ESTUDOS CÉLULAS JULHO/AGOSTO 2016 1ª SEMANA DIA 27

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ESTUDOS CÉLULAS JULHO/AGOSTO 2016
1ª SEMANA DIA 27 AO DIA 03 DE JULHO
CONTRA QUEM LUTAMOS
Ef 6:10-19 A vida cristã é uma batalha – uma batalha onde a nossa condição é de mais do que vencedores, pois Cristo já venceu toda
malignidade e emitiu um decreto de vitória sobre seus discípulos. Lembre-se das palavras de Jesus aos Seus discípulos: Eu lhes disse essas coisas
para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo. (Jo 16:33). É maravilhoso
saber que a vitória de Jesus foi total e definitiva, mas não podemos esquecer de que as “aflições” fazem parte de nossa peregrinação pela terra.
Apesar das aflições, Jesus ordenou que conservemos a paz e o bom ânimo!
Nosso inimigo é o diabo. Leia o texto de Efésios 6:12 e observe que o apóstolo Paulo fez questão de elucidar aos cristãos de Éfeso que os
inimigos da Igreja não são seres humanos, mas as hostes infernais: pois a nossa luta não é contra seres humanos... Ao contrário, todo ser
humano é alvo do nosso amor e um fruto que almejamos colher para o Reino de Jesus.
Vale ressaltar que a Bíblia nos revela que o diabo e todas as suas hostes já estão derrotados e condenados ao lago de fogo e enxofre. Leia o
texto que, segundo alguns irmãos, é dos mais detestáveis para o inimigo das nossas almas: O diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo
que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão atormentados dia e noite para todo o sempre. (Ap
20:10). Recomende aos seus discípulos que marquem este texto em suas Bíblias. Conforme disse o pastor André Valadão, se algum dia o diabo
quiser fazer você lembrar do seu passado, daquilo que o Senhor já perdoou... faça o diabo lembrar do futuro dele, o lago de fogo e enxofre!!!
O nosso inimigo já está derrotado, aleluia! Porém a Bíblia nos adverte que devemos tomar todo o cuidado. Antes de voltarmos ao texto
principal do nosso estudo em Efésios, leia com seus discípulos Ap 12:12, um alerta para todos nós: Mas ai da terra e do mar, pois o diabo desceu
até vocês! Ele está cheio de fúria, pois sabe que lhe resta pouco tempo. Entenda que o nosso inimigo sabe que a volta do Senhor se aproxima e
que um grande avivamento está começando, daí sua fúria e empenho em patrocinar o máximo de malignidades.
Retornando a Efésios 6, leia no texto a descrição de quem é o nosso adversário: [1]
a)
O diabo e suas ciladas (v. 11b);
b)
Poderes e autoridades espirituais malignas (v. 12);
c)
Dominadores (ou governos) estabelecidos na terra que representam o reino das trevas (v. 12b);
d)
Hostes espirituais malignas, que são castas de demônios (v. 12c).
No ambiente de uma célula não é oportuno aprofundar-se em cada termo anunciado pelo apóstolo Paulo, basta enumerá-los e explicar para os
discípulos que o reino das trevas é organizado e que há, inclusive, uma hierarquia demoníaca. É bom lembrar que Satanás é apenas um anjo
caído e que não possui, por exemplo, a capacidade de estar presente em dois lugares ao mesmo tempo. Por isso os demônios ocupam funções e
lugares específicos.
Ressalte que o Senhor Jesus resumiu a atuação do Maligno em João 10:10: matar, roubar e destruir. Por outro lado, Jesus veio para dar vida e
vida em abundância, conforme Ele revelou na continuação do mesmo versículo.
Use uma chave para explicar que este pequeno objeto é, na Bíblia, símbolo de autoridade e conquista. Ter a chave é ter autoridade e perder a
chave significa perder o governo ou a autoridade. O Senhor Jesus declara em Ap 1:17 o seguinte: Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último.
Sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do inferno.
Quando o Senhor entregou sua vida na cruz, Ele desceu ao inferno e tomou as chaves das mãos do diabo! Assim, Jesus é o Vencedor e o nosso
inimigo, o diabo, um completo derrotado. Exatamente por isso que o Senhor avisou em Mt 16 que daria à sua Igreja as chaves do Reino dos
céus (v. 19) e que as portas do inferno não resistiriam à sua Igreja (v. 18b). É por isso que hoje anunciamos a libertação em Cristo de todas as
cadeias do inferno – porque as portas do inferno já foram arrombadas. Aleluia!
Aproveite este momento para adorar a Jesus, o Vencedor. Leve seus discípulos a declarar que creem na vitória alcançada por Jesus através de
Sua morte e ressurreição. Que eles estão seguros, debaixo do poder e da proteção do Senhor e que reconhecem que o Nome de Jesus tem toda
autoridade. Aproveite o texto lido em Ap 1:17 e leve-os a dizerem ao Senhor: “Eu não tenho medo. Tu és o Alfa e o Omega. Aquele que vive
para sempre e tem as chaves da morte e do inferno. Em Ti eu sou mais do que vencedor! ”.
2ª SEMANA DIA 04 AO DIA 10
NOSSOS RECURSOS
Ef 6:10-19. Você já deve saber que uma parte considerável do ministério do apóstolo Paulo foi passada em prisões. [1] inclusive, na carta aos
Efésios, Paulo se identificou como um prisioneiro de Cristo Jesus (3:1, 4:1). Acredita-se que esta Epístola foi escrita durante o período em que
passou preso em Roma, na mesma época da escrita das Epístolas a Filemon e aos Colossenses, provavelmente no ano 62 ou 63 D. C. Sabemos
que em Roma, Paulo permaneceu durante mais de dois anos numa prisão domiciliar, vigiado pela Guarda Pretoriana, um batalhão de elite do
Império Romano. Em Filipenses 1:13, Ele contou que toda a Guarda Pretoriana, além de outras muitas pessoas, estavam sendo evangelizadas
por ele na prisão.
Ao que tudo indica o apóstolo, ao permanecer sob a vigilância constante de soldados romanos, inspirou-se na roupagem de um soldado para
descrever o que consta neste trecho de Efésios. A Armadura de Deus que Ele recomenda a nós é a descrição dos paramentos de um soldado
daqueles tempos. Quanto a sermos soldados, trata-se de uma figura comum nas Escrituras. Por exemplo, em II Timóteo 2:3-4, lemos: Suporte
comigo os meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida civil, já que deseja
agradar aquele que o alistou.
1o.. Você é um soldado e não pode ignorar isto! Há um inimigo que já descrevemos no estudo anterior que investirá contra você e contra todo o
povo de Deus. Somente há uma maneira de você resistir e prevalecer, utilizando-se da força e do poder que o Senhor coloca ao nosso dispor,
através de Jesus Cristo: Fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder (v. 10). Em 2 Coríntios 11:3, o apóstolo ensina que Satanás investe contra
nós exatamente da mesma maneira como investiu contra Eva, na intenção de controlar nossas mentes.
2o.. Nem subestimando, nem superestimando o inimigo. São dois os erros que precisamos evitar. O primeiro, de desprezar o inimigo e fazer de
conta que ele não existe. Agindo assim, logo você descobrirá a tolice que fez. O outro erro, o de superestima-lo, dando-lhe um status que não
possui. Ainda que a Bíblia nos ensine a vigiar contra suas investidas, temos a garantia de que maior é o Senhor que está conosco e que as armas
que Deus nos disponibiliza são suficientes para destruir todas as fortalezas do Maligno (2 Co 10:4).
