civilizações clássicas

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Inclusão para a Vida
UNIDADE 1
Divisão Positivista do Tempo
ANTIGUIDADE ORIENTAL
As primeiras sociedades que surgiram no Oriente
Próximo se organizaram através do Modo de Produção
Asiático. Todas as terras pertenciam ao Estado e a
servidão coletiva era a forma utilizada pela população
como pagamento pelo usufruto dessas. O estado se
apropriava do excedente agrícola dos servos e distribuía-o
entre a nobreza e a classe sacerdotal.
Nos períodos em que não estavam ocupados com
atividades agrícolas, os servos eram utilizados na
realização de grandes obras públicas, as quais iam de
pirâmides e zigurates a dique, represas e canais de
irrigação. Tais obras não só serviam para exaltar seus reis
e faraós, como garantiam a ampliação das áreas
cultiváveis, o que deu a tais povos a denominação de
Sociedades Hidráulicas.
Com exceção dos Hebreus, criadores da primeira
religião monoteísta, as sociedades daquela região eram
politeístas e seus governos teocráticos. Os governantes
(reis, imperadores ou faraós) eram considerados
verdadeiros deuses. Assim a população era levada a
acreditar que esses eram responsáveis pela fertilidade da
terra e pela prosperidade de suas comunidades.
Egito
Entre 5.000 a.C. e 4.000 a.C., formaram-se os primeiros
Nomos, pequenos agrupamentos humanos às margens do
rio Nilo. Em 3.500 a.C., devido à insuficiência de mãode-obra para construções necessárias à ampliação das
áreas cultiváveis, esses nomos uniram-se em dois reinos:
Alto Egito, ao sul, e Baixo Egito, ao norte. O responsável
pela unificação desses reinos foi Menés que, em 3.200
a.C., deu início ao que chamamos Império Egípcio.
A sociedade egípcia estava dividida em várias
camadas, sendo o faraó a autoridade máxima, chegando a
ser considerado um deus na Terra. Abaixo do faraó
encontravam-se sacerdotes e burocratas. As camadas
superiores eram sustentadas pelo trabalho e impostos
pagos por camponeses, artesãos e pequenos
comerciantes. Embora a mão-de-obra comumente
utilizada fosse a servidão coletiva, havia também
escravos.
A economia egípcia era baseada principalmente na
agricultura, realizada principalmente nas margens férteis
do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio
de mercadorias e o artesanato.
Pró Universidade
História A
A
religião
egípcia
era
politeísta
e
antropozoomórfica. Seus deuses formavam um complexo
sistema mitológico. Muitos animais também eram
considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as
características que apresentavam: chacal (esperteza
noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré
(agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de
ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado
à ressurreição).
A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas
de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes
na área da matemática, usados na construção de
pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de
mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.
Mesopotâmia
A Mesopotâmia localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates
no Oriente Médio, onde atualmente situa-se o Iraque.
Entre os povos que habitaram essa região podemos
destacar: sumérios, acádios, babilônicos (amoritas),
assírios e neobabilônicos (caldeus). Vale dizer que os
povos da antiguidade buscavam regiões férteis, próximas
a rios, para desenvolverem suas comunidades. Dentro
dessa perspectiva, a região da mesopotâmia era uma
excelente opção, pois garantia à população: água para
consumo, rios para pescar e via de transporte pelos rios.
No geral, eram povos politeístas com economia baseada
na agricultura e no comércio nômade de caravanas.
Sumérios
Escrita cuneiforme;
Construções hidráulicas;
Zigurates;
Cidades-Estado.
Acádios
Primeiro Império da Mesopotâmia (Rei Sargão).
Amoritas
Cidade da Babilônia;
Código de Hamurabi;
Astronomia.
Assírios
Cultura militar;
Extremamente cruéis com os povos inimigos;
Conquista do Egito.
Caldeus
Jardins Suspensos da Babilônia (Nabucodonosor);
Torre de Babel;
Hegemonia e esplendor;
Dominados pelos Persa (539 a.C.).
Exercícios de Sala 
1. Sobre o Egito antigo, é correto afirmar que:
01. A construção das pirâmides atendia às necessidades da
vida após a morte dos faraós. Esse tipo de construção
foi característica da arquitetura funerária durante todo
o período do Egito antigo, e só foi possível graças à
enorme mão-de-obra escrava existente desde o Antigo
Reino.
1
Inclusão para a Vida
02. A despeito da influência islâmica, o Egito atual
mantém as mesmas crenças religiosas do Egito antigo.
04. Os egípcios antigos acreditavam em vários deuses que
se relacionavam entre si e formavam seu sistema
mitológico.
08. O rio Nilo foi de suma importância em vários aspectos
da vida dos antigos egípcios. Não só a agricultura foi
possível devido ao seu ciclo de cheias, como também a
noção de tempo cíclico, base do pensamento egípcio,
levou à crença na vida após a morte.
2. Na Antiguidade Oriental, o Modo de Produção Asiático
caracterizou-se fundamentalmente pelo(a):
a) Fracionamento da propriedade fundiária em partes
entregues a nobres da Casa Real.
b) Concentração do controle da produção num partido
político.
c) Apropriação formal da terra pelo Estado e efetiva pela
comunidade camponesa, cujos membros deveriam
pagar impostos e prestar serviços ao Estado.
d) Emprego da força de trabalho escravo, com um
comércio operoso, controlado por uma burguesia ativa
e numerosa.
e) Industrialização acentuada, calcada sobre uma farta e
barata força de trabalho servil, amplamente dominada
pela aristocracia fundiária.
Tarefa Mínima 
3. (ENEM 2009) O Egito é visitado anualmente por
milhões de turistas de todos os quadrantes do planeta,
desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do
poder esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de
Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos
templos construídos ao longo do Nilo. O que hoje se
transformou em atração turística era, no passado,
interpretado de forma muito diferente, pois:
a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós
tinham para escravizar grandes contingentes
populacionais que trabalhavam nesses monumentos.
b) representava para as populações do alto Egito a
possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho
nos canteiros faraônicos.
c) significava a solução para os problemas econômicos,
uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas
riquezas, construindo templos.
d) representava a possibilidade de o faraó ordenar a
sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem
em obras públicas, que engrandeceram o próprio
Egito.
e) significava um peso para a população egípcia, que
condenava o luxo faraônico e a religião baseada em
crenças e superstições.
4. As sociedades que, na Antiguidade, habitavam os vales
dos rios Nilo, Tigre e Eufrates tinham em comum o fato
de:
01. Terem desenvolvido um intenso comércio marítimo,
que favoreceu a construção de grandes civilizações
hidráulicas.
2
História A
02. Serem povos orientais que formaram diversas cidadesestado, as quais organizavam-se e controlavam a
produção de cereais.
04. Haverem possibilitado a formação do Estado a partir
da produção de excedentes, da necessidade de controle
hidráulico e da diferenciação social.
08. Possuírem, baseados na prestação de serviços dos
camponeses, imensos exércitos que viabilizaram a
formação de grandes impérios.
5. Sobre as civilizações da Antiguidade Oriental, é
correto afirmar:
01. Entre os egípcios, embora a prática de mumificar
cadáveres tivesse contribuído para o estudo do corpo
humano, o respeito que essa civilização tinha pelos
mortos proibia a dissecação de cadáveres unicamente
para estudos.
02. Entre os hebreus, os escribas constituíam-se num
grupo social que, aprendendo a ler e a escrever,
desempenhou importantes funções religiosas, na
conversão de fiéis ao monoteísmo.
04. Os persas acreditavam que o bem e o mal viviam em
incessante luta até o dia do juízo final, quando todos os
homens seriam julgados por suas ações.
08. A invenção do alfabeto pela civilização fenícia esteve
ligada à necessidade que seus mercadores tinham de
firmar contratos comerciais com povos distantes.
16.Hamurabi foi um rei babilônico que se tornou famoso
por mandar elaborar o primeiro código jurídico com
leis escritas.
6. (UFSC 2012) Várias sociedades antigas se
desenvolveram ao longo de rios. Sobre elas, assinale a(s)
proposição(ões) CORRETA(S).
01. As antigas China e Índia também são consideradas
sociedades
hidráulicas
e
se
favoreceram,
respectivamente, dos rios Amarelo e Indo.
02. A China antiga foi rica em pensadores, como Sun Tzu,
Confúcio e Lao-Tsé. Uma obra conhecida até hoje e
que foi produzida no seio desta sociedade é o tratado
militar « A arte da guerra ».
04. A Mesopotâmia, região localizada entre os rios Tigre e
Eufrates, foi assim batizada pelos gregos por ficar
entre os dois rios.
08. Vários povos formavam o que conhecemos por
Mesopotâmia. Entre os principais, figuram aqueus,
jônios, eólios e dórios.
16. O Egito foi uma sociedade expansionista desde o
período inicial de sua unificação política, o que levou
aquela sociedade a estender suas conquistas até o
território que hoje conhecemos como Paquistão.
32. O ciclo agrícola proporcionado pelo rio Nilo se
refletiu nas concepções mitológicas dos egípcios
antigos.
7. Em relação aos povos da Antiguidade, é correto
afirmar que:
a) Os assírios foram submetidos por Nabucodonosor,
originando o episódio conhecido como o Cativeiro da
Babilônia.
b) Os fenícios foram os criadores do alfabeto,
posteriormente aperfeiçoado pelos gregos e latinos.
Inclusão para a Vida
c) Os hebreus criaram um quadro religioso caracterizado
pelo politeísmo e a mumificação.
d) Os egípcios estabeleceram, em 300 a.C., o importante
Código de Hamurabi, um dos primeiros códigos
jurídicos escritos.
e) Os persas, após derrotarem as tropas de Alexandre,
conseguiram anexar o território grego ao seu império.
8. “Bagdá - O famoso tesouro de Nimrud, desaparecido
há dois meses em Bagdá, foi encontrado em boas
condições em um cofre no Banco Central do Iraque em
Bagdá, submerso em água de esgoto, segundo informaram
autoridades do exército norte-americano. Cerca de 50
itens, do Museu Nacional do Iraque, estavam
desaparecidos desde os saques que seguiram à invasão de
Bagdá pelas forças da coalizão anglo-americana.
Os tesouros de Nimrud datam de aproximadamente 900
a.C. e foram descobertos por arqueólogos iraquianos nos
anos 80, em quatro túmulos reais na cidade de Nimrud,
perto de Mosul, no norte do país.
Os objetos, de ouro e pedras preciosas, foram encontrados
no cofre do Banco Central, em Bagdá, dentro de um outro
cofre, submerso pela água da rede de esgoto.
Os tesouros, um dos achados arqueológicos mais
significativos do século 20, não eram expostos ao público
desde a década de 90. Uma equipe de pesquisadores do
Museu Britânico chegará na próxima semana a Bagdá
para estudar como proteger os objetos.”
(O ESTADO DE SÃO PAULO. Versão eletrônica. São
Paulo: 07 jun. 2003. Disponível em www.estadao.com.br.)
Assinale a(s) proposição(ões) correta(s) em relação às
sociedades que se desenvolveram naquela região na
Antiguidade.
01. A região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates,
onde hoje se localizam os territórios do Iraque, do
Kweite (Kwait) e parte da Síria, era conhecida como
Mesopotâmia.
02. A religião teve notável influência na vida dos povos da
Mesopotâmia. Entre eles surgiu a crença em uma única
divindade (monoteísmo).
04. Na Mesopotâmia viveram diversos povos, entre os
quais podemos destacar os sumérios, acádios, assírios
e babilônios.
08. Os babilônios ergueram magníficas construções feitas
com blocos de pedra, das quais são exemplos as
pirâmides de Gisé.
16. Os povos da Mesopotâmia, além da significativa
contribuição no campo da Matemática, destacaram-se
na Astronomia e entre eles surgiu um dos mais
famosos códigos de leis da Antiguidade, o de
Hamurábi.
32. Muitos dos povos da Mesopotâmia possuíram
governos autocráticos. Entre os caldeus surgiu o
sistema democrático de governo.
Pró Universidade
História A
UNIDADE 2
ANTIGUIDADE OCIDENTAL
Na Antiguidade Clássica predominavam as relações
escravistas de produção. Nessas sociedades, o Estado
achava-se a serviço de uma classe proprietária de terás e
de escravos. As mais importantes civilizações desse
período foram a grega e a romana, que ofereceram as
bases das sociedades atuais.
Grécia
Localizada no sul do continente europeu, na Península
Balcânica, a Grécia possui características naturais que
sempre favoreceram seu desenvolvimento comercial e
marítimo. Sua história pode ser dividida didaticamente em
cinco fases: Pré-Homérica, Homérica, Arcaica,
Clássica e Helenista.
As informações que se conhecem sobre o período PréHomérico e Homérico chegaram pelos poemas épicos
Ilíada e Odisséia, atribuídos a Homero. Os principais
povos que habitaram a região foram os jônios, dórios,
eólios e aqueus.
Durante o Período Homérico a Grécia era organizada em
genos. As unidades gentílicas formavam pequenos grupos
auto-suficientes, sem propriedade privada e sem classes
sociais. No final do período Homérico, devido ao aumento
demográfico, ocorreu a desintegração dos genos, o que
gerou a formação das polis – cidades autônomas
governadas por um reduzido grupo de proprietários de
terras e escravos, das quais Esparta e Atenas se
destacaram.
A cidade de Esparta, localizada ao sul do Peloponeso e
fundada pelos dórios, caracterizou-se por sua tradição
guerreira. O governo era monopolizado pela elite –
oligarquia – que, por meio da Ápela, da Gerúsia, do
Eforato e da Diarquia, impedia o acesso da população à
vida política. O imobilismo social eragarantido por um
rígido sistema educacional que preparava, desde cedo, os
indivíduos para a atividade militar.
A cidade de Atenas, por sua vez, caracterizou-se pela
importante atividade marítimo-comercial. Localizada na
Ática, região favorecida pelos seus portos, Atenas foi
fundada pelos jônios no final do período homérico. Os
constantes conflitos sociais atenienses tornaram
necessárias reformas legislativas. Drácon, o primeiro
legislador, tentou conter a ebulição social aplicando penas
severas aos infratores (leis draconianas), enquanto Sólon,
além de determinar o fim da escravidão por dívidas,
estabeleceu o critério censitário para a participação na
política ateniense. Diante do fracasso dessas reformas,
estabeleceu-se a tirania em Atenas. Apesar de o tirano
Pisístrato ter favorecido o desenvolvimento comercial da
cidade, seus sucessores não conseguiram harmonizar os
interesses entre os diversos grupos sociais. Somente
durante o governo de Clístenes, que assumiu o poder em
510 a.C., efetivou-se um plano de reformas políticas que
garantiu a participação de uma maior parcela da
população ateniense: todos os cidadãos maiores de 18
anos teriam acesso às decisões políticas. Estava
3
Inclusão para a Vida
implantada a democracia ateniense, embora mulheres,
escravos e estrangeiros não possuíssem direitos políticos.
O expansionismo persa sobre a região grega da Ásia
Menor deu início às Guerras Médicas, em 494 a.C. A
vitória sobre os persas estabeleceu, porém, a hegemonia
da cidade de Atenas sobre as demais cidades gregas. Foi o
período do apogeu ateniense – época de Péricles -, em que
surgiram crescentes conflitos com outras pólis. Esparta,
liderando outras cidades gregas, organizou a Liga do
Peloponeso, dando início às Guerras do Peloponeso.
Sucederam-se, então, inúmeros combates entre as cidadesEstado, esgotando o poderio grego, cuja vulnerabilidade
permitiu que, em 338 a.C., os macedônicos invadissem e
estabelecessem a preponderância sobre a Grécia.
A civilização grega legou ao mundo importante acervo
artístico-cultural, que forneceu as bases sobre as quais se
assenta a cultura ocidental. O homem era, no pensamento
grego, o centro do universo (antropocentrismo), e a razão
humana, o meio de se chegar ao conhecimento.A religião
grega era politeísta e antropomórfica. Os deuses na Grécia
antiga só se distinguiam dos homens porque eram
imortais. De resto, revestiam-se de todas as características
humanas.
Nas artes, os gregos revelaram criações geniais:
teatrólogos, arquitetos e escultores deixaram obras
importantes para as gerações futuras. Alguns nomes
merecem destaque, como:
Ésquilo e Sófocles, no teatro;
Calícrates, na arquitetura;
Fídias e Miron, na escultura.
A arte grega se preocupava em realçar o real, a
simplicidade, a harmonia e o equilíbrio.
A filosofia foi outra área da cultura grega à qual se
dedicaram muitos pensadores. Dentre eles destacam-se os
nomes Tales, Anaxímenes e Anaximandro – pertencentes
a escola de Mileto -, Pitágoras e seus discípulos, os
sofistas e os socráticos (Sócrates, Platão e Aristóteles).
