PROGRAMA SOCIOLOGIA 10.º, 11.º e 12.º ANOS DE ESCOLARIDADE República Democrática de Timor-Leste Ministério da Educação [1] PROGRAMA SOCIOLOGIA 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade Título: Sociologia Ano de Escolaridade: 10.º, 11.º e 12.º Anos Autores: Teresa Carvalho Rui Santiago Zélia Breda Coordenadora de disciplina: Teresa Carvalho Consultora científica: Maria Johanna Schouten Colaboradora: Andreia Ferreira Colaboração das equipas técnicas timorenses da disciplina: Este Programa foi elaborado com a colaboração de Equipas Técnicas Timorenses da Disciplina, sob a supervisão do Ministério da Educação de Timor-Leste Design e Paginação: Esfera Crítica Unipessoal, Lda. Conceção e elaboração: Universidade de Aveiro Coordenação geral do Projeto: Isabel P. Martins Ângelo Ferreira Projeto - Reestruturação Curricular do Ensino Secundário Geral em Timor-Leste Cooperação entre o Ministério da Educação de Timor-Leste, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade de Aveiro Financiamento do Fundo da Língua Portuguesa [2] ÍNDICE PROGRAMA DE SOCIOLOGIA 1. VISÃO GERAL DO PROGRAMA DE SOCIOLOGIA PARA O CICLO DE ESTUDOS ........................................... 4 2. COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER PELOS ALUNOS ................................................................................... 5 2.1 COMPETÊNCIAS GERAIS TRANSVERSAIS ........................................................................................... 5 2.2 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS ............................................................................................................ 5 3. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA PARA O CICLO DE ESTUDOS ........................................... 6 4. PROGRAMA DE SOCIOLOGIA – 10.º ANO DE ESCOLARIDADE .................................................................. 8 4.1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................ 8 4.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS .............................................................. 9 UNIDADE TEMÁTICA 1: A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA ................................................................................ 9 UNIDADE TEMÁTICA 2: CULTURA E SOCIEDADE ....................................................................................... 10 UNIDADE TEMÁTICA 3: SOCIEDADE E INDIVÍDUO ..................................................................................... 12 5. PROGRAMA DE SOCIOLOGIA – 11.º ANO DE ESCOLARIDADE ................................................................ 14 5.1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 14 5.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS ............................................................ 15 UNIDADE TEMÁTICA 1: TIPOS DE SOCIEDADE .......................................................................................... 15 UNIDADE TEMÁTICA 2: SOCIEDADE TIMORENSE E GLOBALIZAÇÃO ............................................................... 17 UNIDADE TEMÁTICA 3: SISTEMAS DE ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL .................................................................... 19 6. PROGRAMA DE SOCIOLOGIA – 12.º ANO DE ESCOLARIDADE ................................................................ 21 6.1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 21 6.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS ............................................................ 22 UNIDADE TEMÁTICA 1: O TRABALHO NAS SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS ................................................... 22 UNIDADE TEMÁTICA 2: EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO .................................................................................... 24 UNIDADE TEMÁTICA 3: GOVERNO E POLÍTICA ......................................................................................... 26 7. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS ........................................................................................................... 28 8. RECURSOS DIDÁTICOS ............................................................................................................................ 29 9. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS ......................................................................................................... 29 10. BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA ............................................................................................................. 30 [3] PROGRAMA DA DISCIPLINA SOCIOLOGIA 1. VISÃO GERAL DO PROGRAMA DE SOCIOLOGIA PARA O CICLO DE ESTUDOS A disciplina de Sociologia integra o currículo dos alunos que seguem o percurso das Ciências Sociais e Humanidades nos três anos do ensino secundário de Timor-Leste. A sua inclusão neste currículo tem como propósito estimular a análise crítica e a compreensão da realidade social, cultural e política de Timor-Leste. Esta disciplina permite aos alunos olhar e interpretar a realidade timorense de uma forma mais consciente e crítica e, assim, nela se situarem como cidadãos mais esclarecidos, responsáveis e ativos. A inclusão da Sociologia no currículo do ensino secundário timorense permite a iniciação dos alunos a uma nova perspetiva do saber científico sustentada nas tradições das abordagens da Sociologia e da Antropologia. Tal iniciação, ao mesmo tempo que contribui para a divulgação do pensamento sociológico e antropológico, também se propõe promover o uso de metodologias de análise da realidade macro e micro social de Timor-Leste. Este programa procura dar uma visão de conjunto de algumas das questões fundamentais da Sociologia e Antropologia, combinando-as com vários aspetos sociais e culturais – ‘tradicionais’ e ‘modernos’ – que fazem parte da vida quotidiana, da cultura e da organização social e política da sociedade timorense. O programa está organizado em diversos temas que fazem parte do conhecimento especializado da Sociologia e da Antropologia. Não segue, no entanto, o que é mais tradicional, não apresentando de uma forma cronológica, ou histórica, as teorias que fazem parte das duas disciplinas. Antes aborda algumas unidades temáticas mais orientadas para a Sociologia ou para a Antropologia e, outras que combinam os contributos das duas disciplinas. Os subtemas são selecionados de acordo com os materiais e documentos que se apresentam como mais relevantes para a sociedade timorense. A compreensão da realidade macro social centra-se na consideração das inter-relações complexas entre indivíduo e sociedade, através das quais é construída a cultura e se apreendem as normas e valores sociais. Ao nível micro, o conhecimento centra-se nos domínios sociais da política, economia, trabalho e educação. Os alunos terão a oportunidade de contactar com as tradições analíticas na compreensão do lugar do trabalho nas diversas sociedades, dos diferentes papéis do Estado e da política, bem como das formas distintas de organização das sociedades e dos sistemas educativos. Neste último ponto explora-se, de forma particular, a relação entre educação, formação e trabalho. No âmbito das Ciências Sociais, a Sociologia e a Antropologia são disciplinas que propõem, de forma crítica, um conjunto de reflexões, de conhecimentos e de intervenções sobre as sociedades contemporâneas, quer ao nível local, quer global. Na atualidade, as sociedades são muito complexas, fazendo parte de redes globais em permanente mudança. Tal obriga a que os indivíduos, os grupos sociais e as comunidades que as compõem tenham de lidar com novas situações e acontecimentos globais, tomando consciência, por um lado, da sua posição no sistema, e sendo, por outro lado, capazes de tomar decisões de forma autónoma e criativa. São finalidades da disciplina para os três anos: Situar a Sociologia nas Ciências Sociais e Humanidades, explorando, de forma particular, a sua relação com a Antropologia Social e Cultural. Desenvolver pensamento sociológico crítico e reflexivo que sirva como suporte ao prosseguimento de estudos e à inserção na vida ativa. [4] Mobilizar conhecimentos da Sociologia e da Antropologia para, numa perspetiva comparativa, melhor compreender a sociedade timorense e as suas formas de organização e funcionamento. Tomar conhecimento dos principais conceitos e metodologias de análise utilizados na Sociologia e na Antropologia. Desenvolver a capacidade de aplicação, a um nível de iniciação, das noções, conceitos e metodologias da Sociologia e Antropologia em estudos sobre a realidade timorense. Contribuir para a consciencialização e valorização da diversidade cultural e do respeito pelo outro. Desenvolver capacidades de reflexão e intervenção sobre os problemas sociais timorenses. 2. COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER PELOS ALUNOS Tendo por base a noção de que esta disciplina se propõe iniciar os alunos a uma nova perspetiva do conhecimento, que poderão aprofundar posteriormente ao nível do prosseguimento de estudos ou aplicar quotidianamente nas suas atividades, esta iniciação requer a aquisição das seguintes competências gerais e específicas: 2.1 Competências gerais transversais Desenvolver a capacidade de leitura, análise e interpretação crítica de vários tipos de textos e documentos; Promover a capacidade de escrever diferentes tipos de textos e de se expressar oralmente em distintos contextos sociais; Consolidar o uso correto da Língua Portuguesa e a utilização de tecnologias de informação para pesquisar e comunicar; Adquirir hábitos de trabalho e de estudo individual e em grupo; Promover a capacidade de trabalho autónomo com consciência ética, responsabilidade social e espírito de cidadania; Compreender a complexidade da realidade social e da sua constante interdependência com o meio ambiente como forma de alertar para a importância da promoção da sustentabilidade; Interpretar a diversidade cultural e compreender a importância do respeito pelo outro. 