www.professores.uff.br/seleneherculano MÉTODOS E TÉCNICAS EM PESQUISA SOCIAL Apontamentos para aula UFF/ICHF/GSO – Profª Selene Herculano MÓDULO 1- Introdução: A construção do conhecimento científico e suas críticas. O alcance da verdade. Ciência, ideologia e poder. A Teoria. Neutralidade e a construção do objeto. As Ciências Humanas: surgimento e paradigmas O conhecimento humano tem quatro formas (LAKATOS & MARCONI; HERCULANO): O conhecimento popular ou do senso comum: a doxa O conhecimento mágico-religioso: o dogma, os mistérios O conhecimento filosófico, reflexivo: a metafísica; a dúvida O conhecimento científico: a teoria 1 - o conhecimento popular, ou do senso comum, está baseado na experiência concreta e imediata das nossas vidas particulares e na sua transmissão uns aos outros e às demais gerações através da cultura popular. Segundo os gregos clássicos, formaria a doxa, a opinião. Para Platão (século IV a.C.), a doxa é a ambiguidade, é falsa, ela "enrosca e gira" e não conduz à verdade (a alethéia), ao verdadeiro objetivo do conhecimento (a teoria), que seria desvendar a verdade essencial que se oculta por trás da aparência dos fenômenos. A alegoria da caverna, contida na República de Platão, é um bom exemplo de como o conhecimento falso, do senso comum, é representado como algo oposto ao conhecimento verdadeiro, obra dos filósofos: imaginemos uma caverna, dentro da qual homens acorrentados e de costas para a sua entrada vêem as sombras do mundo lá de fora projetadas sobre a parede ao fundo. Para eles, tais sombras aparecem como sendo reais. Mas um dia, imaginemos que um desses homens se solta, sai da caverna, contempla a luz, as essências e desvenda a realidade lá de fora. Aí começa a sabedoria, na contemplação deste mundo real na sua essência, depois de se ter libertado dos limites do ilusório, da projeção, do mundo aparente. O que acontece quando esse ser iluminado volta aos seus companheiros e tenta dizer-lhes que as sombras que pensam ser a realidade são apenas sombras? Nem todos repudiam a doxa: em defesa da doxa, do senso comum, militantes das esquerdas e ecologistas críticos do cientificismo moderno defendem o conhecimento tradicional das etnias e das classes sociais subalternas, que vem sendo espezinhado e www.professores.uff.br/seleneherculano extinto pelo mundo moderno, científico. Ou roubado pelos cientistas, que isolam princípios ativos da fauna e flora amazônica às quais são apresentados pelas populações tradicionais locais. Por outro lado, o senso comum, apartado das informações científicas, provoca acidentes como o do Césio 137 (em Goiânia, em 1986), ou do envenenamento pelo uso doméstico do óleo ascarel (Rio de Janeiro). 2 - Uma segunda forma do conhecimento humano é o mágico-religioso, cuja lógica explicativa se concretiza no dogma, algo no qual se acredita por uma razão de fé, sem comprovação ou experiência direta. No conhecimento religioso desponta a autoridade daquele que entende os mistérios e nos guia. Para os positivistas do século XIX o estágio teológico era uma das fases anteriores e inferiores das sociedades e do conhecimento. O conhecimento mítico-religioso é criticado por ter a ver com o fabuloso, com o imaginário, com as invencionices e ilusões, mas é também celebrado como algo arquetípico, que remonta ao inconsciente coletivo, algo místico e que, curiosamente, continua presente na liturgia do conhecimento científico. Para o antrópologo Lévi-Strauss, que estudou a estrutura do pensamento selvagem, não se deveria colocar a magia (o dito conhecimento selvagem) e a ciência (o conhecimento moderno) como opostos, ou como hierarquizados: melhor seria colocá-las em paralelo, como duas formas válidas de explicar o mundo e classificá-lo. Por outro lado, o conhecimento dogmático-religioso tem se caracterizado historicamente pela intransigência, intolerância, prepotência e arrogância através das quais os privilégios do monopólio do direito de interpretar o mundo são defendidos pelos seus sacerdotes. 