UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO COORDENAÇÃO DE ENSINO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO MONITORAMENTO E SUPERVISIONAMENTO REMOTO DE LABORATÓRIO EDUARDO AKIRA SHIBUYA CUIABÁ – MT 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO COORDENAÇÃO DE ENSINO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO RELÁTORIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO MONITORAMENTE E SUPERVISIONAMENTO REMOTO DE LABORATÓRIO EDUARDO AKIRA SHIBUYA Relatório apresentado ao Instituto de Computação da Universidade Federal de Mato Grosso, para obtenção do título de Bacharel em Ciência da Computação. CUIABÁ – MT 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO COORDENAÇÃO DE ENSINO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO EDUARDO AKIRA SHIBUYA Relatório de Estágio Supervisionado apresentado à Coordenação do Curso de Ciência da Computaçãocomo uma das exigências para obtenção do título de Bacharel em Ciência da Computação da Universidade Federal de Mato Grosso Aprovado por: Prof. MSc. Daniel Ávila Vecchiato Instituto de Computação (ORIENTADOR) Prof. Dr. ou MSc. Instituto de Computação MSc.César Eduardo Guarienti (SUPERVISOR) DEDICATÓRIA À minha família pelo apoio que sempre me proporcionaram. Aos meus professores por seus ensinamentos. Aos meus colegas que me apoiaram e me acompanharam durante esta fase de minha vida. AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus familiares por me apoiarem durante toda a vida, me incentivando a buscar o melhor para mim. Aos meus professores que compartilharam seus conhecimentos e me guiaram durante esta fase de meu aprendizado. Aos meus colegas com quem compartilhei conhecimento e experiências, me acompanhando durante esta fase de minha vida. Obrigado a todos. SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS .......................................................................................................................... 7 LISTA DE TABELAS.......................................................................................................................... 8 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ......................................................................................... 9 RESUMO ............................................................................................................................................ 10 1. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................ 12 1.1 ACTIVE DIRECTORY.............................................................................................................. 12 1.1.1 Domain Controller....................................................................................................... 12 1.2 LDAP .................................................................................................................................... 13 1.3 .NET FRAMEWORK .......................................................................................................... 13 1.3.1 Windows PowerShell ................................................................................................... 14 1.3.2 GroupPolicyObjects ..................................................................................................... 14 1.4 WINDOWS SERVER 2012 ....................................................................................................... 14 1.5 BANCO DE DADOS.................................................................................................................. 15 1.5.1 Banco de dados relacional .......................................................................................... 16 1.5.2 SQL Server ................................................................................................................... 16 1.5.2.1 1.5.2.2 1.6 2. SQL NativeClient ................................................................................................................. 17 SQL ....................................................................................................................................... 17 VIRTUALIZAÇÃO ..................................................................................................................... 18 MATERIAIS, TÉCNICAS E MÉTODOS .............................................................................. 19 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 ORACLE VM VIRTUALBOX .................................................................................................... 19 SQL SERVER 2012 R2 ............................................................................................................ 20 SYSTEM CENTER CONFIGURATION MANAGER ........................................................................ 20 TESTES COM ORACLE VM VIRTUALBOX ............................................................................ 21 PRÉ-REQUISITOS DO SYSTEM CENTER ................................................................................. 23 INSTALANDO SYSTEM CENTER CONFIGURATION MANAGER ............................................. 28 3. RESULTADOS ......................................................................................................................... 38 4. DIFICULDADES ENCONTRADAS ...................................................................................... 39 5. CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 40 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 41 APÊNDICE ......................................................................................................................................... 42 APÊNDICE 1 – MANUAL DE PROCEDIMENTOS – INSTALAR PRÉ-REQUISITOS .................................... 42 APÊNDICE 2 – MANUAL DE PROCEDIMENTOS – INSTALAR SQL SERVER ......................................... 51 APÊNDICE 3 – MANUAL DE PROCEDIMENTOS – INSTALAR SCCM ................................................... 58 6 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - DIAGRAMA DE UM BD RELACIONAL ................................................................................... 16 FIGURA 2 - GERENCIADOR DO SERVIDOR DO WINDOWS SERVER .......................................................... 22 FIGURA 3 - ERROS APRESENTADOS NO SYSTEM CENTER CONFIGURATIONMANANGER ........................ 23 FIGURA 4 - CONEXÃO COM O DEFAULT NAMINGCONTEXT ................................................................... 24 FIGURA 5 - WIZARD DE DELEGAÇÃO DE CONTROLE .............................................................................. 25 FIGURA 6 - EXTADSCH.LOG ................................................................................................................. 