Instituto de Educação Tecnológica Pós-graduação MBA Gestão de Projetos 27 de Outubro de 2015 Corrente Crítica: Um novo Conceito Aplicado ao Gerenciamento de Prazo e Recurso de um Projeto Ana Elisa Gonçalves Analista de Planejamento [email protected] JUSTIFICATIVA Estouro no orçamento, atrasos e comprometimento do conteúdo são os principais problemas enfrentados em quase todos os tipos de projetos. Com isso, as pessoas têm o paradigma de que trabalhar com estimativas de projetos é um verdadeiro caos. Para quebrar essa ideia, o israelense Dr. Eliyahu M. Goldratt apresentou ao mundo a Corrente Crítica, que é considerada um dos maiores avanços na área de gerenciamento de projetos dos últimos 30 anos e tem sua origem na Teoria das Restrições. Resumidamente, o livro aborda de forma sucinta que assim como em uma corrente, a empresa é tão forte quanto o seu elo mais fraco. Logo, se é desejável melhorar o desempenho do sistema, será preciso conhecer sua principal restrição e atuar nela, de forma a promover um processo de melhoria contínua. Além do mais, o autor sugere que as atividades sejam planejadas estimando suas durações de forma agressiva, reduzindo expressivamente o tempo solicitado, mas de forma que seja possível a realização de cada atividade do cronograma. 1 1 INTRODUÇÃO O Critical Chain Project Management ou CCPM (Gerenciamento de Projetos Corrente Crítica) é uma derivação dos conceitos fundamentais da Theory of Constraints ou TOC (Teoria das Restrições), filosofia de negócios que se baseia na existência de restrições e ou gargalos em um sistema de produção. A TOC foi proposta pelo físico israelense Eliyahu Moshe Goldratt e consagrada em 1984 no livro The Goal (A Meta), que em 2013 foi considerado pela revista on-line Exame.com um dos 15 livros que todo empreendedor deveria ler (ZUINI, 2013). Resumidamente, a TOC considera que os sistemas de um negócio sofrem uma limitação devido à existência de um ou mais gargalos em seus processos, e como consequência, o atingimento das metas traçadas pela organização ficam comprometidas. Uma frase famosa e que ilustra bem esse pensamento é “uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco”. Isso significa que sempre haverá um sistema/ processo na organização enfraquecido, o que prejudicará o desempenho da empresa. Em outras palavras, a incapacidade de uma máquina ou processo de atender uma determinada demanda, ou a paralização de alguma atividade em função do defeito de um equipamento ou escassez de recursos, é considerado um gargalo no ambiente de produção (fluxo contínuo). Aplicando os conceitos da TOC em um ambiente de projetos de forma simples, fácil e lógica, GOLDRATT (2007) abordou em seu livro Corrente Crítica, obra considerada uma novela empresarial, os principais erros contidos nos paradigmas do gerenciamento de projetos. Além disso, o autor diferencia bem os conceitos da sua teoria CCPM ao denominado Método do Caminho Crítico (CPM), que tem por objetivo calcular as datas de início/ término mais cedo e início/ término mais tarde do projeto e as folgas existentes nesse caminho, desconsiderando qualquer limitação de recurso do projeto. Diante o exposto, tal artigo foi motivado pela vivência das práticas comuns de planejamento de projeto, que em grande parte dos casos, resultam em projetos de insucesso, pois não atingem seus objetivos de orçamento, prazo, qualidade e escopo do projeto. Além disso, este trabalho objetiva demostrar algumas das técnicas abordadas por GOLDRATT (2007) em seu livro, que visa alcançar dois dos principais desafios existentes no mundo da gestão de projetos: concluir o projeto no menor prazo possível e maximizar o número de projetos simultâneos com uma mínima utilização de recursos. 