Apostila SIMPEQuinho-6 - IQ

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12º SIMPÓSIO DE PROFISSIONAIS
DO ENSINO DE QUÍMICA
Instituto de Química – UNICAMP
8 e 9 de novembro de 2013
RESUMOS DE TRABALHOS DOS PARTICIPANTES
MATERIAL DE APOIO DAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
Organização:
Coordenação:
Adriana Vitorino Rossi
Acacia Adriana Salomão
Martha Maria Andreotti Favaro
Rita de Cássia Zacardi Souza
Equipe e colaboradores:
Alexandre A. Dias Barbieri
André Luís Camargo
Bruna Cristina Jorge
Débora Penteado Forchetti
Fernando Henrique G. Pinto
Filipe Modesto
Guilherme de Souza Tavares de Morais
Gustavo Konyi Costa
Gustavo Giraldi Shimamoto
Ivan Mariano Araújo
Iveraldo Rodrigues
Leandro Trindade Pinto
Maria Paula Nogueira de Carvalho
Michele Cândida dos Santos
Moacir Soares da Cruz
Nelson Aparecido Correa
Rafael Henrique Medeiros
Rafael Luis Ribessi
Rafael Mesquita Bezerra
Renata Dias Francisco
Rennan Pimentel de Souza
Verônica Pizzolatto Duarte Novo
Wagner William Machado
Willian Leonardo Gomes da Silva
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
Editorial
Após 13 anos com 12 edições do SIMPEQ (e seis SIMPEQuinhos), os
eventos acontecem de forma harmoniosa com as atividades de todos que se
envolvem em sua realização. A coordenação compartilhada com as super
competentes Acácia Adriana Salomão, Martha Maria Andreotti Favaro e Rita de
Cássia Z. de Souza divide esforços e multiplica os esforços para organizar
atividades focadas no aproveitamento de potencialidades de nossa equipe para o
atendimento das expectativas dos participantes. Nem a troca de data, eventualidade
traumática decorrente de programações inesperadas de outras atividades oficiais
para professores de escolas públicas, como aconteceu neste ano, prejudica nossos
propósitos e as complicações são superadas com criatividade e otimismo.
SIMPEQ e SIMPEQuinho constam na lista de eventos da Divisão de Ensino
da Sociedade Brasileira de Química. Desde 2004, a Regional Campinas da
Sociedade Brasileira de Química também apóia o SIMPEQ com verbas para
organização. Nossos eventos recebem financiamento da CAPES, integrando o
projeto institucional da UNICAMP do programa Novos Talentos pelo segundo ano.
São apoiados desde 2007 pela KosmoScience, com empresários químicos e
educadores, egressos do IQ-UNICAMP, parceiros de iniciativas voltadas para a
educação. O Serviço de Apoio ao Estudante, SAE-UNICAMP, contribui verbas do
Programa de Apoio a Projetos Institucionais voltadas para os estudantes de
graduação e pós-graduação que formam a equipe de trabalho, os SIMPEQuetes.
Por fim, é indispensável destacar o apoio pleno e irrestrito da Diretoria do IQUNICAMP que institucionaliza a realização do SIMPEQ e do SIMPEQuinho.
Em 2013, aos professores e estudantes de graduação e pós-graduação,
juntam-se bolsistas (licenciandos e supervisores que são professores de escolas
públicas) do PIBID, Programa Institucional de Bolsa de Incentivo à Docência, da
CAPES como participantes do SIMPEQ. Vai se expandindo um grupo diversificado e
atuante que se dedica ao Ensino de Química, o que só deve favorecer o futuro.
Acreditamos cada vez mais na parceria com cada professor, graduando, pósgraduando e estudante do ensino médio em grupos mais e mais motivados e
inspiradores. Para vocês, todos os nossos esforços são recompensadores.
Para vocês, aqui está o 12° SIMPEQ!
Adriana Vitorino Rossi
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
Agradecimentos:
☺ A toda equipe que viabilizou a edição 2013, com criatividade, seriedade e
gentileza. Todo sucesso é mérito delas e deles!
☺ A você vindo de perto ou muito longe, para quem nos esforçamos em organizar o
SIMPEQ e o SIMPEQuinho.
☺ À CAPES – Programa Novos Talentos, cujo financiamento viabilizou esta edição
do SIMPEQ e SIMPEQuinho de 2013.
☺ À Kosmoscience, em especial ao seu diretor Douglas Terci, pelo apoio efetivo e
constante que patrocina o SIMPEQ e o SIMPEQuinho.
☺ À Diretoria da Regional Campinas da Sociedade Brasileira de Química pelo
apoio financeiro e brindes.
☺ Ao Serviço de Apoio ao Estudante SAE-UNICAMP pelas bolsas para os
estudantes da equipe organizadora do SIMPEQ e SIMPEQuinho.
☺ Aos funcionários do IQ André, Iveraldo, Manoel, Moacir, Paula e Rafael. Cada
um, com o trabalho dedicado em sua função ajudou o SIMPEQ acontecer em 2013.
☺ Aos Professores Doutores Maria Eunice Ribeiro Marcondes (GEPEQ/IQ-USP) e
Carla Beatriz Grespan Bottoli (DQA/IQ-UNICAMP) e José de Alencar Simoni
(DFQ/IQ-UNICAMP), pelas atividades conduzidas com a competência e a
sensibilidade indispensáveis para ensinar Química.
☺ À Doutora Daniela Brotto Lopes Terci (Kosmoscience) autora da proposta
experimental desenvolvida com os participantes do SIMPEQuinho.
☺ Jadinéia L. Leite, Josilene F. Oliveira, Jozimara A. Oliveira, Josimara C.C.
Oliveira e André C. Oliveira, autores do trabalho “Bingo Periódico: alternativa para o
conhecimento dos elementos químicos no ensino médio”, apresentado no II
Workshop de Ensino de Química de Roraima, outubro/2013, Boa Vista – RR, que
inspiraram a Surpresa com Química do SIMPEQuinho.
☺ A todos que direta ou indiretamente colaboraram para a realização desse evento.