25 FIGURA 7 - WIZARD DO ADK ............................................................................................................... 26 FIGURA 8 - INSTALAÇÃO DE RECURSOS VIA POWERSHELL..................................................................... 28 FIGURA 9 - ESTADO FINAL DO ARQUIVO EM BRANCO ............................................................................ 29 FIGURA 10 - VERIFICAÇÃO DO SITE ....................................................................................................... 30 FIGURA 11 - CONFIGURAÇÕES DO CLIENTE ........................................................................................... 31 FIGURA 12 - ATIVAÇÃO DO CLIENTPUSHINSTALLATION .......................................................................... 31 FIGURA 13 - ERRO NO SYSTEM CENTER ................................................................................................ 32 FIGURA 14 - ATUALIZAÇÃO DO SISTEMA OPERACIONAL ATRAVÉS DA SEQUÊNCIA DE TAREFAS. ........... 33 FIGURA 15- SCRIPT PARA A INSTALAÇÃO DO FIREFOX .......................................................................... 34 FIGURA 16 - CRIAÇÃO DE CLÁUSULA. ................................................................................................... 35 FIGURA 17 - INSTALAÇÃO DO APLICATIVO "FIREFOX2"......................................................................... 36 FIGURA 18 - APLICATIVO INSTALADO. .................................................................................................. 36 FIGURA 19 - ESTADO DA MÁQUINA ANTES DA INSTALAÇÃO.................................................................. 37 FIGURA 20 - FIREFOX INSTALADO NO COMPUTADOR. ............................................................................ 37 7 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - SERVIÇOS E FUNÇÕES DO SQL SERVER.............................................................................. 17 8 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS AD Active Diretory ADK Assessment and Deployment Kit API Application Programming Interface BITS Background Intelligent Transfer Service BD Banco de Dados COM Component Object Model DC Domain Controller DHCP Dynamic Host Configuration Protocol DNS Domain Name System GPO Group Policy Objects IIS Internet Information Services IP Internet Protocol LDAP Lightweight Directory Access Protocol OLAP Online Analytical Processing OLTP Online Transaction Processing OU Organizational units SC System Center SCCM System Center Configuration Manager SGBD Sistema Gerenciador de Banco de Dados SO Sistema Operacional SQL Structured Query Language UFMT Universidade Federal de Mato Grosso WDS Wireless Distribution System WSUS Windows Server Update Services 9 RESUMO Este relatório tem o intuito de apresentar as atividades realizadas durante o estágio supervisionado. O objetivo do estágio foi de automatizar os processos de atualização e implantação de softwares em todos os laboratórios do Instituto de Computação. Primeiramente foi feito o levantamento dos requisitos do sistema, através das especificações e informações de requerimentos mínimos fornecidos pelo System Center Configuration Manager 2012 R2, SQL SERVER e Windows Server 2012 R2 seguido de um estudo das documentações, instalação e da utilização dos mesmos. Como resultado do trabalho desenvolvido, tem-se a instalação e configuração dos requisitos necessários, utilizados no Windows Server 2012 R2, para a instalação do System Center Configuration Manager e a ligação de todos os computadores do Instituto da Computação pertencentes ao domínio, com o System Center. Testes preliminares apontam a possibilidade da utilização do System Center para realizar instalação remota de software. 10 INTRODUÇÃO O Instituto de Computação possui 5 laboratórios de informática, sendo um total de 179 máquinas, que atendem diferentes cursos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Existe a demanda de instalação e atualização de softwares específicos a pedido dos professores, que serão utilizados em suas aulas, sendo atualmente um processo demorado devido ao fato de ser totalmente manual. O projeto desenvolvido durante o estágio supervisionado consiste do estudo de tecnologias que automatizam processos de instalação e atualização de softwares manuais, possibilitando a implementação remota dos mesmos através dos servidores do Instituto de Computação com o objetivo de monitorar, supervisionar e aplicar atualizações necessárias aos laboratórios do Instituto de Computação. A proposta do estágio partiu da necessidade de automatizar processos longos e repetitivos que ocorrem nos laboratórios de informática do Instituto de Computação, visto que uma atualização, modificação ou instalação nas máquinas dos laboratórios deve ser feitas uma por uma em todos os computadores. Os resultados obtidos por este estágio indicam que a utilização do System Center para suprir algumas das necessidades do Instituto da Computação é possível, fato que facilitara o trabalho futuro exigido nos laboratórios de agora em diante. O relatório foi organizado da seguinte forma: no Capítulo 1 é apresentada a revisão de literatura dos fundamentos teóricos que servem de base para o relatório; no Capítulo 2 são introduzidas as tecnologias utilizadas durante o estágio supervisionado para o desenvolvimento do projeto; no Capítulo 3 são apresentados os resultados atingidos durante o período do estágio; no Capítulo 4 são mencionadas as dificuldades encontradas durante o período do estágio e no Capítulo 5 as conclusões chegadas ao fim do estágio. 11 1. REVISÃO DE LITERATURA Este capítulo apresenta os fundamentos teóricos e práticos que serviram de base para o desenvolvimento deste relatório. Resumidamente, o trabalho envolve o desenvolvimento de um sistema remoto para o gerenciamento e supervisão dos laboratórios do Instituto de Computação, dessa forma, esse capítulo apresenta a fundamentação teórica básica para o desenvolvimento de um sistema neste contexto. 1.1 Active Directory O Active Directory(AD) é uma implementação de serviço de diretório no protocolo LightweightDirectory Access Protocol (LDAP) que armazena informações sobre objetos em rede de computadores e as disponibiliza a usuários e administradores desta rede. 2 Um servidor utilizando o Active Directory(AD) é chamado de Domain Controller(DC). Ele faz a autenticação e autorização de todos os usuários e computadores dentro de uma rede com domínio Windows, designando e aplicando políticas de segurança para todos os computadores e instalando ou atualizando softwares. Por exemplo, quando um usuário realiza o logginem um computador que faz parte de um domínio Windows, o Active Directorycheca a senha inserida e determina se é um usuário administrador ou um usuário comum. 