2 2 2.1 REVISÃO DA LITERATURA Revisão dos conceitos do método do Caminho Crítico (CPM, PERT ou Tradicional) Muito conhecido no mundo dos projetos como método PERT-CPM, na verdade esses acrônimos são duas metodologias criadas e desenvolvidas na década de 50, porém, devido a grande semelhança são tratadas como uma única apenas. O modelo PERT do inglês Program Evaluation and Review Technique foi desenvolvido pela NASA a fim de controlar o tempo e a execução das atividades realizadas pela primeira vez. Já o método CPM do inglês Critical Path Method foi criado na empresa norte-americana DuPont com o objetivo de realizar as paradas de manutenção no menor prazo e com o nível constante de utilização dos recursos (MARCUS, 2007). Tal metodologia, identifica a sequência de atividades que não podem ter um dia sequer de atraso (ou comumente conhecido como folga), pois, caso isso ocorra, todo o projeto estará atrasado e a data final estará comprometida. Sendo assim, a técnica demostra quais atividades o gestor de projetos e os responsáveis devem ficar atentos (PAIVA, 2011). A Figura 1 representa graficamente a rede PERT-CPM e as atividades que fazem parte do caminho crítico. Figura 01 – Caminho Crítico Fonte: integrasolucoes.wordpress.com, 2013. O caminho crítico é aquele que possui a maior soma das durações das atividades. Na Figura 1, esse caminho é representado pelas caixas vermelhas (atividades) e as setas representam o fluxo/ sequência lógica que as atividades devem acontecer. Sendo assim, qualquer mudança de prazo nessas atividades impactará a data de término do projeto. Outra finalidade do caminho crítico do projeto é determinar as datas de início e término mais cedo e mais tarde de cada atividade. Com a determinação dessas datas, é possível obter as folgas livre e total do projeto. 3 As atividades também podem ser representadas conforme esquema na Figura 2, no qual são determinadas as possíveis datas de início e término, podendo elas iniciar ou terminar mais cedo ou o mais tarde sem alterar a data final do projeto. Figura 2 –Início/ Término do Projeto Fonte: integrasolucoes.wordpress.com, 2013. Os acrônimos são definidos conforme abaixo: ES: Early Start ou início mais cedo ou início antecipado; EF: Early Finish ou término mais cedo ou término antecipado; A: Atividade A (cada atividade deve possuir um número/ letra diferente de controle, para graficamente ser mais fácil de identifica-la); (d): Duração da atividade A; LS: Late Start ou início mais tarde ou início atrasado; LF: Late Finish ou término mais tarde ou término atrasado. Considerando que o caminho crítico seja o de maior duração dentro de um projeto, basta acelerá-lo para conseguir acelerar também todo o trabalho, entretanto, é relevante entender que a identificação do caminho crítico fundamenta-se nos seguintes parâmetros (GOMES, 2009): Identificar de imediato se é possível ou não cumprir o prazo estabelecido para a conclusão do projeto; Identificar quais são as atividades que não podem atrasar (críticas), permitindo um controle mais eficaz do que é prioritário; Priorizar as atividades que consigam antecipar a data final de término dos trabalhos, e que podem conseguir antecipar a data final do projeto; Estabelecer as possíveis datas de início e término de projeto, com base no caminho crítico e as folgas existentes entre as atividades. Em várias literaturas ou sites na internet é possível encontrar como se calcula o caminho crítico e o início/ término mais cedo ou tarde de um projeto, e, maiores detalhes sobre a metodologia PERT-CPM aplicada ao gerenciamento de projetos. A facilidade de uso 4 justifica e explica a grande difusão dessa técnica nos mais diferentes níveis e áreas de projetos, sendo que a matemática requerida para esse método é apenas somar, subtrair e comparar valores 2.2 O Método da Corrente Crítica (CCPM) O CCPM ou o Método da Corrente Crítica foi desenvolvido em 1997 pelo físico israelense Eliyahu M. Goldratt, autor