Método das Boquinhas Nome da Tecnologia: Método das Boquinhas

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Método das Boquinhas
Renata Jardini CRFa: 4028-SP - CRFa: 2025/PJ - CNPJ: 09.508.047/0001-35
Nome da Tecnologia: Método das Boquinhas
Área: Alfabetização
Etapa de Ensino: anos iniciais, de Educação Infantil até 5° ano do Ensino Fundamental.
1- Objetivos
1-1-
Capacitar o professor a conhecer o processo esperado de aquisição da leitura e escrita,
incluindo os pré-requisitos do sistema funcional da linguagem.
1-2-
Capacitar o professor a conhecer o desenvolvimento da consciência fonológica e
fonêmica, favorecedor da conversão fonema/grafema e suas implicações na
aprendizagem da leitura e escrita.
1-3-
Capacitar o professor a compreender os princípios do sistema alfabético da língua
portuguesa, viabilizado pela ferramenta articulatória – Boquinhas, propiciando
alfabetização dos alunos.
1-4-
Capacitar o professor a compreender o processo de elaboração e compreensão textual,
tornando-o acessível aos anos iniciais de aquisição da leitura e escrita.
1-5-
Capacitar o professor a compreender os desequilíbrios do processo de aquisição da
leitura e escrita, com noções básicas sobre falhas do processo normal de aquisição e
patologias de leitura e escrita.
1-6-
Capacitar o professor a elaborar estratégias preventivas e mediadoras, para preparar,
treinar e reabilitar, de maneira pedagógica, os desequilíbrios, com bases na ferramenta
articulatória - Boquinhas.
2- Justificativa da Importância da Tecnologia
A alfabetização brasileira tem sido alvo de expectativas e frustrações quando contempla apenas
parcialmente o seu papel junto à sociedade, que é o de formar cidadãos capazes de atuar no mundo
letrado, extraindo e contribuindo para seu crescimento. Os baixos índices apontados no IDEB
refletem lacunas, que devem ser abordadas de maneira consciente e assertiva em que o olhar sobre
metodologias de aquisição da leitura e escrita e seus pré-requisitos ocupam lugar de destaque.
Não se concebe o desconhecimento e desinformação por parte dos educadores sobre os processos
naturais e indispensáveis de aquisição da leitura e escrita, incluindo os pré-requisitos do sistema
funcional da linguagem e os componentes fônicos e articulatórios pertinentes à alfabetização. Em
consequência dessa lacuna, vê-se o crescimento desordenado de encaminhamentos às clínicas de
aprendizagem de todo e qualquer fracasso escolar, por vezes associando-o a uma patologização do
ensino de maneira incomensurável. Faz-se imperiosa a informação básica, dentro dos âmbitos
pedagógicos, sobre os desequilíbrios da aquisição da leitura e escrita, bem como maneiras práticas de
preparo e intervenção, favorecendo, desta forma, a inclusão pedagógica de qualquer aluno, desde que
se assegure a aprendizagem.
A contribuição que o trabalho aqui apresentado pode oferecer vem respaldada nos resultados a
que se propõem. Isso pode ser visto por meio do interesse emergente da classe de educadores
descontentes de suas práticas pedagógicas atuais e que não vem encontrando na literatura disponível,
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algo que faça sentido e dê respaldo à necessária obtenção de resultados, conferindo-lhes em resgate
na sua autoestima, bem como segurança em ensinar. Paralelamente, pais vêm reforçar a procura pelo
método aqui proposto, na intenção de finalizar processos educacionais defasados, o que deveria ser
atributo da escola. Com isso, o Método das Boquinhas vem criando adeptos nos inúmeros cursos
ministrados na rede particular e pública de ensino comum, bem como escolas especiais de todo país,
além dos educadores e clínicos autodidatas que fazem uso de seus livros e materiais.
A justificativa da apresentação desse projeto é de proporcionar à rede nacional de ensino o
conhecimento do Método das Boquinhas, a ser utilizado em salas de aula, com todos os tipos de
alunos, para preparar, habilitar e reabilitar a leitura e escrita. A proposta tanto pode abranger a
capacitação presencial pela autora do método, como por meio de seus Multiplicadores, que
oferecerão tutoria presencial e supervisão à implantação e implementação do trabalho, de maneira
presencial e/ou à distância. O trabalho se respalda com a utilização dos livros e materiais
desenvolvidos sobre o Método das Boquinhas.