O advento do helenismo deu um novo caráter à cultura
grega,a qual passou a contar com diversos elementos da
cultura oriental. Essa fusão deu-se a partir da conquista da
Grécia pelos macedônicos, chefiados por Filipe II e
depois por seu filho, Alexandre, o Grande. O Império
Macedônico ampliou-se durante o reinado de Alexandre,
mas, logo após sua morte, conflitos internos pelo poder
enfraqueceram-no e dividiram-no, possibilitando que os
romanos conquistassem a Grécia.
Roma
A cidade de Roma localiza-se no centro da península
Itálica, região do Lácio.
Num primeiro momento de sua evolução política, Roma
foi uma monarquia, na qual o rei era o dirigente supremo,
auxiliado pelo Senado. Nessa época, a sociedade romana
dividia-se em patrícios, plebeus e poucos escravos, mas
somente os patrícios tinham acesso á vida política em
Roma.
Após um período de dominação etrusca, apoiada pelo rei,
a aristocracia romana proclamou a Republica. Nela, o
Senado detinha o poder máximo apesar de existirem
outros órgãos ( o consulado, a Ditadura, a Assembléia
Centurial e a Assembléia Curiata) e várias funções
administrativas (pretores, censores e edis)
4
História A
As desigualdades sociais existentes em Roma provocaram
uma série de levantes envolvendo sobretudo plebeus, que
reivindicavam maiores possibilidades de participação
política. Tais levantes populares conseguiram estabelecer
uma relativa igualdade romana, embora as desigualdades
socioeconômicas permanecessem.
Entre os séculos V a.C e III a.C., Roma conquistou
diversos territórios e constitui um vasto império.
Do século III ao II a.C., derrotou os cartagineses, nas
Guerras Púnicas, estabelecendo seu controle sobre o mar
mediterrâneo. Se essas conquistas ativaram o espírito de
unidade dos romanos, minimizando os conflitos sociais,
também provocaram efeitos modificadores no caráter da
sociedade romana, promovendo, assim, a crise do regime
republicano.
Durante a crise, verificou-se a polarização dos grupos: de
um lado, a aristocracia (conservadora) e, de outro, o
partido popular (reformista)
Os irmãos Graco, pertencentes ao segundo grupo, ainda
tentaram implementar reformas sociais, mas foram
perseguidos e mortos pela camada dominante.
Em meio á instabilidade política vivenciada por Roma no
século I a.C., a republica foi esgotada e substituída pelo
Império, com Otávio, no final do século I a.C.
A história da Roma Imperial caracterizo-se pela
concentração de poder nas mãos de um único individuo: o
Imperador.
O primeiro imperador romano foi Otávio Augusto, que,
durante seu reinado, reduziu o poder do Senado e
promoveu a política do pão e circo – a fim de conquistar o
apoio da massa miserável da população de Roma.
Conseguiu impor a paz nas fronteiras do Império, dar
grande impulso ao desenvolvimento econômico, mas os
sucessores de Otávio não continuaram seu trabalho.
A partir do século III d.C., com a dinastia dos Severos,
iniciou-se o período de desagregação do Império Romano,
até deflagrar –se uma situação incontrolável de crise para
seus governantes. Esse enfraquecimento do Império
facilitou a penetração dos estrangeiros, que os romanos
chamavam bárbaros.
Culturalmente, a civilização romana desenvolveu o
Direito, até hoje matriz dos códigos jurídicos ocidentais.
Já a religião romana e as artes, seguiam os valores
gregos.
Durante o período Imperial da historia romana surgiu e se
desenvolveu uma nova religião, que marcaria
profundamente o mundo ocidental: o cristianismo.
Exercícios de Sala 
1. (UFSC 2012) Leia o texto abaixo com atenção.
Nossa forma de governo não se baseia nas instituições
dos povos vizinhos. Não imitamos os outros. Servimos de
modelo para eles. Somos uma democracia porque a
administração pública depende da maioria, e não de
poucos. Nessa democracia, todos os cidadãos são iguais
perante as leis para resolver os conflitos particulares.
Mas quando se trata de escolher um cidadão para a vida
pública, o talento e o mérito reconhecidos em cada um
dão acesso aos postos mais honrosos. [...] Usamos a
riqueza como um instrumento para agir, e não como
motivo de orgulho e ostentação. Entre nós, a pobreza não
Inclusão para a Vida
é causa de vergonha. Vergonhoso é não fazer o possível
para evitá-la. Todo o cidadão tem o direito de cuidar de
sua vida particular e de seus negócios privados. Mas
aquele que não manifestar interesse pela política, pela
vida pública, é considerado um inútil. Em resumo, digo
que nossa cidade é uma escola para toda Hélade, e cada
cidadão ateniense, por suas características, mostra-se
capaz de realizar as mais variadas formas de atividade.
TUCÍDEDES. História da Guerra do Peloponeso.
Brasília/São Paulo: UnB/Hucitec, 1986, cap. 37-41, Livro
II.
Com base neste texto do historiador ateniense Tucídedes e
sobre história antiga ocidental, é CORRETO afirmar que:
01. Atenas era considerada um modelo de cidade para
todo o Império Romano.
02. a riqueza mencionada por Tucídedes era vista como
ingrediente necessário para projetar a cidade de Atenas
no cenário do mundo antigo.
04. o texto evidencia que todos os cidadãos deviam
interessar-se por política para não serem considerados
inúteis.
08. a mobilização em busca de riqueza era mais
importante para a democracia do que o debate político,
visto que a riqueza era “... um instrumento para agir.”
16. os postos administrativos de destaque na cidade de
Atenas estavam vinculados à quantidade de bens que o
cidadão ateniense possuía.
32. de acordo com Tucídedes, os povos vizinhos de
Atenas eram seus imitadores. Podemos concluir que,
dada à proximidade geográfica, Esparta adotou este
modelo.
64. pobreza e riqueza não podiam existir paralelamente na
cidade de Atenas, razão pela qual devia haver um
esforço para evitar a pobreza.
2. (UFSC 2009) Deliberamos [Constantino Augusto e
Licínio Augusto] conceder aos cristãos e a quem quer que
seja, a liberdade de praticar a religião de sua preferência
a fim de que a Divindade que nos céus reside venha a ser
favorável e propícia para nós e para todos os nossos
súditos. Parece-nos ser medida boa, razoável, não
recusar a nenhum de nossos súditos, seja ele cristão ou
adepto de qualquer outro culto, o direito de seguir a
religião que melhor lhe convenha. Assim sendo, a
Divindade que cada um reverenciar a seu modo,
livremente, poderá também estender a nós sua
benevolência e seus habituais favores. (Édito de Milão).
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) referente(s)
à Civilização Romana.
01. A religião romana era politeísta, ligada ao Estado, que
estabelecia normas para o culto, para as festas e
cerimônias públicas.
02. As obras artísticas em Roma visavam à satisfação de
um ideal estético, à exaltação das glórias do Estado e à
ostentação de riqueza dos nobres e soldados.
04. Penetraram em Roma inúmeros cultos, entre eles o
Cristianismo que, prometendo um mundo melhor aos
pobres e oprimidos, foi transformado em religião
oficial do Estado.
08. Os cristãos foram perseguidos em Roma, pois o
monoteísmo pregado por Cristo não permitia a
Pró Universidade
História A
aceitação da divindade do imperador romano e porque,
nas catacumbas, planejava-se a queda do Império.
16. A liberdade de culto da época de Constantino e Licínio
foi limitada durante a administração de Teodósio
através da imposição do monoteísmo cristão.
32. A Arquitetura era a arte mais desenvolvida em Roma,
caracterizada pela sua monumentalidade e influenciada
pelo politeísmo, que exigia a construção de muitas
igrejas e mosteiros.
Tarefa Mínima 
3. A navegação e o comércio marítimo foram
desenvolvidos pelos gregos. Dentre os vários fatores que
os levaram a isso, podemos citar como causa inicial:
a) A pobreza do solo grego e a necessidade de novas
terras para suprir suas necessidades.
b) O desejo de difundir a cultura grega.
c) O fato de serem constantemente molestados por povos
bárbaros.
d) O seu amplo conhecimento geográfico e marítimo que
despertava em seu povo a busca do desconhecido.
e) O fato de os mercadores gregos precisarem de novos
mercados consumidores.
4. "A pólis se faz pela autonomia da palavra, não mais a
palavra mágica dos mitos, palavra dada pelos deuses e,
portanto, comum a todos, mas a palavra humana do
conflito, da discussão, da argumentação. O saber deixa de
ser sagrado e passa a ser objeto de discussão."
(M. Lúcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins)
A partir do texto anterior, é correto afirmar que:
01. O advento da pólis e, portanto, da vida política,
estabelece uma possibilidade de ruptura com o
universo heróico-mítico de explicações das coisas
mundanas.
02. O nascimento da pólis (séc. VIII e VII a.C.) coloca na
ordem do dia as discussões sobre os destinos dos
homens por eles mesmos e não mais por desígnios de
caráter mítico.
04. A experiência política exigiu que as explicações
míticas fossem afastadas e que a causa/razão das
coisas mundanas tivesse preexistência;
08. A experiência política instaura, entre os gregos, o uso
da argumentação/razão como instrumento de solução
de conflitos;
16. O nascimento da pólis possibilita a recuperação do
saber mítico pela argumentação e reinstaura o sagrado
em detrimento da razão.
5. "Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para
agir que como um motivo de vanglória; entre nós não há
vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não fazer o
possível para evitá-la... olhamos o homem alheio às
atividades públicas não como alguém que cuida apenas de
seus próprios interesses, mas como um inútil... decidimos
as questões públicas por nós mesmos, ou pelo menos nos
esforçamos por compreendê-las claramente, na crença de
que não é o debate que é o empecilho à ação, e sim o fato
de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a
hora da ação".
5
Inclusão para a Vida
Essa passagem de um discurso de Péricles, reproduzido
por Tucídides, expressa:
a)
b)
c)
d)
e)
Os valores ético-políticos que caracterizam a
democracia ateniense no período clássico.
Os valores ético-militares que caracterizaram a vida
política espartana em toda a sua história.
A admiração pela frugalidade e pela pobreza que
caracterizou Atenas durante a fase democrática.
O desprezo que a aristocracia espartana devotou ao
luxo e à riqueza ao longo de toda a sua história.
Os valores ético-políticos de todas as cidades gregas,
independentemente de sua forma de governo.
6. Sobre a civilização grega, afirma-se:
História A
UNIDADE 3
ALTA IDADE MÉDIA
É costume dividir o período medieval em duas grandes
fases: a Alta Idade Média, que se estende do século V ao
século XI e a Baixa Idade Média, do século XII ao
século XV.
A primeira fase caracterizou-se pela formação e
consolidação do modo de vida que predominaria durante
todo o período medieval: o feudalismo. Já a baixa Idade
Média corresponde á decadência do feudalismo e a
ascensão do comércio.
01. A Grécia se organizava politicamente em cidadesEstado, sendo as mais influentes Esparta e Atenas.
02. Em 560 a.C., em Atenas, Psístrato tomou o poder
apoiado pelos pequenos proprietários, dando início ao
período das tiranias.
04. Em 509 a.C., em Atenas, Clístenes organizou um
governo baseado nos princípios da igualdade política
dos cidadãos e da participação de todos nas decisões
do governo.
08. Esparta e Atenas entraram em choque, devido às suas
rivalidades políticas, econômicas e sociais, numa
guerra que ficou conhecida como Guerra Médica,
cabendo a vitória a Atenas, que passou a dominar toda
a Grécia.
7. A expansão de Roma durante a República, com o
consequente domínio da bacia do Mediterrâneo, provocou
sensíveis transformações sociais e econômicas, dentre as
quais não podemos incluir:
01. Marcado processo de industrialização, êxodo urbano,
endividamento do Estado.
02. Fortalecimento da classe plebeia, expansão da pequena
propriedade, propagação do cristianismo.
04. Crescimento da economia agro-pastoril, intensificação
das exportações, aumento do trabalho livre.
08. enriquecimento do Estado romano, aparecimento de
uma poderosa classe de comerciantes, aumento do
número de escravos.
16. diminuição da produção nos latifúndios, acentuado
processo inflacionário, escassez de mão-de-obra
escrava.
8. A religião romana era essencialmente politeísta, e o
culto ao imperador era de grande significado pelo fator da
unidade que representava. Durante um período
determinado, teve início o questionamento dessa ideia.
Esse grupo, que não reconhecia a divindade do Imperador,
era de:
a) Bárbaros invasores;
b) Primeiros cristãos;
c) Bons espíritos familiares;
d) Escravos e estrangeiros;
e) Judeus vindos da Palestina.
6
Durante a época medieval, duas civilizações orientais
destacaram-se: a bizantina e a árabe.
A civilização bizantina
Bizâncio, cidade de grande importância militar e
comercial para p Império Romano, foi elevada á categoria
de capital do império em 330, quando o imperador era
Constantino. A partir de então passou a chamar-se
Constantinopla.
Com Justiniano, a civilização bizantina viveu seu
período áureo, transformando-se num poderoso império.
Além de grande desenvolvimento econômico, Justiniano
legou a Bizâncio um código de leis inspirado no Direito
romano.
Em Bizâncio, a religião cristã sofreu algumas
transformações, das quais resultaram o Cisma do Oriente
e a criação da Igreja Ortodoxa.
Após o governo de Justiniano, o Império Bizantino
entrou em franca decadência, devido á crise econômica
que se abateu sobre ele e aos sucessivos ataques
estrangeiros, que o enfraqueceram ainda mais.
Em 1453, Constantinopla foi tomada por invasores
turcos otomanos, marcando o fim do Império Bizantino.
A civilização árabe
Povo de origem Semita, os árabes conheceram um
grande desenvolvimento, a partir da unificação de base
religiosa promovida por Maomé. Antes do profeta, os
árabes achavam-se dispersos em tribos – em núcleos
Inclusão para a Vida
urbanos ou no deserto -, dedicando-se especialmente á
atividade comercial.
Antes do advento do islamismo, os árabes cultuavam
vários deuses representados por ídolos no santuário de
Caaba, na cidade de Meca.
Esta cidade era dominada pela tribo coraixita e
apresentava um significativo desenvolvimento comercial
por causa das peregrinações.
Foi nessa cidade que nasceu Maomé, criador do
islamismo, religião monoteísta com elementos do
judaísmo e do cristianismo. O islamismo foi, na realidade,
o catalisador da unidade árabe.
Ao morrer, Maomé deixou aos seus seguidores a tarefa
de expandir a religião islâmica pelo mundo. O processo de
fragmentação por que passava a Europa após a queda do
Império Romano favoreceu grandemente a expansão
árabe.
Em pouco tempo, os árabes estabeleceram seu domínio
sobre
o
mar
Mediterrâneo,
determinando
o
aprofundamento do processo de ruralização vivenciado
pelo Ocidente europeu. No entanto, disputas internas e a
resistência cristã enfraqueceram o domínio árabe e
determinaram sua expulsão do continente europeu.
Todavia, os muçulmanos influenciaram grandemente a
cultura ocidental, especialmente a ibérica. Graças a eles,
muitos dos conhecimentos desenvolvidos no mundo
antigo, principalmente pelos gregos, foram preservados e
até aprimorados.
A Cultura Islâmica: Ciências: campo em que os
muçulmanos mais se desenvolveram; na matemática,
aprimoraram a Álgebra e a Geometria; dedicaram-se
também à Astronomia e à Química (alquimia);
Medicina: grande foi a importância de Avicena que,
entre várias descobertas, diagnosticou a varíola e o
sarampo e descobriu a natureza contagiosa da
tuberculose;
Literatura: contamos com vasta produção, com
destaque para a coletânea As mil e uma noites e o
poema Rubaiyat, de Omar Khayam.
Formação dos reinos Cristãos
A partir do século III, os bárbaros (povos não-romanos
em geral) intensificaram sua presença no Império
Romano, o que contribuiu não só para o enfraquecimento
do poderio de Roma, como também para o
estabelecimento da hegemonia árabe sobre o Ocidente
europeu. A ameaça representada por esses povos acentuou
o processo de ruralização, em curso na Europa Ocidental
desde o inicio do Baixo Império Romano.
Os bárbaros fixaram-se, assim, na Europa,
organizando diversos reinos, dentre os quais se destacou o
Reino dos Francos. Os francos – de origem germânica –
instalaram-se no território que corresponde á França atual.
A primeira dinastia franca foi a merovíngia, sendo Clóvis
seu fundador. Além de ampliar o território do reino, aliouse á Igreja, conquistando um grande poder.