3o.. Você precisa tomar posse de sua armadura! Vistam-se de toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo
(Ef 5:11). O apóstolo garante que devidamente armados, seremos capazes de resistir no dia mal e permanecer inabaláveis (v. 13). Haverá dias
quando os ataques serão mais concentrados e visarão nos derrubar. A armadura é garantia de resistência. Eis os componentes da armadura:
a) O cinto da verdade: A mentira sempre oferece brecha a Satanás, chamado por Jesus de “pai da mentira” (Jo 8:44). Em contrapartida, Jesus
declarou: Eu Sou a Verdade (Jo 14:6). O Espírito Santo é o Espírito da verdade, e nos guia por ela (Jo 16:13).
b) A couraça da justiça: Deus é perfeitamente justo e da nossa parte devemos ter fome e sede de Sua justiça (Mt 5:6). Significa estar debaixo
da aprovação de Deus, na fidelidade. A obediência é garantia de uma cobertura, uma couraça sobre nossas vidas.
c)
O calçado para os pés: Seus pés têm que ter a formosura peculiar de quem se deixa conduzir pelo Senhor a anunciar suas Boas Novas.
Isaías 52:7 é um texto chave para você entender acerca desta “beleza” que há nos pés de um ganhador de almas. Há um par de sandálias
sobrenaturais, para os pés do que se prepara e anuncia o Evangelho. São os mesmos calçados que o farão correr com a velocidade da corça e
saltar muralhas...
d)
O escudo da fé: Efésios 5: 16 explica que o escudo é para nos defender de dardos inflamados, que são flechas com fogo do inferno. Este
escudo serve para nos conservar fiéis – os dardos tentarão minar nossa fidelidade e nos fazer desistir da fé. De diversas formas estes dardos
serão arremessados, principalmente por meio de palavras vindas de outras pessoas. Todo soldado tinha que manter seu escudo ungido! O
Espírito Santo em sua vida proverá o óleo para seu escudo.
e) O capacete da salvação: Trata-se da sua identidade – a certeza que você precisa ter de quem é diante de Deus. Você precisa lembrar-se de
que recebeu uma nova identidade através de Jesus Cristo, como Filho de Deus. Esta identidade lhe dá acesso às regiões celestiais e à fonte de
poder e autoridade, em Jesus Cristo.
f)
A espada do Espírito: A Palavra de Deus, as Escrituras. Foi com Ela que Jesus venceu Satanás nas tentações após Seu batismo (Mt 4:1-10).
É preciso conhecer, aprender, praticar e saber manejar a Palavra.
g)
Oração: Ef 5:18 tem uma alusão toda especial à oração. O Espírito Santo nos ensina e conduz na oração. Tão importante é a oração que
diversas palavras o Senhor Jesus dirigiu aos Seus discípulos acerca de como orar e da necessidade de orar sempre.
4o.. Tome posse agora da armadura! Comece a orar com seus discípulos neste momento e leve-os a declarar que reconhecem que são soldados,
que o Senhor dos Exércitos é nossa garantia de vitória e que tomam posse de toda a armadura. Leve-os a declarar que reconhecem cada
componente enumerado e que se apropriam deles, um a um. Em seguida, ore por. Eles, peça o revestimento, o fortalecimento e a proteção do
Senhor a eles. Com relação às sandálias, à espada e à oração, aproveite para despertá-los a se envolverem com a Igreja, com a Escola de
vencedores. Explique que a comunhão com a Igreja (o quartel general) e com os demais soldados é fundamental.
3ª SEMANA DIA 11 AO DIA 17
AMANDO A JESUS COM AMOR AUTÊNTICO
(Efésios 6:24) O último versículo de Efésios encerra está tão querida Epístola com uma saudação toda especial: A graça seja com todos os que
amam a nosso Senhor Jesus Cristo com amor incorruptível. O termo “graça” é muito especial no Novo Testamento, especialmente nos livros de
Paulo, e significa “o favor de Deus” e por vezes também pode ser traduzido por “dom” ou “poder”. Ao pensarmos no termo “graça” o primeiro
texto que nos vem à mente é Efésios 2.8: Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus. Explicando
como conquistamos a salvação, Paulo ensina que através de nossa fé em Jesus adentramos no direito de receber como um favor de Deus a
salvação. Ou seja, não somos salvos por méritos próprios.
