Frases Inspiradoras para a Educação - Circle

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Frases
Inspiradoras
para a
Educação
Pesquisa realizada nos livros de educação
da Sra. Ellen G. White
Dilma Viana Lino
Ipatinga - 2005
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO............................................................................................................. 4
EQUIPE DIRETIVA ..................................................................................................... 5
TESOURARIA .............................................................................................................. 5
PROFESSOR CRISTÃO .............................................................................................. 6
EDUCAÇÃO ESSENCIAL .......................................................................................... 8
DIFERENCIAL EDUCATIVO .................................................................................... 8
BÍBLIA .......................................................................................................................... 9
FORMAÇÃO PERMANENTE .................................................................................. 10
RELACIONAMENTO ................................................................................................ 10
DISCIPLINA ............................................................................................................... 11
CONFINAMENTO ..................................................................................................... 13
MONITORIA .............................................................................................................. 13
RECREIO/INTERVALO ............................................................................................ 14
TEMPERANÇA NA CANTINA ................................................................................ 14
APRENDIZAGEM LENTA ....................................................................................... 15
TRABALHO EM PARCERIA ................................................................................... 16
EDUCAÇÃO INFANTIL ........................................................................................... 16
CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO ....................................................................... 17
PLANEJAMENTO ..................................................................................................... 17
METODOLOGIA ....................................................................................................... 18
CURRÍCULO .............................................................................................................. 19
MEDITAÇÃO MATINAL .................................................................................. 19
ENSINO RELIGIOSO ........................................................................................ 20
LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................. 20
MATEMÁTICA .................................................................................................. 21
HISTÓRIA ........................................................................................................... 21
CIÊNCIAS/BIOLOGIA ...................................................................................... 22
LITERATURA .................................................................................................... 22
LÍNGUAS ESTRANGEIRAS ............................................................................. 23
EDUCAÇÃO FÍSICA ......................................................................................... 23
MÚSICA .............................................................................................................. 24
TRABALHO MANUAL ..................................................................................... 24
ESTÁGIO .................................................................................................................... 25
FORMATURA ............................................................................................................ 25
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 26
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APRESENTAÇÃO
Um campo que nos apresenta hoje um grande desafio é o da educação. Surgem
certas situações nas instituições educacionais que nos deixam a todos atordoados,
sem saber como reagir. A mudança de valores, hábitos e costumes, a falta de
princípios que impera em nossa sociedade leva à incerteza sobre a melhor atitude a
ser tomada com crianças ou jovens que estão sob a nossa responsabilidade.
Falta-nos, muitas vezes, discernimento sobre como as ações e a postura diante
de certos fatos podem influenciar positiva ou negativamente o processo educacional.
Deus inspirou a Sra. Ellen G. White ao longo de muitos anos, para que
orientasse os cristãos sinceros na construção de sua maturidade espiritual, emocional
e social, através de conselhos, princípios e valores, inspirados na Bíblia, que são
imutáveis e inegociáveis.
No campo educacional, os conselhos desta autora nos dotam de clareza,
convicção e segurança sobre os melhores caminhos, a melhor postura, os melhores
planos que podem ser adotados para levar adiante a obra da educação com a
aprovação do Espírito Santo de Deus.
Apresentam-se aqui algumas das frases mais mobilizadoras do pensamento,
que inspiram o caminhar seguro pelas muitas funções que uma escola oferece aos
inúmeros educadores cristãos que desejam fazer a vontade de Deus.
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INTRODUÇÃO
Toda escola possui um grupo diversificado de pessoas engajado no trabalho
educativo. Todos contribuem com uma carga de experiência de vida muito pessoal,
trazendo consigo sua formação acadêmica e familiar, seu temperamento, seus sonhos,
metas, hábitos e costumes, gostos, e principalmente, suas concepções sobre educação.
Como o trabalho escolar apresenta uma dinâmica nem sempre presumível, com
inúmeros fatos novos, cotidianamente, verificamos, com certo desconforto, como os
educadores adotam posturas bastante diferenciadas na condução do processo
educacional e suas muitas interfaces.
Como o campo de atuação dentro das escolas é vasto, várias frases educativas
foram selecionadas, dentre os vários livros da Sra. Ellen G. White dedicados à
educação, para a busca da reflexão consciente, da fundamentação sólida e consistente
na Inspiração de Deus, poderosa para alavancar o desenvolvimento de talentos
especiais para um trabalho tão grandioso e determinante na condução de muitas
crianças e jovens no caminho do bem.
As temáticas são diversificadas e todas têm aplicação dentro do campo
educacional, no sentido de trazer orientação e segurança aos educadores cristãos.
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EQUIPE DIRETIVA
“O diretor e os mestres devem manter viva comunhão com Deus, colocando-se
firme e destemidamente como testemunhas Suas” (CPPE – pág. 79).
“Aconselhai-vos juntamente, eis a mensagem que me tem sido dada muitas
vezes pelo anjo de Deus. Influenciando a mente de um homem, pode Satanás dirigir
as questões a seu jeito. Poderá ser bem sucedido em levar para uma errônea direção
o espírito de duas pessoas; mas quando várias se consultam entre si, a segurança é
maior” (CPPE – pág. 81).
“Os que são colocados à frente das instituições do Senhor necessitam muito da
força, graça e poder mantenedores de Deus, a fim de que não andem contrariamente
aos sagrados princípios da verdade” (FEC – pág. 501).
“Um ponto que jamais deve ser olvidado por nossos obreiros é de que o
Senhor Jesus Cristo é nosso principal diretor” (FEC – pág. 523).
Que ninguém se engane: Jesus é o Senhor da obra educacional. Ele deseja que
aqueles que estejam à frente de Suas instituições possuam uma estreita relação com
Ele e compreendam que seu papel junto aos estudantes é testemunhar de uma vida
consagrada, apontando caminhos de retidão, de integridade e de justiça.
A obra da educação deve perseguir a excelência, a dedicação amorosa, o
capricho, a organização, a honestidade, a pontualidade, esmeradas relações
interpessoais; porque tudo deve apontar para o Autor da obra.
A equipe diretiva da instituição deve reunir-se com muita freqüência para
avaliar suas ações, projetos, relações, parcerias; para planejar atividades com vistas a
alcançar as metas estabelecidas. Cada membro da equipe que dirige a escola deve
estar cônscio de seus deveres e convergir sua atenção na direção do estudante, que é o
ator social mais importante, motivo da existência da escola.
Interesses pessoais, ganhos financeiros, “jeitinho brasileiro” para ajudar
colegas preferidos e outras artimanhas jamais deveriam fazer parte da dinâmica
escolar. Só pode existir coerência, ordem, fidelidade, sinceridade na obra que
representa o Senhor.
TESOURARIA
“Em especial, deve o diretor de uma escola cuidar atentamente das finanças
da instituição. Deve compreender os princípios básicos da instituição, de
contabilidade. Cumpre-lhe relatar fielmente o emprego de todo o dinheiro que passe
pelas suas mãos para o uso da escola. Não devem os fundos da escola ser retirados
em excesso, mas se deve envidar todo esforço para aumentar a utilidade da escola.
Aqueles a quem foi confiada a direção das finanças de nossas instituições
educacionais não devem permitir nenhum descuido no dispêndio dos meios. Tudo o
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que se relacione com as finanças de nossas escolas deve ser perfeitamente correto”
(FEC – pág. 510).