Seus herdeiros, porém, fragmentaram esse poder,
fortalecendo esse poder, fortalecendo os grandes senhores
feudais. Com isso, o poder real passou a submeter-se ao
poder dos senhores feudais.
Pró Universidade
História A
Pepino, o Breve, filho de Carlos Martel, o “prefeito do
palácio”, que havia derrubado o ultimo rei da dinastia
merovíngia, inaugurou a dinastia carolíngia.
Este rei expandiu ainda mais as fronteiras do Reino
dos Francos e concedeu á Igreja um poder maior do que
ela já desfrutava.
O mais conhecido monarca carolíngio foi Carlos
Magno, que promoveu a vida cultural do império, por
meio da criação de escolas, anexou um vasto território ao
Reino dos Francos, procurando mantê-lo. Para isso,
implementou uma reforma administrativa que, se o
auxiliou a saber tudo sobre o que ocorria no reino,
também favoreceu os poderes locais.
Com a morte de Carlos Magno, iniciou-se, então, o
processo de esfacelamento do Império Carolíngio,
Totalmente fragmentado em 843, quando foi assinado o
Tratado de Verdun.
FEUDALISMO
A história da Idade Média Ocidental é basicamente a
história dos Reinos Bárbaros que se formaram a partir do
século V, com a desintegração do Império Romano do
Ocidente.
Os povos bárbaros germânicos, ao invadirem a
Europa, trouxeram consigo sua própria maneira de viver,
na qual a economia tipicamente agrária era um dos traços
fundamentais. Outra característica germânica muito
importante foi o Comitatus, que expressava o
comprometimento recíproco entre líderes de tribos. Essa
realidade em contato com o processo da ruralização do
Império Romano, caracterizado pelo surgimento de uma
nova forma de organização econômica e social conhecida
como Colonato, que teve início ainda no século III, fez
com que o alinhamento de forças rumo ao Feudalismo se
tornasse bastante claro. Sendo assim, podemos afirmar
que grande parte das origens do feudalismo encontra-se na
união do comitatus germânico com o colonato romano.
Ao invadirem o Império Romano, os povos
germânicos apresentavam uma organização tribal, na qual
a guerra era a atividade fundamental de todos os homens
livres; as atividades produtivas da terra (agricultura e
criação de animais) eram de responsabilidade das
mulheres e dos escravos. Dentre as atividades agrárias, o
pastoreio era a principal, e a existência de boas pastagens
era condição de fixação de uma tribo em determinado
espaço. Em outras palavras, os povos germânicos eram
seminômades: fixavam-se em um local enquanto lá
existissem boas pastagens para o seu rebanho.
Dada a condição de seminomadismo, é fácil entender
que a terra era considerada como propriedade comunal. Só
a partir de sua penetração no Império Romano é que
começaram a surgir as primeiras formas de propriedade
privada do solo. Mesmo assim, essa coexistia com a
propriedade comunal. O que basicamente aconteceu foi
que as áreas de pastagem passaram a ser consideradas
como propriedade privada, enquanto as de cultivo
continuaram sendo propriedades comunitárias.
Em função das constantes guerras na ação de ocupação
das terras do Império Romano, verificamos a formação,
nas tribos germânicas, de verdadeiras nobrezas guerreiras,
às quais todos os demais elementos da tribo tendiam a se
sujeitar.
7
Inclusão para a Vida
A estrutura familiar dos germânicos era tipicamente
patriarcal, sendo que uma tribo era um agregado de
famílias. As tribos eram unidades politicamente
independentes e só se uniam em função da necessidade
gerada por uma guerra ou para um fim específico. Logo,
não existia entre eles a ideia de Estado centralizado.
As uniões temporárias entre tribos eram
fundamentadas em obrigações recíprocas entre os seus
chefes, que se uniam. Para uma tribo, a autoridade do
chefe era incontestável; assim, as obrigações por ele
assumidas eram válidas para todos os membros da tribo.
O Feudalismo, como qualquer modo de produção, não
surgiu de forma rápida. Ele é o resultado de um longo
processo de formação, que se estende do século IV ao
século IX, sendo que só a partir de então passou a ser o
modo de produção dominante nas formações sociais
europeias, perdurando até o século XII. Entre o século XII
e o século XVIII, o modo de produção feudal conheceu
profundas transformações que resultaram na formação de
outro modo de produção, o Capitalismo.
Podemos afirmar que o Feudalismo surgiu através de
um processo de integração de uma série de instituições
romanas com uma série de instituições bárbaras
germânicas, sendo que esse processo estrutural foi
catalisado pela ação conjuntural de diversos fatores, tais
como o expansionismo muçulmano pelo Mediterrâneo e
as invasões dos normandos, húngaros e eslavos.
A sociedade feudal deve ser classificada como sendo
uma Sociedade Estamental, ou seja, uma sociedade na
qual seus membros estão hierarquizados em função do seu
“status” (posição na sociedade), sendo que o “status” de
cada um era fixado pelo fato de dever ou receber
determinadas obrigações. Uma das características
fundamentais de uma sociedade estamental é a de
apresentar reduzidos veículos de mobilidade social.
Notável exemplo desse fato é o de a Igreja haver
proibido o lucro e a usura e, em consequência disso, os
poucos comerciantes que existiam não eram cristãos, (na
maioria, eram judeus), pois assim não havia o peso da
interdição da Igreja em relação àquelas atividades.
História A
04. A relação entre o senhor e seus vassalos era de
dependência pessoal, ou seja, de homem a homem.
08. Nas atividades econômicas, a influência da Igreja
impôs princípios que condenavam a especulação e a
usura, bem como gerou a ideia de justo preço.
16. O dinamismo da economia feudal se fundamentava na
concepção de que o comércio era o único gerador de
riquezas.
Tarefa Mínima 
3. (ENEM 2009) A Idade Média é um extenso período da
História do Ocidente cuja memória é construída e
reconstruída
segundo as circunstâncias das épocas
posteriores. Assim, desde o Renascimento, esse período
vem sendo alvo de diversas interpretações que dizem mais
sobre o contexto histórico em que são produzidas do que
propriamente sobre o Medievo. Um exemplo acerca do
que está exposto no texto acima é:
a) a associação que Hitler estabeleceu entre o III Reich e o
Sacro Império Romano Germânico.
b) o retorno dos valores cristãos medievais, presentes nos
documentos do Concílio Vaticano II.
c) a luta dos negros sul-africanos contra o apartheid
inspirada por valores dos primeiros cristãos.
d) o fortalecimento político de Napoleão Bonaparte, que
se justificava na amplitude de poderes que tivera
Carlos Magno.
e) a tradição heroica da cavalaria medieval, que foi
afetada negativamente.
4. São características do período conhecido como Alta
Idade Média Europeia:
01. Surgimento dos Feudos.
02. Centralização política.
04. Início da ocupação da Península Ibérica pelos
muçulmanos.
08. Formação do sistema capitalista.
5. (UFSC) São características do período conhecido como
Exercícios de Sala 
1. O Feudalismo europeu apresentava características
particulares de acordo com a localidade. Apesar das
diferenças regionais, podemos afirmar que sua origem está
relacionada com
01. o renascimento das cidades.
02. o ressurgimento do comércio.
04. a ruralização da sociedade.
08. o fortalecimento do poder imperial.
16. a descentralização política.
2. Sobre a forma de pensar e de agir do homem da Europa
Ocidental durante o período medieval, é correto afirmar
que:
01. Deus ocupava o centro de todas as coisas,
condicionando pensamento e ação dos homens.
02. A história dos homens consistia numa marcha do povo
de Deus em direção a Ele, cabendo à Igreja o papel de
guia.
8
Alta Idade Média Europeia:
01. Surgimento dos Feudos.
02. Centralização política.
04. Início da ocupação da Península Ibérica pelos
muçulmanos.
08. Formação do sistema capitalista.
6. (UFBA) Em relação à organização social da Idade
Média, pode-se afirmar:
01. A utilização em grande escala da mão-de-obra
escrava, no Império Romano, modificou as condições
de trabalho dos camponeses, motivando a ampliação
das obrigações do Estado, em decorrência do
crescimento demográfico das áreas urbanas.
02. A pregação religiosa de Maomé atraiu
significativamente os árabes pobres, que a utilizaram
como motivação para uma guerra civil contra os
mercadores judeus da Arábia.
04. A estrutura agrícola da sociedade feudal fundamentouse na grande concentração de terras e no trabalho
servil.
Inclusão para a Vida
08. A atividade urbana, na sociedade feudal, resultava da
livre iniciativa dos banqueiros, artesãos e comerciantes
e era regulada por uma rígida divisão social, nas
relações de trabalho, definida pelo Estado.
16. A Igreja, no período medieval, tentou mostrar a
harmonia da sociedade, formulando o princípio das
"três ordens", segundo o qual todos eram iguais,
porque recebiam uma missão de Deus e a cumpriam de
forma fraterna.
UNIDADE 4
BAIXA IDADE MÉDIA
Chamamos de Baixa Idade Média o período que se
estende do século XII ao século XV. Durante essa fase, as
estruturas socioeconômicas da Europa Ocidental e Central
passaram por profundas mudanças. Tais transformações
foram consequência da união de dois elementos básicos: a
crise do Feudalismo e o reaquecimento das atividades
comerciais que, séculos depois, resultaram na caracterização
plena do Modo de Produção Capitalista.
De uma produção voltada para a auto-suficiência,
passamos a verificar uma produção cada vez mais voltada
para o mercado. As trocas monetárias começam a
substituir as trocas em espécie. Começam a surgir a
organização empresarial, o espírito de lucro e o
racionalismo econômico. Em suma, num linguajar técnico,
o Modo de Produção Feudal vai perdendo sua dominância
nas formações sociais europeias em favor dos modos de
produção pré-capitalistas.
Do século V ao século X, a Europa, convulsionada por
uma série de invasões, (germânicos, muçulmanos,
normandos, magiares e eslavos) viveu em permanente
estado de belicosidade. Essa realidade provocava uma
significativa elevação nos índices de mortalidade e, nessa
medida, funcionava como elemento importante do nãocrescimento demográfico significativo na Europa. Por
volta do ano 1000, as invasões cessaram e tendeu-se a
uma acomodação política e militar da Europa em torno da
vida dos feudos. Com isso, as taxas de mortalidade
diminuíram e, consequentemente, a população cresceu. O
aumento demográfico não era acompanhado pelo aumento
da produção. Em termos práticos: passou a ser difícil para
os feudos manterem a auto-suficiência de seus habitantes.
Por outro lado, a volta da paz fez com que fosse
restabelecida a segurança nas vias de comunicação e,
consequentemente, pudessem ser retomadas as trocas
inter-regionais na Europa.
Muitos servos eram expulsos dos Domínios ao
cometerem as menores infrações e um grande número de
vilões começou a deixar os feudos espontaneamente em
busca de melhores oportunidades, já que não dependiam
mais da proteção dos senhores feudais. Esses contingentes
populacionais tenderam a emigrar, provocando o
povoamento de novas áreas, principalmente no leste
Europeu.
Com a escassez se feudos, nobres saíam pela estrada
em busca de alguma oportunidade. A belicosidade era a
marca desse tempo de crise, sendo evidenciada, por
Pró Universidade
História A
exemplo, através da proliferação dos torneios de cavalaria,
torneios nos quais os senhores se enfrentavam em
verdadeiras batalhas campais que duravam vários dias.
Para conter a belicosidade da nobreza, a Igreja proclamou
a Paz de Deus, isto é, a proteção aos cultivadores da terra, aos
viajantes e às mulheres. Essa medida foi reforçada pela
Trégua de Deus, que limitava a noventa o número de dias do
ano em que se podia combater.
AS CRUZADAS
O nome “Cruzadas” é dado a um conjunto expedições
militares de cristãos do Ocidente que se dirigiram ao
Oriente com o objetivo de libertar o Santo Sepulcro das
mãos dos muçulmanos. Todavia, outros interesses também
estavam em jogo: expansão territorial e reabertura das
rotas comerciais do Mar Mediterrâneo.
O Papa Urbano II, ao receber do Imperador bizantino
Alexandre Clemont-Ferrand um pedido de ajuda militar
contra os muçulmanos, convocou, para 1095, o Concílio
de Clermont, no qual exortou os fiéis par uma guerra santa
contra o Islão.
Principais Cruzadas:
Em 1096, partiram oficialmente os cavaleiros da
Primeira Cruzada (1096-1099). Seus chefes foram
Roberto da Normandia, Godofredo de Bulhão, Balduíno
de Flandres, Roberto II de Flandres, Raimundo de Tolosa,
Boemundo de Tarento e Tancredo, este um chefe
normando do sul da Itália. Como se vê, era uma Cruzada
da nobreza, sem a participação de um rei sequer.
A Terceira Cruzada (1189-192) foi organizada em
consequência da conquista de Jerusalém pelo Sultão
Saladino, fato ocorrido em 1187. Essa expedição é
conhecida como “A Cruzada dos Reis”, pelo fato de ter
sido chefiada por Ricardo Coração de Leão (Rei da
Inglaterra), Felipe Augusto (Rei da França) e Frederico
Barba Ruiva (Imperador do Sacro Império). O Papa
Inocêncio III foi o grande pregador desta Cruzada.
A Quarta Cruzada (1202-1204), organizada por
Henrique VI, Imperador do Sacro Império, que contou
com o apoio de diversos nobres franceses, tais como
Bonifácio de Mont-Ferrat e Balduíno de Flandres. Após
desavenças com o imperador do Império Bizantino, os
cruzados tomaram Constantinopla, cujo governo foi
entregue a Balduíno de Flandres, tutelado pelos
venezianos. Satisfeitos com o saque de Constantinopla e
com o monopólio comercial para Veneza, os cruzados
abandonaram seus objetivos e voltaram para a Itália.
Em 1212 foi organizada a chamada Cruzada das
Crianças, que consistiu em um exército formado por jovens,
que teria o objetivo de retomar Jerusalém. Os cristãos
acreditavam que os jovens, inocentes e sem pecados,
conseguiriam, com a ajuda de Deus, vencer os muçulmanos.
Esse exército aportou em Alexandria e os jovens foram todos
aprisionados e vendidos como escravos.
Principais Consequências:
De um modo geral, a expansão europeia contribuiu
para dinamizar as relações comerciais entre o Oriente e o
Ocidente. Após séculos do bloqueio muçulmano, os
cruzados reabriram parcialmente o Mediterrâneo para o
comércio europeu.
9
Inclusão para a Vida
O desenvolvimento dessas atividades comerciais
mediterrâneas deu vida a vários portos do Ocidente, dentre os
quais destacaremos os seguintes: Gênova, Pisa, Nápoles,
Amalfi, Bari, Veneza e Marselha.
Através desse comércio as mercadorias do Oriente se
espalharam por todo o mundo ocidental. O contato estreito
com as civilizações bizantinas e muçulmanas despertou
nos cristãos do Ocidente um gosto mais apurado e um
maior refinamento no modo de vida. Esse fato fez com
que o mercado consumidor para produtos orientais se
visse ampliado. Os cristãos aprenderam também novas
técnicas de irrigação, de fabricação de tecidos e de
produção de aço. Outros elementos importantes foram as
práticas financeiras como a letra de câmbio, o cheque e a
contabilidade.
O renascimento das atividades comerciais provocou o
crescimentos das cidades, o desenvolvimento de uma
classe de comerciantes, a difusão do espírito de lucro e o
racionalismo econômico.
RENASCIMENTO ARTÍSTICO
CULTURAL E CIENTÍFICO
CARACTERÍSTICAS GERAIS
O Renascimento exprime, sobretudo, os novos valores e
ideais da burguesia, classe ascendente na transição para o
capitalismo.
Principais Características:
Antropocentrismo;
Racionalismo;
Individualismo;
Universalismo;
Humanismo.
FORAM FATORES DO RENASCIMENTO
O Renascimento Comercial e Urbano da Baixa Idade
Média, que alterou os valores da época feudal e favoreceu
um maior intercâmbio intelectual. O mecenato, isto é, a
proteção aos escritores e artistas, que muito estimulou o
movimento renascentista. Os primeiros mecenas
pertenciam à burguesia, mas houve também papas, reis e
príncipes que praticaram o mecenato. A burguesia fazia-o
como forma de investimento financeiro ou para adquirir
status; os governantes, porém, tornavam-se mecenas com o
objetivo de aumentar seu prestígio e, consequentemente,
legitimar o novo poder que estavam implantando: o
absolutismo.
A invenção da imprensa, que permitiu uma
maior divulgação das novas ideias.
