Frases Inspiradoras para a Educação Pesquisa realizada nos livros de educação da Sra. Ellen G. White Dilma Viana Lino Ipatinga - 2005 ÍNDICE APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 3 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 4 EQUIPE DIRETIVA ..................................................................................................... 5 TESOURARIA .............................................................................................................. 5 PROFESSOR CRISTÃO .............................................................................................. 6 EDUCAÇÃO ESSENCIAL .......................................................................................... 8 DIFERENCIAL EDUCATIVO .................................................................................... 8 BÍBLIA .......................................................................................................................... 9 FORMAÇÃO PERMANENTE .................................................................................. 10 RELACIONAMENTO ................................................................................................ 10 DISCIPLINA ............................................................................................................... 11 CONFINAMENTO ..................................................................................................... 13 MONITORIA .............................................................................................................. 13 RECREIO/INTERVALO ............................................................................................ 14 TEMPERANÇA NA CANTINA ................................................................................ 14 APRENDIZAGEM LENTA ....................................................................................... 15 TRABALHO EM PARCERIA ................................................................................... 16 EDUCAÇÃO INFANTIL ........................................................................................... 16 CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO ....................................................................... 17 PLANEJAMENTO ..................................................................................................... 17 METODOLOGIA ....................................................................................................... 18 CURRÍCULO .............................................................................................................. 19 MEDITAÇÃO MATINAL .................................................................................. 19 ENSINO RELIGIOSO ........................................................................................ 20 LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................. 20 MATEMÁTICA .................................................................................................. 21 HISTÓRIA ........................................................................................................... 21 CIÊNCIAS/BIOLOGIA ...................................................................................... 22 LITERATURA .................................................................................................... 22 LÍNGUAS ESTRANGEIRAS ............................................................................. 23 EDUCAÇÃO FÍSICA ......................................................................................... 23 MÚSICA .............................................................................................................. 24 TRABALHO MANUAL ..................................................................................... 24 ESTÁGIO .................................................................................................................... 25 FORMATURA ............................................................................................................ 25 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 26 2 APRESENTAÇÃO Um campo que nos apresenta hoje um grande desafio é o da educação. Surgem certas situações nas instituições educacionais que nos deixam a todos atordoados, sem saber como reagir. A mudança de valores, hábitos e costumes, a falta de princípios que impera em nossa sociedade leva à incerteza sobre a melhor atitude a ser tomada com crianças ou jovens que estão sob a nossa responsabilidade. Falta-nos, muitas vezes, discernimento sobre como as ações e a postura diante de certos fatos podem influenciar positiva ou negativamente o processo educacional. Deus inspirou a Sra. Ellen G. White ao longo de muitos anos, para que orientasse os cristãos sinceros na construção de sua maturidade espiritual, emocional e social, através de conselhos, princípios e valores, inspirados na Bíblia, que são imutáveis e inegociáveis. No campo educacional, os conselhos desta autora nos dotam de clareza, convicção e segurança sobre os melhores caminhos, a melhor postura, os melhores planos que podem ser adotados para levar adiante a obra da educação com a aprovação do Espírito Santo de Deus. Apresentam-se aqui algumas das frases mais mobilizadoras do pensamento, que inspiram o caminhar seguro pelas muitas funções que uma escola oferece aos inúmeros educadores cristãos que desejam fazer a vontade de Deus. 3 INTRODUÇÃO Toda escola possui um grupo diversificado de pessoas engajado no trabalho educativo. Todos contribuem com uma carga de experiência de vida muito pessoal, trazendo consigo sua formação acadêmica e familiar, seu temperamento, seus sonhos, metas, hábitos e costumes, gostos, e principalmente, suas concepções sobre educação. Como o trabalho escolar apresenta uma dinâmica nem sempre presumível, com inúmeros fatos novos, cotidianamente, verificamos, com certo desconforto, como os educadores adotam posturas bastante diferenciadas na condução do processo educacional e suas muitas interfaces. Como o campo de atuação dentro das escolas é vasto, várias frases educativas foram selecionadas, dentre os vários livros da Sra. Ellen G. White dedicados à educação, para a busca da reflexão consciente, da fundamentação sólida e consistente na Inspiração de Deus, poderosa para alavancar o desenvolvimento de talentos especiais para um trabalho tão grandioso e determinante na condução de muitas crianças e jovens no caminho do bem. As temáticas são diversificadas e todas têm aplicação dentro do campo educacional, no sentido de trazer orientação e segurança aos educadores cristãos. 