BIOMA DO OCEANO João Francisco da Costa1 1. Introdução Os oceanos não são apenas uma grande extensão de água rica em formas de vida. Eles governam o regime das chuvas, regulam a temperatura e contribuem para que o ar de que necessitamos seja mais respirável. Se eles não realizassem os serviços vitais, a Terra não seria habitável. Os oceanos porém, não são um recurso inesgotável e podem ser destruídos. Ao projetarmos como se faz uso deles, precisaremos nos assegurar de que não serão prejudicados, pois isso afetará a nós mesmos. O movimento de rotação da Terra e o sopro dos ventos fazem as águas dos oceanos se moverem, formando as correntes oceânicas que deslocam imensas de água a grandes distâncias, seguindo um percurso bem determinado. Esses movimentos também influenciam nas temperaturas dos continentes. A circulação constante das águas dos oceanos faz com que os nutrientes sejam levados de um lugar para outro. Existe tanta vida neste meio, uns dependendo dos outros , um ciclo de vida, às vezes muito curto, imperceptível até, mas ela contribui e muito para nossa vida terrestre. Os Oceanos contém 97,4 % da água do nosso planeta, amostra quero apresentar os oceanos, suas temperaturas, sua salinidade, seu solo, seus microscópicos seres, algas, corais, relevos submarinos, seres que são capazes de sobreviver em ambientes inóspitos. Através de uma compreensão do oceano, complementada por uma engenharia imaginosa, podemos exercer 1 Graduando do curso de Estudos Sociais. um certo controle sobre o clima e tronar acessível uma vasta reserva de alimentos que se renova ciclicamente. O oceano produz muito mais do que a terra, entretanto, o homem tira dos oceanos cerca de um (1%) por cento que é necessário à sua alimentação atual. Veremos também que, dos oceanos tiramos minérios, através de perfurações submarinas. 2. Os Oceanos Atualmente nossos oceanos são divididos da seguinte maneira: Oceano Atlântico; Oceano Índico; Oceano Pacífico, são considerados o Ártico e o Antartico, até porque eles são o encontro de todos os oceanos, grandes produtores de oxigênio são uma espécie de pulmão do mundo. A grande diferença que existe entre oceanos são as temereturas e a salinidade. Áreas dos oceanos deve-se considerar as águas dos mares, em comunicação mais ou menos larga com os oceanos que lhes deram origem. Os mares são mais ou menos 48 milhões de quilômetros quadrados, e os oceanos, mais ou menos, 313 milhões de quilômetros quadrados. Dos oceanos surgem os mares, golfos, enseadas, angras, estuários, etc. “A Água do mar contém em solução 77,5% de cloreto de sódio, 10,,8% de cloreto de magnésio, 5% de sulfato de magnésio em menores proporções sulfato de cálcio e potássio, bromatos” (Popp, 148). carbonatos e Os oceanos são as massas de maiores superfícies, onde se encontram regiões de maiores profundidades. As mergens dos oceanos são formadas por por massas continentais distintas e muito afastadas. De um modo geral, as profundidades se encontram próximas das costas, excepcionalmente são encontradas em outros pontos das áreas oceânicas. Os oceanos contém cerca de um quarto das reservas mundiais de petróleo. Suas águas abrigam outros recursos minerais, ainda hoje pouco explorados. 2.2. As Marés São movimentos alternados de subida e descida do nível do mar que poder ser observados junto à costa. Quando estamos na praia podemos perceber que, em determinado movimento, as águas do mar começam a avançar em direção a terra. Depois de certo tempo as águas começas a baixar, afastando-se da praia. Esse movimento é chamado de maré. O período de subida do nível das águas recebe o nome de fluxo e o de descida, refluxo. O movimento das marés resulta principalmente da atração que a Lua (mais próxima da Terra) e em segundo, o Sol, exercem sobre as águas oceânicas. 2.1. Ondas 2.3 Salinidade. São movimentos ondulatórios de subida e descida das águas que se propagam por grandes distâncias. Resultam no atrito entre o vento e a superfície dos oceanos. De acordo com a intensidade do vento, as ondas podem ser mais altas ou menos altas. Quando atingem a costa, as ondas se quebram, formando o que se chama de arrebentação. O simples movimento ritimado das águas em suaves ondulações tem o nome de marulho. Salinidade é a quantidade de sais minerais que existem nas águas oceânicas. Por causa da presença de sais, a água do mar apresenta maior densidade (peso) que a água doce. Em geral , a água dos oceanos e mares contém 36 gramas de sal por litro. A salinidade é maior nas regiões quentes onde a evaporação é mais intensa (43g de sal por litro no Mar Vermelho). Figura nº 1 . As ondas são mais fortes em mar aberto que nas baías. As ondas fortes atraem os surfistas (Hawaí). 