Ano 40 - Número 412 - Fevereiro de 2015 www.diocesedeumuarama.org.br A Revista Formativa e Informativa da Diocese Divino Espírito Santo - Umuarama - PR “Eu não quero uma Igreja tranquila. Quero uma Igreja missionária” Papa Francisco Palavra do Pastor Oração pelas Vocações Religiosas Maria Santíssima, fostes prometida no Paraíso aos nossos primeiros pais, como a Mãe do Salvador do Mundo. Chegando à plenitude dos tempos, na virgindade, concebestes o Filho de Deus; na pobreza o educastes e o gerastes; e, na obediência, o levastes para o Egito e Nazaré e o acompanhastes até a morte na Cruz. Fazei que tudo o que vós fostes outrora, sejam hoje, na Igreja e no mundo, os religiosos e as religiosas. Por isso alcançai esta graça: que muitos da nossa juventude sigam generosos o vosso exemplo. Em sua virgindade consagrada, se tornem fecundos na santificação do mundo; em sua pobreza evangélica, sejam ricos em tesouros do Evangelho; em sua obediência apostólica, irradiem a alegria da liberdade dos filhos de Deus. E vós, Virgem Santíssima, que sois Medianeira de todas as graças, tudo alcançais do coração do Pai, porque sempre o pedis por intermédio de vosso Filho. Sabemos também que é por vossas preces que, na Igreja de Cristo, nascem novas vocações para a vida consagrada. Por isso mesmo a vós confiamos o cuidado de implorar sempre mais vocações. Por isso também felizes vos chamamos a Mãe dos Religiosos, a Mãe das Religiosas. Amém. Fonte: www.cifsj.org.br Unamo-nos em oração pelas seguintes intenções: Intenção Universal Intenção pela Evangelização Intenção Diocesana Dignidade dos reclusos: Para que os reclusos, especialmente os jovens, tenham a possibilidade de reconstruir a sua vida com dignidade. Casais separados: Para que os casais que se separaram encontrem acolhimento e apoio na comunidade cristã. Missão Permanente: para que sejamos uma Igreja em saída ao encontro dos afastados. Liturgia Diária – Fevereiro de 2015 (Ano B – São Marcos) 1 Dom 2 Seg 3 Ter 4 Qua 5 Qui 6 Sex 7 Sáb 8 Dom 9 Seg 10 Ter 11 Qua 12 Qui 13 Sex 14 Sáb Dt 18,15-20; Sl 94 (95), 1-2.6-7.8-9 (R.8); 1Cor 7,32-35; Mc 1,21-28; Festa da Apresentação do Senhor(F): Ml 3,1-4; Sl 23(24),7.8.9.10 (R/.10b); Hb 2,14-18; Lc 2,22-40 ou mais breve: 2, 22-32 Hb 12,1-4: Sl 21(22),26b-27 e 30.31-32 (R.Cf.27b); Mc 5,21-43; Hb 12,4-7.11-15; Sl 102(103), 1-2.13-14.17-18a (R.cf.17); Mc 6,1-6 Hb 12,18-19.21-24; Sl 47 (48), 2-3a.3b-4.9.10-11 (R.cf.10); Mc 6,7-13 Hb 13,1-8; Sl 26(27), 1.3.5.8b-9abc (R.1a); Mc 6,14-29 Hb 13,15-17.20-21; Sl 22(23),1-3a.3b-4.5.6 (R.1); Mc 6,30-34 Jó 7,1-4.6-7; Sl 146(147), 1-2.3-4.5-6 (R.cf. 3a); 1Cor 9,16-19.22-23; Mc 1,29-39 Gn 1,1-19; Sl 103(104),1-a.5-6.10.12.24.35c (R.31b); Mc 6,53-56 Gn 1,20 – 2,4a; Sl 8,4-5.6-7.8-9 (R.2a); Mc 7,1-13 N. Srª de Lourdes: Gn 2,4b-9.15-17 ou aprop: Is 66,10-14c; Sl 103(104),1-2a.27-28.29b-30 (R.1a); Mc 7,14-23 – Dia Mundial do Enfermo Gn 2,18-25; Sl 127(128), 1-2.3.4-5 (R. Cf.1a); Mc 7,24-30 Gn 3,1-8; Sl 31(32),1-2.3.4-5 (R.cf.1a); Mc 7,31 -37 Gn 3,9-24; Sl 89(90),2.3-4.5-6.12-13 (R/.cf.1); Mc 8,1-10 15 Dom 16 Seg 17 Ter 18 Qua 19 Qui 20 Sex 21 Sáb 22 Dom 23 Seg 24 Ter 25 Qua 26 Qui 27 Sex 28 Sáb Lv 13,1-2.44-46;ou à escolha: 2Rs 5,9-14; Sl 31 (32),1-2.5.11 (R/.7); 1Cor 10,31–11,1; Mc 1,40-45 (Cura de um leproso) Gn 4,1-15.25; Sl 49(50),1.8.16bc-17.20-21(R/.14a); Mc 8,11-13 Gn 6,5-8;7,1-5.10; Sl 28(29),1a.2.3ac-4.3b.9b-10 (R/.11b); Mc 8,14-21 Cinzas: Jl 2,12-18; Sl 50(51),3-4.5-6a.12-13.14.17 (R/.cf.3a); 2Cor 5,20 – 6,2; Mt 8,1-6.16-18 (A esmola, a oração e o jejum) Dt 30,15-20; Sl 1,1-2.3.4.6 (R/cf..Sl 39[40],5a); Lc 9,22-25 Is 58,1-9a; Sl 50(51),3-4.-5-6a.18-19 (R/.19b); Mt 9,14-15; Missão dá alegria A colhendo sugestões, desta vez ocupo este meu espaço com a mensagem que preparei para o encerramento das Santas Missões Populares. Ei-la: “Com as SMP escrevemos um ano especial da história da Diocese de Umuarama. O feito se tornará referência para nós. No futuro diremos: ‘antes das SMP’, ‘depois das SMP’. E mais: Escrevemos também a última página dos Atos dos Apóstolos. Este livro da Bíblia é assim: O anjo disse a Felipe... vai à tal estrada... e lá ele explicou a Palavra ao Eunuco que acabou pedindo o batismo (At 8,30); Pedro foi de Jope a Cesareia, levado pelo Espírito e acabou batizando toda a família de Cornélio (At 10,44). Nós revivemos estas histórias: Aguinaldo, da Paróquia Catedral de Umuarama, movido pelo Espírito, foi visitar ... tantas casas. E sentiu a indizível alegria de ser missionário. Odete Bernardo, de São Manoel do Paraná, idem. Cito dois nomes que me lembro entre os que fizeram questão de relatar a mim a experiência. Mas, na verdade foram tantas outras e tantos outros. Estes entenderam melhor o Papa Francisco quando nos alerta, quase gritando: “Não deixemos que nos roubem a alegria de ser missionários!” Ela, a alegria, é ingrediente fundamental entre os que compõem o gosto de ser Igreja. O Espírito que soprou em Aparecida, na Conferência que o Papa Bento XVI veio inaugurar, em 2007, virou ventania e veio nos agitar através das SMP. Numa cidade em que fiz Visita Pastoral recentemente, alguém me disse: Bispo, aqui as SMP não motivaram as comunidades o tanto que esperávamos. Foi só aqui que aconteceu isso? Respondi: Não foi só aqui. Penso que em nenhum lugar o fruto foi 100. Ela suspirou com certo alívio!? Mas uma coisa foi 100, continuei: A alegria de ser missionário que os que missionaram descobriram. Isso foi coisa nova, foi a marca registrada das nossas SMP. Não é por nada que tantas Paróquias, - talvez todas!? - continuam reeditando repetidamente, com alguma periodicidade, as Semanas Missionárias. Na Bíblia, o 100 é sempre esperança, é convicção de que o que se planta é o que vai permanecer e vencer, mais dias ou menos dias. Casa não se limpa uma vez por todas. É tarefa de cada dia. Comunidade também não se constrói uma vez por todas. Tem que, cada semana, na reunião, limpar o egoísmo, o individualismo e o isolamento com os quais a sociedade continuamente nos inunda. E renascer. No n.2 da carta A Alegria do Evangelho o Papa Francisco nos alerta: ‘O grande risco do mundo atual, com sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem. Este é um risco, certo e permanente, que correm também os fiéis’. Tivemos fé, coragem e valentia para chegar até aqui. Agora, vamos nos lançar na Missão Permanente até ouvirmos do Filho do homem ‘...Vinde, benditos de meu Pai! Recebam como herança o reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo!’ conforme está no Evangelho de hoje. Deus abençoe a todos e todas!” Dom frei João Mamede Filho, OFM Conv. Bispo Diocesano de Umuarama - PR Is 28,9b-14; Sl 85(86),1-2.3-4.5-6 (R/.cf.11a); Lc 5,27-32 Gn 9,8-15; Sl 24(25),4bc-5ab.6-7bc.8-9 (R. cf.10); 1Pd 3,18-22; Mc 1,12-15 (Tentação de Jesus) Lv 19,1-2.11-18 ou aprop.: Ap 2,8-11; Sl 18(19),8.9.10.15 (R/.Jo 6,63c); Mt 25,31-46 Is 55,10-11; Sl 33(34), 4-5.6-7.16-17.18-19(R. 18b); Mt 6,7-15 Jn 3,1-10, Sl 50(51), 3-4.12-13.18-19 (R/.19b); Lc 11,29-32 Est 14,1.3-5.12-14; Sl 137(138), 1-2a.2bc-3.7c-8 (R/. 3a); Mt 7,7-12 Ez 18,21-28; Sl 129(130), 1-2.3-4.5-6.7-8 (R/3); Mt 5, 20-26 Dt 26,16-19; Sl 118(119), 1-2.4-5.7-8 (R/.1b); Mt 5,43-48 Direção Pe. Carlos Alberto de Figueiredo Ano 40 - Número 412 - Fevereiro de 2015 Endereço: Av. Pe. José Germano Júnior, 4260 Caixa Postal 191 – CEP 87502-970 – Umuarama - PR Fone/Fax: (44) 3622-1301 E-mail: [email protected] www.diocesedeumuarama.org.br Equipe Editorial Pe. Carlos Alberto de Figueiredo, Pe. Jailson João da Silva, Maria Aparecida Pereira Araújo, Aparecida Basílio Marçal, Reginaldo Urbano Argentino, Solange Valentim de Oliveira e Dayse Silva. Revisão: Maria Aparecida Pereira Araújo Diagramação: Ricardo da Cruz Silva Capa: “Eu não quero uma Igreja tranquila. Quero uma Igreja missionária” – Papa Francisco Impressão: Gráfica Umuarama Fone: (44) 3055-4338 Tiragem: 23.150 exemplares Fevereiro de 2015 | Informativo Diocesano 3 Sumário Editorial 12 Matéria de Capa “Eu não quero uma Igreja tranquila. Quero uma Igreja missionária” papa francisco 3 4 5 6 Palavra do Pastor Missão dá alegria Editorial E AGORA? Ação Evangelizadora A MISSÃO É PERMANENTE! Formação Catequética Escola Decanal Bíblico-Catequética Profeta do Amor – Decanato de Nova Olímpia 7 8 9 11 14 15 17 Igreja-irmã Os segredos da Missão Formação Litúrgica SACRAMENTOS, UMA INTRODUÇÃO Grupo de reflexão Santo do mês SÃO VICENTE PALLOTTI Espiritualidade 2015 - ANO DEDICADO À VIDA CONSAGRADA Grupo de reflexão e Reunião das CEBs Vida em Comunidade Comunidade Nossa Senhora do Rocio – Paróquia São Vicente Palloti 18 A Igreja nos Ensina Conhecendo o Documento 100 da CNBB e seu contexto 20 21 23 Escola de Teologia 4 Uma definição positiva do Leigo Notícias da Diocese Calendário Diocesano de Atividades Informativo Diocesano | Fevereiro de 2015 Ação Evangelizadora E AGORA? erminamos o ano missionário. O que foi programado foi cumprido nas paróquias da Diocese. A pergunta que vem é a seguinte: E agora? Esta pergunta é que o ID deste mês de fevereiro coloca para todos os leitores e missionários da diocese. Queremos motivar todos à tomada de posição e planejamento pastoral do que está por vir. A Igreja deseja que todos estejam em constante movimento de saída. Este assunto é enfrentado pelo nosso querido Pe. Ivanil, pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Cianorte. Vale a pena você conferir o que o padre coloca e ver se você também está na mesma linha do desejo do papa Francisco que disse: “Eu não quero uma igreja tranquila. Quero uma igreja missionária”. Na Palavra do Pastor, Dom Mamede fala da alegria e gosto de ser Igreja. Com essa alegria, convoca todos a se lançarem à missão permanente. Uma igreja missionária vai ao encontro, promove o encontro... Para o Reginaldo Urbano e o Pe. Jailson a missão é permanente e por isso a Diocese precisa continuar no projeto missionário, uma vez que aprendeu a ir ao encontro das pessoas. Dom Francisco fala das experiências dos missionários jovens do Paraná em sua diocese. E a comunidade Nossa Senhora do Rocio, da Paróquia São Vicente Palotti, conta o seu importante testemunho. Importantes são todos os artigos, mas você deve prestar atenção à novidade do Ano da Vida Consagrada e, também, espero que dê um tempo para estudar o documento 100 da CNBB, pois ele será o nosso documento de estudo deste ano. Ah! Não se esqueça das reuniões dos grupos e da celebração da