4 EQUIPE DIRETIVA “O diretor e os mestres devem manter viva comunhão com Deus, colocando-se firme e destemidamente como testemunhas Suas” (CPPE – pág. 79). “Aconselhai-vos juntamente, eis a mensagem que me tem sido dada muitas vezes pelo anjo de Deus. Influenciando a mente de um homem, pode Satanás dirigir as questões a seu jeito. Poderá ser bem sucedido em levar para uma errônea direção o espírito de duas pessoas; mas quando várias se consultam entre si, a segurança é maior” (CPPE – pág. 81). “Os que são colocados à frente das instituições do Senhor necessitam muito da força, graça e poder mantenedores de Deus, a fim de que não andem contrariamente aos sagrados princípios da verdade” (FEC – pág. 501). “Um ponto que jamais deve ser olvidado por nossos obreiros é de que o Senhor Jesus Cristo é nosso principal diretor” (FEC – pág. 523). Que ninguém se engane: Jesus é o Senhor da obra educacional. Ele deseja que aqueles que estejam à frente de Suas instituições possuam uma estreita relação com Ele e compreendam que seu papel junto aos estudantes é testemunhar de uma vida consagrada, apontando caminhos de retidão, de integridade e de justiça. A obra da educação deve perseguir a excelência, a dedicação amorosa, o capricho, a organização, a honestidade, a pontualidade, esmeradas relações interpessoais; porque tudo deve apontar para o Autor da obra. A equipe diretiva da instituição deve reunir-se com muita freqüência para avaliar suas ações, projetos, relações, parcerias; para planejar atividades com vistas a alcançar as metas estabelecidas. Cada membro da equipe que dirige a escola deve estar cônscio de seus deveres e convergir sua atenção na direção do estudante, que é o ator social mais importante, motivo da existência da escola. Interesses pessoais, ganhos financeiros, “jeitinho brasileiro” para ajudar colegas preferidos e outras artimanhas jamais deveriam fazer parte da dinâmica escolar. Só pode existir coerência, ordem, fidelidade, sinceridade na obra que representa o Senhor. TESOURARIA “Em especial, deve o diretor de uma escola cuidar atentamente das finanças da instituição. Deve compreender os princípios básicos da instituição, de contabilidade. Cumpre-lhe relatar fielmente o emprego de todo o dinheiro que passe pelas suas mãos para o uso da escola. Não devem os fundos da escola ser retirados em excesso, mas se deve envidar todo esforço para aumentar a utilidade da escola. Aqueles a quem foi confiada a direção das finanças de nossas instituições educacionais não devem permitir nenhum descuido no dispêndio dos meios. Tudo o 5 que se relacione com as finanças de nossas escolas deve ser perfeitamente correto” (FEC – pág. 510). “A escola deve ter renda suficiente, não só para pagar as necessárias despesas correntes, mas para poder prover aos alunos, durante o ano escolar, alguns aparelhamentos essenciais a seu trabalho” (CE – pág. 211). “Talvez o elevar devidamente os preços ocasione diminuição na matrícula, mas o maior número de alunos não devia causar tanto regozijo como a libertação do débito” (CE – pág. 211). “É preciso imaginarem-se métodos de impedir a acumulação de dívidas sobre nossas instituições” (CE – pág. 213). Nem todos os que lidam com finanças em nossas instituições educacionais estão devidamente habilitados para esta função. Mas todos têm obrigação de buscar recursos, estratégias, parcerias, fundamentação teórico-prática para a sustentação do plano financeiro. A transparência é fundamental quando se lida com finanças. Os relatórios criteriosos e freqüentes são a prova mais palpável da honestidade de um tesoureiro. O gasto planejado, comedido, coerente com as entradas é o mínimo que se espera dos responsáveis pela área. Em hipótese alguma se deve deixar a escola incorrer em dívidas. Esta é uma das situações mais indesejada e deve ser combatida por todos os meios, pois traz opróbrio para a causa do Senhor, mancha Sua obra e mostra a inexperiência dos dirigentes. A troca de informações com instituições que obtiveram sucesso nessa área deve ser incentivada para que as que estejam endividadas se beneficiem também das boas estratégias encontradas; alguns recursos adotados por aquelas podem representar a chave que permitirá a essas sair de situações difíceis. Pode ser que, para isto, seja necessário lançar mão do aumento da mensalidade, o que pode trazer como conseqüência a diminuição da demanda, mas a libertação das dívidas é o fator principal. Além de um excelente currículo, a escola necessita da ampliação de seus recursos didáticos e tecnológicos, favorecendo a aplicação prática de seu conteúdo e permitindo aos estudantes o aprofundamento na compreensão de seus estudos. Para tal procedimento, as finanças precisam estar em equilíbrio. PROFESSOR CRISTÃO “Os professores em nosso colégio devem ser homens e mulheres que tenham mente equilibrada, de forte influência moral, que saibam como tratar, de modo sábio, com pessoas, e que possuam verdadeiro espírito missionário” (CE – pág. 84). 6 “... Devem conseguir-se os maiores talentos no magistério, para que nossas escolas correspondam ao padrão exigido” (FEC – pág. 490). “O professor deve ter aptidão para o seu trabalho. Deve ter a sabedoria e o tato exigidos para tratar com as mentes. Por maior que sejam seus conhecimentos científicos, por excelentes que sejam suas qualificações em outros ramos, se não alcançar o respeito e a confiança de seus alunos, debalde serão seus esforços” (E – pág. 279). “Em todos os sentidos deve o professor... ser sóbrio em todas as coisas; no regime alimentar, no vestuário, no trabalho, na recreação deve ser ele um exemplo” (E – pág. 278). Um educador cristão é alguém que anuncia sua confissão de fé em um Deus Criador, Mantenedor e Salvador da humanidade. É alguém que afirma, com sua vida, que suas relações espirituais com Cristo deixaram seu coração transformado; isto representa uma vida consagrada, refinada e íntegra. Os estudantes de qualquer escola cristã querem “ver” na postura do professor as características que o tornam um cristão; querem menos palavras e mais ações que o distingam daqueles que em nada crêem. Nenhum educador deveria ansiar por nada menos que a excelência na educação de mentes humanas. Esta é uma tarefa sem paralelos na nossa sociedade; esta é a profissão que mais responsabilidade se requer do mestre, uma vez que esta função pode acarretar conseqüências de peso eterno. Habilidades profissionais não são herdadas quando se nasce, são adquiridas. Tem-se toda uma vida para desenvolver talentos, habilidades e dons. Não podemos nos contentar em ser admiráveis apenas em um aspecto, mas devemos buscar ampliar e aprofundar qualidades em todas as áreas. É imprescindível que todo educador se conscientize de que não está lidando com anjos, mas com seres em formação, que buscam a construção de sua identidade, que anseiam chamar a atenção sobre si mesmos e que, muitas vezes, são mimados pelos pais; em alguns casos, são filhos únicos; e quanto mais problemáticos, mais necessitam de compreensão, apoio e orientação. O sentimento que precisa ser, convenientemente, despertado no educando é o de respeito pelo seu educador, bem como apreciação, valorização, grande confiança e certeza de que ele quer o seu bem. No entanto, parece que há uma certa inversão de valores em muitas escolas, onde o educador perde o autodomínio e acaba por oprimir os estudantes com demonstrações de impaciência, raiva, exigências absurdas para o nível de compreensão de algumas faixas etárias, provocando em crianças e jovens, medo, angústia, depressão e revolta, o que acaba gerando muita indisciplina e/ou evasão, que representam as saídas mais fáceis para o problema. Dentro de uma sala de aula, cada professor deve buscar estratégias próprias e apropriadas para conquistar sua autoridade diante da turma. E esta é uma conquista gradativa, depende também de como se lida com os conflitos, de como se administra dúvidas, de como se alimenta a auto-estima dos estudantes e de sua postura cotidiana. 