FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA Projeto de Pesquisa da Primeira Série Série: Primeira Curso: Eletrotécnica Turma: 2123 Sala: 234 Início: 02 de junho de 2009 Entrega: 17 de julho de 2009 Aluno: Émerton Haas da Rosa (09) Aluno: Gislaine Schaeffer (13) Aluno: Rafael Alan de Oliveira (26) Aluno: Willian Patrick de Ávila da Silva(30) Orientador: Prof. Marco Aurélio Weschenfelder Co-orientador: Prof. Paulo Alquati PREVENÇÃO DE ACIDENTES ELÉTRICOS EM LABORATÓRIOS QUÍMICOS 1 1.1 DELINEAMENTO Introdução Tomando como base os conhecimentos que já possuíamos sobre eletricidade (especificamente circuitos), decidimos reconstruir um painel de circuitos elétricos, com a finalidade de analisar e compreender o comportamento da energia elétrica em tais circunstâncias e os riscos de um curto-circuito. Para tal, adaptaremos uma experiência observada em visita ao MCT-PUC, onde era representado um circuito misto envolvendo 4 lâmpadas. Contaremos também com o auxílio de nosso professor de Eletricidade para a elaboração do protótipo, e de nosso professor de Química para orientação da pesquisa. 1.2 Tema Temos como intuito, a construção de um circuito elétrico que será utilizado como instrumento de compreensão dos princípios básicos de eletricidade e a verificação dos riscos e conseqüências de um curto-circuito em locais de alto risco, em laboratórios químicos, por exemplo. Para o desenvolvimento de nosso projeto, pesquisaremos diferentes tipos de circuito (serie, paralelo e misto), o princípio de funcionamento das baterias e noções sobre curtocircuito. 1.3 Justificativa(s) Dentre os riscos existentes em laboratórios químicos, destacamos a importância da preocupação com possíveis incêndios gerados por curtos-circuitos. É comum, a existência de gases altamente inflamáveis na atmosfera destes ambientes, sendo assim, ao simples passo de uma fagulha gerada por um curto-circuito (podendo ser de responsabilidade do próprio eletrotécnico, caso não tenha feito as instalações elétricas com o devido cuidado) possibilitará o surgimento de um foco de incêndio, agravando-se em uma explosão. Esta poderá expor a risco, a vida de todos os profissionais presentes no local. Portanto, seria de extrema importância, o desenvolvimento de métodos preventivos envolvendo os circuitos elétricos, além do seguimento das normas de segurança destes laboratórios. 1.4 Problema Quais são os riscos e as conseqüências de ocorrer um curto-circuito em laboratórios químicos, e como prevenir seu acontecimento a partir do circuito elétrico? 1.5 Hipótese(s) Existem riscos de ocorrer um curto-circuito nas instalações elétricas de um laboratório, dependendo das grandezas envolvidas (tensão, corrente, etc.). Caso ocorra um curto-circuito em um laboratório químico, a interação entre o gás presente na atmosfera e alguma possível fagulha, proveniente de algum fio desencapado, ou do próprio interruptor da lâmpada, pode ocasionar uma explosão, expondo assim, risco de vida. Alguns exemplos de formas de prevenção quanto a isso, seria a utilização de solda em todas as emendas, evitando assim a fuga de energia elétrica; o uso de interruptores que utilizam sensores ao invés de chaves; e o seguimento de todas as normas de segurança do laboratório. 1.6 Objetivo(s) Construir um circuito misto para demonstrarmos os riscos que pode haver em laboratórios químicos, pois em alguns laboratórios existem inúmeros gases que podem ser inflamáveis, e que com a menor fagulha geraria uma grande catástrofe. 1.6.1 Critérios do projeto • Um circuito misto é a junção de um circuito paralelo com um em série, gerando inúmeras formas de posicioná-lo. • A fagulha é gerada quando aproximamos o material condutor ao local onde se encontra energia elétrica. Quando a distância é pequena, a energia excede a resistência do ar e locomove-se para o condutor. • Num circuito elétrico as lâmpadas são como resistências, pois a eletricidade é dissipada ao passar pela lâmpada. 