Com a Revolução Industrial

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UD III ASS 2 – 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
E IMPERIALISMO.
OBJETIVOS:
-JUSTIFICAR A IMPORTÂNCIA DA 2ª REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL PARA A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO;
-RELACIONAR
A
EXPANSÃO
IMPERIALISTA
AO
CAPITALISMO;
-EXPLICAR AS ESTRATÉGIAS DE DOMÍNIO IMPERIALISTA
NA ÁSIA E NA ÁFRICA;
-DESCREVER AS TRANSFORMAÇÕES NAS COMUNIDADES
AFRICANAS E ASIÁTICAS;
-ANALISAR A EXPANSÃO CAPITALISTA.
SUMÁRIO
1. ANTECEDENTES;
2. A 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL;
3. RESUMO E APRECIAÇÃO
4. 1ª VERIFICAÇÃO
5. IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO;
6. PARTILHA DA ÁFRICA;
7. PARTILHA DA ÁSIA;
8. O IMPERIALISMO INGLÊS;
9. RESUMO E CONCLUSÃO;
10. 2ª VERIFICAÇÃO.
1.ANTECEDENTES
1.1. 1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
-Máquina a vapor e locomotiva;
-restringiu-se à Inglaterra e aos países que se
deixaram influenciar pela revolução inglesa;
-na busca por mais matérias, a Inglaterra
consolidou seu vasto império colonial pelo
mundo, adquiriu e manteve a supremacia
industrial;
-substituição de produtos manufaturados
por máquinas;
-aumento da quantidade e diversidade
bens de consumo;
-supremacia industrial inglesa até a metade
do século XIX;
-era do carvão e ferro;
-crescimento da nova classe social do
operariado;
-inchaço das cidades, desemprego e da
mendicância;
-poluição urbana e rural.
A SEGUNDA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
Revolução Científico-Tecnológica
2. 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1870/1ª GM)
2.1. CARACTERÍSTICAS
- era do aço e da eletricidade;
-a partir de 1870, com o uso da energia elétrica,
do motor a explosão, dos corantes sintéticos e
do telégrafo;
-Evolução da produção individual e do
conhecimento humano;
-Lucros maiores das indústrias;
-Aceleração entre a obtenção de matérias
primas e o comércio.
-Várias inovações e invenções;
-intensificação e diversificação
da produção;
-revolução econômica na
agricultura:
-melhoria das técnicas agrícolas/
-melhoria da produtividade/
-melhoria da qualidade de vida/
- diminuição da mortalidade e do
aumento da população;
2.2. PRINCIPAIS INVENÇÕES
-Transformação de ferro em aço, por H.
Bessemer:uso na indústria, baixo preço
e resistência maior;
-invenção do dínamo-Siemens: propulsor
da eletricidade;
-substituição da energia a vapor pela energia
elétrica;
-Motor de combustão Interna, de Nicolau
Otto, aperfeiçoado por Rudolf Diesel
e Karl Benz.
Ponte do Brooklin, em New York
(em 1869, 1ª ponte de aço do mundo)
Mercado de Yokohama na era Meiji (1870)
estrada de ferro no oeste americano
imigrantes em N. York em 1890
-uso do petróleo e derivados: diesel e
gasolina;
-Crescimento da indústria química;
-Locomotiva elétrica -1879;
-Fábrica de automóvel a gasolina em 1880
por Benz e Daimler;
-Produção do automóvel em 1885;
-Motores gás e diesel 1887;
-descoberta do rádio em 1896 por
Marconi;
2.2.1. Novas tecnologias
• Indústria e os novos inventos: mais
velocidade na produção e distribuição
das mercadorias.
• Processo Bessemer – 1856- Henry
Bessemer, engenheiro inglês, descobriu
o aço. Esse e outros inventos
incentivaram maior investimento na
indústria siderúrgica. O aço substituiu o
ferro em diversos setores.
2.2.2. O motor de combustão interna
• Petróleo até o século XIX era usado no tratamento
medicinal ou como lubrificante. Em 1859 passou a ser
usado como combustível- querosene (lamparinas e
inseticidas)
• 1870 – motor – movido à gasolina ou diesel. Século XX
- o diesel passou a substituir o vapor nas locomotivas e
nos navios.
2.2.3. Invenção do dínamo: 1870 – uma máquina que
produz eletricidade. O carvão foi sendo deixado de lado e a
eletricidade passou a ser cada vez mais usada nas fábricas,
transportes e iluminação elétrica.
2.2.4. Transportes e comunicação:
• Estradas de ferro/automóveis/telefone (Graham Bell).
-aviação- F. Von Zeppelin -1900;
-avião: irmãos Wright (Orville/Wilbur)
e Santos Dumont (23 out 1906/ 14 bis)
-Invenção do telefone por Alexandre
Graham Bell em 1876;
-produção de automóvel em larga
escala em 1908 por Henry Ford;
-em 1890, Thomas Edison e o
escocês William Dickson criaram o
cinetoscópio.
-em 1895 os irmãos franceses
Auguste e Louís Lumiere criaram
O cinematógrafo.
-Surge os Pneumáticos/John Boyd Dunlop/
Pneu Com Ar/1888;
-Lâmpada incandescente por Thomas A. Edison
em 1854;
-Máquina de costura, em 1846/EUA/por Elias
Howe;
Máquina de escrever, em 1867/EUA/C. Sholes
e Carlos Glidden.
2.2.5. Segunda Revolução Industrial: criou
outra divisão: países ricos e
industrializados X países pobres,
consumidores dos excedentes da produção
dos países ricos e fornecedores de energia
e matéria-prima.
2.2.6. Novo modo de produção
• Separação Trabalho – Capital
→ Capitalista = dono dos meios de produção
→ Proletário = trabalhador assalariado
• Trabalho = mercadoria que o trabalhador
vende em troca de um salário
• Declínio da produção artesanal, produção em
larga escala = Fábricas
• Aumento da produção, barateamento dos
custos, mais fácil acesso aos bens de consumo
• Produção para um mercado desconhecido
• Concentração da produção industrial em
centros urbanos – industriais
• Surgimento da classe operária
• Oficinas artesanais deram lugar ao sistema
fabril, onde a máquina homogeniza o trabalho
humano e acentua-se a divisão social do
trabalho
2ª Revolução Industrial
Racionalização do trabalho
• disciplina de horários (vários turnos)
•manutenção de um ritmo de trabalho
Rentabilizar o trabalho dos operários:
• divisão do trabalho
• especialização de tarefas
2ª Revolução Industrial
 taylorismo
• F. Taylor introduz a organização
científica do processo produtivo
• aposta na especialização
• com o objetivo de reduzir os
custos de produção
 cadeia de montagem (fordismo)
• Atinge a máxima especialização
• a otimização do trabalho e dos
rendimentos
• baixando o custo final dos
produtos
Primeira
Fase
Segunda
Fase
Material
Industrial Básico
FERRO
AÇO
Principal Fonte
Energética
VAPOR
ELETRICIDADE
PETRÓLEO
Setor
Predominante
TÊXTIL
DIVERSIFICAÇÃO
DA PRODUÇÃO
(expansão)
2.2.7. Alemanha
• Avanço industrial 1.860;
moderna e dinâmica,
produz aço, produtos
químicos e equipamentos
elétricos e científicos. Após
a Unificação do país
(1871), industrialização se
intensificou.
Governo alemão:
•1) liberou recursos para a instalação de empresas;
•2) adotou medidas para proteger a indústria e a
agricultura alemã – tarifas alfandegárias sobre as
importações.
•3) Investimento na educação – ciências aplicadas à
produção industrial.
Com as escolas alemãs formando técnicos, as
indústrias dispunham de grande oferta de mão
de obra técnica, que recebiam salários baixos.
2.2.8. Rússia
• Governo czarista incentivou o desenvolvimento
industrial;
• 1) realizou empréstimos no exterior para construir
estradas de ferro e instalar empresas (estrangeiras) de
vários ramos, destacando-se a têxtil, extração de carvão
e minério de ferro.
2.2.9. Japão
• Até 1860: era quase como a
Europa Feudal. Havia um
imperador, mais o poder
estava nas mãos dos
DAIMIUS, senhores de
terras. O país era isolado do
Ocidente.
• 1860 – Revolução Meiji – centralização do poder nas
mãos do Imperador. Teve início inúmeras reformas:
• 1) O governo japonês firmou tratados comerciais com
os países ocidentais, garantindo a exportação de
produtos japoneses.
• 2) realizou uma ampla reforma educacional – erradicar
o analfabetismo e promover a industrialização do país.
• Na segunda metade do século XIX, o Japão se
industrializou. O governo usou capitais
estrangeiros para financiar o desenvolvimento
industrial, o que originou os grandes grupos
econômicos, os ZAIBATSU, controlados por
poucas famílias.
• Por volta de 1910, o
Japão tinha mais de 10
mil quilômetros de
estradas de ferro,
grandes bancos,
poderosas Companhias
de navegação e
mineração, e a produção
têxtil era uma das
maiores do mundo.
Estrada de
ferro Tocaido.
Japão.
2.2.10. ESTADOS UNIDOS
• Industrializa-se após a guerra Civil (18611865) Guerra de Secessão.
• O Norte industrializado venceu o Sul agrário
e escravista e impôs seu projeto
modernizador.
• a) Leis protecionistas – ampararam a
produção industrial e agrícola do país.
• b) Grande oferta de mão de obra
barata, garantida pela política de estímulo à
imigração a ocupação de terras do Oeste;
• c) O incentivo do Estado à instalação de
companhias de transportes e às
comunicações.
• 1900 – EUA – ocupavam o primeiro lugar na
produção mundial de aço; a maior malha
ferroviária do mundo.
• A população urbana saltou de 15% em 1850
para 40% em 1900. Dos 75 milhões de
habitantes, 30 milhões viviam nas cidades.
2.2.11. O Capitalismo Financeiro
• Até a segunda metade
do século XIX –
empresas eram
pequenas e familiares.
Os lucros eram
revertidos para a
própria empresa –
Capitalismo
Industrial.
• A partir de 1880 – surgem novas atividades econômicas:
Exploração do petróleo, usinas hidrelétricas e siderúrgicas
– exigem grandes investimentos que passam a ser
fornecidos pelos bancos que passam a financiar a
produção agrícola e mineral em cada país e controlam por
meios de ações, empresas de diferentes setores e
atividades – Capitalismo Financeiro.
• Com a Segunda Revolução Industrial surgem as grandes
empresas:
• Truste – Associação de empresas de um mesmo ramo
que se fundem com o objetivo de controlar os preços, a
produção e o mercado.
2.2.12. Cartel – Agrupamento de empresas
independentes que estabelecem acordos
ocasionais com o propósito de dividir o mercado
e combater os concorrentes.
2.2.13. Holding – Empresa que controla uma
série de outras empresas, do mesmo ramo ou de
setores diferentes mediante a posse majoritária
das ações das empresas.
• A associação de várias empresas permitiu uma
concentração de capital nas mãos de grupos econômicos
chamados Oligopólios, que prejudicavam as pequenas
empresas e a livre concorrência.
2.2.14. Oligopólios: poucas empresas dominam a maior
parte do mercado.
2.2.15. Consequências da Revolução Industrial:
– Consolidação do capitalismo e do poder da burguesia.
– Desenvolvimento tecnológico.
– Desenvolvimento dos transportes (barco a vapor,
locomotiva) e das comunicações (telégrafo e
posteriormente o telefone).
– Aumento da produtividade (redução de preços).
– Esgotamento de recursos naturais.
– Urbanização intensa.
– Formação do proletariado urbano (operários).
– Surgimento do CAPITALISMO FINANCEIRO – grandes
bancos controlando indústrias por meio de compra de
ações ou dependência financeira (empréstimos).
• A exploração de operários e as suas lutas:
– Operários destituídos da posse de
meios de produção e instrumentos de
trabalho.
– Sujeitos a jornadas diárias de mais de
14 horas.
– Sem nenhum direito trabalhista.
– Exploração do trabalho feminino e
infantil.
– Baixos salários.
– Desemprego (“exército industrial de
reserva”)
– Ludismo (1811 – 1818) – movimento de
trabalhadores que destruíam máquinas.
Cartismo (1832 – 1848) – movimento de
trabalhadores que redigiam reivindicações
trabalhistas ao parlamento britânico. Obteve
alguns benefícios como a redução da jornada
de trabalho para 10 horas e regulamentação
do trabalho infantil e feminino.
- Trade Unions – associações de trabalhadores
que deram origem aos sindicatos.
-Questionamento do operariado: salários,
jornadas, condições de trabalho, férias e
organização de Sindicatos;
-Aplicação do excedente de capital na
pesquisa e aperfeiçoamento das máquinas:
diminuir custos com operários;
-Crescimento do padrão de vida: bicicletas,
relógios, aparelhos domésticos em larga
escala;
-Redução de custos/aumento da produção:
-Produção em série: mesmo produto em grande quantidade/manutenção padronização;
aprovação do consumidor;
-Especialização do trabalho: subdivisão em
várias etapas.
-linhas de montagem: esteiras rolantes levam
parte do produto para montagem.
Duto para montagem: criado por Taylor e utilizado por Ford;
-aumento da produção: busca de novos
mercados/maiores lucros;
-dificuldades de pequenos e médios
proprietários de montar e manter suas
fábricas;
-Surgimento do capitalismo financeiro ou
monopolista;
-Capital bancário somado;
-Origem das multinacionais;
-Mercado de ações para valorizar
e aumentar o capital;
- Surgimento da Bolsa de valores;
2.2.16. MECANISMOS PARA INIBIR A CONCORRÊNCIA
-CARTEL: -união de uma empresa já
existente no mercado com outras
de menor porte, com o objetivo de
dominar o mercado de um ou mais
produtos, ou seja, dividir o mercado;
-igualam o preço de venda;
-Grupo compra grande quantidade de
matérias primas e implementos;
-pressão nos fornecedores para exclusividade;
-Visa o monopólio do produto;
-TRUSTE: várias empresas de um mesmo
setor , interessadas em controlar preços,
produção e mercado, se fundem formando
uma única organização.