3- Fundamentação Teórica
O Método Fonovisuoarticulatório, carinhosamente apelidado de Método das Boquinhas,
utiliza-se além das estratégias fônicas (fonema/som) e visuais (grafema/letra), as articulatórias
(articulema/Boquinhas). Seu desenvolvimento foi alicerçado na Fonoaudiologia, em parceria com a
Pedagogia, que o sustenta, sendo indicado para alfabetizar quaisquer crianças e reabilitar os
distúrbios da leitura e escrita. Parte das reflexões deste método foi proporcionada pelo contato com o
“Programa de Mejoramiento de la Calidad y Equidad de la Educación” (MECE) – “Programa das
900 Escolas”, desenvolvido no Chile desde 1990, indicado pela UNESCO e estendido a outros países
(Guttman, 1993). Sua fundamentação encontra-se igualmente nos estudos de Dewey (1938),
Vygotsky (1984, 1989), Ferreiro (1986), Watson (1994), entre outros, cujas idéias são resumidas
numa percepção holística frente à alfabetização, tendo a visão da linguagem – em especial a fala -,
como ponto focal da aprendizagem.
O ponto de partida do ser humano na aquisição de conhecimentos reside na boca, que produz
sons – fonemas, que são transformados em fala, meio de comunicação inerente ao ser humano. Para
aquisição da leitura e escrita é necessário que os fonemas sejam decodificados/codificados em letras
(grafemas), e isso requer mediação sistemática. A maneira mais eficaz dessa aquisição é propiciada
pela compreensão do processo fônico, trabalhando diretamente nas habilidades de análise
fonológicas (Dominguez, 1994) e consciência fonológica e fonêmica (Capovilla e Capovilla, 2002;
Santos e Navas, 2002), fator primordial e sine qua non no processo de alfabetização (CardosoMartins et al., 2005). Esse processo, relativamente abstrato, deve ser favorecido por meio de
intervenção pedagógica, mas por vezes torna-se incompreensível e dificultoso para alguns
aprendentes e, eventualmente, por alguns educadores.
Assim, acrescentamos os pontos de articulação de cada letra ao ser pronunciada isoladamente
(articulemas, ou Boquinhas), baseados nos princípios da Fonologia Articulatória (FAR), que
preconiza a unidade fonético-fonológica, por excelência, o gesto articulatório (Browman e Goldstein,
1986; 1990; Albano, 2001), favorecendo e simplificando a compreensão do processo de
decodificação, por mecanismos concretos e sinestésicos, isto é, com bases sensoriais. Desta forma, a
aquisição da leitura e escrita passaria de uma aprendizagem puramente fônica, e abstrata, para uma
aprendizagem fonoarticulatória, ou seja, concreta e sensorial, tornando-se acessível a quaisquer tipos
de aprendentes, de maneira simples e segura, pois bastaria uma única ferramenta de trabalho – a
boca.
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Mas não se trata somente de um método de decodificação cinestésico, em que a chave da
aprendizagem reside no movimento da boca, como descrito por Fernald (1943), que usa o traçado
das letras aliado aos sons, enfatizando a memória. Nem somente um método fônico como os
descritos por Hegge, Kirk e Kirk (1936) como fono-grafo-vocal, ou o ITA (Initial Teaching
Alphabet) (Pittman, 1963), ou o VAK (visual-auditivo-cinestésico), apresentado por Gilingham e
Stillman (1973), em que há a associação do som ao nome das letras, usado em programas de
educação especial, principalmente para surdos.
A proposta do Método das Boquinhas aproximou-se da posição teórica rotulada por distintos
autores como "construtivismo" (Bednar et al., 1993), Coll et al. (1990; 1993), Ferreiro (1986),
enquanto define a aprendizagem como um processo ativo no qual o significado se desenvolve sobre a
base da experiência - que aqui se apresenta como a consciência fonoarticulatória (Boquinhas) -, e o
aluno construiria uma representação interna do conhecimento e estaria aberto à troca, uma vez que
todos aprenderiam pela mesma ferramenta, ou seja, a boca. Com esta ferramenta atinge-se
seguramente, e de maneira rápida e eficaz, a conversão fonema/grafema, viabilizando a compreensão
e utilização do princípio alfabético da Língua Portuguesa.
A partir dos passos iniciais da aquisição da leitura e escrita - fator indispensável à
continuidade escolar e regulador de sucesso e manutenção da autoestima -, o Método das Boquinhas
estimula a criança a usar, lidar e pensar a língua escrita a partir da boca. Esse mecanismo a auxiliará,
futuramente, a desenvolver um automonitoramento e outras destrezas metacognitivas importantes
para construir textos significativos, interpretá-los, identificar a informação mais importante,
sintetizar e gerar perguntas (Cooper, 1993). Mas essas aquisições só serão possíveis, a partir da
alfabetização, que confere ao indivíduo igualdade e condições de adaptação ao seu meio.
