avaliação de diferentes lâminas de irrigação na formação de mudas

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Código do trabalho 18
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO NA FORMAÇÃO
DE MUDAS E NO ESTÁGIO INICIAL DE CAMPO DO EUCALIPTO
LUCIANO HENRIQUE DA SILVEIRA1 ANTONIO CARLOS BARRETO2 OLEGÁRIO PINHEIRO DE
SOUZA3 DENISE FIGUEIREDO BIULCHI4
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro - Campus Uberaba - 2 Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Triângulo Mineiro - Campus Uberaba - 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro Campus Uberaba - 4 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro - Campus Uberaba -
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AGRONOMIA
RESUMO
O presente trabalho de pesquisa tem como objetivo avaliar diferentes lâminas de irrigação na fase de formação de mudas e no estágio
inicial de campo do eucalipto, clones I-224. Em que as lâminas de irrigação avaliadas estão sendo: 75%, 100%, 200% e 300% da ETO.
Os ensaios experimentais foram divididos em duas fases da cultura e estão sendo executados na Unidade I do IFTM, campus Uberaba. As
avaliações correspondentes à fase de formação de mudas ocorreram entre os dias 15/06/2010 e 06/07/2010, totalizando 21 dias de
pesquisa experimental. O tratamento que apresentou respostas mais eficientes no desenvolvimento da altura e diâmetro do caule foi o de
300% da ETO. Enquanto que a fase de avaliações correspondente ao estágio inicial de campo ainda não está sendo executada, e deverá
ocorrer ao término da implantação da estrutura física necessária para a continuidade do desenvolvimento do trabalho. Assim, serão
realizadas avaliações relativas à aplicação de diferentes lâminas de irrigação no estágio inicial de campo da cultura, como comparações
entre cultivo de eucalipto irrigado e outro plantio desprovido de irrigação; viabilidade da utilização de irrigação por gotejamento em
eucaliptocultura; respostas fisiológicas da cultura à irrigação e determinação da lâmina ótima e econômica do eucalipto na região do
município de Uberaba.
PALAVRAS-CHAVE
Eucalipto, lâminas de irrigação, irrigação em eucaliptocultura, gotejamento, clone I-224.
INTRODUÇÃO
O eucalipto é a designação relativa às várias espécies vegetais do gênero Eucalyptus, originárias da Oceania. Importante economicamente,
serve como matéria-prima utilizada na fabricação de móveis, papel, carvão e outros produtos. Hoje o Brasil detém tecnologia de ponta na
produção de eucalipto e exporta conhecimentos técnicos e científicos para o mundo todo. Das plantações florestais brasileiras, cerca de
dois terços correspondem a plantações de eucalipto, contribuindo significativamente no PIB e na geração de empregos e divisas (SBS,
2006). Na formação de mudas de eucalipto, usualmente se irriga em excesso, gerando desperdícios. O manejo racional da irrigação
consiste na aplicação da quantidade necessária de água às plantas, onde é possível reduzir até 20% da água e 30% da energia usados em
um bombeamento desnecessário (CEMIG, 2003). Além disso, o excesso hídrico causa encharcamento do substrato, que dificulta a aeração
e favorece o ataque de patógenos. Entretanto, o déficit hídrico reduz a capacidade metabólica do vegetal, acarretando sua morte
(RODRIGUES, 2007). A crescente pressão para a produção de mudas com alta qualidade e com o menor custo possível, exige um
entendimento melhor das relações hídricas, em que as respostas fisiológicas da cultura tendem a ser específicas em diferentes regiões de
cultivo. Em razão disso, se faz necessário a realização de uma pesquisa na região do município de Uberaba que possibilite encontrar a
lâmina de irrigação mais eficiente para ser utilizada na produção. O objetivo da pesquisa é avaliar 4 diferentes lâminas de irrigação na
fase de formação de mudas e no estágio inicial de campo do eucalipto na região de Uberaba e assim indicar a lâmina de irrigação que
melhor sobressair nos ensaios experimentais à eucaliptocultura comercial.
