Descobrimento do Brasil

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 Descobrimento do Brasil Tirando partido da sua tradição náutica, do desenvolvimento da ciência e da situação geográfica, os portugueses reuniam as condições ideais para serem os grandes pioneiros da expansão marítima. Sob a coordenação do Infante Dom Henrique, a expansão portuguesa iniciou‐se no reinado de Dom João I com a conquista de Ceuta em 1415. Ceuta era um importante ponto estratégico na passagem do Mediterrâneo para o Atlântico assim como um significativo entreposto comercial onde chegavam especiarias, ouro e escravos. Em 1434, após várias tentativas falhadas, Gil Eanes dobra o Cabo Bojador, um dos marcos mais importantes da expansão portuguesa. Segue‐se um período em que o monopólio do comércio da costa africana é arrendado ao mercador Fernão Gomes ficando este com a obrigação de descobrir anualmente cem léguas de costa. Até 1475 os portugueses ficam a conhecer todo o golfo da Guiné até ao Cabo de Santa Catarina. Durante o reinado de Dom João II, a exploração da costa ocidental africana prosseguiu. Em 1488, Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança. A Índia seria a etapa seguinte. Mas os portugueses não estavam sozinhos nesta aventura. Entretanto, também a Espanha se envolvera na exploração ultramarina e a disputa do comércio na costa africana agravou a rivalidade luso‐
castelhana. Inicia‐se então um longo processo negocial entre os dois países. Em 1479, ainda em vida de Dom Afonso V, Portugal e os Reis Católicos de Espanha negoceiam o Tratado de Alcáçovas. Os dois países aceitam a existência de um paralelo que divide as conquistas a realizar pelos dois reinos. Castela ficaria com os territórios do hemisfério norte e Portugal com os territórios do hemisfério sul. Em 1492, Cristóvão Colombo, ao serviço dos Reis Católicos espanhóis, descobre América. Ao abrigo do Tratado de Alcáçovas, Dom João II reclama para Portugal as terras descobertas por Colombo. Para resolver este conflito, o Papa Alexandre VI, o espanhol, emite apressadamente uma bula, que contém até erros geográficos, propondo a divisão do mundo por uma linha traçada de pólo a pólo que passaria a cem léguas a oeste de Cabo Verde. Dom João II decide negociar directamente com os Reis Católicos e com o Tratado de Tordesilhas, em 1494, consegue que a linha passe a 370 léguas em vez das 100 propostas pelo Papa. Portugal renunciava às Canárias enquanto Castela deixava para Portugal todas as outras ilhas atlânticas e o comércio da costa africana. Com a morte de Dom João II, Dom Manuel I prosseguiu com a política de expansão. Vasco da Gama, comandante da frota que iria descobrir o caminho marítimo para a Índia, parte de Lisboa em 1497. Quando chegou a Calecute no ano seguinte, Vasco da Gama foi recebido pelo Samorim local mas as conversações foram difíceis e acabaram mesmo em ruptura. Tomando conhecimento destas dificuldades, D.Manuel I nomeou Pedro Álvares Cabral comandante de uma armada suficientemente poderosa para impor a soberania portuguesa na Índia. A armada partiu de Lisboa e rumando para sudoeste avistou a costa brasileira em 22 de abril de 1500. Pedro Álvares Cabral desembarcou tomando posse da terra descoberta em nome de Dom Manuel I e a que deu o nome de Terra de Vera Cruz. A viagem de Cabral prosseguiu rumo à Índia. Em 1519, Fernão de Magalhães, ao serviço de Espanha, abre novas rotas entre Europa e América ao iniciar a viagem de circumnavegação do mundo. A economia passou então a desenvolver‐se à escala mundial. 
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