão; e os
demais 14,4% de outros estados. Com relação às profissões, 18,6% dos prontuários
com essa informação eram de donas de casa; 11,6% eram de lavradores; 7% eram
profissionais do sexo. 42 prontuários traziam informações sobre relação sexual.
92,86% negavam uso de preservativo. Quanto ao uso de drogas injetáveis, 15,4%
dos prontuários com essa informação eram de pacientes que afirmavam usar. 27%
dos prontuários eram de pacientes com tatuagens. 11% dos prontuários eram de
pacientes que afirmaram terem sido transfundidos.
Discussão: Foram analisados 96 prontuários, a maioria desses pacientes era do
Piauí. Houve predomínio de homens. A faixa etária variou entre 18 e 66 anos. A
profissão mais prevalente foi dona de casa. Com relação aos principais fatores de
riscos analisados, o mais importante epidemiologicamente foi relação sexual
desprotegida. Em seguida veio tatuagens; seguido por uso de drogas injetáveis; e
por ultimo transfusão de sangue.
Conclusão: Podemos concluir com esse estudo retrospectivo, que a maioria dos
pacientes atendidos com HIV no estado do Piauí no ano de 2013 eram homens.
Desses, quase todos referiam relação sexual desprotegida. Muitos desses pacientes
eram de baixa renda.
27
!
!
Título do trabalho: P14 - HERPES ZOSTER ATÍPICO EM PACIENTE JOVEM:
RELATO DE CASO
Flávia Vanessa Carvalho Sousa Esteves <[email protected]>
Daniel Santos Rocha Sobral Filho <[email protected]>
Lucas Arrais Chaves Nascimento <[email protected]>
Renata Santos Martins <[email protected]>
Ana Leticia Ramos Bezerra de Alencar <[email protected]>
José Itamar Abreu Costa <[email protected]>
Introdução: O herpes zoster (“cobreiro”) é resultado da reativação do vírus Varicela
zoster em gânglios dorsais após catapora. Assim, a doença depende da baixa
imunidade, logo é mais frequente em idosos e em imunodeprimidos. Cerca de 20%
dos pacientes com a patologia desenvolve neuralgia pós-herpética, necessitando do
tratamento na fase aguda da doença para evitá-la. A paciente em questão está fora
do grupo de suscetibilidade da doença e apresentou difícil diagnóstico, tendo sido
acometido mais de um dermátomo, gerando crises álgicas intensas.
Relato de Caso: J. G. R. L., feminino, 17 anos, admitida com dor em flancos em
hipocôndrios bilaterais. Ao exame físico apresentou abdome flácido, indolor, sem
peritonismo, além de lombalgia acompanhada de parestesia de membros inferiores,
febre e leucocitose. Foi então encaminhada à neurologia com suspeita de hérnia
discal; ao exame, sem déficits neurológicos gerais e sinal de Lasègue negativo.
Após Ressonância Magnética de coluna, identificou-se espondilose lombar sem
relação com a dor da paciente. Iniciaram-se então queixas de forte dor em
queimação e pequenas lesões em dorso concentradas em região suspeita de
dermátomo. Na reavaliação observou-se aparecimento de pequenas pápulas na
face, incaracterísticas, e ao exame físico identificou-se pequenas manchas em
dorso, não caracterizadoras de lúpus. Após análise criteriosa, o padrão de
dermátomo foi confirmado e diagnóstico de Herpes Zoster atípico atestado, sendo
então tratada com combinação de Aciclovir (500mg).
Considerações Finais: Há necessidade de conhecimento de tal caso, tendo em vista
que a suspeita diagnóstica de herpes zoster é descartada pelo médico devido à
epidemiologia da doença. Dessa forma, tem-se como objetivo minorar o tempo entre 28
!
!
a admissão e o diagnóstico através de conhecimento da sociedade médica sobre a
possível situação.
Título do trabalho: P18 - ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO DA COINFECÇÃO TB/HIV
COM CARACTERÍSTICAS SOCIAIS E CLÍNICAS EM PACIENTES NO ESTADO DO
PIAUÍ
Lucas Arrais Chaves Nascimento <[email protected]>
Flávia Vanessa Carvalho Sousa Esteves <[email protected]>
Benedicte Mubilanzila Mayeka <[email protected]>
Ricardo Felipe Silva Soares <[email protected]>
Francisco Rogério de Araújo Melo Filho <[email protected]>
Raimunda da Silva Macêdo <[email protected]>
Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pelo bacilo
de Koch (BK). Esse patógeno é, na maioria das vezes, combatido efetivamente pelo
sistema imune humano (90% dos casos). Contudo, a infecção pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV) debilita a resposta imune do hospedeiro, o que
facilita a infecção por doenças oportunistas, dentre elas a TB.
Métodos: Estudo analítico e retrospectivo. Os dados foram tabulados a partir
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) considerando-se os
casos notificados de TB no Estado do Piauí no período de 2009 a 2012. A
associação entre a presença de comorbidade tuberculose/HIV e variáveis sociais
(sexo, raça/cor, faixa etária, escolaridade) ou clínicas (forma clínica de TB e
desfecho da doença) foi testada através do teste de qui quadrado com correção de
Yates ou teste G com correção de Willians quando necessário. Para ambos os
testes assumiu-se como significativo p<0,05.
Resultado: A maioria dos pacientes com comorbidade TB/HIV eram do sexo feminino
(72,33%), enquanto que para os pacientes com TB e soro negativos o sexo mais
prevalente (63,57%) foi o masculino (p<0,001). A faixa etária de 45 a 54 anos foi a
mais prevalente em ambos os grupos, porém com diferença (p<0,001) nos
percentuais entre os grupos sem e com comorbidade (46,67% e 33,01%
respectivamente). Dentre o grupo com comorbidade, 70,83% eram da raça parda
29
!
!
(p=0,80) e 76,02% tinham estudado no máximo até o ensino fundamental, no
entanto essa diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,951). Quanto à
forma clínica de TB, prevaleceu o tipo pulmonar em ambos os grupos (p<0,001). A
proporção de abandono (11,24%) e óbito durante o tratamento (32,58%) foi maior
entre os pacientes tuberculosos soro positivos (p<0,001).
Discussão: Boa parcela de pacientes submetidos a tratamento da TB consegue
concluí-lo, no entanto, a coinfecção TB/HIV desencadeia maior efeitos colaterais,
contribuindo para o abandono do tratamento. Outro fator condicionante para o
abandono do tratamento é por se tratar de uma doença incurável, alterando seu foco
de vida, desmotivando-o a continuar o tratamento.
Conclusão: Na amostra analisada, a coinfecção HIV/TB esteve estatisticamente
associada ao sexo feminino e a forma clinica de TB pulmonar. A presença da
coinfecção aumentou a susceptibilidade para desfechos desfavoráveis, sendo
necessárias políticas de saúde voltadas para esse público alvo.
Título do trabalho: TL03 - ACESSO DO PACIENTE COM DEMÊNCIA AO
ESPECIALISTA PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA VISÃO DE MÉDICOS DE
UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Luan Barbosa Furtado <[email protected]>
Kelson James Almeida <[email protected]>
Bruna Rufino Leão <[email protected]>
Cintia Maria Borges Leal <[email protected]>
Sara Severo Mendes da Paz <[email protected]>
Raíssa Barreto Vieira Soares <[email protected]>
Introdução: Demência é uma síndrome caracterizada pelo declínio da capacidade
intelectual, grave o suficiente para interferir nas atividades sociais ou profissionais e
no comportamento. O diagnóstico precoce pode, em alguns casos, reverter o
processo e em outros amenizar as consequências. O objetivo do presente estudo é
avaliar o acesso do paciente com demência ao especialista pelo Sistema Único de
Saúde (SUS) na visão de médicos de Unidades de Saúde da Família (USF).