2.2 Competências específicas Avaliar a utilidade dos conceitos sociológicos e antropológicos na aquisição e desenvolvimento de capacidades de análise crítica da realidade social; Identificar os diferentes métodos e técnicas de recolha de dados usados nos estudos sociológicos e antropológicos; Reconhecer a adequação da Sociologia e Antropologia para a análise e compreensão da sociedade timorense; Conhecer, numa perspetiva comparativa, as formas de organização e a cultura da sociedade timorense; Aplicar, ao nível da iniciação, noções e conceitos da Sociologia e da Antropologia no desenvolvimento de estudos sobre aspetos da vida social, cultural e política de Timor-Leste; [5] Aplicar, a um nível de iniciação, as principais noções e conceitos da Sociologia e da Antropologia à análise de textos e documentos; Identificar as distintas formas de socialização e a sua relação com as diferentes culturas e modos de vida presentes na sociedade timorense; Identificar processos de aculturação na sociedade timorense; Interpretar a noção e o papel dos preconceitos, estereótipos e representações sociais na vida quotidiana; Reconhecer formas de desigualdade traduzidas na estratificação social. Conhecer diferentes conceções e formas de organização do Estado e do sistema político; Conhecer distintos modos de organização económica e do trabalho. Analisar os potenciais efeitos da globalização na sociedade timorense; Avaliar o papel da educação e formação no desenvolvimento económico, político, social e cultural de Timor-Leste. 3. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA PARA O CICLO DE ESTUDOS Os conteúdos do programa de Sociologia estão definidos de acordo com as suas finalidades e objetivos, tendo em atenção os contextos socioculturais de Timor-Leste e as características dos alunos a que se destina. Na escolha dos temas prevaleceu a sua relevância científica, a um nível de iniciação, tal como a sua atualidade e importância no funcionamento da sociedade timorense. Num primeiro nível (10.º ano), o contacto com a Sociologia torna imperativo clarificar as características que permitem a sua classificação como conhecimento científico. De igual modo, a contextualização do enquadramento da Sociologia nas Ciências Sociais permite a clarificação da sua proximidade com a Antropologia. O caráter científico destas áreas disciplinares está associado à utilização de métodos e técnicas de análise que lhe são específicos e que permitem a rutura com a realidade circundante. Por outro lado, o estudo dos fundadores da Sociologia e da Antropologia, e dos primeiros conceitos por estes desenvolvidos, abre pistas para a aplicação da disciplina à realidade timorense. Nos seus aspetos mais globais, a compreensão da sociedade passa pelo estudo das relações complexas entre indivíduo, cultura e sociedade. É através deste estudo que se conhecem melhor as normas e valores existentes em cada cultura e sociedade, bem como as suas mudanças. Num segundo nível (11.º ano) é possível utilizar os instrumentos conceptuais da Sociologia e da Antropologia para analisar, de forma crítica e comparativa, as especificidades de diferentes formas de organização e estratificação da sociedade. As especificidades da sociedade Timorense só poderão ser totalmente compreendidas no quadro global das sociedades contemporâneas. Num terceiro nível (12.º ano), a análise e compreensão da realidade social timorense desenvolve-se num contexto mais particular. Esta compreensão passa pelo estudo das questões políticas, educativas/escolares, económicas e de trabalho. A este nível, o programa procura apresentar diversas perspetivas sobre o lugar do trabalho e da economia nas diferentes sociedades, assim como as complexas inter-relações desenvolvidas, ao nível político, entre diferentes Estados e distintos níveis de tomada de decisão política. A análise dos [6] sistemas educativos também faz parte do estudo destas realidades, em particular a análise da relação entre educação, trabalho e desenvolvimento social e económico. O contacto com os conhecimentos teóricos e metodológicos específicos da Sociologia e da Antropologia representa, assim, uma oportunidade para melhor compreender as atitudes e comportamentos que o ser humano manifesta na relação com os outros e com as instituições sociais, culturais e políticas. Trata-se de um contributo importante para que os alunos se tornem mais conscientes e capazes de agir perante as realidades sociais que os rodeiam. A concretização destes níveis em unidades temáticas pode ser visualizada na Tabela I. Conteúdos conceptuais do programa de Sociologia 10.º ano de escolaridade Unidade Temática 1: A Sociologia como Ciência Subtema 1: Sociologia e Ciências Sociais Subtema 2: A criação de conhecimento na Sociologia Subtema 3: Metodologias de investigação em Ciências Sociais Subtema 4: A Construção da Sociologia e da Antropologia em Timor-Leste Unidade Temática 2: Cultura e sociedade Subtema 1: A cultura na Antropologia Subtema 2: Usos, costumes e modos de vida tradicionais Subtema 3: Ser humano como resultado e criador de cultura Subtema 4: Valores e normas culturais Unidade Temática 3: Sociedade e Indivíduo Subtema 1: Socialização e interação social Subtema 2:Formas e agentes de socialização Subtema 3: Aculturação e Etnocentrismo Subtema 4: Preconceitos, estereótipos e representações sociais 11.º ano de escolaridade Unidade Temática 1: Tipos de sociedade Subtema 1: Sociedades préindustriais – o papel das famílias e das comunidades locais Subtema 2: Sociedades industriais e pós-industriais – produção, consumo e modos de vida Subtema 3: Transições e mudanças sociais Subtema 4: Desigualdades entre sociedades préindustriais e industriais Unidade Temática 2: Sociedades e globalização Subtema 1: Conceitos de globalização Subtema 2: Globalização, desenvolvimento e desigualdades Subtema 3: O turismo e a globalização Subtema 4: O impacte da globalização na sociedade timorense Unidade Temática 3: Sistemas de Estratificação Social Subtema 1: Conceito e tipos de estratificação social Subtema 2: Estratificação e classes sociais Subtema 3: Diferentes teorias sobre classes e estratificação Subtema 4: Mobilidade social e desigualdades 12.º ano de escolaridade Unidade Temática 1: O Trabalho nas sociedades contemporâneas Subtema 1: A terciarização da economia Subtema 2: Novas atividades económicas: O exemplo do turismo Subtema 3: Género e participação no mercado de trabalho Subtema 4: O trabalho e a família Unidade Temática 2: Educação e formação Subtema 1: Educação e igualdade de oportunidades Subtema 2: Diferentes formas de organização do sistema escolar Subtema 3: Educação, conhecimento e desenvolvimento pessoal e social Subtema 4: Educação, economia e sociedade do conhecimento Unidade Temática 3: Governo e política Subtema 1: O conceito de Estado Subtema 2: Tipos de sistemas políticos Subtema 3: Estado-nação e identidade nacional Subtema 4: As organizações internacionais e a sua influência nas políticas nacionais Tabela I. Unidades temáticas e subtemas do programa de Sociologia [7] PROGRAMA DA DISCIPLINA SOCIOLOGIA 10.º ANO DE ESCOLARIDADE 4.1 APRESENTAÇÃO O programa do 10.º ano procura iniciar os alunos ao estudo da Sociologia. Para tal promove a reflexão sobre os diferentes tipos de conhecimento e as possibilidades de classificar a Sociologia como ciência. A contextualização do surgimento da Sociologia nas Ciências Sociais permite revelar os elementos de maior e menor proximidade à Antropologia. Assim, o esquema conceptual do programa procura salientar as especificidades científicas da área e a sua proximidade com a Antropologia para, então, permitir ajudar a clarificar e identificar a relação entre cultura e sociedade, bem como entre o indivíduo e a sociedade em que se insere. É a este nível que se situa o estudo da noção de cultura na Antropologia e os processos de apreensão das normas e valores sociais. A construção da Sociologia como ciência estará sempre associada aos seus fundadores mas, não obstante, o programa é desenvolvido tendo por base a realidade social de Timor-Leste. Em termos esquemáticos, o programa do 10.º ano pode ser visualizado na Figura I. Rutura e Construção Sociologia como ciência Teorias e Métodos de Investigação Antropologia Cultura e Sociedade Sociedade e Indivíduo Realidade Social de Timor-Leste Figura I. Esquema conceptual do programa de Sociologia [8] 4.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS As unidades temáticas e os subtemas que as constituem são apresentados, a seguir, de forma mais detalhada. Unidade Temática 1: A Sociologia como ciência A unidade temática 1 – A Sociologia como Ciência – pretende possibilitar aos alunos um primeiro contacto com o conhecimento científico na Sociologia. Parte da clarificação de conceitos básicos para a disciplina, como o de realidade social, para enquadrar o seu surgimento no âmbito das Ciências Sociais. É evidenciada a forte ligação entre a Sociologia e a Antropologia Social e Cultural. Após a clarificação das especificidades do conhecimento científico e das metodologias de investigação usadas nas Ciências Sociais devem ser exploradas as possibilidades de aplicação do conhecimento da Sociologia e da Antropologia em Timor-Leste. Subtema 1 – Sociologia e Ciências Sociais Conteúdos A realidade social. A complexidade do social e das Ciências Sociais. A Sociologia e a Antropologia Social e Cultural. Metas de aprendizagem Reconhece a complexidade da realidade social. Identifica a importância da relação entre o ser humano e o ambiente. Reconhece nesta interdependência um fator fundamental para a sustentabilidade. Situa a Sociologia nas Ciências Sociais e compreende a sua especificidade. Situa a Sociologia e a Antropologia Social e Cultural nos contextos históricos em que surgiram. Identifica as principais semelhanças e diferenças entre a Sociologia e a Antropologia Social e Cultural. Atividades práticas Exploração das experiências pessoais dos alunos na relação entre realidade social e ambiente natural. Recurso à análise crítica de pequenos textos. Subtema 2 – A criação de conhecimento na Sociologia Conteúdos Senso comum e conhecimento científico. Conhecimento científico nas Ciências Sociais. Conhecimento nas Ciências Sociais na atualidade. Metas de aprendizagem Identifica as principais características do conhecimento do senso comum e do conhecimento científico. Reconhece as especificidades do conhecimento em Ciências Sociais em comparação com as outras ciências. Refere alguns obstáculos mais significativos no conhecimento científico em Ciências