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Organelas e estruturas encontradas na célula de protozoários
Membrana plasmática
As membranas plasmáticas dos protozoários apresentam estrutura e funções similares àquelas das
células de animais superiores, funcionando como uma barreira seletiva entre o citoplasma e o meio
externo, estando estrutural e funcionalmente associadas à motilidade e à nutrição desses organismos.
Alguns protozoários possuem uma camada externa às suas membranas celulares denominada de
cutícula que é suficientemente rígida para garantir a forma e a integridade da célula, como acontece nos
tripanossomas e em Giardia lamblia. Contudo, esses organismos podem se torcer e se dobrar ao se
movimentarem em seus ambientes.
Citoplasma
Na maioria dos protozoários o citoplasma é diferenciado em ectoplasma (camada externa e
transparente) e endoplasma (camada interna contendo as organelas). A estrutura do citoplasma é mais
facilmente vista nas espécies que emitem pseudópodos, como as amebas.
De modo geral, as células dos protozoários contêm as organelas típicas das células eucarióticas.
Contudo, existem espécies que apresentam estruturas especializadas próprias e espécies nas quais
organelas como mitocôndrias e complexo de Golgi estão ausentes. As organelas dos protozoários são
mais ou menos semelhantes entre as diversas espécies conquanto haja diferenças que podem ser
observadas ao microscópio óptico ou exclusivamente ao microscópio eletrônico.
Retículo endoplasmático
O retículo endoplasmático liso e o retículo endoplasmático rugoso estão presentes nos protozoários, o
primeiro envolvido com a síntese de esteróides e o segundo com a síntese de proteínas.
Complexo de Golgi
O complexo de Golgi é anexo ao retículo endoplasmático e está envolvido com a síntese de carboidratos
e à condensação da secreção protéica. Essa organela é bem desenvolvida nos flagelados, reduzida nos
ciliados e ausente nas amebas e no gênero Giardia.
Mitocôndrias
As mitocôndrias dos protozoários apresentam estrutura e funções similares àquelas das células de
animais superiores, sendo a sede da respiração celular. Essas organelas possuem DNA, RNA e
ribossomos de estrutura análoga aos dos procariotos. A maioria dos protozoários possuem mitocôndrias;
os tripanossomas possuem uma mitocôndria única, com uma região rica em DNA, denominada de
cinetoplasto; nos parasitas Trichomonas vaginalis, Giardia lamblia e nas espécies de Entamoeba, as
mitocôndrias estão ausentes.
Plastídios
Quando presentes, pigmentos fotossintéticos estão contidos em organelas membranosas denominadas
de plastídios que apresentam estrutura e funções similares aos cloroplastos das células vegetais. Todos
os plastídios contêm DNA, RNA e ribossomos de estrutura análoga aos dos procariotos.
Vacúolos contráteis
Protozoários que vivem em ambiente aquático com concentração de íons menor do que a encontrada no
citoplasma gradualmente absorvem água. Para evitar a lise da célula e para a regulação do conteúdo de
água em seu interior, muitas espécies de protozoários apresentam no citoplasma bolsas membranosas
denominadas de vacúolos contráteis ou pulsáteis. Essas vesículas absorvem o excesso de água,
fundem-se à membrana plasmática e eliminam periodicamente seu conteúdo para o meio externo.
Nas amebas e flagelados, o vacúolo contrátil é formado pela fusão de vesículas menores. Nos ciliados,
além da absorção de água por osmose ocorre a ingestão forçada de água através do citóstoma. Nesses
organismos, o vacúolo contrátil é alimentado por um sistema de canais que são, por sua vez,
alimentados por um complexo de vesículas e microtúbulos.
Vacúolos digestivos
Protozoários heterotróficos apresentam bolsas membranosas transitórias denominadas de vacúolos
digestivos. O número dessas vesículas varia de acordo com a espécie e hábitos alimentares do
organismo. Nos ciliados, os vacúolos digestivos se formam na base da citofaringe enquanto que em
outros grupos essas vesículas se formam próximo do sítio da ingestão do alimento.
Microtúbulos e citoesqueleto
No interior das células dos protozoários, proteínas estruturais de vários tipos formam o citoesqueleto e
os apêndices de locomoção tais como flagelos e cílios. Estas incluem microfilamentos contráteis de
actina e microtúbulos cilíndricos formados por tubulina.
Os microtúbulos são importantes para a manutenção da estrutura e morfologia celulares, para a
formação de pseudópodos e são responsáveis pela estrutura e funcionamento de cílios e flagelos.
Flagelos e cílios
Os flagelos são estruturas permanentes de locomoção dos flagelados e de algumas espécies de amebas
durante alguns estágios de seu ciclo vital. O número de flagelos varia conforme a espécie. Por exemplo,
os flagelados do gênero Trypanosoma possuem um único flagelo, enquanto que, o parasita intestinal
Giardia lamblia possui quatro ou mais flagelos.
Os cílios são estruturas de locomoção dos ciliados e ocorrem em grandes números sobre a superfície
celular desses organismos, gerando grandes velocidades de deslocamento no ambiente aquático.
Flagelos e cílios originam-se nos corpúsculos basais - cinetossomos - no interior da célula, que
funcionam como base de inserção e de movimento.
Núcleo
Os núcleos das células dos protozoários têm estrutura e funções similares aos das células animais e
vegetais, sendo delimitados por um envoltório membranoso duplo que apresenta inúmeros poros
constituindo canais para o intercâmbio de material entre o nucleoplasma e o citoplasma.
O número de núcleos presentes nas células dos protozoários varia conforme a espécie ou grupo; muitas
espécies são multinucleadas como a Entamoeba coli e a Entamoeba histolytica. O material genético está
organizado em cromossomos lineares de estrutura similar aos das células animais e vegetais.
A maioria dos ciliados têm dois tipos de núcleos: os macronúcleos e os micronúcleos. Os primeiros estão
associados com o controle das atividade vegetativas dos organismos e os segundos com a reprodução.
Quase todos os protozoários contêm pelo menos um micronúcleo. Os macronúcleos variam em
morfologia; em algumas espécies têm a aparência de contas de um colar e em outras assemelham-se a
uma ferradura. Os macronúcleos geralmente se desintegram durante a reprodução sexuada sendo
recomposto após a fase sexual ter-se completado.
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