0 ANDRÉ GILSON DESOTI LUCAS RAMBO ESTUDO DE CASO DA APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA EMPRESA DE OFICINA MECÂNICA TOLEDO, PR. 2013 1 ANDRÉ GILSON DESOTI LUCAS RAMBO ESTUDO DE CASO DA APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA EMPRESA DE OFICINA MECÂNICA Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel. Orientador (a): Profª Es. Edina Carine de S. Kinzler TOLEDO, PR. 2013 2 ANDRÉ GILSON DESOTI LUCAS RAMBO ESTUDO DE CASO DA APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA EMPRESA DE OFICINA MECÂNICA Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, FASUL, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel, sob orientação da Professora Es. Edina Carine de S. Kinzler considerado _________________________ pela Banca Examinadora, com a nota ___________. FOLHA DE APROVAÇÃO ____________________________________________________ Profº Es. Edina Carine de S. Kinzler Orientador - FASUL _____________________________________________________ Profª Me. Leandro de Araújo Crestani Avaliador _____________________________________________________ Profº Es. Elizabete Pitol Avaliador Toledo, 23 de Novembro de 2013. 3 DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho a Deus, a nossas famílias, aos professores que nos auxiliaram e nos apoiaram na elaboração, principalmente ao Prof. Leandro de Araújo Crestani e a orientadora Edina Carine de Souza Kinzler, ao Claudecir e Voldomiro que nos forneceram as informações de sua empresa. Aos colegas de turma com quem pudemos dividir estes anos de graduação, pelas amizades, parcerias e companheirismo. 4 AGRADECIMENTOS A Deus, pela vida oferecida. Aos nossos familiares, pela compreensão quando das inúmeras ausências durante o tempo de graduação. Aos colaboradores, que nos possibilitaram estudar, contribuindo para nosso crescimento. Aos Professores do Curso, pela partilha dos saberes. 5 “Dificilmente existirá alguma coisa neste mundo, que alguém não possa fazer um pouco pior e vender um pouco mais barato e as pessoas que consideram preço somente são as suas merecidas vítimas” (John Ruskin). 6 RESUMO O objetivo deste trabalho de conclusão de curso foi mostrar a importância da contabilidade gerencial para empresas de pequeno porte, pois é uma ferramenta de grande importância na tomada de decisões. A contabilidade gerencial gera informações necessárias que auxiliam diversas áreas dentro de uma empresa, fazendo com que as decisões sejam tomadas com mais segurança para que a mesma se torne mais competitiva e possa crescer no mercado, que hoje em dia, esta cada vez mais difícil de competir devido à falta de informações. Este trabalho de conclusão de curso foi realizado em uma oficina mecânica onde foi implantado um sistema. Nesta mesma oficina mecânica anteriormente a contabilidade era realizada manualmente e sem qualquer controle. A empresa também se encontrava em desequilíbrio gerencial, que se estendia desde o custo da prestação de serviço oferecido ao controle de estoque, custo de mercadorias, controle e administração das informações sistematizadas. Para auxiliar a empresa, foram feitas pesquisas bibliográficas, onde foram aprofundados alguns temas de grande importância para a empresa, que são: contabilidade gerencial, análises de balanço, formação de preços, e com menos ênfase, custos, estoques e sistemas de informação. Dessa forma, foi necessário implementar métodos de acordo com outros autores e correlacioná-los ao atual estado da empresa. Concluindo, espera-se que o administrador da empresa tenha conhecimento de contabilidade gerencial para tomar as decisões mais oportunas, proporcionando uma visão ampla e panorâmica de sua empresa. Neste contexto, o mesmo pode utilizar todas as ferramentas que a contabilidade gerencial pode oferecer, possibilitando assim, agir de acordo com as ameaças internas e externas, a fim de elevar a rentabilidade do seu empreendimento. Palavras – chave: Contabilidade gerencial; Custos; Controle; Contabilidade Financeira. 7 ABSTRACT The aim of this work conclusion of course was to show the importance of management accounting for small business, because it is an important tool in decisions making. The management accounting generates information necessary that assist several areas within of a business, so that the decisions are taken with more securely for that the same becomes more competitive and grow sup in the market, which today is increasingly difficult of to compete for lack of information. This course conclusion work was carried out in a mechanical workshop where was deployed a system. In this same mechanical workshop the previously accounting was done manually and without any control. The company was also in unbalanced managerial, that extended from the cost of service delivery offered to inventory control, cost of goods, control and administration of systematized information. To assist the business, were made bibliographic searches, where were deepened some topics of great importance to the company, which are: managerial accounting, balance sheet analysis, price formation, and with less emphasis, costs, stocks and information systems. Thus, was necessary methods implement according to other authors and correlate them with the current state of the company. Concluding, it is expected that the company administrator has knowledge of managerial accounting to make the decisions more timely, providing a broad and panoramic vision of your company. In this context, the same can use all the tools that management accounting can offer, thus enabling act according to the internal and external threats, in order to raise the profitability of your business venture. Keywords: Managerial Accounting; Costs Accounting; Control; Financial Accounting. 8 Lista de quadros QUADRO 1 Características básicas da contabilidade financeira e gerencial.............................. 22 QUADRO 2 – Balanço financeiro gerencial dos exercícios de 2011 e 2012 – ATIVO .............. 44 QUADRO 3 – Balanço financeiro gerencial dos exercícios de 2011 e 2012 – PASSIVO ......... 45 QUADRO 4 – Demonstração de resultado dos períodos 2011 e 2012 – DR .............................. 46 QUADRO 5 – Preços das peças................................................................................................... 64 QUADRO 6 – Diferença do preço das peças em porcentagem comparando as empresas pesquisadas com a empresa estudada ........................................................................................... 64 QUADRO 7 – Preço da Mão de obra .......................................................................................... 66 QUADRO 8 – Diferença do preço da Mão de obra em porcentagem comparando as empresas pesquisadas com a empresa estudada ........................................................................................... 67 QUADRO 9 – Preço Total ........................................................................................................... 68 QUADRO 10 – Diferença do preço da peça mais a Mão de obra em porcentagem comparando as empresas pesquisadas com a empresa estudada .................................................. 68 9 Lista de Gráficos GRÁFICO 1 – Índice de liquidez corrente período 2011 e 2012................................................ 46 GRÁFICO 2 – Índice de liquidez seca período, 2011 e 2012 ..................................................... 47 GRÁFICO 3 – Índice de liquidez imediata, período 2011 e 2012 .............................................. 48 GRÁFICO 4 – Índice de liquidez geral, período 2011 e 2012 .................................................... 49 GRÁFICO 5 – Índice de PMRE, período 2011 e 2012............................................................... 50 GRÁFICO 6 – Índice de PMRE, período 2011 e 2012............................................................... 52 GRÁFICO 7 – Índice de PMRE, período 2011 e 2012............................................................... 53 GRÁFICO 8 – Taxa de retorno sobre investimento (TRI) 2011 e 2012 ..................................... 54 GRÁFICO 9 – Taxa de retorno sobre patrimonio líquido (TRPL) 2011 e 2012 ........................ 55 GRÁFICO 10 – Margem líquida 2011 e 2012 ............................................................................ 56 GRÁFICO 11 – Giro do ativo, 2011 e 2012 ............................................................................... 57 GRÁFICO 12 – Participação de capital de terceiros sobre recursos totais, 2011 e 2012 ........... 58 GRÁFICO 13 – Endividamento geral, 2011 e 2012 ................................................................... 59 GRÁFICO 14 – Garantia de capital de terceiros, 2011 e 2012 ................................................... 60 GRÁFICO 15 – Composição de endividamento, 2011 e 2012 ................................................... 61 GRÁFICO 16 – Preço da peça .................................................................................................... 65 GRÁFICO 17 – Preço da Mão de obra. ...................................................................................... 67 GRÁFICO 18 – Preço Total ........................................................................................................ 69 10 LISTA DE SIGLAS PMRV - Prazo médio de recebimento de vendas PMPC - Prazo médio de pagamento de compras PMRE - Prazo médio de renovação de estoques CMV – Custo da mercadoria vendida TRI - Taxa de retorno sobre investimentos TRPL - Taxa de retorno sobre patrimonio liquido PL – Patrimônio liquido PCT – Passivo circulante total RT – Recursos totais ELP – exigível à longo prazo PC – Passivo circulante UEPS – ultimo a entrar, primeiro a sair PEPS – primeiro a sair, primeiro a entrar DR – Demonstração de resultado 11 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 13 1 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL PARA AS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ............................................................................................................ 16 1.1 CONTABILIDADE GERENCIAL E A FUNÇÃO DE CRIAÇÃO DE VALOR ................ 17 1.2 CONTABILIDADE GERENCIAL E GESTÃO ESTRATÉGICA ...................................... 17 1.3 ATITUDES E CARACTERÍSTICAS DO CONTADOR GERENCIAL .............................. 19 1.4 DIFERENÇA ENTRE CONTABILIDADE GERENCIAL E CONTABILIDADE FINANCEIRA ............................................................................................................................. 20 1.5 INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS ................................................................ 23 1.6 OBJETIVOS DOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS ................................. 23 1.6.1 Índices de liquidez ou Indicadores de capacidade de pagamento ....................................... 24 1.6.1.1 Liquidez corrente .............................................................................................................. 24 1.6.1.2 Liquidez seca .................................................................................................................... 24 1.6.1.3 Liquidez imediata ............................................................................................................. 25 1.6.1.4 Liquidez geral ................................................................................................................... 25 1.6.2 Índices de atividade ............................................................................................................. 26 1.6.2.1 Prazo médio de recebimento (PMRE) .............................................................................. 27 1.6.2.2 Prazo médio de pagamento de compras (PMPC) ............................................................. 27 1.6.2.3 Prazo médio de renovação de estoques (PMRE) .............................................................. 28 1.6.3 Índices de rentabilidade ....................................................................................................... 28 1.6.3.1 Taxa de retorno sobre investimentos (TRI) ..................................................................... 29 1.6.3.2 Taxa de retorno sobre patrimonio liquido (TRPL) ........................................................... 29 1.6.3.3 Margem líquida ................................................................................................................ 30 1.6.3.4 Giro do ativo ..................................................................................................................... 30 1.6.4 Índices de endívidamento .................................................................................................... 30 1.6.4.1 Participação de capital de terceiros sobre recursos totais ................................................. 31 1.6.4.2 Endívidamento geral ......................................................................................................... 31 1.6.4.3 Garantia de capital de terceiros ........................................................................................ 32 1.6.4.4 Composição de endívidamento......................................................................................... 32 1.7 CONTABILIDADE DE CUSTOS ......................................................................................... 32 1.7.1 Estoques ............................................................................................................................... 34 1.7.2 Formação de preço de venda ............................................................................................... 34 12 1.7.2.1 Formação de preço de venda a partir do custo e sua validade .......................................... 35 1.7.2.2 Formação de preços de venda a partir do custeio por absorção ....................................... 35 1.7.2.3 Formação de preço de vendas a partir do custeio direto/variável..................................... 36 1.7.2.4 Formação de preços de venda a partir dos custos de transformação ................................ 36 1.7.2.5 Formação de preços de venda a partir do mercado .......................................................... 36 1.7.3 Mão de obra ......................................................................................................................... 37 2 METODOLOGIA ................................................................................................................... 39 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS .................................................................. 43 3.