efeitos da corrente russa no tratamento de fibro edema

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EFEITOS DA CORRENTE RUSSA NO TRATAMENTO DE FIBRO EDEMA
GELÓIDE NA REGIÃO GLÚTEA
EFFECTS OF CURRENT RUSSIAN TREATMENT OF FIBRO GELOID
EDEMA IN THE GLUTEAL REGION
Alessandra Brunel Paes1
Ana Paula Vieira Hugen2
Ralph Fernando Rosas3
RESUMO
A fisioterapia dermato-funcional traz terapêuticas voltadas para o tratamento de patologias
estéticas, como o fibro edema gelóide (FEG), que modifica o aspecto e função da pele,
podendo em alguns casos levar a quadros álgicos na área acometida e perda da autoestima. A corrente russa é uma corrente de média frequência, sendo um importante aliado
no tratamento do FEG. Este trabalho tem por objetivo analisar os efeitos da corrente russa
no tratamento do FEG na região glútea. Este estudo foi realizado com 10 pacientes do
sexo feminino, com idade entre 18 e 30 anos, estudantes da Universidade do Sul de
Santa Catarina apresentando FEG na região glútea. É uma pesquisa de caráter
exploratório, classificada como quase-experimental, a população é do tipo não
probabilística selecionada pelo critério de intencionalidade. Foram realizadas 10 sessões
constando da avaliação e reavaliação, que constou de fichas de avaliação, testes
específicos para reconhecimento do FEG, e fotografia do glúteo. Durante os
atendimentos, as pacientes foram submetidas a uma eletroestimulação de média
frequência, cuja intensidade variava de acordo com a sensibilidade de cada uma. Após a
análise dos dados, pode-se verificar que em 20% das pacientes houve melhora do grau
do FEG, e que em outras 20% houve melhora do aspecto da pele, contudo os resultados
obtidos não mostraram efeito significativo no tratamento do FEG com a corrente russa.
Palavra-Chave: Fibro Edema Gelóide. Corrente Russa. Fisioterapia.
1
Acadêmica do Curso de Fisioterapia
Universidade do Sul de Santa Catarina
2
Acadêmica do Curso de Fisioterapia
Universidade do Sul de Santa Catarina
3
Professor do Curso de Fisioterapia
Universidade do Sul de Santa Catarina
ABSTRACT
The dermato-functional physiotherapy treatment is directed toward the aesthetic treatment
of conditions such as fibro geloid edema (FEG), which modifies the appearance and
function of the skin, and in some cases leads to painful situations in the affected area and
loss of self-esteem. The Russian current is a current of medium frequency, being an
important ally in the treatment of FEG. This study aims to examine the effects of current
Russian treatment of FEG in the gluteal region. This study was conducted with 10 female
patients, aged between 18 and 30 years, students from the University of the Southern of
Santa Catarina who presented FEG in the gluteal region. It is an exploratory research,
classified as quasi-experimental, the population is of the non-probabilistic type selected by
criterion of intentionality. 10 sessions were carried noting the assessment and
reassessment, which consisted of evaluation forms, specific tests for recognition of FEG,
and photography of the buttocks. During the visits, patients underwent an electrostimulation of medium frequency, intensity of which varied according to the sensitivity of
each patient. After analyzing the data, we can see that in 20% of patients there was an
improvement the level of FEG, and that in another 20% there was an improvement in skin
appearance, nevertheless the results showed no significant effect on treatment FEG with
the Russian chain.
Key-words: Edema geloid Fibro. Current Russian. Physiotherapy.
INTRODUÇÃO
Segundo Guirro e Guirro o fibro edema gelóide (FEG) é uma desordem localizada
que afeta o tecido dérmico e subcutâneo, com alterações vasculares e lipodistróficas com
respostas esclerosantes, que resulta no inestético aspecto macroscópico. É uma
patologia que possui alguns fatores determinantes como: efeitos hormonais,
predisposição genética, inatividade, dietas inadequadas, obesidade, distúrbios posturais,
tabagismo, perturbações metabólicas do organismo em geral. Este problema estético é
caracterizado pela presença de pequenas depressões na pele, com aspecto conhecido
por “casca de laranja”, está mais presente em coxas, abdômen e nádegas.