“A escola deve ter renda suficiente, não só para pagar as necessárias despesas
correntes, mas para poder prover aos alunos, durante o ano escolar, alguns
aparelhamentos essenciais a seu trabalho” (CE – pág. 211).
“Talvez o elevar devidamente os preços ocasione diminuição na matrícula,
mas o maior número de alunos não devia causar tanto regozijo como a libertação do
débito” (CE – pág. 211).
“É preciso imaginarem-se métodos de impedir a acumulação de dívidas sobre
nossas instituições” (CE – pág. 213).
Nem todos os que lidam com finanças em nossas instituições educacionais
estão devidamente habilitados para esta função. Mas todos têm obrigação de buscar
recursos, estratégias, parcerias, fundamentação teórico-prática para a sustentação do
plano financeiro. A transparência é fundamental quando se lida com finanças. Os
relatórios criteriosos e freqüentes são a prova mais palpável da honestidade de um
tesoureiro. O gasto planejado, comedido, coerente com as entradas é o mínimo que se
espera dos responsáveis pela área.
Em hipótese alguma se deve deixar a escola incorrer em dívidas. Esta é uma
das situações mais indesejada e deve ser combatida por todos os meios, pois traz
opróbrio para a causa do Senhor, mancha Sua obra e mostra a inexperiência dos
dirigentes.
A troca de informações com instituições que obtiveram sucesso nessa área
deve ser incentivada para que as que estejam endividadas se beneficiem também das
boas estratégias encontradas; alguns recursos adotados por aquelas podem representar
a chave que permitirá a essas sair de situações difíceis. Pode ser que, para isto, seja
necessário lançar mão do aumento da mensalidade, o que pode trazer como
conseqüência a diminuição da demanda, mas a libertação das dívidas é o fator
principal.
Além de um excelente currículo, a escola necessita da ampliação de seus
recursos didáticos e tecnológicos, favorecendo a aplicação prática de seu conteúdo e
permitindo aos estudantes o aprofundamento na compreensão de seus estudos. Para
tal procedimento, as finanças precisam estar em equilíbrio.
PROFESSOR CRISTÃO
“Os professores em nosso colégio devem ser homens e mulheres que tenham
mente equilibrada, de forte influência moral, que saibam como tratar, de modo
sábio, com pessoas, e que possuam verdadeiro espírito missionário” (CE – pág. 84).
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“... Devem conseguir-se os maiores talentos no magistério, para que nossas
escolas correspondam ao padrão exigido” (FEC – pág. 490).
“O professor deve ter aptidão para o seu trabalho. Deve ter a sabedoria e o
tato exigidos para tratar com as mentes. Por maior que sejam seus conhecimentos
científicos, por excelentes que sejam suas qualificações em outros ramos, se não
alcançar o respeito e a confiança de seus alunos, debalde serão seus esforços” (E –
pág. 279).
“Em todos os sentidos deve o professor... ser sóbrio em todas as coisas; no
regime alimentar, no vestuário, no trabalho, na recreação deve ser ele um exemplo”
(E – pág. 278).
Um educador cristão é alguém que anuncia sua confissão de fé em um Deus
Criador, Mantenedor e Salvador da humanidade. É alguém que afirma, com sua vida,
que suas relações espirituais com Cristo deixaram seu coração transformado; isto
representa uma vida consagrada, refinada e íntegra.
Os estudantes de qualquer escola cristã querem “ver” na postura do professor
as características que o tornam um cristão; querem menos palavras e mais ações que
o distingam daqueles que em nada crêem.
Nenhum educador deveria ansiar por nada menos que a excelência na educação
de mentes humanas. Esta é uma tarefa sem paralelos na nossa sociedade; esta é a
profissão que mais responsabilidade se requer do mestre, uma vez que esta função
pode acarretar conseqüências de peso eterno.
Habilidades profissionais não são herdadas quando se nasce, são adquiridas.
Tem-se toda uma vida para desenvolver talentos, habilidades e dons. Não podemos
nos contentar em ser admiráveis apenas em um aspecto, mas devemos buscar ampliar
e aprofundar qualidades em todas as áreas. É imprescindível que todo educador se
conscientize de que não está lidando com anjos, mas com seres em formação, que
buscam a construção de sua identidade, que anseiam chamar a atenção sobre si
mesmos e que, muitas vezes, são mimados pelos pais; em alguns casos, são filhos
únicos; e quanto mais problemáticos, mais necessitam de compreensão, apoio e
orientação.
O sentimento que precisa ser, convenientemente, despertado no educando é o
de respeito pelo seu educador, bem como apreciação, valorização, grande confiança e
certeza de que ele quer o seu bem. No entanto, parece que há uma certa inversão de
valores em muitas escolas, onde o educador perde o autodomínio e acaba por oprimir
os estudantes com demonstrações de impaciência, raiva, exigências absurdas para o
nível de compreensão de algumas faixas etárias, provocando em crianças e jovens,
medo, angústia, depressão e revolta, o que acaba gerando muita indisciplina e/ou
evasão, que representam as saídas mais fáceis para o problema.
Dentro de uma sala de aula, cada professor deve buscar estratégias próprias e
apropriadas para conquistar sua autoridade diante da turma. E esta é uma conquista
gradativa, depende também de como se lida com os conflitos, de como se administra
dúvidas, de como se alimenta a auto-estima dos estudantes e de sua postura cotidiana.
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Em suma, depende de quem ele é, de seu temperamento, de suas concepções,
princípios e valores. Por mais que tenha o professor muitos títulos acadêmicos, se não
consegue o respeito da turma, cria-se um obstáculo tão grande que ele sempre
dependerá da intervenção de outros em sua turma, no decorrer do ano.
O aprendiz precisa saber que seu mestre não se apresenta como uma pessoa
dentro da escola e outra lá fora. Se ele mostra-se correto e equilibrado perto do
estudante e completamente diferente em outros ambientes, acaba por perder a
confiança e o respeito.
EDUCAÇÃO ESSENCIAL
“A educação essencial a ser obtida por nossos jovens hoje em dia, e que os
habilitará para os cursos superiores da escola do alto, é a que os ensinará a revelar
ao mundo a vontade de Deus. Negligenciar este aspecto de seu preparo e introduzir
em nossas escolas um método mundano, é causar prejuízo tanto aos professores
como aos alunos” (FEC – pág. 512).
Uma escola cristã, que faz questão de diferenciar seus objetivos daquelas cujo
escopo seja unicamente o aspecto financeiro, necessita estabelecer sua filosofia com
firmeza e realismo, colocando em prática suas convicções. Não se pode perder tempo
dando prioridade ao que é secular para ser aplaudido por um mundo sem princípios.
Sabe-se que todas as áreas do conhecimento são fundamentais no processo
educativo, no entanto, mostrar ao mundo a soberania de Deus sobre a vida dos
homens e seu destino é imperativo. Nem o status social, nem o fator financeiro, nem
os títulos acadêmicos, nem os prazeres podem levar ao homem a paz interior que só o
amor de Deus pode oferecer, trazendo a verdadeira felicidade em seu caminho.
DIFERENCIAL EDUCATIVO
“Eu desejaria encontrar linguagem para expressar a importância de nosso
colégio. Todos devem sentir que ele é uma das instrumentalidades de Deus para
fazer-Se conhecido do homem” (CE – pág. 425).
“A verdadeira educação não desconhece o valor dos conhecimentos científicos
ou aquisições literárias; mas acima da instrução aprecia a capacidade, acima da
capacidade, a bondade, e acima das aquisições intelectuais, o caráter” (E – pág.