3 - A terceira forma do conhecimento humano é o conhecimento filosófico, reflexivo, que pode ser definido como um conhecimento não-experimental, que duvida e que especula sobre as essências e as causas últimas, tendo por principais objetos de reflexão a própria construção do conhecimento - uma epistemologia, uma cosmogonia - e uma ética, ou teoria da ação moral. Para Aristóteles (384 a.C.), a filosofia, com este cunho teórico-especulativo, refletia sobre a physis (o mundo), produzindo uma sabedoria - sophía - que hoje estaria próximo à teologia, à psicologia e à física. Seria, ainda segundo Aristóteles, algo diferente das ciências práticas, ou filosofia ativa (a Ética, a Política e a Retórica), que produzem não a sabedoria - sophía - mas o discernimento - phronésis. A sabedoria seria uma contemplação sobre aquilo que não podemos modificar, enquanto que o discernimento diria respeito ao que podemos modificar. (Abaixo da filosofia e do discernimento estariam, para Aristóteles, as técnicas, dizendo respeito aos modos de fazer da esfera da produção e da gestão do www.professores.uff.br/seleneherculano espaço doméstico e eram atributos dos não-cidadãos, das mulheres, dos metecos (os estrangeiros) e dos escravos, como por exemplo a Economia. O saber filosófico, a filosofia, sofreu críticas: críticas dos positivistas do século XIX, que dela escarneceram, denominando-a de metafísica e atribuindo a ela um estágio intermediário na evolução social e das mentalidades, mais ou menos correspondente à fase adolescente no desenvolvimento humano, que seria suplantada pela ciência, entendida como o alcance da maturidade. O CONHECIMENTO CIENTÍFICO: O MÉTODO E A TEORIA: O conhecimento científico moderno é conceitual e sistemático como o filosófico, mas é também factual, empírico, experimental, verificável e pretende ser neutro nos seus valores. “Saber para prever, prever para prover” é um lema positivista, eternizado por Augusto Comte (1798-1857) e põe em foco o caráter instrumental do conhecimento, que é o de ganhar controle sobre as coisas, o que é dado pelo estudo da relação entre fenômenos, de forma a desvendar leis de regularidade entre eles e assim antecipar acontecimentos. "Todos os fenômenos estão sujeitos a leis invariáveis, cuja descoberta precisa e cuja redução ao menor número possível constitui o objeto dos nossos esforços." (Comte, Curso de Filosofia Positiva) O sentido do conhecimento na perspectiva positivista é tornar o mundo previsível - saber para prever, prever para prover - certamente inspirado em Francis Bacon: "saber é poder". Mas o conhecimento humano é também circunstanciado: quem conhece, conhece a partir de um ângulo de visão, de uma perspectiva, de uma trajetória de vida, de uma cultura e até de seus sentimentos. Vale dizer então que o conhecimento humano é também um constructo, uma construção social e portanto variável. O que eu vejo depende do meu ângulo de visão e de meu aparato conceitual que me preparou para ver. As figuras de percepção da Gestalt (o todo unificado) ilustram bem isso: a verdade é a moça ou a velha, os perfis humanos ou a silhueta de uma taça? www.professores.uff.br/seleneherculano INDUÇÃO E DEDUÇÃO Positivismo e Construcionismo se afinam, respectivamente, com os métodos indutivo e dedutivo. Pelo primeiro, partimos do particular para o geral, de observações singulares ao enunciado de leis gerais. Pelo segundo, fazemos o caminho contrário, partimos de generalizações aceitas – premissas - para explicar casos específicos. Segundo C.Benjamin[1] a procura de um método é um problema sem solução e ele cita Popper... “Nenhum critério permite demonstrar a veracidade de nenhuma teoria sobre o mundo real. Todas as teorias são conjecturas. O que diferencia as teorias científicas das demais é tão somente que as primeiras são formuladas de maneira que as deixam expostas à refutação... o conhecimento científico não acumula um estoque crescente de verdades irrefutáveis, pois vive imerso na dialética de