UD III ASS 2 – 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E IMPERIALISMO. OBJETIVOS: -JUSTIFICAR A IMPORTÂNCIA DA 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL PARA A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO; -RELACIONAR A EXPANSÃO IMPERIALISTA AO CAPITALISMO; -EXPLICAR AS ESTRATÉGIAS DE DOMÍNIO IMPERIALISTA NA ÁSIA E NA ÁFRICA; -DESCREVER AS TRANSFORMAÇÕES NAS COMUNIDADES AFRICANAS E ASIÁTICAS; -ANALISAR A EXPANSÃO CAPITALISTA. SUMÁRIO 1. ANTECEDENTES; 2. A 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL; 3. RESUMO E APRECIAÇÃO 4. 1ª VERIFICAÇÃO 5. IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO; 6. PARTILHA DA ÁFRICA; 7. PARTILHA DA ÁSIA; 8. O IMPERIALISMO INGLÊS; 9. RESUMO E CONCLUSÃO; 10. 2ª VERIFICAÇÃO. 1.ANTECEDENTES 1.1. 1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL -Máquina a vapor e locomotiva; -restringiu-se à Inglaterra e aos países que se deixaram influenciar pela revolução inglesa; -na busca por mais matérias, a Inglaterra consolidou seu vasto império colonial pelo mundo, adquiriu e manteve a supremacia industrial; -substituição de produtos manufaturados por máquinas; -aumento da quantidade e diversidade bens de consumo; -supremacia industrial inglesa até a metade do século XIX; -era do carvão e ferro; -crescimento da nova classe social do operariado; -inchaço das cidades, desemprego e da mendicância; -poluição urbana e rural. A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Revolução Científico-Tecnológica 2. 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1870/1ª GM) 2.1. CARACTERÍSTICAS - era do aço e da eletricidade; -a partir de 1870, com o uso da energia elétrica, do motor a explosão, dos corantes sintéticos e do telégrafo; -Evolução da produção individual e do conhecimento humano; -Lucros maiores das indústrias; -Aceleração entre a obtenção de matérias primas e o comércio. -Várias inovações e invenções; -intensificação e diversificação da produção; -revolução econômica na agricultura: -melhoria das técnicas agrícolas/ -melhoria da produtividade/ -melhoria da qualidade de vida/ - diminuição da mortalidade e do aumento da população; 2.2. PRINCIPAIS INVENÇÕES -Transformação de ferro em aço, por H. Bessemer:uso na indústria, baixo preço e resistência maior; -invenção do dínamo-Siemens: propulsor da eletricidade; -substituição da energia a vapor pela energia elétrica; -Motor de combustão Interna, de Nicolau Otto, aperfeiçoado por Rudolf Diesel e Karl Benz. Ponte do Brooklin, em New York (em 1869, 1ª ponte de aço do mundo) Mercado de Yokohama na era Meiji (1870) estrada de ferro no oeste americano imigrantes em N. York em 1890 -uso do petróleo e derivados: diesel e gasolina; -Crescimento da indústria química; -Locomotiva elétrica -1879; -Fábrica de automóvel a gasolina em 1880 por Benz e Daimler; -Produção do automóvel em 1885; -Motores gás e diesel 1887; -descoberta do rádio em 1896 por Marconi; 2.2.1. Novas tecnologias • Indústria e os novos inventos: mais velocidade na produção e distribuição das mercadorias. • Processo Bessemer – 1856- Henry Bessemer, engenheiro inglês, descobriu o aço. Esse e outros inventos incentivaram maior investimento na indústria siderúrgica. O aço substituiu o ferro em diversos setores. 2.2.2. O motor de combustão interna • Petróleo até o século XIX era usado no tratamento medicinal ou como lubrificante. Em 1859 passou a ser usado como combustível- querosene (lamparinas e inseticidas) • 1870 – motor – movido à gasolina ou diesel. Século XX - o diesel passou a substituir o vapor nas locomotivas e nos navios. 2.2.3. Invenção do dínamo: 1870 – uma máquina que produz eletricidade. O carvão foi sendo deixado de lado e a eletricidade passou a ser cada vez mais usada nas fábricas, transportes e iluminação elétrica. 2.2.4. Transportes e comunicação: • Estradas de ferro/automóveis/telefone (Graham Bell). -aviação- F. Von Zeppelin -1900; -avião: irmãos Wright (Orville/Wilbur) e Santos Dumont (23 out 1906/ 14 bis) -Invenção do telefone por Alexandre Graham Bell em 1876; -produção de automóvel em larga escala em 1908 por Henry Ford; -em 1890, Thomas Edison e o escocês William Dickson criaram o cinetoscópio. -em 1895 os irmãos franceses Auguste e Louís Lumiere criaram O cinematógrafo. -Surge os Pneumáticos/John Boyd Dunlop/ Pneu Com Ar/1888; -Lâmpada incandescente por Thomas A. Edison em 1854; -Máquina de costura, em 1846/EUA/por Elias Howe; Máquina de escrever, em 1867/EUA/C. Sholes e Carlos Glidden. 2.2.5. Segunda Revolução Industrial: criou outra divisão: países ricos e industrializados X países pobres, consumidores dos excedentes da produção dos países ricos e fornecedores de energia e matéria-prima. 2.2.6. Novo modo de produção • Separação Trabalho – Capital → Capitalista = dono dos meios de produção → Proletário = trabalhador assalariado • Trabalho = mercadoria que o trabalhador vende em troca de um salário • Declínio da produção artesanal, produção em larga escala = Fábricas • Aumento da produção, barateamento dos custos, mais fácil acesso aos bens de consumo • Produção para um mercado desconhecido • Concentração da produção industrial em centros urbanos – industriais • Surgimento da classe operária • Oficinas artesanais deram lugar ao sistema fabril, onde a máquina homogeniza o trabalho humano e acentua-se a divisão social do trabalho 2ª Revolução Industrial Racionalização do trabalho • disciplina de horários (vários turnos) •manutenção de um ritmo de trabalho Rentabilizar o trabalho dos operários: • divisão do trabalho • especialização de tarefas 2ª Revolução Industrial taylorismo • F. Taylor introduz a organização científica do processo produtivo • aposta na especialização • com o objetivo de reduzir os custos de produção cadeia de montagem (fordismo) • Atinge a máxima especialização • a otimização do trabalho e dos rendimentos • baixando o custo final dos produtos Primeira Fase Segunda Fase Material Industrial Básico FERRO AÇO Principal Fonte Energética VAPOR ELETRICIDADE PETRÓLEO Setor Predominante TÊXTIL DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO (expansão) 2.2.7. Alemanha • Avanço industrial 1.860; moderna e dinâmica, produz aço, produtos químicos e equipamentos elétricos e científicos. Após a Unificação do país (1871), industrialização se intensificou. Governo alemão: •1) liberou recursos para a instalação de empresas; •2) adotou medidas para proteger a indústria e a agricultura alemã – tarifas alfandegárias sobre as importações. •3) Investimento na educação – ciências aplicadas à produção industrial. Com as escolas alemãs formando técnicos, as indústrias dispunham de grande oferta de mão de obra técnica, que recebiam salários baixos. 2.2.8. Rússia • Governo czarista incentivou o desenvolvimento industrial; • 1) realizou empréstimos no exterior para construir estradas de ferro e instalar empresas (estrangeiras) de vários ramos, destacando-se a têxtil, extração de carvão e minério de ferro. 2.2.9. Japão • Até 1860: era quase como a Europa Feudal. Havia um imperador, mais o poder estava nas mãos dos DAIMIUS, senhores de terras. O país era isolado do Ocidente. • 1860 – Revolução Meiji – centralização do poder nas mãos do Imperador. Teve início inúmeras reformas: • 1) O governo japonês firmou tratados comerciais com os países ocidentais, garantindo a exportação de produtos japoneses. • 2) realizou uma ampla reforma educacional – erradicar o analfabetismo e promover a industrialização do país. • Na segunda metade do século XIX, o Japão se industrializou. O governo usou capitais estrangeiros para financiar o desenvolvimento industrial, o que originou os grandes grupos econômicos, os ZAIBATSU, controlados por poucas famílias. • Por volta de 1910, o Japão tinha mais de 10 mil quilômetros de estradas de ferro, grandes bancos, poderosas Companhias de navegação e mineração, e a produção têxtil era uma das maiores do mundo. Estrada de ferro Tocaido. Japão. 2.2.10. ESTADOS UNIDOS • Industrializa-se após a guerra Civil (18611865) Guerra de Secessão. • O Norte industrializado venceu o Sul agrário e escravista e impôs seu projeto modernizador. • a) Leis protecionistas – ampararam a produção industrial e agrícola do país. • b) Grande oferta de mão de obra barata, garantida pela política de estímulo à imigração a ocupação de terras do Oeste; • c) O incentivo do Estado à instalação de companhias de transportes e às comunicações. • 1900 – EUA – ocupavam o primeiro lugar na produção mundial de aço; a maior malha ferroviária do mundo. • A população urbana saltou de 15% em 1850 para 40% em 1900. Dos 75 milhões de habitantes, 30 milhões viviam nas cidades. 2.2.11. O Capitalismo Financeiro • Até a segunda metade do século XIX – empresas eram pequenas e familiares. Os lucros eram revertidos para a própria empresa – Capitalismo Industrial. • A partir de 1880 – surgem novas atividades econômicas: Exploração do petróleo, usinas hidrelétricas e siderúrgicas – exigem grandes investimentos que passam a ser fornecidos pelos bancos que passam a financiar a produção agrícola e mineral em cada país e controlam por meios de ações, empresas de diferentes setores e atividades – Capitalismo Financeiro. • Com a Segunda Revolução Industrial surgem as grandes empresas: • Truste – Associação de empresas de um mesmo ramo que se fundem com o objetivo de controlar os preços, a produção e o mercado. 2.2.12. Cartel – Agrupamento de empresas independentes que estabelecem acordos ocasionais com o propósito de dividir o mercado e combater os concorrentes. 2.2.13. Holding – Empresa que controla uma série de outras empresas, do mesmo ramo ou de setores diferentes mediante a posse majoritária das ações das empresas. • A associação de várias empresas permitiu uma concentração de capital nas mãos de grupos econômicos chamados Oligopólios, que prejudicavam as pequenas empresas e a livre concorrência. 2.2.14. Oligopólios: poucas empresas dominam a maior parte do mercado. 2.2.15. Consequências da Revolução Industrial: – Consolidação do capitalismo e do poder da burguesia. – Desenvolvimento tecnológico. – Desenvolvimento dos transportes (barco a vapor, locomotiva) e das comunicações (telégrafo e posteriormente o telefone). – Aumento da produtividade (redução de preços). – Esgotamento de recursos naturais. – Urbanização intensa. – Formação do proletariado urbano (operários). – Surgimento do CAPITALISMO FINANCEIRO – grandes bancos controlando indústrias por meio de compra de ações ou dependência financeira (empréstimos). • A exploração de operários e as suas lutas: – Operários destituídos da posse de meios de produção e instrumentos de trabalho. – Sujeitos a jornadas diárias de mais de 14 horas. – Sem nenhum direito trabalhista. – Exploração do trabalho feminino e infantil. – Baixos salários. – Desemprego (“exército industrial de reserva”) – Ludismo (1811 – 1818) – movimento de trabalhadores que destruíam máquinas. Cartismo (1832 – 1848) – movimento de trabalhadores que redigiam reivindicações trabalhistas ao parlamento britânico. Obteve alguns benefícios como a redução da jornada de trabalho para 10 horas e regulamentação do trabalho infantil e feminino. - Trade Unions – associações de trabalhadores que deram origem aos sindicatos. -Questionamento do operariado: salários, jornadas, condições de trabalho, férias e organização de Sindicatos; -Aplicação do excedente de capital na pesquisa e aperfeiçoamento das máquinas: diminuir custos com operários; -Crescimento do padrão de vida: bicicletas, relógios, aparelhos domésticos em larga escala; -Redução de custos/aumento da produção: -Produção em série: mesmo produto em grande quantidade/manutenção padronização; aprovação do consumidor; -Especialização do trabalho: subdivisão em várias etapas. -linhas de montagem: esteiras rolantes levam parte do produto para montagem. Duto para montagem: criado por Taylor e utilizado por Ford; -aumento da produção: busca de novos mercados/maiores lucros; -dificuldades de pequenos e médios proprietários de montar e manter suas fábricas; -Surgimento do capitalismo financeiro ou monopolista; -Capital bancário somado; -Origem das multinacionais; -Mercado de ações para valorizar e aumentar o capital; - Surgimento da Bolsa de valores; 2.2.16. MECANISMOS PARA INIBIR A CONCORRÊNCIA -CARTEL: -união de uma empresa já existente no mercado com outras de menor porte, com o objetivo de dominar o mercado de um ou mais produtos, ou seja, dividir o mercado; -igualam o preço de venda; -Grupo compra grande quantidade de matérias primas e implementos; -pressão nos fornecedores para exclusividade; -Visa o monopólio do produto; -TRUSTE: várias empresas de um mesmo setor , interessadas em controlar preços, produção e mercado, se fundem formando uma única organização. -Controlam todas as etapas de produção, desde a retirada da matéria prima da natureza até a comercialização. OLIGOPÓLIO: Associação de empresas, sem capital suficiente para a concorrência tornando-se um pequeno grupo poderoso empresas controlador de determinado ramo da produção. HOLDING: união de empresas de mesmo produto ou de diferentes produtos, administradas por outra, com o controle acionário das demais (subsidiárias). – Formação de grandes conglomerados econômicos: HOLDING Empresas financeiras que controlam complexos industriais a partir da posse de suas ações. TRUSTE Empresas que absorvem seus concorrentes, controlando a produção, preços e dominando o mercado. A A A CONTROLE