Material e Métodos: Estudo observacional, transversal e descritivo, aplicando-se
questionário aos médicos que atendem pelo SUS nas USF das regiões sul, leste- 30
!
!
sudeste e centro-norte de Teresina, no período de 29 de janeiro a 13 de fevereiro de
2015. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade
Integral Diferencial.
Resultados: Dos 34 médicos entrevistados, 82,35% eram especialistas, sendo
37,71% em saúde pública ou saúde da família e comunidade; 50% já trabalham há
mais de 5 anos na USF atual. Do total, 73,53% considera que a prevalência de
demência entre idosos na USF que trabalha é entre 0 e 33%, 23,53% considera
entre 34 e 67% e 2,94% entre 68 e 100%. Ao serem questionados se os pacientes
atendidos pelo SUS com demência tem acompanhamento regular com especialista,
29,41% responderam “sim”, 67,65% “não” e 2,94% “não sei”. Já em relação ao
pacientes atendidos por convênio, 64,71% disseram “sim”, 11,77% “não” e 23,52%
“não sei”.
Discussão: Recente revisão sistemática sobre de demência no Brasil apontou
prevalências de 5,1 a 19% entre idosos, confirmando a opinião de 73,53%
entrevistados, que afirmaram que a prevalência é entre 0 e 33%. Ao serem
questionados se os pacientes atendidos pelo SUS com demência tem
acompanhamento regular com especialista, 29,41% responderam que sim, já em
relação aos pacientes com demência atendidos por convênio, 64,71% responderam
sim. Das principais dificuldades encontradas para o paciente no SUS ter o
acompanhamento regular com o especialista, destaca-se a falta destes, seja geriatra
ou neurologista, e a dificuldade em conseguir o encaminhamento para os mesmos.
Conclusão: O acesso do paciente com demência ao especialista foi considerado
prejudicado na visão de médicos de Unidades de Saúde da Família (USF),
principalmente quando o paciente fora atendido somente pelo SUS.
Título do trabalho: TL16 - CONHECIMENTO MÉDICO EM SERVIÇO DE
ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA RELACIONADO AO TEMPO MÁXIMO
PARA TROMBÓLISE EM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO
31
!
!
Marina Bonfim Ribeiro <[email protected]>
Kelson James de Almeida <[email protected]>
Bruna Gomes de Medeiros <[email protected]>
Raíssa Barreto Vieira Soares <[email protected]>
Ricardo Lira Araújo <[email protected]>
Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma das principais causas de
morte e incapacidade no mundo. O reconhecimento precoce diminui
comprometimento funcional decorrente do evento. O objetivo deste estudo foi avaliar
o conhecimento de médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)
de Teresina a cerca do tempo máximo para trombólise em AVE isquêmico.
Metodologia: Estudo observacional, transversal e descritivo, desenvolvido através da
aplicação de questionário aos médicos do SAMU Teresina no período de 6 de junho
à 31 de julho de 2014,
após submissão do Protocolo de Pesquisa ao ambiente
virtual da Plataforma Brasil e análise e aprovação do mesmo pelo Comitê de Ética
em Pesquisa do Centro Universitário UNINOVAFAPI.
Resultados: Dos 29 médicos que participaram da pesquisa, 79% eram homens, 90%
eram especialistas e 69% exerciam a profissão a mais de 10 anos, 86% aplicaram
as escalas pré-hospitalares de AVE em seu atendimento inicial. Mas em relação ao
tempo máximo para aplicação de trombolítico após ictus de um provável acidente
vascular isquêmico, a maioria (83%) respondeu de forma inadequada e 17%
responderam corretamente. Dos médicos urgentistas 69% afirmaram conhecer e
nomearam qualquer escala pré-hospitalar de AVE, enquanto 31% declararam
desconhecê-las. Dentre as escalas, a escala pré-hospitalar de Cincinnati foi a mais
conhecida, 92% dos urgentistas afirmaram conhecê-la, ao passo que 45% dos
urgentistas conheciam a escala de Los Angeles.
Discussão: O AVE isquêmico deve ser encarado como emergência, devendo ser
diagnosticado e tratado o mais rápido possível. As escalas pré-hospitalares levam ao
reconhecimento precoce do AVE e a uma estimativa imediata do prognóstico, além
de excluir as situações que simulam a doença. Sendo assim contribuem para a
eficácia do tratamento. Pode-se prevenir a morte neuronal com a restauração do
fluxo sanguíneo cerebral nos valores fisiológicos, por meio da terapia trombolítica
com ativador do plasminogênio tecidual recombinante em até 4 horas e meia do
32
!
!
início dos sintomas. Porém apenas 17% dos urgentistas deste estudo conheciam
esse intervalo de tempo.
Conclusão: Houve desconhecimento a cerca do tempo máximo para trombólise em
AVE isquêmico entre médicos do SAMU de Teresina. Reitera-se a importância da
capacitação de médicos a respeito da “janela terapêutica" para o tratamento do AVE
isquêmico. Deve ser incluído também o estudo das escalas pré-hospitalares como
prioridade de saúde pública.
Título do trabalho: P01 - HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA NÃO
DIAGNOSTICADA NO PRIMEIRO ATENDIMENTO
João Pedro Pinheiro do Nascimento Vieira <[email protected]>
Martins Almeida de Morais Junior <[email protected]>
Lilianne Louise Silva de Morais <[email protected]>
Samuel Ricardo Batista Moura <[email protected]>
Bruno William Lopes de Almeida <[email protected]>
Flávia Pimenta Borges de Melo Brito <[email protected]>
Introdução:a razão deste trabalho é conferida à necessidade de expor um caso que
não raramente acontece na realidade da medicina tanto piauiense como da
brasileira,que é o do não diagnóstico de algumas enfermidades,tendo por
consequência,muitas vezes,o agravamento do estado clínico do paciente.
Relato do caso:paciente do sexo feminino procura atendimento no hospital de seu
bairro com queixa de cefaleia intensa,a qual atribuiu como a pior da vida,em região
occipital,acompanhada de vômitos.Afirmou ter os sintomas iniciado durante a faxina
da casa,sem fatores precipitantes,e que dois dias antes teria sentido a mesma
dor,mas que esta cedeu espontaneamente dentro de alguns minutos. Não relatou
antecedentes de trauma,cirurgia,doença familiar de importância,tabagismo ou
alcoolismo,fazendo uso apenas de anticoncepcional oral.Ao exame físico
apresentava-se apenas com um leve pico de hipertensão,com pressão arterial de
157/82 mmHg,sem qualquer outra alteração,incluindo a avaliação neurológica,que
estava normal.Com hemograma e sumário de urina normais,e na ausência de um
exame de imagem adequado para a situação,fechou-se o diagnóstico de crise de
enxaqueca,sendo prescritos no momento do atendimento analgesia e antieméticos,e
33
!
!
para a prevenção de novas crises um betabloqueador não seletivo e medidas
comportamentais.No dia seguinte apresentou novamente a mesma dor
acompanhada de vômitos,agora com certa rigidez de nuca,sendo então levada às
pressas a um hospital de referência em urgência de Teresina,onde realizou
tomografia sem contraste,revelando hemorragia no espaço subaracnoideo.Fez-se
então uma angiografia cerebral convencional para revelar a fonte do sangramento,a
qual não encontrou aneurismas ou má formação arteriovenosa,sendo a partir daí a
paciente transferida para o departamento de neurocirurgia para avaliação.Optou-se
pelo tratamento conservador devido ao seu Hunt-Hess que pontuava em 2 e
ausência das alterações anatômicas supracitadas,sendo feito o controle do seu
balanço hidro-eletrolítico,prevenção de vasoespasmos que poderiam causar
isquemia cerebral se não tratados de forma correta e analgesia,além do repouso até
sua alta hospitalar.O caso se resolveu bem,havendo total absorção do sangue
extravasado,sem deixar sequelas na paciente.