PRINCIPAIS RENASCENTISTAS
Na Pintura: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael
e Ticiano, na Itália; El Greco, na Espanha.
Na Escultura: Michelangelo e Donatello, na Itália.
Na Literatura: Camões, em Portugal; Cervantes, na
Espanha; Rabelais e Montaigne, na França;
Shakespeare, na Inglaterra.
Na Astronomia: Copérnico, na Polônia; Kepler, na
Alemanha; Galileu, na Itália.
10
História A
Exercícios de Sala 
1. (UFSC) Os relatos sobre o período histórico conhecido
como Idade Média revelam a ocorrência de conflitos
bélicos, pestes e fome. Sabe-se, porém, que no mesmo
período houve desenvolvimento econômico e cultural.
Assinale a(s) proposição(ões) correta(s) nas suas
referências à cultura medieval.
01. O caráter religioso predominou nas artes medievais,
pois um dos seus objetivos era a glorificação de Deus.
02. Na literatura, além de Dante Alighieri, destacaram-se
os trovadores, responsáveis pela divulgação da poesia
popular e das canções de gesta.
04. O crescimento urbano e o comércio foram
responsáveis pela decadência intelectual verificada na
Idade Média, por dificultarem a criação de novas
universidades.
08. Entre os pensadores medievais, destacou-se Santo
Tomás de Aquino que, com a "Suma Teológica",
tentou resolver a controvérsia entre fé e razão.
16. Na arquitetura medieval predominaram dois estilos: o
românico e o gótico.
32. Durante a Idade Média, as línguas nacionais foram
denominadas "vulgares". O latim foi a língua falada
pelos eruditos.
2. (UFSC) Numa sexta-feira, 8 de agosto de 1998, dois
atentados aterrorizaram o mundo. Bombas explodiram nas
embaixadas dos Estados Unidos em Nairobi e Dar esSalaan, deixando 248 mortos. Os atentados foram
reivindicados pelo grupo "Exército de Libertação dos
Santuários Islâmicos".
Sobre o Islão e os grupos islâmicos fundamentalistas que
aterrorizam o ocidente, assinale a(s) proposição(ões)
verdadeira(s).
01. O Islão surgiu a partir das pregações de Maomé.
02. No "Alcorão", que segundo a tradição foi transmitido
a Maomé, estão as leis e ensinamentos da religião
islâmica.
04. Os fundamentalistas islâmicos pretendem um Estado
dirigido pelas leis do Alcorão.
08. Um número expressivo de fundamentalistas islâmicos
prega a guerra santa contra a sociedade ocidental,
principalmente contra os Estados Unidos.
Tarefa Mínima 
3. (UEPG) Sobre a sociedade feudal, assinale o que for
correto.
01. Os direitos de suserania e soberania eram igualmente
partilhados por toda a classe senhorial.
02. As monarquias feudais caracterizaram-se pela ruptura
dos laços feudo-vassálicos e a emergência de um poder
pessoal e supremo do soberano.
04. Em algumas regiões da Europa Medieval ocorreu uma
síntese equilibrada e espontânea entre elementos
romanos e germânicos.
08. Foi marcada pela predominância da vida urbana sobre
a rural.
16. Havia uma estreita relação entre laços de dependência
pessoal e uma hierarquia de direitos sobre a terra.
Inclusão para a Vida
4. Apesar de não terem alcançado seu objetivo reconquistar a Terra Santa -, as Cruzadas provocaram
amplas repercussões, porque
a) favoreceram a formação de vários reinos cristãos no
Oriente, o que permitiu maior estabilidade política à
região.
b) consolidaram o feudalismo, em virtude da unificação
dos vários reinos em torno de um objetivo comum.
c) facilitaram a superação das rivalidades nacionais graças
à influência que a Igreja então exercia.
d) uniram os esforços do mundo cristão europeu para
eliminar o domínio árabe na Península Ibérica.
e) estimularam as relações comerciais do Oriente com o
Ocidente, graças à abertura do Mediterrâneo a navios
europeus.
5. (UFSC 2005) “Vamos pôr de lado a circunstância de
um cidadão ter repugnância de outro; de quase nenhum
vizinho socorrer o outro; de os parentes, juntos,
pouquíssimas vezes ou jamais se visitarem, e quando
faziam visita um ao outro, ainda assim só o fazerem de
longe..” BOCCACCIO, G. O Decamerão. São Paulo:
Abril Cultural, 1981.
O trecho acima, extraído da obra de Boccaccio, descreve o
comportamento dos moradores de Florença, atingidos pela
Peste Negra em 1347. Sobre esse período, é CORRETO
afirmar que:
01. a Peste Negra, conhecida hoje como peste bubônica,
teve como elemento facilitador as péssimas condições
de higiene das cidades feudais.
02. a Peste Negra foi interpretada por muitos médicos e
leigos medievais como um casti-go divino.
04. embora as cidades tenham crescido a partir do século
XIV, o comércio não se tornou uma atividade
permanente.
08. nesse momento, o comércio na Europa encontrava-se
em desenvolvimento, tendo como principais pólos
cidades como Vene-za, Gênova e Pisa.
16. a grande circulação de diferentes moedas por ocasião
das feiras fez surgir um novo personagem responsável
por fazer a troca de moedas e emprestar dinheiro a
juros.
6. (UFSC 2009) Sobre o final da Idade Média, é
CORRETO afirmar que:
01. o desenvolvimento comercial e urbano foi um dos
motivos para o fortalecimento das estruturas feudais.
02. o poder centralizado nas mãos do Papa facilitou a
unidade monetária da Europa e, consequentemente, as
transações comerciais.
04. a Guerra dos Cem Anos foi um conflito entre
ingleses e franceses que contou com a participação de
Joana D’Arc. Afirmando-se enviada de Deus,
integrou-se ao exército francês, obtendo importantes
vitórias.
08. as monarquias nacionais da Espanha e de Portugal
estão entre as primeiras a se consolidarem na Europa.
16. a Guerra das Duas Rosas foi travada entre as famílias
de York e Lancaster pela sucessão do trono inglês, e
marcou o processo de expulsão dos muçulmanos.
Pró Universidade
História A
UNIDADE 5
IDADE MODERNA I
Reforma Protestante
A crise da mentalidade medieval, decorrente do
processo de renascimento comercial e urbano vivido pela
Europa desde a Baixa Idade Média, provocou a Reforma
religiosa do século XVI. O comportamento desregrado
dos clérigos, bispos e até pontífices, a venda de cargos
eclesiásticos e de indulgências desmoralizaram a Igreja
romana. Os monarcas, por sua vez, viam no poderio
eclesiástico um obstáculo à centralização total do poder
em suas mãos. Finalmente, a condenação da prática da
usura e da obtenção do lucro colocou a burguesia européia
em oposição à Igreja.
Apesar de John Wyclif e John Huss terem proposto
algumas mudanças à ordem clerical, o rompimento da
unidade cristã foi inevitável dando origem ao
protestantismo.
O movimento reformista teve início em 1517, quando
o religioso alemão Martinho Lutero publicou suas 95
teses contra a Igreja Católica. A doutrina luterana
propunha a simplificação do culto e pregava a
predestinação, afirmando que somente a fé é capaz de
levar o homem a salvação.
O francês João Calvino ligou-se ao luteranismo em
1534, aprofundou a doutrina luterana, reafirmando a idéia,
da predestinação e apontando que pelo sucesso
econômico sabe-se quem está destinado à salvação eterna.
O calvinismo foi rapidamente assimilado pela burguesia
por mostrar-se uma doutrina condizente com seus
interesses.
Em território inglês, foi o réu Henrique VIII que
rompeu com o papa, publicando o Ato de Supremacia, que
o tornava chefe da Igreja na Inglaterra, chamada de Igreja
Anglicana, consolidada apenas no governo de sua filha,
Elizabeth I.
A reforma espalhou-se pela Europa e despertou a
reação dos católicos, que deram inicio a ContraReforma. A criação da Companhia de Jesus, a realização
do Concílio de Trento, o fortalecimento da Inquisição e
a elaboração do Índex constituíram os principais feitos da
Igreja romana para combater os protestantes, o que
resultou simultaneamente em medidas reformuladoras da
Igreja Católica.
Absolutismo e Mercantilismo
O Estado absolutista correspondeu a forma política
predominante na Europa do Antigo Regime. Representou
a última etapa da superação da política medieval, ou seja,
da descentralização política típica do feudalismo. Os
governos absolutistas assimilaram a concentração total
de poderes na pessoa do rei, cujos interesses eram vistos
como sendo da nação como um todo.
Os principais pensadores do poder absoluto foram:
Nicolau Maquiavel (1469-1527) - em suas obras O
Príncipe e Discursos sobre a primeira década de Tito
Lívio, fundamentava a necessidade de um Estado
Nacional forte e independente da Igreja e encarnado na
pessoa do chefe do governo (o “príncipe”) para a
11
Inclusão para a Vida
aplicação da razão do Estado, fortalecimento da nação e o
benefício coletivo, considerando válidos todos os meios
utilizados para o alcance desses objetivos.
Jean Bodin (1530-1595) - em Da República,
argumentava que a soberania do Estado, personificada no
rei, tinha origem divina, não havendo impedimento à
autoridade real.
Bossuet (1627-1704) - Política Tirada da Sagrada
Escritura reforçou a doutrina do direito divino, que
legitima qualquer governo, justo e injusto.
Thomas Hobbes (1588-1679) - no Leviatã (1651),
abandonou a ideologia religiosa para justificar o
absolutismo.
Na França, a expressão maior do absolutismo
monárquico foi Luís XIV, da dinastia dos Bourbons, o
chamado “Rei Sol”. Com ele efetivou-se um governo
fundado na Teoria do Direito Divino dos reis, formulada
por Bossuet.
Já na Inglaterra, o movimento áureo do absolutismo
coube aos Stuart, especialmente aos governos de Jaime I e
Carlos I. Nesse período, o peso relativo do Parlamente
(conquistado com a Magna Carta) foi muitíssimo
reduzido. Verificam-se, porém, intensos conflitos entre os
reis e o Parlamente, que redundaram numa guerra civil
entre realistas e parlamentaristas. A vitória coube aos
parlamentaristas que, sob a liderança de Oliver
Cromwell, executaram o rei e instalaram a República.
O governo de Cromwell sustentou-se, principalmente,
na força militar, já que, pouco depois de derrotar os
realistas, estabeleceu uma ditadura pessoal. Após sua
morte, porém, Exército e Parlamento uniram-se e
restauraram a monarquia Stuart.
Carlos II tentou retornar a centralização política, mas
não obteve sucesso: em 1688, a chamada Revolução
Gloriosa sepultou definitivamente o absolutismo na
Inglaterra. Ao assumir a coroa inglesa, Guilherme III teve
de jurar a Declaração de Direitos, na qual se estabelecia a
supremacia parlamentar no governo inglês.
Outras nações européias tiveram governos de caráter
absolutistas, confirmando ser esse regime político uma
marca da Idade Moderno do capitalismo comercial.
Na época moderna, os Estados absolutistas europeus
adotaram uma política econômica cujo objetivo principal
era fortalecê-los através do entesouramento. Tal política
foi chamada de mercantilismo e pressupunha a
intervenção do Estado nos assuntos econômicos. A
política mercantilista fundamentava-se principalmente no
metalismo, na balança comercial favorável e no
protecionismo.
O metalismo era identificado com a quantidade de
metais preciosos que a nação pudesse acumular. As vias
de acesso a esse metal podiam ser a exploração de jazidas
ou um comércio superavitário, isto é, com o valor das
exportações superando o das importações.
Para garantir uma balança comercial favorável, os
governos absolutistas europeus adotaram o protecionismo
tarifário e o fomento à produção interna.
Em meio aos objetivos de enriquecimento dos Estados,
segundo a política mercantilista, desenvolveu-se o
colonialismo, pelo qual as colônias consumiriam os
produtos europeus e forneceriam gêneros de alta
12
História A
lucratividade. Foi, portanto, sob o mercantilismo europeu
que se inseriu a colonização da América.
Exercícios de Sala 
1. (ENEM 2012)
Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por
um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma
determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge
apresentada demonstra:
a) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum,
sem os adornos próprios à vestimenta real.
b) a unidade entre o público e o privado, pois a figura do
rei com a vestimenta real representa o público e sem a
vestimenta real, o privado.
c) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao
conhecimento do público a figura de um rei
despretensioso e distante do poder político.
d) o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a
elegância dos trajes reais em relação aos de outros
membros da corte.
e) a importância da vestimenta para a constituição
simbólica do rei, pois o corpo político adornado
esconde os defeitos do corpo pessoal.
Tarefa Mínima 
2. (ENEM 2012) Que é ilegal a faculdade que se atribui à
autoridade real para suspender as leis ou seu
cumprimento. Que é ilegal toda cobrança de impostos para
a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pretexto de
prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos
designados por ele próprio. Que é indispensável convocar
com frequência os Parlamentos para satisfazer os agravos,
assim como para corrigir, afirmar e conservar leis. No
documento de 1689, identifica-se uma particularidade da
Inglaterra diante dos demais Estados europeus na Época
Moderna. A peculiaridade inglesa e o regime político que
predominavam na Europa continental estão indicados,
respectivamente, em:
a) Redução da influência do papa – Teocracia.
b) Limitação do poder do soberano – Absolutismo.
c) Ampliação da dominação da nobreza – República.
d) Expansão da força do presidente – Parlamentarismo.
e) Restrição da competência do congresso –
Presidencialismo.
Inclusão para a Vida
3. Sobre as características do Absolutismo na Idade
Moderna é correto afirmar que
01. foi um tipo de regime republicano e democrático.
02. procurou legitimar-se no "Direito Divino dos Reis".
04. foi a expressão do poder político descentralizado.
08. implementou o Estado burocrático e nacional.
16. baseou-se no poder autocrático do soberano.
História A
Uma Balança Comercial altamente favorável e a
abundância dos metais preciosos eram os indícios da
prosperidade. Essa hegemonia marítimo-comercial da
Inglaterra conferia-lhe uma condição singular em termos
de acumulação de capital. Por exemplo, a essa hegemonia
a Inglaterra deve o fato de haver podido assinar com
Portugal, em 1703, o Tratado de Methuen, em função do
qual uma grande parte do ouro explorado no Brasil, no
século XVIII, foi acabar nos cofres ingleses.
4. Jacques Bossuet utilizou argumentos extraídos da
Bíblia para justificar o poder absoluto e de direito divino
da realeza, com o lema: "Um rei, uma lei, uma fé". São
características do absolutismo na França:
01. A concentração dos mecanismos de governo nas mãos
do rei.
02. A identificação entre Nação e Coroa.
04. A influência do racionalismo iluminista como
justificativa do poder absoluto e do "direito divino".
08. A criação de exército nacional permanente.
16. A ampla liberdade de expressão e de fé.
5. Principalmente a partir do século XVI vários autores
passam a desenvolver teorias, justificando o poder real.
São os legistas que, através de doutrinas leigas ou
religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é
Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do
governante é manter o poder e a segurança do país que
governa. Para isso deve usar de todos os meios
disponíveis, pois que "os fins justificam os meios."
Professou suas ideias na famosa obra:
a) "Leviatã".
b) "Do Direito da Paz e da Guerra".
c) "República".
d) "O Príncipe".
e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras".
UNIDADE 6
IDADE MODERNA II
Revolução Industrial
FATORES
A Revolução Industrial é um processo histórico de
radical transformação econômica e social, através do qual
o modo de produção capitalista assumiu a dominância de
certas formações sociais.
Para o desencadeamento da Revolução Industrial,
certas pré-condições tiveram de ser preenchidas:
A substituição do processo artesanal de produção
pelo processo mecânico exige a realização de um
significativo investimento e uma considerável
imobilização inicial de capital. Logo, é necessária a
preexistência desse capital acumulado.
A Revolução Industrial demanda um crescente
consumo de mão de obra urbana. Neste sentido, a
existência de abundante disponibilidade de mão de obra é
condição fundamental para a ocorrência do próprio
processo.
Pró Universidade
ASPECTOS TECNOLÓGICOS
O aparecimento das máquinas não significa apenas um
progresso técnico, através do qual se verificou um aumento
da produtividade, mas também uma substituição do tipo de
equipamento que era utilizado até então, ou seja, as
ferramentas, e uma liberação da mão de obra.
ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS
A Burguesia Capitalista, que é a classe dos
proprietários dos meios de produção.
O Proletariado, que é a classe que reúne os
trabalhadores diretos, cuja única propriedade é a sua força
de trabalho, vendida à Burguesia Capitalista em troca de
um salário.
Iluminismo
O movimento cultural chamado iluminismo
corresponde, no plano ideológico, à crítica do Antigo
Regime europeu. As idéias básicas desse pensamento
eram o racionalismo e o progressismo.