Financiamento e Apoio:
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
i
Programação
Sexta-feira - dia 08 de novembro (Auditório do Instituto de Química)
18h:30
Recepção e Entrega de Materiais
19h:00
Abertura
19h:30
Palestra de abertura: “Conceitos Químicos - a complexa tarefa de
construir significados”
Profa. Dra. Maria Eunice Ribeiro Marcondes GEPEQ, IQ-USP.
21h:00
Café
21h:30
Dinâmica: "Experimentação e construção de significados”
Profa. Dra. Maria Eunice Ribeiro Marcondes GEPEQ, IQ-USP.
Sábado – dia 09 de novembro (ponto de encontro: Auditório do IQ)
8h:30–17h
8h:30
Exposição de painéis com trabalhos
SIMPEQ: Experimentação nos laboratórios do IQ-UNICAMP
Laboratórios de Ensino do Bloco F.
Atividade A:
“Escurecer e limpar objetos de Prata”
Profa. Dra. Carla Beatriz Grespan Bottoli, IQ-UNICAMP
Atividade B:
“Química para determinar a espessura do papel alumínio”
Prof. Dr. José de Alencar Simoni, IQ-UNICAMP
Experimentação discutida e compartilhada
Horário
08:30 – 10:15
10:45 – 12:30
Grupo 1
Atividade A
Atividade B
Grupo 2
Atividade B
Atividade A
8h:30
SIMPEQuinho: Perfume e sorvete: tudo com Química sim!!!
12h:30
Almoço
14h:00
SIMPEQ:
“Vivências da sala de aula na voz dos professores”
Professores Participantes do SIMPEQ
Apresentação de Trabalhos e Debates
14h:00
SIMPEQuinho:
Apresentação de trabalhos dos participantes do SIMPEQuinho
Café
15h:30
16h:00
SIMPEQ:
"Sobre a inserção de novas práticas nas aulas de Química"
Professores Participantes do SIMPEQ
Apresentação de Trabalhos e Debates
16h:00
SIMPEQuinho: Surpresa com Química
17h:00
Plenária de Encerramento
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
ii
ÍNDICE DE TRABALHOS DOS PARTICIPANTES DO SIMPEQ
ID
(pág)
Título
1
Aulas práticas contextualizadas e os saberes dos
educandos
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Autores
Aplicação de proposta didática lúdica para
promover o processo de ensino-aprendizado em
atomística
Educação ambiental no ensino de química:
repensando o uso das sacolas plásticas
Determinação do teor sódio em alimentos através
do sal de cozinha: contextualizando a importância
de se aprender estequiometria na escola
Oficina de alimentação: um projeto desenvolvido
em um centro de educação de jovens e adultos
através do PIBID
Experimentação no ensino médio: relato de uma
experiência em laboratório sobre interações
intermoleculares para alunos da segunda série
Oficina de alimentação e saúde com o tema
gordura trans: prós e contras
18 meses como bolsista PIBID: experiências
dentro de uma escola pública de Campinas
Construção
de
um
retículo
cristalino
ecologicamente correto
Como apagar uma vela?
Fábio Costa
Débora de A. P. Forchetti
Sabrina Schirmer
Cheila C. de Oliveira
Débora de A. P. Forchetti
Fábio Costa
Alan F. Xavier
Icimone B. Oliveira
Mateus José dos Santos
Alex Bruno de Carvalho
Lúcia Soares Ferreira
Vinícius Catão de Assis Souza
Vicente G. Oliveira
Silvana M. C. Zanini
Adriana V. Rossi
Diego de Azevedo
Juliana Franco
Márcia P. Zanchetta
Gabriela C. Correa
Silvana M. C. Zanini
Adriana V. Rossi
Vitor S. Silva
Renata U. H. Pereira
Maria I. Z. Bianchi
Renata U. H. Pereira
ÍNDICE DOS AUTORES DOS TRABALHOS DE PARTICIPANTES DO SIMPEQ
ID
(pág)
5, 7
3
4
1
1, 2
6
1, 2
7
3
6
4
6
9
4
9, 10
1
5
7
5
4
8
Autores
Adriana V. Rossi
Alan F. Xavier
Alex Bruno de Carvalho
Cheila C. de Oliveira
Débora de A. P. Forchetti
Diego de Azevedo
Fábio Costa
Gabriela C. Correa
Icimone B. Oliveira
Juliana Franco
Lúcia Soares Ferreira
Márcia P. Zanchetta
Maria I. Z. Bianchi
Mateus José dos Santos
Renata U. H. Pereira
Sabrina Schirmer
Silvana M. C. Zanini
Silvana M. C. Zanini
Vicente G. Oliveira
Vinícius Catão de Assis Souza
Vitor S. Silva
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
1
AULAS PRÁTICAS CONTEXTUALIZADAS E OS SABERES DOS
EDUCANDOS
Fábio Costa1 (PB); Débora de A. P. Forchetti1 (PG, PB); Sabrina Schirmer1 (PB);
Cheila C. de Oliveira2 (PB)
1
2
E. E. “Carlos Gomes”
E.E. “Profa. Celeste Palandi de Mello”
contextualidade, prática, ensino de química
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
Em Conformidade com o projeto pedagógico da E.E. “Carlos Gomes” – Campinas, SP, cujo
tema anual versa sobre Sustentabilidade e a Formação de Cidadãos conscientes e
responsáveis, a disciplina de química buscando aliar seus conteúdos programáticos com o
tema do Projeto, desenvolveu junto a sala da 2ª série do curso técnico integrado com o
Colégio Bento Quirino – Campinas, SP – Fundação Paula Souza, nova dinâmica de aulas
teórico-práticas, com o objetivo de contextualizar aqueles conteúdos programáticos com a
realidade dos educandos. Resgatando assim conhecimentos, valores e vivências familiares,
valorizando-os bem como oferecer explicações cientificas pertinentes com a química
verde.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
As práticas escolhidas foram: elaboração de cremes esfoliantes para peles oleosas e
acnéicas; peles normais e secas; corpo inteiro usando as seguintes substâncias: açúcar,
sumo de limão, óleo vegetal, sal, sabonete líquido, fubá. Também foi elaborada maionese
caseira, utilizando ovos, sal, vinagre e/ou limão e óleo vegetal.