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ ..................................................................................................... 46 3.1.1 Liquidez corrente ................................................................................................................. 46 3.1.2 Liquidez seca ...................................................................................................................... 47 3.1.3 Liquidez imediata ............................................................................................................... 48 3.1.4 Liquidez geral ..................................................................................................................... 49 3.2 ÍNDICES DE ATIVIDADE .................................................................................................. 50 3.2.1 Prazo médio de renovação de estoque – PMRE ................................................................. 50 3.2.2 Prazo médio de recebimento vendas – PMRV ................................................................... 51 3.2.3 Prazo médio de pagamento de fornecedores – PMPF ........................................................ 52 3.3 ÍNDICES DE RENTABILIDADE ........................................................................................ 53 3.3.1 Taxa de retorno sobre investimentos (TRI) ........................................................................ 53 3.3.2 Taxa de retorno sobre patrimonio liquido (TRPL) ............................................................. 54 3.3.3 Margem líquida .................................................................................................................. 55 3.3.4 Giro do ativo ....................................................................................................................... 56 3.4 ÍNDICES DE ENDÍVIDAMENTO ...................................................................................... 57 3.4.1 Participação de capital de terceiros sobre recursos totais ................................................... 57 3.4.2 Endividamento geral ........................................................................................................... 58 3.4.3 Garantia de capital de terceiros .......................................................................................... 59 3.4.4 Composição de endividamento ........................................................................................... 60 3.5 Implantação de um sistema eletrônico ................................................................................... 61 3.6 ESTOQUE ............................................................................................................................. 62 3.7 Preços de Venda e Mão de Obra ........................................................................................... 63 2 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 71 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 73 ANEXOS .................................................................................................................................... 76 13 INTRODUÇÃO A Contabilidade gerencial é de suma importância dentro de qualquer organização, pois por meio dela são repassadas informações financeiras para a administração onde é realizado planejamentos, controle e avaliação da organização. Temos como tema central aperfeiçoar a contabilidade gerencial, aprimorando controle financeiro, custo da prestação de serviço, estoque. Este trabalho de conclusão de curso tem por objetivo adquirir conhecimento na área de contabilidade gerencial e apresentando algumas noções sobre custos que será implantado em uma empresa com o decorrer do tempo, mostrando que a empresa esta cada vez mais preocupada em seu atendimento aos clientes e colaboradores, buscando sempre melhorar seus produtos e serviços para atender todas as necessidades. A contabilidade gerencial deve oferecer todas suas ferramentas para a empresa. Possui como principal objetivo adotar vários outros temas da contabilidade como: contabilidade de custos, contabilidade financeira, entre outros, onde eles são tratados em um conjunto único, envolvendo vários processos, tais como, identificação, análises, interpretação de dados, controle e muitos outros, que uma empresa necessita muito nos dias de hoje. Com a competitividade que cerca as empresas, é fundamental que elas adotem um sistema de organização com técnicas de gestão mais especializada. A contabilidade gerencial ajuda na produção de informações úteis aos administradores. Para facilitar o entendimento da contabilidade gerencial, é importante que se saiba o papel da contabilidade. Segundo Ribeiro (2003, p. 19) “a contabilidade uma ciência que possibilita, por meio de suas técnicas, o controle permanente do patrimônio das empresas. Assim sendo, pode-se dizer que a contabilidade estuda, controla e observa o patrimônio de uma empresa”. Visto que na empresa estudada ainda não há um método eficaz para realizar qualquer tipo de controle, seja financeiro ou de estoque, é necessário realizar uma renovação no sistema organizacional da mesma. Começando pela contabilidade gerencial, que se torna uma ferramenta de suma importância para seus administradores, pois fornece à eles as informações necessárias para obterem bons resultados com sucesso. A contabilidade gerencial está relacionada tanto ao fornecimento de informações ao seus administradores, ou seja, àqueles que estão dentro da empresa e são responsáveis pela direção e controle de suas operações, quanto à contabilidade financeira, que por sua vez é 14 responsável em fornecer informações àqueles que estão de fora da organização, como credores, acionistas. Dessa forma, a contabilidade gerencial deve fazer uma ponte entre as ações locais dos administradores da empresa e a lucratividade da mesma, para que consigam analisar e saber qual decisão tomar. Outro tema relevante para um bom funcionamento da empresa é a contabilidade de custos, a qual fornece informações gerenciais para que os diversos níveis da administração sejam capazes de planejar, controlar e decidir com maior eficiência e eficácia. Hoje em dia, muitas empresas exercem atividades sem saber o verdadeiro lucro obtido pela produção e venda de um produto ou de um serviço. Para um bom andamento da empresa, é necessário ter um controle, sabendo de todos os custos da empresa, podendo assim formar um valor exato que cubra todos os custos e ainda gere uma certa lucratividade. Daí a importância da contabilidade de custos, que torna esse processo possível. A administração financeira também exerce um papel de grande importância na empresa, pois ela tem como objetivo maximizar a riqueza da empresa através da boa administração dos recursos financeiros. Como obter e onde aplicar esses recursos é a atividade principal do administrador financeiro. Para atingir este objetivo o administrador preocupa-se também com a administração do capital de giro e com os resultados, que são expressos nas demonstrações financeiras. A empresa estudada encontra-se em dificuldade com a administração do controle financeiro, resultando diacronia em recebimentos e pagamentos, assim sendo necessária a disponibilidade de capital de giro. A partir dessa discussão, a questão que orienta esta pesquisa exploratória é: Qual a contribuição da contabilidade gerencial no andamento da empresa? Como ter um controle financeiro eficaz?. A contabilidade gerencial fornece as informações necessárias para um melhor resultado na empresa, também auxiliando na tomada de decisões. É necessário uma ótima administração financeira que saiba gerir os recursos, para aumentar a riqueza da empresa. O objetivo geral deste trabalho de conclusão de curso é organizar a empresa como um todo a fim de possibilitar um melhor gerenciamento de seus recursos, assim como, orientar a empresa para que saiba como maximizar os lucros. Tendo como objetivos específicos: Descrever os conceitos de contabilidade gerencial, financeira e custos; Viabilizar formas de controle gerencial que tragam melhores resultados; 15 Identificar os principais problemas enfrentados pela empresa, para que possa ter uma gestão mais eficaz; Contudo o trabalho de conclusão de curso buscou apresentar a importancia da contabilidade gerencial, financeira e também sobre custos, tanto de mercadorias quanto de prestação de serviço, demonstrando o conceito, os pareceres dos autores, e como podemos aplicar isso dentro da empresa trazendo melhores resultados. 16 1 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL PARA AS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE Desde o início a contabilidade vem passando por diversas mudanças até os dias atuais, porém a cada dia que passa está ganhando força e mostrando a sua importância no mercado. Dentro dela está a contabilidade gerencial que é um dos ramos que mais cresce nos últimos anos, por fornecer ferramentas de gestão aos administradores de empresas, que necessitam dessas ferramentas para poder competir no mercado atual. A pesquisa tem como perspectivas apresentar os conceitos da contabilidade gerencial, mostrando qual a sua importância para empresa no momento da tomada de decisão. A partir disso também serão conceituados a contabilidade de custos e financeira que auxiliarão a gestão da empresa. Conforme Padoveze (2010, p. 33): A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a varias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na analise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório. Para Crepaldi (2004, p. 20) a contabilidade gerencial, “é voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuados por um sistema de informação gerencial”. Segundo Garrison (2007, p. 5) “Além de um planejamento para o futuro, os administradores estão encarregados de supervisionar as atividade do dia-a-dia e manter o funcionamento regular da organização”. Sendo assim é necessário que eles consigam motivar as pessoas ao seu redor como os funcionários por exemplo, pois precisam resolver conflitos muitas vezes, distribuir tarefas, tomar decisões que envolvem clientes e funcionários, isto se torna uma rotina para administração. Porém dados da contabilidade gerencial tais como relatórios de vendas diários são utilizados muitas vezes para resolver conflitos entre clientes e vendedores no dia-a-dia. 17 1.1 CONTABILIDADE GERENCIAL E A FUNÇÃO DE CRIAÇÃO DE VALOR No mercado atual a missão nas entidades empresariais é a criação de valor, onde é realizado um processo de informação gerado pela contabilidade para que as empresas consigam alcançar suas missões. Com o passar dos tempos foram criados estágios novos que suprissem as necessidades dos estágios anteriores, esses estágios estão relacionados à geração e criação de valor na contabilidade gerencial (PADOVEZE, 2010). Conforme Padoveze (2010, p. 34) são eles: Estágio 1 – Antes de 1950, o foco era na determinação do custo e controle financeiro, através do uso das tecnologias de orçamento e contabilidade de custos; Estágio 2 – Por volta de 1965, o foco foi mudado para o fornecimento de informação para o controle e planejamento gerencial, através do uso de tecnologias tais como análise de decisão e contabilidade por responsabilidade; Estágio 3 – Por volta de 1985, a atenção foi focada na redução do desperdício de recursos usados nos processos de negócios, através do uso das tecnologias de análise do processo e administração estratégica de custos; Estágio 4 – Por volta de 1995. A atenção foi mudada para a geração ou criação de valor através do uso efetivo dos recursos, através do uso de tecnologias tais como exame dos direcionadores de valor ao cliente, valor para o acionista, e inovação organizacional. A contabilidade gerencial de criação de valor tem então por objetivo centrar-se na geração de lucros empresariais para seus proprietários. No linguajar financeiro, o dinheiro que é aplicado em máquinas, terrenos, estoques e mão de obra, como o passar dos tempos quando começa a vender a empresa gera dinheiro, isto quer dizer, lucros para seus sócios ou acionistas. Como podemos também citar essa então é a base para criação de valor: “A finalidade da empresa é a criação de valor para seu proprietário” (PADOVEZE, 2010, p. 35). 1.2 CONTABILIDADE GERENCIAL E GESTÃO ESTRATÉGICA O contador gerencial busca fornecer ferramentas necessárias para administração da empresa forma estratégica que auxiliarão a mesma para que as tomadas de decisões sejam tomadas de maneira correta com auxilio de um sistema de informação que atendas as necessidades necessárias da empresa. “O estágio atual da contabilidade gerencial está centrado nas atividades e sistemas de informações de monitoramento da estratégia” (PADOVEZE, 2010, p. 37). Este novo estágio que foi criado por volta de 2000, tem por objetivo incorporar a contabilidade gerencial nas atividades de disponibilização e controle de sistemas de 18 informações, para que possa assim ser feito um monitoramento da estratégia, com a implantação, de sistemas de informação que servirão para análise do ambiente empresarial, tanto interno quanto externo, para que o planejamento estratégico identifique as oportunidades e ameaças fazendo um confronto com os pontos fortes e fracos da empresa (PADOVESE, 2010). Para Marques (2004), é importante que além de implantada a informação contábil ela seja útil para as pessoas que fazem parte da administração da empresa, pois hoje o que uma empresa busca é a excelência empresarial, para que possa competir no mercado. Para isso é necessário ter uma rotina das informações contábeis gerenciais, assim para realizar a contabilidade gerencial na empresa precisa-se fazer um sistema de informação gerencial e um operacional, assim poderá atender todas as necessidades da empresa. Neste trabalho serão usadas as informações com intuito de mostrar as quantidades de materiais que foram usados, a mão de obra e o tempo das máquinas que serão usados no serviço. Para Crepaldi (2004, p. 20), “a contabilidade é uma atividade fundamental na vida econômica [...], pois uma vez que há recursos escassos, temos que escolher entre as melhores alternativas”. Conforme Marques (2004, p. 85): A contabilidade gerencial, desenvolve há muito tempo, um papel de controlador das informações necessárias, que torne a organização uma força de análise e tomada de decisões nos fatores mais preponderantes e importantes na nossa administração. Isto nos mostra que a contabilidade gerencial sempre foi de extrema importância e cada dia que passa e ganha mais força nos auxílios para uma boa administração, para a empresa manter-se competitiva no mercado. Segundo Padoveze (2010, p. 47): Para os administradores que buscam a excelência empresarial, uma informação, mesmo que útil, só é desejável se conseguida a um custo adequado e interessante para a entidade [...] o sistema de informação gerencial exige planejamento para produção dos relatórios, para atender plenamente aos usuários. Após conhecer a empresa deve-se fazer um levantamento de todo histórico da empresa, para que possa ver quais seus pontos fortes e seus pontos fracos, após isso, formar relatórios para fornecer ao administrador onde deve ser melhorado e onde a empresa mesmo com resultados positivos pode melhorar ainda mais seus desempenhos. 