-Controlam todas as etapas de produção,
desde a retirada da matéria prima da
natureza até a comercialização.
OLIGOPÓLIO: Associação de empresas,
sem capital suficiente para a concorrência
tornando-se um pequeno grupo poderoso
empresas controlador de determinado ramo
da produção.
HOLDING: união de empresas de mesmo
produto ou de diferentes produtos, administradas por outra, com o controle acionário
das demais (subsidiárias).
– Formação de grandes conglomerados econômicos:
HOLDING
Empresas financeiras
que controlam
complexos industriais a
partir da posse de suas
ações.
TRUSTE
Empresas que absorvem
seus concorrentes,
controlando a produção,
preços e dominando o
mercado.
A
A
A
CONTROLE
ACIONÁRIO
CARTEL
Empresas de um
mesmo ramo que se
associam para evitar
concorrência,
dividindo os mercados.
ACORDO
COMPRA
D
B
C
D
B
C
B
D
C
MONOPÓLIO
CONSEQUÊNCIAS

Econômicas: (“fim da escravidão”)
→ modo de produção capitalista se torna o
modo de produção dominante
→ IMPERIALISMO = busca de mercados para
extrair matérias-primas e vender manufaturados
- Inglaterra e França = impérios coloniais na
Ásia e África (partilha)
- conflitos ( = 1ª guerra )
Políticas:
→ Burguesia no poder, aplicação do Liberalismo
“lassez faire, laissez passer” (deixai fazer, deixar passar)
 “plena igualdade de direito, desigualdade de fato” →
sociedade baseada no dinheiro e na instrução
 Sociais:
→ surgimento de gravíssimas questões sociais
→ jornada de trabalho de 15/16h por dia
→ salários miseráveis
→ péssimas condições de trabalho
→ salários pagos em vales
→ habitações de péssimas condições
→ exploração do trabalho infantil e feminino
→ aumento do desemprego, exploração
excessiva dos trabalhadores, surgimento das
ideologias revolucionárias...
• Horas de trabalho por semana para
trabalhadores adultos nas indústrias têxteis:
1780 - em torno de 80 horas por semana
1820 - 67 horas por semana
1860 - 53 horas por semana
3. RESUMO E APRECIAÇÃO
- O desenvolvimento de novos processos técnicos e científicos ao longo
do século XIX impulsionou a industrialização e facilitou a circulação de
informações, pessoas e mercadorias.
- Inventos na área de transportes, das comunicações e da produção de
energia possibilitaram encurtar as distâncias, agilizar a veiculação de
notícias e criar novas indústrias.
-Aos olhos da elite da Europa, a civilização tinha instaurado o reino da
ciência e do progresso.
-Passou-se a chamar de CIENTIFICISMO a crença na capacidade da
ciência explicar o mundo, dominar as forças da natureza e promover o
progresso geral das sociedades humanas.
- Nesse século XIX o desenvolvimento científico foi marcado pela aliança
entre ciência, técnica e indústria, criando meios para se produzir mais,
em menor tempo e com menos gasto de energia e de custos (exemplos:
conhecimentos teóricos sobre eletromagnetismo, aproveitado na
fabricação de motores elétricos, dos transformadores e da lâmpada; e
teoria da termodinâmica, na invenção dos motores a vapor).
- Essas inovações possibilitaram o aumento da produtividade e a
geração de capitais excedentes na Europa que, necessitando de
mercados para o investimento desses excedentes, motivaram as
potências capitalistas a realizarem um novo tipo de colonialismo na
África, Ásia e Oceania.
O QUE É UMA REVOLUÇÃO ?
- é uma mudança rápida e profunda que afeta as estruras
de uma sociedade.
-implica, por outro lado, uma aceleração no ritmo das
transformações históricas.
O que foi então a Revolução industrial?
“Processo global de transformações econômicas e
sociais, caracterizadas pela aceleração do processo
produtivo e pela consolidação da produção
capitalista. Tal processo liquidou com os resquícios da
produção baseada em relações feudais e consolidou
definitivamente o modo de produção capitalista.”
A ciência e a Segunda
Revolução Industrial
Pesquisa
científica
Grandes
Investimentos
$$$ Acúmulo
de capitais
Progresso
técnico
Aumento da
produção
AS TRANSFORMAÇÕES:
• Na agricultura: adoção de uma série de novos
métodos e técnicas de cultivo criação;
• Envolvendo o uso de máquinas, novos
cultivos, alterações no regime de exploração
da terra, promovendo uma verdadeira
revolução agrícola.
• Nos transportes, bancos, comércio,
comunicações, em toda a sociedade
capitalista.
TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS
• Divisão social em duas classes básicas:
a burguesia-proprietária dos meios de
produção.
o proletariado-classe assalariada e que,
para subsistir, vende o único bem que possui,
a sua força de trabalho.
A vida nas grandes cidades
Muitas famílias da burguesia, foram
morar em amplas casas cercadas por
bosques e jardins, longe do centro das
cidades.
Tinham acesso aos serviços de
esgoto, de água encanada e de
eletricidade.
Principais consumidoras dos novos
produtos industrializados de luxo,
como os utensílios domésticos, os
automóveis e as máquinas
fotográficas.
Tinham bastante tempo para o lazer.
Tais como: esportes, teatro, ópera,
passeios no campo, bailes e saraus.

BELLE EPOQUE!
Os bairros operários
Nos bairros operários, que geralmente ficavam
próximos às indústrias, não havia rede de esgoto
nem abastecimento de água e gás. Além disso, a
poluição causada pelas fábricas provocava sérios
problemas de saúde nos moradores desses
bairros.
Fases do Capitalismo
Primeira Revolução
Industrial
Segunda Revolução
Industrial
Capitalismo Industrial
(fase liberal ou concorrencial)
Capitalismo Financeiro
(fase monopolista)
o Segunda metade do século
XVIII.
o Inglaterra/ França/ Bélgica/
Holanda.
o Livre concorrência entre
empresas e países.
o Predomínio da indústria sobre o
comércio e as finanças.
o Empresas pequenas e médias,
geralmente sob direção familiar.
o Final do século XIX.
o Europa/ EUA/ Japão.
o Monopólios: limitaram a livre
concorrência, as pequenas e as
médias empresas.
o Controle dos bancos e
instituições financeiras
(empréstimos e ações) sobre a
indústria e o comércio.
o Formação de grandes
empresas, devido a acumulação
de capital, controlando o
mercado.
4. 1ª VERIFICAÇÃO
1.
A charge abaixo foi do publicada em 1889, de autoria de
Joseph Ferdinand Keppler, famoso cartunista e caricaturista da época.
Observe com atenção pois ela representa a existência de uma plateia
em pé formada de homens de negócios (empresários de cartola) e um
grupamento de políticos sentados, apontando para o Senado ou
Congresso Americano.
a. Na roupa de cada um dos empresários de cartola está escrito a palavra
“trust”. Explique qual é o significado dessa palavra.
-Resposta: significa a associação de várias empresas em uma única, que passa
a dominar todas as fases da produção, desde a obtenção da matéria-prima até
a comercialização do produto.
b. Apresente a mensagem crítica da charge.
Resposta: a charge ironiza e critica a força dos trustes ou do poder econômico
empresarial nos políticos norte-americanos, dando a entender que são eles
que mandam na política do país.
c. Ela pode ser aplicada nos dias atuais? Justifique.
Resposta: Essa mensagem pode ainda ser aplicada nos dias atuais porque o
poder econômico em uma sociedade capitalista como a norte-americana ainda
possui grande influência nas decisões do Congresso americano.
d. Explique com suas próprias palavras o que você entende como cartel.
Resposta: união de uma empresa já existente no mercado com outras de
menor porte, com o objetivo de dominar o mercado de um ou mais produtos,
ou seja, dividir o mercado, estabelecendo um preço único da mercadoria
(monopólio).
2. (UEL 2013) Leia o texto a seguir: “A tecnologia tem sido o catalizador
da mudança social desde antes do matemático grego Arquimedes
demonstrar que a água pode ser levantada para irrigar um terreno
ressecado acima de um fluxo de água, por meio de um mecanismo
contínuo propulsor dentro de um tubo flexível. Contudo, ao mesmo
tempo, a diferença entre os contemplados e os tecnologicamente
carentes tornou-se um abismo. Para cada um que agora compra sua
passagem de avião, trem e ingresso de teatro online, milhões ainda
esperam pela eletricidade e por água limpa corrente.” (Adaptado de:
JARDINE, L. Como a tecnologia afeta a transformação social. In: SWAIN,
H. Grandes questões da História. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.
p.255-259.)
a. Com base no texto, descreva duas características fundamentais da
Revolução Industrial inglesa do século XVIII.
-Resposta: Sobre a revolução industrial, o aluno deve pode uma explicar
sumariamente algumas dessas características: o surgimento da
manufatura, a urbanização, o surgimento do proletariado, o surgimento
da indústria de bens de consumo, a expulsão do homem do campo, o
cercamento das terras, a exploração do trabalho assalariado.
b. Discuta as relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-estar
social no mundo contemporâneo.
-Resposta: Espera-se que o aluno articule uma reflexão demonstrando
como o desenvolvimento tecnológico pode contribuir para o
desenvolvimento humano e até mesmo para a preservação ambiental.
Essas tecnologias não estão, contudo, disponíveis para todos, o que
reforça a desigualdade existente. Em suma, o candidato deverá
argumentar sobre os aspectos contraditórios das relações entre
desenvolvimento tecnológico e bem-estar social.
3.Na Inglaterra, um horário ferroviário uniforme foi
Adotado em meados do século XIX. Baseava-se na hora
do Tempo Médio de Greenwich, isto é, a hora do meridi
ano do Observatório Real de Greenwich, geralmente indi
cada pelas letras GMT (Greenwich Mean Time). No final da
década de 1840, Sir George Airy, astrônomo real, insistiu
para que o Big Ben, novo relógio a ser construído, fosse
regulado pela hora de Greenwich. Airy expandiu muito o
serviço público baseado na GMT, fazendo com que essa hora fosse
transmitida por todo o país por cabos que corriam ao longo das linhas
férreas. Em 1853, escreveu:
“Não posso sentir senão satisfação ao pensar que o Observatório Real está
assim contribuindo para a pontualidade dos negócios por toda uma grande
extensão deste país”
Adaptado de WHITROW, G. J. O tempo na história: concepções do tempo da préhistória aos nossos dias. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
As sociedades industriais modernas desenvolveram formas de medir o
tempo associadas ao uso do relógio e à padronização dos horários em
escala nacional, como no caso da Inglaterra, no decorrer do século XIX.
Um dos efeitos dessas medidas padronizadoras do tempo se manifestou
basicamente na regulação dos:
a) ritmos do trabalho
b) sistemas de plantio
c) níveis de escolaridade
d) fluxos de investimentos
Explicação: Desde o final do século XVIII, com a expansão da indústria,
foram criadas formas de controlar o trabalho desenvolvido pelos
operários, como forma de aumentar a produtividade e
consequentemente o lucro. A utilização do relógio pelo patrão e a
padronização do horário no país fizeram parte desse processo no
decorrer do século seguinte.
4. (Unesp 2013) No final do século XVIII, a Inglaterra mantinha
relações comerciais regulares com várias regiões do continente
africano. O interesse de ingleses nesse comércio derivava, entre
outras coisas, da necessidade de:
a) mercado consumidor para os tecidos, produzidos em escala
industrial nas fábricas inglesas e francesas.
b) especiarias e sal, utilizados na conservação de alimentos
consumidos nas grandes cidades europeias.
c) petróleo, utilizado como fonte principal de energia nas fábricas
instaladas em torno das grandes cidades inglesas.
d) matérias-primas, como o algodão e os óleos vegetais, que eram
utilizadas pelas fábricas inglesas.
e) mão de obra a ser empregada nas manufaturas e fábricas que
proliferavam na Inglaterra e na França.
Explicação: O século XVIII foi caracterizado pela Revolução Industrial na
Inglaterra e, apesar de destacar-se a indústria têxtil e sua matéria-prima
fundamental, o algodão, outros componentes eram necessários para o
desenvolvimento, funcionamento e manutenção do maquinário.
No século XVIII, o mercado era essencialmente inglês e europeu, e a mão de
obra era composta por antigos camponeses expulsos de suas terras. As
especiarias já não tinham grande importância comercial, e o petróleo e seus
derivados não haviam sido descobertos.
5. (Unesp 2013) Leia: “Todo processo de industrialização é necessariamente
doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na
Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi
acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço
comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi
uma violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa
perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia
pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de
produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada
pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem a
doença os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da
Revolução Industrial, mas sim o próprio trabalho.”(Edward P. Thompson. A
formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.)
O texto afirma que a Revolução Industrial:
a) aumentou os lucros dos capitalistas e gerou a convicção de que era
desnecessário criar mecanismos de defesa e proteção dos trabalhadores.
b) provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso,
contou com esforço e apoio plenos de todos os segmentos da população.
c) representou mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos
operários e envolveu-os num duro processo de produção.
d) piorou as condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o
benefício de consolidar a ideia de que o trabalho enobrece o homem.
e) preservou as formas tradicionais de sociabilidade operária, mas
aprofundou a miséria e facilitou o alastramento de epidemias.