De acordo com o autor acima citado, os tecidos cutâneos e adiposos são afetados
em diversos graus, ocorrendo uma série de alterações estruturais na derme, na
microcirculação e nos adipócitos que não são apenas morfológicas, mas também
histoquímicas, bioquímicas e ultra-estruturais.
Conforme Guirro e Guirro (apud Avram,2004) a mulher apresenta um número duas
vezes maior de adipócitos em relação ao homem. O corpo feminino tem tendência ao
acúmulo graxo nos glúteos e coxas, gordura específica, ao passo que no homem, tais
acúmulos situam-se predominantemente no abdome. Ao que parece os hormônios
sexuais tem papel fundamental no processo de localização de gordura no corpo. Todo
aumento excessivo de peso devido à alimentação hipercalórica na mulher se dirige às
regiões chamadas “ginóides”, antes de estender-se ao conjunto do corpo.
O autor acima citado afirma que o FEG, além de ser visualmente desagradável, do
ponto de vista estético pode acarretar dores nas zonas acometidas e diminuição das
atividades funcionais. É uma afecção que provoca sérias complicações, podendo levar ate
à quase total imobilidade dos membros inferiores, além de algias intensas e problemas
emocionais.
O FEG atinge 90% das mulheres logo após a adolescência e raramente nos
homens. A predisposição genética para o desenvolvimento do FEG é maior na raça
branca quando comparada com as raças amarela e negra, afirma Guirro e Guirro.
De acordo com Guirro e Guirro, a corrente russa é uma estimulação elétrica
muscular, de média frequência, que pode alcançar profundidades importantes e invadir
amplas massas e áreas musculares além de ser perfeitamente tolerável pelo paciente,
sendo considerado um importante complemento no tratamento de FEG. As correntes
excitomotoras, juntamente com outros recursos fisioterapêuticos, constituem a base da
eletroterapia utilizada hoje em estética. A finalidade desta terapia é propiciar o
fortalecimento e hipertrofia muscular, além do aumento da circulação sanguínea e
linfática, melhorando assim o trofismo dos tecidos.
Contudo, as informações dos estudos na literatura que abordam o tratamento com
a corrente russa para pacientes com FEG são obsoletos ou escassos, pergunta-se: qual a
eficácia da corrente russa no tratamento do FEG na região glútea?
Este estudo tem como objetivo geral analisar os efeitos da corrente russa no
tratamento do FEG na região glútea em pacientes do sexo feminino, estudantes da
Universidade do Sul de Santa Catarina e objetivos específicos identificar os graus do FEG
existentes nas pacientes, verificar as alterações visuais da região a ser tratada,
demonstrar se existe efetividade da estimulação russa no tratamento do
FEG na região glútea.
Segundo Gil, é uma pesquisa de caráter exploratório, classificada como quaseexperimental, a população é do tipo não probabilística selecionada pelo critério de
intencionalidade.
A sociedade hoje em dia impõe muitos padrões de beleza; existe uma constante
necessidade da melhora do condicionamento físico e aspecto estético, levando a busca
incessante por tratamentos que visem o corpo perfeito.
Conforme Guirro e Guirro, a partir da década de 90 observou-se uma grande
divulgação da corrente russa, principalmente com finalidades estéticas para tratamento da
flacidez muscular e para se produzir uma hipertrofia muscular.
Segundo Foss e Keteyian, o músculo glúteo máximo é o mais importante músculo
extensor do quadril, sendo considerado o músculo mais potente do corpo, também é o de
maior tamanho e, naturalmente, o mais forte. A sua ação está complementada pelos
feixes mais posteriores dos glúteos médio e mínimo, forma um coxim sobre o túber
isquiático. Situa-se entre a parte posterior da crista ilíaca superiormente, o canal anal
medialmente e o sulco glúteo inferiormente5, é composto de fibras musculares tônicas,
numa porcentagem de 41,2% – 71,5%, pois este é importante na manutenção da postura
ereta.