ACIONÁRIO CARTEL Empresas de um mesmo ramo que se associam para evitar concorrência, dividindo os mercados. ACORDO COMPRA D B C D B C B D C MONOPÓLIO CONSEQUÊNCIAS Econômicas: (“fim da escravidão”) → modo de produção capitalista se torna o modo de produção dominante → IMPERIALISMO = busca de mercados para extrair matérias-primas e vender manufaturados - Inglaterra e França = impérios coloniais na Ásia e África (partilha) - conflitos ( = 1ª guerra ) Políticas: → Burguesia no poder, aplicação do Liberalismo “lassez faire, laissez passer” (deixai fazer, deixar passar) “plena igualdade de direito, desigualdade de fato” → sociedade baseada no dinheiro e na instrução Sociais: → surgimento de gravíssimas questões sociais → jornada de trabalho de 15/16h por dia → salários miseráveis → péssimas condições de trabalho → salários pagos em vales → habitações de péssimas condições → exploração do trabalho infantil e feminino → aumento do desemprego, exploração excessiva dos trabalhadores, surgimento das ideologias revolucionárias... • Horas de trabalho por semana para trabalhadores adultos nas indústrias têxteis: 1780 - em torno de 80 horas por semana 1820 - 67 horas por semana 1860 - 53 horas por semana 3. RESUMO E APRECIAÇÃO - O desenvolvimento de novos processos técnicos e científicos ao longo do século XIX impulsionou a industrialização e facilitou a circulação de informações, pessoas e mercadorias. - Inventos na área de transportes, das comunicações e da produção de energia possibilitaram encurtar as distâncias, agilizar a veiculação de notícias e criar novas indústrias. -Aos olhos da elite da Europa, a civilização tinha instaurado o reino da ciência e do progresso. -Passou-se a chamar de CIENTIFICISMO a crença na capacidade da ciência explicar o mundo, dominar as forças da natureza e promover o progresso geral das sociedades humanas. - Nesse século XIX o desenvolvimento científico foi marcado pela aliança entre ciência, técnica e indústria, criando meios para se produzir mais, em menor tempo e com menos gasto de energia e de custos (exemplos: conhecimentos teóricos sobre eletromagnetismo, aproveitado na fabricação de motores elétricos, dos transformadores e da lâmpada; e teoria da termodinâmica, na invenção dos motores a vapor). - Essas inovações possibilitaram o aumento da produtividade e a geração de capitais excedentes na Europa que, necessitando de mercados para o investimento desses excedentes, motivaram as potências capitalistas a realizarem um novo tipo de colonialismo na África, Ásia e Oceania. O QUE É UMA REVOLUÇÃO ? - é uma mudança rápida e profunda que afeta as estruras de uma sociedade. -implica, por outro lado, uma aceleração no ritmo das transformações históricas. O que foi então a Revolução industrial? “Processo global de transformações econômicas e sociais, caracterizadas pela aceleração do processo produtivo e pela consolidação da produção capitalista. Tal processo liquidou com os resquícios da produção baseada em relações feudais e consolidou definitivamente o modo de produção capitalista.” A ciência e a Segunda Revolução Industrial Pesquisa científica Grandes Investimentos $$$ Acúmulo de capitais Progresso técnico Aumento da produção AS TRANSFORMAÇÕES: • Na agricultura: adoção de uma série de novos métodos e técnicas de cultivo criação; • Envolvendo o uso de máquinas, novos cultivos, alterações no regime de exploração da terra, promovendo uma verdadeira revolução agrícola. • Nos transportes, bancos, comércio, comunicações, em toda a sociedade capitalista. TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS • Divisão social em duas classes básicas: a burguesia-proprietária dos meios de produção. o proletariado-classe assalariada e que, para subsistir, vende o único bem que possui, a sua força de trabalho. A vida nas grandes cidades Muitas famílias da burguesia, foram morar em amplas casas cercadas por bosques e jardins, longe do centro das cidades. Tinham acesso aos serviços de esgoto, de água encanada e de eletricidade. Principais consumidoras dos novos produtos industrializados de luxo, como os utensílios domésticos, os automóveis e as máquinas fotográficas. Tinham bastante tempo para o lazer. Tais como: esportes, teatro, ópera, passeios no campo, bailes e saraus. BELLE EPOQUE! Os bairros operários Nos bairros operários, que geralmente ficavam próximos às indústrias, não havia rede de esgoto nem abastecimento de água e gás. Além disso, a poluição causada pelas fábricas provocava sérios problemas de saúde nos moradores desses bairros. Fases do Capitalismo Primeira Revolução Industrial Segunda Revolução Industrial Capitalismo Industrial (fase liberal ou concorrencial) Capitalismo Financeiro (fase monopolista) o Segunda metade do século XVIII. o Inglaterra/ França/ Bélgica/ Holanda. o Livre concorrência entre empresas e países. o Predomínio da indústria sobre o comércio e as finanças. o Empresas pequenas e médias, geralmente sob direção familiar. o Final do século XIX. o Europa/ EUA/ Japão. o Monopólios: limitaram a livre concorrência, as pequenas e as médias empresas. o Controle dos bancos e instituições financeiras (empréstimos e ações) sobre a indústria e o comércio. o Formação de grandes empresas, devido a acumulação de capital, controlando o mercado. 4. 1ª VERIFICAÇÃO 1. A charge abaixo foi do publicada em 1889, de autoria de Joseph Ferdinand Keppler, famoso cartunista e caricaturista da época. Observe com atenção pois ela representa a existência de uma plateia em pé formada de homens de negócios (empresários de cartola) e um grupamento de políticos sentados, apontando para o Senado ou Congresso Americano. a. Na roupa de cada um dos empresários de cartola está escrito a palavra “trust”. Explique qual é o significado dessa palavra. -Resposta: significa a associação de várias empresas em uma única, que passa a dominar todas as fases da produção, desde a obtenção da matéria-prima até a comercialização do produto. b. Apresente a mensagem crítica da charge. Resposta: a charge ironiza e critica a força dos trustes ou do poder econômico empresarial nos políticos norte-americanos, dando a entender que são eles que mandam na política do país. c. Ela pode ser aplicada nos dias atuais? Justifique. Resposta: Essa mensagem pode ainda ser aplicada nos dias atuais porque o poder econômico em uma sociedade capitalista como a norte-americana ainda possui grande influência nas decisões do Congresso americano. d. Explique com suas próprias palavras o que você entende como cartel. Resposta: união de uma empresa já existente no mercado com outras de menor porte, com o objetivo de dominar o mercado de um ou mais produtos, ou seja, dividir o mercado, estabelecendo um preço único da mercadoria (monopólio). 2. (UEL 2013) Leia o texto a seguir: “A tecnologia tem sido o catalizador da mudança social desde antes do matemático grego Arquimedes demonstrar que a água pode ser levantada para irrigar um terreno ressecado acima de um fluxo de água, por meio de um mecanismo contínuo propulsor dentro de um tubo flexível. Contudo, ao mesmo tempo, a diferença entre os contemplados e os tecnologicamente carentes tornou-se um abismo. Para cada um que agora compra sua passagem de avião, trem e ingresso de teatro online, milhões ainda esperam pela eletricidade e por água limpa corrente.” (Adaptado de: JARDINE, L. Como a tecnologia afeta a transformação social. In: SWAIN, H. Grandes questões da História. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p.255-259.) a. Com base no texto, descreva duas características fundamentais da Revolução Industrial inglesa do século XVIII. -Resposta: Sobre a revolução industrial, o aluno deve pode uma explicar sumariamente algumas dessas características: o surgimento da manufatura, a urbanização, o surgimento do proletariado, o surgimento da indústria de bens de consumo, a expulsão do homem do campo, o cercamento das terras, a exploração do trabalho assalariado. b. Discuta as relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-estar social no mundo contemporâneo. -Resposta: Espera-se que o aluno articule uma reflexão demonstrando como o desenvolvimento tecnológico pode contribuir para o desenvolvimento humano e até mesmo para a preservação ambiental. Essas tecnologias não estão, contudo, disponíveis para todos, o que reforça a desigualdade existente. Em suma, o candidato deverá argumentar sobre os aspectos contraditórios das relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-estar social. 3.Na Inglaterra, um horário ferroviário uniforme foi Adotado em meados do século XIX. Baseava-se na hora do Tempo Médio de Greenwich, isto é, a hora do meridi ano do Observatório Real de Greenwich, geralmente indi cada pelas letras GMT (Greenwich Mean Time). No final da década de 1840, Sir George Airy, astrônomo real, insistiu para que o Big Ben, novo relógio a ser construído, fosse regulado pela hora de Greenwich. Airy expandiu muito o serviço público baseado na GMT, fazendo com que essa hora fosse transmitida por todo o país por cabos que corriam ao longo das linhas férreas. Em 1853, escreveu: “Não posso sentir senão satisfação ao pensar que o Observatório Real está assim contribuindo para a pontualidade dos negócios por toda uma grande extensão deste país” Adaptado de WHITROW, G. J. O tempo na história: concepções do tempo da préhistória aos nossos dias. Rio de Janeiro: Zahar, 1993. As sociedades industriais modernas desenvolveram formas de medir o tempo associadas ao uso do relógio e à padronização dos horários em escala nacional, como no caso da Inglaterra, no decorrer do século XIX. Um dos efeitos dessas medidas padronizadoras do tempo se manifestou basicamente na regulação dos: a) ritmos do trabalho b) sistemas de plantio c) níveis de escolaridade d) fluxos de investimentos Explicação: Desde o final do século XVIII, com a expansão da indústria, foram criadas formas de controlar o trabalho desenvolvido pelos operários, como forma de aumentar a produtividade e consequentemente o lucro. A utilização do relógio pelo patrão e a padronização do horário no país fizeram parte desse processo no decorrer do século seguinte. 4. (Unesp 2013) No final do século XVIII, a Inglaterra mantinha relações comerciais regulares com várias regiões do continente africano. O interesse de ingleses nesse comércio derivava, entre outras coisas, da necessidade de: a) mercado consumidor para os tecidos, produzidos em escala industrial nas fábricas inglesas e francesas. b) especiarias e sal, utilizados na conservação de alimentos consumidos nas grandes cidades europeias. c) petróleo, utilizado como fonte principal de energia nas fábricas instaladas em torno das grandes cidades inglesas. d) matérias-primas, como o algodão e os óleos vegetais, que eram utilizadas pelas fábricas inglesas. e) mão de obra a ser empregada nas manufaturas e fábricas que proliferavam na Inglaterra e na França. Explicação: O século XVIII foi caracterizado pela Revolução Industrial na Inglaterra e, apesar de destacar-se a indústria têxtil e sua matéria-prima fundamental, o algodão, outros componentes eram necessários para o desenvolvimento, funcionamento e manutenção do maquinário. No século XVIII, o mercado era essencialmente inglês e europeu, e a mão de obra era composta por antigos camponeses expulsos de suas terras. As especiarias já não tinham grande importância comercial, e o petróleo e seus derivados não haviam sido descobertos. 5. (Unesp 2013) Leia: “Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem a doença os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução Industrial, mas sim o próprio trabalho.”(Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.) O texto afirma que a Revolução Industrial: a) aumentou os lucros dos capitalistas e gerou a convicção de que era desnecessário criar mecanismos de defesa e proteção dos trabalhadores. b) provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com esforço e apoio plenos de todos os segmentos da população. c) representou mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos operários e envolveu-os num duro processo de produção. d) piorou as condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o benefício de consolidar a ideia de que o trabalho enobrece o homem. e) preservou as formas tradicionais de sociabilidade operária, mas aprofundou a miséria e facilitou o alastramento de epidemias. Justificativa: O autor destaca aspectos sociais da Revolução Industrial, na medida em que promove a separação definitiva entre capital e trabalho e agudiza as distinções sociais. Mais do que um avanço tecnológico, aponta o retrocesso social, na medida em que trabalhadores são submetidos a uma condição de vida e de trabalho marcada pela exploração e pela miséria. 6. (Fuvest 2013) “Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por que não extingui, naquele instante, a centelha de vida que você tão desumanamente me concedeu? Não sei! O desespero ainda não se apoderara de mim. Meus sentimentos eram de raiva e vingança. Quando a noite caiu, deixei meu abrigo e vagueei pelos bosques. (...) Oh! Que noite miserável passei eu! Sentia um inferno devorar-me, e desejava despedaçar as árvores, devastar e assolar tudo o que me cercava, para depois sentar-me e contemplar satisfeito a destruição. Declarei uma guerra sem quartel à espécie humana e, acima de tudo, contra aquele que me havia criado e me lançara a esta insuportável desgraça!” Mary Shelley. Frankenstein. 