Foram trabalhados os seguintes conteúdos: mistura de substâncias, concentrações de
substâncias, solubilidade, acides e basicidade; determinação do índice de pH das
substâncias. Os resultados serão totalizados após o final do bimestre, pois alguns cremes
só apresentam resultados conclusivos após certo período que varia até 30 dias. O
entusiasmo dos alunos foi imediato e a sala era composta por vinte e seis alunos, divididos
em quatro grupos de trabalho.
CONCLUSÃO
O uso de recursos simples, produtos seguros, produtos biodegradáveis, atingiram
plenamente os objetivos dos PCN quanto às competências e habilidades trabalhadas,
estando também em concordância com os princípios da química verde.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
À Direção e Coordenação da E.E. “Carlos Gomes”, Coordenação da ETEC “Bento Quirino”;
os alunos participantes; Instituto de Química – UNICAMP; Professora Adriana Rossi –
programa SIMPEQ; Diretoria de Ensino – Campinas, LESTE.
REFERÊNCIAS
WOLKE, Robert L. O que Einstein disse ao seu cozinheiro: a ciência na cozinha. – tradução:
Helena
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
2
APLICAÇÃO DE PROPOSTA DIDÁTICA LÚDICA PARA PROMOVER O
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZADO EM ATOMÍSTICA
Débora de A. P. Forchetti (PB, PG); Fábio Costa (PB)
E.E. Carlos Gomes, Campinas
Ensino de Química, Átomo de Bohr, Tabela Periódica
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
No processo de ensino-aprendizado de química se faz necessário ultrapassar os recursos
didáticos como lousa e giz, buscando constantemente novos métodos que promovam a
maior interação dos estudantes e ao mesmo tempo seja desafiador. É nítido o
desenvolvimento do raciocínio na busca de resolver problemas quando uma proposta
desafiadora é feita de maneira organizada e com objetivos definidos.
Para este trabalho, realizado com cerca de 250 estudantes do 1ºano do ensino médio na
escola estadual Carlos Gomes, o objetivo foi a construção do conhecimento através de
desenhos de átomos, seguindo o modelo de Bohr, associando fatores que lhes permitissem
justificar a localização do mesmo na Tabela Periódica.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Os estudantes foram organizados em trio, os quais receberam duas cartas contendo
desenhos de diferentes átomos de Bohr. Através do desenho, o grupo deveria identificar de
qual elemento químico da Tabela Periódica se tratava, aplicando conceitos químicos de
atomística, utilizando diferentes linguagens (desenhos, símbolos químicos, números
atômicos, entre outros). Cada grupos expos suas ideias para a classe desenvolvendo um
senso crítico sobre aquilo que já está pronto, ou seja, localização adequada ou não do
átomo na Tabela Periódica, com sugestões de outras maneiras de distribuição dos mesmos
na Tabela. Em outra etapa foram discutidos quais desenhos representavam metais, ametais,
semi-metais ou gases nobres. Então, um novo estudo foi realizado com as cartas, porém
agora com um nivel de dificuldade maior: provar a formação de moléculas através da
combinação dos átomos representados em cada grupo. Nesta etapa, foi fantástico observar
o entendimento sobre a "necessidade" de ligações químicas.
Ocorreu grande empolgação durante as realizações das atividades e de maneira
descontraída, conteúdos que precisam de uma maior abstração foram estudados com
eficiência.
CONCLUSÃO
Através de atividades simples e bem programadas, conceitos químicos de grande
importância foram desenvolvidos, estabelecendo competências e habilidades conforme as
exigências dos Parâmetros Curriculares do Ensino Médio.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Pereira, C., B.; “Contextualização do ensino de Química através de aulas práticas”, Trabalho
de conclusão de curso, Licenciatura em Química
Agradeçemos a participação dos estudantes, da permição e apoio da diretora Mirian, ao
Instituto de Química da UNICAMP e principalmente à Profa. Dra. Adriana Rossi que está à
frente do Prgrama SIMPEQ.
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
3
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO DE QUÍMICA: REPENSANDO O
USO DAS SACOLAS PLÁSTICAS
Alan F. Xavier1(IC), Icimone B. Oliveira1,2 (PQ)*
1
Universidade Bandeirante Anhanguera, Campus Campo Limpo/SP
2
Universidade Federal de São Paulo, Campus Diadema/SP
* [email protected]
sacolas plásticas; poluição e consciência ambiental; ensino de ciências.
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
As sacolas plásticas utilizadas pelos consumidores e reutilizadas para a adição e descarte
de lixo doméstico têm sido motivo de grandes discussões em todo o planeta.Este trabalho
nasceu a partir do levantamento dos problemas gerados pela utilização de sacolas plásticas
e tem como objetivo o despertar da consciência dos alunos no que diz respeito aos impactos
de suas ações no cotidiano. Este tema foi discutido nas aulas de Química do Ensino Médio
de uma escola pública e de Química Ambiental de um curso de Licenciatura em Química
visando o conteúdo ambiental e também favorecendo uma postura mais reflexiva que os
levem a adotar novos valores e atitudes. Acredita-se que propostas educativas propiciam a
possibilidade de reduzir e amenizar o impacto ambiental. Com os resultados obtidos
verificou-se que o prévio acesso às informações em sala de aula e discussões, influenciou
no comportamento positivo frente ao tema do projeto proposto.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Aplicação de um questionário com 15 questões para estudantes de Licenciatura em Química
e alunos do 3º ano do EM, sobre a utilização das sacolas plásticas e a disposição para
possíveis alternativas à substituição desse costume. Os resultados demonstraram que a
maior parte dos alunos se considera responsável pela qualidade do meio ambiente. A partir
das questões concluiu que parte dos entrevistados não está levando em consideração a
preservação ambiental e sim a comodidade e hábito das compras com uso indiscriminado
de sacolas. No caso da aplicação de uma Lei, os licenciados lidariam muito melhor com a
proibição do uso das sacolas do que os alunos do ensino básico. Entretanto, os dois grupos
concordam que a não gratuidade da sacola plástica inibiria o seu uso. Acredita-se que o
envolvimento dos alunos de ensino médio e superior estimule o aprendizado de
conhecimentos científicos a partir de questões relacionadas à fabricação, uso, descarte e
redução do uso das sacolas. Desta forma, espera-se contribuir com o desenvolvimento do
pensamento critico e da consciência ambiental contribuindo com possíveis mudanças de
atitudes frente aos problemas causados pelo uso de sacolas plásticas.