Os primórdios desse trabalho foram publicados em artigos científicos e apresentados em
Congressos de Fonoaudiologia e Psicopedagogia (Jardini e Vergara, 1997; Jardini e Souza, 2002).
Atualmente a obra Boquinhas conta com sete livros publicados, sendo os dois iniciais,
Fundamentação Teórica (Jardini, 2003, em processo de atualização) e Caderno de Exercícios
(Jardini, 2003; 2008), específico para sanar as trocas de letras e melhorar a qualidade da leitura;
indicado para crianças e adultos já alfabetizados. Um livro de estudos clínicos, Passo a Passo
(Jardini, 2004, 2009), propõe reflexão, análise e tratamento de casos que apresentam dificuldades e
distúrbios de leitura e escrita.
A proposta dos livros Boquinhas na Educação Infantil (aluno e professor) (Jardini e
Gomes, 2007; 2009) é trabalhar com a aquisição da leitura e escrita, em estágios iniciais desse
desenvolvimento, com crianças de 4 a 6 anos, propiciando um trabalho preventivo de aquisição da
linguagem. É fundamental que o educador conheça de maneira simples e prática os sons da fala
(fonemas) e suas respectivas Boquinhas (articulemas), bem como os processos de consciência
fonológica, fonêmica, processamento auditivo e visual, coordenação visuomotora, orientação
visuoespacial e desenvolvimento cognitivo, para que possa promover com segurança o início do
aprendizado da leitura e escrita e, porventura, lidar de maneira pedagógica, com seus desequilíbrios.
Essa abordagem tem contribuído de maneira significativa para que a saúde (incluindo fala, voz e
linguagem geral) dos alunos e educadores se mantenha, sendo observada por melhorias na
autoestima e qualidade de vida, evitando-se desta forma, o excesso de encaminhamentos às clínicas
de aprendizagem, ou seja, a patologização do ensino (Collares e Moysés, 1992;1993; AssêncioFerreira e Parolin, 2009).
A proposta dos livros Alfabetização com Boquinhas (aluno e professor) (Jardini e Gomes,
2005; 2008), oferece aos educadores condições de formalizar o processo de aquisição da leitura e
escrita a partir de pressupostos da fala, tornando a alfabetização simples e possível em curto espaço
de tempo. São abordados todos os aspectos da leitura, bem como produção e interpretação de textos.
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Nesses volumes, o educador encontrará atividades e exercícios para o trabalho pedagógico com
qualquer tipo de crianças, jovens e adultos, visando à aquisição da leitura e escrita.
Recentemente foram lançados Jogos de Boquinhas (Jardini, 2008; 2009), contendo 12 jogos,
como material de apoio aos livros, para utilização em salas de aula, consultórios e/ou domiciliar,
além de Banners e folhas com Etiquetas.
4- Detalhamento da Proposta Metodológica de Implantação e Implementação
A proposta a seguir contemplará duas abordagens, que podem ser complementares ou
excludentes, dependendo do grau de interesse de cada instituição. A intenção das propostas é de
se manter íntegros os princípios do Método das Boquinhas, quando de sua implantação,
oferecendo respaldo e supervisão durante a aplicação, para que os resultados possam condizer
com os mesmos divulgados pela autora, minimizando-se assim, os equívocos e distorções
praticados devido à inexperiência e insegurança.
4-1-
Capacitação presencial com a autora ou Multiplicador do método (16 horas)
Destinada a educadores e profissionais ligados à aprendizagem, por meio de curso
introdutório de 16 horas/aula, concentradas em dois dias de trabalho presencial com a
autora.
Recomenda-se grupos não superiores a 100 alunos.
São oferecidos certificados e apostilas do curso.
Recomenda-se como apoio do trabalho, os 7 livros da autora sobre o Método das
Boquinhas, além dos materiais da Coleção Boquinhas, banners e jogos. Esses
produtos são comercializados à parte e caso haja interesse, a Secretaria de Educação e
os educadores poderão adquirir seus próprios materiais, com descontos especiais.
Abaixo, o conteúdo programático:

1º período:
-
Dificuldades ou distúrbios da leitura e escrita?;
-
Patologias da leitura e escrita;
-
A dislexia e o TDAH;
-
Estratégias para a sala de aula com um disléxico;
-
O erro como ferramenta de trabalho;
-
Distinção entre erros esperados no processo de aquisição e erros patológicos;

2º período:
-
O trabalho integrado entre escola/pais/profissionais;
-
O treino da consciência fonológica/fonêmica/fonoarticulatória;
-
Aquisição do letramento;
-
Hipóteses de escrita segundo Ferreiro e Teberosky;
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-
Rotas de escrita lexical e fonológica;
-
Metodologias de Alfabetização;
-
Análises de escritas.