Justificativa: O autor destaca aspectos sociais da Revolução Industrial, na
medida em que promove a separação definitiva entre capital e trabalho e
agudiza as distinções sociais. Mais do que um avanço tecnológico, aponta o
retrocesso social, na medida em que trabalhadores são submetidos a uma
condição de vida e de trabalho marcada pela exploração e pela miséria.
6. (Fuvest 2013) “Maldito, maldito criador!
Por que eu vivo? Por que não extingui, naquele
instante, a centelha de vida que você tão
desumanamente me concedeu? Não sei! O desespero
ainda não se apoderara de mim. Meus sentimentos
eram de raiva e vingança. Quando a noite caiu,
deixei meu abrigo e vagueei pelos bosques. (...)
Oh! Que noite miserável passei eu! Sentia um inferno devorar-me, e desejava
despedaçar as árvores, devastar e assolar tudo o que me cercava, para depois
sentar-me e contemplar satisfeito a destruição. Declarei uma guerra sem
quartel à espécie humana e, acima de tudo, contra aquele que me havia criado
e me lançara a esta insuportável desgraça!” Mary Shelley. Frankenstein. 2ª ed.
Porto Alegre: LPM, 1985.
O trecho acima, extraído de uma obra literária publicada pela primeira vez em
1818, pode ser lido corretamente como uma:
a) apologia à guerra imperialista, incorporando o desenvolvimento
tecnológico do período.
b) crítica à condição humana em uma sociedade industrializada e de
grandes avanços científicos.
c) defesa do clericalismo em meio à crescente laicização do mundo ocidental.
d) recusa do evolucionismo, bastante em voga no período.
e) adesão a ideias e formulações humanistas de igualdade social.
Justificativa: O romance Frankenstein, de Mary Shelley, foi escrito e publicado
sob o contexto da Primeira Revolução Industrial, época marcada por grandes
avanços científicos e pela crença de que o homem poderia controlar a
natureza – fatos que são questionados pela autora.
7. O avanço tecnológico das últimas décadas deu origem a setores
muito sofisticados do ponto de vista técnico, tais como a
microeletrônica, a biotecnologia, a robótica etc. Eles integram a
chamada fábrica global, determinando uma nova distribuição espacial
das indústrias, cujas características atendem, em última análise, à lógica
do lucro. Com relação aos fatores determinantes da teoria de
localização industrial, responda:
a. Identifique os fatores que foram fundamentais para a
localização industrial na primeira e na terceira Revolução
Industrial.
Resposta: A Primeira Revolução Industrial de um lado
dependia de capital acumulado, existência de minérios em
abundância como o ferro e o manganês (custo do transporte,
distâncias e quantidade) e fontes de energia. De outro lado
um mercado consumidor com poder aquisitivo e mão de obra
abundante são importantes. A Terceira Revolução Industrial
ocorre sobre novas bases. Energia elétrica, informatização,
integração pesquisa – tecnologia, terceirização, Toyotismo,
(just in time), automação e robotização. Os avanços
tecnológicos ocorrem em áreas como microeletrônica,
nanotecnologia, biotecnologia, química fina entre outras. São
aspectos que favorecem a acumulação flexível com
desconcentração espacial.
b. Explique o significado do termo “fábrica global”.
Resposta: Trata-se de um novo modelo produtivo com base na
desconcentração espacial das atividades; distribuição do processo
produtivo de bens por diferentes lugares. A sede administrativa da
empresa é num dado país e sua linha de produção é em outro. A
transnacionalização, por exemplo, pode ter um carro global. Projeto,
administração e captação financeira num certo país; produção de
autopeças em outro; carroceria e motores num terceiro e montagem num
quarto país.
8.“Viver numa grande cidade implica o reconhecimento de múltiplos sinais.
Trata-se de uma atividade do olhar, de uma identificação visual, de um
saber adquirido, portanto. Se o olhar do transeunte, que fixa fortuitamente
uma mulher bonita e viúva ou um grupo de moças voltando do trabalho,
pressupõe um conhecimento da cor do luto e das vestimentas operárias,
também o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos a sua
presa, implica um conhecimento específico da cidade.” Maria Stella
Bresciani, Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São
Paulo: Brasiliense, 1982, p.16. Adaptado.
O texto mostra como o forte crescimento territorial e demográfico de
algumas cidades europeias, no século XIX, redefiniu formas de
convivência e sociabilidade de seus habitantes as quais, em alguns
casos, persistem até hoje.
a. Cite e explique dois motivos do crescimento de cidades como
Londres e Paris, no século XIX.
Resposta: O principal motivo de crescimento dessas duas cidades foi a
industrialização, bastante acentuada no decorrer do século XIX, apesar da
revolução industrial na Inglaterra ter-se iniciado no século anterior. A
segunda metade do século XIX foi marcada pela 2ª Revolução Industrial,
que promoveu não apenas as novas tecnologias, mas também um aumento
significativo do número de fábricas e, portanto, de postos de trabalho.
A segunda causa é a crise no setor agrário, colocado em segundo plano
pelos governantes e burguesia dessas nações e que sofreu a interferência
do processo de mecanização, principalmente nas últimas décadas do
século, provocando desemprego entre os camponeses que, em um
primeiro momento, tendiam a migrar para as grandes cidades
b. Indique e analise uma característica, dentre as mencionadas no texto,
que se faça presente em grandes cidades atuais do Brasil.
-Resposta: No trecho: “(...) o olhar do assaltante ou o do policial, buscando
ambos, a sua presa (...)”, podemos observar uma situação cada vez mais
comum nas grandes cidades, marcadas pelo banditismo e pela organização
da criminalidade, com aumento constante da violência urbana em
praticamente todas as grandes metrópoles brasileiras, que tem como
contrapartida a “ação policial” e a preocupação da sociedade civil.
9. “A paz não passa de um engodo, de uma quimera, de um sonho fugaz; a
indústria tornou-se o suplício dos povos, depois que uma ilha de piratas
[refere-se à Inglaterra] bloqueia as comunicações (...) e transforma suas
fábricas e oficinas em viveiros de mendigos.” (Charles Fourier. Théorie des
quatre mouvements (1808), in O Euvres complètes. Paris: Anthropos, vol. I, 1978,
citado por Elias Thomé Saliba. As utopias românticas. São Paulo: Estação Liberdade,
2003.)
O fragmento, escrito em 1808, mostra a visão de Charles Fourier acerca
do nascimento das fábricas. Explique:
a) por que o autor chama as fábricas de “viveiros de mendigos”.
-Resposta: Nas fábricas dos primeiros tempos da Revolução Industrial,
os operários trabalhavam em precárias condições, devido às longas
jornadas de trabalho em ambiente em insalubre, sujeitos a acidentes e a
castigos físicos e em troca de salários insignificantes.
b) o que leva o autor a afirmar que a Inglaterra “bloqueia as
comunicações”.
-Resposta: A afirmação de Charles Fourier de que a Inglaterra “bloqueia
as comunicações”, remete, no contexto em que se deu, à hegemonia
inglesa no comércio internacional, condição que a Inglaterra ostentava
desde o século XVII e que foi consolidada com a Revolução Industrial no
século XVIII.
10. (PUCRJ-2012). Entre 1837 e 1839, o escritor inglês Charles Dickens
publicou o romance “Oliver Twist”. Abaixo, estão reproduzidos os primeiros
parágrafos desse texto de Dickens:
“Dentre os vários monumentos públicos que enobrecem uma cidade da Inglaterra, cujo
nome tenho a prudência de não dizer, e à qual não quero dar um nome imaginário, um
existe comum à maior parte das cidades grandes ou pequenas: é o asilo da
mendicidade.
Lá em certo dia, cuja data não é necessário indicar, tanto mais que nenhuma
importância tem, nasceu o pequeno mortal que dá nome a este libre.
Muito tempo depois de ter o cirurgião dos pobres da paróquia introduzido o pequeno
Oliver neste vale de lágrimas, ainda se duvidava se a pobre criança viveria ou não;
se sucumbisse, é mais que provável que estas memórias nunca aparecessem, ou então ocupariam poucas páginas, e deste modo teriam
o inapreciável mérito de ser modelo de biografia mais curioso e exato
Que nenhum país em nenhuma época jamais produziu.” (CHARLES Dickens,
Oliver Twist, tradução de Machado de Assis e Ricardo Lísias, 1ª Ed., São Paulo, Hedra,
2002.)
Considerando a passagem acima, assinale a alternativa que indica corretamente as características do período a que Dickens
se refere.
a. crescimento urbano e pobreza que acompanharam o desenvolvimento material
da revolução industrial.
b. revolução comercial, reforma protestante e surgimento de uma nova ética de
trabalho.
c. crise econômica do feudalismo e ascensão das ideias científicas do liberalismo.
d. espírito regenerador dos valores cristãos praticados pela contrarreforma na
Inglaterra.
e. exaltação da classe operária inglesa e suas propensões naturais para o socialismo
e a revolução.
11. Em 1801 em todo continente [europeu], não havia mais de 23 cidades com mais de
100.000 habitantes, agrupando menos de 2% da população da Europa. Em meados do
século, seu nº já se elevava para 42; em 1900 eram 135 e, em 1913, 15% dos europeus
moravam em cidades. Quanto às cidades com mais de 500 mil habitantes que, na
época, pareciam monstros, só existiam duas no início do século XIX: Londres e Paris. Às
vésperas da Primeira Guerra Mundial, elas já eram 143. (RENÉ RÉMOND. Introdução à
História do nosso tempo-O século XIX, 1976),
A situação descrita pode ser explicada:
a. pela pressão dos senhores feudais, que substituiram
os antigos servos por trabalhadores livres.
b. Pela descoberta dos antibióticos, que contribuiu para
erradicar doenças e aumentar a expectativa de vida.
c. pelo crescimento da publicidade, que incentivava o
Deslocamento de populações por todo o continente.
d. pelo processo de industrialização, que concentrou a
Produção e a mão de obra.
e. pela política armamentista, que estimulava o serviço
militar obrigatório e o crescimento do exército nas cidades.
Justificativa: O enunciado induz o candidato a pensar que sua resposta
terá relação com a Primeira Guerra Mundial, mas uma interpretação
mais profunda mostra que o texto se relacional às consequências da
Revolução Industrial, que provocou o inchamento das cidades europeias
12. Leia com atenção: "Para [o] pensamento movido pela crença do
poder criador do trabalho organizado, a presença da máquina definiu de
uma vez por todas a fábrica como o lugar da superação das barreiras da
própria condição humana. 'A invenção da máquina (...)', escrevia Engels
em 1844, 'deu lugar como é sobejamente conhecido a uma Revolução
Industrial, que transformou toda a sociedade civil'". Edgar de Decca. "O
nascimento das fábricas". São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 9 .
"Os dejetos são parte significativa dos ciclos da natureza e da economia,
há sempre perda de matéria ou energia. A industrialização acrescenta
às variáveis quantidade/tipo a consideração da escala. A sociedade
(pós-industrial) avançada, desenvolvida, gera dejetos evidentemente
industriais (subprodutos dos processos das fábricas) e modifica também
o lixo doméstico: antes quase que exclusivamente orgânico, tem
atualmente outros componentes, sobretudo inorgânicos". Raphael T. V.
Barros. "Resíduos Sólidos e Meio Ambiente". In SEMINÁRIO SP, 1993
"De uns tempos para cá, um novo tipo de lixo acumula problemas para o
meio ambiente: o lixo eletrônico. São computadores, telefones celulares,
televisores e outros tantos aparelhos e componentes que, por falta de
destino apropriado, são incinerados e depositados em aterros sanitários.
Estima-se que até 2004 cerca de 315 milhões de microcomputadores
serão descartados, 850 mil dos quais no Brasil". Revista TEMA. Serpro, no
160. Março, 2002, ano XXVI.
Desde o final do século XVIII, com o surgimento do modelo de fábrica
inglês, a industrialização foi associada à ideia de progresso. No decorrer
do século XX, a fábrica obteve sucessos impressionantes, tanto no
volume e na diversidade da produção, quanto no aperfeiçoamento
tecnológico que atingiu. O pós 2ª Guerra Mundial tornou-se, dessa
forma, uma espécie de idade de ouro para as sociedades modernas
capitalistas da Europa Ocidental e para os EUA, desdobrando-se,
particularmente no meio urbano, na chamada sociedade de consumo.
No final do século XX, porém, começou-se a perceber e a criticar um
outro lado do desenvolvimento associado ao consumo: a imensa
quantidade de resíduos gerados por esse modelo industrial e os
problemas que provocava.
Redija uma dissertação sobre os "dois lados" desse modelo de
sociedade, levando em conta: - as condições que facilitaram a
ocorrência da "Revolução Industrial" na Inglaterra do século XVIII e as
novas formas de organização social que a fábrica trouxe; - alguns dos
avanços tecnológicos mais notáveis dos séculos XIX e XX, que
aumentaram o potencial produtivo dessa sociedade; - a velocidade dos
avanços tecnológicos (que produz o que o geógrafo Milton Santos
chamou de "tecnologia perecível") em comparação com as formas hoje
desenvolvidas para acondicionar os resíduos e, assim, diminuir os
efeitos ambientais provocados por eles.
Resposta (uma sugestão):
A Revolução Industrial, caracterizada pela introdução da energia a
vapor na movimentação das máquinas e de novos processos na
produção, teve início na Inglaterra em meados do século XVIII. Para a
ocorrência desse fenômeno, contribuíram os seguintes fatores:
- A disponibilidade de capitais na Inglaterra, acumulados durante a fase
do capitalismo comercial na Idade Moderna.
- A disponibilidade de matérias-primas, sobretudo de grandes jazidas de
ferro e de carvão mineral, essenciais à fabricação de máquinas e à
produção de vapor.