Considerações finais:é importante então relatar casos assim a fim de evitar atrasos
no diagnóstico de patologias relativamente comuns,visando evitar gastos
desnecessários à rede de saúde e maiores danos aos pacientes.
Título do trabalho: P19 - CASO RARO DE HIPOCALEMIA: SÍNDROME DE
GITELMAN
Rayra Pureza Teixeira Barbosa <[email protected]>
Ana Lorena de Carvalho Lima <[email protected]>
Lineker Velozo Costa <[email protected]>
Marco Antonio de Caldas Mendes <[email protected]>
Carlos Alberto Lages Monte Filho <[email protected]>
Introdução: A Síndrome Gitelman é uma tubulopatia perdedora de sal que acomete
crianças e adultos jovens, causada por mutações do gene SLC12A3, levando à
disfunção no transportador de NaCl tiazida-sensível.
É caracterizada por
hipocalemia, hipomagnesemia, hipocalciúria, alcalose metabólica e
hiperaldosteronismo hiperreninêmico. Os pacientes com Gitelman podem apresentar
alterações clínicas e bioquímicas semelhantes ao observado após uso excessivo de
tiazídicos. Manifesta-se com câimbras, parestesias, tetania, além de outras 34
!
!
alterações músculo-esqueléticas e cadiovasculares. O diagnóstico é feito baseado
em achados clínicos e bioquímicos. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 19
anos, previamente hígido, relata que há três anos iniciou quadros recorrentes de
fraqueza muscular e mialgia difusa, associado à dispnéia importante. Procurou
serviço médico, sendo internado por duas semanas. Admitido em bom estado geral,
porém taquicárdico e taquidispneico. Durante a internação foram identificados
hipocalemia e hipocloremia importantes, elevação de escórias nitrogenadas e
hipostenúria no sumário de urina. Ultrassom de rins e vias urinárias sem alterações.
Foram feitos diagnósticos de Síndrome de Gitelman e Insuficiência Renal Aguda em
resolução. Após melhora do quadro e dos parâmetros bioquímicos, o paciente
recebeu alta com prescrição de Cloreto de Potássio (KCl) xarope e espironolactona.
Desde então faz acompanhamento em ambulatório de nefrologia a cada três meses
para avaliação clínica e laboratorial. Entretanto, continuou apresentando quadros
recorrentes de fraqueza e mialgia em membros inferiores, além de manter
taquicardia de base, e alterações eletrolíticas – hipocalemia e hipomagnesemia –,
sendo realizadas mudanças nas doses do xarope de KCl e espironolactona, além de
ter sido acrescentado pidolato de magnésio. Após ajuste de doses, os valores dos
eletrólitos chegaram mais próximos dos valores de referência e os quadros de
fraqueza e dispnéia se tornaram mais esparsos.
Considerações finais: a síndrome de Gitelman é uma doença rara e hereditária,
sendo um importante diagnóstico diferencial de hipocalemia e outras alterações
eletrolíticas. Pode levar a retardo do crescimento e complicações para graves, como
parada cardíaca, justificando a importância de seu diagnóstico e tratamento
precoces.
Título do trabalho: P06 - FRATURA NA EXTREMIDADE DISTAL DO RÁDIO EM
PACIENTE IDOSA: RELATO DE CASO
35
!
!
Débora Sara Neves Lima <[email protected]>
Martins Almeida de Morais Junior <[email protected]>
Lilianne Louise Silva de Morais <[email protected]>
Engel Meneses de Oliveira <[email protected]>
<[email protected]>
Flávia Pimenta Borges de Melo Brito <[email protected]>
Introdução: A razão deste trabalho é conferida à necessidade de expor um caso que
não raramente acontece na realidade
da medicina tanto piauiense como da
brasileira que é a fratura do rádio distal , as quais são mais comuns em pessoas
idosas. Essa fratura representa de 10 a 12% das fraturas do antebraço e é, muitas
vezes, chamada de fratura de Colles, não se levando em conta os vários tipos de
fraturas distintas da extremidade distal do rádio. Geralmente é de fácil tratamento e
bom prognóstico, adquirindo grande importância devido à elevada frequência com
que ocorre.
Relato do Caso: Paciente do sexo feminino chegou na urgência de um hospital
particular com queixa de dor insidiosa e crescente por todo o punho direito, o qual
estava com grande edema. Afirmou ter sofrido queda da própria altura durante a
lavagem do banheiro de sua residência, e ao cair apoiou sua mão diretamente
contra o solo. Não relatou de antecedentes de trauma, cirurgia, tabagismo ou
alcoolismo, fazendo o uso apenas de Alendronato para o tratamento da osteoporose.
Ao exame físico, apresentou um leve pico de hipertensão, com pressão arterial
157/82 mmhg, e os reflexos do antebraço se mostraram normais. A radiografia do
punho pré-operatória na incidência posteroanterior evidenciou uma fratura de rádio
distal extra-articular com cominuição metafisária e diminuição da inclinação radial.
Optou-se por tratamento cirúrgico com fixação de fios de Kirschner da fratura do
rádio distal. Esse tratamento gera a necessidade de imobilização gessada pósoperatória. A paciente foi informada sobre a importância de manter o braço elevado
no pós-cirúrgico, de modo a reduzir o edema, prevenir a dor e ajudar na cicatrização.
Além disso, no segundo dia foram iniciadas atividades de flexão e extensão para
estimular o bombeamento dos músculos da mão.A paciente foi encaminhada para
um fisioterapeuta para dar início cinesioterapia visando o ganho de ADM e ganho de
força para os movimentos de punho.
36
!
Considerações finais:
!
A fratura em questão requer atenção devido a sua
prevalência na população em geral. A técnica cirúrgica utilizada obteve sucesso para
o tratamento da paciente em questão, a operação foi de fácil execução,
minimamente invasiva, com mínimas complicações cirúrgicas, de baixo custo e
produzi(u) uma estabilidade óssea confiável.O caso em questão chama a atenção
para o quadro clínico da osteoporose, doença a qual fragiliza os pacientes e os
deixam mais susceptíveis a fraturas em geral.
Título do trabalho: P15 - TENDINOSE LATERAL DO COTOVELO : RELATO DE
CASO
Martins Almeida de Morais Junior <[email protected]>
Lilianne Louise Silva de Morais <[email protected]>
Engel Meneses de Oliveira <[email protected]>
Introdução: A razão deste trabalho é conferida à necessidade de expor um caso
frequente na medicina brasileira: a epicondilite lateral (“Cotovelo do Tenista”), uma
causa frequente de dor no cotovelo e afeta de 1 a 3% da população adulta
anualmente. O complexo do cotovelo apresenta uma série de tendões inseridos
no epicôndilo lateral cuja principal função é a extensão do punho e da 2º a 5º
falange além da adução da mão(desvio ulnar). Ela ocorre inicialmente por micro
lesões na origem da musculatura extensora do antebraço.