Sociais. Atividades práticas [9] Recurso a práticas quotidianas dos alunos para exemplificar a estrutura de pensamentos do senso comum. Desenvolvimento do diálogo com os alunos sobre um dado problema social para exemplificar as diferenças entre conhecimento de senso comum e científico. Exploração das ideias pré-concebidas dos alunos sobre ciência e conhecimento científico. Subtema 3 – Metodologias de investigação em Ciências Sociais Conteúdos Tipos de investigação. Etapas de investigação. Técnicas de investigação em Ciências Sociais. Metas de aprendizagem Atividades práticas Reconhece as diferentes etapas de investigação e as estratégias e técnicas de investigação mais comuns. Identifica a diversidade de meios de recolha de informação em Sociologia e Antropologia. Reconhece a adequação de diferentes técnicas a distintos problemas de investigação. Identifica as principais diferenças entre a investigação qualitativa e quantitativa. Análise de exemplos de investigação desenvolvidos sobre Timor-Leste. Incentivo à realização de pequenos exercícios de utilização de metodologias e análise, em conjunto, das principais conclusões. Subtema 4 – A construção da Sociologia e da Antropologia em Timor-Leste Conteúdos Metas de aprendizagem Sociologia e Antropologia em TimorLeste. O objeto e os autores fundadores da Sociologia e da Antropologia. Aplicação do conhecimento da Sociologia e da Antropologia a Timor-Leste. Atividades práticas Avalia a realidade social timorense como uma fonte pertinente de estudo para a Sociologia e Antropologia. Utiliza os conceitos da Sociologia e da Antropologia em problemáticas de estudo da sociedade timorense. Identifica os autores fundadores da Sociologia e da Antropologia os conceitos teóricos desenvolvidos por estes. Análise e exploração de estudos de Antropologia e Sociologia realizados sobre Timor-Leste. Planeamento e construção de um pequeno estudo aplicado à realidade social timorense. Recurso à análise crítica de pequenos textos. Unidade Temática 2: Cultura e sociedade A unidade temática 2 – Cultura e Sociedade – deverá permitir que os alunos reconheçam a cultura, os valores culturais e as tradições locais e nacionais como temas importantes na vida em sociedade. Este reconhecimento conduz a uma visão ativa do ser humano como sendo ao mesmo tempo um criador e o resultado da cultura em que se insere. Subtema 1 – A cultura na Antropologia Conteúdos O significado popular de cultura. A cultura, os alimentos e a proteção física do ser humano. A abordagem antropológica de cultura. Os padrões de cultura. Metas de aprendizagem Reconhece e mostra compreender a noção de cultura e as suas diferentes definições. Problematiza a diversidade de culturas reconhecendo a importância da sua coexistência. Reconhece a cultura como resultado da adaptação do ser humano ao meio e do desenvolvimento das relações sociais nas comunidades. [10] Atividades práticas Análise, com os alunos, de elementos simbólicos e materiais de cultura que possam ser identificados localmente. Análise e exploração de estudos de Antropologia Social e Cultural sobre Timor-Leste. Recurso à análise crítica de pequenos textos. Subtema 2 – Usos, costumes e modos de vida tradicionais Conteúdos A importância dos hábitos e dos usos e costumes no comportamento dos indivíduos. Tradições e rituais em Timor-Leste. Metas de aprendizagem Identifica situações da vida quotidiana – convivência com amigos, acontecimentos nas comunidades, uso do vestuário, vida familiar, etc. – com um significado antropológico e sociológico. Reconhece e identifica diferentes modos de vida nas comunidades timorenses. Reconhece e identifica diferentes tradições, rituais e manifestações de arte em Timor-Leste. Atividades práticas Recolha e discussão com os alunos de exemplos das suas práticas quotidianas que traduzam usos e costumes locais. Organização de um pequeno museu sobre as tradições e a arte timorense. Subtema 3 – O ser humano como resultado e criador de cultura Conteúdos Criação e transmissão de cultura: o indivíduo, o grupo, o meio ambiente e a época. Cultura dominante, cultura dominada e cultura de massas. Metas de aprendizagem Reconhece e mostra compreender o caráter patrimonial da cultura. Apresenta noções sobre o papel do indivíduo, do grupo e do meio ambiente na criação e transformação da cultura que adquire. Identifica as situações de relativismo cultural com a noção de respeito e tolerância. Distingue a relação entre cultura dominante, dominada e de massas. Atividades práticas Recurso à análise crítica de pequenos textos referentes à realidade local. Recurso a práticas quotidianas dos alunos para exemplificar os conceitos e noções ligados à diversidade cultural e relativismo. Análise e exploração de estudos de Antropologia social e cultural sobre TimorLeste. Subtema 4 – Valores e normas culturais Conteúdos Definição de valores e normas culturais. Valores, práticas e coesão social. Movimentos sociais. Metas de aprendizagem Analisa e mostra compreender as noções de valores e normas culturais situando-as em novas aprendizagens. Interpreta a existência de elementos que traduzem valores comuns à humanidade e ao seu grupo de pertença. Reconhece a importância dos valores na definição e aceitação das práticas sociais. Reconhece a existência de diferentes movimentos sociais e a sua importância para a alteração dos valores dominantes na sociedade. [11] Atividades práticas Recurso à análise crítica de pequenos textos. Visitas de estudo a museus e locais históricos. Unidade Temática 3: Sociedade e indivíduo A abordagem da unidade temática 3 – Sociedade e Indivíduo – tem como propósito familiarizar os alunos com as complexas interações entre indivíduos, grupos e sociedade. Para tal, estudam-se os conceitos de socialização, aculturação, etnocentrismo bem como as noções de preconceitos, estereótipos e representações sociais. Neste estudo, combina-se a Sociologia e a Antropologia Social e Cultural como modo de alargar a compreensão destes conceitos. Subtema 1 – Socialização e interação social Conteúdos O conceito de socialização. Mecanismos de socialização. A interação e integração social. Metas de aprendizagem Identifica e utiliza os conceitos de socialização e interação social para compreender a realidade social que lhe é próxima. Analisa e inter-relaciona os conceitos de socialização e interação como elementos básicos da vida em sociedade. Atividades práticas Recurso à análise crítica de pequenos textos e exemplos retirados das experiências concretas dos estudantes. Subtema 2 – Formas e agentes de socialização Conteúdos Processo primário e secundário de socialização. Agentes de socialização. Metas de aprendizagem Reconhece a existência de processos de socialização primária e secundária e identifica-os como processos de transmissão cultural. Conhece a existência de diferentes agentes do processo de socialização e mostra compreender a sua função na divulgação da cultura local. Atividades práticas Identificação de exemplos locais de agentes de socialização. Subtema 3 – Aculturação e etnocentrismo Conteúdos Diversidade cultural. Os conceitos de aculturação, assimilação, desculturação e etnocídio. Condições e formas de aculturação. O etnocentrismo. Metas de aprendizagem Reconhece a existência de diversidade cultural e aplica este conceito ao seu contexto. Conhece a existência de processos de aculturação e etnocentrismo cultural e utiliza os termos para relacionar e problematizar as inter-relações entre atores sociais. Conhece a existência de processos de desculturação e etnocídio e utiliza os termos para relacionar e problematizar as inter-relações entre grupos sociais. Identifica elementos que exemplificam a diversidade cultural na sociedade timorense. [12] Atividades práticas Recolha de elementos de cultura material local que permitam constatar processos de aculturação. Visitas de estudo a museus e locais históricos. Subtema 4 – Preconceitos, estereótipos e representações sociais Conteúdos Preconceitos, estereótipos e comportamentos irracionais no ser humano. As representações sociais. Metas de aprendizagem Atividades práticas Identifica e mostra compreender as noções de preconceito e estereótipo, aplicando-os com exemplos concretos de Timor-Leste. Identifica a capacidade dos preconceitos e estereótipos em se constituírem como formas de discriminação social negativa. Utiliza o conceito de representação social para situar e compreender fenómenos sociais locais. Recolha e análise nos meios de comunicação social (jornais e revistas) e/ou em mitos locais da existência de estereótipos. [13] SOCIOLOGIA | 10.º ANO PROGRAMA DA DISCIPLINA SOCIOLOGIA 11.º ANO DE ESCOLARIDADE 5.1 APRESENTAÇÃO O programa do 11.º ano procura apresentar aos alunos os principais conceitos desenvolvidos pela Sociologia para analisar os diversos sistemas de organização da produção e da sociedade bem como as suas alterações num contexto de globalização. Procura, ainda, dar aos alunos uma perspetiva sobre as formas de estruturação das desigualdades nas sociedades contemporâneas. Pretende-se dotar os alunos dos instrumentos conceptuais que lhes permitam analisar, de forma crítica e comparativa, as especificidades das formas de organização social, política e económica da sociedade. O uso destes instrumentos é imprescindível para situar as especificidades da sociedade Timorense. O carácter único da sociedade Timorense só poderá ser totalmente compreendido no quadro global das sociedades. Em termos esquemáticos, o programa do 11.º ano pode ser visualizado na Figura II. Sociedade Timorense Tipos de sociedade Globalização Sociedade Timorense Sociedade Timorense Estratificação social Figura II. Esquema conceptual do programa de Sociologia do 11.º ano [14] 5.