comunidade que pode ser mais animada, de oração, de testemunho, de alegria e partilha dos bens e dos alimentos. Também não se esqueça de responder àquela primeira pergunta: E agora? Agradeço a todos os articulistas que nos ajudaram no ano passado e recebo todos para este novo ano. Sejam bem-vindos Pe. Marciano e Pe. José Carlos Pereira. Boa leitura a todos! Pe. Carlos Alberto de Figueiredo Diretor [email protected] Santas Missões Populares: “Um abraço de Deus a todo o povo” A MISSÃO É PERMANENTE! O estado permanente de missão supõe que a comunidade cristã tenha consciência de que é “por sua natureza missionária” e precisa ser constantemente missionada, isto é, precisa se renovar sempre diante dos novos desafios que enfrenta no confronto com o mundo e na relação entre os seus membros. Para ser missionária, a paróquia precisa ir ao encontro das pessoas: “A comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou a iniciativa, precedeu-a no amor (cf. Jo 4,10), e por isso, ela sabe ir à frente, sabe tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos” (Doc. 100 - CNBB, nº 189). Em sintonia com toda a Igreja que busca a Conversão Pastoral da Paróquia, a Coordenação Diocesana de Pastoral oferecerá Formação Permanente, durante o ano de 2015, com o objetivo de Formar e Capacitar os Animadores de Grupos de nossas Paróquias e os Missionários, em Missão Permanente. A Formação Permanente acontecerá em 4 momentos: 2. Encontro Decanal de Formação para Animadores de Grupos e Missionários • Quem deverá participar? Convidar o máximo de Animadores de Grupos e Missionários. • Quem dará a formação? A Equipe de Formadores Decanal formada a partir do Encontro Diocesano do dia 31 de Janeiro e 01 de Fevereiro/2015. • Quem vai preparar o Encontro? As coordenações das Comunidades e Equipes Missionárias Paroquiais dos Decanatos. • Data, local e horário? As datas seguem a baixo (somente no Domingo), local (conforme sugestão no Calendário Diocesano de Pastoral); horário: das 08hs às 17hs. Decanato São Francisco de Assis.. 08/03 Decanato da Catedral....................... 15/03 Decanato de Tapejara....................... 19/04 Decanato de Cianorte....................... 03/05 Decanato de Indianópolis............... 17/05 Decanato de Nova Olímpia............. 07/06 Decanato de Douradina................... 14/06 Decanato de Pérola........................... 05/07 Decanato de Iporã............................. 19/07 1. Encontro Diocesano de Formação para Equipes Decanais • Data, local e horário? Dias 31/01 – 01/02/2015, na Catedral Divino Espírito Santo; Horário: sábado: das 14hs às 21hs e domingo: das 07h30 às 14hs. • Quem poderá participar? Convidamos 4 membros da Equipe das SMP de cada Paróquia para serem Formadores no Decanato e, posteriormente, os mesmos serão Formadores na Paróquia. 3. Encontro Paroquial • • Quem deverá participar? Todos os agentes de Pastoral. Quem dará a Formação? A Equipe Paroquial ou Equipe Decanal conforme opção Paroquial e disponibilidade das Equipes Decanais. • Quem vai preparar o Encontro? As coordenações das Comunidades e Equipe Missionária Paroquial. • Data, local e horário. Cada Paróquia poderá marcar de acordo com o seu calendário e atividades. 4. Encontro Diocesano de Formação – Missão Permanente Ofereceremos um Encontro para Animadores de Grupos e Missionários, com o Tema: “Comunidades e os desafios da Evangelização no meio Urbano”, assessorado por Francisco Orofino, nos dias 20-21/06/15, na Paróquia Catedral Divino Espírito Santo; com início no sábado, às 14hs e término no domingo, às 16hs. Na Missão Permanente os Missionários são protagonistas no anúncio de Jesus Cristo em continuar visitando as pessoas, grupos, comunidades, setores, comércios, indústrias, fábricas, facções, escolas e onde mais o Espírito Santo os enviar. E, por isso, devem também participar na formação dos agentes de pastorais se sentindo corresponsáveis com o pós-anúncio. Os missionários, na Missão Permanente, podem sim contribuir de formas variadas e criativas e não cruzar os braços esperando que lhes deem serviço ou que lhes digam o que fazer. Observem a proposta acima, feita pela Coordenação Diocesana de Pastoral e “mãos à obra” e não se esqueçam do que disse o Papa Francisco: “Não deixemos que nos roubem o entusiasmo missionário!” Reginaldo Urbano Argentino Coordenador Diocesano dos Projetos do 15o Plano da Ação Evangelizadora - PDAE [email protected] Pe. Jailson João da Silva Coordenador Diocesano da Ação Evangelizadora [email protected] Fevereiro de 2015 | Informativo Diocesano 5 Igreja-Irmã Formação Catequética Os segredos da Missão Irmãos e Irmãs de nossa Igreja-irmã Umuarama R Escola Decanal Bíblico-Catequética Profeta do Amor – Decanato de Nova Olímpia D á-me a palavra certa, na hora certa e do jeito certo. E pra pessoa certa!” Assim canta o Padre Zezinho.... Assim reza o catequista. Convocado por Deus através da Igreja para desempenhar a missão evangelizadora da educação da fé, o catequista dá resposta a este chamado com amor e encantamento pelo Cristo Palavra, pelo Reino de Deus, atuando num mundo marcado pela massificação, violência, indiferentismo religioso, individualismo, desvalorização do ser e tantas outras mazelas. O Papa Paulo VI escreveu que “aquele que foi evangelizado, evangeliza” (EN nº 24). Entretanto, não basta apenas ter boa vontade para catequizar. Por isso, é preciso promover o catequista através de uma boa formação. Ampará-lo para que amadureça como pessoa e instruí-lo para que possa cumprir com êxito sua missão de educar a fé e dar formação cristã a crianças e adolescentes, bem como orientar e acompanhar jovens e adultos no amadurecimento e cultivo desta mesma fé. Assim, a formação tende a fazer do catequista um “educador do homem e da vida do homem” (Diretrizes Gerais da Catequese – DGC n. 238). Em resposta a esta necessidade, nasceram na nossa Diocese escolas catequéticas 6 Informativo Diocesano | Fevereiro de 2015 também nos decanatos. Eis o depoimento da catequista Maria Sandra Marconi, da Escola Decanal Bíblico-Catequética Profeta do Amor, do decanato de Nova Olímpia, já em pleno funcionamento das atividades: “A escola é uma realidade que veio ao encontro das nossas dificuldades enquanto catequistas, devido aos grandes desafios que a nossa pastoral vem enfrentando. Com essa ajuda, será possível melhorar a nossa prática catequética, através de conteúdos previamente pensados e com uma boa dinâmica que busca tornar-nos pessoas cada vez mais engajadas e preparadas para desenvolver essa missão tão importante que é a de evangelizar e fazer ecoar o evangelho de Jesus Cristo aos pequeninos – e aos grandinhos também – e, com certeza, nos ajudará a desenvolver um bom trabalho junto aos nossos catequizandos. Para mim, enquanto catequista, está sendo muito valoroso participar da escola porque posso me aprofundar mais na doutrina da minha religião, refletir sobre a missão que me foi confiada, aumentar o cultivo da espiritualidade e ampliar conhecimentos quanto à prática e metodologia ao trabalhar com os conteúdos catequéticos e, assim, melhor atingir o coração dos catequizandos, despertando neles o amor a Jesus Cristo e à sua Igreja. Outro ponto que está sendo positivo é que, além de fazer novas amizades, a interação entre os catequistas torna a catequese bem proveitosa, pois trocamos experiências, partilhamos nossas dúvidas e anseios. Enfim, queremos vivenciar uma catequese que realmente transforme nossos catequistas e catequizandos em verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo, de acordo com a proposta de Iniciação à Vida Cristã. E que assim sejam testemunhas da presença viva de Jesus na Igreja tornando-a cada vez mais humana, fraterna, acolhedora, justa, santa e solidária”. Venha fazer parte deste projeto de formação você também, pois em todos os decanatos de nossa Diocese trabalharemos com as escolas Catequéticas. A proposta é que esta formação fique mais perto de você. Rezemos pelo êxito de nossas escolas e para que nossos catequistas levem ao mundo Jesus, Palavra Certa, na hora certa, de um jeito certo, pra pessoa certa, na situação e necessidades certas. Amém! Elza Rocha de Assumpção Membro da Equipe Diocesana de Catequese [email protected] Santas Missões Populares: “Um abraço de Deus a todo o povo” ecebemos jovens Irmãs do Paraná para uma experiência missionária em nossa diocese. Durante a semana fizeram visitas domiciliares em comunidades ribeirinhas e na periferia da cidade de Humaitá. Após cada semana nos reunimos para partilhar e avaliar as experiências. Nos dias de permanência na cidade, celebramos junto a Oração da Igreja (Laudes) na capela de minha residência, tomamos café... Quando o tempo permitia, conversamos. Sempre voltaram da Missão louvando a Deus (cf. Lc 10, 17 a), mas, às vezes, também pensativas. Afinal, viram algumas comunidades sem vida e sem interesse no Evangelho. O que fazer? Trata-se de comunidades visitadas há muitos anos com regularidade por um Padre; visitadas, ocasionalmente, por seminaristas. Também leigos que passaram pelo Encontro de Casais com Cristo (ECC) procuraram animar e despertar, mas pouco tempo depois da visita, tudo voltou ao que era antes. Questionei um pensamento muito frequente entre missionários recém-chegados: As pessoas estão nos aguardando e tem sede da Palavra de Deus. É apenas uma questão de acertar as palavras, a metodologia, ou fazer tudo com mais entusiasmo. Será? O próprio Novo Testamento fala que Jesus se admirou da incredulidade dos habitantes de Nazaré, onde não conseguia fazer muitos milagres (cf. Mt 13, 58). Ele ficou profundamente triste pela não-conversão das cidades de Cafarnaum, Corazin, Betsaida (cf. Mt 11, 20-24) e da própria cidade de Jerusalém (cf. Lc 13, 34). Recordei a postura de S. João Maria Vianney que jejuava e se penitenciava pelos seus paroquianos de Ars. Falei da importância da intercessão que precede, acompanha e sucede à ação missionária. Do outro lado lembrei uma carta do Padre José de Anchieta que escreveu em 1560 - ao seu superior: “... dos vivos não ousarei contar nada, por ser tanta a inconstância em muitos, que não se pode nem se deve prometer deles coisa que haja muito de durar.” Por isso ele e seus companheiros tinham uma atenção especial com os gravemente enfermos e moribundos. Estes não voltariam atrás... Portanto: Cabe-nos fazer o bem, entregar o convite para ‘o banquete que o Rei