3º período:
-
Pressupostos teóricos do "Método das Boquinhas";
-
Treino dos articulemas (Boquinhas);
-
Alfabetização segundo os livros de Alfabetização com as Boquinhas;
-
Dificuldades fonológicas e ortográficas;
-
Análises de casos.

4º período:
-
Trocas de letras e sua reabilitação, segundo o Caderno de Exercícios de Boquinhas;
-
Exercícios para desenvolvimento da leitura e escrita;
-
Aquisições gramaticais;
-
Elaboração e interpretação de textos;
-
Discussão de casos.
4-2-
Capacitação presencial com Multiplicador-Tutor de Boquinhas (40 horas)
Destinada a educadores e profissionais ligados à aprendizagem, por meio de curso
introdutório de 40 horas/aula, concentradas em cinco dias de trabalho presencial, ou
distribuídas conforme disponibilidade da instituição, ministrados por MultiplicadoresTutores do Método das Boquinhas, devidamente certificados pela autora. Esses
Multiplicadores estão regionalmente divididos e são designados pela autora.
O formato da apresentação do trabalho é mesclado entre vídeo-aulas com a autora, e
aulas presenciais com o Multiplicador-Tutor, submetidos para discussão,
compreensão e treino do método. As vídeo-aulas são de propriedade da autora do
método e não estarão disponíveis para serem revistas sem a presença do
Multiplicador-Tutor. O conteúdo da capacitação de 40h e das das vídeo-aulas não
segue a mesma sequência temporal da programação do item 4-1 acima, sendo bem
mais detalhado e aprofundado, permitindo aos alunos uma explanação total das
dúvidas, por meio de discussões da prática vivenciada na sala de aula.
Recomenda-se grupos não superiores a 50 alunos.
São oferecidos certificados e apostilas do curso.
Recomenda-se como apoio do trabalho, os 7 livros da autora sobre o Método das
Boquinhas, além dos materiais da Coleção Boquinhas, banners e jogos. Esses
produtos são comercializados à parte e caso haja interesse, a Secretaria de Educação e
os educadores poderão adquirir seus próprios materiais, com descontos especiais.
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4-3-
Supervisão à distância durante a capacitação (opcional)
Durante o trabalho de capacitação presencial (40 horas) o grupo de alunos é
estimulado à aplicação prática do Método, podendo os interessados ser assistidos à
distância, individualmente, via e-mail, pelo Multiplicador-Tutor. O objetivo desse
trabalho à distância é o esclarecimento de dúvidas e suporte socioemocional para a
implementação de Boquinhas, dependendo do interesse de cada aluno. Não se
caracterizará, no entanto, em um curso Ensino à Distância (EAD) nem se utilizará de
plataformas para interatividade entre os participantes. Apenas haverá comunicação do
aluno inscrito com o Multiplicador-Tutor.
Esse trabalho de supervisão, embora opcional, faz parte do trabalho presencial de 40
horas e não incide em custos adicionais ao trabalho.
4-4-
Supervisão e acompanhamento presencial pós capacitação (opcional)
A supervisão e acompanhamento dar-se-á pela presença do Multiplicador-Tutor na
instituição, após conclusão da capacitação e implementação do Método das
Boquinhas, exclusivamente para o grupo que foi capacitado e já implementa o
trabalho, com o objetivo de controlarem-se os resultados, esclarecimento de dúvidas e
possível treino adicional do trabalho.
Esses encontros serão agendados juntamente com os Multiplicadores, conforme
disponibilidade do Multiplicador-Tutor e da instituição e incidem em custo adicional
ao trabalho de capacitação, podendo ser inicialmente mensais e posteriormente
trimestrais, de acordo com o interesse do grupo.
Recomenda-se grupos não superiores a 50 alunos.
Nos encontros de supervisão presencial poderão ser oferecidos novos exercícios
complementares para maiores treinos e fixação, dependendo da necessidade de cada
grupo.
5- Recursos e/ou Infraestrutura necessários
- Sala de aula com cadeiras ;
- Projetor multimídia – datashow;
- Computador;
- Caixa de som e microfone;
- Coffee-breaks a cada duas horas de trabalho;
- Livros de Boquinhas (opcional).
