VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física Universidade de Coimbra, Maio de 2010 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES SOBRE AS INTERVENÇÕES DE INFRAESTRUTURA EM BACIAS HIDROGRÁFICAS URBANAS: ESTUDO DE CASO DO PROSAMIM EM MANAUS – AM (BR) ERCIVAN GOMES DE OLIVEIRA / Geógrafo, Mestrando em Geografia – UFAM [email protected] JULIANA ARAÚJO ALVES / Geógrafa, Mestranda em Geografia – UFAM [email protected] INTRODUÇÃO Nos últimos anos as o Brasil vêem enfrentando diversas formas de degradação ambiental, principalmente acarretado pela negligência de um planejamento de uso e ocupação do solo nas cidades associado à expansão urbana e, a ineficiente estrutura de saneamento básico. Esses fatos têm causado diversos impactos socioambientais como: enchentes, poluição hídrica, deslocamento de vertentes, processos erosivos, violência, tráfico e as doenças resultantes desta degradação. Como as margens das bacias hidrográficas1 e vertentes são áreas de risco natural e, consequentemente, desprestigiadas socioeconomicamente essa demanda de pessoas em busca de moradia vão residir nessas áreas, potencializando a degradação hídrica e social. A necessidade de um planejamento socioambiental que integre ações físicas do relevo e sociais de qualquer ordem (econômica, política, etc.) torna-se essencial nestas bacias hidrográficas densamente ocupadas. Nesse sentido ações governamentais através de programas de crédito para estruturação urbana em países periféricos devido à grande degradação natural se tornam imprescindíveis. Nestes países um importante ator financeiro de crédito para a estruturação urbana, pelo viés do planejamento ambiental, são os Bancos Internacionais. Nesse caso, a análise pauta-se no Programa Social e Ambiental dos Igarapés (bacias hidrográficas) de Manaus (PROSAMIM) financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), programa de requalificação urbanística para os canais de drenagem de Manaus. Nesta cidade, o processo de ocupação urbana como sustenta Oliveira (2003) seguiu a hierarquia morfoestrutural do relevo, onde grupos de menor poder aquisitivo acabaram ocupando as áreas de encostas ou nas margens das bacias, ou seja, em áreas 1 Bacia hidrográfica ou bacia de drenagem é a área da superfície terrestre drenada por um rio principal e seus tributários, sendo limitada pelos divisores de água. Rosangela Botelho, p.260, 1999. 1 Tema 3 - Geodinâmicas: entre os processos naturais e socioambientais consideradas geomorfologicamente frágeis. Esta segregação espacial, implícita no processo de construção destas áreas, está associada à territorialização do espaço pelo sistema de produção capitalista corroborando para o aumento de moradias precárias nessas áreas. Assim este trabalho pretende apriori entender como as intervenções estão sendo realizadas e, se a perspectiva socioambiental esta integrada às ações do governo para reduzir os impactos socioambientais nestas bacias hidrográficas. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA ÁREA E MUDANÇAS NA REDE DE DRENAGEM O município de Manaus está localizado na mesorregião da Amazônia Central na microrregião do Médio Amazonas - Região Norte do Brasil. A geomorfologia local é representada por um baixo planalto situado na margem esquerda do Rio Negro, compondo na paisagem, a zona de confluência deste rio com o Rio Solimões. A área 2 urbana se estende por 377 km , correspondendo apenas 3,3% do território municipal, com uma população de aproximadamente 1.646.602 habitantes, cuja concentração é de 99,4% na zona urbana (IBGE, 2007). As coordenadas geográficas desta localidade são: 03º08’ S e 60º00’ W à altitude de 21m acima do nível do mar. A estrutura geológica é caracterizada pela Formação Alter do Chão, de idade Cretácea. O período Holoceno está representado por depósitos aluvionares ao longo dos rios e igarapés (MELO et al., 2006). O clima da região é caracterizado por apresentar duas estações ao longo do ano: inverno e verão. O inverno ocorre entre os meses de novembro e junho, período em que a temperatura é mais amena; e o verão, de julho a outubro, período de sol intenso e temperaturas elevadas, em torno de 38°C atingindo até 40°C, no mês de setembro (Mendonça e Santana, 2006). Sua rede de drenagem é formada por quatro bacias hidrográficas, Educandos, São Raimundo, Tarumã e Puraquequara, as duas primeiras se localizam totalmente em perímetro urbano e nas duas ultimas parcialmente. Nestas quatro unidades naturais existem subdivisões menores como as sub-bacias ou microbacias2 que entrecortam toda a cidade (Figuras 1, 2 e 3). 