organizou para o seu Filho e para o qual nos convidou’, falar dos mistérios do Reino e não desanimar nesta atividade. Deus respeita a liberdade de quem não quer acolher o convite porque tem ‘coisa mais importante’ a fazer. A julgar pelo Evangelho, há quem se exclui da festa. (Cf. Mt 22, 1-14). Contudo, a missão do discípulo missionário continua, pois a Misericórdia de Deus quer ser levada e oferecida até o fim do mundo! Dom Francisco Meinrad Merkel, CSSp, Bispo de Humaitá – AM [email protected] Fevereiro de 2015 | Informativo Diocesano 7 Formação Litúrgica 1º Encontro Um retrato diferente de Jesus (Jo 1,1-18) 2. Oração Inicial Canto: Um certo Galileu – Livro: Cantos para as Comunidades, p.37, nº 125 – Sinal da Cruz – Intenções – Oração ao Espírito Santo – Oração do mês – Ato Penitencial. UMA INTRODUÇÃO T 8 Informativo Diocesano | Fevereiro de 2015 e eterna aliança que será derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados...” (Lc 22,20; 1Cor 11,25). A cura daquela mulher se dá quando ela toca nas franjas do manto Dele, ela não tocou Nele diretamente! Este TOCAR é fundamental, pois, o mesmo texto em Lucas, revela: “Jesus, porém, disse: Alguém me tocou. Eu senti uma força saindo de mim” (Lc 8,46). Ao tocar no seu manto, sua fé toca a fonte da vida e alcança a cura. Isto significa que é Dele, por Ele e Nele que recebemos toda salvação! É preciso tocá-lo!! Mas como? O Senhor nos prometeu: “Eis que estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28,20), e, apesar disso não podemos vê-lo ou tocá-lo fisicamente! Aqui entram os 7 sacramentos, eles são como as “franjas”, a “orla” do manto de Jesus pelos quais tocamos Nele e Dele recebemos a vida nova. Assim, por exemplo, quando se batiza uma pessoa, o que vemos é água e, ouvimos as palavras, mas o Cristo não vemos nem ouvimos, no entanto é o próprio Senhor que realiza misteriosamente aquele ato de salvação. Poderíamos afirmar que através do Batismo “sai uma força Dele” que age naquela pessoa e a torna filho de Deus! Assim acontece com cada sacramento, pois cada um deles confere a graça que significam. Eles são sinais visíveis e eficazes da Graça Divina. São canais do Amor de Deus que nos comunicam a Riqueza do Mistério Pascal de Cristo para a plenitude do encontro definitivo com a Trindade Santa! “Tocamos” o Senhor pelos Sacramentos da fé! Por isto, a partir deste número de nosso Informativo Diocesano, veremos nesta seção de Formação Litúrgica sobre estes 7 Sinais Sagrados para melhor celebrá-los e vivê-los, para ouvirmos de Jesus o que aquela mulher ouviu: “Minha filha, a tua fé te salvou; vai em paz e fique curada desse teu mal” (Mc 5,34). Pe. Marciano Monteiro da Silva Assessor Diocesano de Liturgia [email protected] 3. Abrir os olhos para ver Dir.: Neste ano estudaremos o Evangelho de São João. Neste primeiro encontro vamos meditar sobre o início solene do Evangelho, chamado Prólogo. Sob a forma de uma poesia profunda e misteriosa, João oferece um resumo de tudo aquilo que vai dizer sobre Jesus nos 21 capítulos do seu Evangelho. Leitor 1 – Este Prólogo, em forma de poesia era a letra de um cântico que João adaptou. O cântico comunicava a experiência que as comunidades tinham de Jesus como Palavra de Deus. Todos: No princípio era o Verbo, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus (Jo 1,1-2). Leitor 2 – O Prólogo é o portão da entrada. É a primeira coisa que se vê ao abrir o Evangelho de São João. Mas foi a última a ser escrita. É o resumo final, colocado no início. O Prólogo resume tudo o que se segue no Evangelho, desde o 1º ao 21º capítulo. SITUANDO O TEXTO SACRAMENTOS, endo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele, por detrás, no meio da multidão, e tocou seu manto. Porque dizia: ‘se ao menos tocar suas roupas, serei salva’” (Mc 5,2728). Nestes dois versículos do Evangelho podemos ver um resumo do que seja essencialmente os 7 sacramentos: Batismo, Crisma, Eucaristia, Confissão, Unção dos Enfermos, Matrimônio e Ordem. Mas por quê? Que relação poderia haver entre este texto e os Sacramentos? A perícope de Mc 5,25-34 nos fala daquela famosa mulher que por 12 anos sofrera de uma hemorragia para a qual não encontrava cura. Hemorragia? Perda de sangue! O livro do Levítico diz: “Porque a vida da carne está no sangue...” (Lv 17,11), ou seja, perder sangue significa perder a vida! E o Senhor diz: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10). Esta relação do sangue e da vida vemo-la bem na instituição da Eucaristia, quando o Cristo, tendo o cálice em suas mãos, afirma: “Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova 5. Olhar a prática de Jesus Leitura do texto: João 1,1-18 (após a leitura proclamada, faça uma leitura silenciosa). 1. Acolhida Acolha cada irmão, cada irmã com um forte abraço, desejando-lhe a PAZ: “Que a paz esteja contigo!” – “Viva bem este Ano da Paz!” – “Paz para nossas famílias”... (cada um escolha ou invente outro jeito de cumprimentar o irmão/ã). Todos: Tudo foi feito por Ele, e sem Ele nada foi feito (Jo 1,3). Leitor 3 – No Prólogo, João descreve sua fé de que Jesus é a Palavra de Deus, e ele descreve a caminhada desta Palavra. Ela estava junto de Deus, desde antes da criação e por meio dela tudo foi criado. Dir.: Tudo o que existe é expressão da palavra de Deus e esta palavra quis chegar mais perto de nós e se fez carne em Jesus. Viveu no meio de nós, realizou a sua missão e voltou para Deus. Canto: Jesus Cristo é o Senhor, o Senhor, o senhor! Jesus Cristo é o Senhor. Glória a Ti senhor! 4. Despertar o ouvido para escutar o refletir sobre a Palavra de Deus. Dir.: Vamos ler o Prólogo do Evangelho de São João. Durante a leitura vamos guardar a frase que mais chama a nossa atenção. Canto de Aclamação ao Evangelho Dá-me a palavra certa – Livro: Cantos para as Comunidades, p.14, nº 32. Ao dizer: “No princípio era a Palavra”, João faz-nos pensar na primeira frase da Bíblia que diz: “No princípio Deus criou o céu e a terra” (Gn 1,1). Deus criou por meio de sua Palavra. João Batista não era a luz, mas veio dar testemunho da luz. E os que aceitam tornam-se Filho de Deus. Perguntas para a reflexão Dir.: 1) Qual a frase que mais te chamou a atenção? Por quê? 2) Quando você pensa em Jesus, qual música vem à sua cabeça? 3) O que este Evangelho me faz descobrir dentro de mim? 4) O que esta Palavra pede de mim, de nós? Canto: Prova de amor maior não há – Livro: Cantos para as Comunidades, p.29, nº 92. 6. Celebrar a vida da comunidade Dir.: Vamos colocar em forma de prece o que refletimos sobre o Evangelho e sobre nossa vida. Dir.: Concluamos nossas preces com o Salmo 18 (19) Bíblia Ave-Maria, 19 (18) Bíblias Pastoral, CNBB e Jerusalém. Refrão: A Palavra de Deus é a Verdade, sua lei, Liberdade. Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai. 7. Preparar para o próximo encontro 1) Ler o texto João 1,35-51; 2)Procure saber como começou sua comunidade e seu grupo; 3) Praticar uma obra de misericórdia; 4) Marcar o dia e local do próximo encontro. Canto Final: Senhor, eu quero Te agradecer– Livro: Cantos para as Comunidades, p.34, nº 111. Abraço da Paz. Tornamo-nos Filhos e Filhas de Deus, não por mérito, mas pelo simples fato de confiar e crer que Deus, na sua bondade nos aceita e nos acolhe. É poder da graça de Deus. Leia mais em www.diocesedeumuarama.org.br/downloads.php Fevereiro de 2015 | Informativo Diocesano 9 Santo do Mês 2º Encontro SÃO VICENTE PALLOTTI A semente da nova Comunidade (Jo 1,35-51) Perguntas para a reflexão 1) Quais são as reações das várias pessoas que foram chamadas por Jesus? 2)Com qual delas você mais se identifica? 3) Que título Jesus recebeu do qual você mais gostou? Por quê? 4) O que esta Palavra pede a mim, a nós? 1. Acolhida Dar as boas-vindas: Que bom que você veio! 2. Oração Inicial Canto: refrão: Vós sois o caminho, a verdade e a vida, o pão da alegria descido do céu. Sinal da Cruz – Intenções – Oração ao Espírito Santo – Oração do mês – Ato Penitencial. 3. Abrir os olhos para ver Dir.: No encontro de hoje vamos ver como foi que os primeiros discípulos se encontraram com Jesus e como por ele foram chamados. A uns, chamou diretamente; a outros, indiretamente. Leitor 1 – Os Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas apresentam o chamado dos primeiros discípulos de modo resumido. O Evangelho de São João tem outro modo de descrever o início da primeira comunidade que se formou ao redor de Jesus. Leitor 2 – O 4º Evangelho é uma catequese que mostra como se formou a 1ª Comunidade, mas também traz os diversos títulos de Jesus, descreve a Fé desta comunidade que é modelo para as outras. Leitor 3 – Num dia, chamou dois discípulos de João Batista. No dia seguinte, chamou Filipe que, por sua vez, chamou Natanael. Nenhum chamado se repete porque casa pessoa é diferente. SITUANDO O TEXTO Dir.: Você já teve um encontro marcante em sua vida? Como foi que 10 Canto: Cristo, quero ser instrumento – Livro: Cantos para as Comunidades, p.14, nº 31. você descobriu que Deus o chamava para estar aqui hoje? Canto: Me chamaste para caminhar na vida contigo. Decidi para sempre seguir-te, não voltar atrás. Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma. É difícil agora viver sem lembrar-me de Ti. 4. Despertar o ouvido para escutar o refletir sobre a Palavra de Deus Dir.: Vamos ouvir o Evangelho que descreve o encontro dos primeiros discípulos com Jesus. Durante a leitura, vamos prestar atenção na maneira como Jesus chama as pessoas. Canto de Aclamação ao Evangelho Canto: Fala Senhor! – Livro: Cantos para as Comunidades, p.17, nº 45. 5. Olhar a prática de Jesus Leitura do texto: João 1,35-51 (após a leitura proclamada, faça uma leitura silenciosa) Logo neste primeiro capítulo, as pessoas que são chamadas professam a sua fé em Jesus por títulos. São oito ao todo nestes versículos que lemos, como: “Cordeiro de Deus (Jo 1,36); Rabi (Jo 1,38); Messias ou Cristo (Jo 1,41); “aquele de quem escreveram Moisés, na lei e nos profetas.” (Jo 1,45); Jesus de Nazaré, o filho de José (Jo Informativo Diocesano | Fevereiro de 2015 6. Celebrar a vida da comunidade Dir.: Vamos colocar em forma de preces o que refletimos sobre o Evangelho e sobre nossas vidas. A cada prece, digamos: “Senhor, fazei-nos fiéis ao vosso chamado.” Dir.: Concluamos nossas preces com o Salmo 15 (16) Bíblia Ave-Maria, 16 (15) Bíblia da CNBB, Pastoral e Jerusalém. Refrão: “Guardai-me ó Deus, porque em vós, que procuro refúgio...” Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai. 7. Preparar para o próximo encontro 1) Ler o texto João 2,1-11; 2) Fazer uma obra de misericórdia; 3)Distribuir as tarefas, acolhida, leituras, cantos... 4) Marcar o dia e o local do próximo encontro. Canto Final: Vai, irmão, evangelizar– Livro: Cantos para as Comunidades, p.40, nº 132. Abraço da Paz. 1,45); Filho de Deus (Jo 1,49); Rei de Israel (Jo 1,49); Filho do Homem (Jo 1,51). Estes títulos revelam a fé das comunidades do Discípulo Amado, João. Leia mais em www.diocesedeumuarama.org.br/downloads.php O Papa Francisco anunciou na 82ª Assembleia Geral dos Superiores Maiores, em Roma, no dia 29/11/2014, que o ano de 2015 será dedicado à Vida Religiosa: O ANO DA VIDA CONSAGRADA. Cada mês, o Informativo Diocesano tem destacado um santo para apresentá-lo aos seus leitores. Neste ano serão apresentados resumos da vida e obras de santos que viveram a vida religiosa ou vida de consagração total a Deus. Neste mês apresentamos São Vicente Pallotti, cuja festa é celebrada no dia 22 de janeiro. Isto nos alegra porque São Vicente tem grande ligação com a Diocese. Antes da sua criação, os Palotinos estavam aqui. Já foram encarregados das Paróquias de Iporã (onde estão até hoje), Francisco Alves, Perobal e Catedral do Divino Espírito Santo. Por alguns anos as Irmãs Palotinas trabalharam na Paróquia de Alto Piquiri. E eu, primeiro bispo Diocesano, orientei esta Igreja particular durante 29 anos, sou palotino. Além disso, desde 2001 uma Paróquia da cidade de Umuarama recebeu como Padroeiro São Vicente Pallotti. São Vicente nasceu em Roma aos 21 de abril de 1795. No dia seguinte foi batizado, recebendo o nome de três grandes santos: Vicente Luiz Francisco. Sua infância e juventude foram sustentadas pela fé de seus pais, Pedro Paulo Pallotti e Maria Madalena Rossi, cristão exemplares de quem o Santo dizia: “Deus me deu pais santos. Que contas severas deverei prestar-lhe se não aproveitar-me de seus ensinamentos!”. Desde criança manifestou o desejo de ser padre. Quis ser capuchinho, pois era membro de uma paróquia deles; mas não foi aceito por causa da fragilidade de sua saúde. Seguindo os desígnios de Deus se tornou membro do Clero Diocesano de Roma. Exerceu um amplo apostolado na Cidade Eterna. Foi professor e Diretor Espiritual, por muitos anos, no Seminário Romano; atendia muitas comunidades de Religiosas, trabalhou para o entrosamento dos cleros religioso e diocesano, foi capelão de hospitais, de presídios e de militares. Aplicava-se em atender e solucionar problemas tanto materiais como espirituais. Era chamado ‘O Apóstolo de Roma’, que ele percorria a pé por todos os cantos. Num gesto profético ele abriu aos leigos a possibilidade de exercerem apostolado na Igreja. Em seu tempo os leigos eram apenas assistentes e receptores. Pallotti era convicto de que todo batizado deveria ser apóstolo, por isso organizou o apostolado dos leigos e criou a União do Apostolado Católico, antecipando por 150 anos a abertura feita pelo Concílio Vaticano II. Todos podiam participar da união, por inscrição pessoal ou de inteiras comunidades; e, de alguma maneira, contribuir para “reavivar a fé e a caridade entre os cristãos e levá-los a todo o mundo, para que se formasse , o quanto antes, um só rebanho e um só pastor, como queria Jesus”. Não pretendia fundar Congregação ou Sociedade, mas para poder animar, amparar e formar os grupos de leigos, fundou a Sociedade e a Congregação do Apostolado Católico; a primeira reúne padres e Irmãos religiosos e a segunda reúne Irmãs Religiosas. Duas grandes características: querer a Deus com amor infinito e amar a si e ao próximo por amor a Deus. O ápice do amor está no APOSTOLADO que se destina à salvação própria e do próximo para a glória de Deus. Dom José Maria Maimone, SAC Bispo Emérito da Diocese de Umuarama - PR [email protected] Fevereiro de 2015 | Informativo Diocesano 11 Matéria de Capa “Eu não quero uma Igreja tranquila. Quero uma Igreja missionária” Papa Francisco Amados irmãos da nossa Diocese Divino Espírito Santo, Umuarama –PR: A tendendo solicitação da equipe articuladora do nosso Informativo Diocesano, me dirijo a todos com solicito amor e movido de imenso desejo missionário. Se entendi bem o que me foi pedido, provocá-los-ei a refletirem sobre o nosso futuro, como Igreja diocesana, após o abraço de Deus que recebemos neste tempo de Santas Missões Populares. Recebi do Padre Mosconi uma carta que reproduzo abaixo. Que ela seja uma palavra inspiradora e nos provoque a desejar ardentemente que o nosso espírito de missão seja permanente. “Queridas missionárias, Estimados missionários, PAZ e BEM! 12 Informativo Diocesano | Fevereiro de 2015 Estamos concluindo mais um ano de caminhada missionária, através das SMP. É tempo de avaliar, de agradecer, de discernir, de planejar prioridades. A primeira pergunta é bem pessoal, existencial, para cada missionário/a: como estou me sentindo? Qual a maior alegria missionária que vivi ao longo do ano de 2014? Quais as maiores dúvidas, dificuldades e falhas que encontrei? Como as enfrentei? Vale a pena continuar como missionário/a? Por quais motivos? Sentir-se bem naquilo que estamos fazendo, apesar das mil e uma dificuldades, transmite uma profunda sensação de paz, de felicidade, de bem-estar. Dá alegria à vida. Sentir-se bem não é questão, em primeiro lugar, de emoção, de grande agitação. É mais do que isso, é uma questão de sentido: sei o que faço e porque o faço. É daí que nasce a verdadeira paz, a serenidade, a alegria de viver bem. Podemos experimentar isso também nos momentos difíceis, de sofrimento físico, até de incompreensões. Que o diga Nosso Senhor Jesus de Nazaré. Conforme o evangelho de João (cf. Jo 16,20-33) na última ceia, a da despedida, Jesus esbanjou alegria, paz, esperança. E ele sabia que horas difíceis, dolorosíssimas, o esperavam. Isso porque ele dava sentido ao que estava para enfrentar. Era por causa da fide- lidade à missão que o Pai lhe havia confiado, fonte da verdadeira paz. Que o diga também o missionário Paulo de Tarso, quando escreveu sua última carta, enviada a Timóteo, irmão e colega de missão: “Timóteo, não se envergonhe de dar testemunho de nosso Senhor, nem de mim, prisioneiro dele. Ao contrário, com a força de Deus, sofra comigo pelo evangelho... Eu não me envergonho, porque sei em quem acreditei... O Senhor me livrará de toda obra maligna e me guardará para seu Reino celeste. A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém” (cf. 2Tm 1,8.12; 4,18). Paulo escreveu essa sua última carta desde uma cadeia úmida e fria, de segurança máxima, em Roma. É assim que estamos nos sentindo com a missão? Que bom! E isso deve ser motivo de maior dedicação e ardor missionário. Na missão não existe estacionamento, é pé na estrada, sempre! Então, vamos avaliando o ano de 2014, pessoalmente e com missionários vizinhos. Perguntas que podem ajudar: Como foi minha caminhada missionária ao longo do ano? O que mais me tocou e me alegrou? O que mais me preocupa? Quais os aspectos da missão que mais podemos e devemos trabalhar? Posso fazer mais? O que estou achando da caminhada das SMP? Em que aspecto eu quero me dedicar mais? FALHAS E PREOCUPAÇÕES 1) A maior preocupação é a continuidade. Os livros que publicamos cuidam muito disso; portanto, não é por falta de subsídios. Onde os párocos e os bispos apoiam e acompanham o processo das SMP, há muita coisa boa acontecendo. Mas, o que deveria ser o normal, lamentavelmente, é de poucos. O Documento de Aparecida e o ministério de papa Francisco incentivam muito a importância da missão de Jesus de Nazaré como centro de toda a pastoral, permanente, não somente de vez em quando. Precisamos avançar mais. 2) Ainda há muitos missionários com pouco ardor missionário. Só aparecem em alguma celebração de aniversário. Missão é de todos os dias, onde moramos, visitando pessoas, famílias, comunidades. Promovendo estudo do evangelho, celebrações bonitas. 3) A missão ainda não é o centro de toda a pastoral, como o documento de Aparecida e o ministério de papa Francisco tanto insistem; mais ainda, é a Bíblia Missão é questão de paixão ardorosa pela causa do Deus Uno e Trino. Muito me comove pensar no Deus que sai de si mesmo e, como diz nosso Bispo, se ativa todo inteiro a nosso favor, tudo, tudo mesmo, fez, faz e continuará fazendo, para que nenhum de nós se perca (cf. Jo 6,39) que pede isso. E a Bíblia é a revelação da missão de Deus no mundo... COMPROMISSOS Diante disso, o que fazer? Temos que transformar as preocupações e as falhas em desafios, algo que devemos enfrentar; que não podemos ignorar ou dar umas voltas por cima. E assumir os desafios como missão. A missão brota dos desafios... (Ela)... É dom, é graça, é dádiva de Deus que precisamos saber acolher e cuidar, para não estragar e perder. Daí os compromissos. A seguir, alguns compromissos que deveremos cuidar e desenvolver muito ao longo de 2015. 1) Cada dia, 15 minutos em silêncio, possivelmente pela manhã, para avaliar o dia anterior, para contemplar algum fato, escutar apelos, orar; e assim planejar o dia que vai começando. Motivar também outras pessoas a fazer o mesmo. 2) Duas horas de estudo por semana, aproveitando os três livros que contêm a beleza das SMP: O manual das SMP, os outros dois: Dar um sentido verdadeiro à vida, A Vida é Missão. O estudo é fundamental. Não pode ser um estudo qualquer, mas existencial, orientado para a vida e à prática. Quem não possui o dom da leitura, faça junto com alguém que o possui... 3)Copiar, meditando, o evangelho do ano litúrgico, este ano é o de MARCOS. Muita coisa boa já aconteceu, mas não podemos parar. Mesmo que já o tenhamos copiado algum ano atrás, vale a pena copiar de novo, como se fosse pela primeira vez. Sempre vamos aprendendo, sempre descobrimos novos apelos, pois a Palavra de Deus nunca envelhece. 4) Formar equipes de estudo do Evangelho nas ruas, nos bairros ou integrar as que já existem. Cada equipe não pode passar de 10 pessoas. Tendo mais gente querendo, formar outra equipe, e assim vai... 5) Cada missionário deve atuar bem na própria comunidade (celebrações, reuniões, assembleias, divisão de tarefas...), contagiando de ardor missionário, especialmente a juventude. Onde os missionários são bem atuantes, aparecem muitos jovens, eles se sentem bem neste tipo de trabalho missionário popular. 