conjecturas e refutações. As teorias válidas em cada momento são as que ainda não foram refutadas. Teorias incertas, idéias injustificadas e antecipações ousadas são essenciais ao progresso da ciência.” Para Karl Popper[2], a ciência é dedutiva e busca solucionar problemas, pois a observação não se dá no vácuo, ela é precedida por um problema. A ciência é, portanto, provisória e seu método o do ensaio e erro. (POPPER, 1978, p. 14-16) www.professores.uff.br/seleneherculano VERDADE Desvendar verdades. Mas o que é a verdade? Chauí[3] chama a nossa atenção para três conceitos e três fontes de verdade: Aletheia (grego): a verdade é uma qualidade das coisas, é o que as coisas são. A ciência é então ir além da aparência que dissimula a verdade e alcançar a essência das coisas. É o PRESENTE Veritas (latim): a verdade é um enunciado, é a coerência lógica de um relato e sua fonte é a linguagem. A ciência, no caso, depende do rigor da narrativa e de denunciar os silêncios. É o PASSADO Emunah (hebraico): a verdade se fundamenta no consenso e na confiança recíproca. É o que será: FUTURO. Chauí arremata dizendo que na sociedade contemporânea – ocidental, laica, capitalista – o que consideramos verdade é o que tenha uso prático e seja verificável de forma lógica. Exemplo: o planeta Terra está se aquecendo? Quais as causas e efeitos do aquecimento? A vida terminará ou se modificará? Só a vida humana ou todas as formas de vida? Em quanto tempo? Podemos evitar isso? Este é o tema atual dos debates sobre as alterações climáticas (climate change) que tem acontecido nas esferas da ONU e seu IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change – que reúne cientistas de diversos países e ramos do saber. Na Conferência de Copenhagen (2010), duas visões polares, antagônicas, ganharam nitidez: pela primeira, a Terra está mesmo se aquecendo, por razões antropogênicas e precisamos criar consenso internacional para modificarmos políticas nacionais de desenvolvimento econômico e mudarmos para uma nova economia de baixo carbono, uma vez que os níveis crescentes de CO2 emitido pelas indústrias, queimadas e veículos automotivos são a causa do aquecimento. Pela segunda, o planeta tem ciclos de aquecimento e de resfriamento naturais, que não tem a ver com as atividades humanas, e a Terra estaria entrando em um período de resfriamento. Sergio Abranches[4], cientista político e ambientalista, esteve em Copenhagen e descreveu os debates em seu livro “Copenhagen antes e depois”. Ele chama nossa atenção para a tentativa difícil de convergir a Política – nacional e internacional – e seu móvel, o interesse, com a Ciência e sua motivação, a curiosidade. Política e Ciência se defrontam não apenas nos altos planos internacionais e nacionais, mas nos espaços profissionais dos cientistas. Escreveu Abranches: “cientistas são pessoas que conflitam, formam grupos, cumplicidade, interesses. Não há bons modos [...] o que está em jogo não é apenas mudança na produção e consumo, mas prestígio, notoriedade, politização e ideologização”. (ABRANCHES, capítulo 1 – O clima da ciência, p. 41). A ciência é também “uma instituição, com seus grupos de pressão, seus preconceitos, suas recompensas oficiais {...] suas instâncias administratvas, políticas ou ideológicas.” (JAPIASSU, Hilton, 1975, p. 10)[5] www.professores.uff.br/seleneherculano Para S. Abranches a questão climática não pode ficar restrita à academia dos doutores e precisa ser transparente e inteligível. Seria construir consensos e confiança recíproca, a emunah de Chauí, para ir além de relatos e silêncios. IDEOLOGIA, NEUTRALIDADE E OBJETIVAÇÃO OU OBJETO-CONSTRUÍDO: Ideologia, definiu o marxista Louis Althusser, é nossa representação imaginária de nossas condições reais de existência. É uma falsa consciência, uma separação entre o que pensamos e o que as coisas são. Toda ciência é ideológica, escreveu Pedro Demo[6]. O que a ciência deve pretender é a convivência crítica com a ideologia (DEMO, 1987, p. 33). As