MATERIAS E MÉTODOS
Os ensaios experimentais em clones de eucalipto I-224 estão sendo conduzidos na Unidade I do IFTM - campus Uberaba. Divididos em
duas fases, a fase de formação de mudas foi conduzida no viveiro de produção de mudas, localizado na latitude 19º39’53’’ S e na longitude
47º58’04’’ O; enquanto que o estágio inicial de campo está sendo implantado em uma área “a céu aberto”, localizado na latitude 19º39’40”
S e na longitude 47º58’08” O. Os ensaios experimentais executados durante fase de formação das mudas do trabalho de pesquisa foram
conduzidas no viveiro de produção de mudas, em 21 dias. As lâminas de irrigação avaliadas, foram aplicadas através do sistema de
irrigação por micro-aspersão, implementado no local. Para completar a estrutura utilizada na fase inicial do trabalho de pesquisa, foram
construídas 4 bancadas para suportar os tubetes e as mudas avaliadas, adaptando-se uma tela metálica onde são encaixados os tubetes; as
bancadas foram construídas internamente a um abrigo termométrico (Figura 1A). Cada uma das 4 bancadas correspondeu a um tratamento
específico, contendo 52 mudas suportadas respectivamente em 52 tubetes com volume de 56 cm3 sobre cada bancada. Os tratamentos
avaliados no trabalho de pesquisa foram: 75% da ETo, 100% da ETo, 200% da ETo e 300% da ETo. Onde a ETo é a evapotranspiração de
referência. Assim, cada tratamento foi aplicado em um determinado intervalo de tempo de funcionamento do sistema de irrigação por
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micro-aspersão presente no local. Sendo os intervalos de tempo de funcionamento do sistema de irrigação para cada tratamento, obtidos
pela equação de Hargreaves-Samani, em que para o desenvolvimento dos cálculos dessa equação era necessário averigüar rotineiramente
as temperaturas máximas e mínimas registradas pelo termo-higrômetro durante todos os dias em que se vigorou esta fase do trabalho de
pesquisa. Além de uma análise visual sobre as mudas avaliadas nos diferentes tratamentos, ao início e ao fim da utilização dos tratamentos
avaliados, foram medidos o diâmetro e a altura dos caules de 20% das unidades que compunham cada parcela escolhidas aleatoriamente
em cada observação, com o auxílio de um paquímetro digital. Ao término das observações, foi realizada a análise estatística dos
parâmetros coletadas. Após a conclusão do ensaio experimental da fase de formação de mudas, está sendo implantada a estrutura física que
possibilitará a continuidade do trabalho, onde as mudas de eucalipto serão submetidas à avaliação em seu estágio inicial de campo. Assim,
serão avaliadas as 4 lâminas de irrigação verificadas na fase de formação de mudas, somadas a um tratamento sem irrigação. Os 5
tratamentos serão compreendidos por 36 mudas cada um, dispostas em 6 linhas de plantio, com espaçamento 3x3 metros (Figura 1B). Para
isso, foram procedidas a gradagem na área a ser utilizada; a coleta e análise química de amostras de solo do local; a montagem do sistema
de irrigação por gotejamento; e, a adição de fertilizantes e corretivos no solo. Nos próximos dias serão iniciadas as avaliações dos
tratamentos da fase inicial de campo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi constatado através da análise estatística que houve diferenças significativas entre todos os tratamentos avaliados nos 21 dias de
observação da fase de formação de mudas (Tabela 1). As mudas de eucalipto apresentavam melhores respostas em função do aumento da
lâmina de irrigação aplicada (Figura 2). Em nenhum dos tratamentos observados a lâmina de irrigação acima da ET0 causou prejuízos à
formação das mudas, ou seja, não foram observados eventuais ocorrências como apodrecimento de raízes e presença de patógenos. O
tratamento que apresentou melhor eficiência nos padrões observados, foi o 300% da ET0, (maior lâmina). Porém, a aplicação de uma
lâmina de irrigação maior que 300% da ET0 representa a uma quantidade excessiva, com base na drenagem diária observada no tratamento
300% da ET0, que corresponde a cerca de 10 mL em cada muda. Observou-se ainda, que o tratamento 75% da ET0 não ocasionou nenhuma
morte ou perda, podendo-se inferir que a cultura apresenta certa resistência ao estresse hídrico, uma vez que as 52 mudas que compunham a
parcela correspondente ao tratamento resistiram à disponibilidade hídrica abaixo das necessidades da cultura. Estas observações podem
ser notadas na fotografia que registra a comparação visual entre plantasl de cada tratamento (Figura 2).
AGRADECIMENTOS
- À FAPEMIG pela concessão de bolsa ao primeiro autor.
- Ao viveiro comercial VALOR VERDE, pelo fornecimento das mudas de eucalipto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CEMIG. Estudo de otimização energética: setor irrigação – pivô central. Belo Horizonte, 1993. 22 p.
RODRIGUES, S. B. S. Análise do uso de água em unidades de produção de mudas de eucalipto. Viçosa, MG:
UFV, 2007. 106 f. Dissertação (Mestrado) – Departamento de Engenharia Agrícola, Universidade Federal de
Viçosa, Viçosa.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURA – SBS. Fatos e números do Brasil florestal. [S.1.]: SBS,
2006.
FIGURAS, GRÁFICOS E TABELAS
Figura 1. A - Estrutura do viveiro de mudas; B - Croqui da futura áera experimental.
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Figura 2. Plantas referentes aos diferentes tratamentos.
Tabela 1. Altura média do caule (mm) das mudas de Eucalipto, submetida a diferentes lâminas de irrigação.
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