6)Visitar, visitar, visitar! Com gosto, com tempo, com vontade de marcar presença eficaz e gratuita. A visita é um meio para criar relações fraternas, solidárias, acolhedoras. Não é só de vez em quando, mas permanente. 7) Promover a formação de missionários, tomando a iniciativa, de acordo com a situação das paróquias e das comunidades...” Creio meus amados irmãos, que tanto ardor e amor deste padre italiano de 75 anos, que doou sua vida pela causa do Evangelho em nossa terra, é o suficiente como provocação para nossas vidas. Fundamentalmente, queridos, missão é questão de paixão ardorosa pela causa do Deus Uno e Trino. Muito me comove pensar no Deus que sai de si mesmo e, como diz nosso Bispo, se ativa todo inteiro a nosso favor, tudo, tudo mesmo, fez, faz e continuará fazendo, para que nenhum de nós se perca (cf. Jo 6,39). Bom trabalho a todos! Deus os abençoe! Pe. Ivanil Pereira da Silva Paróquia Santa Rita de Cássia, Cianorte – PR [email protected] Fevereiro de 2015 | Informativo Diocesano 13 Espiritualidade 3º Encontro 2015 - ANO DEDICADO À VIDA CONSAGRADA N o dia 30 de novembro de 2014 iniciou-se o Ano da Vida Religiosa Consagrada, proclamado pelo Papa Francisco. O encerramento acontecerá no dia 02 de fevereiro de 2016. Nesse tempo, buscaremos aprofundar o sentido e a importância da vida consagrada no meio do povo de Deus. O Papa em sua carta circular dedicada aos consagrados e às consagradas, dirige-se a eles(as) dizendo: “Gostaria de dizer-vos uma palavra e a palavra é alegria. Onde estão os consagrados, há sempre alegria”. Para se tornar fecunda e verdadeira a sua alegria, os consagrados são chamados a “levar o sorriso de Deus” e ela “se consolida na experiência de fraternidade”, pois uma “fraternidade sem alegria é uma fraternidade que se apaga e esta é o primeiro e mais credível Evangelho que podemos narrar”. Ele afirma que a radicalidade é pedida a todos os cristãos, mas os religiosos são chamados a seguir o Senhor de uma forma especial. “Eles são homens e mulheres que podem acordar o mundo. A vida consagrada é uma profecia”. Outra colocação primordial que o papa faz é em relação à formação dos consagrados: “O objetivo é formar religiosos que tenham um coração terno e não ácido como vinagre”. Afirma ainda na carta que “Hoje as pessoas precisam certamente de palavras, mas, sobretudo, têm necessidade que testemunhemos a misericórdia, a ternura do Senhor, que aquece o coração, desperta a esperança, atrai para o bem.” Que os consagrados, então, sejam “sinal de humanidade plena, facilitadores e não controladores da graça, marcados pelo sinal da consolação”. Enfim, essas e outras tantas colocações servirão de pontos de referência no decorrer do ano de 2015, em que toda a Igreja é convocada a rezar, refletir e pensar sobre a Vida Religiosa Consagrada. Pessoas que deixam tudo para seguir Jesus Cristo na radicalidade e ajudam na difusão do Reino de Deus, sendo sinal da vida eterna no hoje da história. Aproveito o momento para solicitar aos padres, catequistas, Serviço de Animação Vocacional Paroquial (SAVs) e aos demais agentes de pastoral, para enfatizar a riqueza da Vida Religiosa Consagrada, motivando as comunidades a rezarem e a darem o apoio necessário em prol dessa vocação. Durante este ano, as terceiras reuniões do Informativo Diocesano abordarão este tema. Na coluna O Santo do Mês, as Congregações Religiosas e Comunidades de Vida apresentarão a história dos seus padroeiros. Que esse tempo seja favorável para despertar novas vocações e expansão dos Carismas existentes em nossa Diocese, pois quem encontrou o Senhor e o segue com fidelidade é um mensageiro da alegria do Espírito. Irmã Ana Brito Coordenadora da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) – Núcleo de Umuarama [email protected] “Fazei tudo o que Ele vos disser” (cf. Jo 2,1-11) Vida Consagrada, sinal de alegria e profecia 1. Ambiente Imagem de Nossa Senhora, flores de várias cores e uma jarra de vinho. 2. Acolhida Queridos amigos, sejam todos bem-vindos a este nosso encontro. O encontro de hoje nos apresenta uma reflexão trazida pelo nosso querido Papa Francisco: A Vida Religiosa Consagrada, como modelo de ALEGRIA no seguimento a Jesus Cristo. 3. Oração Inicial Canto: Ó luz do Senhor que vem sobre a terra, inunda meu ser permanece em nós (4x). Sinal da Cruz – Invocação ao Espírito Santo – Oração do mês. 4. Abrir os olhos para ver Dir.: O Papa Francisco escolheu o ano de 2015 para ser dedicado à Vida Consagrada, que é um estilo de vida marcado pela adesão radical e amorosa ao Evangelho e ao Reino de Deus. Vamos rezar neste ano pelos consagrados, que dão vitalidade à nossa Igreja com seu testemunho de vida. Todos: Vida Consagrada, alegria de viver a consagração e gerar vida nova para o mundo. SITUANDO O TEXTO Leitor 1. Os consagrados vivem a serviço da comunidade, doando suas vidas a favor de todos, assim como Cristo doou a própria vida. Por isso, merecem ser acolhidos com o mesmo amor com o qual se acolhe um membro da família. 14 Informativo Diocesano | Fevereiro de 2015 Todos: O profetismo da Vida Consagrada é exemplo para todos os cristãos. Leitor 2: Como disse o Papa Francisco: “os consagrados são homens e mulheres que podem acordar o mundo”. A força de seu testemunho profético questiona todos que se acomodaram na passividade de uma vida sem amor ao próximo. O “sim” que eles deram à Vida Consagrada é sinal da presença de Deus em nosso meio. Todos: A beleza da consagração está na alegria. Dir.: Dentre vários exemplos que a comunidade aprende dos consagrados, a alegria de viver tem destaque especial. Num mundo tomado pelo egoísmo que entristece, a vida consagrada é a prova de que a verdadeira alegria vem da doação que se faz da própria vida. A Vida Consagrada é uma doação amorosa e alegre, pois, segundo o Papa Francisco, não há santidade na tristeza. Canto: Maria do sim, ensina-me a viver meu sim. Ó roga por mim, que eu seja fiel até o fim. (2x) 5. Despertar o ouvido para escutar e refletir o texto Evangelho de João 2, 1-11 Dir.: No evangelho de João, são apresentados sete sinais realizados por Jesus. O primeiro deles é em uma festa de casamento. Jesus inicia sua missão em meio à alegria da festa e providencia vinho, para que a festa não termine. A vida consagrada, hoje, No Antigo Testamento, a festa de casamento era um símbolo do amor de Deus para com seu povo. É numa festa assim, ao redor da família e da comunidade, que Jesus realiza o seu primeiro sinal. A mãe de Jesus está na festa. Ela simboliza o Antigo Testamento e ajuda a fazer a passagem do Antigo para o Novo. Jesus também tem a missão de promover e partilhar a alegria da comunidade. Canto de Aclamação ao Evangelho Canto: Ladainha da Palavra – Livro: Cantos para as Comunidades, p. 21, nº 57. 6. Olhar a prática de Jesus Perguntas para a reflexão 1) O que chama a atenção na postura de Maria, ativa e sensível à situação dos noivos? 2) De que maneira Maria é exemplo para a Vida Consagrada? 3)Mesmo em meio a uma festa, Jesus agiu profeticamente. Que mensagem há nisso para os consagrados de hoje? 4)Qual é a importância da Vida Consagrada para nossa Igreja? 7. Celebrar a vida da comunidade Dir.: Vamos colocar em forma de prece tudo o que refletimos hoje. A cada prece, digamos: Abençoa, Senhor, a Vida Consagrada. Fazer preces espontâneas. Dir.: No exemplo de Jesus, que iniciou seus sinais em uma festa, a vida consagrada deve ser sinal de alegria. Encerremos este encontro com uma leitura do livro do profeta Isaías que é o anúncio de uma grande alegria prometida ao povo de Deus. Leiamos Isaías 66, 10-14. Depois partilhemos este vinho da jarra, sinal da alegria entre nós. 8. Preparar-se para o próximo encontro 1) Celebração das CEB’s; 2) Marcar: local, data, horário; 3) Organizar a confraternização. também está, mas apenas como convidado. Ele não faz parte do Antigo Testamento. Junto com seus discípulos ele é o Novo Testamento que chega. Leia mais em www.diocesedeumuarama.org.br/downloads.php Fevereiro de 2015 | Informativo Diocesano 15 Vida em comunidade Celebração das Comunidades Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês (cf. Jo 20,21) 1. Oração Inicial Canto: Deixa a Luz do Céu entrar – Livro: Cantos para as Comunidades p.15, nº 33 – Sinal da Cruz – Oração ao Espírito Santo – Oração do mês – Hino de Louvor 2. Celebrar a vida da Comunidade Animador: Neste mês, na companhia de São João, o Discípulo amado, retomamos nossa Missão! “Ai de mim se eu não Evangelizar”, diz São Paulo. E esta palavra de Paulo se aplica a cada um de nós porque não é questão de honra, mas sim de responsabilidade e compromisso de Batizados. Leitor 1 – Na Missão ninguém é tão pobre que não tenha o que dar e nem tão rico que não tenha o que receber. A graça de Deus é gratuita e para todos. Tudo para todos. Ser missionário é dar tudo a todos, ninguém pode ficar de fora. Ato Penitencial Animador: Pelas vezes que não vivemos nossa missão de Batizados, cantemos, pedindo perdão. Canto: 16 1.Pelos pecados, erros passados, por divisões na tua Igreja, ó Jesus. Senhor piedade, Senhor piedade, Senhor piedade, piedade de nós! (bis) Informativo Diocesano | Fevereiro de 2015 2.Quem não te aceita, quem te rejeita, pode não crer por ver cristãos que vivem mal! Cristo piedade, Cristo piedade, Cristo piedade, piedade de nós! (bis) 3. Hoje, se a vida é tão ferida, deve-se a culpa, à indiferença dos cristãos. Senhor piedade, Senhor piedade, Senhor piedade, piedade de nós! (bis) Animador: O conteúdo da mensagem missionária não é doutrina, nem moral, nem a prática sacramental, mas a Pessoa viva de Jesus Cristo. Todos: Cristo é a Felicidade! Cristo é a Felicidade! Sem ter amor nesta vida não há quem seja feliz de verdade! – Livro: Cantos para as Comunidades p.14, nº 30. Leitor 2: A missão não é para que cada movimento busque aumentar o número de seus membros ou a militância dos seus grupos. É uma tarefa e trabalho de Igreja comprometida com o Reino de Deus. Todos: Te amarei, Senhor! Te amarei Senhor! Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de ti. (bis) Leitor 3: Os afastados da Igreja e os praticantes não comprometidos, seriamente, com sua vida cristã e eclesial são os destinatários da missão e são muitos. 