225).
“É o grau de força moral de que o colégio se acha possuído, a prova da sua
prosperidade” (CE – pág. 31).
“... Em sentido especial, nossas escolas são um espetáculo aos homens e aos
anjos” (FEC – pág. 186).
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“Uma influência cristã deve encher nossas escolas” (FEC – pág. 473).
Nada se compara ao poder de um povo que ora a Deus e se acha em Suas
poderosas mãos. Uma escola cristã não é uma instituição educativa como as outras.
Não deve imitar outras escolas seculares: nem métodos, nem currículo, nem
popularidade. Temos uma filosofia que nos distingue – preparamos muito mais que
estudantes para o vestibular; preparamos caracteres que formam o cidadão
consciente, maduro, responsável, solidário e, acima de tudo, temente a Deus.
Temos uma logomarca indelével - o sangue de Jesus. Portanto, o clima e o
ambiente devem estar impregnados de uma influência construtiva, confiável e
amorável. Uma escola assim necessita de educadores igualmente especiais,
consagrados, idôneos.
Somos observados por todos. Nosso exemplo não pode falhar.
BÍBLIA
“Talvez alguns argumentem que, se o Ensino Religioso for tornado
preeminente, nossa escola ficará impopular; que os que não pertencem à nossa fé
não apoiarão o colégio. Muito bem, nesse caso, vão eles para outros, onde
encontrem sistema de educação ao seu sabor. Nossa escola foi estabelecida, não
meramente para ensinar as ciências, mas com o fito de ministrar instrução nos
grandes princípios da Palavra de Deus, e nos práticos deveres da vida diária” (CE –
pág. 25).
O desejo de ter uma escola popular, lotada de estudantes, fala tão alto que
muitas escolas cristãs têm se esquecido de seus princípios para seguir os conceitos
atuais de educação liberal. O grande diferencial das instituições cristãs é exatamente
aquilo que muitos repelem: o Ensino Religioso, que tem como alvo mostrar que Deus
existe, que deve ser nosso Guia na vida, nosso melhor Amigo e Aquele que sente por
nós um amor tão profundo que deixou uma carta de amor para nos orientar, chamada
Bíblia.
Os professores dessa área de conhecimento devem ser escolhidos
criteriosamente: devem ser pessoas muito consagradas, pois o testemunho de sua vida
dirá se eles falam a verdade ou não. Jamais se deve contratar alguém só por ser
amigo, pessoa humilde e piedosa ou ainda querer ajudar um irmão desempregado.
Esta é a aula que deve ser mais iluminada, trazida para o conhecimento prático e que
ajuda os educandos a crescerem a cada dia.
O trabalho interdisciplinar deve ser constante e o foco é a transformação de
caráter das crianças e jovens que estão sob a responsabilidade da escola. Quando
todos se envolvem com o estudo diário da Bíblia, ampliando seus conhecimentos, o
clima organizacional muda, diminuindo a indisciplina, aumentando o respeito entre
colegas e entre estudantes e professores.
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FORMAÇÃO PERMANENTE
“O verdadeiro professor não se contenta com pensamentos obtusos, espírito
indolente ou memória inculta. Procura, constantemente, consecuções mais elevadas
e melhores métodos. Sua vida é de contínuo crescimento” (E – pág. 278).
“Deus não quer que nos satisfaçamos com mente preguiçosa, indisciplinada,
pensamentos obtusos e memória fraca. Quer que todo professor seja eficiente, não se
contentando, apenas, com certa medida de êxito, mas compreendendo sua
necessidade de constante diligência em adquirir conhecimento” (FEC – pág. 119).
O conhecimento é muito amplo. Mesmo o professor que possui muitos títulos
acadêmicos necessita atualizar-se freqüentemente. Esta era de globalização traz
inúmeras informações quase que em avalanche, de fatos que se renovam a cada
minuto, basicamente. Se o estudo constante, a leitura de periódicos e a pesquisa
deixarem de fazer parte do cotidiano do profissional da educação, fatalmente ele
perderá o bonde da História, ficará ultrapassado, com metodologias tradicionais,
pouco atraentes para a criança ou o jovem, trazendo como conseqüência a
indisciplina para a sala de aula.
Cabe à equipe diretiva da escola integrar ao calendário anual um programa de
formação permanente para seus profissionais, para favorecer a boa concepção de
educação e discutir e avaliar sua prática pedagógica.
O espaço da biblioteca deve ser provido de um acervo específico para o
professor atualizar seus conhecimentos, acompanhar as notícias e despertar a
criatividade.
O médico que não acompanha as últimas descobertas científicas corre o risco
de matar seus pacientes; o pintor de paredes que não recorre aos novos métodos
artísticos de pintura, com novas texturas e novas cores, corre o risco de perder
trabalho. Imagine o empresário do ramo de confecções que só vende roupas fora de
moda? Por que o professor tem que se contentar com o curso acadêmico que fez há
cinco, dez ou quinze anos? Por que grande parte dos professores não lê, no mínimo,
10 livros por ano? É imperioso que as melhores escolas possuam em seu quadro
docente uma equipe de educadores que priorize sua formação como fator básico para
um trabalho consistente, bem direcionado, com metas e com bons resultados.
RELACIONAMENTO
“Alguns pais – bem como alguns professores – parecem olvidar que eles
mesmos já foram crianças. São altivos, indiferentes e destituídos de simpatia. Onde
quer que sejam postos em contato com os jovens – no lar, nas aulas diárias, na
Escola Sabatina ou na igreja – mantém o mesmo ar autoritário, e sua fisionomia
encerra habitualmente uma expressão solene e reprovadora. A alegria ou a
obstinação infantil, a buliçosa atividade da vida jovem, não encontra desculpa a seus
olhos. Pequenas faltas são tratadas como graves pecados. Tal disciplina não é cristã.
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As crianças assim educadas têm medo dos pais ou dos professores, mas não os
amam; não lhes confidenciam suas experiências infantis. Algumas das mais valiosas
qualidades da mente e do coração se arrefecem até morrer” ( FEC – pág. 68).
“Conquanto o professor tenha de ser firme e decidido, não deve ser opressor e
ditatorial. Ser áspero e severo, ficar longe de seus discípulos, ou tratá-los
indiferentemente, corresponde a fechar a passagem pela qual poderia influir neles
para o bem” (E – pág. 280).
Quão importante é a tarefa de cuidar dos filhos dos outros! A responsabilidade
é por demasiado grande. A competência exigida do professor é a instrução em todos
os aspectos da vida humana: física, social, mental, emocional e espiritual. Porém,
quando as relações pessoais estabelecidas não são favoráveis, ampliam-se os
obstáculos à aprendizagem, pois é sabido que o sistema límbico percebe as emoções e
as envia para a memória, ampliando ou reduzindo nossa capacidade de aceitação dos
fatos, transformando-os em verdadeiros empecilhos à capacidade de aprender.
Urge que os educandos “sintam” o respeito, o carinho, a confiança que o
professor deposita neles: em seu potencial, em sua inteligência, em sua capacidade
criativa, pois isto funciona como uma alavanca para seu progresso.
Quanto mais interage com eles, quanto mais respeita sua etapa de
desenvolvimento, quanto mais se associa com eles em seus interesses, sem confundir
suas intenções educativas, mais chances tem o professor de conseguir abrir o coração
deles para a aprendizagem significativa.