7 Em suma, depende de quem ele é, de seu temperamento, de suas concepções, princípios e valores. Por mais que tenha o professor muitos títulos acadêmicos, se não consegue o respeito da turma, cria-se um obstáculo tão grande que ele sempre dependerá da intervenção de outros em sua turma, no decorrer do ano. O aprendiz precisa saber que seu mestre não se apresenta como uma pessoa dentro da escola e outra lá fora. Se ele mostra-se correto e equilibrado perto do estudante e completamente diferente em outros ambientes, acaba por perder a confiança e o respeito. EDUCAÇÃO ESSENCIAL “A educação essencial a ser obtida por nossos jovens hoje em dia, e que os habilitará para os cursos superiores da escola do alto, é a que os ensinará a revelar ao mundo a vontade de Deus. Negligenciar este aspecto de seu preparo e introduzir em nossas escolas um método mundano, é causar prejuízo tanto aos professores como aos alunos” (FEC – pág. 512). Uma escola cristã, que faz questão de diferenciar seus objetivos daquelas cujo escopo seja unicamente o aspecto financeiro, necessita estabelecer sua filosofia com firmeza e realismo, colocando em prática suas convicções. Não se pode perder tempo dando prioridade ao que é secular para ser aplaudido por um mundo sem princípios. Sabe-se que todas as áreas do conhecimento são fundamentais no processo educativo, no entanto, mostrar ao mundo a soberania de Deus sobre a vida dos homens e seu destino é imperativo. Nem o status social, nem o fator financeiro, nem os títulos acadêmicos, nem os prazeres podem levar ao homem a paz interior que só o amor de Deus pode oferecer, trazendo a verdadeira felicidade em seu caminho. DIFERENCIAL EDUCATIVO “Eu desejaria encontrar linguagem para expressar a importância de nosso colégio. Todos devem sentir que ele é uma das instrumentalidades de Deus para fazer-Se conhecido do homem” (CE – pág. 425). “A verdadeira educação não desconhece o valor dos conhecimentos científicos ou aquisições literárias; mas acima da instrução aprecia a capacidade, acima da capacidade, a bondade, e acima das aquisições intelectuais, o caráter” (E – pág. 225). “É o grau de força moral de que o colégio se acha possuído, a prova da sua prosperidade” (CE – pág. 31). “... Em sentido especial, nossas escolas são um espetáculo aos homens e aos anjos” (FEC – pág. 186). 8 “Uma influência cristã deve encher nossas escolas” (FEC – pág. 473). Nada se compara ao poder de um povo que ora a Deus e se acha em Suas poderosas mãos. Uma escola cristã não é uma instituição educativa como as outras. Não deve imitar outras escolas seculares: nem métodos, nem currículo, nem popularidade. Temos uma filosofia que nos distingue – preparamos muito mais que estudantes para o vestibular; preparamos caracteres que formam o cidadão consciente, maduro, responsável, solidário e, acima de tudo, temente a Deus. Temos uma logomarca indelével - o sangue de Jesus. Portanto, o clima e o ambiente devem estar impregnados de uma influência construtiva, confiável e amorável. Uma escola assim necessita de educadores igualmente especiais, consagrados, idôneos. Somos observados por todos. Nosso exemplo não pode falhar. BÍBLIA “Talvez alguns argumentem que, se o Ensino Religioso for tornado preeminente, nossa escola ficará impopular; que os que não pertencem à nossa fé não apoiarão o colégio. Muito bem, nesse caso, vão eles para outros, onde encontrem sistema de educação ao seu sabor. Nossa escola foi estabelecida, não meramente para ensinar as ciências, mas com o fito de ministrar instrução nos grandes princípios da Palavra de Deus, e nos práticos deveres da vida diária” (CE – pág. 25). O desejo de ter uma escola popular, lotada de estudantes, fala tão alto que muitas escolas cristãs têm se esquecido de seus princípios para seguir os conceitos atuais de educação liberal. O grande diferencial das instituições cristãs é exatamente aquilo que muitos repelem: o Ensino Religioso, que tem como alvo mostrar que Deus existe, que deve ser nosso Guia na vida, nosso melhor Amigo e Aquele que sente por nós um amor tão profundo que deixou uma carta de amor para nos orientar, chamada Bíblia. Os professores dessa área de conhecimento devem ser escolhidos criteriosamente: devem ser pessoas muito consagradas, pois o testemunho de sua vida dirá se eles falam a verdade ou não. Jamais se deve contratar alguém só por ser amigo, pessoa humilde e piedosa ou ainda querer ajudar um irmão desempregado. Esta é a aula que deve ser mais iluminada, trazida para o conhecimento prático e que ajuda os educandos a crescerem a cada dia. O trabalho interdisciplinar deve ser constante e o foco é a transformação de caráter das crianças e jovens que estão sob a responsabilidade da escola. Quando todos se envolvem com o estudo diário da Bíblia, ampliando seus conhecimentos, o clima organizacional muda, diminuindo a indisciplina, aumentando o respeito entre colegas e entre estudantes e professores. 9 FORMAÇÃO PERMANENTE “O verdadeiro professor não se contenta com pensamentos obtusos, espírito indolente ou memória inculta. Procura, constantemente, consecuções mais elevadas e melhores métodos. Sua vida é de contínuo crescimento” (E – pág. 278). “Deus não quer que nos satisfaçamos com mente preguiçosa, indisciplinada, pensamentos obtusos e memória fraca. Quer que todo professor seja eficiente, não se contentando, apenas, com certa medida de êxito, mas compreendendo sua necessidade de constante diligência em adquirir conhecimento” (FEC – pág. 119). O conhecimento é muito amplo. Mesmo o professor que possui muitos títulos acadêmicos necessita atualizar-se freqüentemente. Esta era de globalização traz inúmeras informações quase que em avalanche, de fatos que se renovam a cada minuto, basicamente. Se o estudo constante, a leitura de periódicos e a pesquisa deixarem de fazer parte do cotidiano do profissional da educação, fatalmente ele perderá o bonde da História, ficará ultrapassado, com metodologias tradicionais, pouco atraentes para a criança ou o jovem, trazendo como conseqüência a indisciplina para a sala de aula. Cabe à equipe diretiva da escola integrar ao calendário anual um programa de formação permanente para seus profissionais, para favorecer a boa concepção de educação e discutir e avaliar sua prática pedagógica. O espaço da biblioteca deve ser provido de um acervo específico para o professor atualizar seus conhecimentos, acompanhar as notícias e despertar a criatividade. O médico que não acompanha as últimas descobertas científicas corre o risco de matar seus pacientes; o pintor de paredes que não recorre aos novos métodos artísticos de pintura, com novas texturas e novas cores, corre o risco de perder trabalho. Imagine o empresário do ramo de confecções que só vende roupas fora de moda? Por que o professor tem que se contentar com o curso acadêmico que fez há cinco, dez ou quinze anos? Por que grande parte dos professores não lê, no mínimo, 10 livros por ano? É imperioso que as melhores escolas possuam em seu quadro docente uma equipe de educadores que priorize sua formação como fator básico para um trabalho consistente, bem direcionado, com metas e com bons resultados. RELACIONAMENTO “Alguns pais – bem como alguns professores – parecem olvidar que eles mesmos já foram crianças. São altivos, indiferentes e destituídos de simpatia. Onde quer que sejam postos em contato com os jovens – no lar, nas aulas diárias, na Escola Sabatina ou na igreja – mantém o mesmo ar autoritário, e sua fisionomia encerra habitualmente uma expressão solene e reprovadora. A alegria ou a obstinação infantil, a buliçosa atividade da vida jovem, não encontra desculpa a seus olhos. Pequenas faltas são tratadas como graves pecados. Tal disciplina não é cristã. 