OBS: A apostila do trabalho para cada aluno e o certificado estão incluídos na proposta de
capacitação, porém as vídeo-aulas não estarão disponíveis à instituição sem a presença do
Multiplicador-Tutor.
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6- Impactos Educacionais Esperados
Almeja-se a qualificação deste trabalho como Tecnologia Educacional aprovada pelo MEC
na intenção de contribuir para a qualidade da educação básica pública, com uma abrangência
nacional, uma vez que Boquinhas já vem mostrando sua penetração na rede educacional
brasileira desde 2004, em decorrência do êxito dos primeiros livros.
A grande demanda pelos cursos de capacitação ministrados pela autora se justifica pelo
interesse e facilidade na aplicação do trabalho, por parte do educador, que anseia por resultados
práticos em sala de aula. Esse alto grau de procura tem se dado pelas redes comuns de ensino
fundamental e educação infantil, tanto privadas como municipais e estaduais, em que as
contratações mais comuns são de Secretarias de Educação e Instituições de Ensino Especial,
como APAEs. Como ilustração, a secretaria regional das APAEs do Estado do Paraná sugere que
o Método de Alfabetização utilizado em suas instituições, devido ao grande e positivo resultado
obtido, é o Método das Boquinhas.
Acredita-se que a aceitação ampla e quase que irrestrita por Boquinhas deve-se ao fato da
frustração em que o professor da atualidade vem se deparando, com os baixos resultados
acadêmicos e de aprendizagem obtidos, apesar de esforços de sua parte estar sendo envidados
nesse sentido. As respostas rápidas que Boquinhas oferece, tanto para o educador, como para os
alunos, reflete-se no desempenho acadêmico, ou seja, alfabetização e desenvolvimento da leitura
e escrita de uma grande parcela dos alunos, incluindo os mais difíceis e com necessidades
especiais. Em caráter ilustrativo, muitas escolas Especiais APAEs brasileiras têm incluído seus
alunos na rede comum de ensino após estas crianças terem sido alfabetizadas com Boquinhas.
Em decorrência da aquisição da leitura e escrita de maneira rápida e consistente, o educador
consegue dar prosseguimento à grade curricular naturalmente, colocando em prática seus ideais
com mais segurança e autoconfiança. Inúmeros são os relatos de educadores que restabeleceram
sua autoestima como professores, sentindo-se motivados e interessados em voltar às aulas o mais
rápido possível, para colocar em prática os ensinamentos recém adquiridos com Boquinhas.
A insegurança inicial da implantação é logo dissipada com os resultados atingidos, muito
superiores quando comparados às metodologias anteriormente utilizadas. O comentário mais
frequentemente colocado pelos educadores é o fato de que Boquinhas pode ser utilizado como
metodologia adotada pela escola, de maneira ampla e com todos os recursos disponíveis, ou
apenas uma ferramenta de trabalho, sem se contrapor à metodologia praticada pela escola,
mantendo-se a programação rotineira e Boquinhas apenas serviria para fornecer elementos
concretos de resposta para aqueles que dela necessitarem, principalmente nas salas de recursos
ou contraturnos.
Desta forma, os maiores impactos esperados são atingir os índices IDEB para anos iniciais,
como melhorar os índices nas salas de aula e Municípios que fizerem uso da proposta, incluindo
salas especiais de ensino e grupos de adultos (EJA).
7- Potencial de Disseminação
A disseminação atual de Boquinhas tem sido consolidada pelo trabalho “boca a boca”, ou
seja, quem já conheceu faz a propaganda de seus resultados obtidos após o uso da metodologia,
orgulhando-se disso. O educador sente-se seguro ao perceber a facilidade com que as crianças
aprendem e passa a utilizar-se da ferramenta Boquinhas para ler e escrever. Assim, a cada
capacitação oferecida, outros grupos de interessados são formados, novos contatos são feitos e as
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opiniões e respostas ao trabalho recebidas, por meio eletrônico (site) e pessoais, consolidam e
enriquecem o potencial do trabalho.
Acredita-se que a disseminação dá-se facilmente pela maneira inversa com a qual é
propagada dentro da escola, ou seja, o educador é quem pede para aprender Boquinhas que não
lhe é imposta pela coordenação ou o Município. Esse fato torna-o coautor dos resultados que
promove, uma vez que foi ele próprio quem “escolheu” a metodologia a ser aplicada, podendo
modificá-la, incrementá-la e estudá-la, na intenção de mostrar suas competências. Esse
mecanismo é, por sua vez, retroalimentador da disseminação, tanto para o educador, como para
os aprendentes. Este fato é consolidado no resgate da autoestima como educador, como já
ressaltado anteriormente.