2ª ed. Porto Alegre: LPM, 1985. O trecho acima, extraído de uma obra literária publicada pela primeira vez em 1818, pode ser lido corretamente como uma: a) apologia à guerra imperialista, incorporando o desenvolvimento tecnológico do período. b) crítica à condição humana em uma sociedade industrializada e de grandes avanços científicos. c) defesa do clericalismo em meio à crescente laicização do mundo ocidental. d) recusa do evolucionismo, bastante em voga no período. e) adesão a ideias e formulações humanistas de igualdade social. Justificativa: O romance Frankenstein, de Mary Shelley, foi escrito e publicado sob o contexto da Primeira Revolução Industrial, época marcada por grandes avanços científicos e pela crença de que o homem poderia controlar a natureza – fatos que são questionados pela autora. 7. O avanço tecnológico das últimas décadas deu origem a setores muito sofisticados do ponto de vista técnico, tais como a microeletrônica, a biotecnologia, a robótica etc. Eles integram a chamada fábrica global, determinando uma nova distribuição espacial das indústrias, cujas características atendem, em última análise, à lógica do lucro. Com relação aos fatores determinantes da teoria de localização industrial, responda: a. Identifique os fatores que foram fundamentais para a localização industrial na primeira e na terceira Revolução Industrial. Resposta: A Primeira Revolução Industrial de um lado dependia de capital acumulado, existência de minérios em abundância como o ferro e o manganês (custo do transporte, distâncias e quantidade) e fontes de energia. De outro lado um mercado consumidor com poder aquisitivo e mão de obra abundante são importantes. A Terceira Revolução Industrial ocorre sobre novas bases. Energia elétrica, informatização, integração pesquisa – tecnologia, terceirização, Toyotismo, (just in time), automação e robotização. Os avanços tecnológicos ocorrem em áreas como microeletrônica, nanotecnologia, biotecnologia, química fina entre outras. São aspectos que favorecem a acumulação flexível com desconcentração espacial. b. Explique o significado do termo “fábrica global”. Resposta: Trata-se de um novo modelo produtivo com base na desconcentração espacial das atividades; distribuição do processo produtivo de bens por diferentes lugares. A sede administrativa da empresa é num dado país e sua linha de produção é em outro. A transnacionalização, por exemplo, pode ter um carro global. Projeto, administração e captação financeira num certo país; produção de autopeças em outro; carroceria e motores num terceiro e montagem num quarto país. 8.“Viver numa grande cidade implica o reconhecimento de múltiplos sinais. Trata-se de uma atividade do olhar, de uma identificação visual, de um saber adquirido, portanto. Se o olhar do transeunte, que fixa fortuitamente uma mulher bonita e viúva ou um grupo de moças voltando do trabalho, pressupõe um conhecimento da cor do luto e das vestimentas operárias, também o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos a sua presa, implica um conhecimento específico da cidade.” Maria Stella Bresciani, Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo: Brasiliense, 1982, p.16. Adaptado. O texto mostra como o forte crescimento territorial e demográfico de algumas cidades europeias, no século XIX, redefiniu formas de convivência e sociabilidade de seus habitantes as quais, em alguns casos, persistem até hoje. a. Cite e explique dois motivos do crescimento de cidades como Londres e Paris, no século XIX. Resposta: O principal motivo de crescimento dessas duas cidades foi a industrialização, bastante acentuada no decorrer do século XIX, apesar da revolução industrial na Inglaterra ter-se iniciado no século anterior. A segunda metade do século XIX foi marcada pela 2ª Revolução Industrial, que promoveu não apenas as novas tecnologias, mas também um aumento significativo do número de fábricas e, portanto, de postos de trabalho. A segunda causa é a crise no setor agrário, colocado em segundo plano pelos governantes e burguesia dessas nações e que sofreu a interferência do processo de mecanização, principalmente nas últimas décadas do século, provocando desemprego entre os camponeses que, em um primeiro momento, tendiam a migrar para as grandes cidades b. Indique e analise uma característica, dentre as mencionadas no texto, que se faça presente em grandes cidades atuais do Brasil. -Resposta: No trecho: “(...) o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos, a sua presa (...)”, podemos observar uma situação cada vez mais comum nas grandes cidades, marcadas pelo banditismo e pela organização da criminalidade, com aumento constante da violência urbana em praticamente todas as grandes metrópoles brasileiras, que tem como contrapartida a “ação policial” e a preocupação da sociedade civil. 9. “A paz não passa de um engodo, de uma quimera, de um sonho fugaz; a indústria tornou-se o suplício dos povos, depois que uma ilha de piratas [refere-se à Inglaterra] bloqueia as comunicações (...) e transforma suas fábricas e oficinas em viveiros de mendigos.” (Charles Fourier. Théorie des quatre mouvements (1808), in O Euvres complètes. Paris: Anthropos, vol. I, 1978, citado por Elias Thomé Saliba. As utopias românticas. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.) O fragmento, escrito em 1808, mostra a visão de Charles Fourier acerca do nascimento das fábricas. Explique: a) por que o autor chama as fábricas de “viveiros de mendigos”. -Resposta: Nas fábricas dos primeiros tempos da Revolução Industrial, os operários trabalhavam em precárias condições, devido às longas jornadas de trabalho em ambiente em insalubre, sujeitos a acidentes e a castigos físicos e em troca de salários insignificantes. b) o que leva o autor a afirmar que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”. -Resposta: A afirmação de Charles Fourier de que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”, remete, no contexto em que se deu, à hegemonia inglesa no comércio internacional, condição que a Inglaterra ostentava desde o século XVII e que foi consolidada com a Revolução Industrial no século XVIII. 10. (PUCRJ-2012). Entre 1837 e 1839, o escritor inglês Charles Dickens publicou o romance “Oliver Twist”. Abaixo, estão reproduzidos os primeiros parágrafos desse texto de Dickens: “Dentre os vários monumentos públicos que enobrecem uma cidade da Inglaterra, cujo nome tenho a prudência de não dizer, e à qual não quero dar um nome imaginário, um existe comum à maior parte das cidades grandes ou pequenas: é o asilo da mendicidade. Lá em certo dia, cuja data não é necessário indicar, tanto mais que nenhuma importância tem, nasceu o pequeno mortal que dá nome a este libre. Muito tempo depois de ter o cirurgião dos pobres da paróquia introduzido o pequeno Oliver neste vale de lágrimas, ainda se duvidava se a pobre criança viveria ou não; se sucumbisse, é mais que provável que estas memórias nunca aparecessem, ou então ocupariam poucas páginas, e deste modo teriam o inapreciável mérito de ser modelo de biografia mais curioso e exato Que nenhum país em nenhuma época jamais produziu.” (CHARLES Dickens, Oliver Twist, tradução de Machado de Assis e Ricardo Lísias, 1ª Ed., São Paulo, Hedra, 2002.) Considerando a passagem acima, assinale a alternativa que indica corretamente as características do período a que Dickens se refere. a. crescimento urbano e pobreza que acompanharam o desenvolvimento material da revolução industrial. b. revolução comercial, reforma protestante e surgimento de uma nova ética de trabalho. c. crise econômica do feudalismo e ascensão das ideias científicas do liberalismo. d. espírito regenerador dos valores cristãos praticados pela contrarreforma na Inglaterra. e. exaltação da classe operária inglesa e suas propensões naturais para o socialismo e a revolução. 11. Em 1801 em todo continente [europeu], não havia mais de 23 cidades com mais de 100.000 habitantes, agrupando menos de 2% da população da Europa. Em meados do século, seu nº já se elevava para 42; em 1900 eram 135 e, em 1913, 15% dos europeus moravam em cidades. Quanto às cidades com mais de 500 mil habitantes que, na época, pareciam monstros, só existiam duas no início do século XIX: Londres e Paris. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, elas já eram 143. (RENÉ RÉMOND. Introdução à História do nosso tempo-O século XIX, 1976), A situação descrita pode ser explicada: a. pela pressão dos senhores feudais, que substituiram os antigos servos por trabalhadores livres. b. Pela descoberta dos antibióticos, que contribuiu para erradicar doenças e aumentar a expectativa de vida. c. pelo crescimento da publicidade, que incentivava o Deslocamento de populações por todo o continente. d. pelo processo de industrialização, que concentrou a Produção e a mão de obra. e. pela política armamentista, que estimulava o serviço militar obrigatório e o crescimento do exército nas cidades. Justificativa: O enunciado induz o candidato a pensar que sua resposta terá relação com a Primeira Guerra Mundial, mas uma interpretação mais profunda mostra que o texto se relacional às consequências da Revolução Industrial, que provocou o inchamento das cidades europeias 12. Leia com atenção: "Para [o] pensamento movido pela crença do poder criador do trabalho organizado, a presença da máquina definiu de uma vez por todas a fábrica como o lugar da superação das barreiras da própria condição humana. 'A invenção da máquina (...)', escrevia Engels em 1844, 'deu lugar como é sobejamente conhecido a uma Revolução Industrial, que transformou toda a sociedade civil'". Edgar de Decca. "O nascimento das fábricas". São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 9 . "Os dejetos são parte significativa dos ciclos da natureza e da economia, há sempre perda de matéria ou energia. A industrialização acrescenta às variáveis quantidade/tipo a consideração da escala. A sociedade (pós-industrial) avançada, desenvolvida, gera dejetos evidentemente industriais (subprodutos dos processos das fábricas) e modifica também o lixo doméstico: antes quase que exclusivamente orgânico, tem atualmente outros componentes, sobretudo inorgânicos". Raphael T. V. Barros. "Resíduos Sólidos e Meio Ambiente". In SEMINÁRIO SP, 1993 "De uns tempos para cá, um novo tipo de lixo acumula problemas para o meio ambiente: o lixo eletrônico. São computadores, telefones celulares, televisores e outros tantos aparelhos e componentes que, por falta de destino apropriado, são incinerados e depositados em aterros sanitários. Estima-se que até 2004 cerca de 315 milhões de microcomputadores serão descartados, 850 mil dos quais no Brasil". Revista TEMA. Serpro, no 160. Março, 2002, ano XXVI. Desde o final do século XVIII, com o surgimento do modelo de fábrica inglês, a industrialização foi associada à ideia de progresso. No decorrer do século XX, a fábrica obteve sucessos impressionantes, tanto no volume e na diversidade da produção, quanto no aperfeiçoamento tecnológico que atingiu. O pós 2ª Guerra Mundial tornou-se, dessa forma, uma espécie de idade de ouro para as sociedades modernas capitalistas da Europa Ocidental e para os EUA, desdobrando-se, particularmente no meio urbano, na chamada sociedade de consumo. No final do século XX, porém, começou-se a perceber e a criticar um outro lado do desenvolvimento associado ao consumo: a imensa quantidade de resíduos gerados por esse modelo industrial e os problemas que provocava. Redija uma dissertação sobre os "dois lados" desse modelo de sociedade, levando em conta: - as condições que facilitaram a ocorrência da "Revolução Industrial" na Inglaterra do século XVIII e as novas formas de organização social que a fábrica trouxe; - alguns dos avanços tecnológicos mais notáveis dos séculos XIX e XX, que aumentaram o potencial produtivo dessa sociedade; - a velocidade dos avanços tecnológicos (que produz o que o geógrafo Milton Santos chamou de "tecnologia perecível") em comparação com as formas hoje desenvolvidas para acondicionar os resíduos e, assim, diminuir os efeitos ambientais provocados por eles. Resposta (uma sugestão): A Revolução Industrial, caracterizada pela introdução da energia a vapor na movimentação das máquinas e de novos processos na produção, teve início na Inglaterra em meados do século XVIII. Para a ocorrência desse fenômeno, contribuíram os seguintes fatores: - A disponibilidade de capitais na Inglaterra, acumulados durante a fase do capitalismo comercial na Idade Moderna. - A disponibilidade de matérias-primas, sobretudo de grandes jazidas de ferro e de carvão mineral, essenciais à fabricação de máquinas e à produção de vapor. - A disponibilidade de mercados consumidores em todo o mundo, em decorrência da hegemonia marítima inglesa nas rotas oceânicas. - A disponibilidade de mão de obra abundante e barata, devido ao êxodo rural provocado pelos cercamentos nas propriedades rurais. – O controle do poder político pela burguesia a partir das Revoluções Inglesas do século XVII (Revolução Puritana - 1642 a 1649 e Revolução Gloriosa de 1688). O desenvolvimento tecnológico representado pela invenção da máquina a vapor por James Watt. Quanto a organização da produção, a Revolução Industrial representou a substituição da produção artesanal e manufatureira, pelo sistema fabril, caracterizada pelo trabalho manual na fábrica, local que concentra em seu espaço as máquinas