Muito se ganha ao abrir mão, de vez em quando, da conversa na sala de
professores na hora do intervalo, para brincar, jogar conversa fora, conhecer melhor
seus estudantes em momentos de irreverência juvenil. Sentindo o interesse do
educador, o estudante fica mais acessível à sua influência.
DISCIPLINA
“E lembre-se o mestre, que são os mais desafortunados, os dotados de
temperamento desagradável – rudes, obstinados, malévolos – os que mais necessitam
de amor e compaixão. Os que mais provam nossa paciência são os mais necessitados
de nosso amor” (CPPE – pág. 241).
“Alcança-se o verdadeiro objetivo da repreensão apenas quando o próprio
malfeitor é levado a ver a sua falta, e consegue sua vontade no empenho de corrigirse” (E – pág. 292).
“O objetivo da disciplina é ensinar à criança o governo de si mesma. Devem
ensinar-se-lhe a confiança e direção próprias” (E – pág. 287).
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“Tenha cuidado no que faz na questão de eliminar estudantes. É esta uma
questão solene. Apenas uma falta muito grave deve autorizar essa disciplina” (MCP
– pág. 356).
“O método divino de governo é um exemplo de como as crianças devem ser
disciplinadas. Não há opressão no serviço do Senhor, e não deve haver opressão no
lar nem na escola” (CPPE – pág. 138).
“O professor deve fazer com que a obediência às suas exigências seja tão fácil
quanto possível. A vontade deve ser dirigida e modelada, mas não descurada ou
esmagada” (E – pág. 289).
Numa escola inclusiva, como deve ser aquela que deseja fazer a obra do
Senhor, não é possível selecionar os mais aptos, os mais bonitos, os mais estudiosos
para freqüentar seu espaço e usufruir seus benefícios – todos cabem em seu espaço,
assim como Cristo chamou Seus discípulos entre os rudes, iletrados e desprovidos de
sabedoria para serem abençoados com Seu ensino e terem a chance de ter a vida
totalmente transformada.
Mesmo diante das discussões acaloradas, da traição, da ganância, da negação,
Jesus não era ríspido, não pensava em punição, muito menos em atitudes vingativas;
nunca expulsou nenhum deles (mesmo conhecendo o caráter de Judas), pois Ele era o
Educador por excelência. Como um semeador, tinha paciência com Seus pupilos,
sabia respeitar o tempo de cada um, sabia que Sua influência santificadora seria capaz
de operar neles uma grande transformação a longo prazo, porque o que O motivava
era o verdadeiro amor, facilmente perceptível por eles.
Num clima de confiança e motivação, os educandos de Cristo foram sujeitos na
construção de seus conhecimentos, aprendendo que a tomada de decisões tinha que
vir acompanhada de sabedoria, responsabilidade e segurança.
Após três longos anos de paciente adubação, as sementes germinaram e
produziram muitos frutos. Os discípulos amadureceram sob a chuva do Espírito
Santo. A condução de Jesus foi sábia.
Os educandos que estão sob a responsabilidade da escola não podem sofrer
nenhum tipo de discriminação, pois não têm culpa da educação que receberam. Estão
ali para descobrir que existem formas diferentes de se lidar com certos fatos,
situações e pessoas. O professor deve ser uma bússola. A habilidade que mais se
requer dele é o domínio-próprio, que deve ser desenvolvido dentro das relações e
lutas diárias.
A indisciplina na escola é um fator que pode ser originada de três ângulos:
À própria escola pode faltar organização, planejamento, clareza em seus
projetos, de forma que não existe um caminho definido de ações.
Muitos professores adotam uma metodologia pobre, com base em cópias e
memorizações, exigência de silêncio para pessoas em franco desenvolvimento,
dificultando as relações dentro de sala.
Os próprios educandos não possuem limites, seguindo, portanto, suas próprias
inclinações, trazendo prejuízo para a prática pedagógica do professor.
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Conclui-se, daí, que é necessário ter uma visão menos simplista sobre
disciplina e entender que somente o investimento no potencial do educando é capaz
de despertar nele o governo de si mesmo.
Somente em casos extremos, quando o educando não analisa sua atitude, não
esboça o menor desejo de mudança diante de todas as tentativas (inclusive parcerias
com órgãos competentes) e traz sérios prejuízos para colegas e professores, como
ameaças à integridade física, agressividade extrema, tráfico, promiscuidade,
colocando outros em risco, então, com muito pesar, deve-se convidar o tal a retirar-se
da instituição.
CONFINAMENTO
“O sistema de educação mantido por gerações passadas, tem sido destrutivo
para a saúde, e mesmo para a própria vida. Muitas crianças têm passado cinco
horas por dia em salas mal ventiladas, sem suficiente espaço para a saudável
acomodação dos alunos. O ar dessas salas fica, em breve, envenenado para os
pulmões que o inalam.
Crianças pequenas, cujos membros e músculos não são fortes, e cujo cérebro
ainda não se acha desenvolvido, têm sido conservadas portas adentro, para dano
seu” (FEC. Pág. 19).
A arquitetura e construção de escolas para crianças e jovens deve ser muito
criteriosa. Não se pode sobrecarregar seus pulmões com ar viciado, carregado de
toxinas encerradas em salas de tamanho minúsculo, com portas e janelas fechadas
durante horas, privando-as do ar puro. Nem mesmo os adultos conseguiriam ficar
tanto tempo diariamente, presos, sem comprometer seriamente sua saúde física e
mental.
Crianças e jovens necessitam de movimento, de amplidão, de liberdade. Os
tempos e espaços precisam ser redimensionados para alcançar mais facilmente os
objetivos otimizados. A sala de aula é apenas um dos espaços a serem utilizados para
aulas; basta olhar ao redor para observar que outros espaços não pensados, como
corredores, pátio, biblioteca, quadra, jardim, também oferecem excelente
oportunidade de aprendizado, dependendo da atividade a que se propõe o professor.
MONITORIA
“Ninguém que lida com os jovens deve ser de coração duro, e sim, afetuoso,
terno, compassivo, cortês, cativante e sociável; deve saber, no entanto, que precisam
ser feitas repreensões, sendo até mesmo necessárias graves censuras para eliminar
algum mau procedimento” (FEC – pág. 457).
“Palavras ásperas e iradas não são de origem celeste. Ralhar e irritar-se
nunca ajudam. Em vez disso, despertam os piores sentimentos do coração humano”
(MCP II – pág. 501).
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Os estudantes não podem ser deixados sozinhos quando estão longe do
professor. Nos corredores, no pátio, nos banheiros, nas quadras e auditórios sempre
surgem oportunidades para uma brincadeira de conseqüências mais sérias. Entre elas:
brincar com o extintor, pichar as paredes, jogar o papel higiênico no vaso sanitário,
arrancar flores de vasos, colocar bombas caseiras nos banheiros e por aí afora...
A figura do Monitor ou Coordenador de Turnos surge como um acompanhante,
um vigilante, uma pessoa que monitora o espaço e as ações dos educandos, no
sentido preventivo. Espera-se da pessoa que ocupa essa função, muito autodomínio,
seriedade temperada com bom-humor, paciência, compreensão, conhecimento sobre
as etapas do desenvolvimento humano e coerência cristã.
RECREIO/INTERVALO
“Vejo aqui na Suíça algo que julgo digno de imitação. Os professores das
escolas muitas vezes saem com os alunos quando estão brincando e os ensinam a
entreter-se, ficando perto para reprimir qualquer desordem ou erro” (MCP – pág.