do best seller “A Meta”. Goldratt é considerado uma das personalidades mais influentes na história da indústria, especialmente em função do seu conceito sobre a Teoria das Restrições (TOC) desenvolvida a partir dos anos 80. A TOC é uma metodologia de gerenciamento holístico que dispõe de soluções, processos, ferramentas e conceitos fundamentais que proporcionam melhorias significativas do desempenho operacional e financeiro da empresa, normalmente utilizando os mesmos recursos existentes, grande desafio no atual ambiente complexo dos negócios. Tirando esse conceito do ambiente de produção, e aplicando ao ambiente de projetos, obtém-se o CCPM (ALMEIDA, 2015). A partir de um entendimento simples e lógico, assim como o apresentado no livro “A Meta”, Goldratt apresentou ao mundo dos negócios o que há de errado com os paradigmas existentes no gerenciamento de projetos e os principais conceitos da sua solução através do livro “Corrente Critica”. O modelo tradicional ou caminho crítico, baseia-se na premissa de que as atividades do projeto atrasam devido aos diversos riscos aos quais elas estão expostas. Desta forma, a fim de minimizar esses riscos, insere-se uma margem de segurança (gordura) na estimativa de duração das atividades. Ao final, já que cada responsável adicionará uma contingência nas atividades aos quais são responsáveis, o cronograma terá uma duração muito maior do que o necessário (VARGAS, 2007). O método da Corrente Crítica segundo Goldratt (2007) propõe quebrar este paradigma, através da criação de estimativas mais agressivas, sem as margens de segurança, porém viáveis de serem realizadas. Essa redução pode alcançar 50% dos valores originalmente estimados e ao final, um cronograma muito mais enxuto será obtido. Para obter redução significativa desse cronograma, Goldratt (2007) recomenda a inserção de pulmões (buffers) ao longo do diagrama de rede do cronograma, no qual serve de amortecedor para todo o projeto, e não só específico para uma atividade apenas. Outra proposta da CCPM é a eliminação da multitarefa, ou seja, um determinado recurso passará 5 a não mais executar atividades em paralelo, já que esta prática acarreta em um aumento de duração do projeto e perda da qualidade, pois os recursos trabalham de forma sobrecarregada e sem foco. Com isso, Goldratt propõe que as atividades sejam executadas de forma sequencial (VARGAS, 2007). Segundo Goldratt (2007), outro problema enfrentado pela corrente crítica é a Síndrome do Estudante. De acordo com essa teoria, sempre que possível, o recurso irá solicitar mais tempo para executar a tarefa mesmo não sendo necessário. Neste sentido, todas as atividades não-críticas devem ser iniciadas na sua data mais tarde, ao invés da data mais cedo como é utilizado na metodologia tradicional, pois assim, o desperdício de tempo é reduzido. Outro desafio que a Corrente Crítica busca combater é a Síndrome de Parkinson, a qual afirma que o trabalho se expande para preencher todo o espaço disponível, ou seja, mesmo que uma atividade possa ser concluída antes do tempo disponível, o recurso gastará todo o tempo restante para completá-la, portanto, a eliminação da gordura é um método de combate eficiente nesse caso. 2.3 Benefícios comparativos do Método Tradicional (CPM) x Método da Corrente Crítica (CCPM) O CCPM têm sido aplicado em diversos setores há mais de 12 anos, porém ele se destaca nos seguintes ramos de atividade: Aeroespacial Construção Civil Governo Siderúrgico Agricultura Consultoria Industrial Software Alimentício Eletrônicos Marketing Telecomunicações Assistência Médica Engenharia Militar Automotivo Farmacêutica Seguros Os benefícios obtidos a partir da utilização da Corrente Crítica depende do nível de desempenho da empresa, da indústria e/ou do tipo de negócio. Porém, segundo Almeida (2015), uma pesquisa realizada no início do século XXI mostrou que as empresas obtiveram os seguintes resultados: Desempenho de entrega superior a 95%; Capacidade produtiva aumentada entre 25% a 50%; Redução dos prazos em 30%. 