Herculano Ramos Município de Natal-RN Herculano Ramos Arquiteto Engenheiro Arquiteto projetista de importantes edificações. É nome de Rua no Alecrim, Natal. Herculano Ramos (Nascimento, MG, 1854 e faleceu em B. Horizonte-MG, a 17 de janeiro de 1928. RAMOS, Herculano - Nasceu em Minas Gerais (1854), filho de Pantaleão José da Silva Ramos. Estudou na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, cursando Arquitetura (1869-1875). Complementou a formação acadêmica na Europa, aperfeiçoando os conhecimentos na área de engenharia civil. Retornando ao Brasil (1876), trabalhou em várias Províncias (depois, Estados): construiu o Matadouro do Rio de Janeiro e a Estação Ferroviária do Recife; foi Secretário de Obras Municipais em Recife e Belém-PA; integrou uma equipe técnica que procedeu a benfeitorias no Porto de Natal e, aqui se fixando por dez anos (1904-1914), desenvolveu inúmeros projetos, dentre os quais incluem-se o Grupo Escolar Augusto Severo, os jardins da (1) Praça Augusto Severo, o Solar Bela Vista, o Teatro Carlos Gomes (hoje, Alberto Maranhão) e várias residências particulares (era a época dos palacetes, chalés, chácaras e mansões que embelezaram Natal no fim da “belle époque”): Edificou muita casa bonita, em Natal, diria Câmara Cascudo em sua Acta Diurna de 26.07.1944, também editada n´O Livro das Velhas Figuras, Vol. I, p. 119. Faleceu em Belo Horizonte, a 17 de janeiro de 1928. (1) Uma inspeção e análise completa do prédio (1910), que lhe fora solicitada pelo então Governador Alberto Maranhão (V. “MARANHÃO, Alberto Frederico de Albuquerque”, na p. 138), levou-o a constatar (...) a necessidade de reconstrução completa do edifício, utilizandose (aproveitando-se), apenas, as paredes laterais, conforme menciona Meira Pires (Teatro Alberto Maranhão e Seu Patrono, Síntese Histórica, p. 19). Herculano Ramos 400 Nomes de Natal Formado em Arquitetura pela Academia Imperial de Belas Artes, no Rio, aperfeiçoou seus conhecimentos na área de Engenharia Civil na Europa. Residiu de 1904 a 1914 em Natal, onde projetou e construiu jardins, casas, palácios, cenários. Câmara Cascudo conta que em fins de 1913 o seu pai, CeI. Cascudo, "adquiriu ao arquiteto Herculano Ramos a "Vila Amélia" no Ti rol; região de chácaras e quintais". A propriedade ocupava três quartos do quarteirão entre as avenidas Campos Sales, Rodrigues Alves, Apodi e Jundiaí, n°. 93. No livro "O Tempo e Eu", Cascudo relembra Herculano sobretudo como o grande arborizador da cidade, "devastada pela incurável dendrofobia prefeitura; subseqüente". Conta que ele transformava terrenos arenosos em parques frondosos, como fez nas praças André de Albuquerque, Augusto Severo e avenidas como a Sachet, hoje Duque de Caxias, surpreendendo a todos com a inovação de transplantar árvores adultas. Um dos incrédulos foi o Capitão Brito - Antônio Pereira de Brito - ele apostou fios da própria barba que um trapiazeiro transplantado adulto em 1910 não resistiria mais que um ano. Quando Herculano Ramos deixou Natal em 1914 seguindo para o Ceará, a árvore continuava firme e forte. O Capitão embarcou para o Estado vizinho para entregar-lhe os fios da barba perdidos. "Tudo se transformou em abraços e cerveja Portei; no bar do navio". Cascudo explica que a estória lhe foi narrada por Tavares de Lyra, que testemunhou a aposta. Residiu em diversas capitais brasileiras: Rio, Recife, Belém, Fortaleza, sempre realizando construções e melhoramentos. Em Natal destacou-se na equipe técnica que procedeu melhorias no Porto de Natal. (Rejane Cardoso) Fonte: Transcrito de 400 Nomes de Natal – Natal (RN), Prefeitura Municipal do Natal, 2000, págs. 311 a 312. Observação Solicitamos aos eventuais leitores que, caso disponham de outras informações que possam enriquecer este verbete, favor encaminhá-las à Fundação José Augusto através do seu Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, situado na Rua Jundiaí, 641, Tirol, CEP 59020-120, ou, pelo E-mail [email protected]