O iluminismo é descendente direto do acentuado
desenvolvimento filosófico e científico do século XVII.
Isaac Newton e René Descartes apresentam-se como os
principais nomes em que os iluministas foram buscar
inspiração.
A ideologia iluminista tornou-se conhecida sobretudo
na filosofia. Os principais representantes do pensamento
ilustrado foram Locke, Montesquieu, Voltaire e
Rousseau. Todos eles teciam críticas violentas ao
absolutismo, ao poder da Igreja, à forma de organização
da sociedade européia.
No plano do pensamento econômico, durante o Século
das Luzes (século XVIII) desenvolveu-se a fisiocracia,
que defendia a não interferência do Estados nos assuntos
econômicos das nações. Tal doutrina econômica negava o
ideário mercantilista, defendendo que a riqueza das nações
residia na agricultura, a verdadeira atividade produtiva.
Seu lema laissez-faire, laissez-passer (“deixai fazer,
deixai passar”) foi, posteriormente retomado por Adam
Smith, o pai do liberalismo econômico.
Os conhecimentos acumulados a partir das
formulações iluministas foram sistematizados na obra
Enciclopédia, cujos maiores incentivadores foram Diderot
e D`Alembert.
Convencidos e envolvidos pelo alcance das idéias
iluministas, governantes absolutistas incorporaram
algumas de suas propostas, visando à manutenção de seu
poder absoluto. Receberam, por isso, a denominação de
déspotas esclarecidos e realizaram reformas em seus
Estados partindo, fundamentalmente, do racionalismo
ilustrado. Tal medida, porém, não foi suficiente para
garantir a sobrevivência do Antigo Regime na Europa.
13
Inclusão para a Vida
História A
Independência dos EUA
2. (ENEM 2009) A prosperidade induzida pela
A luta pela independência das Treze Colônias inglesas
da América do Norte inseriu-se no quadro de Crise do
Antigo Regime. Os idéias iluministas penetraram na
mentalidade colonial, visando fundamentalmente a
remoção dos entraves comerciais entre América e Europa.
As colônias inglesas do norte do continente americano
tiveram uma colonização mais voltada para o
povoamento do que para a exploração. Nesse sentido, sua
produção destinava-se primordialmente ao mercado
interno, sendo realizada em pequenas propriedades, por
trabalhadores livres. Com isso, essas colônias
conseguiram um desenvolvimento considerável, que as
vez aspirar por mais liberdade de comércio com a Europa.
A Guerra dos Sete Anos, entre França e Inglaterra,
veio aumentar as tensões entre a metrópole e as colônias.
Apesar de ter vencido o conflito, a Inglaterra tentou
reequilibrar suas finanças adotando uma política tarifária
sobre suas colônias do norte da América.
Além disso, a necessidade de mercados consumidores
de produtos industrializados e fornecedores de matériasprimas fez o governo inglês intensificar o controle sobre o
comércio de suas colônias.
O conjunto de medidas adotadas pelos ingleses em
relação a suas colônias norte-americanas causou violentas
manifestações por parte dos colonos. Tais manifestações
culminaram, em 1776, com a Declaração da
Independência das Treze Colônias, que passaram para o
comando do General GeorgeWashington. Na declaração
aparecem nitidamente os princípios da filosofia iluminista.
A luta pela libertação das colônias inglesas, porém,
seguiu até 1783, quando, com a ajuda da França e da
Espanha, fez-se vitoriosa. Em 1783, a Inglaterra
reconheceu a independência dos Estados Unidos da
América. Após a independência foi elaborada a
Constituição dos Estados Unidos, que estabeleceu o
regime
republicano,
combinando
propostas
presidencialistas e federalistas.
emergência das máquinas de tear escondia uma acentuada
perda de prestígio. Foi nessa idade de ouro que os
artesãos, ou os tecelões temporários, passaram a ser
denominados, de modo genérico, tecelões de teares
manuais. Exceto em alguns ramos especializados, os
velhos artesãos foram colocados lado a lado com novos
imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros-tecelões
abandonaram suas pequenas propriedades para se
concentrar na atividade de tecer. Reduzidos à completa
dependência dos teares mecanizados ou dos fornecedores
de matéria-prima, os tecelões ficaram expostos a
sucessivas reduções dos rendimentos. Com a mudança
tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a
forma de trabalhar alterou-se porque:
a) a invenção do tear propiciou o surgimento de novas
relações sociais.
b) os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os
inexperientes.
c) os novos teares exigiam treinamento especializado para
serem operados.
d) os artesãos, no período anterior, combinavam a
tecelagem com o cultivo de subsistência.
e) os trabalhadores não especializados se apropriaram dos
lugares dos antigos artesãos nas fábricas.
Tarefa Mínima 
3. (ENEM 2012)
Exercícios de Sala 
1. Entre os efeitos da Revolução Industrial ocorrida em
meados do século XVIII, pode-se incluir:
01. A afirmação do Estado liberal-burguês, triunfante
sobre o Antigo Regime.
02. A divisão técnica do trabalho, permitindo celeridade
no processo produtivo.
04. A configuração da dicotomia básica das sociedades
capitalistas: burguesia e proletariado.
08. O acirramento da luta de classes, com eclosão de
movimentos contestatórios à ordem burguêscapitalista.
16. A consolidação da concepção metalista, estimulando a
procura e a posse de metais preciosos como fator de
riqueza.
32. O incentivo ao protecionismo estatal, visando alcançar
um superávit comercial necessário à proteção da
indústria nascente.
64. A acumulação de capitais na esfera da produção de
mercadorias e consequente hegemonia política e social
da burguesia.
14
Na imagem do início do século XX, identifica-se um
modelo produtivo cuja forma de organização fabril
baseava-se na:
a) autonomia do produtor direto.
b) adoção da divisão sexual do trabalho.
c) exploração do trabalho repetitivo.
d) utilização de empregados qualificados.
e) incentivo à criatividade dos funcionários.
4. A era da industrialização na Europa foi acompanhada
por transformações no processo de trabalho, entre as quais
podemos citar:
01. Passagem do sistema doméstico ao sistema fabril de
produção.
02. Concentração de trabalhadores em unidades fabris,
desenvolvendo a divisão social do trabalho e a
especialização em determinados ramos de produção.
Inclusão para a Vida
04. Manutenção da estrutura corporativa de trabalho,
organizando os trabalhadores em corporações de
ofícios.
08. Promoção de um novo modelo de trabalho, pronto a
aceitar a disciplina do trabalho fabril e constituindo
mão de obra assalariada.
16. Utilização frequente de mão de obra feminina e
infantil, submetida ao mesmo regime de trabalho,
durante longas jornadas.
5. (ENEM 2012) É verdade que nas democracias o povo
parece fazer o que quer; mas a liberdade política não
consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o
que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o
direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um
cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria
mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder
- MONTESQUIEU. A característica de democracia
ressaltada por Montesquieu diz respeito:
a) ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar
as decisões por si mesmo.
b) ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à
conformidade às leis.
c) à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse
caso, livre da submissão às leis.
d) ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é
proibido, desde que ciente das consequências.
e) ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo
com seus valores pessoais.
6. Sobre a inovação tecnológica no sistema fabril na
Inglaterra do século XVIII, é correto afirmar que ela
a) foi adotada não somente para promover maior eficácia
da produção, como também para realizar a dominação
capitalista, na medida que as máquinas submeteram os
trabalhadores a formas autoritárias de disciplina e a
uma determinada hierarquia.
b) ocorreu graças ao investimento em pesquisa
tecnológica de ponta, feito pelos industriais que
participaram da Revolução Industrial.
c) nasceu do apoio dado pelo Estado à pesquisa nas
universidades.
d) deu-se dentro das fábricas, cujos proprietários
estimulavam os operários a desenvolver novas
tecnologias.
e) foi única e exclusivamente o produto da genialidade de
algumas gerações de inventores, tendo sido adotada
pelos industriais que estavam interessados em
aumentar a produção e, por conseguinte, os lucros.
7. A Revolução Industrial Inglesa só foi possível pelo
processo histórico de acumulação primitiva criador tanto
do CAPITAL quanto do TRABALHO. A liberação da
mão de obra e formação do proletariado ocorreu com:
a) Os cercamentos dos campos e a expulsão dos
camponeses das terras comuns.
b) O intenso cultivo de algodão nos campos ingleses.
c) O processo de reforma agrária na Inglaterra.
d) O intenso processo de imigração de trabalhadores de
outras nações europeias para as indústrias inglesas.
e) A produção agrícola organizada em técnicas feudais.
Pró Universidade
História A
8. Dentre as consequências sociais forjadas pela
Revolução Industrial, pode-se mencionar
a) o desenvolvimento de uma camada social de
trabalhadores, que destituídos dos meios de produção,
passaram a sobreviver apenas da venda de sua força de
trabalho.
b) a melhoria das condições de habitação e sobrevivência
para o operariado, proporcionada pelo surto de
desenvolvimento econômico.
c) a ascensão social dos artesãos que reuniram seus
capitais e suas ferramentas em oficinas ou domicílios
rurais dispersos, aumentando os núcleos domésticos de
produção.
d) a criação do Banco da Inglaterra, com o objetivo de
financiar a monarquia e ser também, uma instituição
geradora de empregos.
e) o desenvolvimento de indústrias petroquímicas
favorecendo a organização do mercado de trabalho, de
maneira a assegurar emprego a todos os assalariados.
9. A Constituição da França de 1791, a partir dos
princípios preconizados por Montesquieu, consagrou,
como fundamento do novo regime,
a) a subordinação do Judiciário ao Legislativo, que passou
a exercer um poder fiscalizador sobre os tribunais.
b) a identificação da figura do monarca, com a do Estado,
que a partir desse momento se tornou inviolável.
c) a supremacia do Poder Legislativo, deixando de ser o
rei investido de poder moderador.
d) o poder de veto monárquico, que se restringiu a
assuntos fiscais, limitando, assim, a soberania popular.
e) a separação dos poderes até então concentrados,
teoricamente, na pessoa do soberano.
UNIDADE 7
REVOLUÇÃO FRANCESA – 1789-1799
No século XVIII, a burguesia francesa desenvolveu-se
extraordinariamente por meio das atividades comerciais e
industriais. Suas ambições políticas e sociais, porém,
opunham-se às das camadas privilegiadas da sociedade
francesa, nomeadamente a nobreza e a cortesã, e o alto
clero. Entretanto, uma violenta crise econômica, seguida
da discussão sobre a tributação – alguns desejavam que se
entendesse ao clero e à nobreza - , precitou a convocação
dos Estados Gerais (o parlamento francês), onde estavam
representados os três Estados da sociedade francesa. A
reunião dos Estados Gerais iniciou-se em 5 de maio de
1789, mas as divergências do Terceiro Estado (burguesia e
camadas populares), provocaram a criação da Assembléia
Nacional, que se propôs a elaborar uma Constituição para
a França.
A exaltação popular atingiu o clímax em 14 de julho,
quando a população de Paris tomou a Bastilha – uma
prisão do Estado – em busca de armas que lhe
permitissem lutar contra as tropas reais.
Temendo por sua segurança, muitos nobres e clérigos
abandonaram a França. No estrangeiro, articularam o
apoio de países, absolutistas europeus (Áustria, Prússia,
Holanda, Espanha e Inglaterra), para pôr fim à revolução.
15
Inclusão para a Vida
Luís XVI tentou fugir da França e obter ajuda absolutista,
mas foi preso e deposto do trono francês.
Em meio à crise, uma nova assembléia, designada
Convenção Nacional, passou a dirigir a política francesa.
Na convenção, dois grupos rivalizaram-se:
os girodinos, representantes da burguesia, que se
sentavam à direita;
os montanheses ou jacobinos, representantes das
camadas populares de tendências radical, que se sentavam
à esquerda.
Inicialmente, os girondinos dominaram as decisões da
Convenção, mas perderam o controle da situação quando
executaram Luís XVI. Os jacobinos assumiram o poder da
França, vencendo as tropas estrangeiras invasoras, e
controlando
os
movimentos
anti-revolucionários.
Instalaram milhares de pessoas à morte, constituindo o
período mais radical da Revolução Francesa.
As divergências internas dos próprios jacobinos – entre
moderados e radicais – favoreceram a reação burguesa
que, em 1794, retomou o poder na Convenção, depois de
executar Robespierre. Uma nova Constituição foi
promulgada e estabeleceu-se o Diretório: a França
passava a ser governada por cinco diretores.
A instabilidade, entretanto, permaneceu, representada por
várias tentativas de golpe. Esse clima possibilitou a
instalação de um governo forte, através de um golpe de
Estado. O Golpe do 18 brumário pôs fim ao governo do
Diretório e à Revolução Francesa, iniciando o governo de
Napoleão Bonaparte.
Ao período do Diretório, seguiu-se, na França, o Consulado,
com Napoleão Bonaparte. O poder era exercido quase
exclusivamente por Napoleão, um militar que fora chamado
pelas classes dominantes para pôr fim à desorganização
reinando na vida política da França. O consulado foi
primeiramente triplo e, depois, uno, com Bonaparte
ampliando gradativamente seu domínio sobre a política
francesa, culminando na criação do império, em 1804.
Para resolver a crise econômica que assolava o país,
Napoleão criou o Banco da França e uma nova moeda, o
franco, além de intensificar inúmeras obras públicas e
estimular a industrialização. Em 1804, foi publicado o
Código Napoleônico, um código de leis que procurava
dar amparo legal à ideologia liberal revolucionária.
Napoleão também promoveu uma profunda reforma
educacional.
Na política externa, encontrou na Inglaterra a principal
rival, decretando, em 1806, o Bloqueio Continental, que
proibia os países europeus de comercializarem com os
ingleses e submetia as nações que resistissem às suas
determinações a duras represálias. Foi o que aconteceu
com a Rússia, que, em difícil situação econômica, decidiu
reabrir seus portos ao comércio inglês. Napoleão invadiua, mas foi derrotado, pois dificuldades de toda a ordem
permitiram que os russos vencessem o exército
napoleônico.
Pouco depois da fracassada campanha na Rússia,
Napoleão foi também derrotado na batalha das Nações,
preso e exilado na ilha de Elba, no Mediterrâneo. À queda
de Napoleão segui-se o restabelecimento do governo
Bourbon, na figura de Luís XVIII, que, no entanto, acabou
derrubado pelo retorno vitorioso de Bonaparte em 1815.
O último governo de Napoleão – os 100 Dias de 1815 –
terminou na batalha de Waterloo, quando o corso foi preso
16
História A
e, em seguida exilado na Ilha de Santa Helena, no
Atlântico Sul, onde morreu em 1821.
Após a vitória sobre Napoleão, as várias nações coligadas
reuniram-se na Áustria e determinaram o restabelecimento
da ordem sociopolítica anterior à Revolução Francesa. O
Congresso de Viena fundou-se nos princípios da
legitimidade e do equilíbrio europeu, inaugurando uma
fase reacionária da política, apoiada na Santa Aliança,
uma associação militar de vários países, com a finalidade
de combater os principais revolucionários. Entretanto, a
estrutura do Antigo Regime era totalmente incompatível
com as transformações dinamizadas pela Revolução
Industrial européia, que foram, pouco a pouco, minando as
realizações reacionárias do Congresso de Viena.
Exercícios de Sala 
1. (UFSC 2005) “Socialmente, os sans-culottes
representam citadinos que vivem de seu trabalho, seja
como artesãos, seja como profissionais de ofício; alguns,
depois de uma vida laboriosa, se tornam pequenos
proprietários na cidade, e usufruem as rendas de um
imóvel.
Portanto, os sans-culottes não devem ser
confundidos com o indigente que eles querem
socorrer”.PÉRONNET, Michel. A revolução Francesa
em 50 palavras-chave. São Paulo: Brasiliense, 1988, p.
248-249.
Sobre a Revolução Francesa no século XVIII e os sansculottes, é CORRETO afirmar que:
01. os sans-culottes, com sua ideologia socialista,
formaram a base do primeiro partido comunista
organizado na França durante os anos da revolução.
02. apenas o terceiro estado pagava os impostos, já que o
clero e a nobreza tinham isenção tributária, mas eram
eles que usufruíam os tesouros reais, através das
pensões vitalícias e dos cargos políticos.
04. a sociedade francesa na segunda metade do século
XVIII era uma sociedade dividida em: o clero e a
nobreza, compondo o primeiro e o segundo estados,
que exploravam e oprimiam o terceiro estado,
formado por uma composição muito heterogênea:
burgueses, camponeses e sans-culottes.