Acrescido a isso, destaca-se ao educador a aquisição de novas competências, no caso a
ferramenta Boquinha para a conversão fonema/grafema, capacitando-o a lidar pedagogicamente
com as dificuldades da leitura e escrita de maneira mais segura, conseguindo recuperá-las com
estratégias acadêmicas. Com isso, pode reconhecer os reais distúrbios da leitura e escrita, que
serão encaminhados à avaliação e atendimento especializado. Essas competências estreitam os
laços entre as áreas afins, favorecendo a comunicação, aumentando a parceria e contribuindo
para a minimização da patologização do ensino.
8- Sistemática de Acompanhamento e Avaliação
Com os resultados e a intenção de tornar Boquinhas como uma Tecnologia Educacional,
viabiliza-se o trabalho do grupo de Multiplicadores-Tutores de Boquinhas, profissionais
qualificados pela autora por meio de cursos de extensão, treinamentos e supervisões regulares,
espalhados por todo território nacional, para serem disseminadores oficiais do Método, além da
própria autora.
A preocupação em certificarem-se Multiplicadores para capacitar e oferecer tutoria presencial
e à distância aos educadores tem sido no sentido de se evitar a disseminação equivocada e
porventura sem exatidão da metodologia, podendo incorrer em erros e falsas aprendizagens.
Além disso, o trabalho dos Multiplicadores pode contribuir para aumentar a confiança e
segurança no educador, que lidará com o novo, podendo naturalmente sentir-se inseguro e
despreparado para enfrentar novos desafios, encontrando no Multiplicador as respostas para
enfrentar o dia a dia da sala de aula.
Os modelos da proposta atual oferecidos são (vide item 4):
- capacitação presencial pela autora;
- capacitação de educadores pelo sistema de filmes da autora discutidos presencialmente
pelos Multiplicadores-Tutores;
- assistência via e-mail pelos Multiplicadores-Tutores;
- supervisões, acompanhamento e avaliações presenciais pelos Multiplicadores-Tutores.
Como avaliação dos resultados de Boquinhas, almeja-se, informalmente, a melhoria na
qualidade de fala dos alunos, bem como na qualidade vocal do professor, uma vez que se trata de
metodologia multissensorial, de caráter articulatória. Os resultados do trabalho poderão ser
controlados com os índices de desempenho acadêmicos individuais e coletivos, que somarão
pontos ao IDEB municipal, estadual e nacional.
Com isso, acredita-se que os encaminhamentos aos setores de saúde clínicos,
fonoaudiológicos e psicopedagógicos, ligados à área educacional fiquem restritos aos reais
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distúrbios da aprendizagem, que segundo índices de descritores e manuais (CID-10 e DSM-IV)
estão entre 3 a 5% da população. Atualmente vimos encaminhamentos muito superiores a essa
cifra que oneram o sistema, acumulam-se e muitos deles deveriam ser atribuídos à prática
educacional, que por motivos diversos, atualmente está aquém de oferecer resultados
potencialmente possíveis de nossos alunos.
9- Outros dados e Informações necessários para a Compreensão e Avaliação da Tecnologia
Educacional
Acredita-se que os Municípios e Instituições que já receberam a capacitação presencial com a
autora e que aplicam a metodologia são os referenciais maiores de avaliar-se a Tecnologia
proposta. Assim, segue-se uma lista das cidades capacitadas, que pode ser mais profundamente
pesquisada pelo site www.metododasboquinhas.com.br
Cidades (e região) que receberam a capacitação Alfabetização pelo Método das
Boquinhas (16 horas), com público médio de 60 pessoas, de 2006 a 2012
(em ordem cronológica de efetivação da capacitação, por Estado, atualizado até 31/10/2012)
1- Estado de São Paulo:
- Araraquara – cursos abertos – (vários cursos);
- Taquaritinga – Escolas particulares;
- Santa Lúcia – Secretaria da Educação;
- Itápolis – APAE e Secretaria da Educação;
- Ribeirão Bonito – Secretaria da Educação (vários cursos);
- São Paulo – CRDA – (vários cursos);
- São Paulo – Colégios particulares ( vários cursos);
- Motuca – Secretaria da Educação (vários cursos);
- Dourado - Secretaria da Educação;
- Matão – APAE – (vários cursos);
- Matão – Escolas particulares – (vários cursos);
- Franca - Secretaria da Educação;
- Franco da Rocha – Escola particular;
- Santa Ernestina - Secretaria da Educação – (vários cursos);
- São Carlos – Clínica particular;
- Campinas – Colégios particulares (vários cursos);
- Catanduva - Secretaria da Educação;
- Bauru- curso aberto e Secretaria da Educação;
- Jundiaí- Escola particular;
- Barretos – Clínica particular;
- Sorocaba – Cefac (vários cursos);
- Guará – Secretaria da Educação e IESNA;
- Martinópolis - IESNA ;
- Fartura/SP – Secretaria da Educação.