10 As crianças assim educadas têm medo dos pais ou dos professores, mas não os amam; não lhes confidenciam suas experiências infantis. Algumas das mais valiosas qualidades da mente e do coração se arrefecem até morrer” ( FEC – pág. 68). “Conquanto o professor tenha de ser firme e decidido, não deve ser opressor e ditatorial. Ser áspero e severo, ficar longe de seus discípulos, ou tratá-los indiferentemente, corresponde a fechar a passagem pela qual poderia influir neles para o bem” (E – pág. 280). Quão importante é a tarefa de cuidar dos filhos dos outros! A responsabilidade é por demasiado grande. A competência exigida do professor é a instrução em todos os aspectos da vida humana: física, social, mental, emocional e espiritual. Porém, quando as relações pessoais estabelecidas não são favoráveis, ampliam-se os obstáculos à aprendizagem, pois é sabido que o sistema límbico percebe as emoções e as envia para a memória, ampliando ou reduzindo nossa capacidade de aceitação dos fatos, transformando-os em verdadeiros empecilhos à capacidade de aprender. Urge que os educandos “sintam” o respeito, o carinho, a confiança que o professor deposita neles: em seu potencial, em sua inteligência, em sua capacidade criativa, pois isto funciona como uma alavanca para seu progresso. Quanto mais interage com eles, quanto mais respeita sua etapa de desenvolvimento, quanto mais se associa com eles em seus interesses, sem confundir suas intenções educativas, mais chances tem o professor de conseguir abrir o coração deles para a aprendizagem significativa. Muito se ganha ao abrir mão, de vez em quando, da conversa na sala de professores na hora do intervalo, para brincar, jogar conversa fora, conhecer melhor seus estudantes em momentos de irreverência juvenil. Sentindo o interesse do educador, o estudante fica mais acessível à sua influência. DISCIPLINA “E lembre-se o mestre, que são os mais desafortunados, os dotados de temperamento desagradável – rudes, obstinados, malévolos – os que mais necessitam de amor e compaixão. Os que mais provam nossa paciência são os mais necessitados de nosso amor” (CPPE – pág. 241). “Alcança-se o verdadeiro objetivo da repreensão apenas quando o próprio malfeitor é levado a ver a sua falta, e consegue sua vontade no empenho de corrigirse” (E – pág. 292). “O objetivo da disciplina é ensinar à criança o governo de si mesma. Devem ensinar-se-lhe a confiança e direção próprias” (E – pág. 287). 11 “Tenha cuidado no que faz na questão de eliminar estudantes. É esta uma questão solene. Apenas uma falta muito grave deve autorizar essa disciplina” (MCP – pág. 356). “O método divino de governo é um exemplo de como as crianças devem ser disciplinadas. Não há opressão no serviço do Senhor, e não deve haver opressão no lar nem na escola” (CPPE – pág. 138). “O professor deve fazer com que a obediência às suas exigências seja tão fácil quanto possível. A vontade deve ser dirigida e modelada, mas não descurada ou esmagada” (E – pág. 289). Numa escola inclusiva, como deve ser aquela que deseja fazer a obra do Senhor, não é possível selecionar os mais aptos, os mais bonitos, os mais estudiosos para freqüentar seu espaço e usufruir seus benefícios – todos cabem em seu espaço, assim como Cristo chamou Seus discípulos entre os rudes, iletrados e desprovidos de sabedoria para serem abençoados com Seu ensino e terem a chance de ter a vida totalmente transformada. Mesmo diante das discussões acaloradas, da traição, da ganância, da negação, Jesus não era ríspido, não pensava em punição, muito menos em atitudes vingativas; nunca expulsou nenhum deles (mesmo conhecendo o caráter de Judas), pois Ele era o Educador por excelência. Como um semeador, tinha paciência com Seus pupilos, sabia respeitar o tempo de cada um, sabia que Sua influência santificadora seria capaz de operar neles uma grande transformação a longo prazo, porque o que O motivava era o verdadeiro amor, facilmente perceptível por eles. Num clima de confiança e motivação, os educandos de Cristo foram sujeitos na construção de seus conhecimentos, aprendendo que a tomada de decisões tinha que vir acompanhada de sabedoria, responsabilidade e segurança. Após três longos anos de paciente adubação, as sementes germinaram e produziram muitos frutos. Os discípulos amadureceram sob a chuva do Espírito Santo. A condução de Jesus foi sábia. Os educandos que estão sob a responsabilidade da escola não podem sofrer nenhum tipo de discriminação, pois não têm culpa da educação que receberam. Estão ali para descobrir que existem formas diferentes de se lidar com certos fatos, situações e pessoas. O professor deve ser uma bússola. A habilidade que mais se requer dele é o domínio-próprio, que deve ser desenvolvido dentro das relações e lutas diárias. A indisciplina na escola é um fator que pode ser originada de três ângulos: À própria escola pode faltar organização, planejamento, clareza em seus projetos, de forma que não existe um caminho definido de ações. Muitos professores adotam uma metodologia pobre, com base em cópias e memorizações, exigência de silêncio para pessoas em franco desenvolvimento, dificultando as relações dentro de sala. Os próprios educandos não possuem limites, seguindo, portanto, suas próprias inclinações, trazendo prejuízo para a prática pedagógica do professor. 12 Conclui-se, daí, que é necessário ter uma visão menos simplista sobre disciplina e entender que somente o investimento no potencial do educando é capaz de despertar nele o governo de si mesmo. Somente em casos extremos, quando o educando não analisa sua atitude, não esboça o menor desejo de mudança diante de todas as tentativas (inclusive parcerias com órgãos competentes) e traz sérios prejuízos para colegas e professores, como ameaças à integridade física, agressividade extrema, tráfico, promiscuidade, colocando outros em risco, então, com muito pesar, deve-se convidar o tal a retirar-se da instituição. CONFINAMENTO “O sistema de educação mantido por gerações passadas, tem sido destrutivo para a saúde, e mesmo para a própria vida. Muitas crianças têm passado cinco horas por dia em salas mal ventiladas, sem suficiente espaço para a saudável acomodação dos alunos. O ar dessas salas fica, em breve, envenenado para os pulmões que o inalam. Crianças pequenas, cujos membros e músculos não são fortes, e cujo cérebro ainda não se acha desenvolvido, têm sido conservadas portas adentro, para dano seu” (FEC. Pág. 19). A arquitetura e construção de escolas para crianças e jovens deve ser muito criteriosa. Não se pode sobrecarregar seus pulmões com ar viciado, carregado de toxinas encerradas em salas de tamanho minúsculo, com portas e janelas fechadas durante horas, privando-as do ar puro. Nem mesmo os adultos conseguiriam ficar tanto tempo diariamente, presos, sem comprometer seriamente sua saúde física e mental. Crianças e jovens necessitam de movimento, de amplidão, de liberdade. Os tempos e espaços precisam ser redimensionados para alcançar mais facilmente os objetivos otimizados. A sala de aula é apenas um dos espaços a serem utilizados para aulas; basta olhar ao redor para observar que outros espaços não pensados, como corredores, pátio, biblioteca, quadra, jardim, também oferecem excelente oportunidade de aprendizado, dependendo da atividade a que se propõe o professor. MONITORIA “Ninguém que lida com os jovens deve ser de coração duro, e sim, afetuoso, terno, compassivo, cortês, cativante e sociável; deve saber, no entanto, que precisam ser feitas repreensões, sendo até mesmo necessárias graves censuras para eliminar algum mau procedimento” (FEC – pág. 457). “Palavras ásperas e iradas não são de origem celeste. Ralhar e irritar-se nunca ajudam. Em vez disso, despertam os piores sentimentos do coração humano” (MCP II – pág. 501). 