08. os sans-culottes, do ponto de vista material, ganharam
muito pouco com a Revolução Francesa. Mas
politicamente deixaram a sua marca na tradição da
ação popular, inspirando os sonhos revolucionários
durante o século XIX.
16. uma das principais reivindicações do tercei-ro estado
era a abolição dos privilégios de nascimento e a
instauração da igualdade civil.
2. A Revolução Francesa representou um marco da
história ocidental pelo caráter de ruptura em relação ao
Antigo Regime. Dentre as características da crise do
Antigo Regime, na França, não podemos incluir:
01. A crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado
pela burguesia contra os privilégios do clero e da
nobreza.
02. O desequilíbrio econômico da França, decorrente da
Revolução Industrial.
Inclusão para a Vida
04. A retomada da expansão comercial francesa, liderada
por Colbert.
08. O apoio da monarquia às sucessivas rebeliões
camponesas contrárias à nobreza.
16. O fortalecimento da monarquia dos Bourbons, após a
participação vitoriosa na guerra de independência dos
E.U.A.
3. A "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão",
da Revolução Francesa, traz o seguinte princípio: "Os
homens nascem e se conservam livres e iguais em direitos.
As distinções sociais só podem ter por fundamento o
proveito comum". Tal princípio não é decorrente:
01. Da incorporação das reivindicações da classe média
por maior participação na vida política.
02. Do reconhecimento da necessidade de assegurar os
direitos dos vencidos, sem distinção de classes.
04. Da incorporação dos camponeses à comunidade dos
cidadãos com direitos sociais e políticos reconhecidos
na lei.
08. Da crença popular na perspectiva liberal burguesa de
que a Revolução fora feita por todos e em benefício de
todos.
16. Da determinação burguesa de levar avante um
processo revolucionário de distribuição da propriedade
privada.
Tarefa Mínima 
4. Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a
Revolução Francesa, que:
a) Teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida e
apropriada por uma só classe social, a burguesia, única
beneficiária da nova ordem.
b) Fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não
conseguiu impedir o retorno das forças sóciopolíticas
do Antigo Regime.
c) Nela coexistiram três revoluções sociais distintas: uma
revolução burguesa, uma camponesa e uma popular
urbana, a dos chamados “sans-culottes”.
d) Foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, ao
garantir as pequenas propriedades aos camponeses,
atrasou, em mais de um século, o progresso econômico
da França.
e) Abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tanto
do ponto de vista da riqueza, quanto do ponto de vista
político, impediu que a burguesia a concluísse.
5. Na Revolução Francesa, foi uma das principais
reivindicações do Terceiro Estado:
a) A manutenção da divisão da sociedade em classes
rigidamente definidas.
b) A concessão de poderes políticos para a nobreza,
preservando a riqueza dessa classe social.
c) A abolição dos privilégios da nobreza e instauração da
igualdade civil.
d) A união de poderes entre Igreja e Estado, com
fortalecimento do clero.
e) O impedimento do acesso dos burgueses às funções
políticas do Estado.
Pró Universidade
História A
UNIDADE 8
IDADE CONTEMPORÂNEA: PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL
Imperialismo; o novo colonialismo partilha
África e Ásia
A colonização portuguesa e espanhola do século XVI
havia se limitado à América. Com raras exceções, as terras
africanas e asiáticas não foram ocupadas. Ali, os europeus
limitaram-se ao comércio, principalmente o de
especiarias. Por isso, no século XIX, havia grandes
extensões de terras desconhecidas nos dois continentes.
Começou então nova corrida colonial de outras potências
europeias, sobretudo as que haviam passado por uma
transformação industrial, como Inglaterra, Bélgica,
França, Alemanha e Itália.
Os motivos do neocolonialismo
No século XVI, o objetivo colonialista era encontrar
metais preciosos e mercados abastecedores de produtos
tropicais e consumidores de manufaturas europeias.
Todavia, os motivos que geraram o renascimento
colonialista do século XIX são mais. Havia, sobretudo,
interesses econômicos; mas a eles se juntaram outros,
sociais, políticos e até religiosos e culturais.
Nessa época, vários países europeus passavam pela
Revolução Industrial. Precisavam encontrar fontes de
matéria-prima (carvão, ferro, petróleo) e de produtos
alimentícios que faltavam em suas terras. Também
precisavam de mercados consumidores para seus
excedentes industriais, além de novas regiões para investir
os capitais disponíveis construindo ferrovias ou
explorando minas, por exemplo.
Tal mecanismo era indispensável para aliviar a Europa
dos capitais excedentes. Se eles fossem investidos na
Europa, agravariam a Grande Depressão e intensificariam
a tendência dos países europeus industrializados de adotar
medidas protecionistas, fechando seus mercados e
tornando a situação ainda mais difícil. Some-se a tudo isso
o crescimento acelerado da população europeia,
necessitada de novas terras para estabelecer-se.
No plano político, cada Estado europeu estava
preocupado em aumentar seus contingentes militares, para
fortalecer sua posição entre as demais potências.
Possuindo colônias, disporiam de mais recursos e mais
homens para seus exércitos. Tal era a política de prestígio,
característica da França, que buscava compensar as perdas
na Europa, especialmente a Alsácia-Lorena, para os
alemães. Ter colônias significava ter portos de escala e
abastecimento de carvão para os navios mercantes e
militares distribuídos pelo planeta.
Os missionários religiosos desejavam converter
africanos e asiáticos. Havia gente que considerava um
dever dos europeus difundir sua civilização entre povos
que julgavam primitivos e atrasados. Tratava-se mais de
um pretexto para justificar a colonização. É importante
notar o desenvolvimento de ideologias racistas que,
partindo das teorias de Darwin, afirmavam a superioridade
da raça branca.
17
Inclusão para a Vida
A Europa ocupa tudo
Em 1914, 60% das terras e 65% da população do
mundo dependiam da Europa. Suas potências tinham
anexado 90% da África, 99% da Oceania e 56% da Ásia.
A partilha
Os continentes asiático e africano não foram
partilhados de forma igual entre as principais nações
europeias. Enquanto países como França e Inglaterra
conquistaram muitas áreas de influências, Itália e
Alemanha, que na segunda metade do século XIX
enfrentavam seus processos de unificação, foram menos
privilegiadas. Essa “distribuição irregular” gerou diversos
conflitos entre as nações. Assim foram construídos os
alicerces da Primeira Guerra Mundial.
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL – 1914 - 1918
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito militar (19141918), iniciado por um confronto regional entre o Império
Austro-Húngaro e a Sérvia, em 28 de julho de 1914.
A causa imediata do início das hostilidades entre a
Áustria-Hungria e a Sérvia foi o assassinato do arquiduque
Francisco Fernando de Habsburgo, herdeiro do trono austrohúngaro, cometido, em Sarajevo no dia 28 de junho de 1914,
por um nacionalista sérvio. Entretanto, os verdadeiros
fatores determinantes do conflito foram: o espírito
nacionalista que crescia por toda a Europa durante o século
XIX e princípios do XX e a rivalidade econômica e política
entre as diferentes nações, o processo de militarização e a
corrida armamentista que caracterizaram a sociedade
internacional dos últimos anos do século XIX, raiz da
criação de dois sistemas de alianças que se diziam
defensivas: a Tríplice Aliança e a Tríplice Entente. A
primeira nasceu do pacto firmado entre a Alemanha,
Áustria-Hungria e Itália contra a ameaça de ataque da
França. A Tríplice Entente era a aliança entre a GrãBretanha, França e Rússia para contrabalançar a Tríplice
Aliança.
1914-1915: A GUERRA DE MOVIMENTO
As operações militares na Europa se desenvolveram
em três frentes: a ocidental ou franco-belga, a oriental ou
russa e a meridional ou sérvia.
1915-1917 – GUERRA DE TRINCHEIRAS
1917: ENTRADA DOS ESTADOS UNIDOS E O
ARMISTÍCIO COM A RÚSSIA
A política de neutralidade americana mudou quando a
Alemanha anunciou, em janeiro de 1917, que a partir de
fevereiro recorreria à guerra submarina.
Várias nações latino-americanas, entre elas o Peru, o
Brasil e a Bolívia apoiariam essa ação. O afundamento de
alguns navios levou o Brasil, em 26 de outubro de 1917, a
participar da guerra, enviando uma divisão naval em apoio
aos aliados. Aviadores brasileiros participaram do
patrulhamento do Atlântico, navios do Lóide Brasileiro
transportaram tropas americanas para a Europa e, para a
França, foi enviada uma missão médica.
Representantes da Rússia, Áustria e Alemanha
assinaram o armistício em 15 de dezembro, cessando
assim a luta na frente oriental.
18
História A
1918: ANO FINAL
República de Weimar, cujo governo enviou uma
comissão para negociar com os aliados. Em 11 de
novembro foi assinado o armistício entre a Alemanha e os
aliados, baseado em condições impostas pelos vencedores.
O Tratado de Versalhes (1919), que pôs fim à guerra,
estipulava que todos os navios aprisionados passassem a
ser de propriedade dos aliados. Em represália a tais
condições, em 21 de junho de 1919, os alemães afundaram
seus próprios navios em Scapa Flow. As potências
vencedoras permitiram que deixassem de ser cumpridos
certos itens estabelecidos nos tratados de paz de
Versalhes, Saint-Germain-en-Laye, Trianon, Neuilly-surle-Seine e Sèvres, o que provocaria o ressurgimento do
militarismo e de um agressivo nacionalismo na Alemanha,
além de agitações sociais que se sucederiam em grande
parte da Europa.
Exercícios de Sala 
1. (Enem 2009) A primeira metade do século XX foi
marcada por conflitos e processos que a inscreveram
como um dos mais violentos períodos da história humana.
Entre os principais fatores que estiveram na origem dos
conflitos ocorridos durante a primeira metade do século
XX estão:
a) a crise do colonialismo, a ascensão do nacionalismo e
do totalitarismo.
b) o enfraquecimento do império britânico, a Grande
Depressão e a corrida nuclear.
c) o declínio britânico, o fracasso da Liga das Nações e a
Revolução Cubana.
d) a corrida armamentista, o terceiro-mundismo e o
expansionismo soviético.
e) a Revolução Bolchevique, o imperialismo e a
unificação da Alemanha.
2. O clima de tensão oriundo da expansão imperialista na
Ásia e determinador do 1º Conflito Mundial não pode ser
avaliado pelas:
01.Rivalidades entre franceses e ingleses na Indochina,
entre ingleses e russos na Ásia Central e entre russos e
japoneses na Mandchúria e Coreia.
02. Políticas de alianças entre russos e japoneses para
bloquear as pretensões inglesas e francesas no sudeste
asiático.
04. Tensões entre o Império Inglês e o Império Chinês em
torno da Coreia e da Mandchúria com o apoio da
França à Inglaterra.
08. Rivalidades entre ingleses e franceses no sudeste
asiático, entre belgas e alemães em Port-Arthur e entre
russos e poloneses na Ásia Europeia.
3. Os Estados Unidos emergiram como grande potência
econômica mundial após a Primeira Guerra Mundial
porque
a) apoiou a Alemanha, com o objetivo de enfraquecer a
Inglaterra.
b) liderou a criação da ONU (Organização das Nações
Unidas).
c) fortaleceu sua economia ao fornecer equipamentos e
suprimentos à Entente, enquanto as potências
Inclusão para a Vida
europeias tiveram suas economias arrasadas após o
conflito.
d) apresentou as propostas do Tratado de Versalhes, para
enfraquecer a Alemanha, a grande potência industrial
do início do século.
e) se manteve afastado do conflito direto com as potências
europeias,
concentrando
seus
esforços
no
desenvolvimento interno.
4. A respeito do envolvimento dos E.U.A. na Primeira
Grande Guerra é incorreto afirmar que:
a) Foi influenciado pela intenção germânica de atrair o
México, prometendo-lhe ajuda na reconquista de
territórios perdidos para os E.U.A.
b) Os E.U.A. financiaram diretamente a indústria bélica
franco-inglesa e enviaram um grande contingente de
soldados ao fronte.
c) Uma possível derrota da França e Inglaterra colocaria
em risco os investimentos norte-americanos na
Europa.
d) Contrariando o Congresso, o presidente dos E.U.A.
rompeu a neutralidade, declarando guerra às forças do
Eixo.
e) A adesão dos E.U.A. desequilibrou as forças em luta,
dando um novo alento à Entente.
5. Ao término da Primeira Grande Guerra, as potências
vencedoras responsabilizaram a Alemanha pela guerra e
foi-lhe imposto um tratado punitivo, o Tratado de
Versailles, que teve como consequências:
a) Degradação dos ideais liberais e democráticos,
agitações políticas de esquerda - como o movimento
espartaquista, crise econômica e desemprego.
b) Enfraquecimento dos sentimentos nacionais,
militarização do Estado Alemão, recuperação
econômica e incorporação de Gdansk.
c) Anexação das colônias de Togo e Camarões, a
afirmação dos ideais liberais e democráticos e a
valorização do marco alemão.
d) Prosperidade econômica, rearmamento alemão,
desmembramento da Alemanha e fortalecimento dos
partidos liberais.
e) Surgimento da República Democrática Alemã e da
República Federal Alemã, fortalecimento do nazismo,
militarismo e diminuição do desemprego.
6. Tema recorrente da política contemporânea, o
nacionalismo tem-se constituído em foco permanente de
conflito. Sobre ele, é correto afirmar que:
01. A Primeira Guerra foi precedida pelo confronto de
diferentes projetos expansionista. É o caso da Rússia,
que pretendia avançar sobre territórios do Império
Austro-Húngaro e do Império Turco, dizendo-se
protetora dos povos eslavos. Ou da Sérvia, que, ao
pretender unificar os eslavos do Sudeste da Europa,
formando a Grande Sérvia, também se chocava com os
interesses desses Impérios.
02. A Segunda Guerra, igualmente, foi precedida de
discursos nacionalistas, embora com novas feições. É
o caso do fascismo italiano, embalado nos sonhos de
reconstrução das glórias do Império Romano, ou do
Pró Universidade
História A
nazismo alemão, defensor da unificação dos povos
germânicos e da reconstrução do seu Império, então
denominado III Reich.
04. A vitória do nacionalismo indiano (1947) e o fracasso
franco-britânico na guerra contra o Egito (1956)
desencadearam uma onda de nacionalismo nas antigas
colônias europeias na África e na Ásia. Aliando-se a
outros países de passado colonial, como os latinoamericanos, formaram uma terceira força internacional
- Terceiro Mundo, situado entre o Capitalismo e o
Socialismo.
08. Nos anos 80-90, novamente os movimentos
nacionalistas abalam a política internacional. O já
frágil "império" soviético vê sua unidade desfazer-se
diante do separatismo das Repúblicas Bálticas Letônia, Estônia e Lituânia. A partir de então, outras
repúblicas assumem o mesmo propósito, pondo fim à
URSS. Entre os "eslavos do sul", as disputas de
croatas e sérvios lançam a Iugoslávia numa violenta
guerra civil.
UNIDADE 9
IDADE CONTEMPORÂNEA: ENTRE
GUERRAS
Revolução Russa
A industrialização da Rússia ocorreu com atraso de
mais de um século em relação à Inglaterra, mas foi
favorecida pelo fim da servidão, que liberou mão de obra,
e pelos investimentos estrangeiros.
A Primeira Guerra Mundial enfraqueceu ainda mais o
governo Nicolau II. Em dois anos de luta, seu exército
sofreu 7 milhões de baixas, entre mortos, feridos e
desertores. A população civil padeceu com a fome e o
desemprego.
Em fevereiro de 1917, o czar abdicou e foi instalada
uma república liderada por Kerensky. Em novembro, os
bolcheviques comandados por Lênin e Trotsky tomam o
poder. Logo após, assinam a paz com a Alemanha,
efetuam uma radical reforma agrária e nacionalizam
bancos, indústrias e meios de transportes.
Depois de duas guerras, a economia russa estava
arrasada. Para recuperá-la, Lênin adotou a NEP,
afrouxando alguns controles sobre os investimentos
estrangeiros, o excedente agrícola e as pequenas empresas
(menos de vinte funcionários).
Em 1924, Lênin morreu e foi substituído por Stálin,
que passou a perseguir todos os seus adversários
(principalmente os adeptos de Trotsky), condenando
centenas de milhares à morte e milhões ao exílio na
Sibéria. Suprimiu A NEP e adotou os planos quinquenais.
A URSS tornou-se, assim, uma grande potência.
Crise de 1929
Ao final da Primeira Guerra, a indústria dos EUA era
responsável por quase 50% da produção mundial.
O país criou um novo estilo de vida: o american way
of life. Esse estilo de vida caracterizava-se pelo grande
aumento na aquisição de automóveis, eletrodomésticos e
toda sorte de produtos industrializados.