2 2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA Contextualização histórica Ainda neste ano, houve o registro de um acidente em uma fábrica de biodiesel em Cuiabá, causado por um curto circuito, que resultou em uma explosão. No dia 19 de agosto de 2009, por volta das 16h, ocorreu uma explosão na usina de biodiesel da Cooperbio em Cuiabá após o desligamento de uma das máquinas de um tanque de um catalisador. O reservatório continha aproximadamente 4 mil litros de uma mistura de componentes químicos como metanol, hidróxido de amônia e de sódio. Suspeitas indicam que um curto circuito na parte elétrica da instalação tenha provocado a explosão. O funcionário que foi responsável por desligar a máquina sofreu queimaduras em 70% do seu corpo e seu companheiro, que também estava presente no momento da explosão, sofreu intoxicação. Ambos foram encaminhados ao Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. 2.2 Contextualização teórica Para a montagem de nosso projeto e, conseqüentemente, de nosso protótipo, é necessário que tenhamos alguma noção sobre curto circuito, assim como, as maneiras mais eficazes e mais utilizadas para prevenir seu acontecimento. Iremos explicar como deve ser usado um circuito em laboratórios, as preocupações que devem ser tomadas e os conhecimentos que são necessários para certos cuidados. O curto circuito é uma situação anormal no circuito, que ocorre quando são postos em contato os fios positivo e negativo, gerando calor e podendo, assim, gerar uma explosão (tendo um risco maior ainda no caso de laboratórios químicos, onde existem gases inflamáveis na atmosfera). Uma forma simples de proteger a instalação elétrica, é a colocação de um fino fio (fusível), que se funde, assim que a corrente se elevar repentinamente, e interrompe a passagem da corrente para o resto do circuito. Deve-se também ter conhecimento dos gases que são inflamáveis como o hidrogênio e o propano. E o conhecimento de matérias voláteis como o álcool e a acetona. Observamos também que os laboratórios que mais correm o risco de explosão causada por curtos, são os de analise instrumental, a Petrobrás e laboratórios de cromatografia. 2.3 Contextualização tecnológica Os circuitos presentes em laboratórios químicos devem estar muito bem soldados assim como os interruptores devem estar distantes de recipientes que contenham gases inflamáveis, como por exemplo, o hidrogênio e o propano. Os circuitos devem estar padronizados de acordo com as normas de segurança de um laboratório, evitando prováveis acidentes que podem ocorrer caso não seja feito. 3 3.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Gases de arraste (cromatografia) Hidrogênio, hélio, Argônio, nitrogênio e dióxido de carbono são os gases de arraste mais comuns usados na cromatografia. Para analisadores de processo, às vezes são especificados aparelhos a prova de explosão. Quando o hidrogênio for empregado como fase móvel, o gás de saída deverá ser mandado, caso o ambiente seja pequeno, para uma capela ou para um circuito difusor externo. 3.2 Rigidez dielétrica Se aplicarmos um campo elétrico entre as extremidades de um material isolante, uma força agira sobre os átomos desse corpo, tentando apossar-se de alguns elétrons, mas esses elétrons são fortemente ligados ao núcleo, tornando-se necessário aplicar um campo elétrico mais intenso para que seja possível arrancá-los. Se a intensidade do campo elétrico não for grande o suficiente, a força elétrica provocará somente a polarização do material. Aumentando a intensidade do campo elétrico sobre o isolante, a intensidade da força que atua sobre os elétrons também aumentara. Este fato pode acontecer com qualquer material isolante, depende apenas da intensidade do campo elétrico que é aplicado sobre ele. O risco da rigidez dielétrica em laboratórios químicos esta nos interruptores, pois ao ligar o interruptor aproximamos um metal de outro, para que a corrente elétrica possa passar, fazendo com que aumente a intensidade do campo elétrico sobre o ar (sendo que o ar também é um isolante), superando a rigidez dielétrica do ar, os elétrons de um dos metais são puxados para o outro, gerando uma pequena fagulha entre os interruptores. 