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS As unidades temáticas e os subtemas que as constituem são apresentados, a seguir, de forma mais detalhada. Unidade Temática 1: Tipos de Sociedade A unidade temática 1 – Tipos de Sociedade – pretende contribuir para estimular a reflexão, e a construção de conhecimento pelos alunos, sobre a existência de várias formas de organização social, política e económica nas sociedades contemporâneas. Todas estas formas de organização são legítimas e deverão, por isso, ser apresentadas e compreendidas em situação de igualdade, já que representam o resultado das atividades coletivas de cooperação e, ao mesmo tempo, meios diferentes de resolução dos problemas e dos conflitos pelos diversos grupos humanos. A compreensão destes processos, para ser completa, tem de incluir a identificação das transições e das mudanças que ocorrem nas sociedades contemporâneas. O conhecimento das instituições e dos mecanismos políticos de decisão coletiva contribuem largamente, também, para o aprofundamento desta compreensão. Subtema 1 – Sociedades pré-industriais – O papel das famílias e das comunidades locais Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticas Sociedades pré-industriais. Sociedades agrárias. Noção de comunidade. Família – Noção, estrutura, tipos e funções. Família como unidade de produção e de consumo. Relações de parentesco e economia. Reconhece as principais caraterísticas das sociedades pré-industriais. Identifica os critérios que definem as sociedades agrárias e avalia a adequação do conceito para a realidade de Timor-Leste. Utiliza a noção de comunidade para compreender a importância das interações desenvolvidas no contexto das sociedades pré-industriais. Identifica, e aplica ao contexto timorense, as noções de família assim como de estruturas familiares. Reconhece os diferentes tipos de famílias e os papéis esperados em diferentes ambientes sociais. Identifica a família como a célula básica da sociedade pré-industrial e reconhece as suas funções como, simultaneamente, uma unidade de produção e consumo. Identifica os vários tipos de relação entre as estruturas de parentesco e as atividades económicas nas comunidades tradicionais. Análise crítica de pequenos textos centrados nos temas tratados nas aulas. Análise de indicadores que permitam classificar diferentes tipos de sociedades (em particular as agrárias e pré-industrias). Recolha de informações, junto dos alunos, que permita refletir sobre as estruturas de parentesco tendo por referência a família dos próprios alunos. Subtema 2 – Sociedades industriais e pós-industriais – Produção, consumo e modos de vida Conteúdos Sociedades industriais. A industrialização. As novas relações sociais. Urbanização. Metas de aprendizagem Reconhece as principais caraterísticas das sociedades industriais. Compreende a complexidade das mudanças sociais promovidas pela industrialização. Identifica o surgimento de novas relações sociais no contexto das mudanças económicas. [15] Atividades práticas Análise crítica de pequenos textos sobre os temas abordados nas aulas. Análise de indicadores que permitam classificar sociedades industriais e pósindustrias. Fatores de crescimento urbano. Consequências da urbanização. Sociedades pós-industriais. Alterações nos padrões de produção e consumo. Consumo e estilos de vida. Reconhece as principais dinâmicas do fenómeno da urbanização. Identifica os fatores de crescimento urbano e as consequências da urbanização, aplicando-os ao contexto timorense. Reconhece as principais caraterísticas das sociedades pós-industriais. Compreende as alterações nos modos de produção e de consumo e de estilos de vida. Recurso a análise de imagens para classificar as sociedades industriais e pós-industriais. Análise e discussão de indicadores que permitam compreender as potenciais consequências das tendências de urbanização em Timor-Leste. Subtema 3 – Transições e mudanças sociais Conteúdos Teorias da mudança social. As teorias cíclicas. A perspetiva funcionalista. As abordagens contemporâneas. Influências na mudança social. Metas de aprendizagem Atividades práticas Identifica as diferentes abordagens teóricas, desenvolvidas na Sociologia, sobre o fenómeno da mudança social. Reconhece as principais ideias das abordagens teóricas que defendem a mudança como um movimento cíclico. Identifica as caraterísticas da abordagem funcionalista sobre a mudança social. Reconhece os principais conceitos utilizados nas abordagens contemporâneas da mudança. Reconhece o meio ambiente, a organização política e os fatores culturais como influências importantes na mudança social. Análise crítica de pequenos textos sobre os temas abordados nas aulas. Recolha e análise, nos meios de comunicação social (jornais e revistas), de indicadores da mudança social em Timor-Leste. Recolha de informação junto de Timorenses sobre mudanças sociais ocorridas recentemente no país. Subtema 4 – Diferenças entre sociedades pré-industriais e industriais Conteúdos Metas de aprendizagem Atividades práticas Desigualdades económicas e relações de dominação. Desigualdades sociais. Pobreza. Exclusão. Identifica as desigualdades sociais resultantes dos modelos de organização económica. Reconhece os distintos níveis de desenvolvimento económico e social nas diferentes regiões do mundo. Analisa indicadores que permitem classificar comparativamente o nível de desenvolvimento económico e social dos diferentes países. Distingue diferentes estádios e formas de dominação económica e social. Reconhece a existência de diferentes conceitos e formas de medir a pobreza. Identifica os principais mecanismos que conduzem à exclusão económica, social e política, e aplica-os à sociedade timorense. Recolha e análise de documentos, nacionais e internacionais, contendo indicadores de desenvolvimento. Visualização, análise e discussão de materiais audiovisuais sobre os fenómenos das desigualdades, pobreza e exclusão social. [16] Unidade Temática 2: Sociedades e globalização A unidade temática 2 – Sociedade Timorense e Globalização – pretende promover o estudo de temas que permitam o acesso dos alunos ao conhecimento sobre os diferentes fatores externos que condicionam a organização e funcionamento das sociedades, em particular da sociedade timorense. Este acesso, numa perspetiva ativa, passa pela análise crítica da noção de globalização, dos diversos tipos de globalização e da ligação deste fenómeno ao desenvolvimento económico, social e cultural das comunidades locais e da sociedade em geral. A compreensão dos diversos aspetos complexos que esta ligação apresenta pressupõe a abordagem de questões relacionadas com as desigualdades entre países, as desigualdades sociais, as migrações humanas e a existência de experiências sociais e económicas alternativas em relação à visão dominante sobre a globalização. Subtema 1 – Conceitos de globalização Conteúdos O que é globalização? Perspetivas sobre a globalização. Globalização e as mudanças nas sociedades. Migrações internacionais e sociedades multiculturais. Metas de aprendizagem Identifica o conceito de globalização e reconhece os problemas associados à sua definição. Analisa criticamente as diversas perspetivas sobre a globalização. Identifica a globalização como um fator que influencia as mudanças nas sociedades. Analisa as principais mudanças sociais decorrentes do fenómeno da globalização, nomeadamente as migrações internacionais e o multiculturalismo das sociedades. Atividades práticas Análise de textos sobre os efeitos da globalização nos países com diferentes estádios de desenvolvimento económico e social. Recolha de dados sobre a presença de comunidades de outros países em TimorLeste. Subtema 2 – Globalização, desenvolvimento e desigualdades Conteúdos Globalização e desenvolvimento. O movimento do comércio justo. Problemas e desigualdades da globalização. Globalização e sustentabilidade. Metas de aprendizagem Atividades práticas Analisa criticamente a relação entre globalização e desenvolvimento. Conhece formas alternativas de estabelecer relações comerciais no contexto de globalização. Identifica os benefícios e os principais problemas sociais, culturais e políticos associados à globalização. Avalia criticamente a relação entre globalização e sustentabilidade social e económica no contexto da sociedade timorense. Análise de textos e dados contidos em relatórios internacionais sobre a globalização nos países asiáticos e em Timor-Leste. Recolha e análise de dados sobre os efeitos da globalização no comércio e indústria em Timor-Leste. [17] Subtema 3 – O turismo e a globalização Conteúdos A crescente internacionalização do fenómeno turístico. As implicações da globalização no turismo. Globalização, desenvolvimento e turismo sustentável. Metas de aprendizagem Identifica o turismo como uma atividade de reconhecida importância à escala mundial. Reconhece a evolução do turismo e os fatores que estão na origem desse crescimento. Analisa os principais fluxos turísticos a nível internacional. Avalia o impacte da globalização na atividade turística. Reconhece a problemática entre turismo, globalização e sustentabilidade, dando particular relevo aos impactes sociais da atividade turística. Atividades práticas Análise crítica de pequenos textos sobre os temas abordados nas aulas. Análise de indicadores que permitam evidenciar a evolução do turismo em TimorLeste. Recurso a imagens para analisar os impactes do turismo. Subtema 4 – O impacte da globalização na sociedade timorense Conteúdos Globalização sociocultural. Globalização económica. Globalização política. Globalização ambiental e tecnológica. Metas de aprendizagem Distingue os vários tipos de globalização. Identifica as principais características da globalização sociocultural. Identifica os problemas provocados pela globalização económica e política na soberania dos países. Avalia criticamente as principais características da globalização ambiental e tecnológica. Relaciona as mudanças da sociedade atual de Timor-Leste com os diversos mecanismos da globalização. [18] Atividades práticas Análise de textos extraídos de relatórios e tratados internacionais sobre os benefícios e problemas da globalização. Recolha de informação na imprensa (e em meios audiovisuais) sobre manifestações e efeitos da globalização em Timor-Leste. Recolha de informação sobre casos concretos que representem os efeitos culturais e sociais da globalização. Unidade Temática 3: Sistemas de estratificação social A abordagem da unidade temática 3 – Sistemas de Estratificação Social – tem como propósito iniciar os alunos ao conhecimento sobre as desigualdades existentes entre indivíduos e grupos nas diferentes sociedades. Esta iniciação inclui o estudo do conceito de estratificação social e análise dos principais critérios que conduzem à sua existência. Pretende-se, também, dar a conhecer aos alunos distintos sistemas