3. Acolhendo a Palavra Canto: É como a chuva que lava. Livro: Cantos para as Comunidades p. 16, nº 38. Leitura do(s) texto(s): Ezequiel 34,1-12, Sl 22 (23) ou o canto: Salmo 22 (O Senhor é meu Pastor) – Livro: Cantos para as Comunidades p.33, nº 106 Lucas 15,3-7 4. Partilhar a Palavra • O que diz a Palavra de Deus? • O que me diz a Palavra de Deus? • Como eu vou viver esta Palavra? Canto: Senhor, eu quero te agradecer – Livro: Cantos para as Comunidades p. 34, nº 111. 5. Celebrar a vida da Comunidade Animador: Vamos colocar em forma de preces aquilo que refletimos neste mês e a nossa vida. A cada prece, digamos: “Vossa Igreja eleva o clamor, escutai nossa prece, Senhor”! 6. Compromisso Missionário Rezar o terço com uma família afastada da Igreja ou na casa de um enfermo ou na casa de um idoso. 7. Confraternização Celebrar os aniversariantes do mês. Comunidade Nossa Senhora do Rocio Paróquia São Vicente Pallotti A Capela Nossa Senhora do Rocio, localizada na Zona Rural – Rodovia PR-489, km 10, Estrada para Xambrê – com aproximadamente meio século de existência, possui hoje três grupos de reflexão, três Ministros da Eucaristia, cinco catequistas, três animadores de grupo, coordenação geral, equipes de cânticos, liturgia e Coordenação das Santas Missões Populares. Acolhendo o mandato de Jesus aos seus discípulos: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura (cf. Mc 16,15), entramos no trabalho da Semana Missionária das SANTAS MISSÕES POPULARES com este objetivo que é sairmos de nós mesmos e irmos ao encontro do outro, fazer com que as pessoas recebam o melhor presente que alguém pode receber que é conhecer Jesus. Sempre pedimos a proteção do Espírito Santo, e, mesmo assim, havia certo receio de não dar conta do recado. Partimos para o trabalho, com a certeza de que Deus estaria com cada um de nós, pois Ele nunca disse que a Missão seria fácil, mas disse que estaria sempre conosco. Com o desenvolver do trabalho, vimos que poderíamos sim dar conta do recado, mas que aprenderíamos muito mais, pois a cada pessoa que visitávamos nos motivava cada vez mais a continuar nosso trabalho, além de que tinha muito a nos oferecer quando diziam: “que bom que vocês vieram aqui em nossa casa”! “Seu José, pedi tanto a Deus para que alguém viesse aqui, pois tenho meu pai e minha irmã acamados há muito tempo e só a Palavra de Deus é que pode nos ajudar”, acrescenta dona Rosa. São pessoas que durante as nossas visitas, sobretudo nos momentos de orações choravam o tempo todo. Deparamo-nos com a família que o pai havia falecido há mais de três meses e estavam vivendo em condição sub-humana, sem remuneração, sem condições de sobreviverem, só trabalhando... Constatamos que, apesar de vizinhos, não conhecíamos a realidade deles e o quanto necessitavam de nossa ajuda em todos os sentidos, e que também tinham muito a nos oferecer. Na realidade seria uma troca. Diante da realidade, procuramos desenvolver estratégias para que o nosso trabalho fosse mais eficaz e partimos para o “mãos à obra”, ou seja, procuramos resolver todas as situações difíceis encontradas, mudamos algo quando parecia não dar resultado, nos reunimos mais vezes para planejar, convidamos, conversamos, visitamos, passamos a realizar as reuniões de CEBS e dos Conselhos nas casas. Além disso, realizamos confraternizações, comemorações e o resultado pós-Missões Populares não podia ser melhor! É claro que há muito ainda a ser feito, mas o resultado tem muito nos agradado e hoje a comunidade corresponde prontamente às necessidades levantadas em relação ao outro. E, portanto, foram diversas campanhas realizadas e todos participaram com muito entusiasmo, vivenciando, assim, o que é a vida em comunidade, deixando de lado o individualismo. Percebemos hoje um novo ardor e maior comprometimento de todos com aqueles que passam por qualquer tipo de necessidade. Sem dúvida, as SANTAS MISSÕES POPULARES na nossa capela foi um divisor de águas, pois nossas reuniões acontecem independentemente da situação do tempo. “Pode ir com ou sem chuva” é o que diz sempre o nosso Ministro Laércio. Avançamos sim, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido, pois necessitamos de conscientizar cada irmão e irmã da importância da missão de cada batizado. Délcio José de Oliveira Animador do Grupo Nossa Senhora Aparecida [email protected] Participe você também desta seção! Para participar, envie-nos um texto sobre a sua comunidade junto com uma foto com os integrantes reunidos! Envie para: Cúria Diocesana – Caixa Postal 191 CEP 87502-970 – Umuarama - PR ou por e-mail: [email protected] Fevereiro de 2015 | Informativo Diocesano 17 A Igreja Nos Ensina Conhecendo o Documento 100 da CNBB e seu contexto C omeçamos aqui uma série de artigos que visa esmiuçar o Documento 100 da CNBB, com o objetivo de conhecê-lo para aplicá-lo no dia a dia de nossas paróquias. A ideia é explicá-lo, numa linguagem simples e didática, para que todos entendam não apenas o seu conteúdo, mas também sua didática, ou método, e os seus propósitos, quem vêm coroar uma caminhada da Igreja no Brasil, despontada na V Conferência do Episcopado Latino-americano e do Caribe, ocorrida em Aparecida, em 2007, a qual resultou no Documento de Aparecida e num Projeto de Evangelização de dimensões continentais, conhecido como Missão Continental, do qual a Igreja no Brasil participa efetivamente com o Documento (n. 88), o Brasil na Missão Continental. Assim, antes de tratar sobre o Documento 100, propriamente dito, é preciso voltar um pouco no tempo e fazer um breve resgate do seu contexto e dos documentos que o antecederam. Para encurtar a história, começamos a partir de 2007, com o Documento de Aparecida. Podemos afirmar categoricamente que esse Documento é um dos mais importantes que a Igreja produziu nos últimos anos. Do Documento de Aparecida surgiram outros, inclusive a Exortação Apostólica do Papa Francisco, a Evangelii Gaudium, porém todos fundamentados e referendados neste documento tão importante para a vida pastoral e missionária 18 Informativo Diocesano | Fevereiro de 2015 da Igreja, que é o Documento de Aparecida, de modo que, embora sejam documentos novos, não trazem novidades além daquilo que o Documento de Aparecida traz. Todos esses documentos, inclusive o Documento 100, são aprofundamentos do Documento de Aparecida, que representam tentativas concretas de fazer com que os propósitos pastorais e missionários do Documento de Aparecida sejam aplicados, ou vividos na prática pastoral de nossas paróquias. Desse modo, entendemos o nascedouro do Documento 100. Antes, porém, de se ter elaborado o Documento 100, outros Documentos igualmente importantes foram produzidos, num processo contínuo de avanço da missão evangelizadora da Igreja, cuja meta é resgatar, ou imprimir uma identidade missionária à sua existência. Dentre esses documentos, o Documento da Missão Continental (n.88), como já foi dito; as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil: 2011-2015 (n. 94); o Documento de Estudos da CNBB (n. 104), entre outros. Esses Documentos foram como que afunilando propostas do Documento de Aparecida, até obtermos o que temos hoje no Documento 100, que representa a proposta mais inovadora da Igreja no Brasil a título de renovação de suas estruturas. Como introdução, vejamos rapidamente cada um deles. O Documento de Aparecida despertou a consciência para a necessidade da missão. Nossa Igreja (Dioceses e paróquias) precisa resgatar urgentemente a sua dimensão missionária para não correr o risco de perder aquilo que lhe é essencial: a evangelização. No entanto, para que isso aconteça, é fundamental que cada batizado recupere sua missionariedade recebida no batismo, isto é, a sua missão profética. E para que isso aconteça, é preciso uma série de medidas, dentre elas que nos tornemos verdadeiramente discípulos missionários. Mas esse resgate não se faz num passe de mágica. É preciso que a Igreja tome algumas iniciativas fundamentais, como, por exemplo, renovar suas estruturas, passando de uma pastoral de manutenção, para uma pastoral decididamente missionária. Mas isso não se faz sem mudança de mentalidade. Além disso, essa iniciativa não pode ser apenas teórica, é preciso que sejam apontados caminhos concretos, e esses caminhos foram delineados no Projeto de Evangelização da Missão Continental. Assim, os sujeitos principais desta missão são as dioceses, onde as orientações de Aparecida devem impregnar a Igreja particular. A partir das dioceses, passando pelas paróquias; e, nas paróquias, em cada comunidade e em cada fiel, leigos e consagrados, que essas mudanças aconteçam. Como o 5ª Conferência Geral do Episcopado da América Latina e Caribe, maio de 2007, Aparecida (SP) próprio nome diz, a Missão Continental é para a Igreja de um Continente, o Continente Latino-Americano e Caribenho; porém, a Igreja no Brasil empenhada nessa missão, lançou um Documento próprio, o Projeto Nacional de Evangelização, o Brasil na Missão Continental (n.88), cujo objetivo é colocar a Igreja do Brasil em sintonia e em comunhão com todas as Igrejas particulares (dioceses) da América Latina e Caribe, que estão empenhadas nas propostas da Conferência de Aparecida. No caminho aberto pela V Conferência de Aparecida e pelo Projeto Nacional de Evangelização, a Missão Continental, a Igreja no Brasil ampliou suas ações nesta linha com as DGAE (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil: 2011-2015), nas quais foram apontadas as cinco urgências na ação evangelizadora. Essas urgências foram extraídas do Documento de Aparecida e ressaltadas nas DGAE/2011-2015. São elas: 1) Igreja em estado permanente de missão; 2) Igreja: casa de iniciação cristã; 3) Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; 4) Igreja: comunidade de comunidades; 5) Igreja a serviço da vida plena para todos. Dessas cinco urgências, foi escolhida uma, a quarta urgência, como a urgência das urgências. Assim sendo, foi escolhida a urgência “Igreja: Comunidade de comunidades” como a primordial entre todas as urgências. Sem Igreja Comunidade de comunidades, acrescenatender essa urgência, as demais dificiltando um complemento – uma nova paróquia mente seriam alcançadas. – evidenciando a necessidade da renovação Por que essa é a urgência das urgências? paroquial acenada no Documento de Estudos Porque a Igreja no Brasil percebeu que se nos(n. 104) e nos que o antecederam. Além disso, sas paróquias não forem verdadeiras comunio Documento 100 acrescentou um subtítulo dades, elas perdem a razão de ser e de existir. que explicita ainda mais o