ciências sociais, acrescentou Cecília Minayo[7], são intrínseca e extrínsecamente ideológicas e seu objeto é essencialmente qualitativo (MINAYO, 1996, p. 21) Não há neutralidade nas ciências, escreveu Japiassu. A ciência é um produto humano, processual, provisório. E as ciências humanas tem uma dificuldade específica, pois tratam de um objeto “que fala”. Para Minayo, as ciências humanas são históricas, situadas, e seu objeto é a intersubjetividade. Se não são neutras, poderiam as ciências humanas e sociais ser objetivas? A OBJETIVAÇÃO, OU CONSTRUÇÃO DO OBJETO Os metodólogos dizem que sim, que as ciências humanas podem ser objetivas, através do que chamam de “objetivação”, ou “objeto construído”, ou seja, a construção do objeto. Embora o objetividade/neutralidade não seja realizável, a objetivação é possível, ou seja, um rigor de instrumental teórico e técnico adequado (MINAYO, 1997, p. 35). A objetivação seria “um processo de construção do objeto da pesquisa que reconhece sua complexidade e especificidade”, repudiando o “discurso ingênuo ou malicioso da neutralidade” (MINAYO). Pedro DEMO acompanha: “não trabalhamos com a realidade, pura e simplesmente, de forma imediata e direta, mas com a realidade assim como a conseguimos ver e captar[...] Não captamos a realidade, mas a interpretamos [...] o dado não fala por si, mas pela boca de uma interpretação.” (DEMO, 1987, p. 45-46). Em suma, a objetivação teria a ver com explicitar os instrumentos, recortes e inspirações do nosso olhar. Para Minayo, enquanto o positivismo aplicado às ciências sociais leva a quantificações que podem ser o reino do senso comum, a perspectiva construcionista elege os métodos qualitativos. Ela cita Dilthey e sua obra Introdução às Ciências do Espírito, onde ele afirma que os fatos humanos não seriam suscetíveis de quantificação e propõe como método a “ciência compreensiva”, do sentido, ou Hermenêutica. (E, no entanto, seres humanos e suas atitudes são quantificáveis, sim, pois são previsíveis, submetidos às leis dos grandes números, segundo Gramsci. Mas isso é outro debate...) www.professores.uff.br/seleneherculano SURGIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS, SEGUNDO WALLERSTEIN[8]: O autor nos lembra que a universidade medieval tinha quatro faculdades: teologia, medicina, lei e filosofia. No século XVIII ocorreu o divórcio entre a filosofia e a ciência. Esta se tornou empírica, baseada em observações sobre o mundo empírico. O que restava seriam especulações filosóficas E a partir daí o conhecimento se dividiu em Ciência de um lado e Humanidades, artes ou letras do outro. As ciências eram empíricas e experimentais: física, química, geologia, astronomia, zoologia, matemática etc. As Humanidades se dividiam em filosofia, estudos clássicos (latim, grego, Textos da Antiguidade), história da arte, musicologia, língua nacional, literatura. A mais antiga das ciências sociais é a História, que se pretendia empírica, mas sem fazer generalizações. A História tinha um caráter idiográfico, isto é, debruçava-se sobre fenômenos sociais únicos, não generalizáveis. O mundo moderno viu surgir três esferas sociais: o Estado, a sociedade civil e o mercado capitalista e, para lidar com elas, três disciplinas novas: a Ciência Política, a Sociologia e a Economia. Estas são disciplinas nomotéticas, isto é, que buscam regularidades e leis gerais. Havia todavia um problema: História, Economia, Sociologia e Ciência Política estudavam uma porção do mundo, o mundo moderno europeu ocidental. Como este estava em expansão, era necessário uma ciência social para compreender o outro mundo. Surgiram duas: a primeira delas a Antropologia, com seus estudos etnográficos sobre os povos submetidos ao colonialismo europeu. Seu método de estudo etnográfico passou a ser definido como a observaçãoparticipante, pela qual o pesquisador vive entre o povo por um período de tempo, em pesquisa de campo, aprendendo sua língua e costumes. A etnografia se definia como estudiosa de povos