de estratificação social, procurando adequá-los ao contexto da sociedade timorense. Estimula-se o acesso ao conhecimento das principais teorias desenvolvidas no contexto da Sociologia, apresentando-se tanto as abordagens mais clássicas como as mais atuais. A compreensão do fenómeno da estratificação passa, ainda, pela reflexão sobre os mecanismos de mobilidade social. Subtema 1 – O conceito de estratificação social Conteúdos Noção de estratificação social. Critérios de estratificação. Estratificação económica. Estratificação política. Estratificação social. Metas de aprendizagem Descreve o conceito de estratificação social. Identifica diferentes critérios de estratificação social. Relaciona o conceito e os critérios com o contexto específico da sociedade de Timor-Leste. Atividades práticas Análise crítica de pequenos textos sobre os temas abordados nas aulas. Subtema 2 – Sistemas de estratificação social Conteúdos Formas históricas de estratificação social. A escravatura. Os estados. Sociedades hierarquizadas. As classes sociais. As castas. Metas de aprendizagem Distingue e compreende a existência de diferentes sistemas de estratificação. Identifica os estados e a escravatura como dois sistemas situados no tempo. Reconhece a complexidade associada à definição do conceito de classe social. Reconhece o sistema de castas como um sistema particular de estratificação. Avalia a adequação dos sistemas de estratificação identificados para a análise da sociedade timorense. [19] Atividades práticas Análise crítica de pequenos textos sobre os temas abordados nas aulas. Recurso a imagens para analisar sistemas de estratificação social em diferentes sociedades. Trabalho de grupo sobre o sistema de estratificação social em Timor-Leste. Subtema 3 – Teorias da estratificação social Conteúdos O conceito de estratificação em diferentes autores. As teorias clássicas. Karl Marx. Max Weber. As novas abordagens. Pierre Bourdieu. Erik Olin Wright. Metas de aprendizagem Atividades práticas Identifica e distingue diferentes teorias sociológicas sobre a estratificação social. Compreende os conceitos de feudalismo, consciência de classe, burguesia e proletariado como dominantes na teoria de Marx. Reconhece as principais caraterísticas do esquema de estratificação de Weber. Compreende o contributo das novas abordagens da Sociologia na análise da estratificação. Análise crítica de pequenos textos sobre os temas abordados nas aulas. Procura e analisa informação nos relatórios de organizações internacionais (ONU, UNESCO, UNICEF, etc.) sobre as desigualdades sociais. Metas de aprendizagem Atividades práticas Reconhece a existência de diferentes tipos de mudança no estatuto social. Identifica os vários tipos de mudança com base na geração. Reconhece a ocupação profissional como uma variável importante na mudança de estatuto. Aplica os diferentes tipos de mobilidade ao contexto da sociedade de TimorLeste. Análise crítica de pequenos textos sobre os temas abordados nas aulas. Análise de indicadores que permitam analisar formas de mobilidade social em Timor-Leste. Subtema 4 – Mobilidade social Conteúdos Tipos de mobilidade social. Mobilidade intergeracional. Mobilidade intrageracional. Mobilidade horizontal. Mobilidade vertical. [20] SOCIOLOGIA | 11.º ANO PROGRAMA DA DISCIPLINA SOCIOLOGIA 12.º ANO DE ESCOLARIDADE 6.1 APRESENTAÇÃO O programa do 12.º ano está organizado em torno de três grandes áreas temáticas que tradicionalmente têm sido muito estudadas pela Sociologia: o trabalho, a educação e a política. Com esta organização pretende-se colocar os alunos em contacto com algumas das principais teorias e conceitos sociológicos que analisam a importância do trabalho, da educação e das estruturas políticas na estruturação das relações sociais. Por outro lado, a Sociologia também tem procurado estabelecer ligações entre estas áreas. Para isso, parte do princípio de que elas estão relacionadas entre si, reconhecendo que esta inter-relação constitui uma dimensão determinante na organização da vida das sociedades. Partindo da realidade de Timor-Leste, o estudo nestas três áreas, pretende dotar os alunos dos instrumentos conceptuais que lhes permitam analisar, de modo crítico, a forma como as comunidades locais e a sociedade timorense se organizam para produzir bens e dividir as tarefas nesta produção. As transformações que, nas últimas três décadas, surgiram nestes domínios, a um nível global, têm dado origem a outras formas de organizar o trabalho, assim como têm interferido na ligação entre trabalho e família e nos papéis sociais de homens e mulheres. Parte destas transformações estão ligadas ao surgimento de novas atividades económicas e à economia baseada no conhecimento científico e tecnológico. Este programa do 12.º ano procura, igualmente, facilitar a tomada de consciência pelos alunos da importância da educação escolar em dar aos seres humanos as competências e as capacidades necessárias para enfrentar os novos desafios sociais, políticos e económicos nas sociedades contemporâneas. Estes desafios são, ainda, mais importantes no contexto da sociedade timorense. Para além da possibilidade de poder contribuir para a diminuição das desigualdades sociais e das desigualdades de género, a educação escolar em Timor-Leste constitui um instrumento decisivo para preservar a identidade timorense e, ao mesmo tempo, acrescentar novos conhecimentos às heranças e tradições culturais. Em termos esquemáticos, o programa do 12.º ano pode ser visualizado na Figura III. Sociedade Timorense Trabalho e economia Educação Sociedade Timorense Sociedade Timorense Governo e política Figura III. Esquema conceptual do programa de Sociologia do 12.º ano [21] 6.2 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES TEMÁTICAS As unidades temáticas e os subtemas que as constituem são apresentados, a seguir, de forma mais detalhada. Unidade Temática 1: O trabalho nas sociedades contemporâneas A unidade temática 1 – O Trabalho nas Sociedades Contemporâneas – pretende dotar os alunos de instrumentos conceptuais que lhes permitam compreender e avaliar a importância da organização da vida económica na estruturação das sociedades, em particular da sociedade timorense. Esta compreensão integra a análise dos aspetos que, ao nível micro-social, suportam os distintos modos de organização económica, realçando a importância que as diversas formas de trabalho humano possuem em todas elas. Esta unidade temática deverá permitir que os alunos identifiquem e compreendam as transformações recentes na organização e divisão social do trabalho humano. Estas transformações estão ligadas ao surgimento de novas formas de economia e de organização da produção, com reflexos nas relações sociais, em particular nas relações entre homens e mulheres e entre a família e o trabalho. Em Timor-Leste, estes temas são especialmente pertinentes tendo em atenção o estatuto da mulher e as alterações nas funções económicas e sociais das famílias que acompanham a modernização da sociedade timorense. Subtema 1 – A importância do trabalho em diferentes sociedades Conteúdos O que é o trabalho? Trabalho remunerado e não remunerado. Trabalho na atualidade. O declínio da importância do trabalho. Metas de aprendizagem Reconhece as dificuldades na definição do conceito de trabalho. Distingue formas de trabalho remunerado de não remunerado. Identifica as principais transformações que o trabalho sofre na atualidade no contexto do mundo globalizado. Reconhece formas de desvalorização do trabalho remunerado. Discute a possibilidade da diminuição da importância do trabalho na atualidade e discute os principais fatores que conduzem ao seu declínio. Atividades práticas Análise crítica de pequenos textos centrados na discussão do conceito de trabalho. Análise de indicadores que permitam analisar a importância do trabalho remunerado em diferentes economias. Recurso às experiências pessoais dos alunos para problematizar as diferenças entre trabalho remunerado e não-remunerado. Subtema 2 – Formas de organização social do trabalho Conteúdos O trabalho artesanal. A divisão do trabalho. Taylorismo e Fordismo. Limitações das teorias modernas. A transformação do trabalho. Pós-fordismo e produção flexível. Trabalho e organização social. Metas de aprendizagem Atividades práticas Identifica as principais caraterísticas do trabalho artesanal. Reconhece as principais alterações na organização do trabalho com o surgimento da industrialização. Reconhece e distingue a importância do Taylorismo e do Fordismo no desenvolvimento das sociedades modernas. Identifica as principais críticas surgidas às teorias modernas e aos seus efeitos na sociedade. Reconhece as principais transformações na organização do trabalho no mundo global. Análise crítica de pequenos textos centrados na organização dominante do trabalho em diferentes períodos e sociedades. Recurso a imagens e registos audiovisuais para analisar as transformações ocorridas na organização do trabalho e na sociedade com o surgimento do Taylorismo e do Fordismo. Recurso a notícias na imprensa para analisar e compreender as alterações na organização do [22] Reconhece as principais caraterísticas da organização pós-fordista e discute as suas implicações para a sociedade. Discute a inter-relação entre diferentes formas de organização do trabalho e a organização social. trabalho na atualidade. Subtema 3 – Género e participação no mercado de trabalho Conteúdos As noções de sexo e de género. As mulheres e o trabalho. A evolução e o crescimento da participação das mulheres na vida pública. Género e desigualdades no trabalho. Segregação horizontal. Desigualdade salarial. Segregação vertical. Metas de aprendizagem Reconhece e distingue os conceitos de sexo e género. Identifica formas distintas de aceitação e integração da mulher no trabalho remunerado e não remunerado. Reconhece o percurso que conduziu ao aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho em termos internacionais. Avalia a situação diferencial de homens e mulheres no mercado de trabalho. Identifica os conceitos de segregação horizontal, desigualdade salarial e segregação vertical como expressão das diferenças de género no mercado de trabalho. Atividades práticas Análise crítica de pequenos textos centrados na discussão dos conceitos de sexo e