No último verso de Efésios, Paulo acrescente que o amor verdadeiro por Jesus é a condição para estar debaixo da graça de Deus. O termo
“incorruptível” significa “que não se corrompe” ou “que resiste a provas”. Assim, é bíblico afirmar que a salvação é dádiva de Deus para quem
ama a Jesus com um amor autêntico, provado. Pergunto: seu amor por Jesus é autêntico?
a)
O amor fingido: Através da Palavra do Senhor no livro do profeta Oséias, somos informados que há pessoas que fingem um amor
verdadeiro pelo Senhor: Seu amor é como a neblina da manhã, como o primeiro orvalho que logo evapora. (Os 6:4). Todos sabemos que a
neblina e o orvalho são passageiros e que, conforme o calor do Sol aumenta, eles se desvanecem. A Bíblia alerta que há muitos que sentem este
tipo de “amor” por Jesus. Este não é um amor incorruptível!
b) O amor que nos leva a cuidar dos cordeirinhos: Certamente você se lembra do que ocorreu com Simão Pedro na noite quando Jesus Cristo
foi preso pelas autoridades judaicas. Todos os quatro Evangelhos narram como Pedro negou três vezes que era um dos discípulos de Jesus (Mt
26:69, Mc 14:66, Lc 22:54 e Jo 18:15). Jesus já havia avisado a Pedro que isto ocorreria, mas somente no instante quando o galo cantou é que
Pedro se recordou do alerta do Senhor. Em consequência, o apóstolo saiu do lugar de onde acompanhava a Jesus com profundo pesar, chorando
amargamente.
Somente o Evangelho de João conta acerca do encontro de Pedro com Jesus após a ressurreição, quando por três vezes Simão foi questionado
acerca do amor que sentia pelo Senhor (João 21:15-17). Imagine o Senhor perguntando a você, agora, três vezes, a mesma pergunta: Tu me
amas? Após cada pergunta e mediante a resposta de Pedro, afirmando e reafirmando seu amor por Jesus, o Senhor fez estas observações:
Cuide dos meus cordeiros (v. 15); Pastoreie as minhas ovelhas (v. 16) e Cuide das minhas ovelhas (v. 17). Amar a Jesus significa ter um cuidado
todo especial pelas pessoas a quem Ele mesmo chama de ovelhas e cordeiros. O maior cuidado que você pode ter é o de ajudar uma ovelha
perdida a encontrar o Caminho.
c)
O amor que nos leva a adorá-lo: Você demonstrará o tipo de amor que tem pelo Senhor pela forma como o trata quando se apresenta
para cultuá-lo. Há uma adoração que é verdadeira (João 4:24), a adoração de quem ama de verdade. Há, também, a adoração fingida, hipócrita.
Um exemplo da relação amor-adoração é muito claro na narrativa de Lucas 7:36-50. Neste texto temos a história de uma mulher que adentrou
à casa de Simão, um fariseu, e derramou sobre Jesus um perfume caríssimo, além de beijar seus pés, molhá-los com suas lágrimas e enxugá-los
com seus cabelos. Tudo isto escandalizou Simão, que tratara Jesus com bastante indiferença – sem lavar-lhe os pés, sem unção com óleo e sem
ósculo. No verso 47, o Senhor afirmou que aquela mulher “o amava muito”, face haver sido perdoada de seus muitos pecados. Assim, quem
tem um amor incorruptível pelo Senhor, por conseguinte é alguém preocupado em oferecer a Ele a verdadeira adoração.