Relato do caso: Paciente do sexo masculino procura atendimento em hospital
particular de ortopedia com queixa de dor no cotovelo (insidiosa e que se espalhava
por todo o antebraço). Alegou sensibilidade na região e dor por todo o antebraço ao
realizar atividades domésticas. Informou que trabalha como digitador profissional em
uma escola particular. No exame físico foi feita a palpação do epicôndilo lateral, do
olecrano e da cabeça do rádio, em seguida. Realizou-se o teste de Cozen e o teste
de Mill sendo estes positivos, confirmando a suspeita de “cotovelo do tenista”. O
tratamento inicial visou o controle da dor com o uso de analgésico, indicação de
fisioterapia e afastamento do trabalho por 1 semana. Foi solicitada uma
eletroneuromiografia da região, e a hipótese de síndrome do túnel radial foi
descartada. O paciente retornou ao consultório 7 meses depois relatando
novamente dor intensa na região do cotovelo. Repetiu-se os teste de Cozen e de
37
!
!
Mill, sendo que ambos deram positivos, e decidiu-se pela intervenção cirúrgica. A
técnica cirúrgica aberta utilizada foi a descrita por Nirschl, que consiste na
identificação e ressecção da área de tendinose e remoção do tecido doente. Após a
cirurgia o cotovelo foi imobilizado por cerca de sete dias. Recomendou-se a
fisioterapia com exercícios isotônicos e isocinéticos a serem iniciados após três
semanas a retirada do gesso. O paciente relatou na consulta de retorno que a dor
tinha sido aliviada e que conseguiu voltar ao trabalho normalmente.
Considerações finais: Apesar da denominação, as epicondilites umerais são
tendinopatias não inflamatórias. O diagnóstico é eminentemente clínico, e exames
complementares são necessários para a exclusão de outros diagnósticos. Nos
pacientes em que existe persistência da sintomatologia, apesar do tratamento
incruento por tempo prolongado, deve-se considerar o tratamento cirúrgico, que
apresenta bom prognóstico.
Título do trabalho: TL01 - PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO DOS ACIDENTADOS
MENORES DE 15 ATENDIDOS EM UM PRONTO SOCORRO PÚBLICO
MUNICIPAL DE TERESINA-PI
JOÃO PAULO DA SILVA BATISTA <[email protected]>
CINTIA MARIA DE MELO MENDES <[email protected]>
KARLA JÉSSICA ARAÚJO FORTES <[email protected]>
DANILO GONÇALVES DANTAS <[email protected]>
ALANNA CARLA FARIAS COUTO <[email protected]>
FLAYLSON MOURA BARROS <[email protected]>
Introdução: acidentes são considerados injúrias não intencionais resultantes de
transmissão rápida de energia de um corpo a outro. O grupo infantil é mais propenso
aos acidentes devido às suas características peculiares e conviver em ambientes
projetados para adultos.
Este trabalho objetiva caracterizar o perfil sócio-
demográfico das crianças vítimas de acidentes atendidas em um pronto socorro
público na cidade de Teresina-PI no ano de 2010.
Material e métodos: trata-se de um trabalho descritivo, quantitativo documental e
retrospectivo. A coleta de dados se deu através da analise dos prontuários de 38
!
!
vítimas de acidentes menores de 15 anos de idade. O projeto foi encaminhado para
o Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí sendo aprovado e
posteriormente foi aprovado pelo comitê de ética do pronto socorro em questão.
Resultados: 62,4% dos acidentados são do sexo masculino e 37,6% do sexo
feminino. No tocante à procedência, a maioria dos acidentados é oriunda de
Teresina (65,9%). Os demais são originários do interior do Piauí (28,6%), do
Maranhão (5,3%) e em 0,2% dos prontuários não havia registro da procedência. A
faixa etária predominante foi a de 7-11 anos de idade, com 34,7%, seguida de: 1-3
anos (23,5%); 4-6anos (22,2%); 12-14 anos (17,8%) e < 1 ano (1,8%). A média da
faixa etária foi de 7 anos e 6 meses.
Discussão: a maior predisposição dos meninos a se acidentarem está
provavelmente relacionada aos tipos de atividades que cada sexo executa, sendo os
meninos mais enérgicos e dinâmicos. As crianças na faixa etária compreendida
entre 7 e 11 anos não possuem noções sobre espaço, distância, velocidade e tempo
e ainda há uma supervisão inadequada ou ausente que
constitui um risco para
ocorrências. Referente à procedência dos indivíduos acidentados, a porcentagem
demonstra a importância dos atendimentos oriundos do interior e Maranhão que,
juntos, foram responsáveis por 33,9% dos atendimentos.
Conclusão: A faixa etária mais frequente foi a de 7-11 anos, sendo mais da metade
das crianças pertencentes ao sexo masculino e oriundas de Teresina. Em relatório
apresentado pela UNICEF, em 2001, o Brasil é alocado em um grupo de países com
altas taxas de óbitos em menores de 15 anos. Diante deste contexto, torna-se
essencial o conhecimento a respeito do perfil das crianças que sofrem acidentes,
para que as estratégias de prevenção realizadas pelos planejadores e executores de
políticas públicas estejam baseadas em dados concretos.
Título do trabalho: TL13 - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE TRANSTORNO
OBSESSIVO COMPULSIVO DE INICIO PRECOCE E TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA.
ISADORA CAVALCANTE OLIMPIO DE MELO <[email protected]>
Matheus Vieira dos Santos <[email protected]>
Introdução: Transtorno do Espectro Autista (TEA) caracteriza-se por prejuízos na
interação e comunicação social em múltiplos contextos, interesses e 39
!
!
comportamentos limitados e repetitivos. Síndrome de Gilles de la Tourette (ST)
apresenta-se na forma de tiques motores e vocais crônicos. A razão deste trabalho
está na exposição de um caso cuja variedade de sintomas e mudanças na evolução
clínica dificultou o processo diagnóstico, que foi realizado revisando a evolução do
paciente.
Relato de caso: L.Z.F, sexo masculino, 9 anos, natural Suzano/SP. Motivo da
consulta era irritabilidade e agressividade. Aos 5 anos de idade, a família recebe
reclamações da escola devido a irritabilidade e inquietação. Apresentava ainda
comportamentos repetitivos: subir e descer escadas, escovar os dentes diversas
vezes, tiques motores e vocais como contrair ombros, girar olhos e pigarrear.
Realizada avaliação pediátrica e neurológica, solicitaram exames laboratoriais,
eletroencefalograma e ressonância magnética de crânio, inalterados. Em 2012, foi
diagnosticado com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e ST, medicado com
Fluoxetina 20mg/dia. Com medicação em uso apresentou crises de enxaqueca e
irritabilidade eventual, não havendo alteração dos tiques e comportamentos
repetitivos sem melhora significativa. Ano seguinte, nova medicação, Imipramina até
50mg/dia, a diante associado Ácido Valpróico de 500mg/dia VO, sem melhora. Em
nova consulta, início de 2014, manteve diagnóstico de TOC e medicação alterada
para Sertralina 50mg/dia com piora da irritabilidade e agitação. Tentou-se associar
Carbamazepina 500mg/dia VO, sem resposta. Com aumento da agressividade, o
paciente precisou de novo atendimento apresentando agitação psicomotora aguda,
então aventou-se hipótese de Transtorno Afetivo Bipolar – episódio maníaco, devido
a piora com uso de Sertralina. Durante acompanhamento, percebeu-se não se
manifestarem outros sintomas de transtorno de humor: alteração de sono, apetite,
polaridade depressiva ou manitiforme. Revendo histórico de desenvolvimento
constatou-se dificuldades de socialização, apego à rotina e outros sinais de autismo,
que eram considerados sintomas de TOC e ocorriam devido ao quadro do TEA.