3 Além de armazenar vários objetos em seu banco de dados, o AD disponibiliza vários serviços, como: autenticação dos usuários, replicação do seu banco de dados, pesquisa dos objetos disponíveis na rede, administração centralizada da segurança utilizando GroupPolicyObject(GPO), entre outros serviços (ROBBIE ALLEN & ALISTAIR LOWE-NORRIS, 2008). 1.1.1 Domain Controller Domain Controller é um servidor que responde a pedidos de autenticações de segurança (loggins, verificando permissões, etc) dentro de um domínio do Windows. Em alguns tipos de domínio, como o Windows NT4, são utilizados domínios de backup, que é um computador que tem a cópia do banco de dados das contas de usuários com permissão read-only, para prevenir falhas de tolerância. 12 1.2 LDAP LightweightDirectory Access Protocol(LDAP) é um protocolo de aplicação aberto para acessar e manter serviços de informação de diretório distribuído sobre uma rede de IP. O LDAP permite organizar os recursos de rede de forma hierárquica, como uma árvore de diretório, onde temos primeiramente o diretório raiz, em seguida a rede da empresa, o departamento e por fim o computador do funcionário e os recursos de rede compartilhados por ele, sendo que essa árvore de diretório pode ser criada conforme a necessidade. Uma utilização comum do LDAP é fornecer um "logon único" onde uma senha para um usuário é compartilhada entre muitos serviços. Para iniciar uma sessão LDAP, o cliente deve começar conectando-se a um servidor LDAP, que envia requisições para o servidor principal, o qual devolve respostas. Com algumas exceções o cliente não precisa esperar uma resposta antes de enviar a próxima requisição, e o servidor pode enviar a resposta em qualquer ordem. Como o LDAP é um protocolo criado para acessar os diretórios, ele é similar ao SQL por ser uma linguagem para interagir com bancos de dados sem a necessidade de especificar um banco de dados particular (J.SERMERSHEIM,2006). 1.3 .NET FRAMEWORK .NET framework é uma plataforma única para desenvolvimento e execução de sistemas e aplicações. Ela inclui uma ampla biblioteca de classes conhecida como "framework classlibrary" e garante a interoperabilidade de linguagens em várias linguagens de programação, ou seja, todo e qualquer código gerado para .NET pode ser executado em qualquer dispositivo que possua um framework de tal plataforma. Os programas desenvolvidos para a plataforma são compilados duas vezes, uma na distribuição (gerando um código que é conhecido como "bytecodes") e outra na execução. Esta plataforma permite a execução, construção e desenvolvimento de Web Services (Serviços Web) de forma integrada e unificada, sendo atualmente capaz de executar mais de 33 diferentes linguagens de programação, interagindo entre si como se fossem uma única linguagem (T.THAI, H.LAM, 2003). 13 1.3.1 Windows PowerShell Microsoft Windows PowerShell é um framework daMicrosoftcom automação de tarefas e gerenciador de configurações, consistindo em uma linha de comando Shell, utilizando a linguagem script, criado especificamente para administradores do sistema. O PowerShell permite administradores realizarem tarefas administrativas tanto em sistemas Windows locais e remotos, através de cmdlets, que são .NET classes especializadas que implementam uma operação em particular. (R.SIDDAWAY, 2012). 1.3.2 GroupPolicyObjects GroupPolicyObjects(GPO) é um recurso dos sistemas operacionais Windows NT que controla o ambiente de trabalho das contas de usuário e computadores. Ela fornece o gerenciamento e configuração centralizados de sistemas operacionais, aplicativos e configurações dos usuários em um ambiente Active Directory. Em outras palavras, a Diretiva de Grupo controla em parte o que os usuários podem ou não fazer em um sistema de computador. A GPO é capaz de mudar configurações, restringir ações ou até mesmo distribuir aplicações em seu ambiente de rede. As vantagens são muitas, e podem ser aplicadas em sites, domínios e organizationalunits(OUs). A hierarquia das GPOs podem ser aplicadas em 3 níveis diferentes: Sites: o mais alto nível, onde todas as configurações feitas no site serão aplicadas a todos os domínios que fazem parte dele. Domínios: é o segundo nível. Configurações feitas aqui afetarão todos os usuários e grupos dentro do domínio. OUs: o que se aplica nas OUs afetarão todos os usuários dentro dela (TECHNET.MICROSOFT, 2006). 1.4 Windows Server 2012 O Microsoft Windows Server 2012 é um sistema operacional destinado para servidores. É substituto do Windows Server 2008 R2. Sua característica visual é muito parecida com a do Windows8 com o mesmo estilo de menu. E uma das principais novidades é o suporte a computação em nuvem (cloudcomputing). 14 Diferentemente de sua versão anterior, o Windows Server 2012 utiliza a “geração 2” de máquinas virtuais que não possuem dispositivos emulados e fornecem suporte a uma inicialização segura. Várias novidades foram introduzidas no novo sistema, como por exemplo, poder configurar o tipo de armazenamento adequada pra cada carga de trabalho ou a introdução do datadeduplication que da suporte para discos rígidos virtuais, além da introdução do Windows Azure e permitir a criação de um cluster com discos virtuais compartilhados (TECHNET.MICROSOFT, 2012). 1.5 Banco de Dados Um Banco de Dados é uma coleção de dados inter-relacionados contendo informações, projetados para gerenciar grandes blocos de informações (KORTH, 1994). Seu gerenciamento envolve definir estruturas para armazenamento e definir mecanismos para a manipulação de informações, além de garantir segurança aos dados armazenados contra falhas de sistemas ou acesso não autorizado. Ele permite colocar os dados à disposição de usuários para consultas, inserções e modificações, dependendo das permissões definidas a ele pelo administrador do banco de dados. Para controlar os dados e os usuários de um banco de dados, é necessário se utilizar de um sistema para gerenciá-lo, chamado de Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD), ou em inglês DataBase Management System (DBMS). Estes sistemas são conjuntos de aplicações com o objetivo de gerenciar o banco de dados, entre suas tarefas estão: Permitir o acesso aos dados de maneira simples; Autorizar um acesso às informações a múltiplos usuários; Manipular dados presentes no banco de dados (Inserção, Supressão, Modificação). 