19 Segundo Crepaldi (2004, p. 22), o contador gerencial pela IFAC – Federação Internacional de Contabilidade, como um profissional que: “Identifica, mede, acumula, analisa, prepara, interpreta, e relata informações, tanto financeiras como operacionais”. Sendo que esses meios serão utilizados para administração de uma empresa, seja no seu planejamento, na avaliação e controle das atividades. O contador gerencial deve trabalhar muito para garantir que o administrador tome as melhores decisões estratégicas, deve-se saber o que a empresa precisa de imediato e o que ela vai precisar mais tarde, criando questões fundamentais em toda empresa, e encontrando as respostas corretas para determinadas perguntas (CREPALDI, 2004). Conforme visto, são vários os campos que a contabilidade gerencial abrange, sendo assim, serão aplicadas todas essas técnicas para que as mesmas possam contribuir na tomada de decisões corretas, podendo assim auxiliar os administradores. Ela mostra ao administrador como sua empresa está se comportando tanto no ambiente interno quanto no ambiente externo. 1.3 ATITUDES E CARACTERÍSTICAS DO CONTADOR GERENCIAL Para Ludícibus (1998, p. 22), uma das características que distinguem o bom contador gerencial de outros profissionais ligados à área da contabilidade, diríamos que a fundamental é saber tratar, refinar e apresentar de maneira clara, resumida e operacional dados esparsos contidos nos registros da contabilidade financeira, de custos etc., bem como juntar tais informes com outros conhecimentos não especificamente ligados à área contábil, para suprir a administração em seu processo decisório. Segundo Dias (2005): o termo contador gerencial não é novo. A contabilidade gerencial surgiu após a revolução industrial, que ocorreu no século XVIII, devido a necessidade de levantar os custos do valor do processo de conversão de Mão de obra e materiais em novos produtos. Por exemplo, um contador de custos, muitas vezes pelo fato de não ser exposto à contabilidade gerencial em nenhum momento, ao apurar as variações entre custo orçado e real, ele se limita a informar tais variações e incluí-las ou não na demonstração de resultados. 20 Já um contador gerencial vai utilizar essas variações até o extremo grau possível de detalhe, para poder discernir quais as áreas que merecem uma investigação maior, pelo fato das variações apuradas (IUDÍCIBUS, 1998). Sendo assim é necessário que um contador gerencial tenha uma formação bastante ampla, que tenha conhecimentos e técnicas para que resultados possam ser alcançados com métodos quantitativos, deve estar a par de conceitos de economia, deve saber observar como os administradores reagem ao terem contato com relatórios contábeis, por exemplo, pois o que os empresários querem é algo simplificado de fácil entendimento para tomada de decisões. Entretanto é preciso saber que este cargo ou função não existe na prática, porém é preciso ter uma formação bem ampla, ou seja ser um contador com mentalidade gerencial, para poder exercer essa profissão que é de extrema importância para empresas tanto de pequeno, médio e grande porte hoje em dia. “na verdade, este contador poderá ser o controlador da empresa, o contador de custos, o próprio contador geral ou o diretor financeiro” (IUDÍCIBUS, 1998, p. 23). 1.4 DIFERENÇA ENTRE CONTABILIDADE GERENCIAL E CONTABILIDADE FINANCEIRA Quando se fala em contabilidade gerencial é necessário entender que ela necessita da contabilidade financeira, pois ela tem por objetivo gerar os relatórios que servirão para contabilidade gerencial dar o parecer fazer as análises necessárias, onde encontrará as respostas e soluções que os administradores das empresas necessitam atualmente. “Quando é feito a contabilidade dentro da organização são usados os termos contabilidade gerencial, já a contabilidade financeira é utilizada quando a organização presta informações a terceiros” (CREPALDI, 2004 p.20). Para Atkinson et al. (2008, p. 37): A contabilidade financeira lida com a elaboração e a comunicação de informação econômica sobre uma organização ao público externo: acionistas, credores (bancos, financeiras e fornecedores), órgãos reguladores e autoridades governamentais tributárias [...] a contabilidade gerencial deve fornecer informações econômicas ao publico interno, como operadores/funcionário, gerentes intermediários e executivos seniores. 21 O importante da contabilidade gerencial é que ela auxilia os funcionários a melhorar a qualidade das operações reduzindo os custos e aumentando a adequação de operações que são úteis para os clientes. Porém a contabilidade financeira é que fornece a informação para o público externo, mostrando até mesmo para clientes como está indo a empresa, pois quando isso é visto pelos clientes e é notado que a empresa está se desenvolvendo, é sinal que seus serviços são de excelente qualidade, atraindo assim o público externo. Conforme Garrison (2007, p. 6), Como o planejamento é uma parte tão importante do trabalho do administrador, a contabilidade gerencial possui uma enfática orientação para o futuro. Ao contrário, a contabilidade financeira fundamentalmente fornece sínteses de transações financeiras passadas. A contabilidade financeira é muito útil para um planejamento eficaz, porém até certo ponto, pois o futuro não é simplesmente um espelho do que aconteceu no passado, pois a empresa deve estar se atualizando constantemente, pois isso é que o mercado atual está exigindo. A economia está mudando, os clientes estão cada vez mais exigentes, as condições econômicas estão mais fáceis para quem deseja abrir uma empresa, etc., tudo isso requer do administrador um planejamento de saber o que vai acontecer, e não mais somente do que aconteceu (GARRISON, 2007). Ainda Garrison (2007) a contabilidade financeira foca mais na preparação de relatórios para a empresa como um todo. Já a contabilidade gerencial se preocupa muito mais nas partes, ou seja, todos os segmentos da empresa. Porém a empresa não pode deixar de investir em qualidade, ou seja, não pode parar no tempo após ter alcançado sua qualidade no mercado, sendo que a concorrência está cada vez maior. O quadro a seguir irá mostrar as diferenças básicas entre a contabilidade gerencial e financeira, (ATKINSON, 2008). 22 QUADRO – 1 Características básicas da contabilidade financeira e gerencial Contabilidade financeira Contabilidade gerencial Audiência Externa: acionistas, credores, Interna: funcionários, autoridades tributarias executivos. gerentes, Propósito Informar as decisões internas tomadas Relatar o desempenho passado por funcionários e gerentes; dar ao publico externo; contratos feedback e controlar o desempenho com proprietários e credores operacional. Posição no tempo Histórica; atrasada. Atual, orientada para o futuro Restrições Regulamentada; orientada por princípios contábeis geralmente aceitos e por autoridades governamentais Tipo de informação Apenas mensuração financeira Desregulamentada; sistemas e informações determinados pela administração para atender às necessidades estratégicas operacionais. Mensurações financeiras, operacionais e físicas sobre processos, tecnologias, fornecedores, clientes e concorrentes. Natureza da informação Objetiva, auditável, confiável, Mais subjetiva e sujeita a juízo de valor; consistente, precisa. válida, relevante, precisa. Escopo Altamente agregada; relatórios Desagregada; informa decisões e ações sobre a organização total locais. FONTE: Atkinson et al. 2008, p.37. O conhecimento na área de finanças também auxilia muito na tomada de decisões, pois auxilia a empresa para que aja um bom planejamento, conhecendo a contabilidade financeira, ajuda a entender os relatórios financeiros da empresa, saber os significados dos números, mesmo que ainda não tenha como gera-los, (CREPALDI, 2004). Através do quadro onde mostra a diferença em contabilidade gerencial e financeira mostra que a financeira segue um padrão definido por órgãos reguladores ao contrário da contabilidade gerencial que tem o seu objetivo em fornecer informações necessárias aos administradores das empresas. 23 1.5 INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS Segundo Padoveze (2010), os indicadores econômicos financeiros têm por objetivo representar o conceito de análise de balanço, onde são realizados cálculos matemáticos a partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, através disso são procurados números que ajudem no processo de clarificação do entendimento de como a empresa está em determinado período, em seus aspectos patrimoniais, financeiros e de rentabilidade. Sendo assim, para que sejam elaborados os cálculos são utilizados as contas do ativo, passivo e patrimônio líquido, e demonstração do resultado do exercício. Onde são retirados valores, e feitos os cálculos através de suas fórmulas encontrando assim os valores que muitas vezes são desconhecidos pelas empresas. 1.6 OBJETIVOS DOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS Seu objetivo básico é mostrar a real situação da empresa, podendo mostrar para os seus proprietários um parecer de uma futura situação da empresa, quando os indicadores tiverem uma sequência (PADOVEZE, 2010). Para Padoveze (2010) quando forem detectados problemas de continuidade, a administração terá informações para poder reverter a situação, para que não haja possíveis danos futuros para empresa. A seguir serão relacionadas 4 (quatro) categorias de analise das demonstrações financeiras que serão calculados para demonstrar a verdadeira situação da empresa, que são: Índices de liquidez; Índices de atividade; Índices de endívidamento; Índices de lucratividade ou rentabilidade. Esses indicadores foi de suma importância para analise dos dados fornecidos pela empresa. 24 1.6.1 Índices de liquidez ou Indicadores de capacidade de pagamento Esses indicadores buscam mostrar a capacidade da empresa em saldar suas dívidas com terceiros, com dados apenas do balanço patrimonial, onde também são conhecidos como indicadores estatísticos, pois a cada período eles são alterados (PADOVEZE, 2010). Ainda Padoveze (2010, p.215) relata que: Os indicadores serão sinalizadores internos importantes para a companhia. Nada impede,porém que acontecimentos extraordinários aconteçam (falência de bancos e perdas de aplicações financeiras, falência de um grande cliente, destruição de estoques etc.) fazendo com que a situação evidenciada pelos indicadores sofra mudança brusca. Assim sendo, é importante que os índices da empresa sejam maiores que R$1,00 (um real), para cada real de dívida com terceiros, pois mostra que a empresa tem capacidade de pagar suas dívidas sem precisar mexer na estrutura da empresa. 1.6.1.1 Liquidez corrente Este indicador tem por objetivo verificar a capacidade da empresa em saldar suas dívidas a curto prazo, um fator importante é que ele seja sempre maior que R$ 1,00 (um real) para cada real de dívida com terceiros, sendo ótimo quando for a partir de R$ 1,50 (um real e cinquenta centavos) pois mostra que a empresa consegue pagar suas obrigações com terceiros e ainda sobra R$ 0,50 (cinquenta centavos). Para que este índice seja realizado será feito um calculo através da seguinte fórmula: Liquidez corrente = Ativo Circulante Passivo Circulante Quanto maior este indicador melhor será para empresa, pois, mostra quanto a empresa tem a curto prazo para saldar suas dívidas com terceiros. 1.6.1.2 Liquidez seca O índice de liquidez seca indica os recursos disponíveis pela empresa para pagamento de suas exigibilidades, de modo que para que o calculo seja realizado é retirado os valores de estoque, assim serão utilizados apenas os valores em dinheiro como bancos caixa e contas a receber a curto prazo. 25 Este indicador tem o mesmo objetivo do anterior, porém mostra a capacidade da empresa em saldar suas dívidas sem a utilização de estoques do ativo circulante. “Este é um indicador de liquidez mais duro que o corrente, no sentido de que a exclusão dos estoques do ativo circulante transforma essa parcela do ativo apenas em valores recebíveis, jogando contra os valores a pagar” (PADOVEZE, 2010, p.217). Fórmula de cálculo: Ativo Circulante (-) estoques Liquidez seca = Passivo Circulante Este índice para empresa quanto maior for é melhor, pois trata da capacidade de pagamento da empresa, muitas empresas no mercado atual quebram pois possuem estoques com valores altíssimos, prejudicando muitas vezes giro de capital, sendo que em alguns casos alguns produtos são poucos aceitos no mercado. 1.6.1.3 Liquidez imediata “Este é o indicador mais claro de liquidez, uma vez que considera apenas os ativos financeiros efetivamente disponíveis para serem utilizados na execução de qualquer pagamento de curto prazo” (PADOVEZE, 2010, p.218). Fórmula de cálculo: Disponibilidades (caixa/bancos/aplicações financeiras) Liquidez imediata= Passivo Circulante Este índice é a forma mais adequada de medir a capacidade de pagamento de terceiros no curto prazo, pois excluem do cálculo os estoques e a duplicatas a receber de clientes utilizando-se apenas as disponibilidades da empresa no momento atual. 1.6.1.4 Liquidez geral Conforme Padoveze (2010) seu objetivo continua sendo a capacidade da empresa e pagar suas dívidas, no entanto analisa as condições totais de saldos a receber e a realizar em relação com os valores a pagar, considerando tanto os dados de curto e longo prazo. Fórmula de cálculo: 26 Ativo Circulante (+) Realizável a Longo Prazo Liquidez geral= Passivo Circulante (+) Exigível a Longo Prazo Para Silva (2004), em relação à capacidade de pagamento quanto maior este índice melhor será para empresa. 