Conclusão: após investigação diagnóstica, concluiu-se apresentar o paciente TEA e
ST. Medicado com Risperidona, dosagem de 1,5 mg/dia associada psicoterapia
baseada em análise do comportamento, resultando em melhora da irritabilidade e
melhor adaptação social do paciente.
40
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Título do trabalho: TL17 - CORPO ESTRANHO EM OTORRINOPEDIATRIA:
ESTUDO DE 530 CASOS
Humberto de Brarros Fernandes <[email protected]>
Patrícia Chaib Gomes Stegun <[email protected]>
Alécio Fonseca Leite <[email protected]>
O atendimento otorrinolaringológico (ORL) de urgência devido a corpo estranho (CE)
é algo frequente. O quadro clínico é variável e o diagnóstico é geralmente feito
através do exame físico. Esta pesquisa teve como objetivos caracterizar o perfil do
paciente pediátrico com CE, avaliando gênero, faixa etária, procedência, localização
anatômica do objeto e o tipo de material encontrado, definir os achados clínicos
quanto à sintomatologia e ao exame físico, sua evolução e desfecho e definir a taxa
de complicações. O estudo foi baseado na resolução 466/2012 do Ministério da
Saúde e só iniciou após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o
seguinte CAAE: 15787313.1.0000.5211. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva
com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados no Serviço de Arquivo
Médico e Estatística de um hospital de referência em urgência da cidade de
Teresina, Piauí. A amostra da pesquisa foi composta 350 casos de 0 a 12 anos
atendidos por CE em cavidade ORL, no período de agosto de 2009 a março de
2013. Dentre os 530 casos avaliados, 42,1% eram em orelha, 41,3% em nariz e
16,6% em orofaringe. Quanto ao gênero, 50,8% eram do masculino e 49,2% do
feminino. Quanto à procedência, 68,9% de Teresina, 21,5% do interior do Piauí e
9,6% de outro Estado. A idade variou de 6 meses a 12 anos, com média de 3 anos.
Em 85,1% não houve manipulação prévia, houve em 9,6% e em 5,3% não foi
informado. Realizou-se exames complementares em 3,2% dos casos. Quanto o local
de resolução, 94,2% em ambiente ambulatorial, enquanto que 5,8% necessitaram
intervenção cirúrgica. Em orelha e nariz os casos foram predominantemente
assintomáticos, o que ocorreu em 54,3% dos casos e 40,2%, respectivamente. Nos
casos de orofaringe, o sintoma mais frequente foi odinofagia (36,4%). Os CEs mais
encontrados na orelha e nariz foram grãos (28,2% e 26%, respectivamente),
enquanto que na orofaringe foi espinha de peixe, presente em 77,3% dos casos. A
presença de complicações ocorreu em 5,9%. O que não aconteceu nos casos em
orofaringe, porém ocorreu em 13% dos casos em orelha e 0,9% em nariz. O mais
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comum é inseto ou grão em orelha ou nariz de homem ou mulher, até 3 anos e sem
manipulação prévia que são assintomáticos. É infrequente a necessidade de
exames complementares e a resolução geralmente é ambulatorial, com taxa de
complicação de 5,9%.
Título do trabalho: P21 - CARACTERIZAÇÃO DOS ACIDENTADOS MENORES DE
15 ANOS DE UM PRONTO SOCORRO DE TERESINA-PI SEGUNDO REGIÃO
CORPÓREA AFETADA, NATUREZA DA LESÃO E EVOLUÇÃO.
CINTIA MARIA DE MELO MENDES <[email protected]>
DANILO GONÇALVES DANTAS <[email protected]>
FLAYLSON MOURA BARROS <[email protected]>
JOÃO PAULO DA SILVA BATISTA <[email protected]>
KARLA JÉSSICA ARAÚJO FORTES <[email protected]>
MONYQUE HOLANDA COSME <[email protected]>
IOLANDA FELIPE DA SILVA <[email protected]>
Introdução: Os acidentes podem ser considerados como "injúrias não intencionais"
de etiologia multifatorial e que são passíveis de prevenção. Na infância tem grande
representação como causa de morbi-mortalidade constituindo, assim, grande
problema de saúde pública. Este trabalho tem o objetivo de caracterizar os
acidentados menores de 15 anos segundo região corpórea afetada, natureza da
lesão e evolução.
Material e métodos: Trata-se de um trabalho quantitativo, documental e
retrospectivo. Foram pesquisados os acidentes ocorridos em menores de 15 anos
de idade que buscaram o atendimento no Pronto-Socorro em Teresina (PI) no ano
de 2010. Os dados foram coletados nos boletins de atendimento por meio de
formulário. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do
Piauí e do Hospital Municipal em questão.
Resultados: Com relação à parte do corpo afetada no acidente, observou-se a
predominância de MMSS e cabeça com 39,1% e 32,1% respectivamente. Em
relação à natureza das lesões causadas nos acidentes, o tipo mais frequente foi
fratura com 30%. Os seguintes foram trauma superficial com 20,8% e laceração com
12,8%. Relacionando o tipo de acidente e a evolução do caso, observou-se que 42
!
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todos os tipos de injúrias evoluíram com alta até 24/48h, exceto a lesão acidental por
arma de fogo.
Discussão: Os traumatismos de membros em geral predominam nas crianças
maiores porque além de já terem desenvolvido o reflexo de proteção da cabeça,
desenvolvem a prática de esportes com grande exposição. Uma das razões que
pode explicar o alto índice de lesões na cabeça, predominante em crianças
menores, é o fato de que elas ainda não possuem o reflexo de proteção dessa
região. Os resultados apontam trauma superficial e evolução para alta em menos de
48h como as consequências mais recorrentes, em consonância com a literatura
científica. A maioria dos acidentes não provocou lesões que precisassem de
tratamento prolongado, visto que as porcentagens referentes às altas após 24/48h
são baixas.
Conclusão: Analisando tais achados, percebe-se que os casos menos graves
poderiam ser atendidos nas unidades básicas de saúde, se estas fossem
estruturadas. Isso reduziria o fluxo de atendimento nos hospitais de urgência, que
recebem todos os tipos de acidentes, tornando mais primoroso o atendimento aos
casos especiais.
Título do trabalho: P23 - SÍNDROME DE GRISEL: RELATO DE CASO
Rodrigo Cortez Torres Silva <[email protected]>
Mayara Eugênia Souza <[email protected]>
Luanna Dias dos Reis Crisanto Leão <[email protected]>
Leandro Pessoa Carneiro <[email protected]>
Naiara Silva da Fonsêca <[email protected]>
Roberta Oriana Assunção Lopes de Sousa [email protected]
Introdução: A síndrome de Grisel é uma doença rara caracterizada por um desvio
rotacional entre as vertebras C1 e C2, provocado por um processo inflamatório ou
infeccioso. Predominantemente pediátrica esta síndrome ocorre em 68% dos casos
em crianças abaixo dos 12 anos de idade e em 90% abaixo dos 21 anos de idade. A
apresentação da entidade ocorre tipicamente com torcicolo fixo, doloroso, com
rigidez cervical e febre, mediante existência de processo inflamatório ou infeccioso
43
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mais exacerbado, complicações neurológicas ocorrem em 15% dos casos cursando
com tetraplegia ou mesmo morte súbita. O diagnostico diferencial é feito
principalmente com meningite sendo levado em consideração também o abscesso
retrofaríngeo e torcicolo muscular espasmódico, o principal exame para exclusão
desses diagnósticos é o estudo do LCR e a TC com contraste. O tratamento
compreende uma conduta conservadora com tração craniana, analgesia e
tratamentos das infecções presentes ao diagnostico.