15 1.5.1 Banco de dados relacional Figura 1 - Diagrama de um BD Relacional O modelo relacional de banco de dados é o modelo mais antigo e o mais utilizado atualmente no mundo (E.Gomes, 2016). Ele é um modelo representativo (ou de implementação) que se fundamenta em conceitos da matemática – teoria dos conjuntos e lógica de predicado. O modelo relacional se refere a três aspectos principais: a estrutura, a integridade e a manipulação de dados. Conforme demonstrado na Figura 1, no modelo relacional se conectam dados em diferentes tabelas, utilizando elementos comuns de dados ou um campo chave. Dados em bancos relacionais são muito mais flexíveis do que as estruturas hierárquicas ou de redes. As ligações entre tabelas são chamadas de relações, as tuplas designam uma linha ou registro, e as colunas são referidas como atributos ou campo (EDUARDO, 2016). 1.5.2 SQL Server O Microsoft SQL Server é um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) relacional desenvolvido pela Microsoft. Como ele é um servidor de banco de dados, sua principal função é armazenar e recuperar dados solicitados por outras aplicações de software, seja aqueles no mesmo computador ou aqueles em execução em outro computador através da rede (incluindo a Internet) (R.JACOBSON, S.MISNER, 2006). A Tabela 1 apresenta as principais funções do SQL Server. 16 Serviço do SQL Server Principal Função DatabaseEngine Armazenamento de dados OLTP Reporting Services Relatório de dados Analysis Services Análise de dados OLAP Integration Services Fluxos de dados Data Quality Services Limpeza de dados Master Data Services Repositório único de dados Replicação Replicação de dados entre servidores Tabela 1 - Serviços e Funções do SQL Server 1.5.2.1 SQL NativeClient SQL nativeclient é o lado nativo do cliente para acesso de dados da biblioteca para o SQL Server desde a versão 2005 em diante. Ele implementa nativamente suportes para os componentes do SQL Server. O SQL nativeclient é usado em segundo plano pelos plug-ins do SQL Server para outras tecnologias de acesso de dados, incluindo ActiveX Data Objects e ObjectLinkingandEmbeddingDatabase . O SQL nativeclient também pode ser usado diretamente, ultrapassando as genéricas camadas de acesso de dados (SHARMA, 2010). 1.5.2.2 SQL A linguagem SQL (Structured Query Language) é a linguagem padrão para SGBDs. Apesar de ser considerada uma linguagem de consulta, ela oferece também 17 recursos para definir a estrutura de dados, atualizar, incluir, excluir e alterar dados, especificar restrições de integridade entre outros recursos (SHARMA, 2010). 1.6 Virtualização Virtualização é uma técnica que foi criada para particionar um único sistema computacional em vários outros, denominado máquinas virtuais. Cada máquina virtual simula um computador diferente, podendo ter seu próprio sistema operacional, aplicativos e serviços de rede, além de ser possível conectar essas máquinas virtualmente entre si, através de switches, interfaces de rede, roteadores etc. A virtualização surge como resposta ao desperdício de ciclos de processamentos e investimentos, que são causados devido a carga de processamento de um servidor não explorar todo o potencial disponibilizado pelo processador, já que muitas infra-estruturas de redes adotam a filosofia "um servidor por serviço". Visto a importância da virtualização, recentemente fabricantes de processadores como a "AMD" e a "Intel", contam com mecanismos e soluções de hardware destinados a dar suporte a virtualização. A virtualização em si consiste em estender ou substituir um recurso ou interface, existente por um outro, imitando um comportamento, logo todas as máquinas virtuais existentes geram interfaces de redes virtuais idênticas a suas similares reais (A.BARATZ, 2004). 18 2. MATERIAIS, TÉCNICAS E MÉTODOS Para o desenvolvimento deste trabalho, foram utilizados um conjunto de ferramentas. Para testes iniciais do sistema, foi escolhido o Oracle VM VirtualBox. Para o banco de dados, utilizou-se o próprio banco criado pelo SQL Server 2012 R2. Para a conexão com o Windows Server 2012, atualização reinstalação de programas escolheu-se o System Center Configuration Manager. 2.1 Oracle VM VirtualBox O VirtualBox é um poderoso produto de virtualização x86 e AMD64/Intel64, tanto para empresas quanto para usuários domésticos. O VirtualBox é uma aplicação de virtualização cross-plataform, ou seja, ele consegue ser instalado em computadores que utilizam tanto Intel ou AMD, não importando se eles estejam utilizando sistema operacional Windows, Linux ou Solaris. Ele também estende a capacidade do computador existente para que ele consiga utilizar múltiplos sistemas operacionais (dentro de múltiplas máquinas virtuais) ao mesmo tempo. Com o VirtualBox é possível instalar e utilizar quantas máquinas virtuais forem necessárias, sendo o limite apenas espaço em disco e memória. É possível utilizá-lo em qualquer lugar desde pequenos sistemas incorporados ou desktops até mesmo ambientes de nuvem. O VirtualBox foi escolhido para os testes iniciais tanto pelo fato de ser uma ferramenta grátis quanto pelo fato de ser desenvolvido ativamente com lançamentos e atualizações frequentes e uma lista crescente de recursos. 19 2.2 SQL Server 2012 R2 O SQL Server 2012 R2 impressionou por sua simplicidade, o que facilita o trabalho de grandes empresas, pois diminui o tempo necessário para a criação de um banco de dados. A partir da versão 2008 o programa permite ao desenvolvedor usar uma linguagem de programação gerenciada como o C# ou VB.NET, para endereçar as consultas, ao invés de usar declarações SQL. Outra vantagem são as consultas transparentes e orientadas ao conjunto, escritas em .NET e a pesquisa de textos que se tornou completamente integrada. Algumas características do método de armazenar dados do SQL Server: 1. DATA/HORA: DATA: Somente um tipo de data HORA: Somente um tipo de hora DATETIMEOFFSET: Uma datetime com suporte aos fusos horários DATETIME2: Um tipo datetime com mais segundos e quantidade de anos que o DATETIME normal. 2. HIERARCHY ID: É um modelo de programação flexível, que ajuda a organizar a hierarquia dos dados. 3. Dados FILESTREAM: Permite o armazenamento de grandes dados binários diretamente no sistema NTFS de arquivos. 4. Compressão de backup: obackup exige menos entrada/saída de disco, o que diminui os custos para manter o backup online. 5. Computações de bloqueio: As Computações de Bloqueio permitem aos usuários aumentar a profundidade das hierarquias assim como a complexidade da computação. 2.3 System Center Configuration Manager O MicrosoftSystem Center Configuration Manager 2012 (SCCM 2012) é um produto Windows que permite administradores gerenciarem a instalação e a segurança de aparelhos e aplicações por toda a empresa. 