Prof. Gil Pinheiro Ver. 02/10/2015 Prof. Gil Pinheiro MSc. UERJ-FEN-DETEL UERJ - Circuitos de Comunicação Aplicações dos Misturadores - Receptores Relacionados ao uso de um misturador num receptor heteródino Saída de frequência intermediária (IF) Frequência (f2 - f1) Entrada de radiofrequência (RF) Frequência f1 Ver. 02/10/2015 Entrada do oscilador local (LO) Frequência f2 Perdas de conversão: L[dB] = -10log(PIF/PRF) Isolamento RF-IF : IRF-IF[dB] = 10log(PRF/PRF-IF) (sendo PRF-IF a potência de RF na saída de IF) Isolamento LO-IF: ILO-IF[dB] = 10log(PLO/PLO-IF) Isolamento LO-RF: ILO-RF[dB] = 10log(PLO/PLO-RF) UERJ - Circuitos de Comunicação Misturador Prof. Gil Pinheiro Parâmetros de um misturador Prof. Gil Pinheiro Exemplo de uso de parâmetros de um misturador 9 MHz 7 dBm 6 MHz Perda de conversão: L[dB] = 5,6 dB Ver. 02/10/2015 Isolamento LO-IF: ILO-IF[dB] = 45 dB Isolamento LO-RF (maior isolamento): ILO-IF[dB] = 60 dB UERJ - Circuitos de Comunicação -50 dBm 15 MHz Componente de 9 MHz: -50 dBm - 5,6 dB = -55,6 dBm Componente de 6 MHz: 7 dBm - 45 dB = -38 dBm • • Prof. Gil Pinheiro Aplicação de Misturadores Balanceados a Diodos No caso do misturador a diodos, sendo um circuito passivo, todas as portas podem ser usadas como entradas e/ou saídas A designação das portas vem do uso do misturador em receptores: – LO = Local oscillator (apenas sinal CA) – RF = Radio frequency (apenas sinal CA) – IF = Intermediary frequency (sinal CA ou CC) • Pode haver acoplamento capacitivo entre portas próximas (RF e IF na figura abaixo) Porta IF admite sinais com componentes contínua e alternada (CC e CA) Ver. 02/10/2015 Porta IF permite usar sinais CC e CA Porta mais isolada das outras Menor isolação entre portas IF e RF UERJ - Circuitos de Comunicação • Prof. Gil Pinheiro Aplicação de Misturadores Balanceados • Aplicações que requerem alta isolação entre portas – Usar as portas LO e RF • Medição de fase ou que requeiram entrada / saída CC, a porta IF é a única que permite sinal CC • Receptor: Ver. 02/10/2015 – O objetivo é isolar a entrada de RF e o oscilador local, para minimizar emissão espúria, então: • RF: sinal de entrada, da antena • LO: sinal do oscilador local • IF: saída de frequência intermediária UERJ - Circuitos de Comunicação – IF: saída DC – RF e LO: entradas de sinal Prof. Gil Pinheiro Aplicação de Misturadores Balanceados - Modulação AM • Modulador AM-DSB-SC (portadora suprimida) Filtro Passa Faixa Sinal Modulante (IF) • Modulador AM-DSB-WC (portadora presente) Ver. 02/10/2015 Filtro Passa Faixa Portadora (RF) Sinal Modulante + Tensão CC - Offset (IF) Saída Modulada (LO) UERJ - Circuitos de Comunicação Portadora (RF) Saída Modulada (LO) Prof. Gil Pinheiro Aplicação de Misturadores Balanceados • Demodulador AM-DSB-SC Filtro Passa Baixa Sinal demodulante – portadora em fase com a portadora modulada (LO) • Detector de Fase Ver. 02/10/2015 Filtro Passa Baixa Sinal 1 (RF) Sinal 2 (LO) Sinal CC Proporcional ao Coseno do Ângulo de Defasagem (IF) UERJ - Circuitos de Comunicação Portadora modulada (RF) Sinal modulante (IF) Ver. 02/10/2015 • • • • • Frequência Imagem Sinais espúrios Faixa dinâmica Figura de ruído Terminação adequada (principalmente nos misturadores passivos a diodos) Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Problemas dos Misturadores Prof. Gil Pinheiro Misturadores num Receptor • Um misturador ideal gera as componentes soma e diferença de frequência a partir dos sinais LO e RF • Os receptores podem ser dos tipos Ver. 02/10/2015 • Os misturadores dos receptores heteródinos se subdividem nos tipos – Up-converter - quando a