avaliação do perfil e comparação do estadiamento das pacientes

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AVALIAÇÃO DO PERFIL E COMPARAÇÃO DO ESTADIAMENTO DAS PACIENTES COM
CÂNCER DE MAMA ATENDIDAS NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA DA SANTA CASA DE
BELO HORIZONTE EM 2 DÉCADAS.
Soares, A. N1*, Bruzi, L.M. 2*; Silva, F.C.L3; Vieira, E.L.4*+; Dias, A. C.5*++, Murta, K. V.6*++
RESUMO
INTRODUÇÃO: O contínuo crescimento populacional, bem como seu envelhecimento, afetará
de forma significativa o impacto do câncer no mundo. Esse impacto recairá principalmente
sobre os países de médio e baixo desenvolvimento. A IARC/OMS estimou que, em 2008,
metade dos casos novos e cerca de dois terços dos óbitos por câncer ocorrerão nessas
localidades. No Brasil, as estimativas, para o ano de 2010, serão válidas também para o ano de
2011, e apontam para a ocorrência de 489.270 casos novos de câncer. Os tipos mais incidentes,
à exceção do câncer de pele do tipo não melanoma, serão os cânceres de próstata e de pulmão
no sexo masculino e os cânceres de mama e do colo do útero no sexo feminino, acompanhando
o mesmo perfil da magnitude observada para a América Latina. Em 2010, são esperados
236.240 casos novos para o sexo masculino e 253.030 para sexo feminino. Estima-se que o
câncer de pele do tipo não melanoma (114 mil casos novos) será o mais incidente na população
brasileira, seguido pelos tumores de próstata (52 mil), mama feminina (49 mil), cólon e reto (28
mil), pulmão (28 mil), estômago (21 mil) e colo do útero (18 mil).Os tumores mais incidentes
para o sexo feminino são os tumores de pele não melanoma (60 mil casos novos), mama (49
mil), colo do útero (18 mil), cólon e reto (15 mil) e pulmão (10 mil). Na Região Sudeste, o
câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres, com um risco estimado de 65 casos novos
por 100 mil.
OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico das pacientes com câncer de mama no serviço de
oncologia da Santa Casa de Belo Horizonte, em duas décadas 1990 e 2010 e comparar o
estadiamento.
MATERIAL E METODOS: Foram analisadas todas as pacientes registradas no Serviço de
Oncologia da Santa Casa de Belo Horizonte em 1990 e 2010, sendo 231 cadastradas em 1990 e
244 em 2010. Usamos as tabelas de distribuição de freqüência para descrever os dados
categóricos e as medidas descritivas para os dados quantitativos e para comparar o estadiamento
nas duas décadas, foi usado o teste qui-quadrado. O software utilizado foi o SPSS versão 17.0.
RESULTADOS: Resultados referentes a 1990: Idade mediana: 54 anos. Casadas: 55%. 1º grau
incompleto: 71,6%. Procedência: 58,6% do interior. Tabagistas: 24,1%. Etilistas: 11,3%. Uso de
anticoncepcionais: 20,8%. Menopausa: 60,9%. Histórico familiar de câncer: 36,6%. Tipo
histológico: 93,5% histologia comum. Estadiamento: EC 0: 0,5%, EC I: 6,7%, EC II: 30,8%,
EC III: 50% EC IV: 12%.
Resultados para 2010: Idade mediana: 55 anos. Casadas: 54,1%. 1º grau incompleto: 53,2%.
Procedência: 33,3% do interior. Tabagistas: 24,1%. Etilistas: 27,3%. Uso de anticoncepcionais:
64,3%. Menopausa: 69,6%. Histórico familiar de câncer: 62,3%. Tipo histológico: 94,1%
histologia comum. Estadiamento: EC 0: 3,4%, EC I: 28,8%, EC II: 29,2%, EC III: 27,5% EC
IV: 11%. Comparando o estadiamento (estádios iniciais x estadios avançados) nas duas décadas
temos um resultado estatisticamente significativo (p = 0,001)
CONCLUSÃO: Como o câncer de mama é o de maior prevalência entre os tipos de cânceres em
mulheres é considerado como um grande problema de saúde pública no Brasil. A detecção
precoce é um dos métodos mais eficientes utilizados para o diagnóstico do câncer. No caso do
câncer de mama sabe-se que 95% dos casos diagnosticados no início têm possibilidade de cura.
Quanto mais precoce for o seu diagnóstico, maior a sobrevida das mulheres, e os tratamentos
serão mais conservadores, resultando em uma menor morbidade e, conseqüentemente, em
melhor qualidade de vida.
REFERÊNCIAS:
1. INCA- Instituto Nacional do Câncer.Tipos de câncer: mama.2010. Disponível em
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama. Acesso em 10/03/2011.
2. JEMAL, A. et al. Cancer Statistics, 2008. CA Cancer J Clin, v. 58, p.71-96, 2008.
3. MENDONÇA, M. A. O. et al. Relationship between risk factors and tumor stage in breast
cancer patients in a university hospital – Brazil. Eur J Gynaecol Oncol, v.XXIX, n. 1, p. 80,
2008.
4. NOVER, A. B. et al. Modern breast cancer detection: A technological review. Int J Biomed
Imaging, n. 902326, 2009.
5. PRUTHI, S. et al. A multidisciplinary approach to the management of breast cancer, part 1:
prevention and diagnosis. Mayo Clin Proc, v.82, n.8, p.999-1012, 2007.
Bioestatística e aluna do mestrado do Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Belo Horizonte – 2
Enfermeira e Coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade de Santa Luzia – 3, Prof. do Instituto
de Ensino e Pesquisa as Santa Casa de Belo Horizonte - 4, 5 Acadêmica de Enfermagem
* Centro de Quimioterapia Antiblástica e Imunoterapia LTDA – Unidade Santa Casa
+ Universidade Salgado de Oliveira, ++Faculdade Pitágoras, +++Faculdade da Cidade de Santa Luzia
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