- Ribeirão Preto - Secretaria da Educação;
- Barra Bonita - Secretaria de Educação;
- Cajamar - Secretaria da Educação;
- Cerqueira César - Secretaria da Educação;
- Iaras - Secretaria da Educação;
- Águas de Santa Bárbara - Secretaria da Educação;
- Adamantina – curso aberto;
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- Valparaíso – Secretaria da Educação;
- Novo Horizonte – Faculdade Particular e Secretaria da Educação;
- São Bernardo do Campo - curso aberto;
- Santos - curso aberto;
- Presidente Bernardes - curso aberto;
- Monte Azul Paulista - curso aberto;
2- Estado do Paraná:
- Londrina – Cefac, Clínicas e colégios particulares(vários cursos);
- Sertaneja - Secretaria da Educação (vários cursos);
- Cornélio Procópio - Secretaria da Educação;
- Joaquim Távora - Secretaria da Educação;
- Santo Antônio da Platina – APAEs ;
- Foz do Iguaçu – NSE – ;
- Cascavel – Clínica particular e APAE;
- Corbélia - Secretaria da Educação;
- Faxinal - Secretaria da Educação;
- Apucarana – NSE e Secretaria da Educação (vários cursos);
- Arapongas – NSE , APAE e Clínica particular (vários cursos);
- Jaguapitã – APAE;
- Siqueira Campos – APAE;
- Maringá – Cefac, APAE e Secretaria da Educação (vários cursos);
- Astorga – APAE;
- Altônia - Secretaria da Educação;
- Rolândia - Secretaria da Educação (vários cursos);
- Mandaguaçu - Secretaria da Educação; (vários cursos)
- Ribeirão do Pinhal - Secretaria da Educação;
- Dois Vizinhos – Secretaria da Educação e APAE;
- Nova Esperança – Senac;
- Viamão – Secretaria de Educação;
- Sengés - Secretaria de Educação (vários cursos);
- Mariluz - Secretaria de Educação;
- Santa Izabel do Oeste - Secretaria de Educação;
- Roncador – Secretaria de Educação;
- Pinhalão – Secretaria da Educação;
- São Jorge d’Oeste - Secretaria da Educação;
- Conselheiro Mairinck - Secretaria da Educação;
- Ivaiporã - Secretaria da Educação;
- Cambará - Secretaria da Educação;
- Sertaneja- Secretaria da Educação;
- São João do Ivaí- Secretaria da Educação(vários cursos);
- Sertanópolis - Secretaria da Educação;
- Mandaguari - Secretaria da Educação;
- Jaguariaiva – Apae:
- Jaboti – Secretaria da Educação;
- Santo Antônio do Sudoeste - Secretaria da Educação;
- Chiador- Secretaria da Educação;
- Piên- Secretaria da Educação;
- Eneas Marques – Secretaria da Educação;
- Ampere – Secretaria da Educação;
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Rua Maurílio Luiz Vieira, 5-62 - Bauru/SP – CEP: 17060-560 - Tel.: (14) 3206.2541
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Método das Boquinhas
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- Pérola do Oeste – Secretaria da Educação;
- Pinhal de São Bento – Secretaria da Educação;
- Capanema– Secretaria da Educação;
- Serranópolis do Iguaçu– Secretaria da Educação;
- Medianeira– Secretaria da Educação;
- Salgado Filho– Secretaria da Educação;
- Manfrinópolis– Secretaria da Educação;
- Mauá da Serra - Secretaria da Educação;
- Imbaú – APAE;
- São João– APAE;
- Bom Sucesso – APAE;
- Vitorino– APAE;
- Saudades do Iguaçu – APAE;
- Clevelândia – APAE;
- Sulina – APAE;
- Itapejara do Oeste – APAE;
- Paranaguá – APAE;
- Jundiaí do Sul - Secretaria da Educação;
- Antonina – APAE;
- Matinhos – APAE;
- Guaratuba – APAE;
3- Estado do Rio Grande do Sul:
- Porto Alegre – Curso aberto (vários cursos);
- Caxias do Sul – curso aberto (vários cursos);
- Passo Fundo – curso aberto(vários cursos);
- Viamão - Secretaria da Educação;
- Capivari do Sul - Secretaria da Educação;
- Palmares do Sul - Secretaria da Educação;
- Montenegro – curso aberto;