6 A tabela 1, elaborada por Almeida (2015), compara e contrasta os elementos do CCPM com as técnicas de gerenciamento tradicionais: MÉTODO TRADICIONAL CORRENTE CRÍTICA (PRÁTICA COMUM) ( CCPM ) Embute bastante segurança nas estimativas de duração das tarefas. Considera estimativas agressivas na duração das tarefas Início das tarefas não é postergado, as "firulas" são eliminadas, a duração da tarefa é reduzida, maior visibilidade do que realmente toma tempo. A segurança é embutida em cada tarefa do projeto. Segurança é agregada e protege o projeto como um todo. A segurança não é apoderada por tarefas ou pessoas mas compartilhada entre todos. Ela é preservada e usada de forma mais efetiva pelo projeto. O foco é colocado no que é mais importante para o cliente: entrega no ou antes do prazo. Para garantir um bom controle de execução do projeto é necessário controlar o progresso de cada tarefa. Ênfase no controle do que foi executado em cada tarefa. Status do projeto verificando o consumo da corrente crítica versus o consumo do pulmão do projeto. Todos os integrantes do projeto tem uma visão global. O micro gerenciamento é evitado. O Gerente de Projeto tem uma visão consistente durante todo o projeto. Os eventos (tarefas) que atrasam o projeto estão sempre em evidência e as pessoas focam nestas tarefas. Os problemas são identificados antecipadamente e desta forma resolvidos mais rapidamente. Independentemente da situação, quanto antes iniciarmos uma tarefa, antes ela será finalizada. Iniciar todas as tarefas do projeto o mais cedo possível. A multitarefa nociva é reduzida significativamente e Iniciar as tarefas desta forma o projeto é finalizado mais somente quando elas rapidamente. Recursos críticos e limitados não são realmente devem sobrecarregados com tarefas que não são críticas. iniciar. O uso destes recursos é baseado nas prioridades e não no "primeiro que entra, primeiro que sai". As estimativas fornecidas se tornam compromissos. Se espera que as tarefas iniciem e finalizem no prazo estipulado. As pessoas se comprometem a realizar as tarefas o mais rápido que puderem. O projeto é gerenciado como uma corrida de revezamento. O bastão sempre está no máximo da velocidade. As pessoas estão preparadas para começarem suas tarefas, devem realizá-la o mais rápido possível e passar para o recurso seguinte. Se você está "carregando o bastão" sua tarefa é monitorada de perto; todas as outras tarefas tem uma prioridade menor e podem ser auto gerenciadas. As pessoas tem melhor foco, os projetos finalizam no ou antes do prazo e com menos despesas. Conflito de recursos é um "fato da vida". Eliminar conflito de recurso. A multitarefa é eliminada desde o início. Todos os recursos críticos são identificados e desta forma os projetos adequadamente são devidamente escalonados. Multitarefa é um "fato da vida". Eliminar a multitarefa nociva. Com a eliminação da multitarefa os tempos do projetos reduzem em até 40%, a carga sobre as pessoas diminui significativamente, a qualidade do trabalho melhora assim com o ambiente de trabalho. Reagir às incertezas monitorando o impacto da realidade no consumo dos pulmões. Os planos dos projetos permanecem consistentes e a confusão diminui significativamente. O monitorament0 é feito olhando para frente e não para trás. As atividades e recursos críticos que estão colocando o projeto em risco são claramente definidos. O impacto de um projeto nos outros projetos é minimizado, a organização como um todo tem uma visibilidade clara da situação dos projetos e como consequência o desempenho dos projetos melhora significativamente. PARADIGMA ATUAL Quanto mais segurança