CONCLUSÃO
Uma das possíveis soluções para este problema ambiental podem ser investimentos em
educação ambiental para minimizar o consumo ou usar sacolas retornáveis. O trabalho
trouxe informações importantes sobre o perfil dos participantes. Os resultados obtidos são
possíveis de serem discutidos em aulas de ciências e química a partir do desenvolvimento
do tema meio ambiente proporcionando reflexões e possíveis mudanças de postura em
relação a real necessidade do uso das sacolas plásticas.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Agradecimento aos alunos participantes que autorizaram.
OLIVEIRA, L.L..et al. Impactos ambientais causados pelas sacolas plásticas: o caso
Campina Grande-PB. Revista de Biologia e Farmácia, vol. 7, nº 1, 2012.
SILVA, M. G. L.; NUNEZ, I. B. Ensino de Química e os temas transversais. Monografia
UFRN, Universidade Rio Grande do Norte, 2007.
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
4
DETERMINAÇÃO DO TEOR SÓDIO EM ALIMENTOS ATRAVÉS DO SAL
DE COZINHA: CONTEXTUALIZANDO A IMPORTÂNCIA DE SE
APRENDER ESTEQUIOMETRIA NA ESCOLA
Mateus José dos Santos (IC)¹; Alex Bruno de Carvalho (IC)¹; Lúcia Soares
Ferreira (PB)²; Vinícius Catão de Assis Souza (PQ)¹
¹ Departamento de Química, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.
² Escola Estadual Santa Rita de Cássia, Viçosa, MG.
Sal de Cozinha, sódio, estequiometria, ensino e aprendizagem
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
O estudo da Química deve favorecer o desenvolvimento de um senso crítico do mundo que
a nossa volta¹. No entanto, quando os conteúdos são trabalhados desconexos da realidade
do aluno, a aprendizagem não acontece de forma efetiva. Os conteúdos químicos ensinados
só se tornam relevantes a medida que se estruturam e se inserem na realidade da Escola².
Logo, se faz necessário que os conteúdos trabalhados nas aulas de Química estabeleçam
uma relação com a realidade na qual o aluno se encontra inserido, de modo que ele possa
construir significados relevantes para a sua vida a partir dos assuntos abordados. Nesse
sentido, o presente trabalho busca abordar a quantidade de sódio presente em alguns
alimentos de baixo valor nutricional, tais como os biscoitos e as guloseimas, e discutir as
implicações dessas quantidades para a saúde humana. O trabalho articulará esse
importante tema com a estequiometria, conteúdo químico já estudado pelos alunos.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
O trabalho em questão foi realizado por bolsistas do PIBID Química, em uma turma da 2º
Série do Ensino Médio de uma Escola de Viçosa (MG). Primeiramente, os alunos tiveram
uma aula expostiva sobre os efeitos ocasionados pelo excesso de sódio no organismo
humano. Durante toda a aula, os alunos discutiram diversas dúvidas referente aos alimentos
que contém sódio e o que pode ser feito para minimizar a quantidade ingerida desta
substância. Em seguida, eles se dividiram em grupos, sendo que cada grupo recebeu a
embalagem de um produto e um formulário a ser preenchido. Este formulário buscava
orientar sobre uma análise detalhada da embalagem. Os alunos utilizaram conceitos de
estequiometria para estabelecer relações com os dados apresentados nos rótulos e
determinar as informações solicitadas no formulário. Foi solicitado aos alunos que
calculassem a quantidade de sal de cozinha correspondente à quantidade de sódio presente
em cada embalagem. Por fim, cada grupo pesou a quantidade de cloreto de sódio
correspondente à quantidade de sódio e montaram cartazes que foram expostos na Escola,
indicando o rótulo e a quantidade de sódio presente nele.
CONCLUSÃO
A referida atividade suscitou importantes reflexões e discussões, favorecendo o
desenvolvimento de uma visão crítica dos alunos a respeito dos alimentos consumidos
diariamente. No final da atividade, percebemos que os alunos se mostraram mais
conscientes em relação à quantidade de sódio que estão ingerindo e, além disso,
compreenderam a importância da estequiometria através desta atividade, estabelecendo
uma relação direta com questões inerentes ao seu cotidiano.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Ao PIBID (CAPES) e aos alunos da 2º Série do Ensino Médio que participaram da atividade.
¹CARDOSO, S. P.; COLINVAUX, D. Explorando a motivação para estudar química. Química
Nova na Escola, São Paulo, n.2, p.401-404, 2000.
²CHASSOT. A. Para que(m) é útil o ensino? 2ª ed. Canoa: Ed. Ulbra, 2004.
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
5
OFICINA DE ALIMENTAÇÃO: UM PROJETO DESENVOLVIDO EM UM
CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ATRAVÉS DO PIBID
Vicente G. Oliveira1 (IC), Silvana M. C. Zanini1,2 (PB), Adriana V. Rossi1 (PQ)
¹ UNICAMP, Campinas-SP; ² C.E.E.J.A. Jeanete A. G. A. Martins, Campinas-SP.