2.4 Correntes Marítimas No interior dos oceanos existem porções de água que se deslocam continuamente na mesma direção e com igual velocidade. As correntes marítimas se distinguem das águas que estão a sua volta, porque tem temperatura e salinidade diferentes. Resultam da ação dos ventos constantes e do movimento de rotação do nosso planeta. Correntes quentes são aquelas com proximidade ao Equador. As correntes frias surgem no Oceano Austral, onde os ventos do oeste as conduzem para o leste. Outras correntes frias caminham do Oceano Glacial Ártico em direção a linha do Equador. Além de exercerem influência no clima das áreas que atingem, as correntes marítimas contribuem para tornar alguns lugares do mundo, extremamente agradáveis. 2.5 Ambiente Marinho e sua Fauna 2.5.1 Plataforma Continental Logo após o litoral temos a Plataforma continental, tem uma largura média de 70 Km (podendo atingir até 1000Km em algumas áreas) e uma profundidade máxima de 200 metros. É um prolongamento da área continental emersa, apresentando-se na forma de um planalto que margeia todos os continentes. Nessa parte dos oceanos, depósitos de origem continental (ou sedimentos terrígenos), pois é aí que se acumulam detritos carregados pelos rios. A plataforma abriga as ilhas continentais, assim chamadas porque ficam próximas ao continente (do qual se separam através de canais estreitos). Tão próximos que, se ocorresse um rebaixamento do nível das águas oceânicas, poderíamos observar que essas ilhas, são na verdade, partes do continente. É o caso da ilha do Ceilão, na Ásia; da ilha de Madagascar, na áfrica; da ilha de Terra Nova (Canadá), na América e das ilhas da Grã – Bratanha e da Irlanda, na Europa. Esta é a parte mais importante do relevo submarino. A luz solar consegue penetrar até essa profundidade, garantindo o processo de fotossíntese (processo pelo qual as plantas de coloração verde combinam a energia solar e o gás carbônico com a água, produzindo substâncias orgânicas necessárias ao desenvolvimento da vida) e a formação do plâncton – conjunto de pequenos seres animais e vegetais que vivem em águas doces e marinhas. O plâncton é indispensável à alimentação de peixes e mariscos. Portanto, é nessa zona que se localizam as principais zonas pesqueiras do mundo, além de jazidas de petróleo e de outros recursos minerais. submarino, corresponde a 80% da área total dos oceanos. É a zona onde encontram-se os detritos dos seres marinhos (como as algas e os protozoários), de argila muito fina e de lavas procedentes de erupções vulcânicas no interior dos oceanos. O relevo desta área é formado por grandes vulcões, isolados ou dispostos em linha cuja lava originaram muitas vezes, ilhas oceânicas. É o caso das ilhas do Hawaí, no Pacífico. O relevo compreende também cristais, isto é, os sismos (partes mais elevadas) das montanhas submarinas, principalmente das dorsais oceânicas. As dorsais oceânicas elevam-se formando elevações estreitas e sinuosas do terreno submarino – as cadeias montanhosas - , que se caracterizam por apresentar forte e profundo enrugamento em seus paredões rochosos, como você pode ver na figura a seguir. Essas cadeias montanhosas submarinas sofrem constantemente grandes transformações por causa das placas tectônicas, que são responsáveis pela dinâmica interna do nosso planeta, importante para as formas de relevo. 2.5.2 Região Pelágica Atinge profundidades de 3000m a 5000m. É a maior porção do relevo Figura nº 2 – O fundo do mar 2.5.3 Região Abissal É a zona de maior profundidade ( a partir de 5000m) caracteriza-se por apresentar fossas submarinas localizadas nas proximidades das cadeias de montanhas. Da mesma forma que as dorsais, as fossas oceânicas resultam do desligamento de uma placa tectônica sobre outra, o que provoca erupções vulcânicas nas profundezas dos oceanos. Neese ambiente de difícil acesso, falta de oxigênio, a pressão é muito alta, falta luminosidade, sua temperatura é em torno de 4ºC, um habitat impossível de sobreviver plantas ou peixes, mas existem seres que se adaptaram neste ambiente inóspito para a vida. 2.5.4 Vulcões Oceânicos As erupções vulcânicas submarinas, vulcões e sismos submarinos, especialmente no Pacífico e na Cordilheira Dorsal Atlântica. Os cones dos vulcões submarinos podem atingir a superfície da água e formar as ilhas, como a Islândia e as ilhas do Hawaí. Os terremotos submarinos (maremotos) originam-se as chamadas ondas Tsunami. Sua altura é somente 0,5 cm, mas seu cumprimento é de até 100 KM e podem atingir velocidades de 750 Km/h. 2.5.5 Luminosidade