Tuia Maçã - Laszlo Aromaterapia

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Óleo essencial de
Tuia Maçã
Thuja occidentalis / Thuja plicata
A Árvore da Vida
Por Fabian Laszlo
Conhecida como árvore da vida, a tuia
é nativa da América do norte e Europa e suas
folhas frescas possuem de 0,6 - 1,4% de um
óleo essencial que quando liberado no ar, tem
um maravilhoso cheiro de ‘‘caixa de maçãs’’.
Quem dá este aroma ao óleo de tuia é a tuiona,
componente presente em mais de 60% do total
do óleo. A tuia vêm sendo utilizada há séculos
pelos índios norte americanos em cerimônias
religiosas (temazcal), sendo um óleo purificador, que favorece a introspecção e contato
com a divindade. Conforme a dosagem, a
A tuia é chamada de “árvore da vida” pela semetuiona pode ser tóxica para o fígado e sistema lhança que possui com a forma da cabala judaica.
nervoso, sendo portanto recomendado somente
uso externo (inalação e massagens) do óleo de tuia. A tuiona é responsável pelo efeito
psicodélico da bebida absinto, já que é antagonista de receptores de GABA (inibidor das
sinapses a nível cerebral) e seratonina no sistema nervoso, promovendo assim, efeito
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estimulante. Por sua ação antagonista do receptor serotoninérgico 5-HT3, age como
anti-emético (eliminando náuseas e enjôos) via inalação.
O componente -tuiona do óleo essencial de tuia maçã mostrou em um estudo
científico19 possuir uma ação antinociceptiva (bloqueadora da dor e analgésica) comparada à do THC (tetrahidrocanabinol), existente na Cannabis sativa, e um efeito igual da
codeína (analgésico) sendo útil em dores reumáticas e de cabeça, neuralgia e ciática. A
-tuiona não apresentou os mesmos resultados. É possível encontrar óleo de tuia maçã
rico (>40%) em -tuiona (que possui ação analgésica) e, para identificar, é necessário
que o óleo passe por cromatografia e tal informação venha destacada em rótulo como
quimiotipo -tuiona. A maior parte dos óleos possui mais é -tuiona, sem esta ação.
Algumas pesquisas demonstraram que tanto o óleo de tuia, quanto seus extratos
possuem potente efeito imunoestimulante. Há pesquisas de seu emprego no combate a
câncer pulmonar, melanoma, assim como AIDS. No câncer observou-se significante
redução do desenvolvimento de tumores sólidos.
O óleo essencial da tuia e seu principal
componente  e tuiona, em numerosas avaliações
in vitro e in vivo mostrou agir como estimulador da
produção de citoquinas e anticorpos, com a ativação
de macrófagos, linfócitos T ‘‘helper’’ (CD4) e
‘‘Natural Killers (NK)’’ (todas estas, células de
defesa do corpo). Os linfócitos T do tipo CD4 por
exemplo, que ficam baixos em pessoas com AIDS,
agem localizando células infectadas por vírus,
produzindo sinalizadores que estimulam outros
-tuiona ou (+)-3-thujone (dextrógiro)
-tuiona ou (-)-3-Isothujone (levógiro)
linfócitos a destruírem estes agentes virais. São a
primeira linha de defesa do corpo contra muitos
tipos de infecções, além de possuírem alguma
atividade antitumoral. A tuiona do óleo de tuia,
induz os linfócitos T a liberarem mais destes
sinalizadores. Um deles é a interleucina 2 (IL-2 Fator de crescimento de linfócitos T), que faz a
medula óssea fabricar mais linfócitos T e ‘‘Natural
Killers (NK)’’, e torna-os "matadores" de micróbios
e tumores. A IL-2 também age sobre os linfócitos B
como estímulo para formação de anticorpos. Os NK
são essenciais em vários aspectos da imunidade pois
a sua disfunção ou deficiência pode levar ao
desenvolvimento de doenças autoimunes (como IL-2: Fator de Crescimento da Célula T;
lúpus, diabetes e ateroesclerose) e câncer. Eles TCGF; Fator Mitogênico de Linfócitos
também tem sido relacionados com a progressão da
asma.
Em doenças infecciosas, muitos pacientes possuem medulas ósseas que não
produzem suficientes células de defesa do sangue, como consequência da própria
infecção. Em uma pesquisa científica sobre o assunto, a co-autora Megan T Baldrige diz
que “uma das coisas mais importantes que nós descobrimos é que infecções crônicas
podem levar à exaustão da medula óssea, sabíamos que uma condição chamada de
anemia de doença crônica existia, e este pode ser um dos fatores contribuintes”. Além
de estimular a IL-2 e contribuir na regulagem desta exaustão imunológica óssea, que
pode ter co-relação com o surgimento de doenças como a AIDS e o câncer, a tuiona
também induz a liberação de interferon-gama (IFN-γ), que é uma proteína naturalmente
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produzida em nosso corpo com a função de atuar como um mensageiro para os
linfócitos na luta contra os vírus invasores. O IFN-γ “acorda” as células-tronco do
sangue em nosso corpo para produzirem células do sistema imunológico que combatem
invasores. Em tempos de paz, a maioria das
chamadas células estaminais permanece
dormentes, e apenas algumas ficam de plantão
para manter o equilíbrio no sangue.
