10/01/2008 CETESB flagra indústrias clandestinas de galvanoplastia de bijuterias Ação para combater a clandestinidade envolve vários órgãos do município Imprima esta página Nos últimos quinze dias, a Agência Ambiental de Limeira da CETESB identificou e autuou quatro estabelecimentos que realizavam galvanoplastia de bijuterias clandestinamente, armazenando e lançando na rede de esgotos produtos altamente tóxicos. As ações para conter o avanço da informalidade nesse ramo de atividade estão sendo feitas em conjunto com a Delegacia Seccional de Polícia, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Corpo de Bombeiros. A última ação realizada com sucesso foi nesta terça-feira (08/01), a partir de denúncia feita pela população. “Um grande problema que estamos enfrentando na indústria de bijuterias de Limeira é a clandestinidade. Até pouco tempo, a principal atividade clandestina do setor era a montagem de bijuterias em pequenas residências e fundos de quintais, o que não provocava sérios problemas ambientais. Mas infelizmente a clandestinidade passou a acontecer com pequenas empresas de banhos químicos de galvanoplastia, que se instalam em pequenas áreas e são totalmente irregulares, com o agravante de trabalharem e armazenarem produtos químicos perigosos como sais de cianeto, ácidos nítrico e sulfúrico, além de lançarem efluentes líquidos sem tratamento nas redes de esgotos”, explica Adilson Rossini, gerente da Agência Ambiental de Limeira. “É importante frisar”, continua Rossini, “que a questão ambiental é apenas uma pequena causa da clandestinidade, informalidade. As causas mais importantes são: sonegação de impostos, falta de registros de funcionários , não pagamento de encargos sociais, não regularização de autorizações de uso de produtos químicos pelo Ministério do Exército, e Polícias Federal e Civil. Em resumo, uma pequena indústria que não é regularizada pode prestar serviços de galvanoplastia de bijuterias por um preço muito mais competitivo, pois deixa de ter todos esses custos computados”. A CETESB, por meio da agência local, vem atuando no combate a estas indústrias de duas formas: atendendo as denúncias feitas pela população e realizando inspeções e autuações por falta de licença. Segundo Rossini, as ações de controle e prevenção (P+L) à poluição feitas pela CETESB ao longo do tempo também têm trazido bons resultados. “Atualmente, temos cadastradas na CETESB 180 indústrias com processos galvânicos dotadas de sistemas de tratamento e devidamente licenciadas. A regularização ambiental desse tipo de indústria não é complicada e o tratamento dos efluentes líquidos tem tecnologia amplamente difundida, não representando grandes custos”, afirma o gerente. file:///C|/Users/Al/Desktop/noticentro/2008/01/10_galvano.htm[28/12/2010 16:09:10] Os estabelecimentos procediam à galvanoplastia de bijuterias clandestinamente. O próprio setor e os órgãos envolvidos no assunto têm procurado uma melhor forma de resolver o problema da clandestinidade, realizando reuniões na Câmara Municipal, com a presença da Promotoria Pública e Prefeitura Municipal, visando ações para conter o avanço da informalidade. “Essas ocorrências demonstram a necessidade de iniciarmos, em breve, a III fase do Projeto P+L, além de continuarmos com o nosso trabalho de fiscalização e orientação técnica voltada aos empresários do setor” concluiu Rossini. Texto Valéria Duarte Fotografia Agência Ambiental de Limeira file:///C|/Users/Al/Desktop/noticentro/2008/01/10_galvano.htm[28/12/2010 16:09:10]