20 O console integrado do SCCM permite o gerenciamento do Microsoft ApplicationVirtualization (App-V), Microsoft Enterprise Desktop Virtualization (Med-V) e aplicações do Windows Phone de uma única localização. O System Center Configuration Manager 2012 descobre servidores, desktops,tablets e celulares conectados a rede através de activedirectory e instala o software cliente em cada nó. Ele então gerencia aplicações de instalação e atualização em aparelhos, permitindo o patching automático com o Windows Server Update Services e cumprimento de política com o Network Access Protection. O System Center Configuration Manager também consegue criar sequências de tarefas e conjuntos de pacotes, que podem conter até scripts e imagens de sistemas operacionais, que podem ser usados de diversas formas, desde a atualização de um SO, até instalação de softwares. 2.4 Testes com Oracle VM VirtualBox No início do estágio foi decidido pelo uso do Oracle VM VirtualBox para treino, aprendizado e familiarização com o Windows Server 2012 R2 e o System Center Configuration Manager. A princípio foi necessário instalar o VirtualBox em um computador pessoal e utilizar as ISOs do Windows Server 2012 R2 e do Windows 7 para testar a funcionalidade e eficácia do System Center. No Windows Server foi necessário utilizar o gerenciador do servidor para configurar os requisitos necessários para o funcionamento do mesmo. Primeiramente mudar o nome padrão que veio com a instalação do Windows Server, foi de grande importância, já que esse nome é utilizado diversas vezes ao longo do processo, facilitando as configurações futuras. Após a mudança do nome, foi necessário adicionar funções e recursos no servidor para seu funcionamento, dessa forma utilizando a ferramenta do próprio Windows Server para instalar o Active Directory, Domain Name System Server (DNS) e o Dynamic Host ConfigurationProtocol Server (DHCP). Com os recursos instalados, foi feita a configuração do Active Directory, criando uma nova floresta e nomeando o domínio "ufmt.infra", armazenando os dados em uma única partição. Após o Active Directory ter sido configurado e o domínio criado, para fins de teste apenas, um endereço de IP aleatório e gateway 21 padrão foram selecionados e logo em seguida o DNS preferencial utilizado foi o próprio endereço de IP escolhido anteriormente, visto que ele é o servidor e o DNS Figura 2 - Gerenciador do servidor do Windows Server alternativo foi o mesmo que o gateway padrão. Na ferramenta "DHCP" do gerenciador do servidor, para concluir a configuração do DHCP, um novo escopo é criado e através do wizard do novo escopo, utilizando as informações já conhecidas, o servidor DHCP é configurado. Na Figura 2, é mostrado a tela inicial do gerenciador do servidor após todos os recursos serem instalados. No Windows 7 criou-se um usuário para testes e em seguida essa máquina virtual foi adicionada ao domínio "ufmt.infra". Para testar as funcionalidades do Windows Server, uma GroupPolicyObject (GPO) de teste contendo a regra para bloquear as funções do gerenciador de tarefas foi criada e aplicada na máquina virtual utilizando o Windows7, resultando em um teste bem-sucedido. Iniciou-se então a tentativa de instalação do System Center na máquina virtual com o Windows server 2012. Primeiramente vários pré-requisitos foram instalados, sendo um deles o SQL Server 2012, porém após todos os pré-requisitos terem sido corretamente instalados, durante a instalação do System Center Configuration Manager, alguns erros surgiram e mesmo após terem sido corrigidos, 22 no final da instalação do System Center, o mesmo apresentou vários erros em seu sistema. Grande parte dos problemas eram causados devido a falta de memória RAM, visto que o VirtualBox estava rodando o Windows Server 2012 paralelamente Figura 3 - Erros apresentados no System Center ConfigurationMananger ao Windows 7, o que ocupava quase toda a memória RAM disponível do computador. Percebeu-se então que aquele era o limite dos testes utilizando-se do VirtualBox e a única alternativa era partir para o ambiente de produção do Instituto da Computação. Na Figura 3 é mostrado os erros que ocorreram após a instalação do System Center. 2.5 Pré-requisitos do System Center No ambiente de produção do Instituto da Computação, um servidor nomeado "systemcenter" utilizando o Windows Server 2012 R2 já havia sido criado e fazia parte do domínio "ic.ufmt.local" do servidor principal do IC, que era o Domain Controller. Como o servidor já fazia parte de um domínio, não se precisava instalar o Active Directory, DHCP Server ou o DNS Server como foi feito no VirtualBox, porém todos os pré-requisitos ainda precisavam ser instalados. 23 Inicialmente o log on ao Domain Controller teve que ser realizado, visto que o System Management Controller deveria ser criado dentro do mesmo, abrindo o adsiedit.msc e conectando ao Default NamingContext, usando as opções padrões como mostra a Figura 4 abaixo. Figura 4 - Conexão com o Default NamingContext Dentro do Default NamingContext, em System, um container obrigatoriamente nomeado System Management foi criado. Em seguida dentro da ferramenta "usuários e computadores do Active Directory", o recém-criadoSystem Management já podia ser encontrado. No System Management foi delegado controle total do mesmo para o servidor "systemcenter", como é mostrado na Figura 5. 24 Figura 5 - Wizard de delegação de controle Utilizando uma conta possuindo permissão de Schemaadmin, o próximo passo foi estender o schema do ActiveDirectory executando o extadsch.exe que se encontrava dentro da ISO do System Center Configuration Manager, para poder usar todos os recursos e funcionalidades do Gerenciador de Configurações com mínima sobrecarga administrativa. Na Figura 6 é mostrado o log do Schema. Figura 6 - ExtADSch.log O próximo passo foi instalar o Windows Assessmentand Deployment Kit (ADK) para o Windows8, já que a versão para o Windows 10 não é compatível com o System Center 2012. Dentro do wizard do Deployment Kit foi necessário marcar o Deployment Tools, Windows PreinstallationEnvironment e o UserStateMigration Tool para instalação como mostra na figura 7 abaixo. 