PIBID, EJA, Química dos Alimentos, Informação Nutricional
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
Alimentos de fácil consumo e de altos períodos de prateleira começaram a se tornar
acessíveis a população, e hoje grande parte da alimentação contitui-se de alimentos
industrializados. Encontram-se no mecado produtos muitas vezes desconhecidos pelos
consumidores, que acabam sendo comprados devido a agradáveis propriedades
organolépticas, a embalagem e ao marketing. Pelas regulamentações de cada país,
estipulam-se algumas informações que devem ser fornecidas aos consumidores, como no
caso do Brasil, em que portarias da Anvisa estabelecem itens para compor a tabela de
informação nutricional. Porém, se estas informações não produzirem um significado para o
consumidor, este não poderá optar de forma consciente pelo que está consumindo. Tratar
da qualidade da alimentação fica ainda mais em voga quando tem-se índices alarmantes de
obesidade, principalmente infantil, acarretando nos principais problemas de saúde atuais.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
A oficina consistiu de três partes: a apresentação de fragmentos do documentário "Muito
Além do Peso", uma palestra sobre calorias e nutrientes, e uma atividade em grupo sobre
refeições. Durante a exibição do documentário, fizeram-se interrupções para a discussão
dos aspectos-chave, havendo a participação pró-ativa de alguns alunos. A palestra abordou
o conceito de calorias e como a energia é aproveitada pelo corpo. Mostrou-se os principais
nutrientes e suas funções, compondo a pirâmide alimentar, e com base na energia fornecida
por cada alimentos, mostrou-se o cálculo de calorias total de um alimento. Nesta etapa, os
alunos se surpreenderam com os teores de alguns nutrientes - como carboidratos, lipídios e
sódio - em alimentos como bolachas e refrigerantes. Por fim, a última atividade consistiu na
divisão em três grupos para o cálculo de calorias e nutrientes em distintos tipos de refeições:
uma típica de fast food, uma caseira mesclando produtos naturais e industrializados, e uma
considerada ideal pelos nutricionistas. Para isto foram distribuídas fichas contendo as
informações nutricionais e os alunos empregaram conceitos matemáticos para fazer a
proporção para as porções.
CONCLUSÃO
A oficina possibilitou a interação entre Química, Biologia e Matemática. Por fazer parte do
cotidiano, o tema foi de interesse dos alunos, despertando-os para a importância do
aprendizado da ciência. Os grupos realizaram com êxito os cálculos referente às refeições,
verificando-se que refeições de fast-food apresentam os maiores teores de sódio,
ultrapassando os valores recomendados, e que a ideal contém uma distribuição de
nutrientes, englobando aqueles que não possuem função energética.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
à CAPES e ao PIBID UNICAMP subprojeto Química.
NEVES, A.P. et.al. "Interpretação de Rótulos de Alimentos no Ensino de Química". QNEsc
31, Fev/2009;
CHASSOT, A. et.al. "De Olho nos Rótulos: Compreendendo a Unidade Caloria". QNEsc 21,
Mai/2005;
Documentário "Muito Além do Peso";
12º SIMPEQ
GEPEQ-USP.
Resumos de trabalhos e material de apoio
"Oficinas
Temáticas
no
6
Ensino
Público".
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
7
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO MÉDIO: RELATO DE UMA
EXPERIÊNCIA EM LABORATÓRIO SOBRE INTERAÇÕES
INTERMOLECULARES PARA ALUNOS DA SEGUNDA SÉRIE
Diego de Azevedo (IC)1, Juliana Franco (IC)1, Márcia P. Zanchetta (PB)2.
1
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
2
EE Maria Julieta de G. Cartezani
Experimentação, Interações intermoleculares, Ensino Médio, PIBID.
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
O PIBID do Instituto de Química da UNICAMP é um projeto de ensino de Química com o
objetivo de fazer com que alunos de licenciatura tenham uma vivência no espaço escolar de
escolas públicas. Nesse espaço são realizadas algumas atividades para entender a rotina
de trabalho do professor dentro e fora de sala de aula. Como professores de química, uma
das atividades que podem ser enfrentadas dentro do ambiente escolar é levar uma turma de
adolescentes para o laboratório didático. Assim, com o intuito de desenvolver uma atividade
fora da rotina de sala de aula para os alunos e também ter uma experiência de elaboração
de um experimento para alunos de ensino médio, abriu-se um espaço para que os alunos do
PIBID fizessem um trabalho experimental com alunos do segundo ano do ensino médio da
escola EE Maria Julieta de G. Cartezani, cujo tema de trabalho foi sobre interações
intermoleculares.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Os experimentos realizados com as turmas do segundo ano do ensino médio foram
escolhidas com dois principais objetivos: despertar o interesse dos alunos a partir de
resultados que seriam surpreendentes e visualmente interessantes para os alunos; que
envolvessem diferentes interações intermoleculares e seus principais efeitos nas
propriedades das substâncias. Foram escolhidos três experimentos simples onde eles
próprios pudessem executar. O primeiro foi de cromatografia em papel com tintas de caneta
e corantes alimentícios, o segundo é a observação da movimentação de uma mistura de
leite e corante alimentício quando adicionado um detergente e o terceiro a observação da
miscibilidade de água e óleo e etanol e água.
Durante a execução do experimento, todos os alunos foram atenciosos, entenderam os
procedimentos e o executaram corretamente. Todos disseram ter gostado muito de sair da
sala de aula e ir para o laboratório. Durante a execução ficaram entretidos, curiosos, e
tiveram interesse em saber o porque que ocorria estes fenômenos. Não houve nenhum
problema de postura e falta de organização por parte dos alunos.
CONCLUSÃO
O trabalho realizado mostrou-se válido pois pode ser observado nos alunos um interesse em
participar e colaborar com a realização dos experimentos. Os resultados dos experimentos é
uma via para fazer com que os alunos se questionem sobre a realidade ao seu redor.
Instigar a curiosidade acabou motivando o aluno. A realização de experimentos parece ser
uma contribuição grande para o aprendizado e o envolvimento dos alunos, uma vez que os
tira de um ambiente tradicional de ensino.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
À professora Adriana Vitorino Rossi por todo o apoio ao projeto, aos professores e
funcionários envolvidos da EE Maria Julieta de G. Cartezani, em especial à professora
Vanessa e a CAPES pelo financiamento do projeto PIBID.