Relato de caso: A. V., 18 anos, gênero feminino, solteira. Nasceu de parto cesáreo
prematuro, IG 28 semanas. Aos 9 meses de idade a mãe percebeu leve assimetria
do pescoço e irritabilidade constante interferindo na qualidade sono, levada
sucessivas vezes aos serviços de urgência médica que geralmente era levantado a
hipótese de meningite mas sem comprovação laboratorial. Ocorreu melhora clínica
gradual até que aos 6 anos de idade apresentou quadro súbito de torcicolo
acentuado, dores em MMII à deambulação, episódios intermitentes de parestesias
em pés e mãos e dispnéia ao repouso sendo então conduzida novamente aos
serviços de urgência médica para avaliação ortopédica e neurológica. Aos exames
radiológicos constatou-se fusão das vértebras C2 e C3 e subluxação C1 e C2 com
compressão medular. Realizou-se o diagnóstico de Síndrome de Grisel com
consequente sequela, sendo inviável tratamento definitivo pelo diagnostico tardio,
sendo conduzida apenas com fisioterapia RPG. Hoje aos 18 anos de idade, relata
dores em região cervical e em membros aos intensos movimentos com intermitentes
episódios de intensificação
com sucessivas internações. Em julho de 2014 a
paciente evoluiu com uma hérnia de disco.
Considerações finais: A síndrome de Grisel é uma patologia rara porém causadoras
de graves comorbidades neurológicas, necessitando de tratamento precoce, mas
que nem sempre é considerada como diagnostico diferencial imediato.
Título do trabalho: P11 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES COM TUBERCULOSE
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Patrícia Chaib Gomes Stegun <[email protected]>
Jyselda de Jesus Lemos Duarte <[email protected]>
Alécio Fonseca Leite <[email protected]>
A tuberculose em crianças geralmente é mais grave do que nos adultos e apresenta
maior proporção de acometimento extrapulmonar e de formas disseminadas. A
confirmação bacteriológica nessa faixa etária é difícil quer pelas características das
lesões pulmonares, em geral não cavitárias, quer pela dificuldade de obtenção de
amostras para exames de escarro. Sendo assim, esta pesquisa teve como objetivo
geral caracterizar o perfil epidemiológico das crianças e adolescentes com
tuberculose, buscou-se também avaliar o gênero, a faixa etária, a procedência e a
situação vacinal das crianças e adolescentes com tuberculose, bem como identificar
a forma clínica, o tratamento e as complicações ocasionadas pela doença. O estudo
baseou-se na resolução 466/2012 CNS, no qual foi aprovado pelo CAAE de número
25743714.3.0000.5211 e só iniciou após aprovação pelo comitê de ética em
pesquisa (CEP) da Faculdade Integral Diferencial. Realizou-se uma análise
retrospectiva dos prontuários de pacientes de 0 a 14 anos com tuberculose, no
período de fevereiro a junho de 2014. A partir dos dados coletados observou um
predomínio do gênero masculino, na sua maioria provindos do interior do Piauí e da
capital, pertencentes a faixa etária de 0-4 anos. Foi verificado que 40% eram
vacinados com BCG. A predominância foi da forma clínica pulmonar; das formas
extrapulmonares foram diagnosticados com tuberculose ganglionar, seguidos da
forma meníngea, óssea, pleural, cerebral e epidídimo. O sintoma mais frequente
encontrado foi a febre. A taxa de associação da tuberculose com o HIV foi de 9,1%.
Neste estudo a maior parte dos pacientes era do sexo masculino e pertencia às
faixas etárias de menores de 4 anos de idade. Esse fato pode ser explicado, pois,
crianças menores de 2 anos de idade tem o dobro das taxas de adoecimento em
relação as crianças maiores, já que o sistema imunológico é imaturo. A taxa de
associação com o HIV é em torno de 8%.
Apesar de ser norma nacional, a
realização de sorologia para HIV em todos os pacientes com tuberculose ainda não
acontece e, portanto, este número pode não refletir a realidade. Através dos dados
obtidos, conclui-se que a tuberculose acomete comumente a faixa etária entre 0 a 4
anos, principalmente, o gênero masculino, vacinados com BCG e procedentes de
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Teresina e do interior do Piauí. A forma clínica mais comum foi a pulmonar, os
pacientes foram tratados, preferencialmente, com o esquema RIP e a maioria não
houve maiores complicações.
Título do trabalho: P17 - ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL EM LACTENTE:
RELATO DE CASO
Joemir Jabson da Conceição Brito <[email protected]>
Catarina Fernandes Pires <[email protected]>
Roberta Oriana Assunção Lopes de Sousa <[email protected]>
Alex Jorge Medeiros Silva <[email protected]>
Natália Rosa Santos <[email protected]>
Juliana Bandeira da Rocha Lima <[email protected]>
Introdução: Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) constitui um grupo de doenças
caracterizadas por artrite crônica sem causa conhecida com início antes dos 16
anos. Há seis subtipos bem definidos, oligoarticular, sistêmico, poliarticular fator
reumatoide positivo, poliarticular fator reumatoide negativo, artrite psoriásica, artrite
relacionada à entesite, e um sétimo subtipo, artrite indiferenciada (ILAR). O subtipo
sistêmico responde por 10 a 20% dos casos, com média de idade de acometimento
de 4 a 6 anos, enquanto que os pacientes com subtipo oligoarticular respondem por
até 60% dos casos. Descreve-se um caso de artrite idiopática juvenil sistêmica em
lactente.
Relato do caso: IK, 1ano e 6 meses, feminino, iniciou quadro de dor em articulação
do quadril esquerda associada a claudicação em outubro de 2014. Evoluiu com
edema, calor, rubor e dor na articulação do joelho esquerdo e posteriormente
tornozelo esquerdo e metatarsofalangeanas. A artrite era migratória, acometendo
ainda punho e metacarpofalangeanas à esquerda e coluna cervical. À poliartrite,
somou-se quadro de febre alta diária, até três episódios/dias, associada à rash
cutâneo maculopapular. Em janeiro de 2015, mantendo o quadro de artrite, febre e
rash cutâneo, deu entrada em hospital de referência em Teresina (PI) para
investigação diagnóstica. Ao exame mostrava-se ativa, reativa com artrite em punho
esquerdo. Evoluiu com picos febris diários e rash cutâneo. Os exames mostravam
PCR 96mg/ml, VHS 145 mm, ASLO e FR negativos, FAN não reagente. Hemograma 46
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com anemia, leucocitose (33.900/ mm³), desvio a esquerda e plaquetose (692.000/
mm³). Uréia, creatinina, TGO, TGP, BTF e eletroforese de hemoglobina normais.
Sorologias para HIV, citomegalovírus, rubéola, toxoplasmose, herpes, sarampo e
sífilis negativa. Epstein Barr: IgM 120 UI/ml, IgG: 750 UI/ml. Ferritina 1500ng/ml.
Radiografia do ilíaco normal. Ecocardiograma com padrão normal. Mielograma com
hiperplasia granulocítica. Iniciou-se tratamento com indometacina, prednisona e
metotrexate apresentando melhora parcial dos sintomas, porém, mantendo febre.
Assim, iniciou-se pulsoterapia com metilprednisolona 3 dias com remissão dos
sintomas. Paciente apresenta-se oligossintomática, apresentando um rash cutâneo
com febre com episódios mais esporádicos.
Considerações Finais: Trata-se de AIJ numa faixa etária muito precoce, com
sintomas muito exuberantes e de difícil controle.