Conforme Agne (apud Kots, 2000), defendia que a contração muscular induzida por
eletroestimulação aumentava o recrutamento das unidades motoras. Assim, se todas as
unidades motoras fossem recrutadas, o músculo poderia contrair-se ao máximo de sua
capacidade e, com sessões repetidas (treinamento), poderia aumentar a sua capacidade
de desenvolvimento da tensão, ou seja, do fortalecimento. Sua teoria estava baseada
que, durante uma contração voluntária, não se poderia alcançar 100% da possível tensão,
devido à existência de uma deficiência de força. Durante uma contração voluntária, de um
músculo não são recrutadas todas as unidades motoras e a frequência de descarga do
motoneurônio não é máxima.
Conforme o autor acima citado a eletroestimulação neuromuscular é a aplicação de
uma corrente elétrica terapêutica sobre o tecido muscular, com a finalidade de produzir
sobre ele reações biológicas e fisiológicas. Cariel afirma que a estimulação russa possui
como efeitos, a ação excitomotora, a qual é essencial para a redução de gordura, pois
aumenta a lipólise celular, o aumento da atividade oxidativa, de mioglobina, mitocôndrias
e do número de capilares.
Devido à escassez de trabalhos que comprove a real efetividade da
eletroestimulação russa no tratamento do FEG, sabendo que o tratamento do FEG reside
no estímulo para a melhoria da circulação local, a redução do edema e da fibrose
instalados, faz-se necessário este estudo para verificar a ação da corrente russa no
tratamento de FEG na região glútea.
METODOLOGIA
A população foi composta por estudantes da Universidade do Sul de Santa
Catarina – Campus Universitário de Tubarão, com faixa etária entre 18 e 30 anos. A
amostra foi composta pelas mulheres que obedeceram aos critérios de inclusão que
eram: ser do sexo feminino, raça branca, idade entre 18 e 30 anos, vida sedentária, não
fazer dieta alimentar, IMC dentro da faixa considerada normal; e de exclusão: praticar
algum tipo de exercício físico, durante o tratamento, iniciar, durante o período de
tratamento, dieta alimentar; fazer uso de fármacos e/ou outras terapias alternativas
(exceto anticoncepcionais), ter realizado tratamentos anteriores para FEG de glúteos, não
comparecer a qualquer sessão, incluindo a avaliação, a reavaliação ou a qualquer sessão
para aplicação do tratamento.
A amostra foi do tipo não probabilística selecionada pelo critério de intencionalidade,
conforme Gil. Pelos critérios acima 3 pacientes foram excluídas, sendo que 2 pacientes
faltaram a uma aplicação e 1 iniciou tratamento farmacológico durante o tratamento do
FEG. Por conseguinte a amostra foi composta por 10 mulheres, selecionadas através da
lista de espera da clínica escola de fisioterapia da UNISUL.
Os materiais utilizados para a pesquisa foram: ficha de coleta de dados, aparelho
de corrente russa, máquina fotográfica 12.1 megapixels, eletrodos do tamanho 50 x 90 mm,
balança e estadiômetro para verificar o IMC, régua para medir os 40 cm da foto, ficha de
avaliação adaptada pelos autores para coletar dados relacionados ao perfil dos indivíduos
que compõe a amostra.
A coleta de dados foi realizada na clínica escola de fisioterapia da UNISUL,
campus Tubarão. Depois de selecionada a amostra, as orientações e os procedimentos
sobre a pesquisa foram explicados às participantes, e aplicado o termo de consentimento
livre e esclarecido e o termo de consentimento para fotografias.
A avaliação fisioterapêutica foi realizada no primeiro atendimento onde foi feita uma
triagem para analisar se a participante se encaixava nos critérios de inclusão, as que
estavam enquadradas na pesquisa, foram submetidas a uma série de 8 atendimentos
para a aplicação do tratamento, no período noturno com horário combinado com as
pacientes, sendo 2 vezes por semana, e a reavaliação no último atendimento, totalizando
10 atendimentos, em caso de feriado o atendimento foi realizado em outro dia da semana
combinado com as participantes. Antes de cada sessão, foi realizada a assepsia da pele
das participantes com algodão e álcool.