13 Os estudantes não podem ser deixados sozinhos quando estão longe do professor. Nos corredores, no pátio, nos banheiros, nas quadras e auditórios sempre surgem oportunidades para uma brincadeira de conseqüências mais sérias. Entre elas: brincar com o extintor, pichar as paredes, jogar o papel higiênico no vaso sanitário, arrancar flores de vasos, colocar bombas caseiras nos banheiros e por aí afora... A figura do Monitor ou Coordenador de Turnos surge como um acompanhante, um vigilante, uma pessoa que monitora o espaço e as ações dos educandos, no sentido preventivo. Espera-se da pessoa que ocupa essa função, muito autodomínio, seriedade temperada com bom-humor, paciência, compreensão, conhecimento sobre as etapas do desenvolvimento humano e coerência cristã. RECREIO/INTERVALO “Vejo aqui na Suíça algo que julgo digno de imitação. Os professores das escolas muitas vezes saem com os alunos quando estão brincando e os ensinam a entreter-se, ficando perto para reprimir qualquer desordem ou erro” (MCP – pág. 197). Como é confortável correr para a sala de professores quando o sinal avisa que é hora do intervalo. Ter uma pausa no meio do trabalho tão desgastante faz muita falta, com certeza. Porém, os estudantes (não importa a idade) sentem um prazer muito especial quando seus professores dedicam um tempo a acompanhá-los em seus momentos de folga, de brincadeiras e informalidade. Quando isso acontece, sentem-se privilegiados, valorizados e eles revitalizam o olhar que dirigem ao mestre. Nessas oportunidades, é possível acompanhar seus momentos de folguedos, jogar conversa fora, ensiná-los sobre a manutenção das boas relações, o respeito aos colegas, as regras que orientam os jogos e a aplicação mais saudável do tempo. TEMPERANÇA NA CANTINA “A educação no sentido de suprir as mesas não é correta, salutar ou satisfatória, e é necessário haver uma decidida reforma. Esses alunos são a herança de Deus, e devem ser introduzidos no internato os mais sólidos e salutares princípios no tocante ao regime alimentar. Os pratos de comida brandos, as sopas e os alimentos líquidos, ou o uso abundante da carne, não são o que há de melhor para proporcionar bons músculos e órgãos digestivos sadios, ou cérebros lúcidos. Oh! Como somos tardos para aprender! De todas as instituições de nosso mundo, a escola é a mais importante! Nela deve ser estudada a questão da alimentação; não se deve seguir o apetite, os gostos, os caprichos ou as idéias de pessoa alguma; não obstante, é necessária uma grande reforma; pois danos que durem toda a vida serão o seguro resultado da atual maneira de cozinhar” (FEC – pág. 226). 14 Existem aqueles que focalizam na escola apenas os holofotes que apontam para as salas de aula. Os outros espaços parecem ser sem nenhuma importância. No entanto, não existem espaços que não sejam educativos dentro de uma instituição escolar; mas a cantina... às vezes tão desprezada, exerce um papel fundamental na formação do estudante. Seus ossos, músculos, sistema nervoso, toda a sua estrutura física e mental vai depender também do que lhe é oferecido naquele recinto. A grande maioria das crianças e jovens, pra não falar dos adultos, infalivelmente, dão preferência aos alimentos que agradam ao paladar, mesmo não ignorando seus efeitos malévolos ao organismo. E, dessa forma, em grande parte das escolas, procura-se agradar a esses desejos através das merendas oferecidas na cantina, com o único objetivo de aumentar os rendimentos financeiros. Manifestam pouco interesse em investir no conhecimento daquilo que é saudável, construtivo, forte e definidor da constituição da criança e/ou jovem; porque “dá trabalho, é demorado de se fazer e é necessário ter criatividade, com resultados em longo prazo”, segundo afirmam alguns. Eliminar refrigerantes, frituras, doces e chocolates parece ser um castigo para muitas cantineiras, professores e diretores. Colaborar para a destruição de corpos tão jovens não parece incomodar tanto. É hora de alterar essa concepção. Vamos lutar para implantar em nossas escolas o regime alimentar mais saudável que conseguirmos, de acordo com os sabores de cada região e com os princípios de saúde que todos conhecemos tão bem. APRENDIZAGEM LENTA “Os professores devem considerar que estão lidando com crianças, não com homens e mulheres. São crianças que têm tudo a aprender, e algumas têm tanto mais dificuldade do que outras para fazê-lo. O aluno de mente lenta necessita de muito mais encorajamento do que tem recebido” (MCP – pág. 199). Assim como Jesus recebeu os Seus discípulos com todas as suas limitações e alguns, inclusive, mais tardios para aprender as lições ensinadas, as escolas devem seguir Seu exemplo e receber os mais diversos tipos de estudantes, que não têm nenhuma culpa se possuem distúrbios, deficiências, necessidades educativas especiais... Porém, não é nenhuma vantagem apenas aceitá-los e não oferecer condições de superação de suas dificuldades. É importante ter um olhar diferenciado sobre eles, não para discriminá-los diante dos outros, mas para adaptar as várias situações a eles, sempre levando em conta que as leis educacionais do país assim o apóiam e a escola cristã é fundamentada no amor de Deus. Cumpre constar no Projeto Político-Pedagógico da instituição suas metas em relação aos educandos portadores de necessidades educativas especiais, que devem abranger desde sua relação com colegas até à adaptação de avaliações e notas, para que se sintam integrados, incluídos, de fato e de verdade. 15 TRABALHO EM PARCERIA “Ajudando ao colega, estais sendo útil aos professores. E muitas vezes alguém cuja mente parece tarda, aprenderá mais depressa as idéias de um condiscípulo, do que de um professor” (CE – pág. 275). Grandes estudiosos já deram sua contribuição durante muitos anos sobre o valor do trabalho de parceria realizado entre os estudantes dentro da sala de aula. A linguagem dos professores, por vezes, pode não atingir a compreensão dos educandos. Mas, o contato deles com os colegas, a troca entre os pares pode facilitar a compreensão daqueles que têm mais lentidão na aprendizagem. A integração entre os aprendizes deve ser utilizada pelos professores no sentido de favorecer a construção de seus conhecimentos. Permitir que se formem duplas ou grupos, que haja momentos específicos de troca pode representar ganhos formidáveis no progresso dos estudantes.. EDUCAÇÃO INFANTIL “Ainda em tenra idade, devem as crianças ser ensinadas a ler, a escrever, a compreender os números, a fazerem suas próprias contas. Podem prosseguir passo a passo neste conhecimento. Mas, antes de tudo, deve ensinar-se-lhes que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (CPPE – pág. 150). Sabemos que é a mãe que deve dedicar-se à educação de seus pequeninos, pois a construção de seu caráter começa cedo e as primeiras impressões, que ficam gravadas para sempre, não devem ser delegadas a terceiros. No entanto, com a revolução industrial e o crescimento das necessidades materiais, infelizmente, muitas mães foram obrigadas a trabalhar fora de casa para colaborar no orçamento doméstico e deixar os filhos pequenos sob os cuidados de outros, às vezes, até desconhecidos. Trabalhar fora de casa, hoje, nem sempre significa necessidade de reforço orçamentário, pois a opção pela carreira profissional é feita livremente, pela maior parte das mães. Já que os pais cristãos fazem questão de uma educação de qualidade para seus pequenos, somente profissionais altamente habilitados deveriam cuidar da educação desses caçulinhas da escola. Pois eles são os mais vulneráveis à interação com outras crianças e os adultos; são os que mais necessitam de cuidados especiais. Nenhum nome de professor, cujo temperamento seja irritadiço, com pouca paciência, deveria sequer ser pensado para ocupar esta função que exige muita sabedoria e habilidades especiais. As crianças precisam passar tempo ao ar livre, ter acesso a brinquedos e brincadeiras, manusear peças que a levem a desenvolver o poder criativo e as percepções do mundo ao redor, interagir com seus pares, trocar idéias, ouvir histórias, movimentar-se com liberdade. 