Título do trabalho: TL04 - NOS TEMPOS DA “FERTILIZAÇÃO IN VITRO” (FIV),
AINDA HÁ ESPAÇO PARA A REANASTOMOSE CIRÚRGICA DAS TUBAS
UTERINAS?
Ailton Ribeiro Costa <[email protected]>
Ione Maria Ribeiro Soares Lopes <[email protected]>
Matheus Fernando de Carvalho Lopes Nascimento
<[email protected]>
Laísa Allen Gomes de Sousa <[email protected]>
Antônio Ribeiro Barradas Júnior <[email protected]>
Flávia Vanessa Carvalho Sousa Esteves <[email protected]>
Renata Santos Martins <[email protected]>
Ana Leticia Ramos Bezerra de Alencar <[email protected]>
Maria Clara Cronemberger Guimarães Serzedo <[email protected]>
Introdução: A laqueadura tubária (LTB) é um ato cirúrgico que continua sendo
realizado no Brasil de forma indiscriminada e é motivo de arrependimento em um
grande número de pacientes.
Objetivos: Avaliar o perfil das pacientes submetidas à reanastomose tubária no Setor
de Reprodução Humana do Hospital Getúlio Vargas / UFPI, identificando os motivos
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da esterilização cirúrgica e se o resultado da recanalização cirúrgica satisfaz as
expectativas nos tempos da “FIV”.
Métodos: Foi realizado um estudo transversal descritivo, com a análise de
prontuários de 65 casais com diagnóstico de esterilidade secundária a LTB, entre
janeiro de 2007 a dezembro de 2012. A avaliação consistiu em
histerossalpingografia para as pacientes e o espermograma para o fator masculino.
Foram incluídas mulheres de 20 a 39 anos de idade e as variáveis estudadas foram
idade da realização da LTB e da reversão, escolaridade, renda mensal do casal,
número de filhos, motivo da procura da reanastomose tubária, motivo da realização
da LTB, tempo decorrido entre a LTB e a procura da reversão, local da trompa que
foi realizada a esterilização tubária, permeabilidade tubária e a ocorrência de
gestação após a cirurgia. O procedimento cirúrgico utilizou-se da lupa de pala.
Resultados: A faixa etária predominante da realização da LTB foi à de 21 a 25 anos
de idade em 50,0%, seguido de menos de 20 anos em 23,1%, de 26 e 30 anos em
19,2% e com mais de 30 anos em 7,7%. O intervalo de tempo entre a LTB e procura
para reversão variou de 08 meses a 18 anos. Os motivos que levaram as pacientes
solicitar LTB, 50,0% foi por vontade própria; 10,3%, problemas conjugais; 7,40%,
vontade da mãe; 32,30%, outros motivos. As regiões anatômicas predominantes da
obstrução foram: do istmo e da ampola em 52,5%, seguida pela ligadura muito
próxima ao útero (≤ 1 cm) em 8,50%. Constatou-se permeabilidade tubária em
92,30% e a taxa de gestação foi de 73,10%, sendo 2,64%, tubária, considerando-se
um período de seguimento mínimo de seis meses.
Conclusões: As mulheres estudadas que realizaram LTB são jovens, bom nível de
escolaridade e as regiões preferenciais da laqueadura tubária são a ístmicas e
ampolas das tubas, onde a procura para a reversão desse processo ocorre em até
12 anos principalmente por um novo relacionamento. A recanalização tubária com
lupa de pala oferece alta taxa de sucesso. A seleção adequada das pacientes e a
técnica cirúrgica correta da LTB são fatores essenciais para o sucesso da cirurgia.
Título do trabalho: TL10 - PERFIL DAS CIRURGIAS UROGINECOLÓGICAS EM
UNIDADE HOSPITALAR DE TERESINA
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elaine carvalho de oliveira <[email protected]>
luciany damarys de araujo santos <[email protected]>
valdir de jesus vale de melo <[email protected]>
michelle chintia rodrigues de sousa . <[email protected]>
robson david de araújo lial <[email protected]>
Introdução: Esse estudo tem por objetivo identificar a frequência das cirurgias
uroginecológicas(Colpoperineoplastia; Histerectomia vaginal; Cura de incontinência
urinária de esforço cirúrgico; Cirurgia de Manchester; Ninfoplastia; Himenotomia e
Himenoplastia) em unidade hospitalar em Teresina-PI, e explicar a frequência
dessas cirurgias de acordo com: tipo de procedimento cirúrgico; idade; paridade;
quadro clínico; indicação do código internacional de doenças (CID).
Material e métodos:De acordo com a Resolução 196/96, após a aprovação da
banca, submetida à análise do Comitê de Ética em Pesquisa foram utilizados hum
mil setecentos e cinquenta e quatro(1.754)prontuários de cirurgias uroginecológicas
realizadas de 2001 a 2011.
Resultados:Quanto ao quadro clínico a ruptura perineal apresentou percentual de
63,16%; 44,35% a colporetocele e 41,04% os sintomas urinários, o prolapso genital
apresentou um percentual de 24,85% e os menores percentuais foram:cisto
ovariano, hipertrofia vulvar e lesão vascular vulvar com 0,05%, 011% e 0,11%
respectivamente. Quanto ao CID,a cistocele predominou em relação às demais com
75,31%, em segundo lugar, o prolapso uterovaginal com 16,07%. Quanto à
paridade, um total 1.293 de não preenchimento73,72%, mais de três partos 15,63%,
comparado com um, dois ou três partos que corresponderam respectivamente a
0,17%, 0,91% e 9,57%.A idade entre 30 a 39 anos e 20 a 29 anos obtiveram
respectivamente 29,36% e 27,02%. Quantoao tipo cirúrgico, a colpoperineoplastia
alcançou 81,54%, em segundo lugar a histerectomia vaginal com 11,08%, e a
cirurgia de ninfoplastia 0,11%.Em relação ao tipo de parto,o vaginal foi de 2,15%, o
cesário de 0,22%, mas o maior de 97,63%, dos prontuários não preenchidos.Houve
uma taxa de crescimento das cirurgias uroginecológicas de 13,22% no período de
onze anos.
Discussão:O prolapso genital é uma condição multifatorial com fatores sobre os
quais não é possível intervir, como idade e história familiar, e outros que podem ser
49
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alterados: obesidade, paridade, tipo de parto e macrossomia fetal.O parto vaginal
isoladamente não explica a ocorrência de prolapso, pois este também está presente
em mulheres nulíparas.
Conclusão:A paridade predominante é a de mulheres com mais de três filhos,
havendo paciente com até 18 filhos.Observou-se que a predominância dos partos
vaginais em multíparas.O perfil da nordestina, quanto ao grande número de partos
vaginais, condiciona os fatores precipitantes dos distúrbios uroginecológicos.
Título do trabalho: P09 - GESTAÇÃO SEM COMPLICAÇÕES EM PACIENTE COM
MIOMA SUBSEROSO EM ÚTERO BICORNO
Lucas Arrais Chaves Nascimento <[email protected]>
Daniel Santos Rocha Sobral Filho <[email protected]>
Bernardo Vale dos Santos <[email protected]>
Ricardo Felipe Silva Soares <[email protected]>
Flávia Vanessa Carvalho Sousa Esteves <[email protected]>
Luis Gustavo Pinto <[email protected]>
Introdução: Útero bicorno, relacionado com abortamentos tardios, resulta da fusão
incompleta dos ductos de Müller, e pode ser parcial ou completo. Outra patologia
comum é o mioma uterino, que é um tumor benigno estrógeno-dependente com
necessidade de espaço anatômico considerável, e é classificado em intramural,
submucoso, subseroso ou pediculado. Os miomas provocam taxas de aborto de
40% e 17% no primeiro e segundo trimestres, respectivamente. O caso que será
relatado apresenta importância clínica pelo desenvolvimento de gestação sem
complicações, apesar de estas patologias estarem comumente relacionadas a
aborto ou má formações.
