CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES - COMDEMA (Conselho do Meio Ambiente) - Exposições: temporária e permanente - Oficinas: educação ambiental deveria constar do programa - Localização do terreno: Parque Portugal – Campinas/SP - Parque e cidade – a área de intervenção está interna ao parque, mas o espaço foi pensado para ser um equipamento para a cidade. - Mobilidade – apesar de não ser um item específico do projeto, entende-se que deveria ser parte da vida útil do edifício, sendo que os deslocamentos, principalmente o individual, produzem parte significativa dos gases de efeito estufa que o projeto quer minimizar. CONCEITOS EIXOS TERRENO PARTIDO ARQUITETÔNICO A partir do conceito de parque como a extensão da cidade, o projeto se baseia em dois princípios importantes: uma grande praça que se configura a partir dos edifícios e um grande eixo de passagem que faz a ligação entres as diversas partes do parque e da cidade. A praça, configurada pelo edifício elevado e dois edifícios no nível do solo, é dedicada à atividades sobre sustentabilidade. O edifício elevado é fruto da intenção de manter o chão da cidade e do parque, criando um espaço sombreado e em conjunto com as projeções da cobertura dos edifícios térreos, formam a marquise que faz a ligação entre todo o programa, o parque e a cidade. Este sombreamento configura a praça e propicia diversas atividades de estar embaixo do edifício. PRAÇA IMPLANTAÇÃO | ESC 1:500 Os edifícios que estão no térreo, por reduzirem áreas no parque, devolvem a ele suas áreas verdes originais em suas lajes com vegetação. São, então, dois níveis de programas: o nível da praça e o do pavimento superior. Os programas diretamente ligados ao tema da sustentabilidade, como oficinas e exposições permanentes, estão posicionados no nível da praça, juntamente com alguns equipamentos ou infraestruturas tais como: filtro de efluentes, jardim filtrante e tanque de infiltração, horta, bicicletário, vestiários, espaços de carga e descarga, estacionamento específicos e espaços sombreados. Os programas ligados ao COMDEMA e à exposição temporária estão no edifício elevado. FLUXOS 01 OFICINAS/ATELIÊS 02 SALAS 03 RESTAURANTE 04 HORTA EDUCATIVA 05 JARDIM FILTRANTE 06 EXPOSIÇÃO PERMANENTE/ SUSTENTABILIDADE 07 AUDITÓRIO 08 VAGA PNE 09 CARGA E DESCARGA 10 ÁREA TÉCNICA 11 LIXO ORGÂNICO 12 LIXO RECICLÁVEL 13 ALMOXARIFADO 14 BICICLETÁRIO 15 PATINAÇÃO 16 TERMINAL 17 GUARDA MUNICIPAL 18 CICLOVIA 19 ESTAÇÃO BONDE 20 ENTRADA DO PARQUE ÁREAS VERDES OFICINAS EDUCATIVAS AUDITÓRIO EXPOSIÇÃO PERMANENTE/SUSTENTABILIDADE CIRCULAÇÃO VERTICAL ÁREAS DE APOIO COMDEMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA TERRAÇO VERDE ADMINISTRAÇÃO EXPOSIÇÃO HORTA EDUCATIVA 651 650 650 647 647 642 642 CORTE AA ESC 1:250 CORTE BB ESC 1:250 233 Umnovo tempo para nossa cidade CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA “CASA DA SUSTENTABILIDADE” PARQUE TAQUARAL – CAMPINAS - SP INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL DEPARTAMENTO DE SÃO PAULO 1/2 1/2 1º PAVIMENTO | ESC 1:500 01 ARQUIVO CORRENTE/ BIBLIOTECA TÉCNICA 02 SALÃO COMDEMA 03 COPA 04 EXPEDIENTE 05 REPROGRAFIA 06 TI 07 SALA USO MÚLTIPLO 08 RECEPÇÃO 09 ÁREA TÉCNICA 10 DML 11 ALMOXARIFADO 12 DEPÓSITO 13 EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA 14 TERRAÇO VERDE MEZANINO | ESC 1:500 01 PRESIDÊNCIA 02 SECRETARIA EXECUTIVA 03 COORDENAÇÃO GERAL 04 COPA 05 SALA DE REUNIÕES 06 ADMINISTRAÇÃO QUADRO DE ÁREAS TÉRREO BLOCO ATELIÊS EXPOSIÇÃO E AUDITÓRIO 432,60 m² 393,70 m² 1º PAVIMENTO COMDEMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA 552,10 m² 539,06 m² MEZANINO 229,50 m² COMDEMA 103,55 m² ADMINISTRAÇÃO EXPOSIÇÃO TOTAL 2.250,51 m² A construção A construção foi pensada para ser uma montagem no local. Para isso, temos a superestrutura em concreto armado e aço. As peças em concreto serão produzidas na indústria e transportadas ao local em painéis e pilares. O aço é utilizado nas treliças que, sustentadas por quatro pilares, são transportadas em partes, e a montagem final acontece no local. Vigas transversais às treliças fazem o travamento e estruturam as lajes alveolares do piso superior e dos mezaninos. O brise está estruturado na treliça, e é composto por chapas micro perfuradas e perfis de aço. As divisões internas do edifício são de placas de madeira. O bloco dos elevadores, serviços, bicicletário e vestiários é composto de placas de concreto no perímetro