género. Recurso a indicadores que permitam analisar a participação das mulheres no trabalho remunerado em diferentes economias. Recurso às experiências pessoais de mulheres timorenses para compreender as potenciais dificuldades de integração no mercado de trabalho. Subtema 4 – O trabalho e a família Conteúdos A divisão doméstica do trabalho. A ligação entre trabalho e família. Políticas laborais de apoio à família. Metas de aprendizagem Distingue entre trabalho doméstico, realizado na esfera privada, e trabalho na esfera pública. Reconhece diferenças de género na divisão social de papéis na família e no trabalho. Identifica formas de conflito e de complementaridade na relação entre trabalhofamília Identifica diferentes políticas de apoio à família distinguindo entre o papel do estado e das organizações em geral. Discute os efeitos destas políticas na sociedade, identificando os seus benefícios e potenciais problemas. [23] Atividades práticas Análise crítica de pequenos textos centrados no tema da relação entre trabalho e família. Análise de indicadores que permitam compreender distintas formas de divisão social do trabalho na esfera doméstica em diferentes sociedades. Recurso às experiências pessoais dos alunos para compreender diferentes interações entre trabalho e família. Unidade Temática 2: Educação e formação A abordagem da unidade temática 2 – Educação e Formação – tem como propósito conduzir os alunos a identificarem e consciencializarem o papel decisivo da educação escolar no desenvolvimento e bem-estar económico, social, cultural e político da sociedade timorense. Este objetivo pressupõe a análise crítica da relação entre a educação escolar, mobilidade social e desigualdades sociais e a compreensão do lugar que a educação escolar ocupa na socialização dos seres humanos, no seu desenvolvimento individual e no desenvolvimento das comunidades locais. Por outro lado, torna-se, também, importante valorizar, aos olhos dos alunos, os conhecimentos tecnológicos locais e tradicionais em comparação com o conhecimento tecnológico dominante, os dois complementando-se na resolução dos problemas sociais e económicos com os quais as comunidades locais e a sociedade timorense, como um todo, se confrontam na atualidade. Subtema 1 – Educação e igualdade de oportunidades Conteúdos Metas de aprendizagem Perspetivas sobre a educação, a mobilidade social e as desigualdades. Os défices socioculturais: Bernstein e os códigos linguísticos. A diferença provocada pela escola. O capital cultural e a sua transformação em desigualdades sociais (Bourdieu). Escola, instituições escolares e sociedade. Reconhece o papel contraditório que a educação escolar pode assumir na mobilidade social, e, ao mesmo tempo, na estratificação das sociedades. Conhece as principais ideias das teorias sociológicas criadas para interpretar a relação complexa entre a educação escolar e desigualdades sociais. Reconhece o papel importante da escola na organização e funcionamento das sociedades, em particular da sociedade timorense. Atividades práticas Análise de textos sobre o papel da educação escolar no aprofundamento das desigualdades sociais nos países em desenvolvimento. Elaboração de um pequeno estudo sobre a origem sociocultural dos alunos na turma (preparação coletiva e aplicação de um pequeno questionário). Recolha de informação na imprensa sobre a importância da educação escolar para a organização e funcionamento da sociedade timorense. Subtema 2 – Diferentes formas de organização do sistema escolar Conteúdos A expansão da escola nas sociedades. Massificação e democratização. Educação e formação de adultos. Diferentes exemplos de organização. Europa. América. Ásia. Organização do sistema educativo em Timor-Leste. Metas de aprendizagem Atividades práticas Reconhece a expansão da escola e da educação escolar nas sociedades e a importância da sua massificação/democratização para a mobilidade e o bem-estar social. Reconhece a importância da educação e formação de adultos para o desenvolvimento das comunidades locais e das sociedades. Identifica diferentes formas de organização dos sistemas educativos em várias zonas do mundo. Conhece os principais elementos da organização do sistema educativo em Timor-Leste. Análise de textos sobre a expansão da escola e da educação escolar nas sociedades. Recolha de informação sobre a educação de adultos (alfabetização de homens e mulheres) em Timor-Leste. Análise de documentos sobre a organização dos sistemas educativos na Europa, na América e na Ásia. Recolha de informação em documentos oficiais sobre a organização do sistema educativo em Timor-Leste. [24] Subtema 3 – Educação, conhecimento e desenvolvimento pessoal e social Conteúdos Metas de aprendizagem O papel da educação na socialização. Educação escolar no desenvolvimento cognitivo, moral e social. Educação escolar no desenvolvimento das comunidades locais e da sociedade. Educação não formal. Reconhece o papel determinante da educação escolar na socialização dos seres humanos. Reconhece a importância do papel da educação escolar no desenvolvimento pessoal do ser humano. Avalia os efeitos da educação escolar no desenvolvimento, na consciencialização e no bem-estar das comunidades locais e da sociedade timorense. Atividades práticas Elaboração de textos pelos alunos sobre o papel da educação na sua socialização e desenvolvimento pessoal. Recolha de informação junto da comunidade sobre as perceções dos seus membros, a propósito da importância e do valor social e cultural da escola na sociedade timorense. Subtema 4 – Educação, economia e sociedade do conhecimento Conteúdos Ligação entre educação e economia. Os saberes científicos e os saberes tradicionais. Os conhecimentos tecnológicos dominantes e locais. Educação e novas tecnologias da informação e da comunicação. Metas de aprendizagem Avalia o papel da educação escolar no desenvolvimento económico de TimorLeste. Distingue o saber científico dos saberes tradicionais. Conhece a importância dos saberes e conhecimentos locais para o desenvolvimento social e económico de Timor-Leste. Avalia o contributo importante das novas tecnologias da informação e da comunicação para a educação escolar. [25] Atividades práticas Recolha de textos na imprensa sobre os efeitos da educação escolar no desenvolvimento económico de Timor-Leste. Recolha de informação sobre saberes tradicionais no âmbito do uso de conhecimentos e tecnologias locais. Desenvolvimento de experiências sobre o acesso a informação na internet centrada em temas científicos. Unidade Temática 3: Governo e Política A abordagem da unidade temática 3 – Governo e Política – tem como propósito iniciar os alunos ao conhecimento sobre as formas de organização e instrumentos políticos que os países definem para tomar decisões coletivas, dirigidas à sociedade como um todo. Esta iniciação inclui o estudo do conceito de Estado e análise dos principais elementos que estão na base da sua existência, tomando como principal exemplo a construção do Estado em Timor-Leste. Mas, para clarificar melhor este conjunto de aspetos, torna-se fundamental compreender que os diversos tipos de Estado são a expressão das ideias existentes em cada sociedade sobre as formas como os cidadãos devem participar na vida e nas decisões políticas. As diferentes modalidades de organização dos Estados refletem opções por determinados regimes políticos, tais como, por exemplo, regimes democráticos, não democráticos (totalitários) ou mistos (autoritários). Mas estas opções surgem, também, condicionadas por fatores externos ligados às influências exercidas nas políticas nacionais pelas instituições e organismos internacionais. Subtema 1 – O Conceito de Estado Conteúdos O nascimento do Estado-Nação nos países ocidentais. A construção do Estado nos novos países: o exemplo de Timor-Leste. Definições do conceito de Estado. O Estado moderno: Elementos. A Antropologia e a questão do Estado: A organização política das sociedades ‘tradicionais’. Metas de aprendizagem Atividades práticas Conhece os principais fatores que deram origem ao nascimento do Estado-Nação nos países ocidentais Conhece os diferentes fatores e problemas que vão surgindo na construção do Estado-Nação em Timor-Leste Reconhece as diferenças existentes entre as várias definições do conceito de Estado. Identifica os principais elementos do Estado moderno. Reconhece a complexidade da organização política das sociedades ‘tradicionais’, comparando-a com a organização do Estado. Análise de textos sobre o nascimento do Estado-Nação nos países ocidentais. Análise de documentos históricos e contemporâneos sobre a constituição do Estado em Timor-Leste. Análise de textos antropológicos sobre a organização política das comunidades locais em Timor-Leste. Organização de visitas a organismos públicos e governamentais de Timor-Leste (recolha de informação, entrevistas, etc.). Subtema 2 – Tipos de sistemas políticos Conteúdos Os regimes democráticos. Os regimes não democráticos: Regimes totalitários e Regimes autoritários. Sistemas de governo. Metas de aprendizagem Atividades práticas Conhece as principais diferenças entre os regimes democráticos e não democráticos. Distingue as principais características que diferenciam os regimes totalitários dos regimes autoritários. Identifica os principais sistemas contemporâneos de governo existentes em diversas sociedades ocidentais e não ocidentais. Análise de textos sobre as diferenças entre os regimes democráticos e não democráticos. Recolha de informação, na biblioteca da escola, sobre os regimes totalitários, os regimes autoritários e os regimes democráticos. Análise de documentos históricos contemporâneos sobre a formação do Estado em Timor-Leste. [26] Subtema 3 – Estado-Nação e identidade nacional Conteúdos Conceito de identidade nacional. Identidade nacional e nacionalismo. Relações entre países com diferentes níveis de desenvolvimento. Metas de aprendizagem Define o conceito de identidade nacional. Distingue o conceito de identidade nacional do conceito de nacionalismo. Reconhece a importância do conceito de identidade nacional para a afirmação da soberania dos países em desenvolvimento, usando Timor-Leste como referência. Atividades práticas Análise de textos sobre o conceito de identidade aplicado à realidade timorense. Recolha de informação sobre o tema da identidade nacional, através da realização de entrevistas a responsáveis políticos locais. Subtema 4 – As organizações internacionais e a sua influência nas políticas nacionais Conteúdos Conceito de transnacionalidade. Tipos de transnacionalidade. Metas de aprendizagem Conhece o conceito de transnacionalidade e os seus limites na análise da realidade política dos países, incluindo o exemplo de Timor-Leste. Identifica os diferentes tipos de transnacionalidade. Atividades práticas Análise de textos sobre a transnacionalidade e o uso do conceito em países com diferentes níveis de desenvolvimento. Visita de estudo a representações de instituições internacionais em Timor-Leste. [27] SOCIOLOGIA | 12.