2 Definida como sendo uma área de drenada por um curso d’água e seus afluentes, a montante de uma seção transversal para a qual convergem as águas que drenam as áreas consideradas. Brasil; Programa Nacional de Microbacias Hidrográficas apud Botelho (1987; 1999 p. 272). 2 VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física Universidade de Coimbra, Maio de 2010 Figuras 1, 2 e 3. Localização da bacia hidrográfica do Educandos e suas microbacias. Fonte: Oliveira, 2010. O padrão dos canais hidrográficos é constituído por pequenos cursos d'água, que resistem com abundante pluviosidade característica da região, resultando numa microdrenagem dendrítica, cuja capacidade de receber e escoar água, assim como detritos e poluentes, é medida pelo número de pequenas correntes que as formam assim como pela largura, profundidade e declividade. Ao longo dos últimos 40 anos com o crescimento urbano da cidade chegando a quase 60% de toda população do estado morando na capital do estado do Amazonas, tem provocado inúmeros problemas de ordem natural, social e ambiental. Nesse contexto o governo do Estado em parceria com órgãos financeiros internacionais implanta o Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (PROSAMIM). A perspectiva deste trabalho é analisar quais são os impactos socioambientais, sejam eles positivos ou negativos que esse projeto de urbanização (canalização e pavimentação) tem refletido na qualidade de vida dos moradores assim como na morfodinâmica e tratamento das águas nas microbacias do Mestre Chico, Bittencourt e Quarenta (bacia hidrográfica do Educandos) na área central da cidade. Alguns 3 Tema 3 - Geodinâmicas: entre os processos naturais e socioambientais problemas já foram constatados com a maior cheia de 2009, nos conjuntos habitacionais construídos no leito dos córregos do centro da cidade. Esses problemas podem estar atrelados principalmente a mudança no padrão de drenagem do canal para sua retificação e pavimentação das obras dos apartamentos. Aqui não analisaremos a mudança da paisagem visível, mas procuraremos interpretar as relações e os impactos socioambientais no local e para toda sua abrangência quanto à infraestrutura. ESPACIALIZAÇÃO DO PROSAMIM NA CIDADE DE MANAUS A cidade de Manaus segundo Ab’Sáber (1953), possui uma densa rede de drenagem constituída por rios primários e secundários tributários de rios maiores. Esta característica do relevo possibilitou que o processo de ocupação do solo urbano seguisse a morfologia do terreno, pois conforme Oliveira (2003) os terrenos planos e bem localizados foram ocupados pela camada abastada da sociedade. Enquanto terrenos como encostas, margens e no leito dos igarapés foram ocupados pelos “deserdados” de Salazar (1981). O marco do intenso processo de urbanização culmina com a implantação da Zona Franca de Manaus (ZFM), através do Decreto-lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, que dirige para a cidade aglomerados populacionais atraídos pelo mercado de trabalho. Contudo, esse intenso crescimento populacional atrelado a ausência de uma política rígida sobre o uso e ocupação do solo urbano acarretou na proliferação de moradias em áreas “ambientalmente vulneráveis” nas margens e dentro dos igarapés (ALVES, 2008). O PROSAMIM veio a conceber como estratégia, por parte do governo do Estado e dos órgãos envolvidos, para o problema da habitação, urbanismo e questões sanitárias nas microbacias acima citadas onde, segundo dados do programa, vivem aproximadamente 580.000 