16 O ambiente deve ser adequado à faixa etária, de fácil acesso, com adaptações ao seu espírito investigador, sem falar da segurança necessária à sua integridade física. Crianças da Educação Infantil devem ser cercadas de educadores competentes, alegres, compreensivos, bem-humorados, pacientes e desafiadores. CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO “É a obra da verdadeira educação desenvolver esta faculdade, adestrar os jovens para que sejam pensantes e não meros refletores do pensamento de outros” (MCP – pág. 361). “A educação que consiste no exercício da memória, com a tendência de descoroçoar o pensamento independente, tem uma influência moral que é pouco tomada em conta. Ao sacrificar o estudante a faculdade de raciocinar e julgar por si mesmo torna-se incapaz de discernir entre a verdade e o erro, e cai fácil presa do engano” (E – pág. 230). “Aos jovens devem dar-se recursos para o desenvolvimento próprio. Eles devem ser atraídos, estimulados, encorajados e impelidos à ação” (CE – pág. 426). As concepções de educação defendidas pelos modernos educadores, filósofos e pensadores, sejam brasileiros ou estrangeiros, não podem ser as únicas referências a serem adotadas pela escola. Sabemos que eles muito influenciaram e continuam a influenciar a prática pedagógica adotada em sala de aula. Porém, Cristo dava, continuamente, uma lição aos Seus ouvintes que não tem paralelo: ensinar a pensar. A práxis educativa ainda nos aponta muitos educadores adotando a cópia, a leitura forçada e a memorização como práticas rotineiras para alcançar o conhecimento acadêmico. Desse modo, formam-se muitas pessoas para o comodismo, a dependência e a falta de iniciativa prática. Quando os estudantes são estimulados a darem suas próprias respostas, a discutirem várias temáticas com outros, a pesquisarem para descobrir respostas, a compararem idéias, a fazerem análises, a adotarem certas posturas favorecidas por uma metodologia centrada no aprendiz, é certo que os resultados mostrarão participação mais eficiente, dinâmica, desenvolvimento mais equilibrado e seguro, originando um clima mais disciplinado e com maior comprometimento. PLANEJAMENTO “Todo professor deve cuidar de que seu trabalho tenda a resultados definidos. Antes de tentar ensinar uma matéria, deve ter em seu espírito um plano distinto, e saber o que precisamente deseja conseguir” (E – pág. 233). Quem sabe onde quer chegar, sabe o caminho que deve trilhar. Infelizmente, muitos professores ainda dizem que têm toda a aula na cabeça, que não precisam 17 escrever nada porque conhecem seus objetivos. Esta é a justificativa mais mascarada que acompanha aqueles que têm preguiça ou ainda não caíram em si que a memória deve servir apenas de apoio, que o registro é fundamental para evitar desgastes, frustrações, perda de tempo e falta de objetividade. Ainda é grande o número de educadores que deveria delegar todo o crédito de suas aulas aos autores dos livros que adotaram, pois acompanham cegamente todos os enunciados, exercícios e sugestões, sem ao menos se dar ao trabalho de criar alternativas, montar outras estratégias e sugerir ações diferenciadas. Sua aula começa igual todo dia: - “Abra o livro na página tal...” Com certeza, muitos autores possuem excelentes livros, porém, o toque pessoal é do professor; é importante que ele personalize suas aulas complementando com outras informações, com pesquisas, com notícias atualizadas, com experiências outras, com saídas a campo, enfim, o professor necessita sentir-se o autor de suas aulas. O planejamento diário ou semanal coordena um trabalho objetivo, de quem está no comando do processo, com convicções pessoais e compromisso profissional. Esse trabalho focado e bem preparado tem muito mais chance de conseguir resultados satisfatórios do que o trabalho solto, sem foco e sem direção. METODOLOGIA “Todas as matérias desnecessárias devem ser extirpadas dos cursos de estudo, e oferecidas ao aluno unicamente os estudos que lhe forem de real valor” (FEC – pág. 447). “O máximo cuidado deve ser tomado na educação dos jovens, variando a maneira de instruí-los, de modo a suscitar as altas e nobres faculdades da mente” (MCP I – pág. 189). “O uso de comparações, quadros-negros, mapas e gravuras será de auxílio na explicação destas lições e da fixação das mesmas na memória. Pais e professores devem constantemente procurar métodos aperfeiçoados” (MCP I – pág. 194). Todo ser humano foi dotado por Deus, ao nascer, de um potencial de inteligência que pode e deve ser desenvolvido ao longo da vida, através das vivências, experiências, desafios e provas que a existência oferece. Quando os estudantes são desafiados a pensar, trabalhar com o raciocínio lógico, buscar soluções diferentes para o mesmo problema, encarar situações por novos ângulos, trocar idéias com outros, torna-se mais fácil a ampliação e aprofundamento dos conhecimentos. Apesar de toda a clareza de pesquisas realizadas no campo educacional, na atualidade, muitos professores ainda exigem e enaltecem como símbolos do saber dentro de sala: Que haja silêncio absoluto; Que todos se sentem enfileirados; 18 Que copiem toda a matéria do quadro; Que abram o livro em determinada página e façam a tarefa; Que prestem atenção somente ao que o professor ensina; Que façam o dever de casa. Sabe-se que os conhecimentos são construídos a partir da percepção que o indivíduo tem do mundo, suas experiências individuais e coletivas, a troca com os amigos, suas descobertas am vários campos, seja através da sociedade, da mídia ou da net. Cabe ao educador facilitar a interação dos educandos com todas as oportunidades de crescimento e desafiá-los a pensar. A sala de aula ideal, numa perspectiva inovadora, progressista e cristã, deve favorecer a conversa dirigida, o debate em grupo, a pesquisa em livros, o uso do computador ou entrevista com outras pessoas, a busca da informação para transformá-la em conhecimento significativo, as tarefas realizadas em sala, no pátio, na biblioteca, no laboratório e também em casa, combinando assim, estratégias diferenciadas para levar o aprendiz a exercer um papel de sujeito que age, que constrói sua própria aprendizagem cheia de sentido. O conhecimento chega aos sujeitos por caminhos diferenciados. É preciso caminhar de forma diversificada para oportunizar a todos atingir a compreensão do que se propõe. O uso de perguntas, diálogo, mapas, vídeo-projetor, filmes, experiências científicas, ilustrações variadas, permite ao educando ter mais chances de aprender, desfrutar de um ambiente propício à aprendizagem e obter sucesso escolar e ampliar a auto-estima. CURRÍCULO Não podemos mais conceber a idéia de que o currículo escolar deve vir pronto, construído por autoridades da área educacional ou autores consagrados. O currículo deve ser elaborado por professores competentes que têm uma proposta pedagógica consistente e um objetivo sólido a alcançar. Os livros didáticos representam apoio, suporte, orientação para o trabalho dos professores e devem ser complementados com outras informações, vindas das mais diversas fontes, desde que sábias e seguras. As frases que se seguem apresentam uma linha de pensamento reveladora da melhor concepção de educação que se pode adotar. São sugestivas para um currículo bem elaborado, equilibrado e que atenda às reivindicações de um saber conceituado e cristão. MEDITAÇÃO MATINAL “Encontramos na Palavra de Deus assunto para a mais profunda reflexão; suas verdades suscitam a mais alta aspiração” (FEC – pág. 85). 