1.6.2 Índices de atividade Os índices de atividade são utilizados para mostrar para a administração da empresa quais são seus prazos médios através de números retirados do balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício, onde traz números que mostram quanto tempo seus estoques ficam nas prateleiras, o quanto demora para receber as dívidas de seus clientes e quais prazos médios é conseguido por seus fornecedores para pagamento. Para Padoveze (2010, p.221): Esses indicadores buscam evidenciar a dinâmica operacional da empresa, em seus principais aspectos refletidos no balanço patrimonial e na demonstração de resultados. Os indicadores são calculados inter-relacionando o produto das transações da companhia e o saldo constante ainda no balanço patrimonial, e envolvem os principais elementos formadores do capital de giro próprio da empresa. Esses índices também refletem nas políticas de administração do fluxo de caixa, para que possam assim manter um fluxo continuo nas atividades operacionais, auxiliando também a empresa para saber a sua produtividade em determinado período de tempo (PADOVEZE, 2010). Sendo assim sempre é bom que os estoques tenham uma boa rotatividade, pois indica que a empresa está conseguindo um boa participação no mercado, além disso, é essencial que consiga um bom prazo com seus fornecedores e em decorrência disso conseguirá prazos para seus clientes também melhorando seu crescimento no mercado que está cada vez mais exigente. A seguir será mostrada a importância de cada índice de atividade, apresentando sua importância e através das fórmulas como são feitos seus devidos cálculos. Sendo que ideal para empresa é que esses índices sejam analisados em conjunto, pois é importante para empresa que ela receba suas receitas antes da quitação de seus compromissos. 27 1.6.2.1 Prazo médio de recebimento de vendas (PMRV) Este indicador tem por objetivo, mostrar para empresa qual esta sendo seu prazo médio para recebimento de vendas, ou seja, quanto tempo a empresa está demorando para receber suas vendas diárias. “Como análise financeira, devemos lembrar que o fundamento de finanças diz que este indicador deve ser o menor possível. Como fundamento de finanças, quanto menos tempo se demora para receber um crédito, melhor”, afirma (PADOVEZE, 2010, p.222). Este trabalho de informar qual o prazo médio de recebimento de seus serviços ou vendas é realizado através da fórmula de cálculo: Prazo médio de recebimento = Clientes (Duplicatas a Receber) x 360 dias Receita Operacional Bruta Muitas vezes é importante que o cálculo seja feita mensalmente, pois no começo do trabalho do contador gerencial isso é muito importante, pois ele já terá uma prévia de como estão ocorrendo os prazos da empresa, porém o costume é de fazer anual. Em nosso caso foi feito anualmente, utilizando 2 (dois) períodos, pois a partir do nosso trabalho na empresa que começou a enviar todas as informações para o escritório de contabilidade, onde antes não havia essa rotina, devido à falta de informação aos administradores da empresa. 1.6.2.2 Prazo médio de pagamento de compras (PMPC) Este indicador tem por objetivo mostrar a capacidade da empresa para pagar suas dívidas com seus fornecedores, sejam de materiais ou até mesmo serviços, na maioria dos casos a empresa depende das políticas de créditos que seus fornecedores conseguem adotar, pois muitas vezes depende muito das quantidades de compra realizada pela empresa e etc. Porém quanto maior o prazo melhor. (PADOVEZE, 2010). Fórmula de cálculo: Prazo médio de Pagamento = Fornecedores (Duplicatas a Pagar) x 360 dias Compras Para Padoveze (2010, p. 223) “é importante ressaltar a problemática inflacionária. Onde o prazo de pagamento sempre estará influenciado pela taxa de custo financeiro embutido nas compras pelo fornecedor”. 28 Quando se consegue um bom prazo com fornecedores, os administradores ou proprietários da empresa consegue passar aos seus clientes uma forma melhor para recebimento de seus serviços, conseguindo assim ser mais competitivo no mercado, pois todos clientes além da qualidade do serviço prestado na maioria das vezes precisam de um bom prazo ou seja formas de pagamentos melhores, então é fundamental conseguir fornecedores fixos para que desse modo consiga negociar prazos melhores, assim alcançando também as necessidades de seus clientes. 1.6.2.3 Prazo médio de renovação de estoques (PMRE) Este indicador mostra para empresa a velocidade que seu estoque se transforma em produtos vendidos, porém quanto menor for o tempo melhor será mostrando assim que a empresa está tendo boas vendas, isso quando se tratar de um comércio (PADOVEZE, 2010). Fórmula de cálculo: Prazo médio de renovação de estoque= Estoque médio x 360 dias (CMV) Quando ocorre uma boa rotatividade nos estoques da empresa além de ser bom para ela mostra que seus clientes confiam na qualidade dos serviços prestados, podendo muitas vezes aumentar seus estoques conseguindo assim um melhor preço e melhor os prazos de pagamentos com seus fornecedores. 1.6.3 Índices de rentabilidade Os índices de rentabilidade têm por objetivo mostrar para o quanto renderam os investimentos realizados pelos sócios, podendo assim deixar claro para os empresários ou administradores se seu negócio está realmente sendo lucrativo ou se a empresa está trabalhando sem margem de retorno. Segundo Padoveze (2010, p. 226) “os indicadores de rentabilidade tendem a propiciar análises e conclusões de caráter mais generalizante e de comparabilidade com terceiros”. Para que o estudo seja realizado é necessário utilizar itens do balanço patrimonial e da demonstração de resultado que foram utilizadas de dois períodos 2011 e 2012. Quando se fala em rentabilidade é importante salientar que a empresa esta voltada ao seu potencial de vendas e sua habilidade de gerar resultados, para que assim possa saber quais são seus custos e despesas, (MARION, 1998). 29 Na empresa o ativo significa os investimentos realizados onde com eles a empresa busca obter receita, ou seja, ganhar lucros que é o objetivo de todos empresários ao abrir sua empresa. Então através dos índices de rentabilidade que conseguiremos mostrar aos empresários administradores, o ganho em cada real investido (MARION, 1998). Para a realização do trabalho na empresa utilizaremos quatro fórmulas que mostrará a verdadeira realidade da empresa estudada, através delas mostraremos para os administradores qual a taxa de retorno sobre investimentos, a taxa de retorno sobre o patrimonio liquido, a margem bruta sobre as vendas, a margem líquida e o giro do ativo (MARION, 1998). A seguir será apresentado cada índice e a sua devida importância para as empresas que buscam saber qual a sua verdadeira situação. 1.6.3.1 Taxa de retorno sobre investimentos (TRI) A taxa de retorno sobre investimentos (TRI) mostra quanto que a empresa obteve lucro referente ao seu valor investido, que é realizado através de uma fórmula: TRI = Lucro Líquido x 100 Ativo total Esta fórmula mostrará então o poder de ganho da empresa, em relação à 100% (cem por cento) de capital investido. 1.6.3.2 Taxa de retorno sobre patrimonio liquido (TRPL) Mostra o quanto foi a rentabilidade do capital que os sócios da empresa investiram. É considerado o indicador definitivo da rentabilidade do investimento próprio. Segundo Padoveze (2010) este indicador é comparável para qualquer tipo de empresa, ou seja, abrange qualquer ramo de negócio. Para melhor entendimento será apresentado a formula onde através de dados extraídos do balanço patrimonial e a demonstração de resultado será feito o calculo do índice mostrando para os empresários qual foi o seu ganho em relação a 100% de capital investido. Sendo assim o calculo é realizado a partir da seguinte fórmula: Lucro líquido TRPL= PL x 100 30 Mais adiante será então utilizado este cálculo que é de extrema importância para os sócios da empresa, podendo ter uma noção de quanto ele esta recuperando do valor que foi investido, também ajuda a obter informação se o negócio esta sendo viável ou não, pois quando o lucro liquido for negativo por exemplo o proprietário verá que sua empresa não esta tendo retorno logo então não recuperará seu investimento tão cedo ou até em alguns casos nunca conseguira, indo a falência. 1.6.3.3 Margem líquida A margem liquida tem por objetivo mostrar para os proprietários da empresa qual é seu lucro líquido do período em relação as venda realizadas pela empresa sendo que ele deve ser apurado somente após o pagamento de impostos entre outras despesas financeiras. A seguir será apresentada a fórmula na qual foi utilizado para efetuar os devidos cálculos: Margem líquida = Lucro líquido Vendas líquidas x 100 1.6.3.4 Giro do ativo Segundo Marion (1998), é aconselhável manter o ativo a um mínimo necessário. Porém ativos que não atendem as necessidades da empresa, como grandes investimentos em estoques e até elevados valores de duplicatas a receber. Prejudica o giro do ativo, e por consequência a isso afeta a rentabilidade da empresa. A fórmula a seguir será utilizada para medir o giro do ativo da empresa estudada. Giro do ativo = Vendas líquidas Ativo total O giro do ativo quando menor que 2 (dois) giros no período é baixo, sendo o ideal acima de 5 (cinco) giros. 1.6.4 Índices de endívidamento Os índices de endívidamento têm mostra o grau de endívidamento da empresa em relação com terceiros, como ela está no mercado, se está com uma margem que possa 31 trabalhar tranquila ou se está prestes a entrar em falência. A seguir será apresentado 4 (quatro) quocientes que são de extrema importância para realização do presente trabalho. 1.6.4.1 Participação de capital de terceiros sobre recursos totais Para Marques (2004), este quociente mostra qual é a participação do capital de terceiros em relação aos recursos totais e demonstra quanto a empresa obteve de capital de terceiros para cada R$ 1,00 (um real) de recursos totais. Este índice mostra qual o percentual de capital de terceiros que a empresa possui em relação ao seu patrimonio líquido, para que isso seja realizado utilizaremos a seguinte fórmula: PC+ELP PCT/RT = PC+ELP+PL 1.6.4.2 Endívidamento geral Este índice mostra através de percentuais, a quantidade de ativos da empresa que são financiados por credores, sendo assim quando maior este índice maior será a dívida da empresa com terceiros, porém quanto menor melhor para empresa. O calculo é realizado através conforme fórmula de cálculo a seguir: Endívidamento geral = Capital de terceiros X 100 Ativo total Para isso é necessário utilizar o exigível total da empresa e dividi-lo pelo ativo total da mesma. 1.6.4.3 Garantia de capital de terceiros Segundo Missagia (2012, p. 73) “a garantia de capital de terceiros representa quanto a empresa possui de capital próprio para garantir a exigibilidade total. Quanto maior a garantia de capital de terceiros melhor a situação da empresa”. Este calculo é realizado o calculo através da seguinte fórmula: PL Garantia de capital de terceiros = PC+ELP 32 Então este índice mostra quanto a empresa possui de capital próprio para cada R$ 1,00 (um real) de dívida com terceiro 1.6.4.4 Composição de endívidamento Este índice mostra o percentual de endívidamento a curto prazo tomado como referencia de endívidamento total. Sendo que as dívidas a curto prazo são utilizadas normalmente para financiar o ativo circulante, as de longo prazo para financiar o ativo não circulante, sendo preferível que os recursos obtidos de terceiros sejam financiados a longo prazo, pois isso propiciara um tempo para que a empresa consiga recursos para saldar suas dívidas (AZZOLIN, 2012). As dívidas a curto prazo para ficar mais claro são aquelas cujo vencimentos ocorrem dentro do exercício seguinte, já as dívidas a longo prazo são as financiadas e tem seu vencimento após o termino do exercício seguinte. Este índice é apresentado e calculado através da fórmula: Composição de endívidamento = PC PC+ELP No mercado atual são pouco utilizados esses meios contábeis em empresas pequenas e de médio porte, devido ao fato de poucas informações extraídas pelos administradores, sendo que muitas empresas pequenas acabam indo a falência, quando pensam que estão indo bem e não querem pagar para saber qual a sua real situação, pelo fato de muitas vezes pensarem que será apenas um gasto a mais e não lhes trará nada de retorno (lucro). Estas análises acima citadas proporcionarão para empresa medidas que possam ser corrigidas antes mesmo de algo constrangedor acontecer, ou para apenas saber qual sua situação real no momento e se basear como será o futuro da empresa. 1.7 CONTABILIDADE DE CUSTOS Outro tema importante dentro da contabilidade gerencia é a contabilidade de custos, onde procura-se mostrar a importância da Contabilidade de Custo, os custos do estoque e de Mão de obra. Também demonstra quais são os métodos de formação de preço de venda. Isso auxilia na gerência e quais atitudes devem ser tomadas para aperfeiçoar o trabalho de custos. O ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, de 33 planejamento e controle das operações, de tomada de decisões, bem como tornar possível a alocação mais criteriosamente dos custos de produção aos produtos, é chamado de Contabilidade de Custos. Ela recebeu maior impulso durante a Revolução Industrial, quando gerou um novo campo de aplicação conhecido como contabilidade industrial (MEGLIONI, 2001). De acordo com Leone (2000), a contabilidade de custos surgiu nos Estados Unidos como técnica independente e sistêmica, focando a produção industrial, solucionando problemas relativos a repercussões dos custos industriais e da mão de obra. Tempos depois, passou a preocupação dos materiais utilizados, porém de forma menos interessante, não empregando grandes esforços a estes requisitos. No mesmo momento passou a se interessar e a preocupar-se também com as despesas indiretas de produção, custos indiretos ou despesas gerais. Anos depois, estes aspectos foram sendo valorizados e passaram a ter atenções significantes, sendo estudados e empregados com maior frequência, no entanto, atualmente existem técnicas de soluções adequadas e reformuladas para a solução de problemas apresentados pelas empresas, relacionadas aos seus custos (LEONE, 2000). A contabilidade de custos está relacionada e assemelha-se a um centro de processo, por meio dela há a movimentação de grande número de informações, adquirindo e obtendo dados, recebidos organizadamente, após a recepção das informações, as mesmas passam a ser analisadas e interpretadas, gerando informações de custos, para serem transmitidas a todos os níveis gerenciais, usuários da contabilidade de custos (LEONE, 2000). Entende-se que a contabilidade de custos tem como objetivo principal a apuração dos custos dos produtos e dos departamentos, atendendo as exigências fiscais e contábeis. Também inclui o controle sobre a produção, melhorando os processos e diminuindo os desperdícios, auxiliando ainda na tomada de decisões gerenciais para otimizar seus resultados. Quando uma empresa tem por objetivo colocar seu produto para ser comercializado, fabricando-o ou revendendo-o, ou até mesmo para prestar um serviço, ela acaba realizando uma série de gastos, ou também chamados de custos. O custo traz um retorno financeiro e pertence à atividade-fim, pela qual a entidade foi criada. Mas também ocorrem as despesas, que por sua vez são gastos com a atividade-meio e não geram retorno financeiro, apenas propiciam certa funcionalidade ao ambiente empresarial. Sendo assim, os gastos de uma empresa podem ser classificados em despesas e custos. As despesas estão relacionadas diretamente com o resultado e os custos irão formar um 34 estoque (na produção de um bem), que na sua realização (venda) serão levados ao resultado, o que pode demorar alguns meses ou anos. 1.7.1 Estoques O custo do estoque é considerado como capital imobilizado da empresa, em forma de matérias. Isso pode ser visto como um investimento parado, podendo perder o valor, porém de outro lado o mesmo pode ser valorizado. Afirma Leone (2000, p. 49) “contabilidade de custo determina o custo dos estoques visando à determinação dos resultados e à avaliação do patrimônio”. Existem métodos a serem avaliados para definir o custo dos estoques, alguns deles são: PEPS – primeiro a sair, primeiro a entrar; UEPS – ultimo a entrar, primeiro a sair, e média ponderada. A grande maioria das empresas adota um sistema permanente, fornecendo registros contínuos de vendas, compras, baixas e saldos de todos os estoques. Para um melhor controle, e podendo fornecer a informação desejada a qualquer momento, é feito uma contagem periódica, conferindo a quantidade de estoques pertencentes, assim podendo dar uma informação verdadeira e atualizada. Além disso, ainda podem ser fornecidas as informações dos estoques no Livro Razão. 