25 Figura 7 - Wizard do ADK No servidor "systemcenter" em funções e recursos foi necessária a instalação de: Funções do servidor: Internet Information Services (IIS); Windows Server Update Services (WSUS); Wireless Distribution System (WDS). Recursos: Background Intelligent Transfer Service (BITS); Remote Differencial Compression. Funções de serviço do IIS: Common HTTP FeaturesStatic Content; Default Document; Directory Browsing; HTTP Errors; HTTP Redirection; Application Development ASP.NET 4.5; .NET Extensibility; ASP 4.5; ISAPI Extensions; ISAPI Filters; 26 Health and Diagnostics; HTTP logging; Logging tools; Request Monitor; Tracing; Security; Basic Authentication; Windows Authentication; URL Authorization; Request Filtering; IP and Domain Restrictions; Performance; Static Content Compression; Dynamic Content Compression; All Management Tools; IIS Management Console; IIS Management Scripts and Tools; Management Service; IIS 6 Management Compatibilty; IIS 6 Metabase Compatibility; IIS 6 WMI Compatibility; IIS 6 Scripting Tools; IIS 6Management Console. As funções e recursos sublinhados acima representam os recursos gerais e logo abaixo deles, cada funcionalidade que possuem. As funções do servidor escolhidas permitem os administradores de rede especificarem as atualizações da Microsof que devem ser instaladas e criar grupos separados de computadores para diferentes conjuntos de atualizações. Os recursos escolhidos controlam o fluxo das transferências para preservar a capacidade de resposta de outros aplicativos de rede. A função do serviço IIS instaladas permitem uma melhor experiência de usuários para visitantes no site Web, por deixar o controle do conteúdo em suas mãos, que é 27 retornado quando uma página da Web é requisitada, além de permitir a entrega de mensagens de erros customizadas sempre que um problema ocorrer com o site Web ou uma aplicação deste site. Outro pré-requisito necessário para a instalação do System Center Configuration Manager foi o SQL Server 2012 SP1, porém antes de instalá-lo, foi necessário instalar o .NET Framework 3.5, que era um pré-requisito do SQL Server, montando a ISO do Windows Server 2012 R2 e utilizando a linha de comando Install-WindowsFeature Net-Framework-Core -Source D:\Sources\sxsno powershell, como na Figura 8. Figura 8 - Instalação de recursos via powershell Com o framework instalado, o próximo passo foi instalar o SQL Server 2012 SP1, para o funcionamento do System Center. Na seleção de recursos do wizard de instalação do SQL Server, foram selecionados o DatabaseEngine Services, Reporting Services - Native e o Management Tools - complete. Na seleção de instâncias a selecionada foi a padrão do SQL Server, o serviço de contas escolhido foi o sistema de contas local, a colação selecionada foi a SQL_Latin1_General_CP1_CI_AS, caso contrário ocorreria um erro na instalação do System Center, impossibilitando a instalação e por fim foi escolhida uma conta com permissão de administrador para ser o administrador do sistema do SQL Server. 2.6 Instalando System Center Configuration Manager Com todos os requisitos instalados, enfim foi feita a instalação do System Center Configuration Manager. Primeiramente foi criado um arquivo em branco renomeado NO_SMS_ON_DRIVE.SMS e colado no drive de disco C:, para evitar que o Configuration Manager tentasse usar esse drive como ponto de distribuição, como mostra a Figura 9 abaixo. 28 Figura 9 - Estado final do arquivo em branco Iniciou-se então o Setup Wizard do Configuration Manager, com a primeira opção selecionada sendo instalar o Cofiguration Manager como um StandAlonePrimary Site. Após os termos de licença serem aceitos, uma instalação de arquivos de pré-requisitos foi exigida, que foi feita através do próprio wizard do Configuration Manager. Com os arquivos baixados, o próximo passo do wizard era criar um código do site, que deveria se limitar a 3 caracteres e especificar um nome que identificaria o site criado pelo Configuration Manager. A última parte do wizard foi instalar o Distribution Point e o Management Point, finalizando o processo. Depois de concluída a instalação, foi feita uma verificação para certificar-se de que o site do Configuration Manager havia sido publicado no Active Directory, fato que era crucial para que os clientes do Configuration Manager conseguissem encontrar seus Management Points. Essa verificação é representada pela Figura 10. 29 Figura 10 - Verificação do site Para concluir um dos objetivos do estágio, que era a atualização de todas as máquinas que utilizavam o sistema operacional Windows8 ou inferiores para o Windows 10, abriu-se o console do Configuration Manager para criar uma sequência de tarefas. Inicialmente o arquivo Windows10Upgrade1506.zip disponibilizado gratuitamente pela Microsoft que continha os scripts relacionados foi baixado e extraído para um compartilhamento de rede. A ISO do Windows 10 foi copiada para a pasta extraída "Windows vNext Upgrade Media" e no nó "sequência de tarefas" do console do Configuration Manager, o arquivo "Windows vNextUpgradeExport.zip" extraído anteriormente foi importado. Dois pacotes foram criados com a importação desse arquivo e foram distribuídos para o ponto de distribuição do Configuration Manager. Para testar a implantação foi necessária a criação de uma coleção de dispositivos, mas primeiramente foi imprescindível a instalação do cliente em uma máquina que deveria ser atualizada. Logo de início percebeu-se que mesmo conectado ao banco de dados do SQL Server e ao servidor "systemcenter", o Configuration Manager não detectava outros computadores além do "systemcenter". Para resolver o problema, uma conta com direitos de administrador teve que ser adicionada na área de descoberta de dispositivos e dentro da raiz do servidor com 30 Domain Controller, todas as unidades organizacionais presentes tiveram que ser selecionadas. Com isso feito, todos os computadores que se encontravam dentro do domínio "ic.ufmt.local" foram descobertos pelo Configuration Manager. Com todos os computadores ligados ao System Center, só faltava testar a implantação, então uma máquina aleatória de um dos laboratórios do Instituto da Computação foi escolhida para o teste. Dentro do console do Configuration Manager as configurações do cliente foram especificadas, como mostra a Figura 11 e a máquina em questão foi selecionada e a opção "clientpushinstallation" foi ativada e configurada para essa máquina, mostrado na Figura 12. Figura 11 - Configurações do cliente Figura 12 - Ativação do clientpushinstallation 31 Por algum motivo desconhecido, mesmo após o "clientpushinstallation" o cliente não foi instalado na máquina, sendo verificado nos processos do gerenciador de tarefas que o processo do cliente estava em execução no computador. Teve-se então que instalar o cliente manualmente na máquina que seria atualizada, que mesmo depois de alguns erros, foi concluída com êxito. No espaço de trabalho "Ativo e Conformidade" do Configuration Manager, a opção criar coleção de dispositivos foi selecionada. Nas configurações da coleção de dispositivos, o cliente da máquina de testes foi escolhido e a máquina adicionada à coleção. No espaço de trabalho "Biblioteca de Software" a sequência de tarefas criada anteriormente foi selecionada e a opção implantar escolhida. Dentro do wizard de implantação a opção instalar foi selecionada, a finalidade foi marcada disponível e as configurações foram avançadas, fechando