19 Tanto a Meditação Matinal dos professores/funcionários quanto a dos educandos não pode, em hipótese alguma, ser monótona, cansativa e desinteressante. São desses momentos que o Espírito Santo se utiliza para impressionar as mentes com Seu poder e convicções. É fundamental que estes momentos sejam aprazíveis, trazendo boas reflexões para serem aproveitadas no dia-a-dia. ENSINO RELIGIOSO “Aquele que, com espírito sincero e dócil estuda a Palavra de Deus, procurando compreender as suas verdades, será levado em contato com seu Autor; e, a menos que não o queira, não haverá limites às possibilidades para o seu desenvolvimento”. (E – pág. 125) Se os estudantes fogem da aula de Bíblia algo está errado. Estes professores devem ser os que mais se identificam com os princípios bíblicos ensinados. Devem ser aqueles que não perdem um minuto para conversar sobre assuntos seculares, a não ser que seja para relacionar e ilustrar a aula, cujo planejamento sempre deve ser muito bem elaborado. Quanto mais puder ligar os assuntos discutidos e estudados em sala com a realidade da comunidade em que vivem; com aulas práticas de visita a certos locais específicos e a pessoas que necessitam de ajuda, mais coerente será a aula e mais transformações serão apreciadas no caráter dos que participam da aula. LÍNGUA PORTUGUESA “Um dos ramos fundamentais do saber é o estudo da língua. Em todas as nossas escolas deve-se ter o cuidado especial de ensinar aos estudantes o uso correto da língua materna, no falar, ler e escrever” (CPPE – pág. 193). Nossa língua é de natureza complexa para ensinar e também para aprender. Quando associamos a aprendizagem da leitura e escrita com todas as práticas sociais experimentadas pelos educandos, o conhecimento torna-se mais significativo e adquire sentido, facilitando sua apreensão. Todo o aprofundamento da língua materna deve se constituir num deleite para os estudantes, com aplicações constantes daquilo que se aprendeu, rotineiramente, em sua vida escolar e pessoal. Todas as crianças e jovens colocados sob os cuidados da escola necessitam ser estimulados na arte de se expressar com clareza, eloqüência e sabedoria. A timidez apresentada para falar em público deve ser combatida com atenção, tato, prudência e respeito, em atividades variadas e prazerosas, que elevem a auto-estima dos educandos. 20 MATEMÁTICA “Nos estudos dos números deve o trabalho ser prático. Que se ensine cada jovem e criança, não simplesmente a resolver problemas imaginários, mas fazer com precisão as contas de seus próprios ganhos e gastos. Que aprenda o devido uso do dinheiro, usando-o” (E – pág. 238-239). Mais uma vez enfatiza-se aqui a necessidade de trazer as aulas teóricas para a prática dentro da realidade do estudante. Não se aprende a nadar fincando os pés na terra. É importante que a aprendizagem seja real e que todos os conhecimentos sejam aplicados. É igualmente importante que a escola reverta o quadro de rejeição natural que os estudantes têm pela Matemática. Esta matéria é fundamental em nossa vida e muito faz falta na solução de nossos problemas diários. Todos os professores da área precisam manter claramente a concepção de que é a compreensão dos processos matemáticos (causas, razões, descobertas, biografias, os caminhos e porquês) que leva o educando a entender os assuntos estudados e obter rendimento satisfatório; é abominável basear os conhecimentos do aprendiz unicamente em memorização de fórmulas sem qualquer utilidade e compreensão. HISTÓRIA “Conforme muitas vezes é ensinada, a História é pouco mais do que um relatório sobre o surgimento e queda de reis, intriga das cortes, vitórias e derrotas dos exércitos, toda uma narrativa de ambição e avidez, engano, crueldade e mortandade. Ensinada desta maneira, seus resultados não poderão deixar de ser prejudiciais. As pungentes repetições de crimes e atrocidades, as monstruosidades, as crueldades que são descritas, plantam sementes que em muitas vidas produzirão frutos em uma messe de males. Muito melhor é aprender, à luz da profecia de Deus, as causas que determinam o surgimento e queda de reinos. Estudem os jovens estes relatos e vejam como a verdadeira prosperidade das nações tem estado relacionada com a aceitação dos princípios divinos” (E – pág. 238). Nunca a sociedade mudou tanto em tão pouco tempo. Nunca as transformações foram tão radicais e tão rápidas, fazendo desatualizadas muitas informações já assimiladas como verdade. A História não é estática; é dinâmica, cheia de altos e baixos, lutas e conflitos. Muitos professores não se dão conta de que a história do passado deve ser intercalada com os acontecimentos contemporâneos. Não se pode admitir que os estudantes saibam tudo sobre o Império Romano e absolutamente nada sobre a corrupção que assola sua própria cidade ou país neste momento, trazendo conseqüências graves e permanentes. 21 Para uma escola cristã, não são as lutas e conflitos o que mais interessa nesta matéria, e sim, as razões e causas proféticas que levaram a este estado de coisas. Não é o vestibular o que mais importa, e sim, passar pelas difíceis provas que a vida oferece para purificar o caráter que nos levará à vida eterna. CIÊNCIAS/BIOLOGIA “No estudo da fisiologia, os alunos devem ser levados a ver o valor da energia física, e como pode ela ser preservada e desenvolvida de modo a contribuir no mais alto ponto para o sucesso na grande luta da vida” (E – pág. 196). Para que um homem possa ser considerado feliz nesta terra, tem que ser saudável acima de qualquer outra coisa. Não importa o nível sócio-econômico, os bens que ele tenha, os títulos acadêmicos, as amizades que possua... sem saúde, nada tem graça. E como a preservação da saúde tem ligação direta com o conhecimento adquirido sobre nutrição, cumpre à escola conscientizar os estudantes sobre as propagandas da mídia que têm somente a intenção de vender, e nós é que temos a obrigação de cuidar, preservar e curar o corpo e a alma para que nosso organismo adquira defesa contra as doenças. Esta área do conhecimento vem contribuir para que pessoas e ambiente, interagindo, possam fazer do mundo um bom lugar para se viver com qualidade. LITERATURA “Obras de ficção de baixo valor não trazem proveito algum. Não transmitem genuíno conhecimento; não inspiram grandes e bons propósitos; não suscitam no coração ardentes desejos de pureza; não produzem na alma fome de justiça” (FEC – pág. 92). “Tem sido o costume exaltar livros e autores que não apresentam o devido fundamento para a educação verdadeira. De que fonte esses autores obtiveram sua sabedoria, uma grande parte da qual não merece nosso respeito, mesmo que os referidos autores sejam por sábios?” (FEC – pág. 381). “Quem do imundo tirará o puro? Ninguém”. Jó 14:4. Podemos então esperar que jovens mantenham princípios cristãos e adquiram caráter cristão enquanto sua educação