1.7.2 Formação do Preço de Venda Segundo Crepaldi (2004, p. 313) “A formação do preço de venda de produtos é um trabalho técnico e também um fator determinante de sobrevivência da exploração da atividade”. Alguns especialistas dizem que ter os preços baseados exclusivamente no mercado é um risco. Ou seja, é importante que o preço esteja competitivo com o do mercado, mas para sua formação é preciso de outros fatores que o determinará. Ainda para formação do preço de venda não pode se esquecer de que as vendas a prazo deverão ser estabelecidas taxas de juros competitivas com o mercado e também as despesas com as vendas, incluindo impostos. Quem toma a decisão do preço é o produtor, portanto se o preço for muito elevado acabará perdendo o mercado, já se o preço for inferior ao mercado, compromete o negócio. Logo o produtor deve aprender a forma de como calcular um preço bom que não prejudique sua venda e que sobre saia com lucro, ainda podendo competir com o mercado. 35 1.7.2.1 Formação de preço de venda a partir do custo e sua validade Para Padoveze (2010, p. 426) “O pressuposto básico para tal técnica é que o mercado está disposto a absorver os preços de venda determinados pela sua empresa, que por sua vez, são calculados em cima de seus custos reais ou orçados”. Porém nem sempre isso acontece, invalidando tal processo. Mas vendo de outra forma, é preciso um cálculo em cima dos custos, pois assim é possível ter um valor para fazer análises comparativas. Existem outras situações que podem exigir a utilização do procedimento de formação de preço de venda através do custo, como: Estudos de engenharia e mercadologia para introdução de novos produtos; Novas oportunidades de negócios; Faturamento de produtos por encomenda; Acompanhamento dos preços e custos dos produtos atuais; Analise de preços de produtos de concorrentes, etc. 1.7.2.2 Formação de preços de venda a partir do custeio por absorção O custeio por absorção é o método mais utilizado, muitas vezes usado quando há a necessidade de incumbir ao produto seu valor de custos, ou seja, os gastos necessários para sua obtenção e elaboração, sendo atribuído no momento do rateio a divisão dos custos diretos. De acordo com Wernke (2004), irão integrar aos custos dos bens ou serviços vendidos: Os custos de aquisição de todos os serviços ou de bens aplicados e consumidos na confecção; Os custos com o pessoal utilizado na elaboração das prestações de serviços, bem como os supervisores, os encargos sociais consequentes; Os custos relacionados aos recursos e esforços utilizados na produção dos bens, como as gastos com locação, manutenção, depreciação, amortização, exaustão e reparo; Afirma Neves (2003, p.32), “[...] custeio por absorção é um processo de custos, cujo objetivo é ratear todos os seus elementos (fixos ou variáveis) em cada fase da produção [...]”. Assim é possível afirmar que um custo é absorvido quando for conferido a um produto ou unidade de produção, desta maneira cada produto recebe uma parcela dos custos obtidos, até o ponto em que o custo seja completamente absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos ou pelos Estoques Finais. 36 Mesmo com várias desvantagens teóricas conhecidas sobre a utilização deste método, ele na prática ainda é o mais utilizado na formação de preços de venda, talvez pelo fato de ser o mais simples ser usado. 1.7.2.3 Formação de preço de vendas a partir do custeio direto/variável Este método não tem como base o custo por absorção onde inclui os custos indiretos e diretos, o valor básico de referência para formar o preço de venda neste critério são os custos diretos ou variáveis, mais as despesas variáveis desse produto. Depois disso, a margem aplicada sobre o produto deverá cobrir os custos e despesas fixas que não foram alocados ao produto ainda, mais a rentabilidade desejada. Afirma Padoveze (2010, p. 428) “Este critério é coerente com análise custo/volume/lucro, ao determinar, na formação de preço de venda, a margem de contribuição de cada produto”. 1.7.2.4 Formação de preços de venda a partir dos custos de transformação Conforme Padoveze (2010, p.33): Dependo do valor dos itens comprados de terceiros, algumas empresas não requisitam, no preço de venda, absorção das despesas operacionais e margem de lucro dos valores desses materiais ou serviços adquiridos de terceiros, levando como base para formação dos preços de venda apenas os valores gastos a titulo de transformação do produto. Sendo assim é importante que a empresa utilize a absorção das despesas operacionais e margem de lucro dos valores de materiais comprados. 1.7.2.5 Formação de preços de venda a partir do mercado Essa teoria informa que quem determina o preço de venda é o mercado, isso ocorre basicamente através da oferta e da procura. Assumindo essa teoria, é praticamente dispensado cálculos dos custos sobre os produtos. Neste caso, o que a empresa pode fazer é pesquisar os outros concorrentes e fazer considerações especificas dos gastos. 37 1.7.3 Mão de obra Os custos de mão de obra podem ser divididos em duas categorias: mão de obra direta, que representa os custos diretos com a produção ou o processo, e ainda mão de obra indireta, a qual representa a quem não faz parte do processo de produção. Existe um método no qual é estabelecido um valor sobre cada hora trabalhada, ou seja, um plano de taxa por hora. Afirma o teórico VanDerbeck e Nagy (2003, p. 109): “um plano de taxa por hora estabelece uma taxa definida por hora para cada empregado. O salário de um empregado é calculado pela multiplicação do número de horas trabalhadas no período de folha de pagamento pela taxa estabelecida por hora”. Alguns críticos dizem que este plano não é um dos melhores, pois assim o empregado apenas exerce o trabalho com uma simples obrigação, sem se preocupar com rendimento e produtividade. Assim, exercem apenas o mínimo exigido, pois independentemente da quantidade produzida irão receber a mesma quantia. Devido a esse problema, algumas empresas adotam outra forma para calcular o valor pago para o funcionário, adotando o plano de incentivo salarial ou plano de taxa por peça, que baseia a renda na quantidade de produção do empregado, logo quanto mais ele produz, maior será seu salário. Ainda existem mais formas que incentivam o empregado a ter um melhor rendimento dentro da empresa. Outra forma é pagando o salário, e, além disso, é estabelecido uma cota, a qual se for excedida, o empregado irá receber uma certa quantia pelo excedido da cota, geralmente calculado em porcentagem sobre o valor. Para a empresa ter um controle é preciso anotar os dias ou horas trabalhadas, assim cada empregado recebe um cartão, chamado de cartão ponto. Através dele é feito a contagem de quantas horas o empregado passou na empresa, portanto conforme o tempo trabalhado será seu salário. As empresas que acompanharam a tecnologia já oferecem cartões eletrônicos, ou até mesmo pela biometria, feita pela digital da pessoa. E ainda existem aquelas que batem cartão de papel. No cartão constam os dados do empregado e nele registra-se as horas e dias trabalhados. 38 2 METODOLOGIA A presente pesquisa desenvolveu um estudo exploratório-descritivo para compreender a problemática da contabilidade gerencial em uma empresa mecânica, através dos seus dados e objetivos, verificou-se a necessidade de implantar novos métodos de gerenciamento para a empresa. Para Gil (1991) a leitura exploratória é uma leitura do material bibliográfico, que tem por objetivo verificar em que medida a obra consultada interessa à pesquisa. É uma leitura a qual demonstra sobre o assunto pesquisado se este lhe trazer informações que serão do interesse ou não. A princípio verificam-se as fundamentais importâncias, para em seguida aprofundar sobre o assunto. Afirma Gil (1991, p. 67), a leitura exploratória não exige uma habilidade de menor nível, mas ela antecede as demais. Ele ainda resalta que “só é capaz de realizar uma leitura exploratória adequada quem possuir sólidos conhecimentos acerca do assunto tratado”. Portanto, quem realizar esta leitura deverá ter conhecimento do assunto, para definir o que terá necessidade e importância de ser abordado no trabalho, reduzindo-se a possibilidade de relatar sobre assuntos impróprios. Segundo Cervo e Bervian (2002, p66), A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los [...] a pesquisa descritiva desenvolve-se, principalmente, nas ciências humanas e sociais, abordando aqueles dados e problemas que merecem ser estudados e cujo registro não consta de documentos. A partir dos autores acima referenciados a pesquisa exploratória-descritiva foi de grande importância para a exploração e descrição, apresentando métodos eficientes e eficazes para aperfeiçoar o gerenciamento da empresa. Por meio de leituras, pesquisas, tanto em livros teóricos quanto em artigos científicos, podemos ter uma concepção sobre o assunto abordado. Logo comparamos estes com o estado da empresa no qual se encontra, por meio disso, percebemos o que deve ser mudado para obter melhores resultados. A pesquisa bibliográfica é o primeiro passo a ser tomado após a escolha do assunto. Esse passo que dá o início da construção de um novo trabalho, tendo um conhecimento amplo sobre o assunto, é necessário ser feito pesquisas mais profundas, observando ideias e teorias, 39 analisando livros, artigos ou documentos na internet, mas com informações seguras, assim obtendo um conhecimento cientifico. Para Cervo e Bervian (2002, p. 66), “A pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência e constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema”. Ainda Marconi e Lakatos (2009, p. 43) “A pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento cientifico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”. Conforme os relatos dos autores, a pesquisa bibliográfica auxilia na escolha de um método mais apropriado, assim como num conhecimento das variáveis e na autenticidade da pesquisa. Pesquisa documental é investigar os documentos a fim de se poder descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferentes e outras características. Estuda a realidade presente, e não o passado, como ocorre com a pesquisa histórica (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 67) As pesquisas devem ser feitas levantando dados de várias fontes, independente das técnicas ou métodos empregados. Por meio dos processos de documentação direta ou indireta que se pode obter dados. Na documentação direta é feito um levantamento no local próprio onde os fenômenos ocorrem. Estes dados são alcançados de duas formas: através da pesquisa de campo ou da pesquisa de laboratório. Já a documentação indireta apresenta fontes de dados coletados por outras pessoas, ainda essa documentação pode ser dividida em pesquisa documental e pesquisa bibliográfica. Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 67) o estudo de caso “é a pesquisa sobre um determinado individuo, família, grupo ou comunidade que seja representativo do seu universo, para examinar aspectos variados de sua vida”. Conforme os autores afirmaram, o estudo de caso é de extrema importância, pois através dele que se aborda as necessidades da empresa, assim tendo o conhecimento da situação procura-se o método para solucionar os problemas. Os dados foram coletados na empresa do ramo de oficina mecânica e, ela vem atendendo há mais de 5 (cinco) anos no mercado. A empresa atualmente encontra-se com um pequeno numero de funcionários, realizando o máximo possível para agradar seus clientes. Para a elaboração deste trabalho foi escolhido o período de tempo de 2011 e 2012. Devido ao fato da empresa necessitar de auxilio na contabilidade gerencial, foram escolhidos 40 os últimos anos para podermos analisar a situação em que a empresa se encontra e a partir dos estudos feitos, tomar os possíveis procedimentos. Escolhemos esta empresa pela sua necessidade, que foi descoberta eventualmente por meio de uma simples conversa com os sócios da mesma. Logo a empresa encontra-se em fácil acesso, facilitando o acompanhamento e assim podendo estudar o caso e aplicar as medidas possíveis. Em nossa pesquisa foram feitas coletas de dados na empresa, o qual esses dados então foram analisados para que possamos dar um parecer para os administradores da mesma, auxiliando assim na tomada de decisão. A coleta de dados é feita através da pesquisa de campo, sendo assim, é necessário registrar os dados obtidos, seja em forma textual ou seguindo as normas para tratamentos estatístico, se for o caso (CRUZ, 2003, p.44). A partir da coleta documental que foram utilizados balanço patrimonial de dois períodos 2011 e 2012, entrevista com os sócios administradores, questionários, buscamos também saber história da empresa, a partir daí foram feitas análises do conteúdo coletado, que será de grande importância para solucionar os problemas que podem afetar ou já estão afetando o futuro da empresa sem que os proprietários saibam desses problemas. Para realização da pesquisa utilizamos cálculos, de indicadores econômicos financeiros, relacionados abaixo: Índices de liquidez; Índices de endívidamento; Índices de rentabilidade; Índices de atividade. A partir do estudo realizado na empresa o mesmo procedimento poderá ser utilizado para outras empresas do mesmo ramo ou até mesmo de outros ramos que precisem de auxilio para tomada de decisão, que no mercado atual é de grande importância para que as empresas possam se manter e saber como crescer sem riscos de falência, pois nós contadores podemos auxiliar muito com esse tipo de estudo em várias empresas de pequeno e médio porte que desejam ter um planejamento de sucesso hoje em dia. Em nossa pesquisa foi utilizado dois métodos que são de extrema importância para coleta de dados que são os métodos qualitativo e quantitativo que nos deram suporte na coleta de dados tanto subjetivos quanto objetivos para o desenvolvimento da pesquisa. 