197).
Como é confortável correr para a sala de professores quando o sinal avisa que é
hora do intervalo. Ter uma pausa no meio do trabalho tão desgastante faz muita falta,
com certeza. Porém, os estudantes (não importa a idade) sentem um prazer muito
especial quando seus professores dedicam um tempo a acompanhá-los em seus
momentos de folga, de brincadeiras e informalidade.
Quando isso acontece, sentem-se privilegiados, valorizados e eles revitalizam o
olhar que dirigem ao mestre. Nessas oportunidades, é possível acompanhar seus
momentos de folguedos, jogar conversa fora, ensiná-los sobre a manutenção das boas
relações, o respeito aos colegas, as regras que orientam os jogos e a aplicação mais
saudável do tempo.
TEMPERANÇA NA CANTINA
“A educação no sentido de suprir as mesas não é correta, salutar ou
satisfatória, e é necessário haver uma decidida reforma. Esses alunos são a herança
de Deus, e devem ser introduzidos no internato os mais sólidos e salutares princípios
no tocante ao regime alimentar. Os pratos de comida brandos, as sopas e os
alimentos líquidos, ou o uso abundante da carne, não são o que há de melhor para
proporcionar bons músculos e órgãos digestivos sadios, ou cérebros lúcidos. Oh!
Como somos tardos para aprender! De todas as instituições de nosso mundo, a
escola é a mais importante! Nela deve ser estudada a questão da alimentação; não se
deve seguir o apetite, os gostos, os caprichos ou as idéias de pessoa alguma; não
obstante, é necessária uma grande reforma; pois danos que durem toda a vida serão
o seguro resultado da atual maneira de cozinhar” (FEC – pág. 226).
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Existem aqueles que focalizam na escola apenas os holofotes que apontam para
as salas de aula. Os outros espaços parecem ser sem nenhuma importância. No
entanto, não existem espaços que não sejam educativos dentro de uma instituição
escolar; mas a cantina... às vezes tão desprezada, exerce um papel fundamental na
formação do estudante. Seus ossos, músculos, sistema nervoso, toda a sua estrutura
física e mental vai depender também do que lhe é oferecido naquele recinto.
A grande maioria das crianças e jovens, pra não falar dos adultos,
infalivelmente, dão preferência aos alimentos que agradam ao paladar, mesmo não
ignorando seus efeitos malévolos ao organismo. E, dessa forma, em grande parte das
escolas, procura-se agradar a esses desejos através das merendas oferecidas na
cantina, com o único objetivo de aumentar os rendimentos financeiros. Manifestam
pouco interesse em investir no conhecimento daquilo que é saudável, construtivo,
forte e definidor da constituição da criança e/ou jovem; porque “dá trabalho, é
demorado de se fazer e é necessário ter criatividade, com resultados em longo prazo”,
segundo afirmam alguns.
Eliminar refrigerantes, frituras, doces e chocolates parece ser um castigo para
muitas cantineiras, professores e diretores. Colaborar para a destruição de corpos tão
jovens não parece incomodar tanto.
É hora de alterar essa concepção. Vamos lutar para implantar em nossas
escolas o regime alimentar mais saudável que conseguirmos, de acordo com os
sabores de cada região e com os princípios de saúde que todos conhecemos tão bem.
APRENDIZAGEM LENTA
“Os professores devem considerar que estão lidando com crianças, não com
homens e mulheres. São crianças que têm tudo a aprender, e algumas têm tanto mais
dificuldade do que outras para fazê-lo. O aluno de mente lenta necessita de muito
mais encorajamento do que tem recebido” (MCP – pág. 199).
Assim como Jesus recebeu os Seus discípulos com todas as suas limitações e
alguns, inclusive, mais tardios para aprender as lições ensinadas, as escolas devem
seguir Seu exemplo e receber os mais diversos tipos de estudantes, que não têm
nenhuma culpa se possuem distúrbios, deficiências, necessidades educativas
especiais...
Porém, não é nenhuma vantagem apenas aceitá-los e não oferecer condições de
superação de suas dificuldades. É importante ter um olhar diferenciado sobre eles,
não para discriminá-los diante dos outros, mas para adaptar as várias situações a eles,
sempre levando em conta que as leis educacionais do país assim o apóiam e a escola
cristã é fundamentada no amor de Deus.
Cumpre constar no Projeto Político-Pedagógico da instituição suas metas em
relação aos educandos portadores de necessidades educativas especiais, que devem
abranger desde sua relação com colegas até à adaptação de avaliações e notas, para
que se sintam integrados, incluídos, de fato e de verdade.
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TRABALHO EM PARCERIA
“Ajudando ao colega, estais sendo útil aos professores. E muitas vezes alguém
cuja mente parece tarda, aprenderá mais depressa as idéias de um condiscípulo, do
que de um professor” (CE – pág. 275).
Grandes estudiosos já deram sua contribuição durante muitos anos sobre o
valor do trabalho de parceria realizado entre os estudantes dentro da sala de aula. A
linguagem dos professores, por vezes, pode não atingir a compreensão dos
educandos. Mas, o contato deles com os colegas, a troca entre os pares pode facilitar
a compreensão daqueles que têm mais lentidão na aprendizagem. A integração entre
os aprendizes deve ser utilizada pelos professores no sentido de favorecer a
construção de seus conhecimentos.
Permitir que se formem duplas ou grupos, que haja momentos específicos de
troca pode representar ganhos formidáveis no progresso dos estudantes..
EDUCAÇÃO INFANTIL
“Ainda em tenra idade, devem as crianças ser ensinadas a ler, a escrever, a
compreender os números, a fazerem suas próprias contas. Podem prosseguir passo a
passo neste conhecimento. Mas, antes de tudo, deve ensinar-se-lhes que o temor do
Senhor é o princípio da sabedoria” (CPPE – pág. 150).
Sabemos que é a mãe que deve dedicar-se à educação de seus pequeninos, pois
a construção de seu caráter começa cedo e as primeiras impressões, que ficam
gravadas para sempre, não devem ser delegadas a terceiros. No entanto, com a
revolução industrial e o crescimento das necessidades materiais, infelizmente, muitas
mães foram obrigadas a trabalhar fora de casa para colaborar no orçamento
doméstico e deixar os filhos pequenos sob os cuidados de outros, às vezes, até
desconhecidos.
Trabalhar fora de casa, hoje, nem sempre significa necessidade de reforço
orçamentário, pois a opção pela carreira profissional é feita livremente, pela maior
parte das mães.
Já que os pais cristãos fazem questão de uma educação de qualidade para seus
pequenos, somente profissionais altamente habilitados deveriam cuidar da educação
desses caçulinhas da escola. Pois eles são os mais vulneráveis à interação com outras
crianças e os adultos; são os que mais necessitam de cuidados especiais. Nenhum
nome de professor, cujo temperamento seja irritadiço, com pouca paciência, deveria
sequer ser pensado para ocupar esta função que exige muita sabedoria e habilidades
especiais.
As crianças precisam passar tempo ao ar livre, ter acesso a brinquedos e
brincadeiras, manusear peças que a levem a desenvolver o poder criativo e as
percepções do mundo ao redor, interagir com seus pares, trocar idéias, ouvir histórias,
movimentar-se com liberdade.