e os trabalhadores que as operam. Nas fábricas, as primeiras máquinas não exigiam especialização dos operários por serem de fácil manejo e assim sendo, os salários do trabalhadores eram baixíssimos. Explorava-se intensamente o trabalho de mulheres e crianças, as jornadas de trabalho eram longas e exaustivas e os trabalhadores eram submetidos a uma rígida disciplina. Em termos de organização social, a Revolução Industrial deu origem a uma nova classe de assalariados, o proletariado e fortaleceu a burguesia, graças à maior acumulação de lucros proporcionada pela separação entre o capital e o trabalho. Ainda na chamada Primeira Revolução Industrial, além dos progressos nos setores têxtil e metalúrgico, deve-se destacar também o notável avanço nos transportes, graças à locomotiva e ao navio a vapor. A Segunda Revolução Industrial, ocorrida na segunda metade do século XIX, caracterizou-se pela introdução da eletricidade, do petróleo e do aço na produção e pelos novos progressos tecnológicos como os veículos com motor de explosão, sobretudo o automóvel, a iluminação elétrica, o telégrafo e o telefone. No século XX, considerados símbolos do desenvolvimento industrial e tecnológicos a introdução da linha de montagem e a consolidação do conceito de produção em série por Henry Ford que aumentou consideravelmente a capacidade produtiva da indústria, a energia nuclear, surgida no contexto da Segunda Guerra Mundial, os avanços no conhecimento da genética e a recente Revolução Digital representada pela expansão da indústria de informática e da robótica. Como consequência da industrialização e do desenvolvimento do capitalismo, o acelerado processo de urbanização e o surgimento da sociedade de consumo, que por sua vez, estimulam ainda mais a produção em larga escala, no passado recente nos grandes centros urbanos e até mesmo nas áreas rurais, evidenciaram-se os impactos negativos ao meio ambiente em razão da ausência de políticas orientadas pelo princípio do desenvolvimento sustentável. No que se refere particularmente a produção de lixo, as sociedades modernas têm encontrado dificuldades para lidar com o crescimento econômico, a produção do lixo e sua destinação. De modo geral, as soluções apresentadas para o acondicionamento e a destinação do lixo não acompanham, o crescimento de seu volume. Nos países desenvolvidos, a produção de lixo por habitante é maior e se constitui de muito material sólido, ao passo que, no mundo subdesenvolvido, é produzida menor quantidade por habitante, e o lixo se compõe principalmente de material orgânico. No entanto, com advento da globalização, essa situação vem mudando particularmente nos países considerados em desenvolvimento e nos subdesenvolvidos. As soluções encontradas para a destinação do lixo, incluem o descarte e tentativas de reciclagem. Quanto ao descarte utiliza-se, principalmente nos países subdesenvolvidos o que se convenciona chamar de "lixões" no Brasil, isto é, o lixo recolhido nas áreas urbanas é colocado em grande terrenos públicos da periferia e posteriormente incinerado. Nas grandes metrópoles, utilizam-se os aterros sanitários, onde o lixo é colocado sob camadas de terra. A reciclagem é sem dúvida a melhor solução para a destinação do lixo, pois proporciona a reutilização do lixo sob outra forma, diminuindo a demanda por novas matérias-primas o que contribui para a preservação dos espaços naturais. Diante das evidências de prejuízos à natureza e ao próprio homem, nesse passado recente, há uma tendência mundial na busca de formas mais adequadas de produção e consumo, conciliadas a preocupação de preservar os recursos naturais e a conter as ameaças ao meio ambiente. O conceito de crescimento sustentável tem norteado ações públicas e privadas em vários países com vistas à preservação dos recursos naturais e a redução de danos ao meio ambiente. Eis então a difícil tarefa das futuras gerações de conciliar o consumismo e ideia de preservação. 13. (FEI-SP) Sobre a Revolução Industrial: I – Ocorreu principalmente por causa do acúmulo de enormes capitais provenientes das atividades mercantis. II – Ocorreu principalmente na Inglaterra (Primeira Revolução Industrial) e mais tarde em alguns países da Europa Ocidental e nos EUA (Segunda Revolução Industrial). III – Trouxe como consequência a abolição da escravidão em alguns países com objetivo de ampliar os mercados consumidores mundiais. -Assinale, agora, a alternativa mais adequada: ( ( ( ( ( ) I e II estão corretas. ) III e II estão incorretas. ) todas estão incorretas. )todas estão corretas. )I e III estão corretas. 14. Analise as afirmativas abaixo referentes à Segunda Revolução Industrial. (02) O modelo industrial estipulado no século XVIII sofreu diversas mudanças e aprimoramentos que marcaram uma busca constante por novidades, sendo que a partir de 1870, uma nova onda tecnológica sedimentou a chamada Segunda Revolução Industrial. (04) O emprego da energia elétrica, o uso do motor a explosão, os corantes sintéticos e a invenção do telégrafo impediram a exploração de novos mercados e a aceleração do ritmo industrial. (08) A eletricidade passou a ser utilizada como um tipo de energia que poderia ser transmitida em longas distâncias e geraria um custo bem menor se comparada ao vapor. No ano de 1879, a criação da lâmpada incandescente estabeleceu um importante marco nos sistemas de iluminação dos grandes centros urbanos e industriais da época. (16) Com relação aos transportes, podemos ver que as novas fontes de energia e a produção do aço permitiram a concepção de meios de locomoção mais ágeis e baratos. Durante o século XIX, a construção de rodovias e a produção de automóveis foram os ramos de transportes que mais cresceram. Qual das alternativas abaixo apresenta a somatória das afirmativas incorretas? ( )08; ( )06; ( )10; ( )24; ( )20 15. O que é capitalismo monopolista? ( ) Imenso número de empresas disputam o mercado. ( ) Grupo restrito de grandes empresas dominam praticamente sozinhas o mercado. ( ) O mercado é dominado pelas multinacionais ( ) Grupo restrito de transnacionais dominam o mercado 16. FGV) A chamada Segunda Revolução Industrial, ocorrida nas últimas décadas do século XIX, foi caracterizada: ( )pela concentração do processo de industrialização na Inglaterra e pela montagem do império colonial britânico. ( )pelo desenvolvimento da eletricidade e da siderurgia e pela expansão da industrialização para além do continente europeu. ( )pela industrialização e pela formação de Estados nacionais no continente africano, a partir das suas antigas fronteiras culturais e linguísticas. ( )pelo equilíbrio de forças entre as antigas colônias europeias e os Estados europeus devido à difusão da industrialização. ( )pela retração da economia mundial devido à mecanização da produção e à diminuição da oferta de produtos industrializados. 17. (PUCSP) Podemos dizer que, na segunda metade do século XIX, iniciou-se a "era do petróleo e da eletricidade". A partir de 1870, principalmente, houve não só uma gigantesca expansão da economia mundial, firmemente sustentada na industrialização de numerosos países, como a aceleração da produção de mercadorias e grande concentração de capitais para investimento. A respeito dessas transformações, é correto afirmar que: ( )marcaram a passagem do sistema de produção artesanal para o sistema de produção fabril, concentrando-se, principalmente, na produção têxtil destinada ao mercado interno. ( )demonstraram o declínio do capitalismo monopolista, com a perda de poder das grandes corporações, e a sua substituição por um sistema de livre concorrência. ( )estão relacionadas à chamada Segunda Revolução Industrial, marcada pela substituição das pequenas unidades fabris por complexos industriais com processos de produção mais sofisticados e pela concentração maciça de capital para os investimentos de base. ( )ficaram restritas à Europa, não chegando a atingir os Estados Unidos, que só se industrializaram a partir do período pós-guerras. ( )tornaram possível prescindir de mercados fornecedores de matériasprimas, em vista das transformações tecnológicas ocorridas, o que fortaleceu o isolamento da Europa 18. (Mackenzie) Dentre as realizações da Era Meiji (Era das Luzes), desencadeada pelo imperador Mitsu-Hito objetivando modernizar o Japão para competir em condições de igualdade com os países industrializados do Ocidente, destacamos: ( ) abolição da servidão, proclamação da igualdade de todos os japoneses perante a lei, desenvolvimento do ensino público, das comunicações e da economia. ( ) fortalecimento do poder do Xogunato e abertura dos portos aos produtos estrangeiros, objetivando assimilar a tecnologia ocidental. ( ) criação de Daimios independentes, coordenados por um Xogum imperial encarregado de estimular as atividades dos centros urbanos de produção industrial. ( ) política de incentivos financeiros à burguesia nacional, formação de um bloco econômico supranacional regional (os Tigres Asiáticos), ampliando as relações entre Oriente e Ocidente. ( ) reforma econômica, criação do Iene, instituição da servidão nas indústrias, e cessão da ilha de Hong Kong à Inglaterra, em troca de empréstimos financeiros. 19.(Pucsp) "Por volta de 1850, a Grã-Bretanha era a primeira entre as nações industrializadas, tendo evoluído de uma economia de base agrária para uma predominantemente industrial. Durante a Segunda Revolução Industrial (a partir de 1870), continuou em posição de destaque, mas a Alemanha (...) passou a determinar o ritmo da corrida pela supremacia industrial.“ (Atlas Histórico, FOLHA DE S. PAULO.) Para que a Grã-Bretanha e a Alemanha ocupassem as posições descritas pelo texto anterior, concorreram fenômenos tais como: ( ) a prática do chamado comércio triangular, envolvendo colônias na América, na Índia e na África, no primeiro caso; e o sucesso dos seguidos planos quinquenais de desenvolvimento industrial, praticados pelo Estado desde 1810, no outro caso. ( ) a adoção de uma economia de livre mercado com estímulo à competitividade, no primeiro caso; e a política de cercamento das terras comunais, gerando mão-de-obra para a indústria, no outro caso. ( ) a atração que o mercado financeiro britânico exercia sobre os investimentos mundiais, no primeiro caso; e a moral materialista, fruto da adoção, por parte do Estado, do anglicanismo como religião oficial, no outro caso. ( ) a tardia estruturação de um Estado-nação que possibilitou a concentração de capitais nas mãos de verdadeiros empreendedores, no primeiro caso; e o apoio financeiro e logístico recebido da França, arquirrival da Inglaterra, no outro caso. ( ) a intensa atividade mercantil desenvolvida nas relações coloniais, no primeiro caso; e a unificação política que consolidou as alianças econômicas já praticadas entre os estados germânicos, no outro caso 19. (Uece) "Na manufatura e nos ofícios, o trabalhador serve-se dos instrumentos; na fábrica, ele serve a máquina. No primeiro caso, ele é quem move o meio de trabalho; no segundo, ele só tem que acompanhar o movimento. Na manufatura, os trabalhadores são membros de um mecanismo vivo; na fábrica são apenas os complementos vivos de um mecanismo morto que existe independente deles.“ (Karl Marx, "O Capital".) Estas críticas de Marx ao sistema industrial nos revelam algumas das transformações por que passava a economia capitalista na metade do século XIX. Sobre estas transformações, é correto afirmar que: ( ) a manufatura e a fábrica permitiam um enorme aumento da produtividade industrial, o qual se beneficiaram os trabalhadores, pois passaram a trabalhar menos com maiores ganhos salariais. ( ) o desenvolvimento do sistema fabril, com a introdução de máquinas sofisticadas e o aprofundamento da divisão do trabalho, permitiu um incrível aumento de produtividade às custas da desqualificação dos ofícios manuais. ( ) o aumento da produtividade industrial só foi possível pelo aumento da carga de trabalho (mais quantidade e maior intensidade) imposta aos operários pelos sindicatos, na tentativa de obter salários maiores. ( ) a fábrica dispensa o trabalho manual, executando todas as tarefas através de máquinas e o trabalhador passa a ganhar seu salário sem trabalhar. 20 (Fuvest) Identifique, entre as afirmativas a seguir, a que se refere a consequências da Revolução Industrial: ( ) redução do processo de urbanização, aumento da população dos campos e sensível êxodo urbano. ( ) maior divisão técnica do trabalho, utilização constante de máquinas e afirmação do capitalismo como modo de produção dominante. ( ) declínio do proletariado como classe na nova estrutura social, valorização das corporações e manufaturas. ( ) formação, nos grandes centros de produção, das associações de operários denominadas "trade unions", que promoveram a conciliação entre patrões e empregados. ( ) manutenção da estrutura das grandes propriedades, com as terras comunais, e da garantia plena dos direitos dos arrendatários agrícolas. 21. (Fuvest) Sobre a inovação tecnológica no sistema fabril na Inglaterra do século XVIII, é correto afirmar que ela: ( ) foi adotada não somente para promover maior eficácia da produção, como também para realizar a dominação capitalista, na medida que as máquinas submeteram os trabalhadores a formas autoritárias de disciplina e a uma determinada hierarquia. ( ) ocorreu graças ao investimento em pesquisa tecnológica de ponta, feito pelos industriais que participaram da Revolução Industrial. ( ) nasceu do apoio dado pelo Estado à pesquisa nas universidades. ( ) deu-se dentro das fábricas, cujos proprietários estimulavam os operários a desenvolver novas tecnologias. ( ) foi única e exclusivamente o produto da genialidade de algumas gerações de inventores, tendo sido adotada pelos industriais que estavam interessados em aumentar a produção e, por conseguinte, os lucros. 