41 Para Santos (2006), A pesquisa qualitativa nos permite o levantamento de dados subjetivos. Bem como outros níveis de consciência da população estudada, a partir de depoimentos dos entrevistados, ou seja informações pertinentes ao universo a ser investigado, que leve em conta a ideia de processo, de visão sistêmica de significações e de contexto cultural. Porém ela não tem objetivo de mensurar variáveis, mas sim de analisar, qualitativamente, de modo indutivo, todas as informações levantadas através da aplicação de um instrumento de coleta de dados adequados. Os mais usuais, no plano qualitativo, são a entrevista semi-estruturada, o estudo de caso e os grupos focais. Já a pesquisa quantitativa mostra as variáveis e as transformam em QUADRO, quadros, gráficos ou figuras. Onde é feito um questionário em que questões fechadas correspondem a respostas codificadas (SANTOS, 2006). Através de cálculos realizadas geramos valores financeiros que foram apresentados a administração da empresa, da forma mais fácil possível para seu entendimento. 42 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS A empresa estudada teve início em 2008, porém ela já existia de outra forma anteriormente, não com este nome, mas com as mesmas atividades. O sócio B já possuía sociedade com outra pessoa com uma borracharia, devido a certos motivos ele vendeu sua parte desfazendo a antiga sociedade. Alguns tempos depois sócio B e sócio A compraram uma borracharia em sociedade. Sócio B já possuía experiência e conhecimento nesta atividade, mas não tinha capital suficiente para aquisição da mesma sozinho, logo convidou o sócio A para ser sócio da mesma, pois ele havia o dinheiro suficiente para esta aquisição. Devido ao bom andamento da empresa resolveram comprar uma oficina mecânica que se encontrava nos fundos da borracharia. Passando assim a ter sociedade nas duas atividades, sendo sócio B o encarregado na borracharia, e sócio A na mecânica, pois esta era sua especialidade. A estrutura que eles utilizavam era alugada, a borracharia se encontrava em um bom ponto, ou seja, ela estava em uma esquina de uma rua bem movimentada, mas a oficina aos fundos não era bem vista pelo povo, apenas quem já a conhecia que sabia de sua existência. Algum tempo depois, a estrutura da borracharia foi ampliada, trazendo a oficina para frente, ao lado da borracharia. Interagindo com os sócios dessa empresa foi comentado por eles que sentiam dificuldades de gerenciamento, ou seja, eles não tinham um ótimo controle sobre ela, também sentindo dificuldades na parte financeira. Assim surgiu a oportunidade da realização desse trabalho com objetivo de poder atender os pontos de suas dificuldade para um melhor resultado. Para realização dos cálculos econômico-financeiro foram utilizados dados financeiros de dois períodos 2011 e 2012, fornecidos pela empresa, levando em consideração a falta de documentos que não eram passadas ao escritório de contabilidade, ou seja, não foram fornecidos 100% (cem por cento) do fatos ocorridos na empresa faltando então algumas informações, sendo que do inicio de nosso trabalho até o momento estão enviando todas informações necessárias para que os índices do próximo período possa ser totalmente preciso, pois já nos pediram para que no próximo período seja feita novamente a análise com base em dados totais que estão sendo passados para o escritório de contabilidade responsável por desenvolver os balanços patrimoniais e a demonstração de resultado. 43 A baixo está o balanço patrimonial do períodos de 2011 e 2012 e a demonstração de resultado dos mesmos, para que fosse possível realizar as análises dos índices. QUADRO 2 – Balanço financeiro gerencial dos exercícios de 2011 e 2012 – ATIVO. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO 2011 T O T A L DO A T I V O 34.572,39 TOTAL ATIVO CIRCULANTE 34.446,29 Disponível Caixa 195,60 Bancos Total Disponível 195,60 Créditos Duplicatas a Receber Total contas a receber Estoques Mercadoria para Revenda Total estoques ATIVO NÃO CIRCULANTE Ativo Realizável a Longo Prazo Total A. R. L. Prazo Veiculos COMODATO COMODATO DE MAQ/EQUI/FINAN CELULAR NOKIA 1661 (-) Depreciações Acumuladas Imobilizado TOTAL ATIVO NÃO CIRCULANTE Fonte: autores da Pesquisa (2013) 2012 58.232,00 53.805,90 1.030,60 1.030,60 34.250,69 34.250,69 42.223,80 42.223,80 0,00 0,00 10.551,50 10.551,50 0,00 0,00 0,00 126,10 126,10 126,10 4.300,00 126,10 126,10 126,10 126,10 126,10 4.426,10 4.426,10 44 QUADRO 3 – Balanço financeiro gerencial dos exercícios de 2011 e 2012 – PASSIVO. PASSIVO BALANÇO PATRIMONIAL 2011 34.572,39 Passivo Circulante Impostos a pagar INSS A RECOLHER PRÓ-LABORE A PAGAR 2012 58.232,00 2.153,71 1.437,66 231,00 485,05 3.812,11 2.480,17 778,36 553,58 0 0 Patrimônio Líquido Capital Social SÓCIO A SÓCIO B Lucros Acumulados 32.418,68 24.295,16 10.000,00 10.000,00 7.997,42 54.419,89 32.292,58 10.000,00 10.000,00 22.001,21 RESERVA DE LUCROS RESERVA LEGAL 4.295,16 4.295,16 12.292,58 12.292,58 126,10 126,10 Passivo não Circulante COMODATO Fonte: autores da Pesquisa (2013) 45 QUADRO 4 – Demonstração de resultado dos períodos 2011 e 2012 – DR. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO Receita Bruta de Vendas 2011 Receita Operacional 16.083,30 VENDA MERC TRIB VENDA MERC SUBS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 16083,3 (-) Dedução das Vendas -965,00 (=) Receitas Líquidas 15.118,30 0,00 (-) Custo dos Mercadoria Vendidos COMPRA MERC TRIB COMPRA MERC TRIB A PRAZO COMPRA MERC SUBST A PRAZO COMPRA MERC SUBST (-) ETOQUE FINAL 2012 97.271,93 73,00 72.843,93 24.355,00 -3.466,54 93.805,39 -58.333,50 -6.113,11 -1.242,64 -336,37 -61.192,88 10.551,50 (=) Lucro Bruto (-) Despesas Operacionais Com Vendas Administrativas PRÓ LABORE ALUGUEL DE IMOVEL/SALA COMERCIAL CONSUMO DE AGUA ENERGIA ELETRICA TELEFONE Despesas Tributarias MULTAS JUROS S/ IMPOSTOS 15.118,30 -7.120,88 35.471,89 -6.530,00 -6.530,00 -13.283,83 -7.464,00 -590,88 -590,88 -186,85 (=) Resultado Operacional Liquido (+/-) Resultados não Operacionais (=) Lucro antes do I R e CSLL (-) Provisão p/ I R e CSLL (=) Lucro Líquido Fonte: autores da Pesquisa (2013) 7.997,42 22.001,21 7.997,42 22.001,21 7.997,42 22.001,21 -4.800,00 -69,61 -750,96 -199,26 O balanço patrimonial e a demonstração de resultado são fatores predominantes para que nossa trabalho seja feito pois são através deles que os indicadores podem ser calculados, mostrando a situação real da empresa e quais as medidas cabíveis para futuras tomadas de decisões. 46 3.1 ÍNDICE DE LIQUIDEZ Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa frente a suas obrigações, é a solvência da organização, ou seja, a saúde financeira do seu fluxo de caixa. 3.1.1 Liquidez corrente Este indicador tem por objetivo verificar a capacidade da empresa em saldar suas dívidas a curto prazo, um fator importante é que ele seja sempre maior que R$ 1,00 (um real) para cada real de dívida com terceiros, sendo ótimo quando for a partir de R$ 1,50 (um real e cinquenta centavos) pois mostra que a empresa consegue pagar suas obrigações com terceiros e ainda sobra R$ 0,50 (cinquenta centavos). Liquidez corrente = Ativo Circulante Passivo Circulante 2011 Liquidez corrente= 34.446,29 = 15,99 2.153,71 2012 Liquidez corrente= 53.805,90 = 14,11 3.812,11 GRÁFICO 1 – Índice de liquidez corrente período 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) 47 De acordo com a análise de liquidez corrente verificamos que no período de 2011, para cada R$ 1,00 (um real) de dívida a empresa possui R$ 15,99 (quinze reais e noventa e nove centavos) para quitar suas dívidas com terceiros em curto prazo, porém em 2012, houve uma redução desse valor, onde a cada R$ 1,00 (um real) a empresa tinha R$ 14,11 (quatorze reais e onze centavos) para quitar suas dívidas com terceiros, como podemos verificar nos dois períodos a empresa encontra em uma situação ótima, em relação com seus terceiros. 3.1.2 Liquidez seca O índice de liquidez seca indica os recursos disponíveis pela empresa para pagamento de suas exigibilidades, de modo que para que o calculo seja realizado é retirado os valores de estoque, assim serão utilizados apenas os valores em dinheiro como bancos caixa e contas a receber a curto prazo. Liquidez Seca = Ativo circulante – estoques Passivo circulante 2011 Liquidez Seca = 34.446,29 - 0 = 15,99 2.153,71 2012 Liquidez Seca = 58.805,90 – 10.551,50 = 11,35 3.812,11 GRÁFICO 2 – Índice de liquidez seca período, 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) 48 A análise de liquidez seca diz a situação da empresa, das dívidas com terceiros sem utilizar o estoque. Mostrando então que em 2011 a empresa possuía R$15,99 para cada unidade monetaria de dívida com terceiros, já em 2012 houve uma redução, pois mesmo que foi para 11,35, porém ainda esta muito bem estabilizada. Assim percebemos que a empresa encontra-se e situação muito confortável em relação as suas obrigações com terceiros. 3.1.3 Liquidez imediata Este índice é a forma mais adequada de medir a capacidade de pagamento de terceiros no curto prazo, pois excluem do cálculo os estoques e a duplicatas a receber de clientes utilizando-se apenas as disponibilidades da empresa no momento atual. Disponível Liquidez Imediata = Passivo circulante 2011 Liquidez Imediata = 195,60 = 2.153,71 0,09 2012 Liquidez Imediata = 1.030,60 = 3.812,11 0,27 GRÁFICO 3 – Índice de liquidez imediata, período 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) Fazendo a análise de liquidez imediata conseguimos verificar que nos dois períodos a empresa não estava em boa situação para cumprir suas obrigações com terceiros em um 49 momento imediato onde se utilizaria apenas suas disponibilidades que são caixa e bancos, mostrando em 2011 que a empresa para cada R$ 1,00 (um real) de divida com terceiros a empresa possuía R$ 0,09 (nove centavos) para quitar suas dividas e em 2012 R$ 0,27 (vinte sete centavos) aumentando porém ainda não esta em situação confortável. 3.1.4 Liquidez geral Seu objetivo continua sendo a capacidade da empresa e pagar suas dívidas, no entanto analisa as condições totais de saldos a receber e a realizar em relação com os valores a pagar, considerando tanto os dados de curto e longo prazo. Liquidez Geral = Ativo circulante + realizável a longo prazo Passivo circulante + passivo não circulante 2011 Liquidez Geral = 34.446,29 = 15,99 2.153,71 2012 Liquidez Geral = 53.805,90 = 14,11 3.812,11 GRÁFICO 4 – Índice de liquidez geral, período 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) A análise de liquidez geral demonstrou que no período de 2011, a empresa possuía R$ 15,99 (quinze reais e noventa e nove centavos) para cada R$ 1,00 de dívida com terceiros em 50 curto e longo prazo, estando em uma situação que consegue quitar suas obrigações com terceiros, já em 2012 houve uma redução, porém ainda continua estando em ótima situação possuindo R$ 14,11 (quatorze reais e onze centavos) para cada R$ 1,00 de dívida com terceiros. 3.2 ÍNDICES DE ATIVIDADE 3.2.1 Prazo Médio de Renovação de Estoque – PMRE Este indicador mostra para empresa a velocidade que seu estoque se transforma em produtos vendidos, porém quanto menor for o tempo melhor será mostrando assim que a empresa está tendo boas vendas. PMRE = Estoque médio X 360 dias CMV 2011 0,00 PMRE = 0,00 = 0,00 2012 10.551,50 x360 PMRE = -58.333,50 = 65,12 dias GRÁFICO 5 – Índice de PMRE, período 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) 51 Conforme análise no período de 2011 a empresa não possuía estoques, já em 2012 o estoque existente demorava em torno 65 dias para girar, ou seja, para sair das prateleiras, no ano de 2011 eles compravam as peças conforme surgiam serviços, já no período sequente conseguiram montar um pequeno estoque, não demorando muito para girar esses estoques, sendo que quanto menos tempo melhor para empresa, pois isso mostra que a empresa tem uma boa saída devido a sua qualidade nos serviços. Em certos casos é investido muito dinheiro comprando uma grande quantidade de estoques, porém a empresa estudada não necessita ter essa grande compra de estoques, pois atende várias marcas de carros sendo que se for manter um grande estoque para atender todas as linhas poderia entrar até em falência, pois demoraria muito para que esse estoque girasse na empresa. 3.2.2 Prazo médio de recebimento vendas – PMRV Este indicador tem por objetivo, mostrar para empresa qual esta sendo seu prazo médio para recebimento de vendas, ou seja, quanto tempo a empresa está demorando para receber suas vendas diárias. Duplicata a receber x 360 dias PMRV = Receita líquida 2011 34.250,69 x 360 PMRV = 15.118,30 = 815,58 dias 2012 42.223,80 x 360 PMRV = 93.805,39 = 162,04 dias 52 GRÁFICO 6 – Índice de PMRV, período 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) Conforme análise no período de 2011 a empresa demorava 815 dias para receber seus pagamentos de vendas e prestação de serviços, sendo este um prazo muito alto, já no período de 2012 ela já possuía um prazo de 162 dias, melhorando o prazo de recebimento. Porém como podemos notar em seguida ela ainda não consegue prazos com seus fornecedores, sendo que o ideal é conseguir receber de seus clientes antes de pagar suas obrigações com terceiros, se caso conseguir um bom prazo com fornecedores pode então passar aos clientes prazos bons também, pois isso a ajudaria crescer no mercado que esta cada vez mais competitivo. 