19
Inclusão para a Vida
Entretanto, os EUA sofreram grande abalo em 1929,
quando mergulharam numa terrível crise, de repercussão
mundial.
Por sua vez, Inglaterra, França e Alemanha foram
atualizando rapidamente seus métodos industriais. Isso
colaborou para aumentar o desequilíbrio entre o excesso
de mercadorias produzidas e o escasso poder aquisitivo
dos consumidores. Configurava-se assim uma conjuntura
econômica de superprodução capitalista.
O crack da Bolsa de Valores de Nova York
A crise de superprodução teve como um de seus
grandes marcos o dia 29 de outubro de 1929, dia do crack
da Bolsa de Valores de Nova York, que representava o
grande termômetro econômico do mundo capitalista.
O crack da Bolsa de Valores de Nova York abalou o
mundo inteiro. Os Estados Unidos não podendo vender
também deixaram de comprar e isso afetou também o
Brasil, que dependia das exportações de café para os
Estados Unidos.
New Deal: a reação à crise
Nos primeiros anos do governo do presidente Franklin
Roosevelt, os Estados Unidos adotaram o New Deal, um
conjunto de medidas destinadas à superação da crise. O New
Deal foi inspirado nas ideias do inglês John Keynes. O
Keynesianismo defende um Estado mais interventor, que
deveria evitar os riscos de superprodução, além de aumentar
o poder de consumo, mas preservando a economia de
mercado. Dentre as principais medidas adotadas pela política
econômica do New Deal, destacam-se:
Controle governamental dos preços de diversos
produtos industriais e agrícolas.
Concessão de empréstimos aos proprietários agrícolas.
Realização de um grande programa de obras públicas.
Criação de um seguro-desemprego.
Recuperação industrial.
Com a Crise de 29 e a adoção do New Deal, o
liberalismo clássico de Adam Smith foi superado pelo
neocapitalismo.
Regimes Totalitários
A Crise de 29 arruinou a economia americana, mas
teve reflexos em todo o mundo. Nações como a
Alemanha, que após o final da Primeira Guerra
reconstruía-se com recursos oriundos principalmente dos
estados Unidos da América, passaram a enfrentar aguda
crise econômica. Grandes banqueiros, temendo a ameaça
representada pelos partidos de orientação marxista,
passaram a apoiar a ascensão de regimes totalitários, que
prometiam estabelecer a ordem e a disciplina social.
Exemplos marcantes desse processo foram o
desenvolvimento do fascismo na Itália e do nazismo na
Alemanha.
Principais Características
Totalitarismo: absoluta supremacia estatal;
Governo ditatorial;
Partido único;
Nacionalismo;
Racismo;
Militarismo;
20
História A
Expansionismo;
Culto ao líder;
Sociedade hierarquizada;
Corporativismo: estado mediando as relações entre
patrões e empregados.
Exercícios de Sala 
1. (UFSC 2001)
O quadro acima reproduzido – Guernica – de Pablo
Picasso, datado de 1937, representa o bombardeio da força
aérea alemã à pequena cidade de Guernica.
Em relação ao período entre as duas guerras mundiais
(1919-1939), é CORRETO afirmar que:
01. foi um período de fortalecimento das ideias
democráticas e liberais no ocidente.
02. nazismo e fascismo foram ideologias antagônicas que
se formaram na Europa no período entre guerras.
04. forças militares alemãs testaram suas novas armas na
Espanha, combatendo a favor das tropas do General
Francisco Franco.
08. as diversas dificuldades que surgiram após o término
da Ia Guerra, o avanço das ideias socialistas como
reflexo da Revolução Russa (1917) e a crise do
capitalismo internacional favoreceram o avanço de
ideias e partidos totalitários.
16. as ideias republicanas foram vitoriosas em alguns
países, com destaque para Portugal.
32. os sindicatos de trabalhadores, urbanos ou rurais,
experimentaram importantes vitórias políticas nos
países ibéricos.
2. O período de 1919 a 1939, pelos componentes que o
constituíram, marcados por esperanças e frustrações, é
tido como um dos mais críticos da época contemporânea.
Dos esforços para superar a devastação da Primeira
Guerra Mundial, se encaminha para a recuperação e logo
em seguida para o novo conflito mundial.
A respeito desse período é correto afirmar que:
01. A frustração e o inconformismo dos alemães,
submetidos às cláusulas do Tratado de Versalhes,
levaram - nos a chamar esse acordo de "Diktat".
02. A Liga das Nações (ou Sociedade das Nações), criada
após a Primeira Guerra Mundial, recebeu apoio de
todas as potências e teve atuação decisiva para evitar
todas as crises internacionais da década de 1930.
04. A URSS participou ativamente da política
internacional europeia na década na década de 1920.
08. Nesse período houve a vitória das ditaduras do tipo nazi
- fascista na Itália e na Alemanha, além de regimes
autoritários em diversos países, como Portugal e
Espanha.
Inclusão para a Vida
16. A crise de 1929 e a grande depressão econômica que
ela gerou, desencadearam também crises políticas,
reacenderam nacionalismos econômicos e políticos,
facilitaram a ascensão de ditaduras e contribuíram para
o advento da Segunda Guerra Mundial.
3. O período de entre guerras (1919-1939) foi
caracterizado pelo aparecimento de regimes autoritários
na Europa. A esse respeito, é correto afirmar que:
01. Esses regimes podem ser entendidos como uma
alternativa tanto à ordem liberal tradicional quanto ao
regime comunista.
02. No período em questão, acentuaram-se as dificuldades
dos regimes democráticos e acentuou-se o
fracionamento político, o que dificultava o
estabelecimento de maiorias parlamentares que
pudessem garantir a continuidade administrativa.
04. A incapacidade dos regimes de democracia liberal de
contornarem a crise econômica dos anos 1920/30,
também contribuiu para abrir espaços para a expansão
dos regimes autoritários.
08. Parte importante no projeto do nazismo de unificação
das vontades coletivas foi a ênfase na liberdade de
expressão e na igualdade entre as raças.
16. A expansão dos regimes autoritários se fez com base
num acentuado internacionalismo e cosmopolitismo,
rejeitando-se qualquer ênfase em temas nacionalistas.
32. A tomada do poder pelos nazistas e fascistas teve uma
significativa participação popular, inclusive com
grandes manifestações de massa.
Tarefa Mínima 
4. (ENEM 2009) Os regimes totalitários da primeira
metade do século XX apoiaram-se fortemente na
mobilização da juventude em torno da defesa de ideias
grandiosas para o futuro da nação. Nesses projetos, os
jovens deveriam entender que só havia uma pessoa digna
de ser amada e obedecida, que era o líder. Tais
movimentos sociais juvenis contribuíram para a
implantação e a sustentação do nazismo, na Alemanha, e
do fascismo, na Itália, Espanha e Portugal. A atuação
desses movimentos juvenis caracterizava-se:
a) pelo sectarismo e pela forma violenta e radical com que
enfrentavam os opositores ao regime.
b) pelas propostas de conscientização da população acerca
dos seus direitos como cidadãos.
c) pela promoção de um modo de vida saudável, que
mostrava os jovens como exemplos a seguir.
d) pelo diálogo, ao organizar debates que opunham jovens
idealistas e velhas lideranças conservadoras.
e) pelos métodos políticos populistas e pela organização
de comícios multitudinários.
5. "A guerra atual é, por parte de ambos os grupos
potências beligerantes, uma guerra (...) conduzida pelos
capitalistas pela partilha das vantagens que provêm domínio
sobre o mundo, pelos mercadores do capital financeiro
(bancário), pela submissão dos povos fracos etc."
("Resolução sobre a Guerra", publicada no jornal PRAVDA em abril
de 1917.)
Pró Universidade
História A
O texto oferece uma interpretação característica dos
bolcheviques sobre a
a) Guerra Russo-Japonesa.
b) Guerra da Coreia.
c) Guerra da Crimeia.
d) Primeira Guerra Mundial.
e) Primeira Guerra Balcânica.
6. Sobre fatos antecedentes à Segunda Guerra Mundial,
assinale a alternativa incorreta.
a) Os E.U.A. cortaram o envio de ferro, aço, petróleo e
borracha e bloquearam capitais japoneses na América
do Norte por causa da invasão da Manchúria pelo
Japão.
b) Passando por cima das disposições dos tratados do pósguerra, em 1938, Hitler, com o apoio de fascistas
austríacos, ordenou a ocupação da Áustria.
e) Em 1936, um grupo de generais, chefiados por Franco,
iniciou uma revolta contra o governo de esquerda,
legalmente constituído, na Espanha.
d) A euforia econômica decorrente da valorização da
Bolsa de Nova Iorque em 1929 favoreceu a
recuperação econômica e a consolidação das
democracias na Europa.
e) Em 1939, Stálin conseguiu-se aproximar da Alemanha
através do Pacto Germano-Soviético, negociado por
Ribbentrop e Molotov.
UNIDADE 10
IDADE CONTEMPORÂNEA: SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL – 1939-1945
A humilhação sofrida pela Alemanha com o Tratado de
Versalhes cria as condições ideais para a germinação do
nacional-socialismo - nazismo - alemão e a ascensão de
Hitler ao poder, em 1933. O nacional-socialismo toma o
poder pela violência, elimina as dissensões internas com
métodos violentos e combate a divisão do mundo
produzida pela 1a Guerra.
Reação mundial ao nazismo - As potências ocidentais
têm uma posição dúbia em relação ao nazismo.
Pressentem o perigo representado por Hitler, mas
permitem o crescimento da Alemanha nazista como forma
de bloquear a União Soviética. A invasão da Polônia, em
1o de setembro de 1939, por tropas e aviões alemães, não
surpreende a Europa. Todos estão à espera da guerra.
Origens do Eixo - Itália e Alemanha têm regimes
políticos semelhantes, mas o que mais as aproxima é o
limitado espaço territorial de que dispõem e a acirrada
competição pelos mercados internacionais. Stalin percebe
que as anexações alemãs caminham em direção à União
Soviética e firma com Hitler o Pacto Germano-Soviético,
em 1939, pelo qual anexa a Lituânia, Letônia, Estônia e
parte da Polônia e Finlândia.
COMEÇA A GUERRA NA EUROPA
Em abril de 1939 Hitler exige a anexação de Dantzig, o
"corredor polonês", e a concessão de uma rede rodoviária
21
Inclusão para a Vida
e ferroviária que cruze a província polonesa da Pomerânia.
A Polônia, sem condições de resistir, é invadida por tropas
nazistas no dia 1o de setembro. O Reino Unido,
comprometido com a defesa da Polônia em caso de
agressão, declara guerra à Alemanha. Horas depois, é
seguida pela França. Até junho de 1940, quando a Itália
declara guerra à França e ao Reino Unido, o conflito está
restrito aos três países. A Alemanha invade e ocupa a
Noruega, a Bélgica, a Holanda e a França.
Domínio alemão - O domínio alemão na Europa fica
patente com a expulsão dos ingleses de Dunquerque e os
armistícios assinados pela França com a Itália e
Alemanha, em junho de 1940, que dividem o território
francês em duas partes.
Na Batalha da Inglaterra, no verão de 1940, a aviação
inglesa, RAF (Royal Air Force), consegue rechaçar os
ataques da Luftwaffe (aviação alemã).
Defesa de Moscou - Em fins de 1941 a defesa de Moscou
marca uma das mais decisivas vitórias aliadas.
Ataque a Pearl Harbor - O ataque japonês à base norteamericana de Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro
de 1941, leva os Estados Unidos a declararem guerra ao
Eixo e alastra o conflito a quase todo o mundo. As duas
facções beligerantes estão definidas: os países do Pacto
Anticomintern (o Eixo) - Alemanha, Itália e Japão - contra
os Aliados - Inglaterra, Estados Unidos, União Soviética e
China. A China já se encontra em guerra contra o Japão
desde 1931.
Kamikazes - É como são chamados os aviões japoneses
carregados de explosivos e dirigidos por um piloto suicida
que com ele se atira sobre o alvo inimigo.
SEGUNDA FASE DA GUERRA
É quando o conflito se torna uma guerra de desgaste. O
Eixo tenta subjugar a Inglaterra, cortando suas linhas de
abastecimento no Atlântico e no Mediterrâneo.
Contra-ofensiva na África e Itália - Em julho de 1943 os
Aliados desembarcam na Sicília e, em setembro, avançam
até Nápoles. Mussolini é destituído em julho e a Itália
muda de lado.
Dia D - Em 6 de junho de 1944, chamado de "Dia D"
pelos Aliados, sob o comando do general Einsenhower, é
feito o ataque estratégico que daria o golpe mortal nas
forças nazistas que ainda resistem na Europa. Cinquenta e
cinco mil soldados norte-americanos, britânicos e
canadenses desembarcam nas praias da Normandia,
noroeste da França, na maior operação aeronaval da
História, envolvendo mais de 5 mil navios e mil aviões.
Guerra no Pacífico - No Pacífico, a situação também se
inverte com a vitória das tropas norte-americanas na
batalha naval de Midway e em Guadalcanal, em 1942.
Ataque a Hiroshima e Nagasaki - Em 6 de agosto os
Estados Unidos lançam a primeira bomba atômica sobre
Hiroshima, deixando mais de 100 mil mortos e 100 mil
feridos. A partir de 8 de agosto tropas soviéticas expulsam
22
História A
os japoneses da Mandchúria e da Coreia e ocupam as ilhas
Kurilas e Sakalina. Em 9 de agosto é lançada a segunda
bomba atômica, dessa vez sobre Nagasaki, com saldo de
vítimas semelhante ao de Hiroshima.
Final da guerra - Hitler suicida-se em 30 de abril, com
a chegada das tropas soviéticas a Berlim, e o almirante
Doenitz forma novo governo e pede o fim das
hostilidades. A capital alemã é ocupada em 2 de maio. A
Alemanha se rende incondicionalmente em 7 de maio,
em Reims. A capitulação do Japão acontece em 2 de
setembro, em Tóquio. A 2 a Guerra Mundial deixa um
saldo de 50 milhões de mortos e custa cerca de US$ 1,40
trilhão.
JULGAMENTO DE NUREMBERG
Terminado o conflito, os vitoriosos decidem julgar os
líderes nazistas num inédito tribunal internacional de
crimes de guerra. A iniciativa contribui para a descoberta
dos campos de concentração e extermínio. A sede
escolhida é a cidade alemã de Nuremberg, que nos anos
30 havia sido palco dos maiores comícios nazistas.
Exercícios de Sala 
1. A Segunda Guerra Mundial alterou a correlação de
forças no mundo. Entre as modificações ocorridas,
destacam-se:
01. O declínio da influência europeia cuja hegemonia já
havia sido comprometida desde a Primeira Guerra
Mundial.
02. A ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética,
liderando blocos de interesses divergentes e originando
a chamada "bipolarização" do mundo.
04. Após a Segunda Guerra Mundial, e até recentemente,
nenhuma potência europeia ou os Estados Unidos
participaram de qualquer conflito bélico.
08. Após a Guerra - e por causa dela -, houve
intensificação das manifestações anticolonialistas,
acelerando-se o processo de descolonização das
colônias europeias na África e na Ásia.
16. O final da Segunda Guerra Mundial decretou o
desaparecimento
dos
Estados
autoritários,
reorganizando-se o mundo em bases inteiramente
democráticas.
32. Como tentativa de resolver os problemas
internacionais, criou-se em 1945 a Organização das
Nações Unidas (ONU).
2. Sobre a História Contemporânea, é correto afirmar
que:
01. A Primeira Guerra Mundial (1914-18) resultou,
dentre outros motivos, da concorrência comercial, da
disputa por colônias e da luta pela hegemonia dos
mares.
02. A grande vencedora da Primeira Guerra Mundial foi a
Alemanha, o que motivou a reação da Itália e do Japão
no final dos anos 30, dando inicio à Segunda Guerra
Mundial.
04. O Tratado de Versalhes foi imposto pela Alemanha
aos países europeus, com o apoio dos Estados Unidos.
08. A ideologia nazista enaltecia o nacionalismo e o
militarismo, visando conquistar as massas e o exército,
Inclusão para a Vida
e pregava o anti-comunismo, visando conquistar a alta
burguesia.
16. Apesar das guerras do século XX, a Europa manteve
sempre sua hegemonia econômica e política sobre o
mundo.