o wizard com a implantação criada. Na máquina que seria atualizada, foi iniciado o aplicativo "Centro de Software" que é instalado automaticamente juntamente ao cliente e após ser realizada sua conexão com o System Center, a sequência de tarefas criada é mostrada no aplicativo. Porém ao tentar instalar a sequência de tarefas, o erro mostrado na Figura 13 ocorre, impedindo assim a conclusão a atualização do sistema operacional. Figura 13 - Erro no System Center Ao examinar detalhadamente o console do Configuration Manager percebese que o erro ocorrido no Software Center, não era de origem da sequência de tarefas 32 criada anteriormente, mas sim um erro do ponto de distribuição do próprio Configuration Manager, que impedia qualquer tipo de dados de serem armazenados pelo System Center e serem redistribuídos a computadores clientes. Para resolver tal problema, o ambiente de pré-execução do ponto de distribuição precisou ser ativado e uma boundary contendo regras para o funcionamento do ponto de distribuição foi criada e aplicada à coleção contendo o computador cliente. Após essas mudanças, notou-se que os arquivos da sequência de tarefas foram distribuídos para o ponto de distribuição, então novamente por meio do Software Center tentou-se instalar a sequência criada, resultando no funcionamento da mesma, mas não sua conclusão, visto que o computador cliente já estava utilizando o sistema operacional Windows 10 e a sequência criada atualizava um sistema operacional para o Windows 10, porém com o computador cliente conectado ao System Center e conseguindo iniciar a sequência de tarefas criada, provou-se então a funcionalidade do System Center, como mostra a Figura 14. Figura 14 - Atualização do sistema operacional através da sequência de tarefas. Com a atualização do sistema operacional não sendo concluída, necessitouse então de outro tipo de teste para realmente afirmar a funcionalidade do System Center. Por meio do console do Configuration Manager tentou-se instalar o Firefox, criando um aplicativo na aba "biblioteca de softwares". Primeiramente o arquivo de instalação do Mozilla Firefox foi baixado do próprio site da empresa e um script chamado "install.vbs" como mostra a Figura 15 teve que ser criado. Tanto o arquivo 33 de instalação do Firefox quanto o script criado foram armazenados em uma mesma pasta de compartilhamento de rede. Figura 15- Script para a instalação do Firefox Na aba de aplicações do console do Configuration Manager, criar uma nova aplicação foi selecionada e no wizard que foi aberto, script installer foi escolhido. Depois o caminho para a pasta com o Firefox e o script foi preenchido no próximo passo do wizard. Logo depois uma cláusula com as configurações iguais as apresentadas pela Figura 16 foi criada. 34 Figura 16 - Criação de cláusula. Completando o wizard de criação de aplicativo, o aplicativo criado chamado de "firefox2" foi distribuído para o ponto de distribuição do System Center e a aplicação foi implantada na coleção em que a máquina cliente se encontrava. Após ter sido implantada, a aplicação foi encontrada pelo Software Center e sua instalação iniciada como é mostrado na Figura 17 e 18. 35 Figura 17 - Instalação do aplicativo "firefox2". Figura 18 - Aplicativo instalado. A Figura 19 mostra o estado inicial da máquina cliente, que não possuía o Firefoxinstalado e a Figura 20 mostra o estado do computador após o uso do System Center para realizar a instalação do aplicativo, comprovando assim sua eficácia. 36 Figura 19 - Estado da máquina antes da instalação. Figura 20 - Firefox instalado no computador. 37 3. RESULTADOS Neste capítulo são apresentados os resultados atingidos durante o estágio supervisionado. Com os testes iniciais realizados com o VirtualBox, percebeu-se que tal método era ineficaz, visto que devido a pouca memória disponível para teste, tornava-se impossível administrar mais que duas máquinas virtuais simultaneamente, o que levou os testes utilizando esta ferramenta a terminar prematuramente. Nos servidores do Instituto de Computação os pré-requisitos para a instalação do System Center Configuration Manager foram instalados com êxito, permitindo assim a instalação bem sucedida do Configuration Manager no servidor "systemcenter". Com o console do Configuration Manager instalado no servidor, o próximo passo foi instalar o cliente em máquinas testes que usariam o System Center, sendo o laboratório 3 do Instituto de Computação o escolhido. Foi-se então realizado a instalação manual do cliente em todas as máquinas do laboratório 3, sendo concluída com êxito e deixando o Software Center instalado em todas as máquinas após a conclusão. Com o aplicativo de instalação do Firefox já criado e funcional, o comando de implantação foi ativado via System Center, que possibilitou todos os computadores do laboratório 3 com o cliente instalado descobrirem a aplicação de instalação e iniciarem o processo remotamente, resultando na instalação bem sucedida do Firefox em todas as máquinas teste do laboratório. 38 4. DIFICULDADES ENCONTRADAS Houve dificuldades no começo do estágio devido ao de todas a tecnologias, conceitos e técnicas usados no estágio serem em um primeiro momento desconhecidas para mim e uma leitura extensa e estudo dos conceitos foi necessária. Houve dificuldades também com os vários erros desconhecidos que se originaram em quase todas as partes do projeto, que tinham que ser pesquisados e tratados o mais rápido possível. E por fim a principal dificuldade encontrada foi a falta de conhecimentos e tentar fazer o sistema final funcionar sem apresentar erros no curto período do estágio, o que se provou uma tarefa difícil no fim. 39 5. CONCLUSÕES Durante o desenvolvimento das atividades do estágio, foi notado a importância do impacto que o Active Directory nos servidores Windows causa em uma empresa. Desde sua criação, a agilização dos processos e as tarefas que antes deveriam ser repetidas em todos os computadores de uma empresa agora podem ser gerenciadas por um único administrador geral que tem a capacidade de criar restrições e regras através de políticas de grupo, a todos os usuários presentes no domínio, além de possibilitar que todas as ações necessárias a computadores específicos sejam feitas simultaneamente. O estudo e desenvolvimento usando o System Center, demonstrou ser uma experiência valiosa, proporcionando o conhecimento de uma tecnologia muito prática que automatiza ainda mais os processos realizados pelo Active Directory, poupando tempo e melhorando a eficiência do trabalho. O objetivo do projeto foi concluído, visto que a correção do erro que impediu a atualização da máquina cliente foi resolvida e com o System Center Configuration Manager funcional, várias formas diferentes de utilização podem ser realizadas no futuro. 