º ANO 7. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS As estratégias de ensino e de aprendizagem a desenvolver compreendem, tendo por referência as tradições locais, a exposição teórica dos diversos pontos do programa. No entanto, as orientações metodológicas preveem um ensino centrado no aluno. Pretende-se estimular o desenvolvimento de trabalhos de aplicação e de reflexão dos conteúdos programáticos. Para tal, sugere-se a análise e discussão de textos individuais ou em grupo e a recolha e tratamento de diversos materiais. Pretende-se incentivar a curiosidade e o gosto dos alunos por trabalhos de aplicação, ao mesmo tempo que se espera que estes trabalhos sirvam para facilitar a sua motivação para aceder a conhecimentos mais teóricos e abstratos que desenvolvam o seu pensamento sobre a realidade social. Deste modo, sugere-se que, após a exposição de conteúdos pelo professor, se recorra à análise e discussão, individualmente ou em grupo, de textos sobre a sociedade timorense e de outros textos pertinentes para a compreensão dos temas lecionados. O professor pode, igualmente, assumir um papel ativo na preparação, com cada aluno ou grupos de alunos, da recolha e tratamento de diversos materiais e documentos que podem surgir como exemplos, ou casos ilustrativos, dos conteúdos que estão a ser ensinados e trabalhados nas aulas. O papel do professor, neste âmbito, será o de estimular o interesse dos alunos pelas problemáticas em análise e de orientar o estudo e a compreensão das matérias lecionadas. Assim sendo, para que o papel do professor seja cabalmente cumprido é fundamental que não se limite ou se concentre maioritariamente na exposição dos conteúdos programáticos aos alunos. O trabalho de reflexão individual e de postura crítica do aluno deve ser estimulado. Para tal sugere-se que, a partir da análise e interpretação crítica de textos, se estimule a exposição ou divulgação de opiniões pessoais críticas devidamente fundamentadas. Assim como devem ser utilizadas práticas de procura autónoma de conhecimento através do estímulo à recolha bibliográfica ou à procura de materiais capazes de suscitar a reflexão sobre os conteúdos do programa nos mais diversos registos (incluindo, por exemplo, imagens ou histórias orais). Aliás, incentivar os alunos, em grupo e individualmente, a refletirem sobre os conteúdos que estão a aprender, e a construir uma postura crítica sobre esses mesmos conhecimentos e a sua importância para a compreensão das realidades da sociedade timorense, constitui um dos melhores contributos para o seu sucesso na disciplina de Sociologia. Neste sentido, sugere-se que, a partir da análise e interpretação crítica de textos, se estimule a exposição e trocas de opiniões pessoais críticas, devidamente fundamentadas. Assim como devem ser utilizadas práticas de autonomização das aprendizagens, esta autonomização pode ser promovida com base na procura, em grupo e individual, de informação nos recursos bibliográficos da escola e de outras instituições públicas. Mas pode também ser promovida através da responsabilização dos alunos pela recolha de materiais e outros documentos (por exemplo, imagens) existentes nas comunidades locais, incluindo a recolha de informação sobre experiências de vida (por exemplo, histórias orais) e outras experiências sociais, económicas e políticas. A participação dos alunos nas aulas deve ser estimulada e valorizada para que a partilha de experiências possa permitir relacionar e problematizar as questões sociais referidas no programa com a realidade social em que se inserem. Assim sendo, apesar de o professor ter o papel de transmissão de conhecimentos, as aulas deverão assumir um cariz essencialmente prático. Deverá ser dada primazia ao trabalho em grupo, não sendo, no entanto, de ignorar a importância da aprendizagem individual. [28] Em resumo, para além da transmissão de conhecimentos pelo professor, os incentivos à participação dos alunos nas aulas e à troca de opiniões e partilha de experiências valoriza-os como pessoas e membros de uma comunidade e da sociedade timorense. Por outro lado, também permitem problematizar e, mais facilmente, relacionar os conteúdos abordados no programa com a realidade social, política e económica em que se inserem. Assim sendo, apesar de o professor desempenhar um papel central na aula ao transmitir conhecimentos, as aulas podem assumir um cariz essencialmente prático. Desta forma, é possível valorizar muito o trabalho em grupo, não sendo, no entanto, de ignorar a importância da aprendizagem individual. 8. RECURSOS DIDÁTICOS Os recursos didáticos necessários para o apoio aos professores e alunos nesta disciplina dependem do que já existe nas escolas e, em alguns casos, podem ser partilhados com as outras disciplinas que fazem parte dos dois percursos curriculares. Em termos mínimos, seria importante que professores e alunos pudessem dispor de uma pequena secção de biblioteca com um conjunto de livros e documentos de divulgação da Sociologia e da Antropologia Social e Cultural, de alguma documentação publicada por organismos internacionais (OCDE, ONU, UNESCO, etc.) bem como de alguma imprensa timorense. É importante, igualmente, que um pequeno espaço fosse disponibilizado nas escolas para a recolha de objetos tradicionais da cultura timorense (recolhidos pelos professores e alunos). Por fim, embora não se trate de uma necessidade urgente, o apoio didático de alguns recursos multimédia (televisão, gravador CD) seria pertinente para tornar o ensino e a aprendizagem na disciplina mais motivador. 9. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS Tendo por base as orientações metodológicas sugeridas, bem como as metas de aprendizagem propostas no programa, procura-se, neste ano letivo, promover uma participação ativa dos alunos nas aprendizagens, embora se conceda, igualmente, um espaço importante para a intervenção do professor. Neste contexto, a avaliação é assumida no programa como um diagnóstico de aprendizagem e de intervenção do professor no desenvolvimento cognitivo, afetivo, cultural e social dos alunos. Em sintonia com esta proposta, a avaliação deverá ser formativa e contínua, combinando a participação dos alunos nas atividades que lhe são propostas com a realização de dois pequenos testes de conhecimento por trimestre. Este tipo de avaliação pressupõe que os professores mantenham um registo periódico e atualizado dos progressos dos alunos. Os professores podem utilizar estes registos para informar os alunos, periodicamente, sobre os seus melhores avanços e maiores dificuldades nas aprendizagens. No final de cada trimestre os professores devem elaborar uma informação qualitativa sintética e resumida sobre a situação de cada aluno ao nível dos desempenhos na aprendizagem. [29] 10. BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA Almeida, J. (1995). Introdução à Sociologia. Lisboa: Universidade Aberta. Trata-se de um manual de Sociologia escrito numa linguagem acessível e de fácil compreensão. A sua consulta é particularmente importante para os primeiros temas do programa de Sociologia do 10º ano de Timor-Leste. O autor reflete neste manual sobre o surgimento da Sociologia e a sua ligação com outras áreas das Ciências Sociais. Amâncio, L. (1998). Masculino e Feminino: A construção social da diferença (2ª ed.). Porto: Afrontamento. Neste livro, a autora apresenta os conceitos de sexo e género e a forma como este último tem evoluído no contexto da Psicologia Social. Trata-se de uma obra de referência neste domínio. A linguagem não é a mais acessível, implicando o conhecimento de alguns conceitos ‘mais técnicos’ antes da sua leitura. Será um bom elemento para aprofundamento sobre as relações de género e a sua evolução. Andrade, A., & Moinhos, R. (2009). Sociologia. Lisboa: Plátano Editora. Trata-se de uma obra de iniciação à Sociologia escrita numa linguagem acessível e de fácil compreensão. Pode fazer parte da bibliografia complementar de apoio aos professores na preparação das aulas. Todos os capítulos da obra são importantes para um primeiro contacto ou aprofundamento dos diferentes temas que integram o corpo de conhecimentos já existentes na sociologia. Baudoin, J. (2000). Introdução à Sociologia Política. Lisboa: Editorial Estampa. Trata-se de um livro, de tipo manual de iniciação à Sociologia Política, no qual o autor fornece uma síntese interpretativa sobre as principais correntes desta disciplina. Com base nestas correntes, o autor analisa os regimes políticos ocidentais, a noção de Estado nas sociedades ‘modernas’ e ‘tradicionais’, e, ainda, apresenta as várias perspectivas e modelos analíticos de avaliação das políticas públicas. A obra está escrita numa linguagem acessível e de fácil compreensão. Bourdieu, P., & Passeron, J.