habitantes e 7.000 famílias (36.000 pessoas) em áreas ambientalmente vulneráveis, consideradas de risco. O PROSAMIM é um programa de intervenção urbana governamental que tem forte intervenção nas áreas de igarapés3 da cidade de Manaus, sendo o programa a ser executado em 8 anos, sua primeira fase, com duração de 4 anos, se concentra na Bacia Hidrográfica Educandos que abarca a área central da cidade. O projeto demanda recursos no montante de US$: 200.000.000,00 (duzentos milhões de dólares), sendo que, 70% (US$: 140.000.000,00) 3 Igarapé – Denominação dada aos pequenos rios, na Região Norte (Amazônia). Igarapé é um termo indígena que significa “caminho de canoa” (de igara – canoa e pé – trilha, caminho) (GUERRA & GUERRA, 2005). 4 VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física Universidade de Coimbra, Maio de 2010 financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e, os 30% restante, com orçamentos do Governo do Estado do Amazonas (podendo recorrer ao capital privado, financiamentos da Caixa Econômica Federal – CEF etc.). O Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus – BR-L1005 – teve financiamento aprovado no dia 30 de novembro de 2005 pelo BID. A estratégia do programa se baseia em quatro grupos de intervenção, a saber: I – Obras de macro e micro drenagem – com o objetivo de regular os impactos ocasionados pelas chuvas intensas e das enchentes do rio Negro; II – Reassentamento da população – uma vez removida das margens4 dos igarapés a população tem opções de reassentamento, que foram elaboradas pelo governo do estado, sucintamente, dentre as opções está: a indenização em dinheiro, carta de crédito no valor de R$: 21.000,00 (bônus); permuta com uma casa em conjunto habitacional ou permuta com um apartamento em unidade habitacional de solo criado; III – Construção de vias e parques – é como se fosse uma estratégia do governo, para que, essas áreas não voltem a ser ocupadas, então nas áreas mais vulneráveis, de cada igarapé, será construído um parque urbano; e IV – Ampliação da oferta de solo criado – para ampliação de moradias de baixo custo e controle do uso e ocupação do solo. Os componentes do Programa Social e Ambiental de Manaus se estruturam em: 1) Melhora ambiental, urbanística e habitacional – que tem como subcomponente: I – Macro e micro drenagem – com a construção de sistemas de drenagem de águas pluviais com o objetivo de proteger a cabeceira das bacias e margens, construção e adequação dos canais, implantação de espaços ambientais e de lazer e a criação de galerias e coletores pluviais. II – Reordenamento urbano e reassentamento – com a criação de opções que obedeçam a uma ordem para a população retirada das margens dos igarapés, dentre as soluções, construção de unidades habitacionais de solo criado dotadas de infraestrutura, equipamentos urbanos e saneamento, a partir do aterro dos igarapés, para os reassentamento da população que deseja continuar a morar no Centro da Cidade e nas proximidades da sua antiga moradia. As famílias que se enquadrarem nessa forma de reassentamento serão acompanhadas por uma equipe - Base de Atividades Sociais5 4 Margem – Faixa de terras emersas ou firmes junto às águas de um rio, de um lago, ou uma lagoa (ou igarapé). As margens dos rios são denominadas de esquerda e direita, tomando-se sempre como orientação o sentido da corrente (GUERRA & GUERRA, 2005). 5 Damos mais ênfase sobre a Base de Atividades Sociais na análise do documento - Plano Diretor de Desapropriação e Reassentamento – PDDR. 5 Tema 3 - Geodinâmicas: entre os processos naturais e socioambientais – que tem por objetivo acompanhar o processo de reassentamento e adaptação através de atividades comunitárias que promovam a integração. E III - Parques e vias urbanas – Conforme já salientamos outrora, se baseia na construção de parques e vias urbanas nas áreas recuperadas com o escopo de evitar sua reocupação, transformando a paisagem de maneira significativa. 