MATEUS, Alfredo Luis. Química na cabeça: experiências espetaculares pra voce fazer em
casa ou na escola. Belo Ho
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Resumos de trabalhos e material de apoio
8
OFICINA DE ALIMENTAÇÃO E SAÚDE COM O TEMA GORDURA
TRANS: PRÓS E CONTRAS
Gabriela C. Correa1 (IC); Silvana M. C. Zanini1,2 (PB); Adriana V. Rossi1 (PQ)
1
2
Universidade Estadual de Campinas – Campinas
CEEJA Profª Jeanette A. G. A Martins - Campinas
Gordura Trans, Alimentação, Saúde, PIBID
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
No contexto do programa PIBID-Licenciatura Química da Unicamp, que atua na iniciação à
docência, foi desenvolvida uma oficina em uma escola pública de EJA com temática
relacionada a alimentação. A oficina foi realizada na perspectiva de promover debates sobre
temas de relevância em uma perspectiva cidadã e despertar o interesse dos alunos para
conteúdos de química. O tema adotado foi escolhido em função do crescente aumento de
doenças na população brasileira relacionadas a ingestão de alimentos com elevada taxa de
gorduras. As gorduras trans sempre fizeram parte da alimentação humana mediante o
consumo de carnes, leite e seus derivados. Com a produção de substitutos para a manteiga
e gorduras animais, por meio da hidrogenação parcial de óleos vegetais, houve aumento
destas gorduras na dieta, elevando os riscos de aquisição de doenças cardiovasculares.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Para a organização da oficina em questão, fez-se uma pesquisa para descobrir: O que é
gordura trans? Em que alimentos ela está presente? Como atua no organismo e o que a
torna tão prejudicial? Procurou-se relacionar este tema com conceitos químicos tais como
moléculas orgânicas, constituição e função de algumas delas (lipídios), estados físicos,
ligações simples e duplas, ligação cis e trans. Um panfleto foi elaborado e entregue aos
alunos com informações importantes. O documentário1 “Muito além do Peso” proporcionou
o debate inicial e seguiu-se com uma apresentação com o tema “Gordura Trans: Prós e
Contras”. Os alunos debateram, deram opiniões e tiraram dúvidas. No final, uma
experiência, com óleo e margarina mostrou que o óleo sofre reação de adição (“iodação”) e
a gordura não. Muitos não sabiam que gordura trans em excesso fazia mal ao organismo.
Os alunos demonstraram pouca familiaridade com alguns conceitos de química
apresentados e buscou-se maneiras diferenciadas e simplificadas para abordá-los e
motivados pela temática de interesse, permitiu-se uma aproximação maior dos alunos com
os conceitos escolhidos.
CONCLUSÃO
A abordagem de uma temática social, como gordura trans dentro de uma oficina de
alimentação e saúde, mesclada com conceitos químicos, possibilitou um ambiente reflexivo
e estimulou o debate, contribuindo com informações que podem auxiliar na reconstrução de
hábitos alimentares saudáveis.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
À CAPES, pelo financiamento de bolsas e à equipe de gestores, professores e estudantes
do CEEJA Profª. Jeanette A. G. A. Martins, pela abertura de espaço e valiosa interação.
1.Documentário: “Muito além do Peso” (http://www.muitoalemdopeso.com.br/)
2.Fábio Merçon, Química Nova na Escola; Vol. 32, Nº2; “O que é uma Gordura Trans?” - Mai
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
9
18 MESES COMO BOLSISTA PIBID: EXPERIÊNCIAS DENTRO DE UMA
ESCOLA PÚBLICA DE CAMPINAS
Vitor S. Silva (IC)
UNICAMP (CAMPINAS)
Escola, experiências, PIBID
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é contar as experiencias adquiridas no PIBID Subprojeto Quimica
na escola de atuação, a E.E. "VENERANDA MARTINS SIQUEIRA" durante os quase 18
meses que participo do projeto
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
O desenvolvimento do projeto ocorreu na escola E.E. "VENERANDA MARTINS SIQUEIRA"
participando das aulas junto com a supervisora Brigida de Moraes Biudes, que leciona
Quimica tanto no período da manha quanto no periodo norurno.
CONCLUSÃO
A vivencia em sala de aula abriu os horizontes para conhecer uma outra realidade, apesar
de alguns problemas apresentados lá serem frequentes em muitas escolas públicas. Foi
possível também, a partir do contato semanal com os alunos, buscar formas de superar as
próprias limitações e começar a ter a flexibilidade necessária para lidar com eles.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Agradeço a equipe do PIBID e em especial a coordenadora do PIBID Adriana Vitorino Rossi
e a supervisora Brigida de Moraes Biudes pelo apoio.
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
10
CONSTRUÇÃO DE UM RETÍCULO CRISTALINO ECOLOGICAMENTE
CORRETO
Renata U. H. Pereira (PB); Maria I. Z. Bianchi (PB).
Escola Estadual Profº Antonio Dutra - Itatiba, SP
retículo cristalino, cristal de cloreto de sódio, poliedros
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
Para que os alunos percebam as interações eletrostáticas entre os íons de carga positiva e
íons de carga negativa, o caderno do aluno, de acordo com a proposta curricular do Estado
de São Paulo, sugere no terceiro bimestre do segundo ano, uma aula prática para a
formação do cristal de cloreto de sódio. Para construir o modelo tridimensional do cloreto de
sódio, o caderno indica como material esferas de isopor ou massa de modelar. Este trabalho
foi desenvolvido adaptando na aula prática, o papel como material biodegradável, em
substituição aos materiais sugeridos, trabalhando também a interdisciplinaridade com a
matemática.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
A professora de matemática utilizou o conteúdo de geometria espacial: poliedros de Platão
para confeccionar as "esferas" em papel cartão, dodecaedro (12 faces pentagonais, 20
vértices, 30 arestas) e icosaedro (20 faces triangulares, 12 vértices e 30 arestas) de
tamanhos e cores diferentes. Na aula de química os alunos utilizaram os dodecaedros e
icosaedros realizados na aula de matemática e com palitos de churrasco construíram uma
estrutura tridimensional do cristal cloreto de sódio (retículo cristalino), podendo observar que
cada íon Cl- é rodeado por seis íons Na+ e cada íon de sódio que, por sua vez, é rodeado
por seis íons de cloreto.
.
CONCLUSÃO
Os alunos puderam observar as interações eletrostática entre os íons de carga positiva
(Na+) e os de carga negativa (Cl-), a formação de um modelo cristalino tridimensional, que
os cátions Na+ estão circundados por ânion Cl- e estes por sua vez, circundam-se por cátion
Na+ e que as faces de um cristal de NaCl formam entre si ângulos de 90°. Este trabalho foi
desenvolvido de forma interdisciplinar e utilizando material biodegradável.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Aos alunos, direção e ao Governo do Estado de São Paulo pela iniciativa da Escola Integral.
Santos, C. A. M. et al, Matemática, série Novo Ensino Médio, vol. único, 4ª ed., São Paulo,
Editora Ática, 2000.