22. A Revolução Industrial trouxe como resultado social. ( )uma melhoria das condições de trabalho nas fábricas, com a redução da jornada de trabalho. ( ) a garantia de emprego a todos os assalariados. ( ) a constituição de uma classe de assalariados que possuía como fonte de subsistência a venda de seu trabalho. ( )uma camada social assalariada, tendo como suporte às suas necessidades, uma forte legislação sindical. ( ) uma melhoria nas condições de habitação e criação de saneamento básico nas cidades. 23.Podemos dizer que, na segunda metade do século XIX, iniciou-se a "era do petróleo e da eletricidade". A partir de 1870, principalmente, houve não só uma gigantesca expansão da economia mundial, firmemente sustentada na industrialização de numerosos países, como a aceleração da produção de mercadorias e grande concentração de capitais para investimento. A respeito dessas transformações, é correto afirmar que: ( ) marcaram a passagem do sistema de produção artesanal para o sistema de produção fabril, concentrando-se, principalmente, na produção têxtil destinada ao mercado interno. ( )demonstraram o declínio do capitalismo monopolista, com a perda de poder das grandes corporações, e a sua substituição por um sistema de livre concorrência. ( ) estão relacionadas à chamada Segunda Revolução Industrial, marcada pela substituição das pequenas unidades fabris por complexos industriais com processos de produção mais sofisticados e pela concentração maciça de capital para os investimentos de base. ( ) ficaram restritas à Europa, não chegando a atingir os Estados Unidos, que só se industrializaram a partir do período pós-guerras. ( ) tornaram possível prescindir de mercados fornecedores de matériasprimas, em vista das transformações tecnológicas ocorridas, o que fortaleceu o isolamento da Europa. 24.(UECE) "Na manufatura e nos ofícios, o trabalhador serve-se dos instrumentos; na fábrica, ele serve a máquina. No primeiro caso, ele é quem move o meio de trabalho; no segundo, ele só tem que acompanhar o movimento. Na manufatura, os trabalhadores são membros de um mecanismo vivo; na fábrica são apenas os complementos vivos de um mecanismo morto que existe independente deles.“ (Karl Marx, "O Capital".) Estas críticas de Marx ao sistema industrial nos revelam algumas das transformações por que passava a economia capitalista na metade do século XIX. Sobre estas transformações, é correto afirmar que: ( ) a manufatura e a fábrica permitiam um enorme aumento da produtividade industrial, o qual se beneficiaram os trabalhadores, pois passaram a trabalhar menos com maiores ganhos salariais. ( ) o desenvolvimento do sistema fabril, com a introdução de máquinas sofisticadas e o aprofundamento da divisão do trabalho, permitiu um incrível aumento de produtividade às custas da desqualificação dos ofícios manuais. ( ) o aumento da produtividade industrial só foi possível pelo aumento da carga de trabalho (mais quantidade e maior intensidade) imposta aos operários pelos sindicatos, na tentativa de obter salários maiores. ( ) a fábrica dispensa o trabalho manual, executando todas as tarefas através de máquinas e o trabalhador passa a ganhar seu salário sem trabalhar. 25.(Unesp) "A superioridade da indústria inglesa, em 1840, não era desafiada por qualquer futuro imaginável. E esta superioridade só teria a ganhar, se as matérias-primas e os gêneros alimentícios fossem baratos. Isto não era ilusão: a nação estava tão satisfeita com o que considerava um resultado de sua política que as críticas foram quase silenciadas até a depressão da década de 80."(Joseph A.Schumpeter, "HISTÓRIA DA ANÁLISE ECONÔMICA") Desta exposição conclui-se por que razão a Inglaterra adotou decididamente, a partir de 1840, o: ( ( ( ( ( ) isolacionismo em sua política externa. ) intervencionismo estatal na economia. ) capitalismo monopolista contrário à concorrência. ) agressivo militarismo nas conquistas de colônias ultramarinas. ) livre-comércio no relacionamento entre as nações. 26. Entre as teorias que criticavam a exploração dos trabalhadores e as injustiças da sociedade industrial destacou-se: ( ( ( ( ( ) o Modernismo ) o Capitalismo ) o Socialismo ) o Liberalismo ) o Nacionalismo 27. A Segunda Revolução Industrial foi simbolizada pelo: ( ( ( ( ) Ferro, carvão e energia a vapor. ) Ferro, carvão e eletricidade. ) Aço e novas fontes de energia (carvão e energia a vapor). ) Aço e novas fontes de energia (eletricidade e petróleo). 28. (Pucrs 2010) A Revolução Industrial que se consolidou na Inglaterra da segunda metade do século XVIII apresentava fatores condicionantes em variados campos da sociedade britânica. No campo institucional, tem-se a _________; no que se refere ao pensamento econômico, apresenta-se o _________; no plano ético de fundamentação religiosa, cita-se o _________ e, no campo econômico, verifica-se a liberação de mão de obra causada pela prática dos _________. ( )Monarquia Parlamentar; mercantilismo; protestantismo; cercamentos. ( ) República Parlamentar; liberalismo; catolicismo; campos abertos. ( )Monarquia Parlamentar; liberalismo; protestantismo; cercamentos. ( )República Parlamentar; mercantilismo; protestantismo; campos abertos. ( ) Monarquia Parlamentar; liberalismo; catolicismo; cercamentos. 29. (UNESP 2012) “Noite após noite, quando tudo está tranquilo, E a lua se esconde por trás da colina, Marchamos, marchamos para realizar nosso desejo. Com machado, lança e fuzil! Oh! meus valentes cortadores! Os que com golpes fortes As máquinas de cortar destroem. Oh! meus valentes cortadores! (...).” (Canção popular inglesa do início do século XIX. Citada por: Luzia Margareth Rago e Eduardo F. P. Moreira. O que é Taylorismo, 1986.) A canção menciona os “quebradores de máquinas”, que agiram em muitas cidades inglesas nas primeiras décadas da industrialização. Alguns historiadores os consideram “rebeldes ingênuos”, enquanto outros os veem como “revolucionários conscientes”. Justifique as duas interpretações acerca do movimento. Resposta: A questão trata dos “luddistas”, que agiram intermitentemente, na Inglaterra de fins do século XVIII e início do XIX, atacando instalações fabris e destruindo máquinas. Eles podem ser avaliados como “rebeldes ingênuos” se considerarmos a irreversibilidade da industrialização, absolutamente necessária para a afirmação do modo de produção capitalista, coroando um processo iniciado séculos antes, na Baixa Idade Média. Por outro lado, interpretar os luddistas como “revolucionários conscientes” implica situá-los como precursores das lutas sociais do proletariado então em formação, atribuindo-lhes uma visão prospectiva dos males do capitalismo – visão essa consolidada pela análise científica elaborada anos depois por Marx e Engels. 30. (Unicamp 2011) Na Europa, até o século XVIII, o passado era o modelo para o presente e para o futuro. O velho representava a sabedoria, não apenas em termos de uma longa experiência, mas também da memória de como eram as coisas, como eram feitas e, portanto, de como deveriam ser feitas. Atualmente, a experiência acumulada não é mais considerada tão relevante. Desde o início da Revolução Industrial, a novidade trazida por cada geração é muito mais marcante do que sua semelhança com o que havia antes. (Adaptado de Eric Hobsbawm, O que a história tem a dizer-nos sobre a sociedade contemporânea?, em: Sobre História. São Paulo: CompanhiadasLetras,1998, p.37-38. a)como a Revolução Industrial transformou nossa atitude em relação ao passado? \Resposta: Segundo o texto, desde o início da Revolução Industrial, a novidade e a criatividade de cada geração é mais marcante do que os modelos do passado. Assim, o passado é descartado como memória de como as coisas deveriam ser feitas. b) De que maneiras a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX alterou o sistema de produção? Resposta: A Revolução Industrial alterou de forma significativa o sistema de produção. Nesse sentido podemos destacar: Antes da Revolução Industrial o trabalhador possuía os meios de produção. Com a industrialização, ocorre a separação entre o trabalho e a propriedade dos meios de produção. Estes passam a pertencer ao empresário industrial. Antes, predominava a utilização de ferramentas implicando que a produção dependia da disposição, habilidade e destreza do trabalhador. Com a Revolução Industrial, é implantado o sistema fabril com a utilização de máquinas no sistema produtivo. Diferentemente da ferramenta, a máquina possui uma fonte uniforme de energia (por exemplo, a energia a vapor) que impõe um ritmo de produção ao qual o trabalhador deve se subordinar. Antes da Revolução Industrial, a divisão do trabalho praticamente inexiste. O produtor é o artesão que confecciona a peça toda, o que requer aquelas qualidades que apontamos no item anterior para converter a matéria-prima em produto manufaturado. Cada peça é única e a quantidade produzida é pequena. Era uma produção limitada, característica das corporações de ofício. Com a indústria, esse sistema de produção "doméstico" é destruído e em seu lugar instaura-se o sistema fabril. Impõe-se a divisão social do trabalho e da produção. Com a introdução do sistema fabril, ocorre a generalização do trabalho assalariado e a consequente expansão do mercado de consumo, por intermédio da monetarização da economia. A adoção do sistema fabril dá origem a um processo intenso de inovação tecnológica. Cada inovação engendra modificações em outros setores da produção e da própria organização do trabalho e das tarefas produtivas, o que contrasta significativamente com a atividade artesanal que até então existia. 31. A industrialização acelerada de diversos países, ao longo do século XIX, alterou o equilíbrio e a dinâmica das relações internacionais. Com a Segunda Revolução Industrial emergiu o Imperialismo, cuja característica marcante foi o(a): ( ) substituição das intervenções militares pelo uso da diplomacia internacional. ( ) busca de novos mercados consumidores para as manufaturas e os capitais excedentes dos países industrializados. ( ) manutenção da autonomia administrativa e dos governos nativos nas áreas conquistadas. ( ) procura de especiarias, ouro e produtos tropicais inexistentes na Europa. ( ) transferência de tecnologia, estimulada por uma política não intervencionista. 32. Na segunda etapa da Revolução Industrial, iniciada por volta de 1860, caracterizou-se um(a): ( ( ( ( ( ) fortalecimento das corporações de mercadores. ) aumento da utilização da mão-de-obra servil. ) supremacia do capitalismo financeiro. ) intensificação das trocas comerciais através das feiras. ) predominância do sistema familiar de produção . 33. A revolução industrial começou na Inglaterra no século XVIII e atingiu o continente europeu no século XIX. Novas fontes de energia, combinadas com novas invenções, resultaram em transformações extraordinárias, fazendo surgir a indústria moderna, alterando as condições de vida, bem como a estrutura da sociedade. Indique algumas das transformações sociais ocorridas em países europeus do século XIX, decorrentes da revolução industrial, em particular aquelas relativas às condições de vida e de trabalho. Resposta: -Surgimento da burguesia industrial; -Exploração do proletariado urbano; -Exploração do trabalho feminino e infantil; -Surgimento dos movimentos de luta operária; 34. Já se observou uma vez que todo aluno mediano em História sabe que houve uma Revolução Industrial, e que todo aluno estudioso sabe que não houve. Justifique a tese de que ocorreu uma EVOLUÇÃO e não uma REVOLUÇÃO industrial. Resposta: A atividade produtiva sempre existiu na sociedade humana. O que ocorreu foi um conjunto de transformações tecnológicas, econômicas e políticas que refletiu no modo de produção e na sociedade. 5.IMPERIALISMO OU NEOCOLONIALISMO 5.1. GENERALIDADES -Produção em expansão Acúmulo de capital Novos empreendimentos; -Volta do protecionismo 0 Proteção da concorrência; -Proibição das importações; -Países europeus só queriam vender e não comprar; -Crescimento da população sem poder aquisitivo; -Reclames do Operariado: Sindicatos, férias, aumento de salários, diminuição da jornada de trabalho; -Como continuar com lucros? -Corrida para novos mercados fora da Europa; -Visualização da África, Ásia e Oceania como novos mercados consumidores e locais de aplicação dos capitais excedentes [áreas produtoras de matérias primas e mão de obra barata]; 5.2. OBJETIVOS DO NEOCOLONIALISMO -Busca de novos mercados consumidores; -colocação do excedente populacional; -Investimentos de capitais; -Controle estratégico das vias de comunicação como portos, ilhas e rotas comerciais. -lucros como política nacional; -utilização de fundos públicos; -Criação de apoio administrativo e político; -Trabalho forçado das populações nativas; -produção de gêneros agrícolas e extração de recursos de origem animal, mineral e vegetal; -(peles, plumas e marfim das savanas e diamante e ouro da África do Sul); -cultivo de cacau, café, cana de açúcar e amendoim) 5.3. JUSTIFICATIVAS -Ação de “civilização”: -Superioridade do homem europeu em relação aos africanos e asiáticos; -Missão cultural, educadora, para catequizar os “bárbaros”; -infiltração europeia por meio de expedições científicas, religiosas e paramilitares; - Criação de companhias de comércio; -aparato político e administrativos. 