A fotografia foi realizada com a participante em posição ortostática com roupa de
banho, com a luz acesa, e a máquina sem flash e com uma distância de 40 cm do glúteo
máximo. Foram tiradas duas fotos de cada participante, uma com o músculo glúteo
máximo contraído, e outra com o glúteo máximo relaxado, na avaliação e na reavaliação
respectivamente.
Os testes para reconhecer o FEG foram o “teste da casca de laranja”, e o “teste da
preensão ou pinch test”.
Os testes realizados foram os testes de Wilcoxon para amostras independentes,
sendo analisado com significância de 5% (α=0,05) e nível de confiança de 95%, utilizando
o software Statdisk®, para comparar o grau do FEG antes e depois.
Para caracterizar os graus do FEG também foi empregado o procedimento de
estatística descritiva: cálculo de medida de tendência central como média; e ainda
mínimo, máximo e moda.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
De acordo com a ficha de avaliação inicial constatou-se que a faixa etária das
pacientes participantes variou entre 18 e 24 anos, com uma idade média de 20,8 anos.
A tabela 1 abaixo demonstra os graus de FEG das pacientes da amostra, antes e
depois do tratamento.
Tabela 1 - Graus do FEG antes e após o tratamento
Paciente
Antes do TTO
Após o TTO
1
2
1
2
2
2
3
1
1
4
2
2
5
2
1
6
2
2
7
1
1
8
2
2
9
2
2
10
2
2
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
O valor mínimo do grau do FEG obtido pelas 10 participantes da pesquisa foi grau
1 e o valor máximo obtido foi grau 2. A moda dos graus do FEG obtida foi grau 2.
O teste de Wilcoxon, para análise dos graus do FEG, não verificou significância
estatística entre os valores antes e após o tratamento (p=0,31), demonstrando então que
não houve diferença no FEG com o tratamento.
Em relação aos testes realizados antes e depois das avaliações observou-se que o
teste de “casca de laranja” foi positivo em 100% das participantes tanto antes quanto após
o tratamento. O pinch test foi negativo em 90% das participantes antes da aplicação do
tratamento e depois em 100 %.
Conforme Vannucchi e Marchini, o IMC desejável está entre 18,5 e 25 kg/m², a
média do IMC das participantes foi de 20,79 kg/m², observa-se que as pacientes deste
estudo estão dentro do peso ideal.
De acordo com a avaliação e reavaliação seguem abaixo as fotografias de antes e
após 10 sessões:
Figura 3 – Análise da participante 1 com o glúteo relaxado antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 4 – Análise da participante 1 com o glúteo contraído antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelas autoras, 2010.
Figura 5 – Análise da participante 2 com o glúteo relaxado antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 6 – Análise da participante 2 com o glúteo contraído antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 7 – Análise da participante 3 com o glúteo relaxado antes e após do tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 8 – Análise da participante 3 com o glúteo contraído antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 9 – Análise da participante 4 com o glúteo relaxado antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 10 – Análise da participante 4 com o glúteo contraído antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 11 – Análise da participante 5 com o glúteo relaxado antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 12 – Análise da participante 5 com o glúteo contraído antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 13 – Análise da participante 6 com o glúteo relaxado antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 14 – Análise da participante 6 com o glúteo contraído antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 15 – Análise da participante 7 com o glúteo relaxado antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 16 – Análise da participante 7 com o glúteo contraído antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 17 – Análise da participante 8 com o glúteo relaxado antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 18 – Análise da participante 8 com o glúteo contraído antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 19 – Análise da participante 9 com o glúteo relaxado antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 20 – Análise da participante 9 com o glúteo contraído antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 21 – Análise da participante 10 com o glúteo relaxado antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
Figura 22 – Análise da participante 9 com o glúteo contraído antes e após o tratamento
Fonte: pesquisa realizada pelos autores, 2010.