3.2.3 Prazo médio de Pagamento de Fornecedores – PMPF Este indicador tem por objetivo mostrar a capacidade da empresa para pagar suas dívidas com seus fornecedores, sejam de materiais ou até mesmo serviços PMPF = Fornecedores Compras 2011 PMPF = 0,00 0,00 = 0,00 2012 PMPF = 0,00 -47.782,00 = 0,00 53 GRÁFICO 7 – Índice de PMPF, período 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) Segundo a análise, a empresa não possuía prazos com seus fornecedores pagando tudo à vista isso não é bom, pois conforme verificado no gráfico anterior eles dão prazos longos aos seus clientes, sendo que o ideal seria receber dos clientes antes de pagar seus fornecedores. 3.3 ÍNDICES DE RENTABILIDADE 3.3.1 Taxa de retorno sobre investimentos (TRI) A taxa de retorno sobre investimentos (TRI) mostra quanto que a empresa obteve lucro referente ao seu valor investido. TRI = Lucro líquido x 100 Ativo total 2011 TRI = 7.997,42 x 100 = 23% 34.572,39 2012 TRI = 22.001,21 x 100 = 38% 58.232,00 54 GRÁFICO 8 – Taxa de retorno sobre investimento (TRI) 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) Este indicador mostrou que a empresa obteve em 2011 um lucro de 23% (vinte e três por cento) e relação a 100% (cem por cento) do seu ativo total investido, aumentando em 2012 para 38% (trinta e oito por cento), e quanto maior este indicador melhor para empresa, pois mostra que a empresa esta conseguindo recuperar o que foi investido em seu patrimonio. Esta análise mostrou então um aumento de 15% (quinze por cento) de um período para o outro onde podemos notar que a empresa está melhorando e que está aumentando o seu lucro, e podendo crescer no mercado. 3.3.2 Taxa de retorno sobre patrimonio liquido (TRPL) Mostra o quanto foi a rentabilidade do capital que os sócios da empresa investiram. É considerado o indicador definitivo da rentabilidade do investimento próprio. TRPL = Lucro líquido x 100 PL 2011 TRPL = 7.997,42 x 100 = 25% 32.418,68 2012 TRPL = 22.001,21 x 100 = 40% 54.419,89 55 GRÁFICO 9 – Taxa de retorno sobre patrimonio líquido (TRPL) 2011 e 2012 Fonte: Autores da pesquisa, (2013) Este indicador nos mostra que a empresa teve um ganho de 25 % (vinte e cindo por cento) em 2011 em relação a patrimonio líquido investido, aumentando esse percentual em 2012 para 40% (quarenta por cento), sendo assim quanto maior esse indicador melhor, pois a empresa consegue uma melhor rentabilidade sobre os seus recursos aplicados. Sendo que esse aumento de 20% (vinte por cento) mostra para os sócios que o seu lucro quase dobrou de um período para o outro e isso é muito importante para saber a viabilidade do negócio. 3.3.3 Margem líquida A margem liquida tem por objetivo mostrar para os proprietários da empresa qual é seu lucro líquido do período em relação as venda realizadas pela empresa sendo que ele deve ser apurado somente após o pagamento de impostos entre outras despesas financeiras. Margem líquida = Lucro líquido Vendas líquidas x 100 2011 Margem Líquida = 7.997,42 15.118,30 x 100 = 52,90% 2012 Margem Líquida = 22.001,21 x 100 = 23% 93.805,39 56 GRÁFICO 10 – Margem líquida 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) Segundo a análise, a empresa em 2011 obteve um resultado de 53% (cinquenta e três por cento) em relação às vendas liquidas, já em 2012 teve uma redução para 23% (vinte e três por cento), sendo esses percentuais a margem de lucro que a empresa conseguiu obter em relação com suas vendas. Essa queda ocorreu devido ao grande aumento das vendas liquidas sendo que suas despesas também aumentaram porém a empresa ainda está conseguindo uma boa margem de lucro que é o importante para ela. 3.3.4 Giro do ativo É aconselhável manter o ativo a um mínimo necessário. Porém ativos que não atendem as necessidades da empresa, como grandes investimentos em estoques e até elevados valores de duplicatas a receber. Giro do ativo = Receita líquida Ativo total 2011 Giro do ativo = 15.118,30 = 0,44 34.572,39 2012 Giro do ativo = 93.805,39 = 1,61 58.232,00 57 GRÁFICO 11 – Giro do ativo, 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) A empresa teve em 2011 apenas 0,44 de giro do ativo, já em 2012 houve um aumento para 1,61 giros por período, porém ainda é baixo. Neste caso percebemos que o lucro liquido ainda esta muito inferior aos ativos investido, porém como podemos notar a empresa estava melhorando muito este índice sendo assim, o giro do ativo quando menor que 2 giros por período é baixo sendo o ideal acima de 5 giros por períodos. 3.4 ÍNDICES DE ENDÍVIDAMENTO 3.4.1 Participação de capital de terceiros sobre recursos totais Este índice mostra qual o percentual de capital de terceiros que a empresa possui em relação ao seu patrimonio líquido. PCT/RT = PC+ELP PC+ELP+PL 2011 PCT/RT = 2.153,71 = 0,06 34.572,39 2012 PCT/RT = 3.812,11 = 0,07 58.232,00 58 GRÁFICO 12 – Participação de capital de terceiros sobre recursos totais, 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) A análise mostra que para cada R$ 1,00 (um real), a empresa utilizava R$ 0,06 (seis centavos) de capital de terceiros para financiar suas operações em relação com o seu capital próprio em 2011, tendo um aumento em 2012 muito baixo de R$ 0,07 (sete centavos). 3.4.2 Endívidamento geral Este índice mostra através de percentuais, a quantidade de ativos da empresa que são financiados por credores, sendo assim quando maior este índice maior será a dívida da empresa com terceiros, porém quanto menor melhor para empresa. Endívidamento geral = Capital de terceiros X 100 Ativo total 2011 Endívidamento geral = 2.153,71 X 100 = 6% 34.572,39 2012 Endívidamento geral = 3.812,11 X 100 = 7% 58.232,00 59 GRÁFICO 13 – Endívidamento geral, 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) Conforme análise em 2011 a empresa financia 6% (seis por cento) dos seus ativos com capital de terceiros, já em 2012 houve um pequeno aumento indo para 7% (sete por cento), sendo assim ela encontrasse em estabilidade já que este indicador quanto menor melhor. 3.4.3 Garantia de capital de terceiros Então este índice mostra quanto a empresa possui de capital próprio para cada R$ 1,00 (um real) de dívida com terceiro. Garantia de capital de terceiros= PL PC+ELP 2011 Garantia de capital de terceiros = 32.418,68 = 15,05 2.153,71 2012 Garantia de capital de terceiros = 54.419,89 = 14,28 3.812,11 60 GRÁFICO 14 – Garantia de capital de terceiros, 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) A análise mostra que para cada R$ 1,00 (um real) de dívida totais com terceiros a empresa possuía R$ 15,05 (quinze reais e cinco) para garantir suas obrigações com terceiros, já em 2012 este índice diminuiu um pouco para R$ 14,28 (quatorze reais e vinte e oito centavos), mas a empresa ainda encontra-se em situação confortável em relação as obrigações com terceiros. 3.4.4 Composição de endividamento Este índice mostra o percentual de endividamento a curto prazo tomado como referencia de endividamento total. Composição de endividamento = PC PC+ELP 2011 Composição de endividamento = 2.153,71 = 1,00 2.153,71 2012 Composição de endividamento = 3.812,11 = 1,00 3.812,11 61 GRÁFICO 15 – Composição de endividamento, 2011 e 2012. Fonte: Autores da pesquisa, (2013) De acordo com a análise para cada R$ 1,00 (um real) de dívida total a empresa possuía R$ 1,00 (um real) de dívida a curto prazo em 2011 e 2011, sendo que este índice quanto menor for melhor para empresa. Concluímos através de todas as analises que a empresa encontra-se em situação confortável precisando apenas melhor seu prazo com fornecedores, sendo assim poderá ter prazo para girar o seu capital. 3.5 IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA ELETRÔNICO No inicio da atividade da empresa o controle era feito todo manualmente, em cadernos de anotações, e mesmo assim não era algo completo, eram anotadas apenas as principais atividades ocorridas nela. Assim passava muita coisa sem ser anotada, ou seja, coisas de valores pequenos, as vezes custos que eram despercebidos, mas somando estes no final de um mês esse valor passa a ser significante. Logo ao término de um período o resultado apresentado não era de uma forma completamente exata, pois estes valores que eram despercebidos acabavam afetando este resultado, aparentemente de forma pouco significativa, mas se for analisada passa a ser muito mais do que imaginada. 62 Nesta forma de controle manual feito no papel acaba gerando dúvidas e desordem, de forma geral. Assim precisava-se cuidar muito na forma de controle das contas a receber e a pagar. Qualquer descuido gerava grande transtorno. Quanto ao estoque não era mencionado a quantia realmente existente na empresa, as vezes não tinha mais as peças necessárias em estoque, ocasionando apuros durante o dia-dia, atrasando um pouco o serviço realizado. Além disso, quando não se tem o controle de quantidade no estoque menos ainda se terá o valor individual de cada item. Conforme citado anteriormente pelos teóricos no trabalho, o estoque é um capital parado, ou seja, ele foi adquirido com um valor, mas com o passar do tempo esse valor pode mudar, tanto como adquirir valor, como perder valor. Assim é de grande facilidade deixar de ganhar dinheiro ou até mesmo perder por falta de informação e controle. Aproximadamente há 6 (seis) meses atrás, devido a dificuldades resolveram implantar um sistema informatizado para melhor desempenho da empresa. De início foi difícil, pois era muita coisa para aprender, e para lançar no sistema, mas com o passar do tempo foi melhorando e facilitando cada vez mais. Alguma parte do estoque foi lançada logo no sistema, mas outra não. Era apenas lançada conforme entrava na empresa. A empresa também passou a ter um estoque das principias peças utilizadas. Pois na mecânica são utilizadas muitas tipos de peças, de funções e modelos diferentes, portanto, não tem como ter um estoque completo de uma oficina mecânica. O estoque ficou com o que tem mais saída, e de mais urgência, e as demais são feitas encomendas que são entregues instantaneamente ou com um prazo muito curto. Com o uso do sistema passou a ter um controle melhor sobre prazos, tanto de pagamento de fornecedores e outras contas a pagar, quanto sobre a parte de recebimento de dividendos, o que antes era difícil de controlar. Também começou a poder fornecer notas fiscais eletrônicas, assim melhorando a imagem da empresa, pois muitos dos que precisam do serviço, precisam apresentar notas fiscais para suas empresas. Ou seja, a empresa passou a atender melhor as necessidades dos seus clientes. Além de tudo isso, o sistema possui muitas outras opções que agora talvez não citadas, mas que a empresa usa ou pode usar. 3.6 ESTOQUE A empresa possui um estoque pequeno, contendo apenas as principais peças, ou seja, aquelas que são mais usadas. Já as que são menos usadas são adquiridas através de pedidos 63 conforme sua necessidade. Esses pedidos são recebidos dentro de minutos e em raros casos (peças maiores ou mais escassas) levam alguns dias. Foi uma decisão tomada pelos sócios de ter um manejo dessa forma, pois existem peças que são exclusivas para um determinado veiculo, portanto essas não se encontram em estoque pelo fato de ser difícil a saída deste produto. Na compra e armazenamento em estoque de uma peça que tenha pouca procura, até o dia da saída desta, o preço provavelmente estaria desatualizado, podendo a empresa ganhar como perder dinheiro. Existem também aquelas peças que servem para vários modelos de veículos, já essas a grande maioria possuem em seu estoque pelo fato que a saída dessa peça é de mais facilidade. Agilizando mais ainda o a atendimento e ainda tendo ela a um valor atual. Além disso, existe a garantia que caso muito tempo armazenada no estoque acaba passando de sua validade. 3.7 PREÇOS DE VENDA E MÃO DE OBRA Na empresa as peças são adquiridas a um valor e depois disso é aplicado um percentual que lhe gera uma margem de lucro em cima dessa peça, e que depois de montada também será cobrado esse serviço, ou seja, a Mão de obra. A empresa estudada aplica 40% (quarenta por cento) de lucro nos produtos com valores até R$ 30,00 (trinta reais) e acima desse valor é aplicada uma porcentagem de 20% (vinte por cento). Essa porcentagem (margem de contribuição) foi determinada por acordo entre os sócios, pois acreditavam que era um método de boa rentabilidade em cima dos produtos vendidos. Na prestação de serviço da oficina não possui um preço totalmente exato e QUADROdo, pois cada caso é um caso. Por exemplo: Um cliente deixa seu veículo na empresa, pois ele esta com problema e ao cliente é passado um valor para resolvê-lo. Ao tentar resolve-lo encontra outro que é mais grave do que imaginava. Nesse caso mudara o valor passado ao cliente. Portanto ao passar um orçamento ao cliente, é dito um valor aproximado, mas não quer dizer que este não possa mudar. Logo a empresa não possui a QUADRO de preço, mas apresenta um preço base, não calculado se realmente é o necessário para poder atingir rentabilidade, mas procurando estar aproximado do mercado. Devido a falta da padronização de preços, foi elaborado uma pesquisa para poder comparar tanto o preço das peças como o preço da Mão de obra para sua montagem. Assim 64 escolhemos 5 (cinco) itens de atividades que ocorrem com mais frequência na empresa estudada comparando-a com outras 3 (três) empresas que realizam as mesmas atividades. A seguir apresenta-se um gráfico dos dados obtidos na pesquisa. QUADRO 5 – Preços das peças. Preços das Peças (R$) EMPRESA EMPRESA PEÇAS ESTUDADA 2 Kit Embreagem R$ 260,00 R$ 290,00 Junta de Cabeçote R$ 24,00 R$ 50,00 Motor de Partida R$ 260,00 R$ 290,00 Lonas de Freio R$ 80,00 R$ 15,00 Pastilhas de Freio R$ 55,00 R$ 38,00 Fonte: Autores da pesquisa (2013) EMPRESA 3 R$ 212,00 R$ 15,00 R$ 250,00 R$ 52,00 R$ 30,00 EMPRESA 4 R$ 225,00 R$ 45,00 R$ 280,00 R$ 25,00 R$ 43,00 QUADRO 6 – Diferença do preço das peças em porcentagem comparando as empresas pesquisadas com a empresa estudada. Preço da Peça (R$) EMPRESA 2 Kit Embreagem 11,54% Junta de Cabeçote 108,33% Motor de Partida 11,54% Lonas de Freio -81,25% Pastilhas de Freio -30,91% Fonte: Autores da pesquisa (2013) EMPRESA 3 -18,46% -37,50% -3,85% -35,00% -45,45% EMPRESA 4 -13,46% 87,50% 7,69% -68,75% -21,82% 65 GRÁFICO 16 – Preço das peças Fonte: Autores da pesquisa (2013) Conforme o gráfico acima se vê que o valor do Kit embreagem da empresa estudada não é o mais alto, pois na empresa “2” existe uma diferença de R$ 30,00 (trinta reais), ou seja, 11,54% (onze vírgula cinquenta e quatro por cento) a mais que a empresa estudada. De outro lado a empresa “3” apresenta um valor com diferença de R$ 48,00 (quarenta e oito reais), ou seja, 18,46% (dezoito vírgula quarenta e seis por cento) mais barato que a empresa estudada. A junta de cabeçote apresenta na empresa estudada custa R$ 24,00 (vinte e quatro reais) e na empresa “3” que possui menor valor de todas custa R$ 15,00 (quinze reais), ou seja, diferença de R$ 9,00 (nove reais), resultando em 37,50 % (trinta e sete vírgula cinquenta por cento) a menos que a estudada. E com o valor mais alto está a empresa “2”, com valor referente a R$ 50,00 (cinquenta reais), isso é 108,33 % (cento e oito vírgula trinta e três por cento) a mais que a estudada. Os valores do motor de partida também variam, na empresa estudada é de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) e na empresa “3” é R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) resultando diferença de R$ 10,00 (dez reais) ou seja 3,85% (três vírgula oitenta e cinco por cento) a menos que a estudada, já a empresa “2” que cobra 11,54% (onze vírgula cinquenta e quatro por cento) a mais que a estudada, resultando valor de R$ 30,00 (trinta reais). Até agora podemos perceber que a empresa estudada apresenta valores de peças que não são dos mais altos, ou seja, a empresa “2” e a “4” geralmente possuem valores superiores a ela. Podendo então afirmar que a empresa estudada apresenta menos variação com a empresa “3”, onde os valores apresentam um porcentagem menor de diferença. 