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O ambiente deve ser adequado à faixa etária, de fácil acesso, com adaptações
ao seu espírito investigador, sem falar da segurança necessária à sua integridade
física. Crianças da Educação Infantil devem ser cercadas de educadores competentes,
alegres, compreensivos, bem-humorados, pacientes e desafiadores.
CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO
“É a obra da verdadeira educação desenvolver esta faculdade, adestrar os
jovens para que sejam pensantes e não meros refletores do pensamento de outros”
(MCP – pág. 361).
“A educação que consiste no exercício da memória, com a tendência de
descoroçoar o pensamento independente, tem uma influência moral que é pouco
tomada em conta. Ao sacrificar o estudante a faculdade de raciocinar e julgar por si
mesmo torna-se incapaz de discernir entre a verdade e o erro, e cai fácil presa do
engano” (E – pág. 230).
“Aos jovens devem dar-se recursos para o desenvolvimento próprio. Eles
devem ser atraídos, estimulados, encorajados e impelidos à ação” (CE – pág. 426).
As concepções de educação defendidas pelos modernos educadores, filósofos e
pensadores, sejam brasileiros ou estrangeiros, não podem ser as únicas referências a
serem adotadas pela escola. Sabemos que eles muito influenciaram e continuam a
influenciar a prática pedagógica adotada em sala de aula. Porém, Cristo dava,
continuamente, uma lição aos Seus ouvintes que não tem paralelo: ensinar a pensar.
A práxis educativa ainda nos aponta muitos educadores adotando a cópia, a
leitura forçada e a memorização como práticas rotineiras para alcançar o
conhecimento acadêmico. Desse modo, formam-se muitas pessoas para o
comodismo, a dependência e a falta de iniciativa prática. Quando os estudantes são
estimulados a darem suas próprias respostas, a discutirem várias temáticas com
outros, a pesquisarem para descobrir respostas, a compararem idéias, a fazerem
análises, a adotarem certas posturas favorecidas por uma metodologia centrada no
aprendiz, é certo que os resultados mostrarão participação mais eficiente, dinâmica,
desenvolvimento mais equilibrado e seguro, originando um clima mais disciplinado e
com maior comprometimento.
PLANEJAMENTO
“Todo professor deve cuidar de que seu trabalho tenda a resultados definidos.
Antes de tentar ensinar uma matéria, deve ter em seu espírito um plano distinto, e
saber o que precisamente deseja conseguir” (E – pág. 233).
Quem sabe onde quer chegar, sabe o caminho que deve trilhar. Infelizmente,
muitos professores ainda dizem que têm toda a aula na cabeça, que não precisam
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escrever nada porque conhecem seus objetivos. Esta é a justificativa mais mascarada
que acompanha aqueles que têm preguiça ou ainda não caíram em si que a memória
deve servir apenas de apoio, que o registro é fundamental para evitar desgastes,
frustrações, perda de tempo e falta de objetividade.
Ainda é grande o número de educadores que deveria delegar todo o crédito de
suas aulas aos autores dos livros que adotaram, pois acompanham cegamente todos os
enunciados, exercícios e sugestões, sem ao menos se dar ao trabalho de criar
alternativas, montar outras estratégias e sugerir ações diferenciadas. Sua aula começa
igual todo dia: - “Abra o livro na página tal...” Com certeza, muitos autores possuem
excelentes livros, porém, o toque pessoal é do professor; é importante que ele
personalize suas aulas complementando com outras informações, com pesquisas, com
notícias atualizadas, com experiências outras, com saídas a campo, enfim, o professor
necessita sentir-se o autor de suas aulas.
O planejamento diário ou semanal coordena um trabalho objetivo, de quem
está no comando do processo, com convicções pessoais e compromisso profissional.
Esse trabalho focado e bem preparado tem muito mais chance de conseguir
resultados satisfatórios do que o trabalho solto, sem foco e sem direção.
METODOLOGIA
“Todas as matérias desnecessárias devem ser extirpadas dos cursos de estudo,
e oferecidas ao aluno unicamente os estudos que lhe forem de real valor” (FEC –
pág. 447).
“O máximo cuidado deve ser tomado na educação dos jovens, variando a
maneira de instruí-los, de modo a suscitar as altas e nobres faculdades da mente”
(MCP I – pág. 189).
“O uso de comparações, quadros-negros, mapas e gravuras será de auxílio na
explicação destas lições e da fixação das mesmas na memória. Pais e professores
devem constantemente procurar métodos aperfeiçoados” (MCP I – pág. 194).
Todo ser humano foi dotado por Deus, ao nascer, de um potencial de
inteligência que pode e deve ser desenvolvido ao longo da vida, através das
vivências, experiências, desafios e provas que a existência oferece. Quando os
estudantes são desafiados a pensar, trabalhar com o raciocínio lógico, buscar soluções
diferentes para o mesmo problema, encarar situações por novos ângulos, trocar idéias
com outros, torna-se mais fácil a ampliação e aprofundamento dos conhecimentos.
Apesar de toda a clareza de pesquisas realizadas no campo educacional, na
atualidade, muitos professores ainda exigem e enaltecem como símbolos do saber
dentro de sala:
 Que haja silêncio absoluto;
 Que todos se sentem enfileirados;
18




Que copiem toda a matéria do quadro;
Que abram o livro em determinada página e façam a tarefa;
Que prestem atenção somente ao que o professor ensina;
Que façam o dever de casa.
Sabe-se que os conhecimentos são construídos a partir da percepção que o
indivíduo tem do mundo, suas experiências individuais e coletivas, a troca com os
amigos, suas descobertas am vários campos, seja através da sociedade, da mídia ou
da net. Cabe ao educador facilitar a interação dos educandos com todas as
oportunidades de crescimento e desafiá-los a pensar.
A sala de aula ideal, numa perspectiva inovadora, progressista e cristã, deve
favorecer a conversa dirigida, o debate em grupo, a pesquisa em livros, o uso do
computador ou entrevista com outras pessoas, a busca da informação para
transformá-la em conhecimento significativo, as tarefas realizadas em sala, no pátio,
na biblioteca, no laboratório e também em casa, combinando assim, estratégias
diferenciadas para levar o aprendiz a exercer um papel de sujeito que age, que
constrói sua própria aprendizagem cheia de sentido.
O conhecimento chega aos sujeitos por caminhos diferenciados. É preciso
caminhar de forma diversificada para oportunizar a todos atingir a compreensão do
que se propõe. O uso de perguntas, diálogo, mapas, vídeo-projetor, filmes,
experiências científicas, ilustrações variadas, permite ao educando ter mais chances
de aprender, desfrutar de um ambiente propício à aprendizagem e obter sucesso
escolar e ampliar a auto-estima.
CURRÍCULO
Não podemos mais conceber a idéia de que o currículo escolar deve vir pronto,
construído por autoridades da área educacional ou autores consagrados. O currículo
deve ser elaborado por professores competentes que têm uma proposta pedagógica
consistente e um objetivo sólido a alcançar.
Os livros didáticos representam apoio, suporte, orientação para o trabalho dos
professores e devem ser complementados com outras informações, vindas das mais
diversas fontes, desde que sábias e seguras.
As frases que se seguem apresentam uma linha de pensamento reveladora da
melhor concepção de educação que se pode adotar. São sugestivas para um currículo
bem elaborado, equilibrado e que atenda às reivindicações de um saber conceituado e
cristão.
MEDITAÇÃO MATINAL
“Encontramos na Palavra de Deus assunto para a mais profunda reflexão;
suas verdades suscitam a mais alta aspiração” (FEC – pág. 85).