3.3 Interruptor eletrônico controlado por som Uma forma de evitar as faíscas causadas nos interruptores comuns utilizados no acendimento de lâmpadas de um laboratório, é a substituição por interruptores eletrônicos. Seu princípio de funcionamento se baseia na utilização de um simples microfone, capaz de gerar um sinal muito intenso devido à alta freqüência e a intensidade do som propagado por palmas ou estalar de dedos. Esse sinal deve ser interpretado por um circuito como um pulso de entrada que está ligado a um flip-flop, o qual será responsável por ligar ou desligar o interruptor do sistema. Assim, é desnecessária a aproximação de hastes de metal, que são comumente utilizadas nos interruptores. 3.4 Curto circuito O curto circuito é uma situação anormal do circuito elétrico, que ocorre quando não há resistência á corrente elétrica, dentro do mesmo, ou seja, os fios do gerador são postos em contato um com o outro. Seus efeitos incluem um aumento grande e repentino da corrente no circuito, aquecimento das ligações e, possivelmente, queima da isolação e danificação da fonte de tensão. Uma maneira simples de proteger uma instalação elétrica dum curto-circuito é colocar no caminho da corrente um fio fino (fusível) calibrado para fundir para um determinado valor da corrente. 4 METODOLOGIA Pretendemos, no experimento, mostrar na pratica os verdadeiros riscos de um circuito elétrico em laboratórios de química. O circuito será composto por um disjuntor, condutores, um interruptor, uma tomada, uma lâmpada e uma placa de acrílico. O experimento posto em pratica ira demonstrar o que pode acontecer no caso de um curto circuito em um local onde estiver presente na atmosfera algum tipo de gás inflamável. 4.1 Proposta de solução Nosso grupo pretende, com a faísca do interruptor, provocar um curto circuito no experimento que irá inflamar o gás proveniente do isqueiro e, respectivamente, explicar e alertar sobre os riscos que podem ocorrer, diante desse circuito, em um laboratório químico, por exemplo. O circuito será envolvido por placas de acrílico fazendo com que o gás injetado no recipiente não se dissipe pelo ar. Usaremos, no projeto, materiais como: condutor, disjuntor, interruptor, lâmpadas, tomada, plugs, placa de acrílico, isqueiro, entre outros que não terão papel importante no projeto. O desenho a seguir, é um exemplo de como será feito nosso projeto. No mesmo, está representado um circuito formado pelo gerador G e pelos condutores AB, BC, CD, DE, EF. 4.2 Orçamento Orçamentos Material Condutor Disjuntor Interruptor Lâmpada Tomada Plug Placa de acrílico Cotacota materiais elétricos R$ 1,50 R$ 5,50 R$ 5,00 R$ 2,50 R$ 5,00 R$ 2,90 R$ 25,00 Madeireira central R$ 2,00 R$ 4,35 R$ 6,00 R$ 2,60 R$ 4,90 R$ 2,90 R$ 30,00 R&M R$ 1,60 R$ 5,00 R$ 5,60 R$ 2,20 R$ 3,70 R$ 3,00 R$ 27,90 Melhor Preço R$ 1,50 R$ 4,35 R$ 5,00 R$ 2,20 R$ 3,70 R$ 2,90 R$ 25,00 Total Custo R$ 1,50 R$ 5,50 R$ 5,00 R$ 2,20 R$ 3,70 R$ 2,90 R$ 30,00* R$ 50,80 *Escolhemos a placa de acrílico com maior preço devido a qualidade do produto. 4.3 Cronograma Abr. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 16 a 31 01 a 15 16 a 30 01 a 15 16 a 31 01 a 15 16 a 30 01 a 15 16 a 31 01 a 15 16 a 31 01 a 15 16 a 30 01 a 15 16 a 31 01 a 15 16 a 30 01 a 15 Atividade Apresentação do experimento Compra de materiais Escolha do coorientador Escolha do orientador Escolha do tema que iríamos pesquisar Inicio da formulação do experimento Pesquisa sobre curto-circuito Pesquisa sobre gases inflamáveis encontrados em Mai. X X X X X X X X laboratórios Pesquisa sobre rigidez dielétrica Termino da contextualização teórica Termino da formulação do experimento Termino da contextualização metodológica Verificação da coerência do experimento com orientador e coorientador Visita ao MCT-PUC X X X X X X BIBLIOGRAFIA BONJORNO, Clinton. Temas de física 3. 1.ed.São Paulo: FTD, 1997. p.367 MARTIGNONI, Alfonso. Eletrotécnica. 2.ed. Porto Alegre: Globo, 1976. p. 490 PRESSOTO, Waldir. Projeto didático de pesquisa. São Paulo: DCL, 2005. pp. 634-635 Biodieselbr.com. http://www.biodieselbr.com/noticias/em-foco/curto-circuito-causadoexplosao-fabrica-biodiesel-cuiaba-20-08-09.htm, Acessado em: 19 de agosto de 2009.