- A disponibilidade de mercados consumidores em todo o mundo, em
decorrência da hegemonia marítima inglesa nas rotas oceânicas.
- A disponibilidade de mão de obra abundante e barata, devido ao
êxodo rural provocado pelos cercamentos nas propriedades rurais. –
O controle do poder político pela burguesia a partir das Revoluções
Inglesas do século XVII (Revolução Puritana - 1642 a 1649 e Revolução
Gloriosa de 1688).
O desenvolvimento tecnológico representado pela invenção da
máquina a vapor por James Watt. Quanto a organização da produção, a
Revolução Industrial representou a substituição da produção artesanal e
manufatureira, pelo sistema fabril, caracterizada pelo trabalho manual
na fábrica, local que concentra em seu espaço as máquinas e os
trabalhadores que as operam. Nas fábricas, as primeiras máquinas não
exigiam especialização dos operários por serem de fácil manejo e assim
sendo, os salários do trabalhadores eram baixíssimos.
Explorava-se intensamente o trabalho de mulheres e crianças, as
jornadas de trabalho eram longas e exaustivas e os trabalhadores eram
submetidos a uma rígida disciplina.
Em termos de organização social, a Revolução Industrial deu origem
a uma nova classe de assalariados, o proletariado e fortaleceu a
burguesia, graças à maior acumulação de lucros proporcionada pela
separação entre o capital e o trabalho.
Ainda na chamada Primeira Revolução Industrial, além dos
progressos nos setores têxtil e metalúrgico, deve-se destacar também o
notável avanço nos transportes, graças à locomotiva e ao navio a vapor.
A Segunda Revolução Industrial, ocorrida na segunda metade do
século XIX, caracterizou-se pela introdução da eletricidade, do petróleo
e do aço na produção e pelos novos progressos tecnológicos como os
veículos com motor de explosão, sobretudo o automóvel, a iluminação
elétrica, o telégrafo e o telefone.
No século XX, considerados símbolos do desenvolvimento industrial e
tecnológicos a introdução da linha de montagem e a consolidação do
conceito de produção em série por Henry Ford que aumentou
consideravelmente a capacidade produtiva da indústria, a energia
nuclear, surgida no contexto da Segunda Guerra Mundial, os avanços no
conhecimento da genética e a recente Revolução Digital representada
pela expansão da indústria de informática e da robótica.
Como consequência da industrialização e do desenvolvimento do
capitalismo, o acelerado processo de urbanização e o surgimento da
sociedade de consumo, que por sua vez, estimulam ainda mais a
produção em larga escala, no passado recente nos grandes centros
urbanos e até mesmo nas áreas rurais, evidenciaram-se os impactos
negativos ao meio ambiente em razão da ausência de políticas
orientadas pelo princípio do desenvolvimento sustentável.
No que se refere particularmente a produção de lixo, as sociedades
modernas têm encontrado dificuldades para lidar com o crescimento
econômico, a produção do lixo e sua destinação. De modo geral, as
soluções apresentadas para o acondicionamento e a destinação do lixo
não acompanham, o crescimento de seu volume. Nos países
desenvolvidos, a produção de lixo por habitante é maior e se constitui
de muito material sólido, ao passo que, no mundo subdesenvolvido, é
produzida menor quantidade por habitante, e o lixo se compõe
principalmente de material orgânico.
No entanto, com advento da globalização, essa situação vem
mudando particularmente nos países considerados em desenvolvimento
e nos subdesenvolvidos. As soluções encontradas para a destinação do
lixo, incluem o descarte e tentativas de reciclagem. Quanto ao descarte
utiliza-se, principalmente nos países subdesenvolvidos o que se
convenciona chamar de "lixões" no Brasil, isto é, o lixo recolhido nas
áreas urbanas é colocado em grande terrenos públicos da periferia e
posteriormente incinerado.
Nas grandes metrópoles, utilizam-se os aterros sanitários, onde o
lixo é colocado sob camadas de terra.
A reciclagem é sem dúvida a melhor solução para a destinação do lixo,
pois proporciona a reutilização do lixo sob outra forma, diminuindo a
demanda por novas matérias-primas o que contribui para a preservação
dos espaços naturais. Diante das evidências de prejuízos à natureza e ao
próprio homem, nesse passado recente, há uma tendência mundial na
busca de formas mais adequadas de produção e consumo, conciliadas a
preocupação de preservar os recursos naturais e a conter as ameaças
ao meio ambiente.
O conceito de crescimento sustentável tem norteado ações
públicas e privadas em vários países com vistas à preservação dos
recursos naturais e a redução de danos ao meio ambiente. Eis então a
difícil tarefa das futuras gerações de conciliar o consumismo e ideia de
preservação.
13. (FEI-SP) Sobre a Revolução Industrial:
I – Ocorreu principalmente por causa do acúmulo de enormes capitais
provenientes das atividades mercantis.
II – Ocorreu principalmente na Inglaterra (Primeira Revolução Industrial)
e mais tarde em alguns países da Europa Ocidental e nos EUA (Segunda
Revolução Industrial).
III – Trouxe como consequência a abolição da escravidão em alguns
países com objetivo de ampliar os mercados consumidores mundiais.
-Assinale, agora, a alternativa mais adequada:
(
(
(
(
(
) I e II estão corretas.
) III e II estão incorretas.
) todas estão incorretas.
)todas estão corretas.
)I e III estão corretas.
14. Analise as afirmativas abaixo referentes à Segunda Revolução
Industrial.
(02) O modelo industrial estipulado no século XVIII sofreu diversas
mudanças e aprimoramentos que marcaram uma busca constante por
novidades, sendo que a partir de 1870, uma nova onda tecnológica
sedimentou a chamada Segunda Revolução Industrial.
(04) O emprego da energia elétrica, o uso do motor a explosão, os
corantes sintéticos e a invenção do telégrafo impediram a exploração de
novos mercados e a aceleração do ritmo industrial.
(08) A eletricidade passou a ser utilizada como um tipo de energia que
poderia ser transmitida em longas distâncias e geraria um custo bem
menor se comparada ao vapor. No ano de 1879, a criação da lâmpada
incandescente estabeleceu um importante marco nos sistemas de
iluminação dos grandes centros urbanos e industriais da época.
(16) Com relação aos transportes, podemos ver que as novas fontes de
energia e a produção do aço permitiram a concepção de meios de
locomoção mais ágeis e baratos. Durante o século XIX, a construção de
rodovias e a produção de automóveis foram os ramos de transportes
que mais cresceram.
Qual das alternativas abaixo apresenta a somatória das afirmativas
incorretas?
(
)08; (
)06; (
)10; (
)24; (
)20
15. O que é capitalismo monopolista?
( ) Imenso número de empresas disputam o mercado.
( ) Grupo restrito de grandes empresas dominam praticamente
sozinhas o mercado.
( ) O mercado é dominado pelas multinacionais
( ) Grupo restrito de transnacionais dominam o mercado
16. FGV) A chamada Segunda Revolução Industrial, ocorrida nas últimas
décadas do século XIX, foi caracterizada:
( )pela concentração do processo de industrialização na Inglaterra e
pela montagem do império colonial britânico.
(
)pelo desenvolvimento da eletricidade e da siderurgia e pela
expansão da industrialização para além do continente europeu.
(
)pela industrialização e pela formação de Estados nacionais no
continente africano, a partir das suas antigas fronteiras culturais e
linguísticas.
( )pelo equilíbrio de forças entre as antigas colônias europeias e os
Estados europeus devido à difusão da industrialização.
(
)pela retração da economia mundial devido à mecanização da
produção e à diminuição da oferta de produtos industrializados.
17. (PUCSP) Podemos dizer que, na segunda metade do século XIX,
iniciou-se a "era do petróleo e da eletricidade". A partir de 1870,
principalmente, houve não só uma gigantesca expansão da economia
mundial, firmemente sustentada na industrialização de numerosos
países, como a aceleração da produção de mercadorias e grande
concentração de capitais para investimento.
A respeito dessas transformações, é correto afirmar que:
( )marcaram a passagem do sistema de produção artesanal para o
sistema de produção fabril, concentrando-se, principalmente, na
produção têxtil destinada ao mercado interno.
( )demonstraram o declínio do capitalismo monopolista, com a perda
de poder das grandes corporações, e a sua substituição por um sistema
de livre concorrência.
(
)estão relacionadas à chamada Segunda Revolução Industrial,
marcada pela substituição das pequenas unidades fabris por complexos
industriais com processos de produção mais sofisticados e pela
concentração maciça de capital para os investimentos de base.
( )ficaram restritas à Europa, não chegando a atingir os Estados Unidos, que
só se industrializaram a partir do período pós-guerras.
(
)tornaram possível prescindir de mercados fornecedores de matériasprimas, em vista das transformações tecnológicas ocorridas, o que fortaleceu o
isolamento da Europa
18. (Mackenzie) Dentre as realizações da Era Meiji (Era das Luzes),
desencadeada pelo imperador Mitsu-Hito objetivando modernizar o
Japão para competir em condições de igualdade com os países
industrializados do Ocidente, destacamos:
( ) abolição da servidão, proclamação da igualdade de todos os
japoneses perante a lei, desenvolvimento do ensino público, das
comunicações e da economia.
( ) fortalecimento do poder do Xogunato e abertura dos portos aos
produtos estrangeiros, objetivando assimilar a tecnologia ocidental.
( ) criação de Daimios independentes, coordenados por um Xogum
imperial encarregado de estimular as atividades dos centros urbanos de
produção industrial.
( ) política de incentivos financeiros à burguesia nacional, formação de
um bloco econômico supranacional regional (os Tigres Asiáticos),
ampliando as relações entre Oriente e Ocidente.
( ) reforma econômica, criação do Iene, instituição da servidão nas
indústrias, e cessão da ilha de Hong Kong à Inglaterra, em troca de
empréstimos financeiros.
19.(Pucsp) "Por volta de 1850, a Grã-Bretanha era a primeira entre as nações
industrializadas, tendo evoluído de uma economia de base agrária para uma
predominantemente industrial. Durante a Segunda Revolução Industrial (a
partir de 1870), continuou em posição de destaque, mas a Alemanha (...)
passou a determinar o ritmo da corrida pela supremacia industrial.“
(Atlas Histórico, FOLHA DE S. PAULO.)
Para que a Grã-Bretanha e a Alemanha ocupassem as posições descritas pelo
texto anterior, concorreram fenômenos tais como:
( ) a prática do chamado comércio triangular, envolvendo colônias na América,
na Índia e na África, no primeiro caso; e o sucesso dos seguidos planos
quinquenais de desenvolvimento industrial, praticados pelo Estado desde 1810,
no outro caso.
( ) a adoção de uma economia de livre mercado com estímulo à
competitividade, no primeiro caso; e a política de cercamento das terras
comunais, gerando mão-de-obra para a indústria, no outro caso.
( ) a atração que o mercado financeiro britânico exercia sobre os
investimentos mundiais, no primeiro caso; e a moral materialista, fruto da
adoção, por parte do Estado, do anglicanismo como religião oficial, no outro
caso.
( ) a tardia estruturação de um Estado-nação que possibilitou a concentração
de capitais nas mãos de verdadeiros empreendedores, no primeiro caso; e o
apoio financeiro e logístico recebido da França, arquirrival da Inglaterra, no
outro caso.
( ) a intensa atividade mercantil desenvolvida nas relações coloniais, no
primeiro caso; e a unificação política que consolidou as alianças econômicas já
praticadas entre os estados germânicos, no outro caso
19. (Uece) "Na manufatura e nos ofícios, o trabalhador serve-se dos
instrumentos; na fábrica, ele serve a máquina. No primeiro caso, ele é quem
move o meio de trabalho; no segundo, ele só tem que acompanhar o
movimento. Na manufatura, os trabalhadores são membros de um mecanismo
vivo; na fábrica são apenas os complementos vivos de um mecanismo morto
que existe independente deles.“ (Karl Marx, "O Capital".)
Estas críticas de Marx ao sistema industrial nos revelam algumas das
transformações por que passava a economia capitalista na metade do século
XIX. Sobre estas transformações, é correto afirmar que:
( ) a manufatura e a fábrica permitiam um enorme aumento da produtividade
industrial, o qual se beneficiaram os trabalhadores, pois passaram a trabalhar
menos com maiores ganhos salariais.
( ) o desenvolvimento do sistema fabril, com a introdução de máquinas
sofisticadas e o aprofundamento da divisão do trabalho, permitiu um incrível
aumento de produtividade às custas da desqualificação dos ofícios manuais.
( ) o aumento da produtividade industrial só foi possível pelo aumento da
carga de trabalho (mais quantidade e maior intensidade) imposta aos
operários pelos sindicatos, na tentativa de obter salários maiores.
( ) a fábrica dispensa o trabalho manual, executando todas as tarefas através
de máquinas e o trabalhador passa a ganhar seu salário sem trabalhar.
20 (Fuvest) Identifique, entre as afirmativas a seguir, a que se refere a
consequências da Revolução Industrial:
( ) redução do processo de urbanização, aumento da população dos
campos e sensível êxodo urbano.
( ) maior divisão técnica do trabalho, utilização constante de máquinas
e afirmação do capitalismo como modo de produção dominante.
( ) declínio do proletariado como classe na nova estrutura social,
valorização das corporações e manufaturas.
( ) formação, nos grandes centros de produção, das associações de
operários denominadas "trade unions", que promoveram a conciliação
entre patrões e empregados.
( ) manutenção da estrutura das grandes propriedades, com as terras
comunais, e da garantia plena dos direitos dos arrendatários agrícolas.