5.4.TIPOS DE DOMINAÇÃO a. Áreas domínio econômico: Sobre países independentes que não sofriam dominação política direta, mas eram explorados economicamente e levados a tomar medidas que beneficiavam os países imperialistas. b. Áreas de protetorado: Domínios coloniais tratados como aliados, mantendo-se os quadros dirigentes locais, mas subordinados a uma autoridade europeia presente; c. Área de colonização direta Áreas dominadas militar, política e economicamente, com a presença no local de quadros dirigentes europeus. d. Áreas de influência Dirigentes locais mantidos, obrigados assinarem tratados com vantagens econômicas e jurídicas à potência estrangeira. Os cidadãos do país dominador residentes nessas áreas estavam sujeitos às leis desse país. 5.5. Definição de Imperialismo Etapa do desenvolvimento do capitalismo advinda com a 2ª revolução industrial, em que poderosos grupos de empresários e financistas da Europa e dos EUA promoveram a fusão do capitalismo industrial e bancário e e realizaram a partilha colonial, motivada pela busca de novos mercados e fontes de energia e matérias primas e, ainda, investimento de excedentes humanos e de capitais. -expansão e colonização controlada pelos Estados. 6.Partilha da África Divisão do território africano pelas potências europeias, na Conferência de Berlim. Nela foi acordada essa repartição, haja vista o interesse dos países no domínio das regiões mundiais que ainda dispusessem de matéria prima para a indústria. 6.1. Época: entre novembro 1884 e fevereiro de 1885; proposta por Portugal e tendo como anfitriã a Alemanha. 6.2.o que estava em discussão? -garantia do livre comércio e navegação nos Principais rios africanos do atlântico: Congo e Níger; -regular as novas ocupações da parte ocidental; -regras de ocupação formuladas pelas potências recentemente industrializadas. 6.3. PARTICIPANTES -1º TIME: Inglaterra, Alemanha, Portugal e França; 2º TIME: Holanda, Bélgica, Espanha e EUA. Obs: Áustria-Hungria, Noruega, Itália, Turquia, Rússia e Dinamarca. Grandes beneficiados: França e Inglaterra. importante: ocupação indiscriminada e desrespeitosa da história, das relações étnicas e mesmo familiares dos povos que milenarmente ocupavam a África. 6.4. CONFLITOS ENTRE DOMINADOS E DOMINANTES -a conferência demarcou as fronteiras atuais dos países africanos; -Ampliação dos impérios coloniais da Grã-Bretanha, da França e de Portugal/ fatias para a Alemanha, Itália e Bélgica; -qualquer conquista por um europeu deveria ser comunicado aos demais e os territórios deveriam ser ocupados, para a garantia da posse; arbitragem para as disputas. -a vontade dos povos africanos jamais foi considerada; -apesar dos acordos as disputas entre os governos europeus só aumentaram; -Franceses contra ingleses na África ocidental; -Franceses contra italianos na Tunísia e contra Alemães no Marrocos; Ingleses versus holandeses no sul da África; -conquista marcada por rebeliões e violência: -África do norte e ocidental francesas: revoltas muçulmanas; Egito (1882) e Sudão– 1885- contra os ingleses; -processo de conquista: exploradores, missionários religiosos e cientistas que se tornavam proprietários de grandes porções de terra, expulsando ou obrigando os nativos a trabalhar; -O envio de tropas para “proteção” oficializava os impérios. 6.5. DIVISÃO TERRITORIAL -Congo: propriedade particular do rei Belga LEOLPODO I, e depois, à Bélgica; -França- desde 1830-controle de portos argelianos-1857-toda Argélia/Tunísia protetorado em 1881/Com a dominação de Marrocos- formou-se a África ocidental francesa; -Inglaterra- 1882-Egito/depois, Sudão, Costa de ouro e Nigéria/1902- domina a África do Sul, tomando a região dos bôeres; Portugal: Moçambique e Angola ; Alemanha: Namíbia em 1884, em seguida, Camerum, Togo e África oriental alemã. Itália: Somália, em 1888, depois as regiões turcas, originando a Líbia; Etiópia, em 1935. Espanha: parte do noroeste marroquino. 7. PARTILHA DA ÁSIA -Desejo europeu de ter áreas de influência; -INGLATERRA- conquistou a Índia, a Birmânia, o Sudão e o norte da Austrália. Depois a ilha de Hong Kong da China; -França:1870-Indochina; 1895, o Laos, o Camboja e Vietnã. -HOLANDA-Ilhas de Sumatra, Java, Bornéu, na Indonésia; -JAPÃO: Ilha Formosa-1895; 1905 a Manchúria e em 1910 a Coreia após a guerra sino-japonesa. EUA: Ilhas Filipinas; PORTUGAL: Goa, Diu, Damão e Macau. Portugal na Ásia 8. O IMPERIALISMO INGLÊS -Era vitoriana (rainha Vitória-1837/1901) : maior expansão territorial. Promoção da estabilidade política e econômica do país por meio de: -descentralização administrativa; -abolição do ato de navegação; -utilização política do livre-cambismo; -Criação das leis trabalhistas; -alteração no sistema representativo do parlamento; Presença inglesa resultou em guerras: 8.1. Guerra do Ópio (1839-1842) e (1856-1860) China: exportadora de seda, porcelana e chá/ restrição à importação de produtos Industrializados de qualquer país. ÍNDIA: produção de papoula, origem do do ópio e utilizado como remédio na China. Excedente do produto a baixo preço viciando o povo. -Governo da província do Cantão: forçou a derrama do excesso de ópio no mar/início da guerra/vitória inglesa/ Cinco portos para o ópio/perda de Hong Kong/Tratado de Nanquim e Tratado de Tianjin pela Convenção de Pequim. 8.2. GUERRA DOS CIPAIOS (1857-1859) -decréscimo da economia hindu face aos manufaturados ingleses; -crise social , fome e epidemias causando milhões de mortes; -reação nacionalista dos soldados indianos: comentário que soldados ingleses usavam gordura animal para lubrificar munições. -Revolta contida; -Índia com um vice-rei e um ministro indiano em Londres; -Rainha Vitória torna-se rainha desse país; 8.3. Guerra dos Bôeres (1889-1902) -Domínio inglês da região de Cabo e Natal, no sul da África; -Início da guerra na região de Orangee-Transvaal, províncias independentes dos holandeses; -descoberta de diamantes e ouro em Johannesburgo; -Inglaterra interessada ao lado dos exploradores; -Guerra durou 3 anos; -Vitória inglesa e criação da União Sul Africana; 8.4. Guerra dos boxers(1900) - Facção nacionalista dos Punhos fechados ou boxers contra o desmembramento da China; -Fortalecimento da dinastia QUING, - Objetivo: destruir as potências coloniais. implantar a “justiça do céu”. -tomou grande vulto com a destruição de missões religiosas e chineses cristãos; -Uma força de coalizão com ingleses, franceses, russos, alemães, americanos e japoneses venceu os boxers e obrigou China a cumprir todos os acordos/ Protocolo de 1901, com o domínio da China efetivada. 9. RESUMO E CONCLUSÃO -Entre 1880 e 1914, as grandes potências capitalistas dividiram entre si a maior parte das terras do planeta, por meio de um processo conhecido como IMPERIALISMO ou NEOCOLONIALIMO. -Tudo por que a produção industrial sempre em expansão levou o acúmulo de capital em mãos de empresários que aplicavam os lucros em novos empreendimentos, mas sem consumidores em seus países. -Os países industrializados utilizaram-se do protecionismo econômico, para proteger seus produtos da concorrência, fechando-se às importações. -O aumento da produção, o crescimento da população sem poder aquisitivo, os reclames dos operários dos baixos salários e de leis trabalhistas que regulamentassem a carga horária excessiva, férias e sindicatos, tudo isso, levou esses países à procura de novos mercados e fornecedores de matérias primas fora da Europa. -Primeiramente, Grã-Bretanha e França, depois Alemanha, Bélgica e Itália foram as protagonistas desse processo de expansão colonial em terras da África e depois da Ásia. (CONFERÊNCIA DE BERLIM, ocorrida em 1884 e 1885) -Também participaram dessa expansão a Rússia, em partes da Eurásia, os Estados Unidos, na América Latina e nas Filipinas, e o Japão, na China e na Coreia. -A nova fase de expansão colonial, denominada da Imperialismo ou Neocolonialismo, ampliou e aprofundou o processo de universalização da cultura europeia, iniciado no século XV e executado por diversos meios (força militar, missionários, professores e exploradores, tratados de amizade e proteção). -Essa repartição desrespeitou a organização cultural e étnica dos povos conquistados e com o pretexto de missão civilizadora, conseguiram grandes lucros com essa exploração, fazendo desaparecer a soberania dos povos africanos e limitando a soberania dos países asiáticos. 10. VERIFICAÇÃO 1. Na década de 1930, foi publicada a primeira edição da história em quadrinhos em que o personagem chamado Tintim, um jovem repórter belga, faz a expedição ao Congo, colônia do seu país na época. Com base nas imagens abaixo, nota-se que Tintim simbolizava as práticas de colonização europeia na África, associadas a qual política ou pretexto? ( ) integração étnica ( ) ação civilizadora ( ) cooperação militar ( ) proteção ambiental 2. Um dos efeitos do rápido crescimento industrial, urbano e demográfico, particularmente em países da Europa e nos Estados Unidos, durante o século XIX, foi a expansão das indústrias de bens de consumo, mudança que se refletiria em toda a sociedade. Leia o texto a seguir, que trata da mesma questão nos dias atuais: “as redes sociais digitais se tornaram espaços que, em meio à avalanche de publicações dos usuários, a exibição do consumismo se destaca. A viagem perfeita, a nova roupa, carro ou telefone, o final de semana com os amigos [...] são mensagens que fortalecem a ideia do consumo desenfreado como ideal de felicidade. Todavia, não é mais a ficção a referência de tal discurso, como nos filmes, novelas ou publicidade, mas são pessoas reais, podendo causar mais marginalização, frustação e depressão de quem está excluído desse modelo. Reforça ainda mais a ideia não só do consumismo, mas também de que todos têm a obrigação de ser felizes para sempre”. COSTA FILHO, Ismar Capistrano. Felicidade, consumo e internet. Observatório da Imprensa. Disponível em www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed786_felicidade_consumo_e_internet Acesso em 26 fev.2014. a. É possível estabelecer uma relação entre o consumismo tratado nesse texto e o processo de expansão industrial e acelerada urbanização que caracterizou a Segunda Revolução Industrial? Explique. Resposta: Sim. A 2ª Revolução Industrial caracterizou-se pela difusão da industrialização por vários países, pelo incremento dos transportes e das comunicações e pela intensa urbanização. O resultado foi o aumento quase contínuo do intercâmbio entre pessoas, povos e mercadorias e a concentração de numerosas populações nos centros industriais, onde surgiram as primeiras metrópoles. Ao mesmo tempo, o crescimento da produção industrial, possibilitado pelas inovações tecnológicas e pela formação de grandes oligopólios, criou uma demanda cada vez maior por novos mercados consumidores. A combinação dessas transformações, ou seja, o interesse das empresas em ampliar continuamente os mercados, aliado ao surgimento de multidões concentradas nos centros urbanos, expostas, ao tempo todo, à intensa sedução de novos produtos, é o combustível que move o consumismo contemporâneo. b. De acordo com o texto, de que maneira as redes sociais exercem influência sobre a vida das pessoas nos dias atuais? Resposta: De acordo com o texto, as redes sociais influenciam no aumento do consumo. Isso ocorre devido à associação, por parte da sociedade da sociedade contemporânea, entre consumo e felicidade. Ou seja, no imaginário dessa parcela da sociedade, se alguém exibe nas redes sociais fotos de um novo celular ou de uma nova viagem, essa pessoa está em um estado de falsa felicidade. Dessa forma, a exposição do consumo por meio das redes sociais acaba por disseminar e fortalecer a ideia de consumo como fonte de felicidade. c. Qual é o posicionamento do autor sobre a relação entre as redes sociais e o consumo? Você concorda com ele? Justifique. Resposta: Para o autor: “as redes sociais digitais se tornaram espaços que, em meio à avalanche de publicações de usuários, a exibição do consumismo se destaca.” Pode-se verificar, por meio do trecho: “ todavia, não é mais a ficção a referência de tal discurso [...], mas são pessoas reais, podendo causar mais marginalização, frustação e depressão a quem está excluído deste modelo,” que, para o autor, a celebração do consumismo por meio das redes sociais é negativa e traz malefícios às pessoas. Pelo que consta as redes sociais influenciam no aumento do consumo, uma vez que demonstra uma exacerbação cada vez mais da utilização de novos equipamentos e softwares, procurando criar necessidades no consumidor, que essencialmente é o público alvo dessas redes. 3. Qual a relação entre a industrialização na segunda metade do século XIX e a expansão imperialista? Resposta: O acirramento da concorrência e o novo padrão industrial, que exigiam grandes investimentos e produção em escala, levaram à busca por regiões onde se pudesse ampliar as margens de lucro do investimento, através de maior rendimento de capital empregado, do custo mais baixo das matérias-primas e da mão de obra. 4. Compare o imperialismo do século XIX e o colonialismo dos séculos XV a XVIII. Resposta: Colonialismo dos séculos XV a XVIII: buscava principalmente metais preciosos e produtos exóticos; imperialismo do século XIX: queria explorar matérias-primas para as nascentes industriais europeias e mercados consumidores para seus produtos. A justificativa predominante para a colonização também variou: nos séculos XV a XVIII, era religiosa [catequização] e no século XIX, foi “civilizadora.” 