Conclua este estudo levando seus discípulos a professarem ao Senhor o amor que têm por Ele. Leve-os a declarar que estão debaixo da graça do
Senhor porque o amor que têm por Ele é verdadeiro. Inclua na oração o cuidado que eles desejam ter pelos cordeiros que ainda estão perdidos
e do desejo de adorá-lo. É bom que nestes momentos todos estejam ajoelhados e que você dê oportunidade a cada um de declarar o quanto
ama o Senhor.
4ª SEMANA DIA 18 AO DIA 24
FIDELIDADE E A BÊNÇÃO
Pela fé Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou, inclinado sobre a extremidade do seu bordão. (Hb
11.21). É preciso ser fiel para abençoar. É preciso ser fiel para ser abençoado. Todos nós queremos receber bênçãos.
Bênção é uma autorização espiritual para que uma pessoa prospere em áreas específicas ou gerais. O Reino de Jesus Cristo funciona de maneira
organizada; assim, para que o sobrenatural de Deus venha para uma pessoa há algumas autorizações que precisam acontecer, senão a bênção
não é liberada, ficando retida.
I – É preciso ter a bênção do novo nascimento em Cristo Jesus. Foi o próprio Jesus quem disse: Se alguém não nascer de novo não pode ver o
Reino de Deus (Jo 3.3). Sem ser participante do Reino de Deus a pessoa não participa da bênção do Reino de Deus, ou seja, não tem autorização
para receber os benefícios eternos em seu espírito, ficando entregue à própria sorte.
II – É preciso ter a bênção dos pais. Jacó abençoou seus filhos e cada pai e mãe deve abrir a sua boca para abençoar e não para amaldiçoar seus
filhos. E se alguém não tiver pai ou mãe, ou se um deles não tiver o novo nascimento ou mesmo a vontade de abençoar? Para estas situações é
que Deus tem usado cada líder na Igreja de maneira especial: somos pais e mães de uma grande multidão. Por isso o Apóstolo Paulo diz: Meus
filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós. (Gl 4.19).
III – É preciso ter a bênção dos Líderes espirituais. O próprio Abraão, o pai da fé, precisou ser abençoado por um sacerdote, Melquisedeque (Gn
14:18-19).
Jesus é nosso Sumo Sacerdote, mas Ele constituiu pessoas para O representarem no Reino físico. A Bíblia é clara quando nos ensina a honrar e
respeitar as autoridades espirituais que Deus colocou sobre nós: Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por
vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros. (Hb
13.17). Sem esta obediência a bênção é retida.
A bênção de um líder muda uma história. Isaque abençoou seus filhos, Jacó e Esaú, e disse ao mais novo, Jacó, mesmo por engano: Deus te dê
do orvalho do céu e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações te reverenciem; sê senhor de teus irmãos
e os filhos de tua mãe encurvem a ti; maldito seja o que te amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar. (Gn 27.28,29). Pela ordem natural das
coisas Esaú seria o que governaria sobre seu irmão, mas o descaso de Esaú com as coisas de Deus o levou a perder a bênção, que Jacó lutou para
conseguir.
É claro que a bênção pura e simples não respalda os erros do abençoado pois ele terá que zelar pela profecia para que ela se cumpra. Assim,
Jacó sofreu pelas legalidades que deu ao inimigo, no reino espiritual, apesar de repousar sobre ele a bênção do seu líder e pai.
Por ter sido abençoado por Isaque, Jacó, agora Israel, compreendia o valor da bênção que muda a história, pois a sua própria história havia
mudado. Sua personalidade passou de enganador para Príncipe de Deus que luta a luta do Espírito.
Israel também abençoou seus filhos. Ele abençoou Rubem, o primogênito, mas declarou que o seu “descomedimento” o impedia de reter a
“preeminência”, ou seja, por falta de domínio próprio, Rubem perdeu a maior bênção, a bênção da primogenitura (Gn 49.3-4). Rubem nasceu
primeiro, era o mais velho assim como Esaú, mas a omissão de ambos os levou a perder a maior bênção.