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
11
COMO APAGAR UMA VELA?
Renata U. H. Pereira (PB).
Escola Estadual Profº Antonio Dutra - Itatiba,SP
reações químicas, extintor de incêndio, evidências
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
Quando duas ou mais substâncias se encontram podem ocorrer reações químicas, em
algumas reações nós observamos como evidência produção de gases, produção de luz,
formação de precipitado, liberação ou absorção de calor e a mudança de cor. Este trabalho
foi desenvolvido com o objetivo de contextualizar evidência de uma reação química que está
inserido no conteúdo do primeiro ano do ensino médio, utilizando uma questão problema de
interesse dos alunos: como apagar uma vela ?
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Foi apresentada a seis salas do primeiro ano do ensino médio uma situação problema:
como apagar uma vela? Trabalhando em equipes, eles tiveram uma semana para
apresentar um equipamento (extintor) para apagar uma vela utilizando para isso vinagre,
água e bicarbonato de sódio.
As equipes testaram em casa os equipamentos: recipiente (garrafas pet de vários
tamanhos); tampa com orifício (canudinho, plástico da caneta esferográfica, tubo de vidro);
recipiente no interior da garrafa (pote de iogurte, vidro de remédio, tubo de ensaio), e
testaram também as quantidades mais eficientes de água com o bicarbonato de sódio e do
vinagre.
Os alunos pesquisaram sobre extintores e criaram um folheto informativo sobre os tipos, uso
correto, legislação, sua classificação e a localização de extintores dentro da escola.
CONCLUSÃO
A maioria das equipes conseguiram apagar a vela utilizando o seu extintor e explicaram
para a sala o conteúdo do seu folheto informativo, assim como o critério que a equipe
utilizou para obter as informações.
.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Aos alunos da primeira série que participaram desta atividade, a Stem Brasil pelo curso de
capacitação para os professores do Ensino Médio Integral e ao Governo do Estado de São
Paulo pela iniciativa da Escola Integral.
stembrasil.org/spintegral1/forum <acesso em 27/03/2013>
.
12º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
Material de Apoio
para as Atividades Experimentais
O material referente à atividade experimental foi organizado pela equipe do
12º SIMPEQ, a partir de textos encaminhados pelos responsáveis dos experimentos.
No final, apresentamos um questionário de avaliação do 12º SIMPEQ.
Solicitamos que você o preencha e entregue aos monitores no encerramento
do evento porque sua opinião é muito importante para o direcionamento de esforços
para aprimorar nosso evento. Pretendemos levantar a opinião dos participantes
sobre as atividades desenvolvidas. Os dados serão úteis para avaliar o evento e
orientar eventuais alterações necessárias para aprimorar possíveis edições futuras.
Repare que no final do questionário há espaço onde você deve colocar seu
nome, mas não é para identificar suas respostas. Separe este quadro preenchido
antes de entregar o questionário aos monitores e coloque o quadro na urna para
concorrer no sorteio de brindes na Plenária de Encerramento.
Para contatos e críticas: [email protected]
Agradecemos sua participação!
12º SIMPEQ
Atividade A
A1
Escurecer e Limpar objetos de prata:
Reações de Oxidação-Redução
Profa. Dra. Carla Beatriz Grespan Bottoli
IQ - UNICAMP
[email protected]
Introdução
A limpeza da prataria é uma atividade muito comum no cotidiano de pessoas
que possuem objetos dessa natureza, sejam talheres, ornamentos de mesa ou jóias
em prata. Com o passar do tempo, esses objetos escurecem, perdendo seu brilho,
em decorrência da oxidação desse metal pelo contato com oxigênio e com
compostos contendo enxofre, os chamados compostos sulfurados, gerando, assim,
sobre a superfície desses objetos de prata, uma camada insolúvel de sulfeto de
prata (AgS), de coloração azulada ou ligeiramente violácea, tornando-se preta com o
passar do tempo.
A poluição atmosférica, de origem natural ou antropogênica, contém grande
quantidade desses compostos sulfurados, podendo, assim, ocasionar o
escurecimento da prata. Alguns alimentos, como o ovo, a cebola e os diversos
legumes da família do repolho, sejam eles a mostarda, a couve-de-bruxelas, a
couve-flor, os brócolis e o nabo, também promovem o escurecimento de objetos de
prata. Esses alimentos apresentam, em sua estrutura, compostos sulfurados como a
cisteína (um aminoácido) que, com o cozimento, sofre a decomposição destes em
compostos odorantes, sobretudo ácido sulfídrico, mercaptana e sulfeto de metila,
que reagem um com os outros, formando trissulfetos. Quanto maior o tempo de
cozimento, maior a concentração desses compostos formados, causando, assim, um
agravamento do odor. Esse mesmo aminoácido também está presente no suor que,
em presença de água, converte-se em ácido sulfídrico, ácido pirúvico e amônia pela
ação da enzima cisteína dessulfurilase, conforme indicado abaixo.
O
O
cisteína dessulfurilase
H3 C
OH (aq)
NH2
cisteína
+
H2O (l)
H2S (g)
+
H3C
OH (aq)
O
ácido pirúvico
+
NH3 (g)
12º SIMPEQ
Atividade A
A2
O H2S(g) liberado na presença de oxigênio gasoso favorece a formação de
sulfeto de prata na superfície do objeto de prata (Equação 1), de forma mais
acentuada quando em contato direto com a pele. Pessoas que transpiram mais
acabam acelerando o processo de escurecimento da prata metálica.
4 Ag(s) + O2(g) + 2S2- + 4H+(aq) → 2 Ag2S(s) + 2 H2O(l)
(Eq. 1)
A camada de sulfeto de prata formada na superfície dos objetos de prata e o
resgate de seu brilho original constituem exemplos de reações químicas de
oxidação-redução, mostrando a tendência que as substâncias têm em receber ou
doar elétrons, formando e quebrando ligações químicas, sempre em busca de
alcançarem um equilíbrio.
Uma reação redox envolve a transferência de elétrons de uma espécie para
outra. Considera-se que uma espécie é oxidada quando ela perde elétrons.