Relato de caso: Paciente M. A. C. O., 29 anos, útero bicorno completo com mioma
uterino subseroso, de grandes proporções, no corno esquerdo, e segunda gestação
desenvolvendo-se no corno direito. Gestação prévia, sete anos antes da atual
gestação, na ausência de mioma. USG transvaginal, realizada na 7ª semana,
apresentou útero bicorno em AVF, com dimensões e volume aumentados, com saco
gestacional de inserção habitual, na cavidade endometrial do corno direito. No corno
esquerdo, visualizou-se nódulo miomatoso subseroso fúndico. Na USG transvaginal
50
!
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na 30ª semana, feto apresentava-se vivo e ativo, e placenta e líquido amniótico com
características normais. O mioma apresentou aumento das dimensões entre os dois
exames, de 22.2 x 13 x 12.5 cm para 23.1 x 21.7 x 16.4 cm, devido à estimulação
estrogênica comum na gravidez. Com 39 semanas, o parto cesariano ocorreu sem
complicações. Para evitar riscos anestésicos, hemorragia e choque hipovolêmico,
devido à grande irrigação local, a miomectomia só foi realizada um ano após o parto,
acompanhada de histerectomia e conservação dos ovários com o intuito de manter a
fisiologia hormonal. O estudo histopatológico do tumor indicou leiomioma com áreas
de degeneração hialina medindo 28 x 26 x 26 cm.
Considerações finais: Os miomas, associado ao útero bicorno, representam riscos
para abortos espontâneos, descolamento de placenta, hemorragia pós-parto e
outras complicações. No caso relatado, a não ocorrência de complicações no parto
está associada à manifestação completa do útero bicorno, separando saco
gestacional e tumor em dois compartimentos diferentes, e à disposição do mioma na
subserosa, que, embora aumente o risco de torção, isquemia e necrose, ainda
constituem forma menos invasiva e prejudicial ao desenvolvimento fetal, quando
comparado às formas intramural e submucosa.
Título do trabalho: P03 - INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR NEOPLASIA MALIGNA
DE COLO DO ÚTERO NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL: 2010 A 2014
IVONALDO MARTINS DIAS JÚNIOR <[email protected]>
BETÂNIA MARIA PEREIRA DOS SANTOS <[email protected]>
FRANCISCO GEYSON FONTENELE ALBUQUERQUE
<[email protected]>
MARIA DO CARMO ANDRADE DUARTE DE FARIAS <[email protected]>
Introdução: O câncer de colo de útero apresenta crescimento lento e silencioso, e a
infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) é o principal fator para o seu
surgimento. A vacina contra o HPV e as ações preventivas e de detecção precoce
são promissoras no combate dessa neoplasia. O objetivo desse estudo foi analisar a
morbimortalidade ocasionada por câncer de colo de útero na região Nordeste do
Brasil, no período 2010 a 2014.
Método: Estudo observacional analítico, do tipo ecológico, com dados divulgados no
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), sobre as 51
!
!
internações hospitalares, óbitos, taxa de mortalidade e custo total por neoplasia
maligna de colo do útero no Nordeste, nos anos 2010 a 2014. As variáveis
analisadas foram faixa etária e cor/raça. A análise dos dados foi descritiva, com
abordagem quantitativa. Os dados utilizados neste estudo são públicos,
disponibilizados no site do DATASUS e sem identificação de indivíduos.
Resultados: Durante os anos 2010 a 2014 foram constatadas 30.946 internações por
neoplasia maligna de colo do útero no Nordeste. A faixa etária de 40 a 49 anos foi a
mais acometida, com 33,87% (n=10.482) das internações. O total de óbitos foi de
2757 mulheres, sendo 23,5% (n=648) de 50 a 59 anos. O menor percentual de
óbitos foi 3,55% (n=98), na faixa etária de 0 a 29 anos. Tanto as internações quanto
os óbitos ocorreram mais em mulheres pardas, sendo 49,33% (n=15.266) e 52,6%
(n=1450), respectivamente. A região Nordeste apresentou uma taxa de mortalidade
média de 8,91, no período estudado. O total de gastos no Nordeste com internações
por essa neoplasia correspondeu a R$ 46.563.830,95.
Discussão: O câncer do colo do útero é raro em mulheres até 30 anos e sua
incidência aumenta progressivamente, prevalecendo na faixa de 40 a 49 anos. A
mortalidade aumenta a partir da quarta década de vida, com expressivas diferenças
regionais e raciais. Relatos na literatura afirmam que a frequência dessa neoplasia é
maior em mulheres negras, contrariando os achados neste estudo. Embora seja um
câncer de caráter preventivo e curativo, sua incidência é elevada e gera enormes
gastos para a União.
Conclusão: É necessário intensificar as ações preventivas, ampliando a cobertura e
realização periódica do exame de Papanicolau. Espera-se que a vacinação de
mulheres contra o HPV reduza os números de internações e óbitos por câncer de
colo de útero.
Título do trabalho: Síndrome de Rendu-Osler-Weber: uma causa incomum de
anemia grave
52
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pedro henrique piauilino benvindo ferreira <[email protected]>
dandara coelho cavalcante <[email protected]>
vítor assunção da ponte lopes <[email protected]>
aline sampaio barros <[email protected]>
RICARDO LIRA ARAÚJO <[email protected]>
raíssa barreto vieira soares <[email protected]>
Introdução: Síndrome de Rendu-Osler-Weber ou Telangiectasia hemorrágica
hereditária (THH) é uma doença autossômica dominante caracterizada por
comunicações arteriovenosas defeituosas que afetam pele, mucosas, pulmões,
cérebro, trato gastrointestinal e nariz. Tem incidência aproximada de 1:10000
pessoas. O diagnóstico clínico baseia-se na presença de pelo menos três das
características a seguir: fístula arteriovenosa visceral, evidência documentada de
herança autossômica dominante, telangiectasias mucocutâneas e epistaxe. Embora
tenha espectro clínico bastante variável, a THH cursando com anemia grave não é
uma manifestação comum desta entidade.
Relato do caso: Paciente, 52 anos, masculino, procurou serviço médico por
apresentar palidez súbita há cerca de 15 dias. Relatou dispnéia aos pequenos
esforços e negou qualquer outro sintoma associado. Na história pregressa referiu
episódios de epistaxe recorrente por cerca de 10 anos, e que a mãe e a irmã
apresentaram há 10 e 5 anos, respectivamente, sintomas semelhantes. Ao exame
físico, encontrava-se em bom estado geral, vigil, orientado, hipocorado 3+/4+, afebril
e acianótico. Asculta cardíaca e pulmonar dentro da normalidade. Abdome plano,
sem visceromegalias e indolor à palpação. Extremidades sem anormalidades. O
hemograma inicial evidenciou anemia com hemoglobina de 2,6 g/dL e hematócrito
20,8%.Os testes para coagulação mostraram-se normais. Raio X de tórax
evidenciou imagem de aspecto nodular em lobo inferior do pulmão direito. Teste para
sangue oculto em fezes foi positivo. O histórico familiar, associado à clínica do
paciente e aos exames complementares estabeleceu o diagnóstico de THH.
Considerações finais: Em quadros de anemias graves, diante de um paciente
previamente hígido, as doenças de caráter hereditário devem fazer parte do
diagnóstico diferencial, uma vez que suas formas de apresentação são bastante
variadas, podendo apresentar sintomas incomuns.
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