-C. (s.d.). A Reprodução: Elementos para uma Teoria do Sistema de Ensino (Tradução de C. Perdigão Gomes da Silva). Lisboa: Ed. Vega. Trata-se de um livro de base para a compreensão do papel da escola na reprodução das desigualdades sociais. O livro explica como é que as diferenças no capital cultural adquirido nas famílias, em função da sua posição na estratificação social, se transformam em desigualdades sociais através dos mecanismos de eliminação e selecção social desenvolvidos pela escola (em especial através da pedagogia). A linguagem usada no livro é, por vezes, complexa, e pode causar problemas de compreensão. Mas os diferentes estudos nele contidos são importantes para a análise do papel da escola na estratificação social. Brym, R., & Lie, J. (2007). Sociology: Your compass for a new world (3rd ed.). Belmont: Thomson. Trata-se de um manual de Sociologia desenvolvido para alunos do secundário e divulgado um pouco por todo o mundo. A sua linguagem é simples e adequada a alunos neste nível de ensino. Aborda todos os temas definidos para o programa de Sociologia do 10º ano de Timor-Leste. CAVR (2005). Chega! Relatório da Comissão de Acolhimento, Verdade e Reconciliação de Timor-Leste. Resumo Executivo. Díli: Comissão de Acolhimento Verdade e Reconciliação. Este relatório constitui o resultado do trabalho da Comissão de Acolhimento, Verdade e Reconciliação de Timor-Leste. Explora relatos pessoais de vivências recentes de timorenses e constitui um importante documento histórico e sociológico. Pode ser utilizado pelos professores para desenvolver trabalhos de cariz mais prático com os alunos. [30] Centeno, R., & Ivo C. (2001). Uma lulik Timur. Casa Sagrada de Oriente. Porto: FLUP. É um estudo importante para a compreensão e análise da cultura timorense, em particular do papel real e simbólico da casa sagrada – Uma lulik – na vida das comunidades timorenses. A casa sagrada representa, simbolicamente, a ‘força’ cultural e espiritual do povo timorense. É também o centro dinâmico da vida das comunidades locais e o lugar onde se realizam os rituais comunitários mais importantes. O estudo está escrito numa linguagem compreensível. Cinatti, R. (1987). Motivos artísticos timorenses e a sua integração. Lisboa: Instituto de Investigação Científica e Tropical/Museu de Etnologia. Este livro, ou monografia, é fundamental para a compreensão da cultura ‘tradicional’ timorense. Inclui uma descrição sobre a origem dos diferentes povos timorenses e da sua cultura material. Descreve quase todos os artefactos ‘tradicionais’ usados na vida quotidiana e os símbolos com que são decorados. A monografia contém, também, o registo de algumas tradições orais do povo timorense. A linguagem da monografia é muito acessível e poética. Alguns dos exemplos da cultura timorense são já muito datados, mas continuam a ser fundamentais como ponto comparativo de referência em relação às mudanças contemporâneas ocorridas nessa mesma cultura. Cinatti, R., Almeida, L., & Mendes, S. (1987). Arquitectura timorense. Lisboa: Instituto de Investigação Científica e Tropical/Museu de Etnologia. Este livro é fundamental para a compreensão dos modos de vida e da cultura das diferentes comunidades timorenses. Para além de informações importantes sobre a cultura imaterial de TimorLeste, contém, igualmente, registos importantes da cultura material, em particular das casas sagradas existentes nas várias regiões. Costa, A. F. (1992). O que é a Sociologia. Lisboa: Difusão Cultural. Trata-se de um livro de iniciação à Sociologia que toma como exemplo o caso português. Sendo um livro de iniciação, procura contribuir para a construção de uma Sociologia portuguesa. Neste sentido, constitui uma referência importante para apontar caminhos para a contextualização e construção do saber sociológico em Timor-Leste. É um livro de referência que pode servir de apoio aos professores timorenses na preparação das suas aulas. Está escrito numa linguagem acessível, e apresenta diversos conceitos da Sociologia de uma forma clara e compreensível. Demartis, L. (2006). Compêndio de Sociologia. Lisboa: Edições 70. Trata-se de um livro muito didáctico de iniciação à Sociologia. Pode servir de apoio aos professores de Sociologia na preparação das aulas Todos os capítulos do livro são importantes nessa preparação. Está escrito numa linguagem acessível e compreensível. Domingues, A. M., Barradas, H., Rainha, H., & Neves, I. P. (1986). A teoria de Bernstein em Sociologia da Educação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. O livro debruça-se sobre as teorias de B. Bernstein de Sociologia da Educação, em particular o estudo dos códigos linguísticos na comunicação na família e na escola. Esta ultima está cultural e linguisticamente mais próxima das famílias socialmente favorecidas do que das famílias desfavorecidas. É esta proximidade que constitui uma vantagem escolar e social para os alunos de origem social mais favorecida. A questão do currículo explícito e oculto na escola também constitui um tema importante da Sociologia da Educação de Bernstein. O livro constitui uma referência importante na análise da escola e das desigualdades sociais provocadas pela educação escolar. Duarte, J. (1984). Timor: Ritos e mitos Ataúros. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa. O livro descreve mitos e ritos desenvolvidos em Ataúro, através da análise e interpretação de um antropólogo português. É importante para o desenvolvimento das questões ligadas à cultura. [31] Étienne, J., Bloess, F., Noreck, J.-P., & Roux, J.-P. (1998). Dicionário de Sociologia: As noções, os mecanismos e os autores. Paris: Hatier. Neste dicionário encontram-se a maior parte das entradas para os conceitos usados nas teorias e linguagem sociológica. É uma obra de referência importante para a preparação das aulas pelos professores timorenses. Permite uma consulta rápida dos conceitos que estão a ser trabalhados nas aulas com os alunos. GEP/Ministério da Educação (1992). Estruturas dos sistemas educativos da Comunidade Europeia. Lisboa: GEP/ME. Embora tenha sido publicado em 1992, este relatório do ME português contém informações importantes sobre os sistemas educativos europeus. Permite apoiar a componente do programa de Sociologia relacionada com o sistema educativo timorense. Giddens, A. (2010). Sociologia (8ª ed.). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Trata-se de um dos manuais de Sociologia mais populares e conhecidos ao nível internacional. Todos os seus capítulos são importantes como apoio à preparação das aulas de Sociologia. Está escrito numa linguagem acessível. Apresenta as teorias e conceitos sociológicos de uma forma clara, compreensível e precisa. É importante que, na medida do possível, cada escola tenha um exemplar deste manual na sua biblioteca escolar para ser consultado não só pelos professores, mas, também, pelos alunos. Hartman, H. I., & Reskin, B. F. (1986). Women’s work men’s work. Washington DC: National Academy Press. O livro procura refletir sobre a inserção da mulher no mercado de trabalho nas economias desenvolvidas do ocidente. É particularmente relevante para a análise das questões relacionadas com os papéis sociais de homens e mulheres na sociedade. No entanto apresenta uma linguagem muito especializada e de difícil acesso. Iturra, R. (1990). Fugirás à escola para trabalhar a terra: Ensaios de Antropologia Social sobre o insucesso escolar. Lisboa: Escher. Este livro trata de questões relacionadas com a distância existente entre a cultura escolar e as concepções e práticas culturais das famílias de origem social popular, e especial o meio rural/camponês. O livro recorre a teorias e conceitos da Sociologia e da Antropologia. É um livro importante para aprofundar a compreensão dos problemas de insucesso escolar, podendo as suas propostas de interpretação ser aplicadas a Timor-Leste. A linguagem do livro é acessível e compreensível. King, V., & William W. (2003). The modern anthropology of Southeast Asia. London: Routledge. Trata-se de um livro que procede a uma apresentação de diferentes teorias e estudos contemporâneos sobre a Antropologia no Sudoeste da ásia. O conjunto de desenvolvimentos teóricos e exemplos empíricos apresentados nas suas páginas constituem uma fonte de inspiração para a Antropologia em Timor-Leste. Marques, R. (1999). Modelos pedagógicos actuais. Lisboa: Plátano Edições Técnicas. O livro descreve os modelos pedagógicos actualmente mais usados. Traça uma visão global desses modelos pedagógicos e da sua influência no ensino e na aprendizagem, em particular na relação professor-aluno. É um livro importante para a análise dos problemas pedagógicos no sistema educativo timorense. A sua linguagem é muito acessível [32] Martin, H-P., & Schumann, H. (2000). A armadilha da globalização, o assalto à democracia e ao bemestar social. Lisboa: Terramar. Trata-se de uma obra que analisa o fenómeno da globalização de uma forma muito crítica, e especialmente as desigualdades entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento que este fenómeno provoca. O livro é importante para o apoio aos temas do programa curricular sobre a globalização e o seu impacto em Timor-Leste. Rilley, V. (2009). Husi Bei Ala Timor Sira Nia Liman: From the Hands of our ancestors – arts and crafts from Timor Leste. Arena Magazine, 10. Trata-se de um livro que desenvolve um conjunto de análises sobre a arte popular e ‘tradicional’ em Timor-Leste. Os exemplos que contém constituem um apoio importante para o desenvolvimento da componente de Antropologia no Programa curricular de Sociologia. Estes exemplos podem ser usados pelos professores para preparação das aulas. Riviére, C. (2008). Introdução à Antropologia. Lisboa: Edições 70. É um livro de iniciação à Antropologia, escrito numa linguagem acessível. É especialmente importante para um primeiro contacto com os principais criadores das teorias antropológicas, em especial na Antropologia Social e Cultural. Também é importante para um primeiro contacto com as questões relacionadas com as estruturas de parentesco. Este livro poderia fazer parte das bibliotecas escolares timorenses, não só para consulta dos professores, mas, igualmente, dos alunos. Stiglitz, J. (2002). Globalização, a grande desilusão. Lisboa: Terramar. Trata-se de um livro de um economista, Prémio Nobel (e antigo vice-presidente do Banco Mundial), que tem demonstrado muito interesse pelas questões sobre as desigualdades sociais as desigualdades entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, provocadas pela globalização. Neste livro, apresenta-se um conjunto muito pertinente de informações sobre a globalização, ao mesmo tempo que dela faz um balanço crítico. Stiglitz, J. (2007). Making globalization work. London: Penguin Books. Trata-se de um livro que tem um conjunto importante de informações muito úteis para o conhecimento e compreensão do fenómeno da globalização. Propõe, além disso, um conjunto de soluções para fazer funcionar a globalização de uma forma mais justa, principalmente no que respeita às relações entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. [33]