A bênção de Israel sobre Judá também mudou a sua história. Judá não era o mais velho, mas foi o irmão que teve a coragem de salvar José da
morte (Gn 37.26). Rubem tentou uma estratégia covarde e não assumiu a liderança que possuía para salvar José (Gn 37.22). Talvez esse motivo
tenha sido determinante para que o nome de Judá, que aparece em quarto lugar na ordem de Gênesis, em Apocalipse apareça em primeiro
lugar, como aquele de quem o governo não se afastaria e que daria o nome a Jesus, o Leão da tribo de Judá (Ap 5.5; 7.4-8).
Quando Esaú buscou a bênção, seu líder e pai já havia entregue a Jacó. Esaú chorou, mas não encontrou o verdadeiro arrependimento (Hb
12:17). Mas graças a Deus que Jesus, sendo Unigênito do Pai, se tornou o mais velho dos irmãos para que todos nós possamos vir a ser
primogênitos com direito a uma herança maior sem precisar concorrer com nossos irmãos (Hb 12.22-24).
Só a fidelidade ao projeto e estratégia de Jesus poderá nos levar ao nível de herdeiros primogênitos pela bênção da nova aliança.
5ª SEMANA DIA 25 AO DIA 31
FIDELIDADE E O SACRIFÍCIO
Leia Hebreus 11:17. Não existe fé sem uma visão de esperança sobrenatural. Se você não tem nada a conquistar, se você não deseja nada,
então você não precisa de fé. Mas se você tem recebido, ou quer receber, um sonho, uma visão, da parte de Deus para conquistar um nível
superior de qualidade de vida, ainda nesta vida e na vida eterna, você precisa de fé. Mesmo que você queira menos de Deus do que Ele quer lhe
dar, mesmo se for só viver com Ele na vida eterna, você precisa de fé e coragem para investir nesta direção. A Bíblia diz que o verdadeiro herói
da fé, aquela pessoa que conquista, deseja uma “pátria melhor”, ou seja, algo que vem da parte de Deus. O herói da fé sabe que Deus já lhe
preparou este nível de conquista (Hb 11.16).
Deus conhece os nossos limites e não permite que venha sobre nós um sacrifício maior do que podemos suportar (ICO 10.13), mas ele sempre
produz em nós a oportunidade de sermos vitoriosos. No Reino Espiritual há um princípio: sem sacrifício não há sucesso, êxito, conquista, vitória
ou resgate. Antigamente este sacrifício era literalmente um animal que morria em resgate de algum valor espiritual. Hoje, podemos nos
apresentar no Reino Espiritual e dizer: “Eu posso conquistar pois Jesus, o meu Resgatador, já fez o sacrifício para eu alcançar esta conquista”.
Há, entretanto, alguns níveis de conquistas que precisam se expressar no reino físico, sem as quais não viveremos a plenitude da realização dos
sonhos de Deus para nós:
a)
É preciso saber com o que sonhamos.
Ter desejos intensos, ou sonhos, difusos, confusos ou subjetivos trazem uma dispersão de alma que enfraquece a ação do Espírito de Deus em
nós. Para Abraão, Deus materializou a promessa levando-o a olhar as estrelas do céu e a areia da praia (Hb 11.12; Gn 22.17).
b) É preciso investir na visão de Deus tudo que somos ou temos.
Quando recebe uma visão, ou sonho de Deus, você se dispõe a investir tudo o que você tem, e mais, tudo que você é. Para entendermos isso,
Deus dá a Abraão, um ancião de 75 anos de idade, uma promessa que se cumpre com o nascimento de Isaque, mas para fortalecer a visão e
provar o coração e Abraão, Deus pede para Abraão sacrificar o instrumento da sua esperança e realização. Algumas pessoas hoje dizem: Eu
estou disposto a sacrificar o meu Isaque. Mas Isaque para estas pessoas é uma oferta maior ou algo muito importante. Isaque não é isso, Isaque
representa o TUDO da vida de alguém. Sacrificar Isaque é se dar, todo.