seu objetivo: a conA comunidade é a base de tudo na Igreja. Se versão pastoral da paróquia. numa paróquia não existir comunidade, ou Conversão significa mudança de rumo e vida de comunidade, ela pode ser qualquer direção, mudança de estruturas, mudança de coisa, uma empresa, por exemplo, mas não mentalidade, enfim, mudança na maneira de será Igreja no sentido estrito do termo. Porpensar e de agir. Não dá mais para permanecer tanto, a comunidade é a “tábua de salvação” num modelo de paróquia que desenvolve suas da Igreja. À vista disso, todos os esforços ações em torno da manutenção da estrutura devem ser canalizados para transformar as (templo) e sacramental, sem compromisso paróquias em Comunidade de comunidades. com a vida de comunidade. Esse modelo de Mas não qualquer comunidade. Comunidade paróquia, ainda predominante no Brasil, não no sentido bíblico do termo, fundamentadas faz a diferença na sociedade, e se ela não faz dinas primeiras comunidades cristãs. Daí nasferença, não faz falta, e se não faz falta não tem ceram propostas como as da setorização da razão de existir. Permanecer paróquia em unidades menesse modelo é assinar um nores, de modo que cada atestado de fracasso na missetor se transforme numa A Igreja no são. À vista disso, o Docucélula viva da paróquia e mento 100 tratou de trazer as paróquias sejam células Brasil percebeu para estudo e ação, situações vivas da diocese. que se nossas e elementos que são fundaNesta linha, a Igreja paróquias não mentais para a renovação da no Brasil lançou o Doparóquia, começando pela cumento de Estudos (n. forem verdadeiras conversão pessoal e pastoral 104), “Comunidade de comunidades, elas de todos, sobretudo de quem Comunidades: uma nova está mais à frente, como, por paróquia”, para que todas perdem a razão de exemplo, bispos, padres e as dioceses pudessem ser e de existir. A demais agentes de pastoral, estudar as indicações comunidade é a leigos e consagrados. deste documento e enNa esteira do Documento viar sugestões e emendas base de tudo na de Aparecida e das Diretrizes à CNBB, para que fosse Igreja. Gerais da Ação Evangelizadoelaborado um Documenra da Igreja no Brasil: 2011to definitivo com essa 2015, o Documento 100 fez temática, e com as prouso do método “ver, julgar e agir”, mostrando postas que fossem pertinentes neste proque essa é a metodologia mais indicada para cesso de renovação de nossas paróquias, aplicar o seu conteúdo em nossas paróquias. para que elas se tornassem Comunidade Assim, conhecendo o seu conteúdo, sua estrude comunidades. O Documento de Estudos tura e seu método, o passo seguinte é viabilitocou em temas medulares da vida da Igrezá-lo e aplicá-lo, de modo que suas indicações ja, como, por exemplo, os grandes desafios sejam vividas nas bases de nossas paróquias, que teremos para viver essa urgência da convertendo-as, pastoral e estruturalmente, evangelização, que é a vida de comunidade, em Comunidades de comunidades. fundamentada nas primeiras comunidades No próximo número trataremos de excristãs que encontramos no livro dos Atos por mais sobre o método que o documento dos Apóstolos. Dentre esses desafios foram 100 utiliza; suas divisões, por temas; e um apontados empreendimentos no âmbito da pouco do seu conteúdo, sobretudo da pripessoa, da comunidade e da sociedade, e meira parte do documento. constatada e indicada a urgência da renovação paroquial. Porém, essa renovação só será possível se houver conversão pessoal Pe. José Carlos Pereira, CP Padre, sociólogo e escritor e pastoral. Com base nesses dois grandes [email protected] desafios, temos assim o Documento 100 www.pejosecarlospereira.com.br que preservou como tema e objetivo geral a Fevereiro de 2015 | Informativo Diocesano 19 E scola de Teologia Notícias da Diocese Uma definição positiva do Leigo E xistia na teologia pré-Vaticano e continua ainda hoje, na mente da grande maioria dos batizados, o jeito de pensar que o leigo é alguém que não tem função jurídica na Igreja, ou seja, leigo é o que não é padre. É “um de menor”. O Vaticano II recolocou no seu devido lugar todos os batizados. Antes de tudo, todos somos Povo de Deus, todos somos Igreja, antes de qualquer diferenciação de funções. Existe uma vocação básica, a de buscarmos a santidade. Todo batizado é batizado para ter o jeito de Cristo. O jeito de Cristo é o jeito dele viver no mundo, não só na sinagoga. Uma das explicitações fundamentais do mistério de Cristo a encontramos no texto bíblico que fala de sua tríplice ação salvadora, isto é, “sacerdotal, profética e régia”. O batismo nos insere nestas dimensões “crísticas”. Importa não esquecer a oração pós-batismal: “N... , agora fazes parte do Seu povo. Que Ele te consagre com óleo santo, para que, como membro de Cristo, sacerdote, profeta e rei, continues no seu povo até a vida eterna”. E temos aí no rito batismal uma unção explicitativa do que o batismo acabou de realizar. O leigo é Igreja, e não somente pertence à Igreja, “membros uns dos outros” (Rm 12,5). Importa superar a concepção errônea de que a dignidade de pertença brota dos serviços dentro da Igreja, porque há um “só Senhor, uma fé, um só batismo” (Ef 4,5). Isso amplia nossa visão da missão dentro da Igreja, uma missão de toda a Igreja, não de alguns. No “Ide evangelizai” da ascensão, está incluída a Igreja inteira, representada naquele momento pelo “pequeno rebanho”. Naquele momento em que todos os ouvintes de Jesus era a parte fiel que acolhera e resolvera estar caminhando com ele. O leigo é um batizado que se dispõe a seguir Jesus Cristo com todas as consequências da decisão; assim, ele aceita o envio diretamente de Cristo, envio que se renova em cada eucaristia, em cada escuta do Senhor na leitura da Palavra. Como em cada consagração se faz presente o Senhor Ressuscitado, também em cada fato ou palavra que o Senhor nos envolve, nos repete o envio. A Igreja é missionária por natureza, por ser o corpo visível de Cristo hoje, e todos os seus membros, consequentemente, são enviados. Acolhemos o dom da fé ingressando na Igreja, cuja condição essencial é ser enviada. Assim, o cristão só é tal enquanto dentro da comunidade cristã que como tal é sujeito enviado em missão. Fora desta eclesialidade do batizado, não temos cristãos. “Um cristão (avulso), nenhum cristão”, já se escrevia nos inícios do cristianismo. E o que temos é muito palavrório e pouca aceitação do envio. Já se foi o tempo medieval do ser cristão no apenas receber alguns sacramentos e rezar algumas orações, isto é, do cristão consumista. Todo batizado é chamado a ser “sujeito eclesial”, seja deixando o infantilismo da dependência eclesial para se ter iniciativas na comunidade, e sem esquecer que o anúncio não é só teórico, mas existencial; ou seja, fazendo a diferença no mundo, como tal, sendo ali sal da terra. Estar no mundo sem ser do mundo. Neste tempo do despertar da consciência missionária, somos alertados vivamente na descoberta do ser Igreja, do ser na Igreja. Isso implica um esforço, investimento contínuo na espiritualidade, mas também na reflexão, para não se prender nem ao individualismo, nem ao comunitarismo. O equilíbrio entre comunhão e diversidade, permite a cada batizado enfrentar o mundo com serenidade, segurança e alegria. Hoje, depois do Vaticano II, depois de Aparecida e de tantos ensinamentos do episcopado, temos explícitas bases eclesiológicas para que o leigo exerça sua missão como sujeito eclesial dentro da Igreja e na sociedade. “Não se acende uma lâmpada para deixá-la escondida num caixote”, disse o Senhor. Cada qual deve prestar atenção a esta afirmação e se situar nela. É uma afirmação explícita de missão. A função da luz é iluminar. Cada batizado é chamado a ser sinal visível de Jesus onde ele se encontra. Pense nisso. Pense e veja se você cabe nestas afirmações do evangelho. Frei Fabiano Zanatta, OFMCap. Diretor da escola Diocesana de teologia “São João XXIII” [email protected] Diocese de Umuarama encerra o Ano Missionário N o dia 23 de novembro foi realizada a celebração de encerramento do Ano Missionário Diocesano, dividida em duas regiões: Umuarama e Cianorte. O evento contou com grande participação dos missionários que realizaram as atividades antes Pastoral da Pessoa Idosa celebra 10 anos de caminhada Informativo Diocesano | Fevereiro de 2015 DNJ 2014 reúne milhares de jovens da Diocese de Umuarama N o dia 13 de novembro/14, na paróquia Catedral Divino Espírito Santo, Dom Frei João Mamede Filho, bispo diocesano e Pe. Jailson João da Silva, pároco celebraram a Santa Missa de aniversário de 10 anos da Pastoral da Pessoa Idosa. Após a Santa Missa, os idosos se confraternizaram com o bispo diocesano, padre e com os líderes, partilhando o café da tarde. Na Diocese de Umuarama há 286 líderes capacitados(as) que levam Vida, Dignidade e Esperança a aproximadamente 2.594 idosos, acompanhados, em 19 paróquias. 20 e durante o ano missionário. Agora a Diocese inicia o Estado Permanente de Missão, pois continuar fazendo missão é continuar sendo discípulos missionários em todos os momentos e instâncias da vida, já que a vida é missão. A conteceu no dia 16 de novembro/14, na cidade de Alto Piquiri, o tão esperado Dia Nacional da Juventude (DNJ) da Diocese de Umuarama. Os jovens lotaram a igreja. Cantaram, adoraram, choraram e agradeceram. Fevereiro de 2015 | Informativo Diocesano 21 Dom José Maimone visita Roma e Terra Santa Paróquia de Cianorte realiza encontro de formação CALENDÁRIO DIOCESANO DE ATIVIDADES DATA Qui. 01 02 a 30 03 a 10 Dom. 04 05 a 17 Sáb. 10 Dom. 11 C om o objetivo de formar as lideranças e as comunidades, a paróquia Santa Rita de Cássia - Cianorte promoveu, nos dias 15 e 16 de novembro/14, o Curso de Canto e Liturgia. Paróquia de Maria Helena realiza novena da Padroeira N o dia 05 de novembro/14, Dom José Maria Maimone visitou as majestosas Basílicas de São Paulo Fora dos Muros e São Pedro e saudou o Papa Francisco. Irmãs de Cristo Pastor realizam avaliação anual 12 a 24 Ter. 13 15 a 18 Sáb. 17 Dom. 18 18 a 25 22 a 25 Dom. 25 25 a 31 Sex. 30 30 e 31 16h00 18h00 19h00 19h00 15h00 31/01 a 01/02 Início das Atividades do 1º Semestre nos Seminários de Filosofia e Teologia - Seminaristas e Formadores - Pe. Lailson Tomé de Lima e Pe. João Mendes - Maringá e Londrina Encontro Estadual de Jovens: Sociedade São Vicente de Paulo - Juventude Vicentina e convidados - Cornélio Procópio Reunião Diocesana: Pastoral Catequética e Escola Diocesana Bíblico-Catequética Fonte de Água Viva - Equipe Diocesana Ampliada - Ir. Fátima - Cúria Diocesana - Umª Reunião do CMC: Sociedade São Vicente de Paulo - Presidentes CC e convidados - Cornélio Procópio 2ª Chamada - Teste de Avaliação para 2015: Escola Diocesana de Teologia Pastoral “São João XXIII” - Interessados - Direção e Equipe de Coordenação - Sala 07 - P. São Francisco de Assis - Umª Formação e Capacitação Diocesana da Equipe Decanal de Formadores: Missão Permanente - Formadores, Capacitadores e COMIDI - Reginaldo e Pe. Jailson - P. Catedral - Umª DATA HORA ATIVIDADES - FE VEREIRO Sáb. 31 01 a 05 Ter. 03 04 a 07 Qui. 05 T 09h00 08h00 4º DOMINGO DO TEMPO COMUM Encontro Estadual de Jovens: Sociedade São Vicente de Paulo - Juventude Vicentina e convidados - Cornélio Procópio 15h00 21h00 Retiro Espiritual: Seminaristas de Teologia (2º e 3º ano) - Pe. João Mendes - Itaici - SP Adoração ao Santíssimo: Equipes de Nossa Senhora - P. São José Operário - Umª 10h30 Visita Pastoral - Povo - Dom Mamede e Pároco - P. Santa Clara de Assis - Umª Reunião: Pastoral Presbiteral - Membros - Coordenador Diocesano dos Presbíteros - Chácara Siloé - Umª 19h30 05 a 08 06 a 08 Sáb. 07 18h00 14h00 20h00 08h00 Jovem da Diocese de Umuarama participa da “Missão Jovem na Amazônia” N os dias 21 e 22 de novembro/14, as Irmãs de Cristo Pastor estiveram reunidas para avaliar a caminhada durante o ano de 2014 e planejar as atividades para o ano de 2015. 