Tarefa Mínima 
IDADE CONTEMPORÂNEA: GUERRA
FRIA
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume
Sem rosa, sem nada
"Rosa de Hiroshima"
Marcos iniciais da Guerra Fria
(Gerson Conrad e Vinícius de Moraes)
Podemos considerar que o texto acima debate:
a) A herança terrível das bombas atômicas atiradas em
Hiroshima e Nagasaky, no final da 2ª Guerra Mundial,
levantando a necessidade de sua lembrança para
defendermos a paz.
b) A poesia não trata dos problemas relativos à bomba
atômica, a guerra e a paz.
c) As armas atômicas nunca seriam usadas como forma
de poder entre as potências mundiais.
d) A paz só será garantida com a utilização de armas
atômicas.
e) As armas atômicas deixaram poucas heranças culturais
e políticas durante o período da Guerra Fria.
4. Na II Guerra Mundial, as bombas atômicas de
Hiroshima e Nagazaki foram consideradas crimes de
guerras, porque:
a) O conflito já tinha terminado em agosto de 1945 e a
resistência japonesa era mínima em Pearl Harbor.
b) As bombas faziam parte de um esquema de testes
militares.
c) Os E.U.A. queriam impor o seu domínio à Alemanha.
d) Os E.U.A. pretendiam deter o avanço dos soviéticos na
Ásia.
e) As bombas tinham um único alvo: os japoneses no
Pacífico.
5. Foi o encontro do primeiro ministro inglês Winston
Churchill e dos presidentes Roosevelt, dos Estados Unidos
e Stálin, da União Soviética onde confirmou-se o
desmembramento da Alemanha e da Coreia:
a) Conferência do Cairo.
b) Conferência de Teerã.
c) Conferência de Ialta.
d) Conferência de Potsdam.
e) Conferência de Bandung.
Pró Universidade
UNIDADE 11
Bipolarização entre EUA (capitalismo) e URSS
(socialismo), estado de constante hostilidade entre as duas
superpotências e seus aliados e corrida armamentista e
tecnológica, mas sem conflito armado direto,
caracterizaram a Guerra Fria, que vigorou entre o fim da
Segunda Guerra Mundial e a crise do socialismo real no
final dos anos 1980.
Tradicionalmente as fases da Guerra Fria são a Guerra
Fria “Clássica” (1945 – 1953), o período do Degelo ou da
Coexistência Pacífica (1953 – 1968) e a política da
Détente ou da Distensão (1968 – 1989).
3.
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh! não se esqueçam
História A
Bloco Capitalista
Em 1946, Churchill discursa nos EUA e pede para que
estes se tornem os protetores do “mundo livre”, pois a
Grã-Bretanha, não poderia mais manter tal papel.
Doutrina Truman (1947) – o presidente Truman
responde Churchill através de sua Doutrina e pede ao
Congresso Americano ajuda econômica e militar para os
governos europeus. Os EUA passaram a assumir a tarefa
de “protetores” da democracia, reagindo, imediatamente,
ao menor sinal de avanço socialista. A Doutrina Truman
pode ser considerada marco inicial da Guerra Fria.
Plano Marshall (1947) – ajuda econômica para a Europa
e considerado “braço econômico” do Bloco Capitalista no
início da Guerra Fria.
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)
1949 – força político-militar com objetivos “defensivos”,
inicialmente composta por países da Europa Ocidental,
EUA e Canadá.
Bloco Socialista
Tratado de Assistência Mútua da Europa Oriental
(Pacto de Varsóvia) 1955 – aliança militar do Bloco
Socialista e formada por países da Europa Oriental e a
URSS.
Principais acontecimentos
Crise ou Bloqueio de Berlim (1948-49) – com o fim da
Segunda Guerra, o Acordo de Potsdam (1945) dividiu a
derrotada Alemanha nazista e sua capital em quatro zonas
de ocupação entre URSS, EUA, Grã-Bretanha e França.
República Federal da Alemanha (capital Bonn), sob o
governo capitalista.
República Democrática Alemã, inspirada no modelo
soviético, com capital em Berlim Oriental.
Guerra da Coreia (1950-53) – a derrota japonesa na
Segunda Guerra Mundial (1945) permitiu a libertação da
Coreia pelas tropas aliadas, mas o país foi dividido em
dois setores de ocupação (norte-americano e soviético),
pelo paralelo 38º. A divisão do país, as tensões
relacionadas com a Guerra Fria e a vitória comunista de
Mao Tsé-tung na Revolução Chinesa, em 1949,
23
Inclusão para a Vida
História A
desencadearam a Guerra da Coreia, iniciada após a
invasão do sul pelos norte-coreanos, em 1950. A Coreia
do Sul recebeu apoio militar dos Estados Unidos,
enquanto a do Norte da China e da URSS. O conflito
terminou com a assinatura do Armistício de Panmunjom
(1953), que ratificou a divisão da Coreia efetuada
anteriormente.
Maio de 1968 – “é proibido proibir’’ e “paz e amor’’
foram palavras de ordem de uma geração, nascida em
plena Guerra Fria, e que viveu os “anos rebeldes’’ – a
década de 1960. Na França, em 1968, os estudantes
protestaram contra as reformas educacionais, além de
pedirem maior liberdade, criticando abertamente o
conservadorismo.
Guerra do Vietnã (1960-75) – a luta pela descolonização
da Indochina começou no Vietnã e foi liderada por Ho Chi
Minh - Guerra da Indochina (1946-54). Na Conferência de
Genebra (1954), a França reconheceu a independência do
Laos, Camboja e Vietnã – este dividido em Norte
(socialista) e Sul (capitalista). As eleições que
reunificariam o Vietnã em 1956, não aconteceram, devido
ao golpe de Estado de Ngo Dinh Diem (Sul) que
estabeleceu uma ditadura militar em 1955, apoiado pelos
Estados Unidos. A resistência ao governo golpista gerou a
formação da Frente de Libertação Nacional, cujo braço
armado eram os vietcongues, e a Guerra do Vietnã. Nos
anos 1960, auge da Guerra Fria, a guerra no Sudeste
asiático ampliou-se com a intervenção militar norteamericana. A saída dos Estados Unidos e o avanço das
tropas comunistas levaram à rendição do Sul, em 1975,
permitindo a reunificação do país, em 1976, e o
nascimento da República Socialista do Vietnã.
Corrida espacial – as pesquisas espaciais tiveram
destacado papel na tensão entre Estados Unidos e URSS,
transformando a eficiência tecnológica em uma
importante arma político-ideológica. A corrida espacial
começou em 4 de outubro de 1957, quando foi lançado o
primeiro satélite em órbita da Terra pela União Soviética,
o Sputnik-1. A competição aumentou quando os
soviéticos, um mês depois do Sputnik-1, enviaram o
Sputnik-2. Em 1961 a URSS comemorou o primeiro vôo
tripulado, transformando Iúri Gagárin no primeiro
astronauta da história. Apenas em 20 de julho de 1969, os
norte-americanos conseguiram impor-se, enviando a
Apolo-11, com os primeiros astronautas, à Lua.
Muro de Berlim (1961) – o interesse soviético em
bloquear fugas para o lado capitalista de Berlim e
enfraquecer as expectativas reunificadoras, levou a
Alemanha Oriental a erguer o muro em 1961. O “muro da
vergonha” dividiu famílias e ideologias, transformando-se
em um dos principais símbolos da Guerra Fria.
Crise dos mísseis (1962) – em 1959, Fidel Castro e
alguns companheiros, contando com o apoio camponês,
derrubaram o ditador cubano Fulgêncio Batista. O
governo revolucionário demonstrou, desde o início,
uma grande preocupação com a justiça social. A reação
americana foi imediata, merecendo destaque, o
embargo comercial e a pressão para que Cuba fosse
expulsa da OEA. Isolada política e economicamente,
Cuba aproxima-se da URSS, ampliando o Bloco
Socialista. Mas, o momento de maior tensão aconteceu
em 1962, quando os EUA descobriram que mísseis
soviéticos estavam sendo instalados em Cuba – Crise
dos Mísseis. A conscientização das graves
consequências de um confronto armado direto levou os
líderes das superpotências ao entendimento. A URSS
concordou em retirar seus mísseis e os EUA aceitaram
a perda do monopólio político-ideológico no
continente.
Primavera de Praga (1968) – as intenções de modernizar
a economia e o Estado, buscando uma via independente e
mais humanizada de socialismo, pelo presidente, da então
Tchecoslováquia, Dubcek, provocou a imediata reação
soviética, que a fim de manter seu controle sobre a Europa
Oriental, enviou tropas do Pacto de Varsóvia, reprimindo
a “Primavera de Praga”.
24
Fim da União Soviética
Em 1991, em meio a uma grave crise do que se passou a
chamar “socialismo real”, a União Soviética deixava
oficialmente de existir. Era mais um fato de uma época de
mudanças radicais – queda do Muro de Berlim,
reunificação da Alemanha, queda dos regimes de esquerda
do Leste Europeu etc.
No final dos anos 80, o presidente soviético Mikhail
Gorbachev estava ciente dos problemas que o país
atravessava e decidiu adotar dois conjuntos de reformas. A
Perestroika, ou Reestruturação, visava a mudar as
condições econômicas do Estado – na realidade, permitia
a volta da propriedade privada e do capitalismo. Já a
Glasnost, ou Transparência, tinha como objetivo mudar a
estrutura política e abrir caminho para o surgimento de
mecanismos de expressão democrática. Gorbachev queria
diminuir a burocracia e a corrupção, que eram alarmantes
nos órgãos estatais naquela época.
As guerras do Golfo Pérsico
Guerra Irã-Iraque (1980-88): vitória militar não
conclusiva do Iraque. Amos os países se debilitaram
Guerra do Kuwait (1990-91): o Iraque foi obrigado a
retirar-se do Kuwait pela Operação Tempestade no
Deserto liderada pelos EUA.
Guerra anglo-americana contra o Iraque (2003):
ocupação anglo-americana do Iraque, dissolução do
regime de Saddam Hussein.
Exercícios de Sala 
1. (UFSC 2001)
Inclusão para a Vida
Sobre as regiões do Oriente Médio e norte da África,
assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01. Os fenícios, reconhecidos navegadores e comerciantes
da Antiguidade, viveram na região do atual Líbano e
expandiram seus domínios com a fundação de várias
colônias na costa mediterrânea, como Cartago.
02. A religião islâmica, fundada no século VII na
Península Arábica pelo profeta Maomé, tem como um
dos seus princípios fundamentais o politeísmo.
04. A expansão islâmica, iniciada no século VII, foi
responsável pela formação de um império que se
estendia da Península Ibérica, na Europa, até o rio
Indo, na Ásia.
08. Os conflitos árabe-israelenses tiveram início após a
Primeira Guerra Mundial com a criação do Estado da
Palestina por intervenção da Organização das Nações
Unidas, em território anteriormente ocupado pelo povo
judeu.
16. O Prêmio Nobel da Paz de 2011 foi entregue a três
mulheres, dentre elas Tawakkul Karman, pela
liderança na luta pelos direitos humanos durante a
Primavera Árabe no Iêmen.
32. Em 2003, os governos dos Estados Unidos e da
Inglaterra lideraram uma coalizão que invadiu o Iraque
e depôs o presidente Sadam Hussein.
2. No período imediatamente após a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945), ocorre o(a):
01.Estabelecimento da bipolaridade nas relações
internacionais, com os Estados Unidos e a União
Soviética liderando os blocos capitalistas e socialistas,
respectivamente.
02. Declínio da Europa como centro do poder mundial, de
que a descolonização afro-asiática foi exemplo
marcante.
04. Criação da Organização das Nações Unidas, em cujo
Conselho de Segurança manifesta-se o princípio de
absoluta igualdade entre os Estados participantes.
08. Refluxo no processo de expansão socialista, em parte
determinado pelo fracasso militar soviético durante a
guerra.
Tarefa Mínima 
3. (ENEM 2009) Do ponto de vista geopolítico, a Guerra
Fria dividiu a Europa em dois blocos. Essa divisão
propiciou a formação de alianças antagônicas de caráter
militar, como a OTAN, que aglutinava os países do bloco
ocidental, e o Pacto de Varsóvia, que concentrava os do
bloco oriental. É importante destacar que, na formação da
OTAN, estão presentes, além dos países do oeste europeu,
os EUA e o Canadá. Essa divisão histórica atingiu
igualmente os âmbitos político e econômico que se refletia
pela opção entre os modelos capitalista e socialista. Essa
divisão europeia ficou conhecida como:
a) Cortina de Ferro.
b) Muro de Berlim.
c) União Europeia.
d) Convenção de Ramsar.
e) Conferência de Estocolmo.
Pró Universidade
História A
4. (ENEM 2009) O ano de 1968 ficou conhecido pela
efervescência social, tal como se pode comprovar pelo
seguinte trecho, retirado de texto sobre propostas
preliminares para uma revolução cultural: “É preciso
discutir em todos os lugares e com todos. O dever de ser
responsável e pensar politicamente diz respeito a todos,
não é privilégio de uma minoria de iniciados. Não
devemos nos surpreender com o caos das ideias, pois essa
é a condição para a emergência de novas ideias. Os pais
do regime devem compreender que autonomia não é uma
palavra vã; ela supõe a partilha do poder, ou seja, a
mudança de sua natureza. Que ninguém tente rotular o
movimento atual; ele não tem etiquetas e não precisa
delas”. Os movimentos sociais, que marcaram o ano de
1968:
a) foram manifestações desprovidas de conotação política,
que tinham o objetivo de questionar a rigidez dos
padrões de comportamento social fundados em valores
tradicionais da moral religiosa.
b) restringiram-se às sociedades de países desenvolvidos,
onde a industrialização avançada, a penetração dos
meios de comunicação de massa e a alienação cultural
que deles resultava eram mais evidentes.
c) resultaram no fortalecimento do conservadorismo
político, social e religioso que prevaleceu nos países
ocidentais durante as décadas de 70 e 80.
d) tiveram baixa repercussão no plano político, apesar de
seus fortes desdobramentos nos planos social e
cultural, expressos na mudança de costumes e na
contracultura.
e) inspiraram futuras mobilizações, como o pacifismo, o
ambientalismo, a promoção da equidade de gêneros e a
defesa dos direitos das minorias.
5. (ENEM 2009) O fim da Guerra Fria e da bipolaridade,
entre as décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de
que seria instaurada uma ordem internacional marcada
pela redução de conflitos e pela multipolaridade. O
panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria
apresenta:
a) o aumento de conflitos internos associados ao
nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo
religioso e ao fortalecimento de ameaças como o
terrorismo, o tráfico de drogas e o crime organizado.
b) o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos
militares das grandes potências, o que se traduziu em
maior estabilidade nos continentes europeu e asiático,
que tinham sido palco da Guerra Fria.
c) o desengajamento das grandes potências, pois as
intervenções militares em regiões assoladas por
conflitos passaram a ser realizadas pela Organização
das Nações Unidas (ONU), com maior envolvimento
de países emergentes.
d) a plena vigência do Tratado de Não Proliferação, que
afastou a possibilidade de um conflito nuclear como
ameaça global, devido à crescente consciência política
internacional acerca desse perigo.
e) a condição dos EUA como única superpotência, mas
que se submetem às decisões da ONU no que concerne
às ações militares.
25
Inclusão para a Vida
6. (ENEM 2012)
Com sua entrada no universo dos gibis, o Capitão chegaria
para apaziguar a agonia, o autoritarismo militar e
combater a tirania. Claro que, em tempos de guerra, um
gibi de um herói com uma bandeira americana no peito
aplicando um sopapo no Fürer só poderia ganhar destaque,
e o sucesso não demoraria muito a chegar.
A capa da primeira edição norte-americana da revista do
Capitão América demonstra sua associação com a
participação dos Estados Unidos na luta contra
a) a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial.
b) os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial.
c) o poder soviético, durante a Guerra Fria.
d) o movimento comunista, na Guerra do Vietnã.
e) o terrorismo internacional, após 11 de setembro de
2001.
7. (ENEM 2012)
26
História A
Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra, movimentos
como o Maio de 1968 ou a campanha contra a Guerra do
Vietnã culminaram no estabelecimento de diferentes
formas de participação política. Seus slogans, tais como
“Quando penso em revolução quero fazer amor”, se
tornaram símbolos da agitação cultural nos anos 1960,
cuja inovação relacionava-se:
a) à contestação da crise econômica europeia, que fora
provocada pela manutenção das guerras coloniais.
b) à organização partidária da juventude comunista,
visando o estabelecimento da ditadura do proletariado.
c) à unificação das noções de libertação social e libertação
individual, fornecendo um significado político ao uso
do corpo.
d) à defesa do amor cristão e monogâmico, com fins à
reprodução, que era tomado como solução para os
conflitos sociais.
e) ao reconhecimento da cultura das gerações passadas,
que conviveram com a emergência do rock e outras
mudanças nos costumes.
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