frequência de saída for superior à de entrada – Down-converter - quando a frequência de saída for inferior à de entrada UERJ - Circuitos de Comunicação – Heteródinos: quando fLO ≠ fRF – De Conversão Direta: quando fLO = fRF Prof. Gil Pinheiro Receptor Heteródino Misturador ideal (sem espúrios) Antena Sinal fRF = Freq. central fRF fLO f fRF+ fLO fLO- fRF fRF = Frequência de entrada fLO = Frequência do oscilador local Ver. 02/10/2015 Saída do Misturador Heteródino 0 fLO- fRF fRF fLO fLO+ fRF f UERJ - Circuitos de Comunicação fRF BW O misturador ideal gera duas frequências, acima ou abaixo de fRF. Dependendo da saída escolhida, o Misturador é chamado de down-converter ou up-converter Prof. Gil Pinheiro Receptor de Conversão Direta Misturador ideal (sem espúrios) Antena Sinal fRF = Freq. central fRF fLO f fRF+ fLO fLO- fRF fRF = Frequência de entrada fLO = Frequência do oscilador local Ver. 02/10/2015 Saída do Misturador de Conversão Direta fLO = fRF fLO- fRF = 0 fRF = fLO fLO+ fRF = 2.fRF f UERJ - Circuitos de Comunicação fRF BW UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Receptores Heteródinos Prof. Gil Pinheiro Prof. Gil Pinheiro Conversor Up-Converter - 1 Antena Sinal fRF = Freq. central fRF fLO f Filtro de FI em fFI= fLO+ fRF fRF+ fLO fLO- fRF fFI fLO+ fRF fRF = Frequência de entrada fLO = Frequência do oscilador local Ver. 02/10/2015 fFI = Frequência intermediária 0 fRF fLO fFI = fLO+ fRF f UERJ - Circuitos de Comunicação fRF BW Prof. Gil Pinheiro Conversor Up-Converter - 2 Antena Sinal fRF = Freq. central fRF fLO f Filtro de FI em fFI= fLO- fRF fRF+ fLO fLO- fRF fFI fLO- fRF fRF = Frequência de entrada fLO = Frequência do oscilador local Ver. 02/10/2015 fFI = Frequência intermediária 0 fRF fFI = fLO fLO- fRF f UERJ - Circuitos de Comunicação fRF BW Prof. Gil Pinheiro Conversor Down-Converter Antena Sinal fRF = Freq. central fRF fLO f Filtro de FI em fFI= fLO- fRF fRF+ fLO fLO- fRF fFI fLO- fRF fRF = Frequência de entrada fLO = Frequência do oscilador local Ver. 02/10/2015 fFI = Frequência intermediária 0 fFI = fLO- fRF fRF fLO f UERJ - Circuitos de Comunicação fRF BW • A frequência imagem é um sinal espúrio (ruído) captado por um receptor heteródino, em razão do canal de FI receber os sinais soma e diferença de frequência, em relação a fLO • O sinal de frequência imagem contribui como ruído num receptor, piorando a relação S/N • O sinal de frequência imagem é eliminado (atenuado) através do uso de filtro na entrada de RF do misturador • No misturador tipo down-converter, se for necessário sintonizar várias frequências de RF, a sintonia do filtro deve ser sincronizada, uma solução é o uso de capacitor variável de duas seções (duplo). Uma seção do capacitor ajusta fRF e a outra ajusta fLO Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Receptores Heteródinos Frequência Imagem Prof. Gil Pinheiro Misturadores Down-converter – Frequência Imagem Antena fIM fRF fRF fLO fFI fLO- fRF fIM- fLO Ruído!! fRF = Frequência de entrada fLO = Frequência do oscilador local Filtro de FI em fFI=|fLO- fRF| Ruído Sinal Ver. 02/10/2015 fRF+ fLO fLO- fRF fIM- fLO fFI = Frequência intermediária fIM = Frequência imagem Onde: 0 fFI = fLO- fRF fRF fLO fIM f fIM = fLO+ fFI fIM = fRF+ 2.fFI UERJ - Circuitos de Comunicação fIM Prof. Gil Pinheiro Exemplo 1: 0 fFI = fLO- fRF fRF fLO fIM f Ver. 02/10/2015 fLO = fRF+ fFI = 1.000 + 455 = 1.455 KHz fIM = fRF+ 2.fFI = 1.000 + 2 x 455 = 1.910 KHz UERJ - Circuitos de Comunicação • Num receptor com o filtro de FI centrado em fIF = 455 KHz, o sinal de entrada é de fRF = 1 MHz. Então: Prof. Gil Pinheiro Exemplo 