é grandemente influenciada pelos ensinos de pagãos, ateus e infiéis?” (CE – pág. 306) Um dos maiores problemas enfrentados pelas escolas em nossa sociedade é a concepção de que os homens mais destacados pela mídia são dignos de terem suas idéias estudadas e imitadas. Quanta feitiçaria, incredulidade, corrupção, ócio, com roupagem moderna, têm encantado crianças e jovens e desviado para sempre a pureza de seus pensamentos. Quando insistimos em adotar livros em conformidade com o 22 mundo, na tentativa de agradar às tendências das universidades seculares e também aos próprios estudantes, caímos no extremo de desagradar a Deus. Nada pode ser comparado com um correto desenvolvimento de caráter, baseado em valores que tornam tão distintos os cristãos. Uma educação só pode ser considerada de qualidade quando possui uma filosofia sólida, baseada em ensinamentos coerentes, fundamentada em leituras construtivas, onde Deus é a Inspiração. Há de se ter cautela sobre a permissividade reinante nas escolas, onde lixo é colocado nas prateleiras à disposição de crianças e jovens imaturos, trazendo conseqüências incalculáveis. É bastante trabalhoso, com certeza, ler inúmeros livros antes de adotá-los como tarefa de casa, porém, compensa o esforço ao se ter a consciência livre de dúvidas sobre o melhor alimento cultural oferecido. Ampliar o conhecimento através da leitura é uma grande oportunidade de crescimento educacional. A leitura nos faz viajar por caminhos nunca freqüentados; conhecer pessoas nunca vistas; vislumbrar coisas e situações nunca imaginadas. Por isso é grande a responsabilidade de um professor de literatura ao adotar um livro que nunca leu e não conhece as conseqüências de certas histórias, frases e até palavras que podem causar uma influência perniciosa na vida de crianças e jovens. Faria bem se todo professor, em parceria com o coordenador pedagógico, fizesse uma lista de livros, referendados, e mesmo assim, os lesse a todos para evitar que os aprendizes sejam desviados de uma boa conduta ou mantenham pensamentos corrompidos por influências internas da própria escola. É considerada uma boa leitura aquela que edifica, refina, ilumina e ajuda a transformar. Aquela que indica bons caminhos, que abre horizontes e mostra novas oportunidades de crescimento. LÍNGUAS ESTRANGEIRAS “A sabedoria humana, a familiaridade com os idiomas de diversas nações são um auxílio na obra missionária” (FEC – pág. 187). Seja na obra missionária ou na vida cotidiana, a globalização exige que saibamos outras línguas para compreender os fatos que acontecem no mundo a cada instante. Se necessitamos estar atentos aos fatos que antecedem a volta de Jesus, que possamos ser vigilantes também através das línguas mais faladas ao redor do mundo, pois, segundo as leis do país, é obrigação oferecê-las nas escolas. EDUCAÇÃO FÍSICA “O preparo físico deve ocupar um lugar importante em todo sistema de educação” (FEC – pág. 59). 23 “Os jogos não são essenciais. Está crescendo entre os alunos a influência de sua dedicação a diversões, até converter-se num poder fascinante e sedutor que neutraliza a influência da verdade sobre a mente e o caráter humano” (FEC – pág.). Se o movimento do corpo humano é básico na aquisição e manutenção da saúde física e mental, como cristãos, deveríamos oferecer a Educação Física em nossas escolas com a qualidade que é necessária. Mas temos que admitir que ainda existem professores que só valorizam os jogos esportivos nessas aulas por serem mais fáceis de executar e mal precisam de planejamento. No entanto, os jogos trazem em seu rastro uma fascinação que pode perdurar por muitos anos, trazendo grande dependência aos seus seguidores. Costumam estar em primeiro lugar até mesmo sobre a freqüência à igreja. A Educação Física envolve preparação, condicionamento, interação, movimento, ritmo, tempo, habilidades motoras essenciais a uma saúde equilibrada. Os estudantes costumam cabular todas as aulas, exceto as de Educação Física, porque, com freqüência, se oferece o brasileiríssimo futebol. Aqueles que não gostam do esporte ficam abandonados pelos corredores ou pelo pátio afora, sem opção. Existem muitas modalidades que podem incrementar as aulas: alongamento, musculação, ginástica rítmica, natação, corrida, caminhada, e muitas outras coisas além dos jogos que envolvem bola. MÚSICA “Haja canto na escola, e os alunos serão levados para mais perto de Deus, dos professores e uns dos outros” (E – pág. 167). A música, realmente, é um bálsamo para a alma! Quase todos, crianças e jovens, são impressionados pela música. Este é um recurso que toda escola deveria utilizar para impressionar as mentes jovens à plena aceitação de letras e melodias que ajudam no trabalho construtivo de formar um bom caráter. TRABALHO MANUAL “Bom seria que se pudesse ter junto ao nosso colégio terra para cultivo, bem como oficinas sob a direção de homens competentes para instruírem os alunos nas várias modalidades do trabalho manual” (CPPE – pág. 77). A educação dos estudantes precisa extrapolar a sala de aula. Não basta atulhar a mente de conhecimentos teóricos. Não podemos esquecer que nossa identidade é formada através da cultura que nos circunda; portanto, é natural para os aprendizes sentirem-se realizados com atividades artesanais, musicais, recreativas, civis, sociais e religiosas. Toda escola deveria oferecer oficinas com muitas opções de atividades, onde o objetivo principal seja aprender a ser útil a si próprio, à sua família e à sociedade onde mora. 24 ESTÁGIO “É o emprego que eles fazem de seus conhecimentos, que determina o valor de sua educação” (MCP – pág. 368). Antes que se introduza na sociedade os formandos de uma escola, cumpre-lhes que passem por um período de estágio, onde, inseridos em uma empresa, aprenderão na prática o que estudaram teoricamente. Este é um período de se tirar dúvidas, de se observar a melhor postura diante de conflitos, focos de tensão, de situações críticas; também de se observar as características específicas de um profissional qualificado, atendimentos a clientes ou fornecedores. A observação e execução são fundamentais para consolidar a aprendizagem dos estudantes. FORMATURA “Na escola de Cristo, os estudantes nunca se formam. Entre os discípulos há tanto velhos quanto jovens. Os que dão atenção às instruções do divino Mestre, adiantam-se constantemente em sabedoria, correção e nobreza de alma, e assim preparam-se para entrar naquela escola superior onde o adiantamento continuará por toda a eternidade” (MCP – pág. 367). Todo estudante de uma escola cristã deve ter consciência de que jamais se formará na construção de seu caráter. Cada fio entretecido na teia de sua existência deve estar totalmente envolvido com a aplicação dos princípios e valores aprendidos em sua formação familiar e acadêmica. Cumpre, ao estar longe da escola, que ainda saiba apresentar em sua vida, os frutos de toda a sua aprendizagem fundamentada n’Aquele que é Soberano em nós. Todo educando que se forma em uma escola cristã coerente com seus princípios e filosofia, é grato por sua bondosa e firme educação, que o permitiu seguir seu caminho sem enveredar por atalhos de vícios e degradações. 25 BIBLIOGRAFIA Autora: Ellen Golden White 1) CPPE – CONSELHOS AOS PROFESSORES, PAIS E ESTUDANTES 2) CE – CONSELHOS SOBRE EDUCAÇÃO 3) E – EDUCAÇÃO 4) FEC – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ 5) MCP I – MENTE, CARÁTER E PERSONALIDADE – Volume I 6) MCP II – MENTE, CARÁTER E PERSONALIDADE – Volume II 26