do bloco e paredes internas em placas de madeira Os blocos das oficinas, exposição permanente e auditório são em concreto armado pré fabricado. As placas de concreto da laje recebem tratamento de impermeabilização e sobre ela, uma vegetação rasteira. As divisões internas são em placas de madeiras. A concepção estrutural foi utilizada uma relação favorável entre os balanços e vão centrais que resultam em valores mínimos de momentos, essas relações são econômicas, por apresentarem momentos negativos iguais aos positivos, portanto mínimos ( REBELLO, 2001), estas relações estas na proporção de 1/5 nos balanços para 3/5 no vão central. Ou seja, os balanços são de 19 metros para um vão central de 57 metros. Para os edifícios que configuram as lajes com vegetação e as passarelas externas, a concepção estrutural utilizada é do conceito de laje cogumelo. Para isso, cada pilar receberia duas placas de concreto pré-fabricadas que juntas formam um quadrado de 10x10 metros. Assim, o transporte seria feito em peças de 10 metros por 5 metros. Sendo, que a justaposição destes quadrados configura a laje desses espaços. Totalizado uma área de 30 metros por 20 metros cada. Sustentabilidade • Itens de racionalização e industrialização dos materiais e com baixo índice de manutenção. • Placas solares de captação de energia, sensores de presença nos ambientes, e sensores de temperatura e ruído. • Valorização da ventilação cruzada e controle de insolação. Se necessário, o edifício contará com controle de temperatura mecanizada. • Tratamento dos resíduos: a água cinza tratada pode ser utilizada na irrigação dos jardins, limpeza e vasos sanitários e a água negra será tratada e bombeada até uma rede coletora. • Os materiais utilizados são ou podem ser reciclados. • Iluminação zenital na praça • Esquadrias com vidro duplo e película refletora de calor – vidro de alto desempenho. • Calçamento com alta capacidade de drenagem. • Área para retenção de agua da chuva em tanque e em lagoa. • Área destinada a coleta seletiva de lixo. ESTRUTURA Energia Fotovoltaica Placas solares dispostas na cobertura complementam o consumo de energia elétrica fornecida pela concessionária. VIDRO DUPLO COM PELÍCULA TÉRMICA LAJES ALVEOLARES EM CONCRETO ARMADO IMPERMEABILIZADAS PERFIL I DE 75 cm DE ALTURA – VIGA DE SUSTENTAÇÃO DAS LAJES TRELIÇA EM AÇO – SUPER ESTRUTURA BRISES EM CHAPAS DE AÇO GALVANIZADAS MICRO PERFURADAS Controle de Insolação nas Fachadas Placas de sombreamento nas fachadas controlam a insolação e reduzem a incidência de luz e calor. O posicionamento das placas tem a função de otimizar a eficiência luminosa. Iluminação Natural Amplos planos de vidros laterais, sombreados por brises, e horizontais (iluminação zenital), aproveitam a iluminação natural indireta de maneira a reduzir o consumo de energia sem reduzir o desempenho térmico do edifício. Vidro de Alto Desempenho Esquadrias com vidro duplo e películas refletoras reduzem os ruídos e garantem a qualidade térmica Jardim filtrante e Biodigestor Tratamento de efluentes sólidos e líquidos, devolvendo aos reservatórios de reuso ou ao sistema coletor, água com alto nível de purificação. Calçamento Drenante Aumenta o volume de água no lençol freático através da drenagem do acúmulo de águas pluviais. LAJES ALVEOLARES EM CONCRETO ARMADO PLACAS DE CONCRETO ARAMADO PRÉ-FABRICADO, IMPERMEABILIZADOS E COM VEGETAÇÃO PILARES DE CONCRETO ARMADO PRÉ-FABRICADOS Materiais Recicláveis e Reciclados Utilização de materiais que são ou podem ser reciclados, como aço e madeira, e que possuem baixo índice de manutenção. Iluminação Artificial Se utilizando de lâmpadas de LED e sensores de presença, evita-se o desperdício de energia elétrica em acendimentos desnecessários. 233 Umnovo tempo para nossa cidade Coleta Seletiva Área destinada à separação e encaminhamento do lixo reciclável. Cobertura Jardim Além de servirem como terraço, promovem o isolamento térmico do edifício e regulam os níveis de umidade do ar Controle de Temperatura Sensores de temperatura que regulam a quantidade de ventilação mecânica e refrigerada no edifício. CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA “CASA DA SUSTENTABILIDADE” PARQUE TAQUARAL – CAMPINAS - SP Ventilação Natural Possibilita em dias amenos a não utilização da ventilação mecânica, consequentemente, a economia de energia. INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL DEPARTAMENTO DE SÃO PAULO 2/2 1/2