2: 0 fFI = fLO- fRF Ver. 02/10/2015 fRF fLO fIM fFI = 455 KHz fRF = 530 a 1.600 KHz fLO = fRF+ fFI = 985 a 2.055 KHz fIM = fRF+ 2.fFI = 1.440 a 2.510 KHz f UERJ - Circuitos de Comunicação • Num receptor de AM a faixa de recepção (fRF) vai de 530 a 1.600 KHz. O filtro de FI está centrado em fIF = 455 KHz. Então: Prof. Gil Pinheiro Cancelando (atenuando) a Frequência Imagem Antena DOWN-CONVERTER - a frequência imagem pode ser atenuada através de um filtro pré-seletor, ajustado em fRF fIM fRF fLO Filtro Passa Faixa (pré-seletor) – atenua a fIM fRF+ fLO fLO- fRF fFI fLO- fRF fRF = Frequência de entrada fLO = Frequência do oscilador local Ver. 02/10/2015 fFI = Frequência intermediária 0 fFI = fLO- fRF fRF fLO f UERJ - Circuitos de Comunicação fRF Prof. Gil Pinheiro Cancelando (atenuando) a Frequência Imagem em várias frequências de recepção Antena Filtro Passa Faixa (pré-seletor) DOWN-CONVERTER - a frequência imagem pode ser atenuada através de um filtro pré-seletor, ajustado em fRF fIM fLO Sincronizar sintonia do filtro e do oscilador local Ver. 02/10/2015 fRF 0 fFI = fLO- fRF fRF+ fLO fLO- fRF fRF fRF1 fRF2 fRF3 fLO fLO1 fLO2 fLO3 fFI fLO- fRF Para operar ao longo de uma faixa de frequências de recepção, a frequência do oscilador local (fLO) deve ser ajustada conforme a frequência de interesse (fRF). O filtro de entrada também deve ser ajustado, em sincronia com o oscilador local, para atenuar o ruído de frequência imagem. f UERJ - Circuitos de Comunicação fRF Prof. Gil Pinheiro Cancelando (atenuando) a Frequência Imagem em várias frequências de recepção Antena Filtro Passa Faixa (pré-seletor) DOWN-CONVERTER - a frequência imagem pode ser atenuada através de um filtro pré-seletor, ajustado em fRF fIM fRF fLO Ver. 02/10/2015 Sincronizando a sintonia do filtro e do oscilador local através de capacitor variável duplo fRF+ fLO fLO- fRF fFI Exemplos de capacitor variável duplo, é um dispositivo eletromecânico. Sujeito a vibrações, impactos, tamanho, umidade, poeira, oxidação, não opera em GHz, etc. UERJ - Circuitos de Comunicação fRF • Receptor super-heteródino com conversor (mixer + oscilador), sincronismo de sintonia no pré-seletor de entrada e do oscilador local, para obter rejeição da frequência imagem Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Cancelando (atenuando) a Frequência Imagem em Várias Frequências de Recepção UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Prof. Gil Pinheiro Rádio AM Comercial UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Prof. Gil Pinheiro Rádio AM Comercial UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Prof. Gil Pinheiro Rádio AM Comercial Prof. Gil Pinheiro Antena interna de ferrite Sensível a componente magnética de uma onda de rádio Espaço Livre - Linhas de Campo Magnético (ondas de rádio) μf UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Bastão de Ferrite μo Ver. 02/10/2015 Prof. Gil Pinheiro Sensível a componente magnética de uma onda de rádio UERJ - Circuitos de Comunicação Antena interna de ferrite UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Receptores de Conversão Direta Prof. Gil Pinheiro • Crescente demanda por rádios de projeto compacto, de baixo custo e desenho simples. • De um conceito simples e antigo, foi deixado de lado em favor dos receptores super-heteródinos, de melhor desempenho (banda passante mais estreita, maior ganho, alta sensibilidade). • Posteriormente, o conceito foi ressuscitado utilizando semicondutores e processos de fabricação mais atualizados. • Possui extensa aplicação em comunicação móvel. Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Receptores de Conversão Direta Prof. Gil Pinheiro Receptor de Conversão Direta Misturador ideal (sem espúrios) Antena Sinal fRF = Freq. central fRF fLO f fRF+ fLO fLO- fRF fRF = Frequência de entrada fLO = Frequência do oscilador local Ver. 02/10/2015 Saída do Misturador de Conversão Direta fLO = fRF fLO- fRF = 0 fRF = fLO fLO+ fRF = 2.fRF f UERJ - Circuitos de Comunicação fRF BW Prof. Gil Pinheiro Receptor de Conversão Direta Antena Filtro Passa Baixa Sinal fRF = Freq. central fRF fLO f Ver. 02/10/2015 Saída do Filtro Passa Baixa fRF+ fLO fLO- fRF fLO- fRF fRF = Frequência de entrada fLO = Frequência do oscilador local fLO = fRF fLO- fRF = 0 fRF = fLO f UERJ - Circuitos de Comunicação fRF BW Prof. Gil Pinheiro Como Eliminar ou Atenuar a Frequência Imagem Ver. 02/10/2015 – Uso de filtro pré-seletor de entrada – Uso de up-converter com fLO > fFI – Uso de misturador com rejeição de frequência imagem (arranjo específico) Nota: Os dois primeiros já foram apresentados UERJ - Circuitos de Comunicação • Dentre os mecanismos de eliminação ou atenuação da frequência imagem estão: Prof. Gil Pinheiro Misturador com Rejeição de Frequência Imagem Antena Amplificador de RF (LNA) Filtro de RF 90 Ver. 02/10/2015 Oscilador Local UERJ - Circuitos de Comunicação 0 • Em conversores desse tipo não há frequência imagem • É um receptor de eletrônica mais simples, não há canal de FI (ou seja: FI=0) • Após o misturador, utiliza-se um filtro passa baixa, com frequência de corte logo acima de BW (banda passante) do canal, é um filtro mais simples e barato • Um problema desse tipo de receptor é a sincronização de fase entre o sinal recebido e o oscilador local, na recepção de sinais do tipo SSB, modulação digital (PSK, QPSK), etc. Quando esse sincronismo ocorre, o receptor é chamado homodino • Para superar o problema da sincronização entre fRF e fLO, utilizam-se dois misturadores, obtendo-se as componentes em quadratura Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Receptor de Conversão Direta (Sem FI) • É um tipo de receptor de conversão direta, onde, o oscilador local está na mesma frequência e fase da portadora. Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Receptor Homodino (Receptor Coerente ou Síncrono) Prof. Gil Pinheiro Demodulação de AM com detector coerente Recuperação da portadora Misturador vf vm PLL Ver. 02/10/2015 V = k(DF) vo Filtro Passabaixa vfca Filtro Passa-alta Remoção de componente CC UERJ - Circuitos de Comunicação vpAM(wmt, wpt) • Não há frequência imagem a ser rejeitada • O receptor requer um oscilador local sincronizado com a portadora • O circuito extrator de portadora pode ser um filtro de banda estreita, um PLL ou um oscilador sincronizado • A portadora deve estar presente, mesmo nos modos SSB ou DSB (ex.: modulação com portadora vestigial), isto torna o receptor incompatível com sinais sem nenhuma portadora Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Receptor Homodino (Receptor Coerente ou Síncrono) Prof. Gil Pinheiro Receptor de Conversão Direta com Misturadores em Quadratura Antena Amplificador de RF (LNA) I Q Filtro de RF 90 m(t) = i(t) + j.q(t) Ver. 02/10/2015 Oscilador Local Os sinais de saída em quadratura (I/Q), permitem recuperar o sinal modulante – m(t). Tornando-se desnecessária a sincronização entre fLO e fRF UERJ - Circuitos de Comunicação 0 UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Prof. Gil Pinheiro Receptor de Conversão Direta com Misturadores em Quadratura • Pode haver off-set de sinal CC, o que ocasiona a saturação após os misturadores (amplificadores) • A filtragem é feita por