21. (Fuvest) Sobre a inovação tecnológica no sistema fabril na Inglaterra
do século XVIII, é correto afirmar que ela:
( ) foi adotada não somente para promover maior eficácia da produção,
como também para realizar a dominação capitalista, na medida que as
máquinas submeteram os trabalhadores a formas autoritárias de
disciplina e a uma determinada hierarquia.
( ) ocorreu graças ao investimento em pesquisa tecnológica de ponta,
feito pelos industriais que participaram da Revolução Industrial.
( ) nasceu do apoio dado pelo Estado à pesquisa nas universidades.
( ) deu-se dentro das fábricas, cujos proprietários estimulavam os
operários a desenvolver novas tecnologias.
( ) foi única e exclusivamente o produto da genialidade de algumas
gerações de inventores, tendo sido adotada pelos industriais que
estavam interessados em aumentar a produção e, por conseguinte, os
lucros.
22. A Revolução Industrial trouxe como resultado social.
( )uma melhoria das condições de trabalho nas fábricas, com a redução
da jornada de trabalho.
( ) a garantia de emprego a todos os assalariados.
( ) a constituição de uma classe de assalariados que possuía como fonte
de subsistência a venda de seu trabalho.
( )uma camada social assalariada, tendo como suporte às suas
necessidades, uma forte legislação sindical.
( ) uma melhoria nas condições de habitação e criação de saneamento
básico nas cidades.
23.Podemos dizer que, na segunda metade do século XIX, iniciou-se a
"era do petróleo e da eletricidade". A partir de 1870, principalmente,
houve não só uma gigantesca expansão da economia mundial,
firmemente sustentada na industrialização de numerosos países, como
a aceleração da produção de mercadorias e grande concentração de
capitais para investimento.
A respeito dessas transformações, é correto afirmar que:
( ) marcaram a passagem do sistema de produção artesanal para o
sistema de produção fabril, concentrando-se, principalmente, na
produção têxtil destinada ao mercado interno.
( )demonstraram o declínio do capitalismo monopolista, com a perda
de poder das grandes corporações, e a sua substituição por um sistema
de livre concorrência.
( ) estão relacionadas à chamada Segunda Revolução Industrial,
marcada pela substituição das pequenas unidades fabris por complexos
industriais com processos de produção mais sofisticados e pela
concentração maciça de capital para os investimentos de base.
( ) ficaram restritas à Europa, não chegando a atingir os Estados Unidos,
que só se industrializaram a partir do período pós-guerras.
( ) tornaram possível prescindir de mercados fornecedores de matériasprimas, em vista das transformações tecnológicas ocorridas, o que
fortaleceu o isolamento da Europa.
24.(UECE) "Na manufatura e nos ofícios, o trabalhador serve-se dos
instrumentos; na fábrica, ele serve a máquina. No primeiro caso, ele é
quem move o meio de trabalho; no segundo, ele só tem que
acompanhar o movimento. Na manufatura, os trabalhadores são
membros de um mecanismo vivo; na fábrica são apenas os
complementos vivos de um mecanismo morto que existe independente
deles.“ (Karl Marx, "O Capital".)
Estas críticas de Marx ao sistema industrial nos revelam algumas das
transformações por que passava a economia capitalista na metade do
século XIX. Sobre estas transformações, é correto afirmar que:
( ) a manufatura e a fábrica permitiam um enorme aumento da
produtividade industrial, o qual se beneficiaram os trabalhadores, pois
passaram a trabalhar menos com maiores ganhos salariais.
( ) o desenvolvimento do sistema fabril, com a introdução de máquinas
sofisticadas e o aprofundamento da divisão do trabalho, permitiu um
incrível aumento de produtividade às custas da desqualificação dos
ofícios manuais.
( ) o aumento da produtividade industrial só foi possível pelo aumento
da carga de trabalho (mais quantidade e maior intensidade) imposta aos
operários pelos sindicatos, na tentativa de obter salários maiores.
( ) a fábrica dispensa o trabalho manual, executando todas as tarefas
através de máquinas e o trabalhador passa a ganhar seu salário sem
trabalhar.
25.(Unesp) "A superioridade da indústria inglesa, em 1840, não era
desafiada por qualquer futuro imaginável. E esta superioridade só teria
a ganhar, se as matérias-primas e os gêneros alimentícios fossem
baratos. Isto não era ilusão: a nação estava tão satisfeita com o que
considerava um resultado de sua política que as críticas foram quase
silenciadas até a depressão da década de 80."(Joseph A.Schumpeter,
"HISTÓRIA DA ANÁLISE ECONÔMICA")
Desta exposição conclui-se por que razão a Inglaterra adotou
decididamente, a partir de 1840, o:
(
(
(
(
(
) isolacionismo em sua política externa.
) intervencionismo estatal na economia.
) capitalismo monopolista contrário à concorrência.
) agressivo militarismo nas conquistas de colônias ultramarinas.
) livre-comércio no relacionamento entre as nações.
26. Entre as teorias que criticavam a exploração dos trabalhadores e as
injustiças da sociedade industrial destacou-se:
(
(
(
(
(
) o Modernismo
) o Capitalismo
) o Socialismo
) o Liberalismo
) o Nacionalismo
27. A Segunda Revolução Industrial foi simbolizada pelo:
(
(
(
(
) Ferro, carvão e energia a vapor.
) Ferro, carvão e eletricidade.
) Aço e novas fontes de energia (carvão e energia a vapor).
) Aço e novas fontes de energia (eletricidade e petróleo).
28. (Pucrs 2010) A Revolução Industrial que se consolidou na Inglaterra
da segunda metade do século XVIII apresentava fatores condicionantes
em variados campos da sociedade britânica. No campo institucional,
tem-se a _________; no que se refere ao pensamento econômico,
apresenta-se o _________; no plano ético de fundamentação religiosa,
cita-se o _________ e, no campo econômico, verifica-se a liberação de
mão de obra causada pela prática dos _________.
(
)Monarquia
Parlamentar;
mercantilismo;
protestantismo;
cercamentos.
(
) República Parlamentar; liberalismo; catolicismo; campos abertos.
( )Monarquia Parlamentar; liberalismo; protestantismo; cercamentos.
(
)República Parlamentar; mercantilismo; protestantismo; campos
abertos.
(
) Monarquia Parlamentar; liberalismo; catolicismo; cercamentos.
29. (UNESP 2012) “Noite após noite, quando tudo está tranquilo,
E a lua se esconde por trás da colina,
Marchamos, marchamos para realizar nosso desejo.
Com machado, lança e fuzil! Oh! meus valentes cortadores!
Os que com golpes fortes As máquinas de cortar destroem.
Oh! meus valentes cortadores! (...).” (Canção popular inglesa do início
do século XIX. Citada por: Luzia Margareth Rago e Eduardo F. P. Moreira.
O que é Taylorismo, 1986.)
A canção menciona os “quebradores de máquinas”, que agiram em
muitas cidades inglesas nas primeiras décadas da industrialização.
Alguns historiadores os consideram “rebeldes ingênuos”, enquanto
outros os veem como “revolucionários conscientes”.
Justifique as duas interpretações acerca do movimento.
Resposta: A questão trata dos “luddistas”, que agiram
intermitentemente, na Inglaterra de fins do século XVIII e início do XIX,
atacando instalações fabris e destruindo máquinas. Eles podem ser
avaliados como “rebeldes ingênuos” se considerarmos a
irreversibilidade da industrialização, absolutamente necessária para a
afirmação do modo de produção capitalista, coroando um processo
iniciado séculos antes, na Baixa Idade Média.
Por outro lado, interpretar os luddistas como “revolucionários
conscientes” implica situá-los como precursores das lutas sociais do
proletariado então em formação, atribuindo-lhes uma visão prospectiva
dos males do capitalismo – visão essa consolidada pela análise científica
elaborada anos depois por Marx e Engels.
30. (Unicamp 2011) Na Europa, até o século XVIII, o passado era o
modelo para o presente e para o futuro. O velho representava a
sabedoria, não apenas em termos de uma longa experiência, mas
também da memória de como eram as coisas, como eram feitas e,
portanto, de como deveriam ser feitas. Atualmente, a experiência
acumulada não é mais considerada tão relevante. Desde o início da
Revolução Industrial, a novidade trazida por cada geração é muito mais
marcante do que sua semelhança com o que havia antes. (Adaptado de
Eric Hobsbawm, O que a história tem a dizer-nos sobre a sociedade
contemporânea?, em: Sobre História. São Paulo: CompanhiadasLetras,1998, p.37-38.
a)como a Revolução Industrial transformou nossa atitude em relação ao passado?
\Resposta: Segundo o texto, desde o início da Revolução Industrial, a novidade e a
criatividade de cada geração é mais marcante do que os modelos do passado. Assim, o
passado é descartado como memória de como as coisas deveriam ser feitas.
b) De que maneiras a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX alterou o sistema de
produção?
Resposta: A Revolução Industrial alterou de forma significativa o sistema de produção.
Nesse sentido podemos destacar: Antes da Revolução Industrial o trabalhador possuía
os meios de produção. Com a industrialização, ocorre a separação entre o trabalho e a
propriedade dos meios de produção. Estes passam a pertencer ao empresário
industrial.
Antes, predominava a utilização de ferramentas implicando que a produção dependia
da disposição, habilidade e destreza do trabalhador. Com a Revolução Industrial, é
implantado o sistema fabril com a utilização de máquinas no sistema produtivo.
Diferentemente da ferramenta, a máquina possui uma fonte uniforme de energia (por
exemplo, a energia a vapor) que impõe um ritmo de produção ao qual o trabalhador
deve se subordinar.
Antes da Revolução Industrial, a divisão do trabalho praticamente inexiste. O produtor
é o artesão que confecciona a peça toda, o que requer aquelas qualidades que
apontamos no item anterior para converter a matéria-prima em produto
manufaturado. Cada peça é única e a quantidade produzida é pequena. Era uma
produção limitada, característica das corporações de ofício. Com a indústria, esse
sistema de produção "doméstico" é destruído e em seu lugar instaura-se o sistema
fabril. Impõe-se a divisão social do trabalho e da produção.
Com a introdução do sistema fabril, ocorre a generalização do trabalho assalariado e a
consequente expansão do mercado de consumo, por intermédio da monetarização da
economia. A adoção do sistema fabril dá origem a um processo intenso de inovação
tecnológica. Cada inovação engendra modificações em outros setores da produção e
da própria organização do trabalho e das tarefas produtivas, o que contrasta
significativamente com a atividade artesanal que até então existia.
31. A industrialização acelerada de diversos países, ao longo do século
XIX, alterou o equilíbrio e a dinâmica das relações internacionais. Com a
Segunda Revolução Industrial emergiu o Imperialismo, cuja
característica marcante foi o(a):
( ) substituição das intervenções militares pelo uso da diplomacia
internacional.
( ) busca de novos mercados consumidores para as manufaturas e os
capitais excedentes dos países industrializados.
( ) manutenção da autonomia administrativa e dos governos nativos
nas áreas conquistadas.
( ) procura de especiarias, ouro e produtos tropicais inexistentes na
Europa.
( ) transferência de tecnologia, estimulada por uma política não
intervencionista.
32. Na segunda etapa da Revolução Industrial, iniciada por volta de
1860, caracterizou-se um(a):
(
(
(
(
(
) fortalecimento das corporações de mercadores.
) aumento da utilização da mão-de-obra servil.
) supremacia do capitalismo financeiro.
) intensificação das trocas comerciais através das feiras.
) predominância do sistema familiar de produção .
33. A revolução industrial começou na Inglaterra no século XVIII e
atingiu o continente europeu no século XIX. Novas fontes de energia,
combinadas com novas invenções, resultaram em transformações
extraordinárias, fazendo surgir a indústria moderna, alterando as
condições de vida, bem como a estrutura da sociedade.
Indique algumas das transformações sociais ocorridas em países europeus do século XIX, decorrentes da revolução industrial, em particular
aquelas relativas às condições de vida e de trabalho.
Resposta:
-Surgimento da burguesia industrial;
-Exploração do proletariado urbano;
-Exploração do trabalho feminino e infantil;
-Surgimento dos movimentos de luta operária;
34. Já se observou uma vez que todo aluno mediano em História sabe
que houve uma Revolução Industrial, e que todo aluno estudioso sabe
que não houve. Justifique a tese de que ocorreu uma EVOLUÇÃO e não
uma REVOLUÇÃO industrial.
Resposta: A atividade produtiva sempre existiu na sociedade humana. O
que ocorreu foi um conjunto de transformações tecnológicas,
econômicas e políticas que refletiu no modo de produção e na
sociedade.
5.IMPERIALISMO OU NEOCOLONIALISMO
5.1. GENERALIDADES
-Produção em expansão
Acúmulo de capital
Novos empreendimentos;
-Volta do protecionismo 0
Proteção da concorrência;
-Proibição das importações;
-Países europeus só queriam vender e não
comprar;
-Crescimento da população sem poder
aquisitivo;
-Reclames do Operariado:
Sindicatos, férias, aumento de salários,
diminuição da jornada de trabalho;
-Como continuar com lucros?
-Corrida para novos mercados fora da
Europa;
-Visualização da África, Ásia e Oceania
como novos mercados consumidores
e locais de aplicação dos capitais excedentes
[áreas produtoras de matérias primas e
mão de obra barata];
5.2. OBJETIVOS DO NEOCOLONIALISMO
-Busca de novos mercados consumidores;
-colocação do excedente populacional;
-Investimentos de capitais;
-Controle estratégico das vias de
comunicação como portos, ilhas e
rotas comerciais.