5. Indique os fatores que garantiram o sucesso das grades potências europeias na conquista e dominação da África e da Ásia. Resposta: A superioridade bélica e industrial dos países europeus proporcionou o sucesso de sua ação expansionista. 6. Aponte o principal objetivo da Conferência de Berlim, realizada em 1884-85. Resposta: Repartir o continente africano entre as potências imperialistas, contendo disputas que poderiam ser incontroláveis e custosas. 7. Explique as transformações econômicas e políticas ocorridas no Japão durante a Era Meiji. Resposta: Nesse período, houve um grande desenvolvimento industrial no Japão liderado pelo Estado, governado pelo Imperador Mutsuhito. Esse rápido desenvolvimento levou o Japão a participar das disputas coloniais. 8. Complete o quadro abaixo com informações sobre as revoltas anti-imperialistas que surgiram na Ásia e na África. Movimento Data Países envolvidos Guerra do Ópio 1840- Inglaterra versus 1842 China Guerra dos Boxers 1900 Guerra dos Bôeres. 1889- Holanda X 1902 Inglaterra Causa Consequência (s) Governo chinês proíbe -Abertura dos portos; Comércio do ópio. -Perda de Hong – Kong; -Revolta de Taiping. China X Japão, Levante nacionalista -Rebelião sufocada; França, Rússia e contra presença - Domínio europeu por Inglaterra. estrangeira. longo tempo. Descoberta de ouro e Vitória Inglesa e criação Diamante em Orange e da União Sul- Africana Transvaal. 9. Entre o final do século XIX e início do XX, os países capitalistas desenvolvidos conseguiram dominar praticamente todo o mundo. Era o imperialismo. Analisando suas motivações e características, julgue os itens. ( ) As causas da expansão imperialista ligaram-se às transformações de estrutura capitalista geralmente enquadradas na Segunda Revolução Industrial e marcaram, o início do capitalismo monopolista e financeiro. ( ) Razões humanitárias e filantrópicas foram usadas para justificar a política imperialista; a Europa assume uma missão "civilizadora" ( ) A década de 1870 conheceu uma crise econômica acompanhada de excedentes de capitais o que, por um lado, impossibilitava o reinvestimento na produção e por outro, tornava necessário encontrar áreas extra-europeias para investir. Resposta: V – V – V. 10. (Unesp 93) Ao final do século XIX, a dominação e a espoliação assumiam características novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade do homem branco marcavam o auge da hegemonia europeia. Assinale a alternativa que encerra, no plano ideológico, certo esforço para justificar interesses imperialistas. ( ) A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, é algo inimaginável para os ocidentais. ( ) A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente. ( ) A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe no artesanato indiano. ( ) A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e dos viajantes naturalistas contribuíram para quebrar a resistência cultural das populações africanas, asiáticas e latino-americanas. ( ) O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam os portos das áreas colonizadas em contato com o mundo exterior 11.(Fuvest 2003) Tarzan, foto de 1931 Os personagens acima, difundidos pelo cinema em todo o mundo, representam ( ) o modelo de "bom selvagem" segundo a teoria do filósofo J. Jacques Rousseau. ( ) o protótipo da mestiçagem defendido pelas teorias do nazifacismo. ( ) o ideal de beleza e de preservação ambiental difundidos pela ideologia do "american way of life". ( ) a superioridade do "homem branco" segundo os defensores da expansão "civilizatória ocidental". ( ) um valor estético permanente no mundo ocidental, criado pela cultura grega, a partir do mito de Ulisses e Penélope. 12. (UFSM 2005)As figuras expressam duas dimensões do processo histórico africano desde o século XX. Considerando esse processo, assinale V nas características verdadeiras ou F nas falsas. ( ) A África adquiriu grande importância para a Europa no século XIX, devido às matérias-primas e alimentos que podia fornecer. ( ) Muitos exploradores contribuíram para a expansão do poder europeu na África, ao efetivarem o que eles entendiam como missão civilizadora nas terras africanas. ( )A expansão do cristianismo na África contribuiu para humanizar o colonialismo europeu e proteger os povos nativos da ganância dos empresários. ( ) A partilha da África em 1884-1885 representou um pacto das potências européias para a preservação da integridade dos povos e das culturas nativas. Resposta: V – V – F – F. 13. (PUC-RIO 2009) A caricatura a seguir representa de forma satírica a expansão imperialista na Ásia por parte dos Estados Unidos (tio Sam), da Grã Bretanha (leão), da França (galo), da Alemanha (águia imperial germânica) e da Rússia (urso siberiano). Com base em seus conhecimentos e a partir da imagem, é possível afirmar que ela se refere: ( ) à disputa pela Coréia, na primeira guerra sino-japonesa (1894/95) e na guerra entre Japão e o Império Russo (1905). ( ) à divisão de parte da China em áreas de influência europeia, bem como à reivindicação americana de também se beneficiar com a abertura dos portos chineses. ( ) à Revolta dos Cipaios, sufocada pelas potências europeias e pelo Japão no século XIX, de modo a abrir caminho para a penetração imperialista na China. ( ) à imposição de tratados desiguais à China (como o Tratado de Nanquim) por meio de ameaça de bombardeio por parte do navio US Mississipi do Comodoro Perry (1853), com o objetivo de forçar a abertura dos portos daquele país. 14. (UEL 99) Sobre Hong Kong, que foi devolvida ao governo da China Continental no dia 1Ž de Julho de 1997, depois de 155 anos de domínio britânico, pode-se afirmar que: ( ) o retorno de Hong Kong ao governo chinês resultou de um forte sentimento de nacionalismo de seus habitantes. ( ) a reincorporação de Hong Kong à China decorreu da adesão deste país ao sistema capitalista. ( ) a devolução de Hong Kong à China foi consequência do processo de globalização da economia. ( )a presença dos ingleses em Hong Kong pode ser entendida como uma prerrogativa da Igreja Anglicana. ( ) o domínio britânico em Hong Kong decorreu da expansão do imperialismo inglês. 15.(UNIRIO 2000) "O mundo está quase todo parcelado e o que dele resta está sendo dividido, conquistado, colonizado. Penso nas estrelas que vemos à noite, esses vastos mundos que jamais poderemos atingir. Eu anexaria os planetas se pudesse; penso sempre nisso. Entristece-me vê-los tão claramente e ao mesmo tempo tão distantes." (Cecil Rhodes) Esta frase, proferida por um dos grandes incentivadores da expansão imperialista de século XIX, expressa as novas formas de: ( ) distribuição da riqueza global, norteadas pela manutenção do equilíbrio ecológico entre as nações do hemisfério sul do continente europeu. ( ) constituição de megablocos econômicos, priorizando as economias periféricas, potencialmente mais desenvolvidas e ricas do que a Europa. ( )anexação territorial, objetivando a conquista de terras férteis e importação de mão-de-obra imigrante para o centro do capitalismo europeu. ( )cobiça pelos mercados da África e da Ásia, visando à exportação de capitais e ao consumo de produtos industriais dos países europeus. 16. A América Espanhola independente ingressou na órbita de dependência britânica, que perdurou até sua mudança para a órbita americana, após a Primeira Guerra Mundial.(CÁCERES, p.181) A análise do texto e os conhecimentos sobre a Revolução Industrial e Imperialismo permitem afirmar – F (falso) ou V (verdadeiro). ( )A relação de dependência referida no texto resultou da expansão do imperialismo industrial, beneficiado pela fragmentação das ex-colônias espanholas, as quais constituíram-se novos mercados consumidores. A análise do texto e os conhecimentos sobre Revolução Industrial e Imperialismo permitem afirmar: ( ) A relação de dependência referida no texto resultou da expansão do imperialismo industrial na América Latina, beneficiado pela fragmentação das ex-colônias espanholas, as quais constituíram-se novos mercados consumidores. ( ) O enfraquecimento do imperialismo britânico possibilitou a autonomia e o progresso econômico dos países latino-americanos. ( ) Ao contrário das ex-colônias espanholas, o Brasil entrou para a órbita da dependência norte-americana ao atingir sua emancipação política, em 1822. ( ) A intervenção armada, o controle político e a constituição de "áreas de influência" representam formas de dominação do imperialismo industrial na Afro-Ásia. ( ) A penetração imperialista do capital financeiro na produção industrial do Brasil, na segunda metade do século XIX, possibilitou o crescimento da indústria nacional e a conquista de sua autonomia na produção de bens de consumo. Resposta: V – F – F – V - F 17. Na questão a seguir, baseada no trecho abaixo, escreva se a afirmação é falsa (F) ou verdadeira (V). “No tempo em que vivemos e na crise que atravessam todas as indústrias europeias, a fundação de uma colônia é a criação de uma válvula de escape”. (Jules Ferry, colonialista francês). Esse trecho de um discurso da segunda metade do século XIX refere-se ao imperialismo europeu e sobre o qual é correto afirmar que: ( )Uma das preocupações fundamentais dos colonizadores era propiciar o desenvolvimento integrado das suas colônias. ( ) A expansão imperialista da Europa traduziu-se não só pela conquista de colônias, mas também pelo investimento de capitais em países independentes. ( ) A corrida colonial visava a conquista de matérias-primas e de mercados consumidores para as metrópoles. ( ) Entre as justificativas europeias para as conquistas coloniais, havia também aquelas de ordem religiosa (converter os "pagãos") e de ordem cultural (era "dever" da Europa levar sua civilização para os povos que consideravam "atrasados"). ( ) A expansão europeia visando a conquista de novas colônias deu-se sobretudo na África e na Ásia. Resposta: F – V – V – V - V 18. TEXTO I: "Foi essa consciência de nossa superioridade inata que nos permitiu conquistar a Índia. Por mais educado e inteligente que seja um indiano, por mais valente que ele se manifeste e seja qual for a posição que possamos atribuir-lhe, penso que jamais ele será igual a um oficial britânico." (Kitchener apud AQUINO, séc. XIX e XX, p. 23) TEXTO II: "Se prevejo corretamente, essa poderosa raça avançará sobre o México, a América Central e a do Sul, as ilhas do oceano, a África e mais adiante (...) Essa raça está predestinada a suplantar raças fracas, assimilar outras e transformar as restantes, até toda a Humanidade ser anglosaxonizada." (Josiah STRONG apud AQUINO, ibid, p. 99) Com base na análise dos textos anteriores e nos conhecimentos sobre a crise do capitalismo e a solução imperialista, pode-se dizer: ( ) As referências raciais contidas nos dois textos identificam os seus autores como defensores de uma hierarquização racial e da dominação imperialista. ( ) A transformação do capitalismo liberal em monopolista, motivando uma crescente busca de mercados, resultou na interpretação da ocupação colonialista de áreas afro-asiáticas e centro-americanas como um direito dos países industrializados. ( ) As afirmações contidas no texto II expressam a convicção de Josiah Strong, no DESTINO MANIFESTO dos Estados Unidos, fundamento da expansão imperialista desse país. ( ) O pensamento expresso por Lord Kitchener foi partilhado pela sociedade inglesa do século XIX, contribuindo para que os britânicos vissem, na sua expansão imperialista, uma missão civilizadora sobre as raças inferiores da Ásia e da África. ( ) A ideia de "anglosaxonizar toda a Humanidade" é demonstrativa da postura etnocêntrica que tem caracterizado todas as formas de dominação imperialista. ( ) O antigo sistema colonial e o imperialismo colonialista do século XIX, apesar das diferenças acentuadas, se igualam na estruturação da divisão social do trabalho. ( ) As correntes filosóficas e o desenvolvimento científico europeu do século XIX negaram veracidade às afirmativas contidas nos dois textos. RESPOSTA: V – V – F – V – V – F – F. 19. (FGV 2006) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de coisas deve-se, em parte: ( ) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas entre os defensores do liberalismo e os adeptos do planejamento central. ( ) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais africanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas. ( ) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a desigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o continente. ( ) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem considerar as características das sociedades locais. ( ) às potências ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o que faz com que os governos locais beneficiem-se do caos. 20. (Unesp 93) Ao final do século passado, a dominação e a espoliação assumiam características novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade do homem branco marcavam o auge da hegemonia europeia. Assinale a alternativa que encerra, no plano ideológico, certo esforço para justificar interesses imperialistas. ( )A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, é algo inimaginável para os ocidentais. ( )A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente. ( )A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe no artesanato indiano. ( )A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e dos viajantes naturalistas contribuíram para quebrar a resistência cultural das populações africanas, asiáticas e latino-americanas. ( )O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam os portos das áreas colonizadas em contato com o mundo exterior. 