software (DSP) • A rejeição de imagem é feita digitalmente (DSP) • As etapas de filtragem, amplificação, conversão A/D e DSP operam em baixa freqüência, podendo ser integrados num único CI • Como utiliza DSP, pode operar com vários tipos de modulação (analógica e digital) • Este tipo de receptor será analisado no capítulo de rádios digitais Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Receptor de Conversão Direta com Misturadores em Quadratura Rádio transceptor digital de conversão direta Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Rádio Transceptor de Conversão Direta para Rede WiFi (IEEE-802.11) Pb (dBm) Pr (dBm) Baixo Ganho 0 -20 -40 -60 -80 -100 Prof. Gil Pinheiro Controle Automático de Ganho Faixa Dinâmica na Entrada do Receptor Ganho do Receptor +13 Faixa Dinâmica de Saída +3 -7 -17 Processamento em Banda Base ou Demodulação Alto Ganho O ganho variável (adaptativo) num receptor, visa compatibilizar a intensidade de sinal disponível na antena com a intensidade necessária para a operação confiável do conversor A/D ou do circuito demodulador, com boa relação S/N na entrada do demodulador e respeitando a faixa dinâmica do conversor A/D. UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 -120 Prof. Gil Pinheiro Controle Automático de Ganho – Para operar com uma ampla faixa de valores de intensidade de sinal de entrada, um rádio receptor deve possuir algum artifício de controle automático de ganho. Por exemplo, um celular operando muito próximo um muito longe de uma ERB (Estação Rádio Base) deve operar em todas as situações possíveis sem perder o sinal e sem saturar o receptor. – Conforme já foi comentado, ganhos típicos da ordem de 100 dB são utilizados em receptores, porém todo esse ganho deve ser controlado para que o receptor não sature (devido a um sinal elevado na antena) ou não consiga detectar os sinais recebidos com baixíssima potência na antena do receptor. UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 • Faixa Dinâmica Ver. 02/10/2015 • Nos receptores analógicos de voz, a saída do detector é enviada a um amplificador de áudio e ao alto falante. • Nos receptores digitais trabalhando com voz, a saída do detector é enviada a um circuito processador digital de sinal (DSP), ou ao conversor digital/analógico (DAC). A tensão na entrada de um DSP ou de um DAC está normalmente compreendida entre 1 mV e 1000 mV. • Exemplo: Um telefone digital TDMA, o sinal demodulado é enviado ao conversor D/A (DAC), onde é convertido ao sinal analógico de voz. Utilizando um conversor D/A de 10 bits, onde uma tensão de 1V fornece uma resolução de (1/1024)*1mV, resulta numa faixa dinâmica de 20 log (1024) = 60 dB. Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Controle Automático de Ganho • Assim, a faixa dinâmica do sinal de saída do conversor D/A é muito menor que a faixa dinâmica de 80 a 100 dB, na entrada do receptor, o que demonstra a necessidade do controle automático de ganho. • A Figura 3 mostra as faixas dinâmicas de entrada e saída do receptor. • Para compatibilizar a faixas dinâmicas do sinal e do demodulador ou do conversor A/D, utiliza-se o controle automático de ganho (CAG). • O CAG consiste num amplificador de ganho controlado pela tensão, associado a um detector de CAG para converter uma amostra do sinal de FI, que é retificado para se obter o valor CC. Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Controle Automático de Ganho Ver. 02/10/2015 • O sinal retificado é então comparado com um nível de referência (no amplificador DC) e passado por um filtro passa baixa (FPB), para evitar que o ganho seja afetado pela modulação do sinal. A saída do filtro é então aplicada aos amplificadores de ganho variável, de modo a manter o valor do sinal da amostra do sinal próxima do valor de referência. Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Controle Automático de Ganho Receptor com o MICRF-002 Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Receptor com Controle Automático de Ganho (AGC) UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Prof. Gil Pinheiro Receptor OOK com o MICRF-002 • A figura anterior apresenta o diagrama de blocos de um circuito integrado de um receptor digital do fabricante Micrel. O receptor opera na faixa de UHF (433 MHz) e utiliza modulação ASK (amplitude switching keying) ou OOK (on-off keying), a modulação sendo obtida ligando e desligando o oscilador do transmissor. A taxa de transmissão pode ser de até 10 kbps. Esse receptor gera um sinal digital que pode ser ligado diretamente aos circuitos de processamento digital (UART, microprocessadores ou microcontroladores) de um sistema de comunicação. • Conforme a figura, o sinal da antena é aplicado diretamente ao pino ANT do CI, nesse pino também é ligado um filtro LC (externo) em paralelo, para rejeitar frequências espúrias e melhorar a relação S/N. Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Receptor com o MICRF-002 • O sinal é amplificado pelo estágio RF AMP de ganho fixo e passa pelo misturador, onde será convertido para a frequência de FI de 500 kHz. Um sintetizador de frequência é responsável pela geração do sinal do oscilador local, a partir de um oscilador de referência acionado por um ressonador cerâmico conectado ao pino REFOSC. • Após o misturador, há duas etapas amplificadoras de FI (IF AMP) que são intercaladas por um filtro passa faixa de 5ª ordem centrado em 500 kHz (500 kHz BPF ORDER 5), formando o canal de FI. O sinal amplificado e filtrado vai para um detector de pico (PEAK DETECTOR) e a um filtro passa baixa de 2ª ordem programável (LOW PASS FILTER). • O detector de pico é um demodulador do tipo ASK e em sua saída é recuperado o sinal modulante, que é em seguida filtrado para eliminar vestígios de sinais de altas frequências. Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Receptor com o MICRF-002 • Após ser filtrado, o sinal passa por um comparador (COMP), que compara o sinal detectado com o valor da tensão do circuito de AGC (controle automático de ganho). Como a tensão de saída do detector varia com o sinal presente à entrada de antena, pois se trata de um sinal analógico, o comparador é na verdade um conversor A/D de 1 bit, gerando um sinal de saída (pino DO) que assume apenas os valores binários (0 ou 1). • Quando a tensão do detector é maior que VAGC é gerado o nível lógico 1, caso contrário, o nível lógico é 0. A tensão de AGC é gerada pelo circuito AGC CNTRL, que varia com a intensidade média do sinal e é filtrada pelo capacitor conectado ao pino CAGC. A tensão do circuito de AGC controla o ganho das etapas amplificadoras de FI, obtendo-se uma faixa dinâmica de 83 dB (o nível de sinal na antena do receptor, pino ANT, pode variar entre -103 e -20 dBm). Prof. Gil Pinheiro UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 Receptor com o MICRF-002 Prof. Gil Pinheiro Receptor com o MICRF-002 UERJ - Circuitos de Comunicação Ver. 02/10/2015 • O receptor possui ainda um circuito para economia de bateria (WAKE UP FUNCTION) que mantém o consumo do receptor baixo se não houver nenhum sinal detectável em sua saída. O filtro de 500 kHz (FI) é implementado dentro do próprio chip, o que só é viável devido à baixa frequência.