-lucros como política nacional;
-utilização de fundos públicos;
-Criação de apoio administrativo e
político;
-Trabalho forçado das populações
nativas;
-produção de gêneros agrícolas e extração
de recursos de origem animal, mineral e
vegetal;
-(peles, plumas e marfim das savanas e
diamante e ouro da África do Sul);
-cultivo de cacau, café, cana de açúcar e
amendoim)
5.3. JUSTIFICATIVAS
-Ação de “civilização”:
-Superioridade do homem europeu em
relação aos africanos e asiáticos;
-Missão cultural, educadora, para catequizar os “bárbaros”;
-infiltração europeia por meio de expedições científicas, religiosas e paramilitares;
- Criação de companhias de comércio;
-aparato político e administrativos.
5.4.TIPOS DE DOMINAÇÃO
a. Áreas domínio econômico:
Sobre países independentes que não sofriam
dominação política direta, mas eram explorados economicamente e levados a tomar
medidas que beneficiavam os países imperialistas.
b. Áreas de protetorado:
Domínios coloniais tratados como aliados,
mantendo-se os quadros dirigentes locais,
mas subordinados a uma autoridade europeia
presente;
c. Área de colonização direta
Áreas dominadas militar, política e
economicamente, com a presença no
local de quadros dirigentes europeus.
d. Áreas de influência
Dirigentes locais mantidos, obrigados
assinarem tratados com vantagens econômicas e jurídicas à potência estrangeira. Os cidadãos do país dominador
residentes nessas áreas estavam sujeitos
às leis desse país.
5.5. Definição de Imperialismo
Etapa do desenvolvimento do capitalismo
advinda com a 2ª revolução industrial, em que
poderosos grupos de empresários e financistas
da Europa e dos EUA promoveram a fusão do
capitalismo industrial e bancário e e realizaram
a partilha colonial, motivada pela busca de
novos mercados e fontes de energia e matérias
primas e, ainda, investimento de excedentes
humanos e de capitais.
-expansão e colonização controlada pelos
Estados.
6.Partilha da África
Divisão do território africano pelas
potências europeias, na Conferência
de Berlim. Nela foi acordada essa
repartição, haja vista o interesse dos
países no domínio das regiões mundiais
que ainda dispusessem de matéria prima
para a indústria.
6.1. Época: entre novembro 1884 e fevereiro
de 1885; proposta por Portugal e tendo como
anfitriã a Alemanha.
6.2.o que estava em discussão?
-garantia do livre comércio e navegação nos
Principais rios africanos do atlântico: Congo e
Níger;
-regular as novas ocupações da parte ocidental;
-regras de ocupação formuladas pelas potências
recentemente industrializadas.
6.3. PARTICIPANTES
-1º TIME: Inglaterra, Alemanha,
Portugal e França;
2º TIME: Holanda, Bélgica, Espanha e
EUA.
Obs: Áustria-Hungria, Noruega, Itália,
Turquia, Rússia e Dinamarca.
Grandes beneficiados: França e Inglaterra.
importante: ocupação indiscriminada e desrespeitosa da história, das relações étnicas e
mesmo familiares dos povos que milenarmente ocupavam a África.
6.4. CONFLITOS ENTRE DOMINADOS E DOMINANTES
-a conferência demarcou as fronteiras
atuais dos países africanos;
-Ampliação dos impérios coloniais da
Grã-Bretanha, da França e de Portugal/
fatias para a Alemanha, Itália e Bélgica;
-qualquer conquista por um europeu
deveria ser comunicado aos demais e os
territórios deveriam ser ocupados, para a
garantia da posse; arbitragem para as disputas.
-a vontade dos povos africanos jamais foi
considerada;
-apesar dos acordos as disputas entre os governos europeus só aumentaram;
-Franceses contra ingleses na África ocidental;
-Franceses contra italianos na Tunísia e contra
Alemães no Marrocos;
Ingleses versus holandeses no sul da África;
-conquista marcada por rebeliões e violência:
-África do norte e ocidental francesas:
revoltas muçulmanas; Egito (1882) e Sudão–
1885- contra os ingleses;
-processo de conquista: exploradores,
missionários religiosos e cientistas que
se tornavam proprietários de grandes
porções de terra, expulsando ou obrigando
os nativos a trabalhar;
-O envio de tropas para “proteção” oficializava os
impérios.
6.5. DIVISÃO TERRITORIAL
-Congo: propriedade particular do rei
Belga LEOLPODO I, e depois, à Bélgica;
-França- desde 1830-controle de portos
argelianos-1857-toda Argélia/Tunísia
protetorado em 1881/Com a dominação de
Marrocos- formou-se a África ocidental francesa;
-Inglaterra- 1882-Egito/depois, Sudão,
Costa de ouro e Nigéria/1902- domina a África
do Sul, tomando a região dos bôeres;
Portugal: Moçambique e Angola ;
Alemanha: Namíbia em 1884, em seguida,
Camerum, Togo e África oriental alemã.
Itália: Somália, em 1888, depois as regiões
turcas, originando a Líbia; Etiópia, em 1935.
Espanha: parte do noroeste marroquino.
7. PARTILHA DA ÁSIA
-Desejo europeu de ter áreas de influência;
-INGLATERRA- conquistou a Índia, a Birmânia,
o Sudão e o norte da Austrália. Depois a ilha de
Hong Kong da China;
-França:1870-Indochina; 1895, o Laos, o Camboja e
Vietnã.
-HOLANDA-Ilhas de Sumatra, Java, Bornéu, na
Indonésia;
-JAPÃO: Ilha Formosa-1895; 1905 a Manchúria e em 1910 a
Coreia após a guerra sino-japonesa.
EUA: Ilhas Filipinas;
PORTUGAL: Goa, Diu, Damão e Macau.
Portugal na Ásia
8. O IMPERIALISMO INGLÊS
-Era vitoriana (rainha Vitória-1837/1901)
: maior expansão territorial.
Promoção da estabilidade política e
econômica do país por meio de:
-descentralização administrativa;
-abolição do ato de navegação;
-utilização política do livre-cambismo;
-Criação das leis trabalhistas;
-alteração no sistema representativo do
parlamento;
Presença inglesa resultou em guerras:
8.1. Guerra do Ópio (1839-1842) e (1856-1860)
China: exportadora de seda, porcelana e
chá/ restrição à importação de produtos
Industrializados de qualquer país.
ÍNDIA: produção de papoula, origem do
do ópio e utilizado como remédio na China.
Excedente do produto a baixo preço viciando
o povo.
-Governo da província do Cantão:
forçou a derrama do excesso de ópio
no mar/início da guerra/vitória inglesa/
Cinco portos para o ópio/perda de
Hong Kong/Tratado de Nanquim e Tratado de
Tianjin pela Convenção de Pequim.
8.2. GUERRA DOS CIPAIOS (1857-1859)
-decréscimo da economia hindu face aos
manufaturados ingleses;
-crise social , fome e epidemias causando
milhões de mortes;
-reação nacionalista dos soldados indianos:
comentário que soldados ingleses usavam
gordura animal para lubrificar munições.
-Revolta contida;
-Índia com um vice-rei e um ministro
indiano em Londres;
-Rainha Vitória torna-se rainha desse país;
8.3. Guerra dos Bôeres (1889-1902)
-Domínio inglês da região de Cabo e Natal, no sul da
África;
-Início da guerra na região de Orangee-Transvaal,
províncias independentes dos holandeses;
-descoberta de diamantes e ouro em Johannesburgo;
-Inglaterra interessada ao lado dos exploradores;
-Guerra durou 3 anos;
-Vitória inglesa e criação da União Sul
Africana;
8.4. Guerra dos boxers(1900)
- Facção nacionalista dos Punhos fechados
ou boxers contra o desmembramento da
China;
-Fortalecimento da dinastia QUING,
- Objetivo: destruir as potências coloniais.
implantar a “justiça do céu”.
-tomou grande vulto com a destruição de
missões religiosas e chineses cristãos;
-Uma força de coalizão com ingleses,
franceses, russos, alemães, americanos
e japoneses venceu os boxers e obrigou
China a cumprir todos os acordos/
Protocolo de 1901, com o domínio da China efetivada.
9. RESUMO E CONCLUSÃO
-Entre 1880 e 1914, as grandes potências
capitalistas dividiram entre si a maior parte
das terras do planeta, por meio de um processo
conhecido como IMPERIALISMO ou NEOCOLONIALIMO.
-Tudo por que a produção industrial sempre em expansão levou o
acúmulo de capital em mãos de empresários que aplicavam os
lucros em novos empreendimentos, mas sem consumidores em
seus países.
-Os países industrializados utilizaram-se do protecionismo
econômico, para proteger seus produtos da concorrência,
fechando-se às importações.
-O aumento da produção, o crescimento da população sem poder
aquisitivo, os reclames dos operários dos baixos salários e de leis
trabalhistas que regulamentassem a carga horária excessiva, férias
e sindicatos, tudo isso, levou esses países à procura de novos
mercados e fornecedores de matérias primas fora da Europa.
-Primeiramente, Grã-Bretanha e França, depois Alemanha, Bélgica
e Itália foram as protagonistas desse processo de expansão
colonial em terras da África e depois da Ásia. (CONFERÊNCIA DE
BERLIM, ocorrida em 1884 e 1885)
-Também participaram dessa expansão a Rússia, em partes da
Eurásia, os Estados Unidos, na América Latina e nas Filipinas, e o
Japão, na China e na Coreia.
-A nova fase de expansão colonial, denominada da Imperialismo
ou Neocolonialismo, ampliou e aprofundou o processo de
universalização da cultura europeia, iniciado no século XV e
executado por diversos meios (força militar, missionários,
professores e exploradores, tratados de amizade e proteção).
-Essa repartição desrespeitou a organização cultural e étnica dos
povos conquistados e com o pretexto de missão civilizadora,
conseguiram grandes lucros com essa exploração, fazendo
desaparecer a soberania dos povos africanos e limitando a
soberania dos países asiáticos.
10. VERIFICAÇÃO
1. Na década de 1930, foi publicada a primeira edição da história
em quadrinhos em que o personagem chamado Tintim, um jovem
repórter belga, faz a expedição ao Congo, colônia do seu país na
época. Com base nas imagens abaixo, nota-se que Tintim
simbolizava as práticas de colonização europeia na África,
associadas a qual política ou pretexto?
( ) integração étnica
( ) ação civilizadora
( ) cooperação militar
( ) proteção ambiental
2. Um dos efeitos do rápido crescimento industrial, urbano e demográfico,
particularmente em países da Europa e nos Estados Unidos, durante o
século XIX, foi a expansão das indústrias de bens de consumo, mudança
que se refletiria em toda a sociedade. Leia o texto a seguir, que trata da
mesma questão nos dias atuais: “as redes sociais digitais se tornaram
espaços que, em meio à avalanche de publicações dos usuários, a exibição do
consumismo se destaca. A viagem perfeita, a nova roupa, carro ou telefone, o
final de semana com os amigos [...] são mensagens que fortalecem a ideia do
consumo desenfreado como ideal de felicidade. Todavia, não é mais a ficção a
referência de tal discurso, como nos filmes, novelas ou publicidade, mas são
pessoas reais, podendo causar mais marginalização, frustação e depressão de
quem está excluído desse modelo. Reforça ainda mais a ideia não só do
consumismo, mas também de que todos têm a obrigação de ser felizes para
sempre”. COSTA FILHO, Ismar Capistrano. Felicidade, consumo e internet. Observatório da Imprensa.
Disponível em www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed786_felicidade_consumo_e_internet
Acesso em 26 fev.2014.
a. É possível estabelecer uma relação entre o consumismo tratado nesse
texto e o processo de expansão industrial e acelerada urbanização que
caracterizou a Segunda Revolução Industrial? Explique.
Resposta: Sim. A 2ª Revolução Industrial caracterizou-se pela difusão da
industrialização por vários países, pelo incremento dos transportes e das
comunicações e pela intensa urbanização. O resultado foi o aumento
quase contínuo do intercâmbio entre pessoas, povos e mercadorias e a
concentração de numerosas populações nos centros industriais, onde
surgiram as primeiras metrópoles. Ao mesmo tempo, o crescimento da
produção industrial, possibilitado pelas inovações tecnológicas e pela
formação de grandes oligopólios, criou uma demanda cada vez maior
por novos mercados consumidores. A combinação dessas
transformações, ou seja, o interesse das empresas em ampliar
continuamente os mercados, aliado ao surgimento de multidões
concentradas nos centros urbanos, expostas, ao tempo todo, à intensa
sedução de novos produtos, é o combustível que move o consumismo
contemporâneo.
b. De acordo com o texto, de que maneira as redes sociais
exercem influência sobre a vida das pessoas nos dias atuais?
Resposta: De acordo com o texto, as redes sociais influenciam no
aumento do consumo. Isso ocorre devido à associação, por parte
da sociedade da sociedade contemporânea, entre consumo e
felicidade. Ou seja, no imaginário dessa parcela da sociedade, se
alguém exibe nas redes sociais fotos de um novo celular ou de
uma nova viagem, essa pessoa está em um estado de falsa
felicidade. Dessa forma, a exposição do consumo por meio das
redes sociais acaba por disseminar e fortalecer a ideia de consumo
como fonte de felicidade.
c. Qual é o posicionamento do autor sobre a relação entre as redes
sociais e o consumo? Você concorda com ele? Justifique.
Resposta: Para o autor: “as redes sociais digitais se tornaram
espaços que, em meio à avalanche de publicações de usuários, a
exibição do consumismo se destaca.” Pode-se verificar, por meio
do trecho: “ todavia, não é mais a ficção a referência de tal
discurso [...], mas são pessoas reais, podendo causar mais
marginalização, frustação e depressão a quem está excluído deste
modelo,” que, para o autor, a celebração do consumismo por meio
das redes sociais é negativa e traz malefícios às pessoas. Pelo que
consta as redes sociais influenciam no aumento do consumo, uma
vez que demonstra uma exacerbação cada vez mais da utilização
de novos equipamentos e softwares, procurando criar
necessidades no consumidor, que essencialmente é o público alvo
dessas redes.