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Tanto a Meditação Matinal dos professores/funcionários quanto a dos
educandos não pode, em hipótese alguma, ser monótona, cansativa e desinteressante.
São desses momentos que o Espírito Santo se utiliza para impressionar as mentes
com Seu poder e convicções. É fundamental que estes momentos sejam aprazíveis,
trazendo boas reflexões para serem aproveitadas no dia-a-dia.
ENSINO RELIGIOSO
“Aquele que, com espírito sincero e dócil estuda a Palavra de Deus,
procurando compreender as suas verdades, será levado em contato com seu Autor; e,
a menos que não o queira, não haverá limites às possibilidades para o seu
desenvolvimento”. (E – pág. 125)
Se os estudantes fogem da aula de Bíblia algo está errado. Estes professores
devem ser os que mais se identificam com os princípios bíblicos ensinados. Devem
ser aqueles que não perdem um minuto para conversar sobre assuntos seculares, a não
ser que seja para relacionar e ilustrar a aula, cujo planejamento sempre deve ser muito
bem elaborado.
Quanto mais puder ligar os assuntos discutidos e estudados em sala com a
realidade da comunidade em que vivem; com aulas práticas de visita a certos locais
específicos e a pessoas que necessitam de ajuda, mais coerente será a aula e mais
transformações serão apreciadas no caráter dos que participam da aula.
LÍNGUA PORTUGUESA
“Um dos ramos fundamentais do saber é o estudo da língua. Em todas as
nossas escolas deve-se ter o cuidado especial de ensinar aos estudantes o uso correto
da língua materna, no falar, ler e escrever” (CPPE – pág. 193).
Nossa língua é de natureza complexa para ensinar e também para aprender.
Quando associamos a aprendizagem da leitura e escrita com todas as práticas sociais
experimentadas pelos educandos, o conhecimento torna-se mais significativo e
adquire sentido, facilitando sua apreensão. Todo o aprofundamento da língua materna
deve se constituir num deleite para os estudantes, com aplicações constantes daquilo
que se aprendeu, rotineiramente, em sua vida escolar e pessoal.
Todas as crianças e jovens colocados sob os cuidados da escola necessitam ser
estimulados na arte de se expressar com clareza, eloqüência e sabedoria. A timidez
apresentada para falar em público deve ser combatida com atenção, tato, prudência e
respeito, em atividades variadas e prazerosas, que elevem a auto-estima dos
educandos.
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MATEMÁTICA
“Nos estudos dos números deve o trabalho ser prático. Que se ensine cada
jovem e criança, não simplesmente a resolver problemas imaginários, mas fazer com
precisão as contas de seus próprios ganhos e gastos. Que aprenda o devido uso do
dinheiro, usando-o” (E – pág. 238-239).
Mais uma vez enfatiza-se aqui a necessidade de trazer as aulas teóricas para a
prática dentro da realidade do estudante. Não se aprende a nadar fincando os pés na
terra. É importante que a aprendizagem seja real e que todos os conhecimentos sejam
aplicados.
É igualmente importante que a escola reverta o quadro de rejeição natural que
os estudantes têm pela Matemática. Esta matéria é fundamental em nossa vida e
muito faz falta na solução de nossos problemas diários.
Todos os professores da área precisam manter claramente a concepção de que é
a compreensão dos processos matemáticos (causas, razões, descobertas, biografias, os
caminhos e porquês) que leva o educando a entender os assuntos estudados e obter
rendimento satisfatório; é abominável basear os conhecimentos do aprendiz
unicamente em memorização de fórmulas sem qualquer utilidade e compreensão.
HISTÓRIA
“Conforme muitas vezes é ensinada, a História é pouco mais do que um
relatório sobre o surgimento e queda de reis, intriga das cortes, vitórias e derrotas
dos exércitos, toda uma narrativa de ambição e avidez, engano, crueldade e
mortandade.
Ensinada desta maneira, seus resultados não poderão deixar de ser
prejudiciais. As pungentes repetições de crimes e atrocidades, as monstruosidades,
as crueldades que são descritas, plantam sementes que em muitas vidas produzirão
frutos em uma messe de males.
Muito melhor é aprender, à luz da profecia de Deus, as causas que
determinam o surgimento e queda de reinos. Estudem os jovens estes relatos e vejam
como a verdadeira prosperidade das nações tem estado relacionada com a aceitação
dos princípios divinos” (E – pág. 238).
Nunca a sociedade mudou tanto em tão pouco tempo. Nunca as transformações
foram tão radicais e tão rápidas, fazendo desatualizadas muitas informações já
assimiladas como verdade. A História não é estática; é dinâmica, cheia de altos e
baixos, lutas e conflitos. Muitos professores não se dão conta de que a história do
passado deve ser intercalada com os acontecimentos contemporâneos. Não se pode
admitir que os estudantes saibam tudo sobre o Império Romano e absolutamente nada
sobre a corrupção que assola sua própria cidade ou país neste momento, trazendo
conseqüências graves e permanentes.
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Para uma escola cristã, não são as lutas e conflitos o que mais interessa nesta
matéria, e sim, as razões e causas proféticas que levaram a este estado de coisas. Não
é o vestibular o que mais importa, e sim, passar pelas difíceis provas que a vida
oferece para purificar o caráter que nos levará à vida eterna.
CIÊNCIAS/BIOLOGIA
“No estudo da fisiologia, os alunos devem ser levados a ver o valor da energia
física, e como pode ela ser preservada e desenvolvida de modo a contribuir no mais
alto ponto para o sucesso na grande luta da vida” (E – pág. 196).
Para que um homem possa ser considerado feliz nesta terra, tem que ser
saudável acima de qualquer outra coisa. Não importa o nível sócio-econômico, os
bens que ele tenha, os títulos acadêmicos, as amizades que possua... sem saúde, nada
tem graça. E como a preservação da saúde tem ligação direta com o conhecimento
adquirido sobre nutrição, cumpre à escola conscientizar os estudantes sobre as
propagandas da mídia que têm somente a intenção de vender, e nós é que temos a
obrigação de cuidar, preservar e curar o corpo e a alma para que nosso organismo
adquira defesa contra as doenças.
Esta área do conhecimento vem contribuir para que pessoas e ambiente,
interagindo, possam fazer do mundo um bom lugar para se viver com qualidade.
LITERATURA
“Obras de ficção de baixo valor não trazem proveito algum. Não transmitem
genuíno conhecimento; não inspiram grandes e bons propósitos; não suscitam no
coração ardentes desejos de pureza; não produzem na alma fome de justiça” (FEC –
pág. 92).
“Tem sido o costume exaltar livros e autores que não apresentam o devido
fundamento para a educação verdadeira. De que fonte esses autores obtiveram sua
sabedoria, uma grande parte da qual não merece nosso respeito, mesmo que os
referidos autores sejam por sábios?” (FEC – pág. 381).
“Quem do imundo tirará o puro? Ninguém”. Jó 14:4. Podemos então esperar que
jovens mantenham princípios cristãos e adquiram caráter cristão enquanto sua
educação é grandemente influenciada pelos ensinos de pagãos, ateus e infiéis?” (CE
– pág. 306)
Um dos maiores problemas enfrentados pelas escolas em nossa sociedade é a
concepção de que os homens mais destacados pela mídia são dignos de terem suas
idéias estudadas e imitadas. Quanta feitiçaria, incredulidade, corrupção, ócio, com
roupagem moderna, têm encantado crianças e jovens e desviado para sempre a pureza
de seus pensamentos. Quando insistimos em adotar livros em conformidade com o
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mundo, na tentativa de agradar às tendências das universidades seculares e também
aos próprios estudantes, caímos no extremo de desagradar a Deus.