21. (UNITAU 95) A China, durante o seu império, sofrendo pressões de vários países, foi obrigada a ceder algumas partes do seu território a países europeus. Recentemente, um desses territórios, em poder do Reino Unido, foi devolvido ao governo chinês. Trata-se do território de: ( ( ( ( ( ) Cingapura. ) Macau. ) Taiwan. ) Hong-Kong. ) Saigon. 22.(Fuvest 90) No século XIX a história inglesa foi marcada pelo longo reinado da rainha Vitória. Seu governo caracterizou-se: ( ) pela grande popularidade da rainha, apesar dos poderes que lhe concedia o regime monárquico absolutista vigente. ( ) pela expansão do Império Colonial na América, explorado através do monopólio comercial e do tráfico de escravos. ( ) pelo início da Revolução industrial, que levou a Inglaterra a tornar-se a maior produtora de tecidos de seda. ( ) por sucessivas crises políticas internas, que contribuíram para a estagnação econômica e o empobrecimento da população. ( ) por grande prosperidade econômica e estabilidade política, em contraste com acentuada desigualdade social. 23. De 1815 a 1891, a Inglaterra viveu um período de grande estabilidade política interna, combinada com grande desenvolvimento econômico, que possibilitou aos ingleses o domínio dos mares e a expansão colonialista. As principais realizações desse período se deram durante: ( ) a Era Vitoriana. ( ) a Revolução Gloriosa. ( ) o governo de Henrique VIII. ( ) o governo de Elizabeth I. ( ) a instalação do anglicanismo. 24. A Expansão Neocolonialista do século XIX foi acelerada essencialmente, ( ) pela disputa de mercados consumidores para produtos industrializados e de investimentos de capitais em novos projetos, além da busca de matérias-primas. ( ) pelo crescimento incontrolado da população europeia, gerando a necessidade de migração para a África e Ásia. ( ) pela necessidade de irradiar a superioridade da cultura europeia pelo mundo. ( ) pelo desenvolvimento do capitalismo comercial e das práticas do mercantilismo. ( ) pela distribuição igualitária dos monopólios de capitais e pelo decréscimo da produção industrial. 25. (Unesp 89) O mundo europeu escandalizou-se com a rebelião dos Boxers (1900) e se surpreendeu, depois, com suas consequências, antecipando, de certo modo, os movimentos nacionalistas que iriam revolucionar a China no século XX. As relações entre os europeus e o governo imperial chinês, no entanto, contribuíram para alimentar reações e os ressentimentos populares sobre:Falso (F) ou Verdadeiro V ( )os privilégios comerciais concedidos aos comerciantes estrangeiros. ( )os navios a vapor, as estradas de ferro e os telégrafos. ( ) os missionários europeus que desfrutavam do direito de residência e de pregação. ( )a luta de boxe patrocinada, diariamente, pelos membros das comunidades diplomáticas estabelecidas em Pequim. ( )a intervenção dos missionários estrangeiros na administração dos governos locais. Resposta: V – V – V – F – V. 26. A China desponta nos dias de hoje como uma das possíveis grandes potências do próximo século. Todavia, até meados do século XIX, ela era um país em grande parte isolado do restante do mundo e que, apesar de apresentar uma economia enfraquecida, resistia à voracidade dos interesses ocidentais. Naquela época os primeiros a quebrarem esse isolamento foram os ingleses. Assinale a ÚNICA alternativa que corresponde aos meios empregados pelos ingleses para impor à China o comércio e outras influências ocidentais: ( ) a monopolização do comércio da região, pela Companhia das Índias Ocidentais; ( ) a Guerra do Ópio, com ataques às cidades portuárias chinesas; ( ) a assinatura de tratados de livre comercialização do chá chinês; ( ) a Guerra dos Boers, levando ao extermínio os nativos da região; ( ) a imposição à China de uma nova forma de governo com feições ocidentais. 27. A conquista da Ásia e da África, durante a segunda metade do século XIX, pela principais potências imperialistas objetivava: ( ) a busca de matérias primas, a aplicação de capitais excedentes e a procura de novos mercados para os manufaturados. ( )a implantação de regimes políticos favoráveis à independência das colônias africanas e asiáticas. ( )o impedimento da evasão em massa dos excedentes demográficos europeus para aqueles continentes. ( ) a implantação da política econômica mercantilista, favorável à acumulação de capitais nas respectivas Metrópoles. ( ) a necessidade de interação de novas culturas, a compensação da pobreza e a cooperação dos nativos 28. (Fuvest 87) A expansão colonialista europeia do século XIX foi um dos fatores que levaram: ( ) à diminuição dos contingentes militares europeus. ( ) à eliminação da liderança industrial da Inglaterra. ( ) ao predomínio da prática mercantilista semelhante à do colonialismo do século XVI. ( ) à implantação do regime de monopólio. ( ) ao rompimento do equilíbrio europeu, dando origem à Primeira Guerra Mundial. 29. (Mackenzie 96) Novas formas de organização das empresas surgiram no final do século XIX, cujas características são: ( )concentração de várias unidades de produção em grandes Companhias, Trustes ou Cartéis e a formação de "Holding Companies." ( )casas de créditos bancários, que realizaram operações de exploração de produtos tropicais através de companhias marítimas. ( ) a limitação do capitalismo monopolista através da transferência das matrizes das empresas para países pequenos. ( ) implementação de normas técnicas de predomínio da qualidade, ampliação da livre concorrência e instalação de filiais móveis. ( )empresas em que os trabalhadores, através das "holdings", participavam obrigatoriamente da distribuição dos lucros. 30. A reação à presença inglesa na Índia pelos soldados nacionalistas hindus, é conhecida como: ( ( ( ( ( ) Revolta dos Cipaios. ) Rebelião dos Boers. ) Guerra dos Boxers. ) Terror Branco. ) Conferência de Berlim. 31. (Ufmg 97) Em 1891, Premph I, rei dos Ashanti, na Costa do Ouro (atual Gana, África), respondeu da seguinte forma a uma consulta: "A proposta para o país Ashanti, na presente situação, colocar-se sob proteção de Sua Majestade a Rainha e Imperatriz da Índia foi objeto de exame aprofundado, mas me permitam dizer que chegamos à seguinte conclusão: meu reino, o Ashanti, jamais aderirá a tal política." A partir do texto anterior, pode-se afirmar que a conquista da África pelos países europeus: ( ) baseou-se exclusivamente em operações militares. ( ) contou com o apoio das populações militares. ( ) encontrou resistência de chefes e reis africanos. ( ) enfrentou a concorrência de impérios asiáticos. 32. (Ufmg 97) Em relação à expansão imperialista na Ásia, na segunda metade do século XIX, pode-se afirmar que o Império Chinês foi ( ( ( ( ) anexado ao Japão anulando a ameaça imperialista. ) desmembrado em colônias pelas potências européias. ) dividido em zonas de influência pelos países ocidentais. ) incorporado ao Império Britânico compondo a Commonwealth. 33. Ata Geral da Conferência de Berlim - 26 de fevereiro de 1885 "Capítulo I - Declaração referente à liberdade de comércio na bacia do Congo... Artigo 62 - Todas as Potências que exercem direitos de soberania ou uma influência nos referidos territórios comprometem-se a velar pela conservação dos aborígenes e melhoria de suas condições morais e materiais de existência e a cooperar na supressão da escravatura e principalmente no tráfico de negros; elas protegerão e favorecerão, sem distinção de nacionalidade ou de culto, todas as instituições e empresas religiosas, críticas ou de caridade, criadas e organizadas para esses fins ou que tendam a instruir os indígenas e a lhes fazer compreender e apreciar as vantagens da Civilização.“ Pela leitura do texto anterior, podemos deduzir que ele: ( )demonstra que os interesses capitalistas voltados para investimentos financeiros eram a tônica do tratado. ( )caracteriza a atração exercida pela abundância de recursos minerais, notadamente na região, sul-saariana. ( )explícita as intenções de natureza religiosa do imperialismo, através da proteção à ação dos missionários. ( )revela a própria ideologia do colonialismo europeu ao se referir às "vantagens da Civilização". com relação ao processo anteriormente caracte- 34 rizado, ocorrido no século XIX, podemos afirmar que: ( )sucedeu de forma equânime, já que atendeu a todos os interesses dos países envolvidos. ( ( ) levou em consideração as aspirações dos países que foram alvo do processo. (NOVAES, Carlos Eduardo e RODRIGUES, Vilmar. "Capitalismo para principiantes". 20• edição, São Paulo, Ática, 1991, p.88) ( ) satisfez totalmente as reivindicações das nações recém-unificadas da Europa. ( ( ) teve suas regras fixadas no Congresso de Berlim. ) foi ratificado pelas determinações da Conferência de Bandung. 35. “O Império é o comércio.” Com esta frase, Joseph Chamberlain, estadista inglês definia o imperialismo no final do século XIX. Um dos fatores que contribuiu para a compreensão do imperialismo é: ( ) constituição de impérios coloniais em bases autônomas. ( )busca de mercados consumidores para as matérias-primas europeias. ( )procura de terras férteis nas coloniais pelos grandes produtores europeus. ( ) necessidade de exportação de capitais excedentes para regiões extra europeias. 35.(FGV 2001) Leia atentamente as afirmações abaixo, sobre a Guerra do Ópio, e assinale a alternativa correta e a falsa . ( )O estopim da Guerra do Ópio (1839) entre ingleses e chineses foi a queima de milhares de caixas dessa substância, pelos chineses, como represália a esse comércio em suas fronteiras. ( )Como resultado imediato da derrota chinesa, outros portos são abertos às nações estrangeiras e inicia-se um processo revolucionário nacionalista dirigido por Mao Tsé-tung. ( )Os tratados de Nanquim e de Pequim definiram, a partir da vitória chinesa, o porto de Cantão como o único para o comércio internacional, possibilitando a não fragmentação do país em áreas de influência de nações estrangeiras. ( )A transferência de Hong Kong à Inglaterra é um dos símbolos da derrota chinesa. ( )Manifestações e organizações contra a presença estrangeira prosseguiram por mais de 50 anos, após a derrota chinesa, sendo a Guerra dos Boxers, no final do século XIX, uma de suas expressões. Resposta: V – F – F – V – V. 36.(Ufsc 2005) "As raças superiores têm um direito Perante as raças inferiores. Há para elas um direito porque há um dever para elas. As raças superiores têm o dever de civilizar as inferiores (...) Vós podeis negar, qualquer um pode negar que há mais justiça, mais ordem e moral, mais eqüidade, mais virtudes sociais na África do Norte desde que a França a MESGRAVI, Laima. “ A colonizaconquistou?“Julis Ferry discursando no parlamento francês, em 28 de julho ção da África”. S.Paulo: Atual, de 1885. 1994, p.32. Sobre o fenômeno a que se refere o texto e a foto, é CORRETO afirmar que: ( ) missionários católicos e protestantes acompanharam a ocupação dos novos territórios colonizados, mas raramente se dedicavam à conversão dos povos nativos, atuando principalmente entre os próprios colonizadores. ( ) nessa época difundiu-se a idéia de que a capacidade de direção e organização, além do desenvolvimento científico e tecnológico, tornava os europeus superiores aos demais povos do mundo, o que lhes dava o direito à conquista de povos supostamente atrasados. ( ) embora a intenção declarada pelos colonizadores fosse a de civilizar os atrasados povos Africano e Asiático, o resultado do imperialismo foi a escravidão, a tortura e a morte de milhões de nativos. ( ) a exploração colonial não destruía as indústrias domésticas dos territórios ocupados, pois a mentalidade capitalista estimulava a poupança e a formação das classes médias nacionais. ( ) as colônias impulsionavam as indústrias europeias e o comércio externo. Resposta: F – V – V – F – V. 37. (Unifesp 2005) "Em meados da década de 1890, em meio à terceira longa depressão em três décadas sucessivas, difundiu-se na burguesia uma repulsa pelo mercado não regulamentado, em todos os grandes setores da economia". O autor (Martin Sklar, 1988) está se referindo à visão dominante entre a burguesia no momento em que o capitalismo entrava na fase: ( ) globalizada. ( ) competitiva. ( ) multinacional. ( ) monopolista. ( ) keynesiana. 38. (PUCPR 2006) Com relação aos Grandes Imperialismos, correlacione corretamente as duas colunas: (1) Os franceses exerceram protetorado nesta ( ) Sul da África região africana. (2) A Itália submeteu esta nação africana. ( ) Argélia (3) A Inglaterra dominou esta antiga nação, depois da abertura do Canal de Suez. ( ) China (4) Os ingleses dominaram esta região que era ocupada por descendentes de holandeses. ( ) Etiópia (5) Os boxers lideraram o movimento contra a Pressão inglesa existente desde a Guerra do Ópio. ( ) Egito. Resposta: 4 – 1 – 5 – 2 – 3.