A pesquisa de Baldrige27,28, mostrou
que o interferon-gama (IFN-γ) não só ativa as
células-tronco durante a infecção, como regula
as células-tronco em situações “normais”,
permitindo ao organismo manter a proporção
certa de diferentes células do sangue. A
infecção bacteriana detectada pelo sistema
imunológico de vigília estimula o aumento da liberação de IFN-γ. Este então parte pela
corrente sanguínea para ativar as células-tronco hematopoéticas na medula óssea,
levando à expansão e mobilização do estoque de células progenitoras imunológicas (as
células que produzem finalmente as células do sistema imunológico).
Como a tuiona do óleo de tuia maçã induz a liberação de IFN-γ, ele pode
contribuir em massagens e inalações no aumento da imunidade latente, como explicado, e
também contribuir na redução
do quadro evolutivo da ‘‘Ataxia
de Friedreich’’ e da ‘‘Distrofia
muscular de Duchenne’’ como
vemos a seguir.
A frataxina é uma
proteína localizada na Membrana mitocondrial interna e
relacionada com o metabolismo
do ferro. Em pacientes com
‘‘Ataxia de Friedreich (AF)’’, a
frataxina é parcialmente ou
totalmente inativada, presumivelmente por um excesso do
radical
livre
superóxido.
Estudos científicos demonstraram que os níveis de frataxina
podem ser suprarregulados pelo
interferon-gama (IFN-γ) em
diversos tipos de células, aumentando a presença da frataxina em neurônios DRG, impedindo-os de alterações patológicas e corrigindo a função
sensório-motora de pacientes
com AF. Igualmente, na ‘‘Distrofia muscular de Duchenne’’
(miopatia inflamatória recessiva
Folha de Tuia e cultivo para árvore de natal.
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ligada ao cromossomo X, que é a forma mais comum e devastadora de distrofia ainda
sem tratamento eficaz), o IFN-γ se destaca por apresentar um papel importante para a
regeneração do músculo por ativar mioblastos para a fusão com fibras musculares
danificadas e inibir o desenvolvimento da fibrose.
Pela sua ação anti-viral, o óleo de tuia maçã a 2% em gel utilizado 1-2 vezes ao
dia com aplicador vaginal, tem sido empregado no tratamento de HPV (papilomavírus
humano), potencial causador de câncer do colo do útero. Em verrugas de pele, o óleo de
tuia é usada pura sobre a verruga 3 vezes ao dia ao longo de 30-45 dias
No aparelho respiratório, via inalação, este óleo age tratando de bronquites,
pólipo nasal, infecções pulmonares e tosse seca irritável. Possui potente ação antifúngica útil no tratamento de candidíase e micoses. Tem efeito benéfico nas psoríases,
herpes, catapora e bicho geográfico. A tuiona possui efeito estrogênico que age
melhorando sensações desagradáveis da menopausa e TPM. Tende a aumentar o fluxo
menstrual e por isso deve ser evitada por grávidas. É um óleo útil em úlceras varicosas
ou gangrenosas. Estimula a vitalidade de órgãos e nervos que estejam com problemas
de paralisia motora, perda de funções como prolapso do reto, incontinência urinária e
outros. Age positivamente combatendo a exaustão dos nervos, o que melhora estados de
stress, cansaço mental e físico (usos externos). Estudos também demonstraram que a
tuiona possui efeito antidiabético na redução da resistência à insulina.
Você encontra o óleo essencial de Tuia maçã em: www.laszlo.com.br
Considerações:
A tuia é frequentemente confundida no Brasil com outras árvores erroneamente
chamadas de tuias também. A principal diferença da tuia para outras espécies é que ao
serem espremidas suas folhas, liberam aroma de maçã.
A espécie mais frequentemente confundida são os Chamaecyparis, chamados de
Hinoki (e erroneamente de tuia dourada ou prateada). Os hinokis não possuem tuiona
em seu óleo essencial, portanto não possuem o cheiro e nem as mesmas propriedades do
óleo de tuia. Abaixo você pode ver as diferenças nos cones e folhas:
Cones de Thuja occidentalis
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Cones de Thuja occidentalis
Cones de Chamaecyparis obtusa (hinoki)
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Folhas de Chamaecyparis lawsoniana (hinoki)
Folhas de Thuja occidentalis
Folhas de Thuja occidentalis
Folhas de Cupressus
sempervirens (cipreste europeu)
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Pequenas árvores de Thuja occidentalis
Cones secos de Thuja plicata
CONHECENDO MAIS
As duas espécies mais comuns de tuia são a T. occidentalis e a T. plicata. Existe também a T. orientalis. Todas as 3
espécies possuem tuiona no óleo e aroma de maçã portanto. O óleo obtido da madeira da Thuja plicata no Canadá é
chamado de cedro vermelho, sendo o único óleo de madeira conhecido com um éster sedativo (tuiato de metila). O
óleo oriundo da madeira das tuias não possui tuiona, tendo portanto propriedades diferentes. O óleo da madeira da T.
orientalis não possui éster, tendo aroma mais seco. No Canadá as tuias são erroneamente chamadas de cedros.
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Óleo essencial de Tuia maçã ou cedro maçã
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