Para Abraão, Isaque era a única chance de que as promessas de Deus se cumprissem em sua vida. Sem Isaque jamais Abraão seria pai de uma
grande nação. Ele tinha motivos suficientes para não querer entregar Isaque. Isaque era seu e era a porta para a multiplicação e a prosperidade
de Abraão.
Quem exita em entregar seu dízimo, suas ofertas de desafio, seus discípulos, seu tempo, mas diz que entrega sua vida, não vive a verdade.
Quem entregou a vida a Deus faz como o próprio Deus. Se Ele nos entregou a vida, então dará tudo, pois a vida é maior que tudo que temos
(Leia Rm 8:32).
c)
É preciso confiar sempre, sem desistir.
Algumas pessoas crêem, confiam, declaram, vencem certas lutas, mas acabam desistindo. Quem desiste, mata os seus próprios sonhos.Quem
desiste declara a sua incredulidade em relação ao que Deus diz e pode fazer.
Abraão não mediu sacrifício por confiar e não desistir “julgando que Deus era poderoso para até dos mortos” ressuscitar seus sonhos e
promessas, materializados na figura de Isaque (Hb 11.17-19).
Quando o sonho é de Deus, qualquer que seja a dúvida ou situação não haverá desistência. (Leia Hb 10:38).
d) É preciso ser fiel.
Sem fidelidade o sacrifício é vão e sem sacrifício não existe fidelidade. Quando somos fiéis à visão de Deus, andamos na verdade e somos
ganhadores de vidas para o Senhor Jesus. Por isso a prosperidade virá sobre nós e o Senhor nos respaldará e elevará os níveis de conquista em
nossa vida (Leia Lc 19.17).
1ª SEMANA DIA 01 AO DIA 07 DE AGOSTO
FIDELIDADE DOS SONHOS DE DEUS
Pela fé José, estando próximo o seu fim, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos... (Hebreus 11.22). José, filho
de Israel, também conhecido como José do Egito, é um exemplo para todos nós do caráter de quem conhece a Deus.
José sabia falar a linguagem dos sonhos. Por isso, Deus se revelou a ele e lhe confidenciou o seu futuro. Um futuro de prosperidade no qual até
os seus pais e seus irmãos se inclinariam diante dele. Por ser um filho justo e íntegro diante do seu pai, José foi perseguido pela inveja dos seus
irmãos. Teve por isso sua túnica de várias cores, símbolo de autoridade, roubada e manchada de sangue para que seu pai pensasse que ele havia
morrido. Apesar disto, José possibilitou que a história de Israel fosse uma história de glória e libertação. A história de José nos ensina sobre a
fidelidade dos sonhos de Deus, que quando são implantados em nosso coração superam os reveses e transformam a nossa história.
I. Deus nos fala através de sonhos
Há sonhos da alma e sonhos do Espírito. Os sonhos da alma se dividem em psicológicos e os da ansiedade humana natural. Os sonhos
psicológicos são os afetivos e aqueles que são da necessidade de extravasar que a nossa alma tem. Por exemplo: se alguém viveu um trauma ou
está com saudades de alguém, provavelmente sua mente gerará imagens confusas relacionadas a essa afetividade contida. Os sonhos da
ansiedade humana natural são aqueles gerados por desejos, vaidades, ambições ou mesmo virtudes humanas nobres. Por exemplo: ter uma boa
família, uma nação próspera, segurança, etc.
Os sonhos do nosso espírito podem ser gerados pelo Espírito de Deus – por outro lado há sonhos que são gerados por opressão maligna. Os
sonhos que vêm do Espírito podem vir para avisar, profetizar ou inspirar uma ação ou aproximação maior de Deus. José, também, chamado de
sonhador pelos seus irmãos, teve experiências tremendas em matéria de sonhos (a história de José encontra-se no livro de Gênesis, capítulos 37
a 50).