Quando recebe elétrons, ela é reduzida. Um agente oxidante, também chamado
simplesmente um oxidante, recebe elétrons de uma outra substância e torna-se
reduzido. Um agente redutor, ou simplesmente um redutor, doa elétrons para uma
outra substância e é oxidado no processo. Ambos os processos ocorrem
simultaneamente, visto que a liberação de um ou mais elétrons por uma espécie
implica no recebimento desse(s) elétron(s) por outra espécie.
Materiais
- objeto de prata ou recoberto por prata (brinco, acessórios de prata).
- 1 béquer de 500 mL ou um frasco de vidro Pyrex.
- 3 ovos.
- bico de Bunsen ou lamparina.
- tripé e tela de amianto.
- 1 copo tipo americano.
- papel alumínio.
- 1 colher de sopa.
- sal de cozinha (cloreto de sódio, NaCl).
- água.
- papel toalha ou lenço de papel.
- flanela
12º SIMPEQ
Atividade A
A3
Procedimento experimental
Escurecimento de um objeto de prata
1) Colocar uma certa quantidade de água em um béquer, suficiente para o
cozimento de três ovos;
2) Após 12 minutos de aquecimento, quando os ovos já se encontram cozidos, dar
leves batidas nestes, com auxílio de uma colher, até que se observem rachaduras
na casca dos ovos, deixando parte da clara exposta;
3) Inserir o objeto de prata e deixar em cozimento por 25 minutos;
4) Parar o cozimento, retirar o objeto de prata, lavar com água de torneira e observar
o resultado.
Limpeza do objeto de prata
1) Aquecer 250 mL de água até a fervura;
2) Adicionar a esta 1 colher (sopa) de sal de cozinha e misturar bem;
3) Forrar a parte interna de um copo tipo americano com papel alumínio e colocar a
solução preparada anteriormente;
3) Inserir o objeto de prata e deixar reagir por 3 minutos;
3) Retirar o objeto de prata e lavar com água em abundância;
4) Secar com papel toalha ou lenço de papel e lustrar com uma flanela. Observar o
resultado.
Referências
1) Sartori, E. R.; Batista, E. F.; Fatibello-Filho, O. Escurecimento e Limpeza de
Objetos de Prata - Um Experimento Simples e de Fácil Execução Envolvendo
Reações de Oxidação-Redução. Química Nova na Escola, n. 30, p. 61-65, 2008.
2) Harris, D. C. Análise Química Quantitativa. Ed. LTC:Rio de Janeiro, 2005.
12º SIMPEQ
Atividade B
B4
Determinando a espessura de uma folha de
papel alumínio ( e o tamanho do átomo) no
laboratório de Química.
Prof. Dr. José de Alencar Simoni
IQ - UNICAMP
[email protected]
Introdução
É impossível conceber uma cozinha moderna sem papel alumínio. Você já
pensou nisso? O papel alumínio serve para muitas coisas, não só na cozinha. Por
conta de sua propriedade reflexiva, o alumínio pode ser usado em coberturas de
edifícios entre o telhado e o teto, servindo como um isolante térmico, com a mesma
função ele pode proteger o interior de automóveis ou de prédios, evitando que a
energia penetre nesses ambientes e os mesmos se aqueçam ou deteriorem. Você já
reparou que o alumínio em forma de folhas também é usado no resgate de
acidentados, evitando o seu resfriamento? Na cozinha, o alumínio na forma de
folhas, também é usado com múltiplos propósitos na proteção de alimentos, tanto do
ponto de vista biológico, como térmico (frio e quente). Mas afinal, qual é a espessura
de uma folha de papel alumínio?
Questões
1Qual a espessura em centímetros ou milímetros de uma folha de papel
alumínio?
2Qual a espessura de uma folha de papel alumínio em número de átomos de
alumínio?
3-
Qual é o tamanho (raio/volume) de um átomo de alumínio?
4-
Qual é a densidade do alumínio?
5-
O alumínio metálico é um sólido com arranjo atômico bem definido?
6-
De que forma os átomos no alumínio metálico estão organizados?
12º SIMPEQ
Atividade B
B5
Como responder?
1- Determinação da densidade do alumínio
Determine a massa da amostra de alumínio.
Pela técnica da imersão, determine o volume dessa amostra. Antes de
proceder, tenha em mente os seguintes fatos:
1- a proveta é de vidro e o metal pode quebrá-la se for colocado sem uma proteção no
interior da proveta
2- pode-se adicionar a água a ser deslocada antes de mergulhar a amostra de alumínio
ou depois de colocada a amostra. Dependendo da ordem utilizada, água antes ou
água depois, o que é preciso saber para determinar a densidade do alumínio é
diferente
3- em algum momento, a água tem que cobrir totalmente a amostra de alumínio
4- se o metal for adicionado sobre a água, parte da água pode respingar fora da
proveta.
Use a tabela vazia abaixo para organizar seus dados e resultados.
2- Determinação das dimensões e massa de uma folha de alumínio
Recorte um pedaço de papel alumínio e determine suas dimensões. Em
seguida pese a amostra.
Use a tabela vazia abaixo para organizar seus dados e resultados.
12º SIMPEQ
Atividade B
B6
Resultados
De posse dos dados das tabelas e por considerações sobre geometrias do
arranjo cristalino do alumínio metálico (artigo fornecido), responda às perguntas
feitas inicialmente, NÃO NECESSARIAMENTE NA ORDEM FORMULADA.
Muitas outras perguntas podem ser feitas e respondidas.
Do ponto de vista científico seria interessante comparar seus resultados com
seus colegas e ver como se aproximam, por que se aproximam ou não. Discuta
quais as implicações de se usar um modelo de retículo cristalino, se o alumínio
contém impurezas em sua superfície, em seu interior, se há bolhas, se a folha tem
espessura homogênea, se é possível determinar a espessura de forma direta, com
que segurança isso é possível. Repare que as perguntas são intermináveis, afinal,
perguntar, na maioria das vezes, é mais importante que responder.
Pense nisso!
Referências
1) Simoni, J. A.; Tubino, M. Experimentos sobre raio atômico e qualidade de
detergentes. Química Nova na Escola, n. 9, p. 41-43, 1999.
Para
saber
como
se
faz
uma
http://www.youtube.com/watch?v=Us2YuUmqq-I
folha
de
papel
alumínio:
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