- Tramandaí– curso aberto;
- Novo Hamburgo – curso aberto;
4- Estado do Mato Grosso:
- Tangará da Serra – APAE e Sec. Educação (vários cursos)
- Campo Novo do Parecis - Secretaria da Educação;
- Sapezal – Secretaria da Educação(vários cursos);
5- Estado do Mato Grosso do Sul:
- Nova Andradina – IESNA – (vários cursos);
- Angélica - IESNA;
- Novo Horizonte do Sul - IESNA ;
- Campo Grande – Clínica particular (vários cursos);
6- Estado de Goiás:
- Goiânia – Clínica e escolas particulares (vários cursos);
- Caldas Novas – Escola Particular e Secretaria da Educação;
7- Estado de Tocantins:
- Palmas - Secretaria da Educação;
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Método das Boquinhas
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8- Estado do Rio de Janeiro:
- Rio de Janeiro – Cefac, curso aberto;
- Petrópolis- Clínica particular;
- Mangaratiba - Secretaria da Educação;
- Sapucaia- Secretaria da Educação;
- Niterói – curso aberto;
9- Estado de Minas Gerais:
- Poços de Caldas – Clínica particular;
- Juiz de Fora – Clinica particular;(vários cursos);
- Unaí – Secretaria de Educação e APAE;
- Belo Horizonte – curso aberto (vários cursos) e Escolas particulares;
- Pedro Leopoldo – Clínica particular e APAE;
- Vespasiano – Secretaria de Educação;
- Itabira – Secretaria de Educação;
- Ipatinga- Apae;
- Chiador - Secretaria da Educação;
- Sabará – escola particular;
- Santa Maria do Itabira- Secretaria daEducação;
- Betim – Escola Particular;
10- Estado da Paraíba:
- João Pessoa – APAE;
- Campina Grande – APAE;
11- Estado da Bahia:
- Salvador – Clínica particular;
12 – Distrito Federal:
- Brasília – curso aberto;
- Taguatinga do Sul - Secretaria da Educação;
- Águas Claras – Escola Particular;
13 - Estado de Santa Catarina:
- Blumenau;
14– Rondônia:
- Vilhena- curso aberto;
15– Ceará:
- Fortaleza – curso aberto;
16– Portugal:
-Lisboa.
Totais de envolvidos estimados até 2012 (em média):
16 estados, 270 cursos, 16.200 educadores, 486.000 crianças.
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Método das Boquinhas
Renata Jardini CRFa: 4028-SP - CRFa: 2025/PJ - CNPJ: 09.508.047/0001-35
Listagem dos aparatos que compõem a Coleção Boquinhas
- 1 livro – Método das Boquinhas: Fundamentação Teórica e Distúrbios da Leitura e Escrita;
- 1 livro – Método das Boquinhas: Caderno de Exercícios;
- 1 livro – Passo a Passo da Intervenção com Boquinhas;
- 1 livro – Alfabetização com Boquinhas – ALUNO;
- 1 livro – Alfabetização com Boquinhas – PROFESSOR com CD;
- 1 livro – Boquinhas no Desenvolvimento Infantil – ALUNO com CD;
- 1 livro – Boquinhas no Desenvolvimento Infantil – PROFESSOR;
- 2 livros – A Magia das Boquinhas (infantil);
- 1 livro – EJA: Alfabetizando e Letrando com Boquinhas;
- 24 Banners individuais (cartazes) de Boquinhas;
- 1 Banner único de lona com todas Boquinhas;
- 1 folha de etiquetas autoadesivas de Boquinhas;
- 1 jogo – Lince de Boquinhas;
- 1 jogo – Caça Palavras;
- 1 jogo – Dominó de Vogais;
- 1 jogo - Dominó de Rimas;
- 1 jogo – Dominó de Surdas/Sonoras;
- 1 jogo – Dominó de Sílabas Complexas;
- 1 jogo – Loto de Vogais;
- 1 jogo – Loto de Consoantes e Categorias Semânticas;
- 1 jogo – Memória de Letra Inicial;
- 1 jogo – Memória de Sílaba Inicial;
- 1 jogo – REMATA;
- 1 jogo – Boca-Certa;
- 1 jogo – Troca-Bocas;
- 1 DVD – DEMO com a autora, de cerca de 1 hora explicando sucintamente o Método e seus
materiais e livros.
Renata Savastano Ribeiro Jardini – CRFa: 4028
13
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www.metododasboquinhas.com.br
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