40 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Active Directory: Designing, Deploying, and Running Active Directory disponívelem: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=exlzxcsE7QC&oi=fnd&pg=PR5&dq=ROBBIE+ALLEN+%26+ALISTAIR+LOWENORRIS,+2008&ots=JF16EZJjO1&sig=_aH-TP_y0TKihhXCw3ok_FJJV4#v=onepage&q&f=false > LightweightDirectory Access Protocol (LDAP): The Protocol disponível em: <https://tools.ietf.org/pdf/rfc4511.pdf> .NET Framework Essentials disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=ptBR&lr=&id=74mxhEyaKs8C&oi=fnd&pg=PR11&dq=T.THAI,+H.LAM,+2003&ot s=l3YzukAXB&sig=4KWKJfM4DZWWPnbKuDPDZpJQzY0#v=onepage&q&f=false> SIDDAWAY, Richard. 2012. PowerShell and WMI 1ª edição. Shelter Island - NY: Manning Publications Introdução a Group Policy (GPO) disponívelem: < https://technet.microsoft.com/ptbr/library/cc668545.aspx> Windows Server 2012 R2 e Windows Server 2012disponível <https://technet.microsoft.com/pt-br/library/hh801901(v=ws.11).aspx> em: Server Roles and Technologies in Windows Server 2012 R2 and Windows Server 2012 disponívelem: <https://technet.microsoft.com/enus/library/hh831669(v=ws.11).aspx> JACOBSON, Reed; MISNER, Stacia. 2006. Microsoft SQL Server(TM) 2005 Analysis Services Step by Step 1ª edição. WA, USA: Microsoft Press Redmond SHARMA, Neeraj; PERNIU, Liviu; CHONG, Raul F; IYER, Abhishek; NANDAN, Chaitali; MITEA, Adi-Cristina; NONVINKERE, Mallarswami; DANUBIANU, Mirela. 2010. Database Fundamentals. 1ª Edição. Markham – ON: IBM Corporation. GOMES, Eduardo H. Banco de Dados. Disponível por Eduardo Henrique Gomes em: <http://ehgomes.com.br/disciplinas/bdd/sgbd.php> Baratz, A.; ìVirtual Machines shootout: VMWare vs. Virtual PCî, Ars Technica. August, 2004 <http://arstechnica.com/reviews/apps/vm.ars> 41 APÊNDICE Apêndice 1 – Manual de Procedimentos – Instalar Pré-requisitos 1. System Management Container Faça o logon no Domain Controller; Abra o adsiedit.msc; Conecte-se ao Default Naming Context usando Default Options; Clique com o botão direito em System e escolha New Object; 42 Escolha Container; Nomeie o container System Management (nenhum outro nom epode ser usado); Escolha Finish e veja o novo container criado; 43 Abra o Active Directory Users and Computers (dsa.msc). escolha View/Advanced Features; Clique com o botão direito em new container e escolha Delegate Control; Complete o wizard garantindo a conta do computador servidor do Configuration Manager, total controle sobre o System Management container; 44 45 2. Schema Update Esse passo pode ser feito em um PC local (não precise ser no Domain Controller). Entretando você deve estar logado em uma conta com permissão de administrador de Schema; Na ISO do Configuration Manager 2012 execute o extadsch.exe; 46 Veja o ExtADSch.log; 3. Windows Assessment and Deployment Kit (ADK) para Windows Faça o download deste link: http://www.microsoft.com/enie/download/details.aspx?id=30652; Instale e escolha as seguintes opções: Deployment Tools Windows PE USMT; 47 48 49 4. Adicione em Server Roles and Features – os itens a seguir são pré-requisitos; IIS WSUS (pode adicionar mas não configurar – só é necessário se você estiver configurando Software Updates, recomendado fazer isso após a instalação do SQL) WDS (pode adicionar mas não configurar – não é recomendado adicionar manualmente o WDS, pois é automaticamente adicionado quando você deixa enable o PXE) Features: BITS Remote Differential Compression .Net Framework 3.5 (também um pré-requisito do SQL) IIS Role Services: Common HTTP Features Static Content Default Document Directory Browsing HTTP Errors HTTP Redirection Application Development ASP.NET 4.5 .NET Extensibility ASP 4.5 ISAPI Extensions ISAPI Filters 50 Health and Diagnostics HTTP logging Logging tools Request Monitor Tracing Security Basic Authentication Windows Authentication URL Authorization Request Filtering IP and Domain Restrictions Performance Static Content Compression Dynamic Content Compression All Management Tools IIS Management Console IIS Management Scripts and Tools Management Service IIS 6 Management Compatibilty IIS 6 Metabase Compatibility IIS 6 WMI Compatibility IIS 6 Scripting Tools IIS 6 Management Console Apêndice 2 – Manual de Procedimentos – Instalar SQL Server 1. Pré-requisitos do SQL Você deve adicionar o .Net Framework 3.5, entretanto no Windows Server 2012, isso não pode ser feito através do GUI; Primeiro monte a ISO do Windows Sever 2012 e abra o PowerShell como Administrador; Rode o seguinte comando PowerShell: Install-WindowsFeature Net-Framework-Core -Source D:\Sources\sxs (D: é o meu DVD drive); 51 Reinicie o servidor; 2. Instalando o SQL Server Inicie o setup; Escolha installation; 52 Escolha New SQL Server stand-alone installation; Escolha SQL Server Feature installation para que você possa escolher quais componentes instalar; 53 Para poder instalar o System Center, os seguintes components são necessários: Database Engine Services Reporting Services - Native Management Tools – Complete; 54 Escolha Default Instance e SQL Program Files location; Escolha SQL collation como a seguir. Isso é muito importante. Se você não escolher essa colação, você não será capaz de instalar o Configuration Manager 2012; 55 Escolha o banco de dados e a localização dos arquivos de log; Escolha instalar e configurar o Reporting Services; 56 Instale; 57 Apêndice 3 – Manual de Procedimentos – Instalar SCCM 58 1. NO_SMS_ON_DRIVE Crie um arquivo em branco no driver C: e renomeie-o NO_SMS_ON_DRIVE.SMS; Se esse arquivo estiver presente, o Configuration Manager não vai tentar usar esse drive como um Distribution Point; 2. Instale o Configuration Manager 59 Instale como Stand-Alone Primary Site (not typical); Aceite os termos de uso; 60 Aceite os termos de licença como requirido; Se você tiver acesso à internet escolha a opção de download dos arquivos de pré-requisitos do Configuration Manager para uma localização no servidor – eles são necessários para a instalação. Se o servidor não tiver acesso a internet, você pode usar arquivos previamente baixados; 61 Escolha a língua desejada; Configure um código para o site de até 3 caracteres (P01 é o padrão); Especifique um nome que ira identificar o site; 62 Aceite o aviso; Entre com o FQDN do SQL Server – no nosso caso, o mesmo servidor; Entre com o nome da instância- no nosso caso vazio por padrão; 63 Entre com o FQDN do servidor do Configuration Manager; Configure para usar http ao invés de https; 64 Instale o Management Point e o Distribution Point; Entre com o FQDN do servidor do Configuration Manager; 65 Reveja o sumário; Assista o progresso; 66 67