puder embutir, melhor. Para um projeto finalizar no prazo é necessário que todas as tarefas acabem no prazo. As pessoas devem se comprometer com as suas estimativas de prazo. A forma de obter a máxima eficiência é garantir que o recurso esteja sempre ocupado. Reprograme o projeto sempre que a realidade não corresponder ao planejado. Reagir às incertezas reprogramando as tarefas, recalculando o caminho crítico e mudando quase todas as prioridades. BENEFÍCIOS DA CORRENTE CRÍTICA Tabela 1 – Benefícios da CCPM x Método Tradicional Fonte: Almeida (2015) 7 3 CONCLUSÃO O método tradicional ou a metodologia PERT-CPM baseia no paradigma de que as atividades do projeto podem e irão atrasar, pois elas estão expostas a vários riscos incontroláveis e imprevisíveis, e com isso é saudável e recomendável inserir uma margem de segurança (gordura) na estimativa de duração das tarefas. Entretanto, isso acarreta em um grande problema, pois cada responsável por uma tarefa considera essa margem de segurança, e ao final, o projeto terá custos e prazos inchados visando se proteger dos riscos, que geralmente não são gerenciados. A Corrente Crítica entra exatamente na mudança desse paradigma, sugerindo que as atividades sejam planejadas de forma agressiva, ou seja, recomenda-se reduzir o tempo de duração das mesma, eliminando todos as gorduras e excessos de prazos que são embutidos, mas de forma consciente e factível para que as tarefas sejam executadas conforme o cronograma. Com isso não são as tarefas que ganham “proteções” de prazos, e sim, todo o projeto, através da inserção de buffers ou pulmões que amortecerão os possíveis atrasos. Por fim, considerado por vários especialistas como um dos maiores avanços na área de gerenciamento de projetos nos últimos anos, o CCPM obteve inúmeras implementações bem sucedidas, pois está relacionado ao modo de operação das empresas. Com isso, é importante que sua implementação esteja associada a um processo de análise do ambiente, à capacitação das pessoas envolvidas, e por fim e não menos importante, um consenso quanto aos objetivos e metas a serem atingidos, além da sequência dos passos a serem implementados. Ao final da implantação, basicamente, a maiorias da empresas objetivam com a CCPM diminuir os desvios de orçamento, minimizar os atrasos nas datas planejadas, comprometimento do âmbito/ escopo do projeto e principalmente, reduzir significativamente a duração do projeto. 4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ALMEIDA, Guilherme. Corrente Crítica. Site: http://www.templo.com.br/index.php/correntecritica. Publicado em: 2015. Acessado em: 20/09/2015. GOLDRATT, Eliyahu M.. Corrente Crítica. São Paulo: 1998. Reimpressão: 2007. Ed. Nobel. 8 GOMES, Márcio. Aula 3: CPM (Critical Path Method) – Métododo caminho crítico. Site: https://professormarciogomes.files.wordpress.com/2009/03/cpm-metodo-do-caminhocritico.pdf. Publicado em: 2009. Acessado em: 20/10/2015. MARCUS, Roberto. PERT CPM. Site: http://www.administradores.com.br/artigos/ negocios/pert-cpm/14392/. Publicado em: 18/08/2007. Acessado em: 25/08/2015. NATUCCI, Gabriel. A Teoria da Restrições: O que é? Site: http://www.auctus.com.br/ateoria-da-restricoes-o-que-e/. Publicado em: 09/01/2013. Acessado em: 15/09/2015. PAIVA, Alexandre. Método do Caminho Crítico (CPM – Critical Path Method). Site: http://gerentedeprojeto.net.br/?p=584. Publicado em 17/07/2011. Acessado em: 20/09/2015. VARGAS, Ricardo. PODCAST: Corrente Crítica em Projetos. Site: http://www.ricardovargas.com/pt/podcasts/criticalchain/. Publicado em: 10/12/2007. Acessado em: 15/09/2015. ZUINI, Priscilla.15 livros que todo empreendedor deveria ler em 2013. Exame.com. São Paulo: 2013. Site: http://exame.abril.com.br/pme/noticias/15-livros-que-todo-empreendedordeveria-ler-em-2013. Publicado em: 07/01/2013. Acessado em: 15/09/2015 9