3. Qual a relação entre a industrialização na segunda metade do
século XIX e a expansão imperialista?
Resposta: O acirramento da concorrência e o novo padrão
industrial, que exigiam grandes investimentos e produção em
escala, levaram à busca por regiões onde se pudesse ampliar as
margens de lucro do investimento, através de maior rendimento
de capital empregado, do custo mais baixo das matérias-primas e
da mão de obra.
4. Compare o imperialismo do século XIX e o colonialismo dos
séculos XV a XVIII.
Resposta: Colonialismo dos séculos XV a XVIII: buscava
principalmente metais preciosos e produtos exóticos; imperialismo
do século XIX: queria explorar matérias-primas para as nascentes
industriais europeias e mercados consumidores para seus
produtos. A justificativa predominante para a colonização também
variou: nos séculos XV a XVIII, era religiosa [catequização] e no
século XIX, foi “civilizadora.”
5. Indique os fatores que garantiram o sucesso das grades
potências europeias na conquista e dominação da África e da Ásia.
Resposta: A superioridade bélica e industrial dos países europeus
proporcionou o sucesso de sua ação expansionista.
6. Aponte o principal objetivo da Conferência de Berlim, realizada
em 1884-85.
Resposta: Repartir o continente africano entre as potências
imperialistas, contendo disputas que poderiam ser incontroláveis e
custosas.
7. Explique as transformações econômicas e políticas ocorridas no
Japão durante a Era Meiji.
Resposta: Nesse período, houve um grande desenvolvimento
industrial no Japão liderado pelo Estado, governado pelo
Imperador Mutsuhito. Esse rápido desenvolvimento levou o Japão
a participar das disputas coloniais.
8. Complete o quadro abaixo com informações sobre as revoltas
anti-imperialistas que surgiram na Ásia e na África.
Movimento Data
Países envolvidos
Guerra do
Ópio
1840- Inglaterra versus
1842
China
Guerra dos
Boxers
1900
Guerra dos
Bôeres.
1889- Holanda X
1902 Inglaterra
Causa
Consequência (s)
Governo chinês proíbe -Abertura dos portos;
Comércio do ópio.
-Perda de Hong – Kong;
-Revolta de Taiping.
China X Japão, Levante nacionalista -Rebelião sufocada;
França, Rússia e
contra
presença - Domínio europeu por
Inglaterra.
estrangeira.
longo tempo.
Descoberta de ouro e
Vitória Inglesa e criação
Diamante em Orange e da União Sul- Africana
Transvaal.
9. Entre o final do século XIX e início do XX, os países capitalistas
desenvolvidos conseguiram dominar praticamente todo o mundo.
Era o imperialismo. Analisando suas motivações e características,
julgue os itens.
( ) As causas da expansão imperialista ligaram-se às
transformações de estrutura capitalista geralmente enquadradas
na Segunda Revolução Industrial e marcaram, o início do
capitalismo monopolista e financeiro.
( ) Razões humanitárias e filantrópicas foram usadas para justificar
a política imperialista; a Europa assume uma missão "civilizadora"
( ) A década de 1870 conheceu uma crise econômica
acompanhada de excedentes de capitais o que, por um lado,
impossibilitava o reinvestimento na produção e por outro, tornava
necessário encontrar áreas extra-europeias para investir.
Resposta: V – V – V.
10. (Unesp 93) Ao final do século XIX, a dominação e a espoliação
assumiam características novas nas áreas partilhadas e
neocolonizadas. A crença no progresso, o darwinismo social e a
pretensa superioridade do homem branco marcavam o auge da
hegemonia europeia. Assinale a alternativa que encerra, no plano
ideológico, certo esforço para justificar interesses imperialistas.
( ) A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, é
algo inimaginável para os ocidentais.
( ) A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não
pode nascer espontaneamente.
( ) A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério
golpe no artesanato indiano.
( ) A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e
dos viajantes naturalistas contribuíram para quebrar a resistência
cultural das populações africanas, asiáticas e latino-americanas.
( ) O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro
colocavam os portos das áreas colonizadas em contato com o
mundo exterior
11.(Fuvest 2003) Tarzan, foto de 1931
Os personagens acima, difundidos pelo cinema em todo o mundo,
representam
( ) o modelo de "bom selvagem" segundo a teoria do filósofo J.
Jacques Rousseau.
( ) o protótipo da mestiçagem defendido pelas teorias do nazifacismo.
( ) o ideal de beleza e de preservação ambiental difundidos pela
ideologia do "american way of life".
( ) a superioridade do "homem branco" segundo os defensores da
expansão "civilizatória ocidental".
( ) um valor estético permanente no mundo ocidental, criado pela
cultura grega, a partir do mito de Ulisses e Penélope.
12. (UFSM 2005)As figuras expressam duas dimensões do processo
histórico africano desde o século XX.
Considerando esse processo, assinale V nas características
verdadeiras ou F nas falsas.
( ) A África adquiriu grande importância para a Europa no século
XIX, devido às matérias-primas e alimentos que podia fornecer.
( ) Muitos exploradores contribuíram para a expansão do poder
europeu na África, ao efetivarem o que eles entendiam como
missão civilizadora nas terras africanas.
( )A expansão do cristianismo na África contribuiu para humanizar
o colonialismo europeu e proteger os povos nativos da ganância
dos empresários.
( ) A partilha da África em 1884-1885 representou um pacto das
potências européias para a preservação da integridade dos povos
e das culturas nativas.
Resposta: V – V – F – F.
13. (PUC-RIO 2009) A caricatura a seguir representa de forma
satírica a expansão imperialista na Ásia por parte dos Estados
Unidos (tio Sam), da Grã Bretanha (leão), da França (galo), da
Alemanha (águia imperial germânica) e da Rússia (urso siberiano).
Com base em seus conhecimentos e a partir da imagem, é possível
afirmar que ela se refere:
( ) à disputa pela Coréia, na primeira guerra sino-japonesa (1894/95) e na
guerra entre Japão e o Império Russo (1905).
( ) à divisão de parte da China em áreas de influência europeia, bem como à
reivindicação americana de também se beneficiar com a abertura dos portos
chineses.
( ) à Revolta dos Cipaios, sufocada pelas potências europeias e pelo Japão
no século XIX, de modo a abrir caminho para a penetração imperialista na
China.
( ) à imposição de tratados desiguais à China (como o Tratado de Nanquim)
por meio de ameaça de bombardeio por parte do navio US Mississipi do
Comodoro Perry (1853), com o objetivo de forçar a abertura dos portos
daquele país.
14. (UEL 99) Sobre Hong Kong, que foi devolvida ao governo
da China Continental no dia 1Ž de Julho de 1997, depois de
155 anos de domínio britânico, pode-se afirmar que:
( ) o retorno de Hong Kong ao governo chinês resultou de
um forte sentimento de nacionalismo de seus habitantes.
( ) a reincorporação de Hong Kong à China decorreu da
adesão deste país ao sistema capitalista.
( ) a devolução de Hong Kong à China foi consequência do
processo de globalização da economia.
( )a presença dos ingleses em Hong Kong pode ser entendida
como uma prerrogativa da Igreja Anglicana.
( ) o domínio britânico em Hong Kong decorreu da expansão
do imperialismo inglês.
15.(UNIRIO 2000) "O mundo está quase todo parcelado e o
que dele resta está sendo dividido, conquistado, colonizado.
Penso nas estrelas que vemos à noite, esses vastos mundos
que jamais poderemos atingir. Eu anexaria os planetas se
pudesse; penso sempre nisso. Entristece-me vê-los tão
claramente e ao mesmo tempo tão distantes." (Cecil Rhodes)
Esta frase, proferida por um dos grandes incentivadores da
expansão imperialista de século XIX, expressa as novas formas
de:
( ) distribuição da riqueza global, norteadas pela manutenção do
equilíbrio ecológico entre as nações do hemisfério sul do
continente europeu.
( ) constituição de megablocos econômicos, priorizando as
economias periféricas, potencialmente mais desenvolvidas e ricas
do que a Europa.
( )anexação territorial, objetivando a conquista de terras férteis e
importação de mão-de-obra imigrante para o centro do
capitalismo europeu.
( )cobiça pelos mercados da África e da Ásia, visando à exportação
de capitais e ao consumo de produtos industriais dos países
europeus.
16. A América Espanhola independente ingressou na órbita de
dependência britânica, que perdurou até sua mudança para a
órbita americana, após a Primeira Guerra Mundial.(CÁCERES, p.181)
A análise do texto e os conhecimentos sobre a Revolução Industrial e
Imperialismo permitem afirmar – F (falso) ou V (verdadeiro).
( )A relação de dependência referida no texto resultou da expansão do
imperialismo industrial, beneficiado pela fragmentação das ex-colônias
espanholas, as quais constituíram-se novos mercados consumidores.
A análise do texto e os conhecimentos sobre Revolução Industrial e
Imperialismo permitem afirmar:
( ) A relação de dependência referida no texto resultou da expansão
do imperialismo industrial na América Latina, beneficiado pela
fragmentação das ex-colônias espanholas, as quais constituíram-se
novos mercados consumidores.
( ) O enfraquecimento do imperialismo britânico possibilitou a
autonomia e o progresso econômico dos países latino-americanos.
( ) Ao contrário das ex-colônias espanholas, o Brasil entrou para a
órbita da dependência norte-americana ao atingir sua emancipação
política, em 1822.
( ) A intervenção armada, o controle político e a constituição de "áreas
de influência" representam formas de dominação do imperialismo
industrial na Afro-Ásia.
( ) A penetração imperialista do capital financeiro na produção
industrial do Brasil, na segunda metade do século XIX, possibilitou o
crescimento da indústria nacional e a conquista de sua autonomia na
produção de bens de consumo.
Resposta: V – F – F – V - F
17. Na questão a seguir, baseada no trecho abaixo, escreva se a
afirmação é falsa (F) ou verdadeira (V).
“No tempo em que vivemos e na crise que atravessam todas as indústrias
europeias, a fundação de uma colônia é a criação de uma válvula de escape”.
(Jules Ferry, colonialista francês).
Esse trecho de um discurso da segunda metade do século XIX refere-se
ao imperialismo europeu e sobre o qual é correto afirmar que:
( )Uma das preocupações fundamentais dos colonizadores era propiciar
o desenvolvimento integrado das suas colônias.
( ) A expansão imperialista da Europa traduziu-se não só pela conquista
de colônias, mas também pelo investimento de capitais em países
independentes.
( ) A corrida colonial visava a conquista de matérias-primas e de
mercados consumidores para as metrópoles.
( ) Entre as justificativas europeias para as conquistas coloniais, havia
também aquelas de ordem religiosa (converter os "pagãos") e de ordem
cultural (era "dever" da Europa levar sua civilização para os povos que
consideravam "atrasados").
( ) A expansão europeia visando a conquista de novas colônias deu-se
sobretudo na África e na Ásia.
Resposta: F – V – V – V - V
18. TEXTO I: "Foi essa consciência de nossa superioridade inata que nos
permitiu conquistar a Índia. Por mais educado e inteligente que seja um
indiano, por mais valente que ele se manifeste e seja qual for a posição
que possamos atribuir-lhe, penso que jamais ele será igual a um oficial
britânico." (Kitchener apud AQUINO, séc. XIX e XX, p. 23)
TEXTO II: "Se prevejo corretamente, essa poderosa raça avançará sobre
o México, a América Central e a do Sul, as ilhas do oceano, a África e
mais adiante (...) Essa raça está predestinada a suplantar raças fracas,
assimilar outras e transformar as restantes, até toda a Humanidade ser
anglosaxonizada." (Josiah STRONG apud AQUINO, ibid, p. 99)
Com base na análise dos textos anteriores e nos conhecimentos sobre a
crise do capitalismo e a solução imperialista, pode-se dizer:
( ) As referências raciais contidas nos dois textos identificam os seus
autores como defensores de uma hierarquização racial e da dominação
imperialista.
( ) A transformação do capitalismo liberal em monopolista, motivando
uma crescente busca de mercados, resultou na interpretação da
ocupação colonialista de áreas afro-asiáticas e centro-americanas como
um direito dos países industrializados.
( ) As afirmações contidas no texto II expressam a convicção de Josiah
Strong, no DESTINO MANIFESTO dos Estados Unidos, fundamento da
expansão imperialista desse país.
( ) O pensamento expresso por Lord Kitchener foi partilhado pela
sociedade inglesa do século XIX, contribuindo para que os britânicos
vissem, na sua expansão imperialista, uma missão civilizadora sobre as
raças inferiores da Ásia e da África.
( ) A ideia de "anglosaxonizar toda a Humanidade" é demonstrativa da
postura etnocêntrica que tem caracterizado todas as formas de
dominação imperialista.
( ) O antigo sistema colonial e o imperialismo colonialista do século XIX,
apesar das diferenças acentuadas, se igualam na estruturação da divisão
social do trabalho.
( ) As correntes filosóficas e o desenvolvimento científico europeu do
século XIX negaram veracidade às afirmativas contidas nos dois textos.
RESPOSTA: V – V – F – V – V – F – F.
19. (FGV 2006) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra
civil em curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em
Darfur, no Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência.
Esse estado de coisas deve-se, em parte:
( ) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas
entre os defensores do liberalismo e os adeptos do planejamento central.
( ) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais
africanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.
( ) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a
desigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o
continente.
( ) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem
considerar as características das sociedades locais.
( ) às potências ocidentais que continuam mantendo uma política
assistencialista, o que faz com que os governos locais beneficiem-se do caos.
20. (Unesp 93) Ao final do século passado, a dominação e a espoliação
assumiam características novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas.