2) Infraestrutura sanitária – tendo como principal objetivo a construção de sistema sanitário, com serviços de água potável e esgoto sanitário. Os dejetos serão encaminhados para uma Estação de Pré-Condicionamento (EPC) para, posteriormente, serem lançados no rio Negro. E 3) Sustentabilidade social e institucional – o objetivo é contribuir para a melhoria da capacidade de gestão dos órgãos envolvidos (o programa conta com parcerias Governamentais e Não Governamentais - Prefeitura Municipal de Manaus; Manaus Energia; Águas do Amazonas; Órgãos do Governo do Estado (IPAAM, ARSAM, SUSAM, SETHAB, SUHAB) e Suframa). Esse componente ainda se subdivide em: I – Participação comunitária – através de mecanismos que integrem a população sob intervenção direta e indireta, por meio da participação da comunidade na execução do programa. II – Comunicação social – planos de comunicação com o objetivo de dirigir as informações do programa à população sob intervenção direta e indireta. III – Educação ambiental e sanitária - desenvolvendo-se paralelamente com a execução das obras, essa reeducação ambiental e sanitária, com o escopo que a população tenha consciência da degradação ambiental. E IV – Desenvolvimento institucional – responsável pelo financiamento dos planos propostos pelas entidades correspondentes às áreas de atuação (i – ordenamento territorial, ii – controle da contaminação industrial, iii – resíduos sólidos e iv – previsões de enchentes). IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS IN SITE E OFF SITE NA PAISAGEM As diversas formas de ocupação dos canais de drenagem segundo Oliveira (2008) concentrados no setor central da cidade refletem as condições de moradia de grande parcela da população mais humilde de Manaus, assim se dá o processo de apropriação dessas áreas por populações que utilizam a infraestrutura montada próxima a esses lugares em busca de melhores condições de vida. Isso implica em planejar e gerenciar essas bacias numa perspectiva socioespacial, tendo em vista que a distribuição e degradação das águas urbanas estão mais associadas às políticas de ordenamento territorial que os atores visíveis nessas unidades naturais. Por suas especificidades as cidades amazônicas aqui representadas pela cidade de Manaus é densamente constituída por pequenos rios que se distribuem 6 VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física Universidade de Coimbra, Maio de 2010 por vários bairros de diferentes zonas da cidade. Na zona sul, encontra-se o bairro do Educandos, um dos mais antigos e de maior concentração urbana, além de zonas comerciais e industriais na área central da cidade. A mudança visível na paisagem do centro de Manaus refletida na infraestrutura do PROSAMIM resolve apenas parte dos problemas ambientais ou social das famílias residentes, haja vista que uma pequena parcela dos moradores residentes nessas áreas com a construção dos apartamentos ficou e os que não conseguiram em maior número foram alocados no conjunto João Paulo (figuras 4, 5 e 6). Figuras 4, 5 e 6. Localização do Conjunto João Paulo e sua área de expansão. Fonte: Alves e Oliveira, 2010 Um fato importante a ser considerado é a legislação que planeja as áreas de preservação permanente (APPs), pois, nos canais de drenagem que cortam a cidade em média quase todos tem em média de 5 a 10 metros de largura e na legislação ambiental através do Código Florestal, lei 4.771 de 15 de setembro de 1965, nos artigos 2 e 3, regulamenta que essas áreas devem ser conservadas para o equilíbrio dos ecossistemas (animal, vegetal e hídrico) e, sua área de proteção é 30 metros das margens esquerda e direita não devem ser ocupadas ou impermeabilizadas. 