Nada pode ser comparado com um correto desenvolvimento de caráter,
baseado em valores que tornam tão distintos os cristãos. Uma educação só pode ser
considerada de qualidade quando possui uma filosofia sólida, baseada em
ensinamentos coerentes, fundamentada em leituras construtivas, onde Deus é a
Inspiração.
Há de se ter cautela sobre a permissividade reinante nas escolas, onde lixo é
colocado nas prateleiras à disposição de crianças e jovens imaturos, trazendo
conseqüências incalculáveis. É bastante trabalhoso, com certeza, ler inúmeros livros
antes de adotá-los como tarefa de casa, porém, compensa o esforço ao se ter a
consciência livre de dúvidas sobre o melhor alimento cultural oferecido.
Ampliar o conhecimento através da leitura é uma grande oportunidade de
crescimento educacional. A leitura nos faz viajar por caminhos nunca freqüentados;
conhecer pessoas nunca vistas; vislumbrar coisas e situações nunca imaginadas. Por
isso é grande a responsabilidade de um professor de literatura ao adotar um livro que
nunca leu e não conhece as conseqüências de certas histórias, frases e até palavras
que podem causar uma influência perniciosa na vida de crianças e jovens.
Faria bem se todo professor, em parceria com o coordenador pedagógico,
fizesse uma lista de livros, referendados, e mesmo assim, os lesse a todos para evitar
que os aprendizes sejam desviados de uma boa conduta ou mantenham pensamentos
corrompidos por influências internas da própria escola.
É considerada uma boa leitura aquela que edifica, refina, ilumina e ajuda a
transformar. Aquela que indica bons caminhos, que abre horizontes e mostra novas
oportunidades de crescimento.
LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
“A sabedoria humana, a familiaridade com os idiomas de diversas nações são
um auxílio na obra missionária” (FEC – pág. 187).
Seja na obra missionária ou na vida cotidiana, a globalização exige que
saibamos outras línguas para compreender os fatos que acontecem no mundo a cada
instante. Se necessitamos estar atentos aos fatos que antecedem a volta de Jesus, que
possamos ser vigilantes também através das línguas mais faladas ao redor do mundo,
pois, segundo as leis do país, é obrigação oferecê-las nas escolas.
EDUCAÇÃO FÍSICA
“O preparo físico deve ocupar um lugar importante em todo sistema de
educação” (FEC – pág. 59).
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“Os jogos não são essenciais. Está crescendo entre os alunos a influência de
sua dedicação a diversões, até converter-se num poder fascinante e sedutor que
neutraliza a influência da verdade sobre a mente e o caráter humano” (FEC – pág.).
Se o movimento do corpo humano é básico na aquisição e manutenção da
saúde física e mental, como cristãos, deveríamos oferecer a Educação Física em
nossas escolas com a qualidade que é necessária.
Mas temos que admitir que ainda existem professores que só valorizam os
jogos esportivos nessas aulas por serem mais fáceis de executar e mal precisam de
planejamento. No entanto, os jogos trazem em seu rastro uma fascinação que pode
perdurar por muitos anos, trazendo grande dependência aos seus seguidores.
Costumam estar em primeiro lugar até mesmo sobre a freqüência à igreja.
A Educação Física envolve preparação, condicionamento, interação,
movimento, ritmo, tempo, habilidades motoras essenciais a uma saúde equilibrada.
Os estudantes costumam cabular todas as aulas, exceto as de Educação Física,
porque, com freqüência, se oferece o brasileiríssimo futebol. Aqueles que não gostam
do esporte ficam abandonados pelos corredores ou pelo pátio afora, sem opção.
Existem muitas modalidades que podem incrementar as aulas: alongamento,
musculação, ginástica rítmica, natação, corrida, caminhada, e muitas outras coisas
além dos jogos que envolvem bola.
MÚSICA
“Haja canto na escola, e os alunos serão levados para mais perto de Deus, dos
professores e uns dos outros” (E – pág. 167).
A música, realmente, é um bálsamo para a alma! Quase todos, crianças e
jovens, são impressionados pela música. Este é um recurso que toda escola deveria
utilizar para impressionar as mentes jovens à plena aceitação de letras e melodias que
ajudam no trabalho construtivo de formar um bom caráter.
TRABALHO MANUAL
“Bom seria que se pudesse ter junto ao nosso colégio terra para cultivo, bem
como oficinas sob a direção de homens competentes para instruírem os alunos nas
várias modalidades do trabalho manual” (CPPE – pág. 77).
A educação dos estudantes precisa extrapolar a sala de aula. Não basta atulhar
a mente de conhecimentos teóricos. Não podemos esquecer que nossa identidade é
formada através da cultura que nos circunda; portanto, é natural para os aprendizes
sentirem-se realizados com atividades artesanais, musicais, recreativas, civis, sociais
e religiosas. Toda escola deveria oferecer oficinas com muitas opções de atividades,
onde o objetivo principal seja aprender a ser útil a si próprio, à sua família e à
sociedade onde mora.
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ESTÁGIO
“É o emprego que eles fazem de seus conhecimentos, que determina o valor de
sua educação” (MCP – pág. 368).
Antes que se introduza na sociedade os formandos de uma escola, cumpre-lhes
que passem por um período de estágio, onde, inseridos em uma empresa, aprenderão
na prática o que estudaram teoricamente. Este é um período de se tirar dúvidas, de se
observar a melhor postura diante de conflitos, focos de tensão, de situações críticas;
também de se observar as características específicas de um profissional qualificado,
atendimentos a clientes ou fornecedores. A observação e execução são fundamentais
para consolidar a aprendizagem dos estudantes.
FORMATURA
“Na escola de Cristo, os estudantes nunca se formam. Entre os discípulos há
tanto velhos quanto jovens. Os que dão atenção às instruções do divino Mestre,
adiantam-se constantemente em sabedoria, correção e nobreza de alma, e assim
preparam-se para entrar naquela escola superior onde o adiantamento continuará
por toda a eternidade” (MCP – pág. 367).
Todo estudante de uma escola cristã deve ter consciência de que jamais se
formará na construção de seu caráter. Cada fio entretecido na teia de sua existência
deve estar totalmente envolvido com a aplicação dos princípios e valores aprendidos
em sua formação familiar e acadêmica. Cumpre, ao estar longe da escola, que ainda
saiba apresentar em sua vida, os frutos de toda a sua aprendizagem fundamentada
n’Aquele que é Soberano em nós.
Todo educando que se forma em uma escola cristã coerente com seus
princípios e filosofia, é grato por sua bondosa e firme educação, que o permitiu seguir
seu caminho sem enveredar por atalhos de vícios e degradações.
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BIBLIOGRAFIA
Autora: Ellen Golden White
1) CPPE – CONSELHOS AOS PROFESSORES, PAIS E ESTUDANTES
2) CE – CONSELHOS SOBRE EDUCAÇÃO
3) E – EDUCAÇÃO
4) FEC – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ
5) MCP I – MENTE, CARÁTER E PERSONALIDADE – Volume I
6) MCP II – MENTE, CARÁTER E PERSONALIDADE – Volume II
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