A crença no progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade
do homem branco marcavam o auge da hegemonia europeia. Assinale a
alternativa que encerra, no plano ideológico, certo esforço para
justificar interesses imperialistas.
( )A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, é algo
inimaginável para os ocidentais.
( )A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode
nascer espontaneamente.
( )A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe
no artesanato indiano.
( )A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e dos
viajantes naturalistas contribuíram para quebrar a resistência cultural
das populações africanas, asiáticas e latino-americanas.
( )O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam
os portos das áreas colonizadas em contato com o mundo exterior.
21. (UNITAU 95) A China, durante o seu império, sofrendo pressões de
vários países, foi obrigada a ceder algumas partes do seu território a
países europeus. Recentemente, um desses territórios, em poder do
Reino Unido, foi devolvido ao governo chinês. Trata-se do território de:
(
(
(
(
(
) Cingapura.
) Macau.
) Taiwan.
) Hong-Kong.
) Saigon.
22.(Fuvest 90) No século XIX a história inglesa foi marcada pelo longo
reinado da rainha Vitória. Seu governo caracterizou-se:
( ) pela grande popularidade da rainha, apesar dos poderes que lhe
concedia o regime monárquico absolutista vigente.
( ) pela expansão do Império Colonial na América, explorado através do
monopólio comercial e do tráfico de escravos.
( ) pelo início da Revolução industrial, que levou a Inglaterra a tornar-se
a maior produtora de tecidos de seda.
( ) por sucessivas crises políticas internas, que contribuíram para a
estagnação econômica e o empobrecimento da população.
( ) por grande prosperidade econômica e estabilidade política, em
contraste com acentuada desigualdade social.
23. De 1815 a 1891, a Inglaterra viveu um período de grande
estabilidade política interna, combinada com grande desenvolvimento
econômico, que possibilitou aos ingleses o domínio dos mares e a
expansão colonialista. As principais realizações desse período se deram
durante:
( ) a Era Vitoriana.
( ) a Revolução Gloriosa.
( ) o governo de Henrique VIII.
( ) o governo de Elizabeth I.
( ) a instalação do anglicanismo.
24. A Expansão Neocolonialista do século XIX foi acelerada
essencialmente,
( ) pela disputa de mercados consumidores para produtos
industrializados e de investimentos de capitais em novos projetos, além
da busca de matérias-primas.
( ) pelo crescimento incontrolado da população europeia, gerando a
necessidade de migração para a África e Ásia.
( ) pela necessidade de irradiar a superioridade da cultura europeia
pelo mundo.
( ) pelo desenvolvimento do capitalismo comercial e das práticas do
mercantilismo.
( ) pela distribuição igualitária dos monopólios de capitais e pelo
decréscimo da produção industrial.
25. (Unesp 89) O mundo europeu escandalizou-se com a rebelião dos
Boxers (1900) e se surpreendeu, depois, com suas consequências,
antecipando, de certo modo, os movimentos nacionalistas que iriam
revolucionar a China no século XX. As relações entre os europeus e o
governo imperial chinês, no entanto, contribuíram para alimentar
reações e os ressentimentos populares sobre:Falso (F) ou Verdadeiro V
( )os privilégios comerciais concedidos aos comerciantes estrangeiros.
( )os navios a vapor, as estradas de ferro e os telégrafos.
( ) os missionários europeus que desfrutavam do direito de residência
e de pregação.
( )a luta de boxe patrocinada, diariamente, pelos membros das
comunidades diplomáticas estabelecidas em Pequim.
( )a intervenção dos missionários estrangeiros na administração dos
governos locais.
Resposta: V – V – V – F – V.
26. A China desponta nos dias de hoje como uma das possíveis grandes
potências do próximo século. Todavia, até meados do século XIX, ela era
um país em grande parte isolado do restante do mundo e que, apesar
de apresentar uma economia enfraquecida, resistia à voracidade dos
interesses ocidentais. Naquela época os primeiros a quebrarem esse
isolamento foram os ingleses.
Assinale a ÚNICA alternativa que corresponde aos meios empregados
pelos ingleses para impor à China o comércio e outras influências
ocidentais:
( ) a monopolização do comércio da região, pela Companhia das Índias
Ocidentais;
( ) a Guerra do Ópio, com ataques às cidades portuárias chinesas;
( ) a assinatura de tratados de livre comercialização do chá chinês;
( ) a Guerra dos Boers, levando ao extermínio os nativos da região;
( ) a imposição à China de uma nova forma de governo com feições
ocidentais.
27. A conquista da Ásia e da África, durante a segunda metade do século XIX,
pela principais potências imperialistas objetivava:
( ) a busca de matérias primas, a aplicação de capitais excedentes e a procura
de novos mercados para os manufaturados.
( )a implantação de regimes políticos favoráveis à independência das colônias
africanas e asiáticas.
( )o impedimento da evasão em massa dos excedentes demográficos europeus
para aqueles continentes.
( ) a implantação da política econômica mercantilista, favorável à acumulação
de capitais nas respectivas Metrópoles.
( ) a necessidade de interação de novas culturas, a compensação da pobreza e
a cooperação dos nativos
28. (Fuvest 87) A expansão colonialista europeia do século XIX foi um dos
fatores que levaram:
( ) à diminuição dos contingentes militares europeus.
( ) à eliminação da liderança industrial da Inglaterra.
( ) ao predomínio da prática mercantilista semelhante à do colonialismo do
século XVI.
( ) à implantação do regime de monopólio.
( ) ao rompimento do equilíbrio europeu, dando origem à Primeira Guerra
Mundial.
29. (Mackenzie 96) Novas formas de organização das empresas surgiram
no final do século XIX, cujas características são:
( )concentração de várias unidades de produção em grandes
Companhias, Trustes ou Cartéis e a formação de "Holding Companies."
( )casas de créditos bancários, que realizaram operações de exploração
de produtos tropicais através de companhias marítimas.
( ) a limitação do capitalismo monopolista através da transferência das
matrizes das empresas para países pequenos.
( ) implementação de normas técnicas de predomínio da qualidade,
ampliação da livre concorrência e instalação de filiais móveis.
( )empresas em que os trabalhadores, através das "holdings",
participavam obrigatoriamente da distribuição dos lucros.
30. A reação à presença inglesa na Índia pelos soldados nacionalistas
hindus, é conhecida como:
(
(
(
(
(
) Revolta dos Cipaios.
) Rebelião dos Boers.
) Guerra dos Boxers.
) Terror Branco.
) Conferência de Berlim.
31. (Ufmg 97) Em 1891, Premph I, rei dos Ashanti, na Costa do Ouro
(atual Gana, África), respondeu da seguinte forma a uma consulta:
"A proposta para o país Ashanti, na presente situação, colocar-se sob
proteção de Sua Majestade a Rainha e Imperatriz da Índia foi objeto de
exame aprofundado, mas me permitam dizer que chegamos à seguinte
conclusão: meu reino, o Ashanti, jamais aderirá a tal política."
A partir do texto anterior, pode-se afirmar que a conquista da África
pelos países europeus:
( ) baseou-se exclusivamente em operações militares.
( ) contou com o apoio das populações militares.
( ) encontrou resistência de chefes e reis africanos.
( ) enfrentou a concorrência de impérios asiáticos.
32. (Ufmg 97) Em relação à expansão imperialista na Ásia, na segunda
metade do século XIX, pode-se afirmar que o Império Chinês foi
(
(
(
(
) anexado ao Japão anulando a ameaça imperialista.
) desmembrado em colônias pelas potências européias.
) dividido em zonas de influência pelos países ocidentais.
) incorporado ao Império Britânico compondo a Commonwealth.
33. Ata Geral da Conferência de Berlim - 26 de fevereiro de 1885
"Capítulo I - Declaração referente à liberdade de comércio na bacia do
Congo...
Artigo 62 - Todas as Potências que exercem direitos de soberania ou uma
influência nos referidos territórios comprometem-se a velar pela
conservação dos aborígenes e melhoria de suas condições morais e
materiais de existência e a cooperar na supressão da escravatura e
principalmente no tráfico de negros; elas protegerão e favorecerão, sem
distinção de nacionalidade ou de culto, todas as instituições e empresas
religiosas, críticas ou de caridade, criadas e organizadas para esses fins
ou que tendam a instruir os indígenas e a lhes fazer compreender e
apreciar as vantagens da Civilização.“
Pela leitura do texto anterior, podemos deduzir que ele:
( )demonstra que os interesses capitalistas voltados para investimentos
financeiros eram a tônica do tratado.
( )caracteriza a atração exercida pela abundância de recursos minerais,
notadamente na região, sul-saariana.
( )explícita as intenções de natureza religiosa do imperialismo, através
da proteção à ação dos missionários.
( )revela a própria ideologia do colonialismo europeu ao se referir às
"vantagens da Civilização".
com relação ao processo anteriormente caracte-
34
rizado, ocorrido no século XIX, podemos afirmar
que:
( )sucedeu de forma equânime, já que atendeu
a todos os interesses dos países envolvidos.
( ( ) levou em consideração as aspirações dos países que foram alvo do processo.
(NOVAES, Carlos Eduardo e RODRIGUES,
Vilmar. "Capitalismo para principiantes".
20• edição, São Paulo, Ática, 1991, p.88)
( ) satisfez totalmente as reivindicações das nações recém-unificadas da Europa.
(
(
) teve suas regras fixadas no Congresso de Berlim.
) foi ratificado pelas determinações da Conferência de Bandung.
35. “O Império é o comércio.” Com esta frase, Joseph Chamberlain, estadista inglês definia o imperialismo no final do século XIX. Um dos fatores
que contribuiu para a compreensão do imperialismo é:
( ) constituição de impérios coloniais em bases autônomas.
( )busca de mercados consumidores para as matérias-primas europeias.
( )procura de terras férteis nas coloniais pelos grandes produtores
europeus.
( ) necessidade de exportação de capitais excedentes para regiões extra
europeias.
35.(FGV 2001) Leia atentamente as afirmações abaixo, sobre a Guerra
do Ópio, e assinale a alternativa correta e a falsa .
( )O estopim da Guerra do Ópio (1839) entre ingleses e chineses foi a
queima de milhares de caixas dessa substância, pelos chineses, como
represália a esse comércio em suas fronteiras.
( )Como resultado imediato da derrota chinesa, outros portos são
abertos às nações estrangeiras e inicia-se um processo revolucionário
nacionalista dirigido por Mao Tsé-tung.
( )Os tratados de Nanquim e de Pequim definiram, a partir da vitória
chinesa, o porto de Cantão como o único para o comércio internacional,
possibilitando a não fragmentação do país em áreas de influência de
nações estrangeiras.
( )A transferência de Hong Kong à Inglaterra é um dos símbolos da
derrota chinesa.
( )Manifestações e organizações contra a presença estrangeira
prosseguiram por mais de 50 anos, após a derrota chinesa, sendo a
Guerra dos Boxers, no final do século XIX, uma de suas expressões.
Resposta: V – F – F – V – V.
36.(Ufsc 2005) "As raças superiores têm um direito
Perante as raças inferiores. Há para elas um direito
porque há um dever para elas. As raças superiores
têm o dever de civilizar as inferiores (...) Vós podeis
negar, qualquer um pode negar que há mais justiça,
mais ordem e moral, mais eqüidade, mais virtudes
sociais na África do Norte desde que a França a
MESGRAVI, Laima. “ A colonizaconquistou?“Julis Ferry discursando no parlamento francês, em 28 de julho ção da África”. S.Paulo: Atual,
de 1885.
1994, p.32.
Sobre o fenômeno a que se refere o texto e a foto, é CORRETO afirmar que:
(
) missionários católicos e protestantes acompanharam a ocupação dos
novos territórios colonizados, mas raramente se dedicavam à conversão dos
povos nativos, atuando principalmente entre os próprios colonizadores.
(
) nessa época difundiu-se a idéia de que a capacidade de direção e
organização, além do desenvolvimento científico e tecnológico, tornava os
europeus superiores aos demais povos do mundo, o que lhes dava o direito à
conquista de povos supostamente atrasados.
(
) embora a intenção declarada pelos colonizadores fosse a de civilizar os
atrasados povos Africano e Asiático, o resultado do imperialismo foi a
escravidão, a tortura e a morte de milhões de nativos.
( ) a exploração colonial não destruía as indústrias domésticas dos territórios
ocupados, pois a mentalidade capitalista estimulava a poupança e a formação
das classes médias nacionais.
( ) as colônias impulsionavam as indústrias europeias e o comércio externo.
Resposta: F – V – V – F – V.
37. (Unifesp 2005) "Em meados da década de 1890, em meio à terceira
longa depressão em três décadas sucessivas, difundiu-se na burguesia
uma repulsa pelo mercado não regulamentado, em todos os grandes
setores da economia".
O autor (Martin Sklar, 1988) está se referindo à visão dominante entre a
burguesia no momento em que o capitalismo entrava na fase:
( ) globalizada.
( ) competitiva.
( ) multinacional.
( ) monopolista.
( ) keynesiana.
38. (PUCPR 2006) Com relação aos Grandes Imperialismos, correlacione
corretamente as duas colunas:
(1) Os franceses exerceram protetorado nesta ( ) Sul da África
região africana.
(2) A Itália submeteu esta nação africana.
( ) Argélia
(3) A Inglaterra dominou esta antiga nação,
depois da abertura do Canal de Suez.
( ) China
(4) Os ingleses dominaram esta região que era
ocupada por descendentes de holandeses.
( ) Etiópia
(5) Os boxers lideraram o movimento contra a
Pressão inglesa existente desde a Guerra do Ópio. ( ) Egito.
Resposta: 4 – 1 – 5 – 2 – 3.
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