II.Devemos compartilhar os sonhos de Deus com quem entende essa linguagem
Os irmãos de José, e até seu próprio pai o criticaram quando ele sonhou que um dia sua família se inclinaria diante dele. Anos mais tarde isso
aconteceu literalmente pois ele se tornou governador de todo o Egito e livrou sua família da fome e da morte. Antes disto, porém, seus irmãos
tiveram inveja e por pouco não o mataram.
Existem pessoas que se dizem nossas irmãs e que são verdadeiras assassinas dos sonhos que Deus coloca em nossos corações. Precisamos estar
atentos e velar pela profecia que o Senhor nos ministrou: os sonhos de Deus jamais morrerão em nós, pois não deixaremos que o Espírito de
Deus seja extingo em nosso ser: “Não extingais o Espírito” (I Ts 5.19). Só compartilhe os seus sonhos com quem está em aliança ou sob
orientação do Espírito Santo.
III.Não podemos dar lugar à vaidade em nossos sonhos
O entusiasmo do sonhador pode soar como arrogância aos ouvidos de quem não está atento a esta linguagem. Quando dizemos que estamos
salvos, por exemplo, alguns religiosos nos acham orgulhosos pois para eles a salvação vem por merecimento pessoal e isso significa que
estaríamos nos gloriando com esse mérito que seria nosso. Eles não compreendem que “pela graça” somos salvos (Ef 2.8,9). É essa mesma
graça que nos aproxima dos sonhos de Deus. É como diz o apóstolo Paulo: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a
excelência do poder seja de Deus e não de nossa parte” (II Co 4.7).
Os sonhos são de Deus, mas nunca poderemos esquecer que os vasos de barro somos nós. Deus engrandecerá o nosso nome na realização dos
Seus sonhos, como disse a Abraão, mas será o Nome do Senhor Jesus que será glorificado (Gn 12.2; Gl 3.29).
IV.Os sonhos de Deus exigem níveis sobrenaturais de cura
José sonhou e os seus sonhos se realizaram. Chegaram a prosperidade e o governo para ele. Agora os seus irmãos, que não acreditaram, os que
invejaram e até almejaram mata-lo, agora dependiam dele para sobreviver. O que fazer?
José teve que ter um novo nível de encontro. Um encontro de renovação de aliança. Um encontro de rasgar o coração, de gritar e chorar a
ponto de ser ouvido por muitos (Gn 43.30; 45.2). Agora sim, ele estava pronto para governar em paz. Deus curou sua alma e fortaleceu o seu
sonho.
V.Os sonhos de Deus para nós são para esta vida e para a eternidade
Há pessoas que só se preocupam com o que vão comer no dia seguinte; são desprovidas de sonhos. Temos que passar pela vida com a visão de
que a vida é eterna e que as sementes que plantamos hoje colheremos nos próximos 5, 10, 20, 40 anos e na eternidade.
Não devemos ser ansiosos e viver apavorados com o dia de amanhã. Jesus disse que o dia de amanhã cuidará de si mesmo (Mt 6.34). O
sonhador sempre irá colher nos anos futuros o que está semeando hoje. José passou por apertos, injustiças e até prisões, mas seus sonhos
foram suficientes para que até seus ossos passassem 400 anos no Egito, atravessassem o deserto com Moisés, por 40 anos, e fossem enterrados
na Terra Prometida, com Josué. Isso é que é visão! Ele desfrutou da prosperidade dos seus sonhos em vida, mas nem a morte fez os seus sonhos
pararem e semear boas sementes. Esse é o Espírito da Visão de Cristo em nós. Aleluia!
Somos uma geração de sonhadores. Vamos construir uma cultura de sonhos realizados na unção do Espírito.
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