66 Ainda nas lonas de freio, apresenta-se uma diferença enorme, sendo que a empresa estudada cobra R$ 80,00 (oitenta reais) e a empresa “2” apenas R$ 15,00 (quinze reais), diferença de R$ 65,00 (sessenta e cinco reais), ou seja 433,33% (quatrocentos e trinta e três vírgula trinta e três por cento) em que a empresa estudada cobra a mais que empresa “2”. Já na empresa “3” a diferença diminui um pouco, porem ainda prevalece o maior com R$ 28,00 (vinte e oito reais), isso lhe trás 53,85% (cinquenta e três vírgula oitenta e cinco por cento) a mais. Também encontra-se o maior preço na empresa estudada em relação as pastilhas de freio apresentando 83,33% (oitenta e três vírgula trinta e três por cento) a mais que a empresa “3”, que apresenta o valor mais baixo desse item, ou seja, R$ 25,00 (vinte e cinco reais) de diferença. Conforme mencionado anteriormente que a empresa estudada aplica 40% (quarenta por cento) de lucro nos produtos com valores até R$ 30,00 (trinta reais) e acima desse valor é aplicado uma porcentagem de 20% (vinte por cento), percebemos que as peças de valores mais baixos como lonas de freio e pastilhas de freio, onde provavelmente se encontra abaixo de R$ 30,00 (trinta reais) realmente apresentam os maiores preço. Mas essa diferença comparada com os concorrentes apresentam grandes variações, que passam muito mais que os devidos 40% (quarenta por cento) determinados pela empresa. QUADRO 7 – Preço da Mão de obra Mão de obra (R$) EMPRESA EMPRESA EMPRESA EMPRESA ESTUDADA 2 3 4 R$ 260,00 R$ 275,00 R$ 200,00 R$ 230,00 Kit Embreagem Junta de R$ 350,00 Cabeçote Motor de Partida R$ 40,00 Lonas de Freio R$ 80,00 Pastilhas de Freio R$ 60,00 Fonte: Autores da pesquisa (2013) R$ 320,00 R$ 55,00 R$ 25,00 R$ 25,00 R$ 400,00 R$ 30,00 R$ 100,00 R$ 30,00 R$ 370,00 R$ 50,00 R$ 30,00 R$ 35,00 67 QUADRO 8 – Diferença do preço da Mão de obra em porcentagem comparando as empresas pesquisadas com a empresa estudada. Mão de obra (R$) EMPRESA 2 EMPRESA 3 Kit Embreagem 5,77% -23,08% Junta de Cabeçote -8,57% 14,29% Motor de Partida 37,50% -25,00% Lonas de Freio -68,75% 25,00% Pastilhas de Freio -58,33% -50,00% Fonte: Autores da pesquisa (2013) EMPRESA 4 -11,54% 5,71% 25,00% -62,50% -41,67% GRÁFICO 17 – Preço da Mão de obra. Fonte : Autores do pesquisa (2013) Já no valor de Mão de obra do kit embreagem apresenta-se o valor de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) na empresa estudada e R$ 200,00 (duzentos reais) na empresa “3”, ou seja, R$ 60,00 (sessenta reais) de diferença resultando uma porcentagem de 30% (trinta por cento) onde a empresa estudada cobra a mais que a empresa “3”. Já a empresa “2” estabelece 5,77% (cinco vírgula setenta e sete por cento) a mais que a empresa estudada, resultando o valor de R$ 275,00 (duzentos e setenta e cinco reais). Para a junta de cabeçote a Mão de obra da empresa “2” apresenta valor de R$ 320,00 (trezentos e vinte reais) o mais baixo das pesquisadas, sendo 8.57% (oito vírgula cinquenta e sete por cento) a menos do valor da empresa estudada (R$ 350,00 reais) e a empresa estudada 68 cobra 12,50% (doze vírgula cinco por cento) a menos que a empresa “3”, a qual possui o valor de R$ 400,00 (quatrocentos reais), o mais alto dessa mão de obra. A Mão de obra sobre o motor de partida na empresa estudada tem valor de R$ 40,00 (quarenta reais) a empresa “2” cobra 37,50% (trinta e sete vírgula cinquenta por cento) a mais que a estudada e a empresa “3” cobra 25% (vinte e cinco por cento) cobra menos, ou seja, R$ 30,00 (trinta reais). Nas lonas de freio a empresa estudada cobra R$ 80,00 (oitenta reais) sendo uma diferença de 25% (vinte e cinco por cento) da empresa “3” a mais que a estudada, e a empresa estudada cobra 220% (duzentos e vinte por cento) do valor da empresa “2” que é de apenas R$ 25,00 (vinte e cinco reais). E por último as pastilhas de freio na empresa estudada tem o valor de R$ 60,00 (sessenta reais), cobrando 71,43% (setenta e um vírgula quarenta e três por cento) a mais que a empresa “4” onde apenas cobra R$ 35,00 (trinta e cinco reais) e a 140% (cento e quarenta por cento) do valor da empresa “2”, ou seja ela possui o valor mais alto neste serviço. QUADRO 9 – Preço Total. Preço Total (R$) EMPRESA EMPRESA ESTUDADA 2 R$ 520,00 R$ 565,00 Kit Embreagem Junta de R$ 374,00 Cabeçote Motor de Partida R$ 300,00 Lonas de Freio R$ 160,00 Pastilhas de R$ 115,00 Freio Fonte : Autores do pesquisa (2013) EMPRESA 3 R$ 412,00 EMPRESA 4 R$ 455,00 R$ 370,00 R$ 345,00 R$ 40,00 R$ 415,00 R$ 280,00 R$ 152,00 R$ 415,00 R$ 330,00 R$ 55,00 R$ 63,00 R$ 60,00 R$ 78,00 QUADRO 10 – Diferença do preço da peça mais a Mão de obra em porcentagem comparando as empresas pesquisadas com a empresa estudada. Kit Embreagem Junta de Cabeçote Motor de Partida Lonas de Freio Pastilhas de Freio Fonte : Autores do pesquisa (2013) Preço Total (R$) EMPRESA 2 8,65% -1,07% 15,00% -75,00% -45,22% EMPRESA 3 -20,77% 10,96% -6,67% -5,00% -47,83% EMPRESA 4 -12,50% 10,96% 10,00% -65,63% -32,17% 69 GRÁFICO 18 – Preço Total. Fonte : Autores do pesquisa (2013) O gráfico acima demonstra o valor que a empresa estudada apresenta para os serviços mais procurados, apresentando de forma completa, ou seja, preço da peça incluindo a Mão de obra. Por exemplo: o kit embreagem na empresa estudada apresenta o segundo valor maior entre as empresas pesquisadas. Apenas a empresa “2” tem um valor de 8,65% (oito vírgula sessenta e cinco por cento) a mais que a estudada. Já as outras duas apresentam uma diferença de 10% (dez por cento) a 21% (vinte e um por cento) inferior. Na junta de cabeçote a empresa estudada apresenta um valor que apenas a empresa “2” cobra a mais, porem uma porcentagem baixa de apenas 1,07% (um vírgula zero sete por cento). E as outras empresas pesquisadas possuem um valor superior de 10,96% (dez vírgula noventa e seis por cento). Esse serviço requer mais de Mão de obra, do que uso de peças. Como sugestão deve ser reavaliada o preço da Mão de obra para esse tipo de serviço, onde se realiza muito Mão de obra e pouco uso de peças. Pois na realização de um serviço que exige muito Mão de obra e obtém uma margem de lucro baixa, não é possível recuperar retorno de lucro no valor das peças, pois muitas vezes as peças são de valores baixos, sendo impossível obter uma margem de lucro muito alta que possa recuperar o que esta sendo deixado de ser ganho em Mão de obra. E ainda, ao ser comparado com os concorrentes conforme apresentado na pesquisa, é possível rever este valor, aumentando o preço da Mão de obra e mesmo assim sendo inferior há eles não perdendo a competitividade. 70 Existe uma variação que pode ser considerada como normal na parte do motor de partida, onde existem diferenças de valores tanto de peças como de mão de obra que são aceitáveis. Já no setor de freios a empresa estudada apresenta valores muito mais altos, isso já vem dês do valor da peça seguidamente da Mão de obra. Na troca das lonas de freio a empresa “3” apresenta um valor de 5% (cinco por cento) a menos que a estudada e as outras apresentam diferença de 65% (sessenta e cinco por cento) até 75% (setenta e cinco por cento) inferiores a empresa estudada. Ainda nas pastilhas de freio a diferença continua grande, pois a empresa estudada apresenta o valor maior de todas elas. Sendo que a diferença varia de 32,17% (trinta e dois vírgula dezessete por cento) até 47,83% (quarenta e sete vírgula oitenta e três por cento )mais barato que na estudada. Também deixamos sugestão de rever estes valores sobre o setor de freios que trás uma enorme diferença dos valores, onde demonstra um valor muito elevado comparado com as demais empresas. Analisando os dados da pesquisa vemos que os valores são elevados às demais tanto no valor da peça como no valor da Mão de obra. Com a reavaliação dos valores onde é necessária muita Mão de obra conforme comentado anteriormente, isso ira trazer maior rentabilidade a empresa, podendo assim realizar uma reavaliação para reduzir os serviços e peças relacionados ao setor de freios. Dessa forma a empresa terá um retorno financeiro bom, e ainda competindo mais com os concorrentes. A empresa estudada sabe dessa diferença, mas não se importa muito pois sabe que os clientes que lhe pertencem são fiéis. O que trás essa fidelidade é a qualidade do serviço, cumprindo prazos, atendimento diferenciado, fazendo resgates onde for preciso e ainda a localização da empresa. O lugar onde ela se encontra é ótimo, bem localizado, em uma rua movimentada e ainda o povo que mora naquele bairro conhece a empresa e os donos, trazendo assim mais confiança e credibilidade na negociação. 71 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho foi regido com o objetivo de demonstrar a importância da contabilidade gerencial para empresas de pequeno porte e como ela pode ser aplicada na gestão da empresa. Para isso foi necessário descrever quais são os indicadores econômicos financeiro, classificando e conceituando cada um, descrevendo as formas de análises, por meio dos pareceres dos autores e referencial teórico, onde através do balanço patrimonial e da demonstração de resultado de 2011 e 2012, fornecido pela empresa, foi possível mostrar para os administradores sua verdadeira situação, para que assim possa tomar a melhores decisões possíveis. Ao iniciarmos trabalho, os sócios da empresa passaram a informação que a contabilidade esta sendo feita de forma correta. Ao desenvolver o estudo de caso da empresa, foi necessário recolher as informações que seriam necessárias para realização das análises, e foi então que percebemos que a empresa não mandava para contabilidade todos os documentos necessários, deixando a desejar vários fatos que ocorreram na empresa nesses dois períodos. Porém isso gerou certas dificuldades para que pudéssemos atingir 100% dos nossos objetivos, que era mostrar a verdadeira situação da empresa, pois se a empresa não enviava todas as despesas e notas fiscais, ou seja, tudo o que ocorria na empresa, a contabilidade também não apresentava dados completamente exatos. Assim, as analises da empresa comparando-a com os dois últimos períodos foi feita com o que constava nos relatórios contábeis, mas sabe-se que a realidade na verdade não era somente essa, sendo que os documentos que faltavam já haviam sido extraviados, devido ao fato de não saber a importância do mesmo. A partir das informações adquiridas foram realizadas as análises, apresentando aos sócios e dando o parecer sobre cada uma delas, então eles viram que a falta de documentos fez com que os dados não fossem concretos com o que ocorreu nesses períodos, sendo assim perceberam a importância da contabilidade gerencial para empresa, e que as informações devem ser passadas de forma 100% corretas ao escritório responsável pelos serviços da empresa. Procuramos também demonstrar qual é o preço de mercado para a prestação de serviço e o valor dos produtos utilizados em uma empresa com a mesma atividade. Falamos também sobre contabilidade de custos que é muito importante para empresa. Além do mais, era de importância para a empresa estudada, analisar o estoque, sabendo o método de manejo do 72 mesmo. Outro fator é a formação do preço de venda e da Mão de obra, pois é de suma importância para a empresa saber atribuir um valor que contribua para a empresa, mas que não afete sua concorrência no mercado. Para poder analisar a empresa, foi dado mais ênfase na parte da oficina mecânica, pois é a atividade que mais tem movimento e rendimento. Logo foi elaborada uma pesquisa onde foi escolhido 5 (cinco) atividades que ocorrem com mais frequência, após isso foi levantado o valor da Mão de obra e o valor da peça para cada atividade escolhida. Com isso teve-se um resultado onde foi demonstrado em quadros e seguidamente com gráficos, onde é possível analisar a situação em que a empresa estudada se encontra e como que esta o preço nas empresas do mesmo ramo, ou seja, suas concorrentes. Essa pesquisa nos trouxe muito conhecimento, fazendo com que nossos objetivos fossem alcançados que é mostrar a importância das analises e do profissional contábil. Sendo que mesmo com a falta de algumas informações, mostramos que a contabilidade gerencial contribui e muito para gestão da empresa, gerando informações necessárias que possibilita saber a sua real situação financeira, como planejar o futuro, e saber quais as melhores tomadas de decisões a serem tomadas, porém mesmo sendo uma empresa pequena ela pode obter muito lucro desde que tenha dados concretos que são essenciais a tomada de decisão. 73 REFERÊNCIAS ATKINSON, Anthony A. [et al] Contabilidade Gerencial. Tradução André Olímpio Mosselman Du Chenoy Castro, revisão técnica Rubens Famá. 2º ed. São Paulo: Atlas, 2008. AZZOLIN, José Laudelino. Análise das demonstrações contábeis. Curitiba, PR: IESB Brasil, 2012. BARROS, Aidil Jesus da Silveira, LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia cientifica um guia para a iniciação cientifica. 2º ed. Ampliada. São Paulo: Pearson Makron Books, 2000. CERVO, Amado Luiz e BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. 4. ed. 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