sem história. Mas o mundo era mais do que o mundo moderno europeu e os povos primitivos. Existiam outras grandes civilizações, como a índia, a China, a Pérsia e o mundo árabe, com seus idiomas escritos, religiões não-cristãs e que eram impérios burocráticos. Elas tornaram-se objeto de estudo de uma segunda ciência social, a dos Estudos Orientais. Os Orientalistas europeus se perguntaram porque tais civilizações não eram modernas. Ambas as disciplinas – Orientalismo e Etnografia – enfatizavam particularidades dos seus objetos. Tendiam a ser portanto também idiográficas, no campo das Humanidades. Wallerstein continua: em 1945 o mundo mudou: os EUA se tornaram força hegemônica e seu sistema universitário se tornou o mais influente. Os países agora definidos como compondo o Terceiro Mundo se tornaram locus de turbulência política e de busca de autonomia. A combinação entre a expansão econômica mundial e a expansão das tendências democráticas levaram a uma grande expansão do sistema universitário. A divisão disciplinar entre ciências sociais para estudar o mundo moderno e Orientalismo e Etnografia para estudar o resto já não dava conta da necessidade dos EUA em analisar fenômenos como o do surgimento do partido comunista chinês. Enquanto isso, www.professores.uff.br/seleneherculano no bloco soviético comunista estudava-se o “modo de produção asiático, um Orientalismo com uma perspectiva marxista. Foi criado então nos EUA o “estudo de área” (area studies) reconciliando estudos de natureza idiográfica com pretensões nomotéticas. Um conceito operou a síntese: o de desenvolvimento e sua teoria dos estágios. Outros debates surgiram dentro do tema do desenvolvimento: teoria cepalina, teoria da dependência... OS DOIS TEMPOS DE BRAUDEL Em 1945 na França, no seio de um grupo de estudos chamado de Annales, que tinha uma tônica idiográfica, surgiu o nome de Fernand Braudel: ele criticava a história episódica (événementielle), idiográfica, e também criticava a ambição nomotética da busca de verdades eternas dos cientistas sociais. Entre tais extremos, propôs o conceito de dois tempos sociais: o tempo estrutural, de longa duração, mas não eterno e o dos processos cíclicos dentro das estruturas. E foi assim que Wallerstein situou o surgimento de uma nova proposta disciplinar que denominou de Análise dos sistemas-mundiais, na qual a unidade de análise não é mais o estado nacional. Esta análise tem por objeto as economias-mundo e os impérios mundiais e o EspaçoTempo, e não se limitam a uma única estrutura política. Que tipo de pesquisa então se faz a partir deste arcabouço conceitual? Veremos ao final, no último módulo do curso. Por enquanto, a atenção dada a esta proposta de Wallerstein foi para mostrar uma análise que explica o surgimento das ciências sociais e humanas e seus métodos a partir da economia política mundial. BENJAMIN, Cesar. O sonho de Descartes – porque somos todos cartesianos. Folha de São Paulo: Ilustrissima, 18 de setembro de 2011 [1] A teoria da Gestalt , no início do século XX, resultou de investigações no campo da psicologia, lógica e epistemologia – ver http://gestalttheory.net/archive/wert1.html. A percepção percebe e define as partes e deduz o todo, mas o todo é mais que as partes percebidas. [2] POPPER, Karl. A lógica das ciências sociais. Rio: Tempo Brasileiro, 1978. [3] CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995, capítulo 3 – O que é a verdade, PP. 99 -108 [4] ABRANCHES, Sergio. Copenhagen antes e depois. Rio: Civilização Brasileira, 2010. [5] JAPIASSU, Hilton. O mito da neutralidade científica. Rio: Imago, 1975. [1] www.professores.uff.br/seleneherculano [6] DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. São Paulo: Atlas, 1987. [7] MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento – pesquisa qualitativa em saúde.São Paulo: Hucitec e Rio: Abrasco, 1996. [8][8] WALLERSTEIN, Immanuel. World-systems analysis – na introduction. Durham and |London. Duke University Press, 2007 (2004)