7 Tema 3 - Geodinâmicas: entre os processos naturais e socioambientais No entanto a legislação ambiental prevê para áreas diante dos problemas ambientais e sociais como áreas de interesse social instituídas pelos planos diretores municipais. No município de Manaus, o Plano diretor instituído pelo art. 129 da lei orgânica, regulamenta o Plano Diretor Urbano e Ambiental que estabelece diretrizes para o desenvolvimento da cidade de Manaus e dá outras providências relativas ao planejamento e gestão do território no município (figuras 7 e 8). Figuras 7 e 8. Processos de assoreamento do canal de drenagem. Fonte: Alves e Oliveira, 2010. No que tange as áreas de interesse e proteção ambiental quanto aos recursos hídricos em microbacias o art. 110, inciso II estabelece a recuperação das margens dos rios e igarapés que favoreça a criação de espaços públicos de lazer no intuito de melhorar a qualidade socioambiental das pessoas nessas áreas. Contudo, a delimitação destes espaços será segundo critérios de uso e ocupação da superfície do solo e prevenções posteriores, pautada no Estatuto das Cidades6. Alguns instrumentos complementares no cap. V no art. 111, o município poderá a qualquer momento utilizar as ferramentas jurídicas existentes para promover o desenvolvimento socioeconômico e a implantação dos planos, programas e projetos previstos na lei, observando a legislação aplicáveis. Isso implica muitas vezes no descumprimento da lei para essas áreas de forma legal, propiciando impactos erosivos como ravinamentos e voçorocas nas áreas onde a vegetação fora retirada, não levando em consideração a estrutura pedológica, características das vertentes e unidades espaciais específicas da paisagem (figuras 9 e 10). 6 o Lei federal n 10.257 de 10 de julho de 2001. 8 VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física Universidade de Coimbra, Maio de 2010 Figuras 9 e 10. Processos erosivos (ravinas e voçorocas) no conjunto João Paulo. Fonte: Alves e Oliveira, 2010. Essas mudanças que vem ocorrendo tanto nas microbacias da área central (impactos in site) como nas áreas periféricas da cidade (impactos off site) tem se refletido em muitos casos de forma negativa, visualizadas nos processos erosivos principalmente no conjunto João Paulo onde não a infraestrutura básica de saneamento, mesmo sendo um bairro que faz parte do Programa ambiental (PROSAMIM) na área do centro da cidade. As obras de infraestrutura nos canais de drenagem do centro melhoraram a condição de vida dos moradores, pois, deu dignidade e resgatou sua auto-estima. Contudo o objetivo socioambiental não fora alcançado, tendo em vista que o tratamento da água não fora iniciado. Quanto às obras de retificação e pavimentação do leito das microbacias, nos projetos de infraestrutura não levaram em consideração o volume, vazão e descarga dos mesmos a jusante, permitindo assim no período de maior pluviosidade e das enchentes o transbordamento da rede de drenagem que fora modificada no percurso até sua foz pelas obras (figuras 11 e 12). Figura 11 e 12. Esgoto sanitário e foz da saída do Mestre Chico e Bittencourt. Fonte: Alves e Oliveira, 2010 9 Tema 3 - Geodinâmicas: entre os processos naturais e socioambientais CONCLUSÕES Tendo em vista que a cidade de Manaus possui quase 60% de toda população do Estado do Amazonas é primordial, planejar e gerenciar as unidades naturais, neste caso as bacias hidrográficas, uma vez que, essas áreas são naturalmente de risco, seja ele natural ou social. Aqui não pretendíamos questionar as obras de engenharia, mas refletir sobre o tipo de infraestrutura construída nas microbacias, tendo em vista que as unidades do relevo e mesmo a legislação ambiental não foram levadas em consideração. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS Ab’Saber, Aziz Nacib. 1953, A cidade de Manaus: primeiros estudos In Boletim Paulista de Geografia, Associação dos Geógrafos Brasileiros, vol. 10 no.15, pp. 18-45. Alves, Juliana Araújo. 2008, Agências multilaterais e intervenções urbanas: o caso do PROSAMIM em Manaus, Relatório de Pesquisa - UFAM, Manaus. Brasil. 1997, ‘Lei Federal 9433, de 8 de janeiro de 1997, Institui a Política nacional de recursos hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos’, [Online] Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9433.htm. Guerra, Antônio Teixeira & Guerra, Antônio José Teixeira. 2005, Novo dicionário geológico-geomorfológico, Bertrand Brasil, Rio de Janeiro. 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