De acordo com a análise das fotos observamos que nas pacientes 1 e 5 houve
mudança de grau de 2 para 1 e nas áreas acometidas por grau 3 houve melhora do
aspecto do FEG. Nas pacientes 6 e 9 houve mudança do aspecto geral da pele, porém
sem alteração no grau do FEG. Nas pacientes 2, 3, 4,7, 8 e 10 não houve melhora do
FEG.
Segundo Guirro e Guirro e Vannucchi e Marchini, a sensibilidade do paciente é um
ponto importante a ser observado, pois quanto maior a intensidade que o paciente
suportar, maior a profundidade do campo elétrico e maior o número de unidades motoras
recrutadas.
Quanto ao uso de anticoncepcional constatou-se que 6 participantes (60%) faziam
uso e 4 participantes (40%) não faziam uso deste medicamento. Kede e Sabatovich,
afirmam que entre os fatores predisponentes do FEG, encontram-se alterações
hormonais, sendo o estrogênio o principal responsável pela disfunção inicial e pelo seu
agravamento. Isto esta relacionado ao fato de que a maior incidência é no sexo feminino,
início após a puberdade e piora com terapias anticoncepcionais.
Segundo Corrêa e Brongholi, o registro fotográfico não é tão fidedigno como a
avaliação fisioterapêutica, pois pode haver mudanças de um registro para outro devido,
como por exemplo, a iluminação do local.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A fisioterapia vem ampliando cada vez mais a sua área de atuação, buscando o
equilíbrio entre saúde e qualidade de vida. A fisioterapia dermato-funcional, antes
conhecida como fisioterapia estética, visava apenas à melhora ou restauração da
aparência, hoje se preocupa também em melhorar e restaurar a função. O conhecimento
mais aprofundado nessa área permite uma melhor eficácia dos tratamentos, diminuindo
os riscos à saúde.
O FEG é uma desordem localizada que afeta o tecido dérmico e subcutâneo, além
de ter um impacto significativo à imagem e a autoestima, pode levar a acometimentos
físicos, como a dor e o aumento na sensibilidade no local afetado. Existem inúmeras
terapêuticas que tem por objetivo o tratamento do mesmo, como é o caso da corrente
russa, que estimula a circulação sanguínea e linfática, o que faz com que ocorra melhora
no trofismo dos tecidos. O FEG apresenta uma série de fatores predisponentes e
agravantes que dificultam ou impedem o sucesso no seu tratamento.
Neste estudo não observou-se resultados significativos no tratamento do FEG com
a corrente russa, porém obtiveram-se resultados positivos em 20 % das pacientes, e em
outras 20% houve melhora do aspecto geral da pele.
A partir da grande dificuldade encontrada em se obter estudos relacionados ao
FEG com a estimulação russa, sugere-se que novos estudos sejam realizados, a fim de
que se comprove a real efetividade do tratamento proposto para esta patologia, que hoje
é acomete 90% das mulheres em todo o Brasil.
REFERÊNCIAS
1. GUIRRO, Elaine Caldeira de O.; GUIRRO, Rinaldo Roberto de J.. Fisioterapia
dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3. ed. rev. e ampl. Barueri:
Manole, 2002. 560 p.
2. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas; 2002.
3. FOSS, Merle; Keteyian, Steven J.. Fox bases fisiológicas do exercício e do
esporte. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 560 p
4. AGNE, Jones E.. Eletrotermoterapia: teoria e prática. 1 ed. Santa Maria: Orium,
2008. 365 p.
5. CARIEL, Leon. A celulite e seu tratamento médico atual. São Paulo: Andrei,
1982. 129 p.
6. VANNUCCHI, H; MARCHINI, JS. Nutrição clínica. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2007. xxvi, [16], 445 p.
7. KEDE, MPV, SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2. ed. rev. e ampl. São
Paulo: Atheneu, 2009. 795 p.
8. CORRÊA, MB, BRONGHOLI, K, Efeitos obtidos com a aplicação do ultra-som
associado à fonoforese no tratamento do fibro edema gelóide. [monografia].
Tubarão: Universidade do Sul de Santa Catarina; 2005. Disponível em: <
http://www.fisio-tb.unisul.br/Tccs/02b/elaine/artigoelainepickleroenning.pdf>.
Acesso em 5 Ago. de 2010.
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