22 Informativo Diocesano | Fevereiro de 2015 S elecionada pela CNBB, Geovana Gabriela da Silva Mendes, na época coordenadora diocesana e, agora, coordenadora estadual da Juventude Missionária, participou no início de dezembro/14 da Missão Jovem na Amazônia. ATIVIDADES - JANEIRO Santa Mãe de Deus, Maria - Confraternização Universal Missa: Santa Maria Mãe de Deus - Dia Mundial da Paz - Povo - Dom Mamede e Pároco - P. Catedral - Umª Retiro Espiritual: Seminaristas do 1º ano de Teologia - Pe. João Mendes - Itaici - SP Reservado - CDF 02 - Umª Epifania do Senhor Escola de Vida Sacerdotal (1ª Etapa) - Padres - Pe. Aparecido Donizeti de Souza - Casa Paulo VI - Londrina Moção de apoio da Beatificação da Drª Zilda Arns: Pastoral da Criança - Caravanas - Arena da Baixada - Curitiba Batismo do Senhor Missa: Novena do Padroeiro da Paróquia - Povo - Dom Mamede e Pároco - Japurá Ausência de Dom Mamede da Diocese Início das Escolas: Movimento de Cursilhos de Cristandade - Cursilhistas e Convidados Escola Regional Bíblico-Catequética “Emaús”: Pastoral Catequética - Alunos - Regional Sul II - Curitiba Posse da Diretoria (CCU): Sociedade São Vicente de Paulo - Vicentinos e convidados - Lar São Vicente de Paulo - Umª 2º DOMINGO DO TEMPO COMUM 11º Encontro Nacional: Pastoral da Juventude - Jovens - Manaus - AM Reunião Ampliada Nacional das CEBs - Membros - Londrina 3º DOMINGO DO TEMPO COMUM Curso dos Bispos - Bispos - Rio de Janeiro 18h00 20h00 09h00 12h00 14h00 14h00 Dom. 01 oda a comunidade de Maria Helena participou, nos dias 19 a 27 de novembro/14, da Novena da Padroeira, Nossa Senhora das Graças. HORA 09h00 Dom. 08 10h00 19h00 19h30 08h00 Seg. 09 20h00 09h00 Qui. 12 13 a 17 Sáb. 14 14 a 17 14 a 18 20h00 18h00 08h30 08h00 13h00 Missa: Abertura do Ano Letivo - Escola Diocesana de Teologia Pastoral “São João XXIII” - Cursos de Teologia e Liturgia - Alunos de Teologia e Liturgia - Dom Mamede, Direção e Alunos - Anfiteatro “Frei Orlando Busato” - P. São Francisco de Assis - Umª Convivência de Início de Ano: Comunidades Neocatecumenais - Equipe Regional - São Paulo 23º Cursilho Misto de Jovens: Movimento de Cursilhos de Cristandade - Jovens de 18 a 30 anos - G.E.D. - CDF 01 e 02 - Umª Reunião Diocesana: Pastoral dos Adolescentes - Equipe Diocesana - Marileide e Ir. Fátima - P. Catedral - Umª Missa: Celebração do Sacramento da Crisma - Crismandos e Povo - Dom Mamede e Pároco - P. Santa Clara de Assis - Umª 5º DOMINGO DO TEMPO COMUM Escola Catequética (1ª Etapa): Decanato de Pérola - Alunos - Coordenação Decanal - São Jorge do Patrocínio Missa: Abertura da Escola Catequética - Decanato de Douradina - Catequistas e Povo - Ivaté Reunião Diocesana: Pastoral da Juventude - Coordenadores Paroquiais e Líderes - Coordenação Diocesana - P. Catedral - Umª Encontro Decanal: Repasse do ENF: RCC - Decanato de Nova Olímpia - Membros da RCC - Tapira Reunião Diocesana: Juventude Missionária (JM) - Coordenadores Paroquiais - Coordenação Diocesana - Capela São Lucas - Umª Missa: Abertura do Ano Letivo: Seminário Propedêutico - Seminaristas e Familiares - Pe. Clóvis Hernandes - Comunidade de Formação “Bom Pastor”: Seminário Propedêutico - Umª Missa: Abertura do Ano da Vida Consagrada - Religiosos - Dom Mamede e CRB - P. Catedral - Umª Missa: Celebração do Sacramento da Crisma - Crismandos e Povo - Dom Mamede e Pároco - P. Nossa Senhora de Fátima - Cianorte Missa de Reencontro: Equipes de Nossa Senhora - P. São José Operário - Umª Início das Atividades Formativas: Seminário Propedêutico - Seminaristas - Pe. Clóvis Hernandes - Comunidade de Formação “Bom Pastor”: Seminário Propedêutico - Umª Reunião: Conselho Decanal da Ação Evangelizadora (CDecAE) - Decanato São Francisco de Assis - Membros - Decano - P. Santa Clara de Assis - Umª Reunião de Planejamento da Cáritas Diocesana - Diretoria - Diretoria - P. Catedral - Umª Entrevista Coletiva: Abertura da CF/2015 - Veículos de Comunicação - Coordenação Diocesana - Residência Episcopal - Umª Reunião Decanal - Pastoral do Batismo: Decanato de Tapejara - Coordenadores Paroquiais - Coordenação Decanal - Luiz Elizio Cogui - Tapejara Reunião de Setor: Equipes de Nossa Senhora - Casais (CRS e CLs) - Residência da Cleusa e Galileu - Umª Escola Diaconal São João Paulo II: Formação para os Novos Diáconos Permanentes - Candidatos - Frei Fabiano Zanatta, OFMCap e Diácono Elias Rocha - CDF 01 - Umª Reunião com os Professores: Seminário Propedêutico - Professores - Pe. Clóvis Hernandes - Comunidade de Formação “Bom Pastor”: Seminário Propedêutico - Umª 44º Congresso Palavra Viva: Comunidade Palavra Viva Imaculado Coração de Maria - Membros e Povo - João Camilotti - Chácara Jardim de Deus - Cianorte Reservado - CDF 02 - Umª Ausência de Dom Mamede da Diocese - Curitiba Fonte: Centro de Pastoral Notícias da Diocese HORA 08h15 19h00 09h00 09h00 20 a 22 18h00 Sáb. 21 09h00 14h00 15h00 21 e 22 14h00 20h00 08h00 Dom. 22 09h00 Seg. 23 Qui. 26 19h30 20h00 08h20 09h00 19h00 26/02 a 01/03 Sex. 27 20h00 Sáb. 28 08h00 20h00 28/02 a 01/03 ATIVIDADES - FE VEREIRO 6º DOMINGO DO TEMPO COMUM Início das Aulas - 1º Semestre: Seminário Propedêutico - Seminaristas - Pe. Clóvis Hernandes - Comunidade de Formação “Bom Pastor”: Seminário Propedêutico - Umª Carnaval Quarta-feira de Cinzas - Dia de jejum e Abstinência Convivência de Início de Ano: Comunidades Neocatecumenais - Catequistas Diocesanos das Comunidades Neocatecumenais - Equipe Regional - Francisco Alves Reunião do Conselho Ampliado da Cáritas Brasileira - Regional Sul 2 - Paranavaí Encontro de Espiritualidade do Clero: Celebração Penitencial - Clero - Dom Mamede e Pe. Marcos Antonio - CDF 01 - Umª Escola Diaconal São João Paulo II: Formação para os Novos Diáconos Permanentes - Candidatos - Frei Fabiano Zanatta, OFMCap e Diácono Elias Rocha - CDF 02 - Umª ELJUMI Diocesano (nível 1): Juventude Missionária (JM) - Jovens - Coordenação Diocesana - Perobal Encontro Diocesano: Pastoral da Criança - Coord. de áreas e ramos - Equipe Diocesana - P. Catedral - Umª Formacão Decanal - Pastoral Catequética: Decanato de Tapejara - Catequistas - Pastoral Catequética - Tapejara Reunião do Conselho Central: Sociedade São Vicente de Paulo - Diretoria do CCU e convidados - Lar São Vicente de Paulo - Umª Curso Intensivo: Escola Diocesana de Teologia Pastoral “São João XXIII” - Tema: “Metodologia do Estudo Teológico” - Alunos do 1º Ano de Teologia - Direção e Profª Carla Charlise - Anfiteatro “Frei Orlando Busato” - P. São Francisco de Assis - Umª Encontro Anual de Casal Responsável de Equipe (EACRE): Equipes de Nossa Senhora - Coordenadores Diocesanos - Londrina 1º DOMINGO DA QUARESMA Encontro Diocesano de Formação Bíblica - “Evangelho de João”: CEBI - Animadores de grupos - Coordenação Diocesana - Assessor: Pe. Marcio Luiz Priori - P. N. Senhora Aparecida - Umª Escola Catequética (1ª Etapa): Decanato de Douradina - Alunos - Coordenação Decanal - Icaraíma Encontro Decanal de Formação: Projeto Bom Samaritano - Decanato da Catedral - Coordenadores de CEBs e simpatizantes - Reginaldo - P. Catedral - Umª Missa: Celebração do Sacramento da Crisma - Crismandos e Povo - Dom Mamede e Pároco - Icaraíma Encontro de Formação Decanal: MECEPs e MECEs - Decanato de Nova Olímpia – Decano - Maria Helena Reunião da Coordenação: Conselho Diocesano dos Leigos (CDL) - Membros e Assessor - Dirce Laureano e Equipe - Altônia Reunião Decanal: Pastoral do Dízimo - Decanato de Cianorte - Articuladores - Lilian Favaro - P. Nossa Senhora de Fátima - Cianorte Início do 1º Semestre do Ano Letivo: PUC (Filosofia e Teologia) - Alunos e Professores - Maringá e Londrina Reunião: Conselho Presbiteral - Membros - Dom Mamede - Residência Episcopal - Umª Convivência de Início de Ano: Comunidades Neocatecumenais - Catequistas Diocesanos das Comunidades Neocatecumenais - Equipe Regional - Francisco Alves Visita Pastoral - Povo - Dom Mamede e Pároco - Santa Luzia - Umª Missa: Formatura - Escola Diocesana de Teologia Pastoral “São João XXIII” - Cursos de Teologia e Liturgia - Alunos de Teologia e Liturgia - Dom Mamede, Direção e Alunos - P. São Francisco de Assis - Umª Encontro Decanal: Pastoral da Criança - Decanato de Pérola - Líderes, brinquedistas, apoio e coordenadoras - Elizabeth Gouvea - Pérola Encontro Anual de Casal Responsável de Equipe (EACRE): Equipes de Nossa Senhora - Coordenadores Diocesanos - Cascavel 4º Encontro dos Coordenadores Regionais: Pastoral da Comunicação (PASCOM) - Coordenadores Regionais - PASCOM Regional Sul II - Ponta Grossa Am 840 ´ Comunicação no ritmo da vida Programa Aragão Filho, o repórter! Informação com credibilidade. Ouça! De segunda à sexta, das 11h às 13h. Venha fazer parte desta missão! Seja um amigo da evangelização! Ligue: (44) 3622 5117 e (44) 3622-5033 Fale com Sarah Fávaro. www.radioinconfidenciaam.com.br % Fonte: Centro de Pastoral DATA Dom. 15 Seg. 16 Ter. 17 Qua. 18 Qui. 19 19 e 20 Sex. 20 (44) 3622-5117 Umuarama - PR