5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção Fusível NH – Zonas de Atuação – 224 A Fusível NH – Zonas de Atuação – 355 A 36 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 37 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 38 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 39 Os fusíveis NH e Diazed são dotados de características de limitação de corrente. Assim, para correntes t elevadas l d de d curto‐circuito, t i it esses fusíveis f í i atuam t num tempo t extremamente t t rápido á id que não ã permite que a corrente de impulso atinja seu valor máximo (redução da capacidade de ruptura do disjuntor). Para q que um fusível atenda a todos os requisitos q de p proteção ç contra as correntes de falta,, é necessário que ele ofereça segurança a todos os elementos localizados a jusante do seu ponto de instalação. Ics 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 40 Característica da corrente de corte dos fusíveis NH 2x104 1,4x104 9x103 Corrente Assimétrica de Impulso Icim Impulso I Gráfico baseado em: Gráfico baseado em: Fa=1,41 ‐> X/R=4,6 I cim 2 I ca 2 Fa I cs Pelo gráfico: I cim 2 I cs então: 2 Fa 2 Fa 2 1, 1 41 4,5x103 1,5x104 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção Característica da corrente de corte dos fusíveis Diazed 41 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 42 Critérios para seleção do fusível para proteção contra as correntes de curto‐circuito: a) Proteção de circuitos terminais de motores I nf I pm K I pm I nm Rcpm Rcpm = I pm 40 A K 0,5 Fator de multiplicação K I pm I nm 40 A I pm 500 A K 0, 4 I pm 500 A K 0,3 I nf : Corrente nominal do fusível (A). I pm : Corrente de rotor bloqueado ou corrente de partida (A). I nm : Corrente nominal do motor (A). Rcpm : Relação entre corrente de partida e nominal do motor. Exemplo de aplicação 5.7 (10.6): Determinar a corrente nominal de um fusível que protege contra sobrecorrente de curto‐circuito um motor trifásico de 50 cv, 380 V, IV pólos sendo Inm=68,8, 68,8, Rcpm=6,4. 6,4. Considerando o fusível encontrado, qual é o tempo máximo que o fusível deve demorar para fundir quando uma corrente de 1000 A passa pelo circuito protegido ? 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 43 Critérios para seleção do fusível para proteção contra as correntes de curto‐circuito: b) Proteção de circuitos de distribuição de motores (CCMs): Quando um agrupamento de motores (CCM) é alimentado por um circuito de distribuição, a determinação da corrente máxima do fusível de proteção deve obedecer aos seguintes critérios: • cada motor deve estar provido de proteção individual contra sobrecarga; • a proteção não deve atuar para qualquer condição de carga normal do circuito; • a corrente nominal do fusível f sí el deve de e ser dimensionada conforme a equação: eq ação maior potência restante I nf I pm K I nm c) Proteção de circuitos de distribuição de aparelhos (cargas gerais): I nf I na I na 1 a 1,15 1 15 1,15 é mais conservativo : Soma das correntes nominais dos aparelhos. 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 44 Critérios para seleção do fusível para proteção contra as correntes de curto‐circuito: d) Proteção de circuitos de distribuição de cargas mistas (motores e aparelhos): É sempre desaconselhável a associação de carga motriz e aparelhos alimentados por um mesmo circuito de distribuição. distribuição Quando não for possível evitar esse tipo de alimentação, alimentação a corrente nominal do fusível pode ser determinada pela equação: maior potência restante I nf I pm K I nm I na e) Proteção de circuitos terminais de capacitores ou banco de capacitores: I nf 1, 65 I nca I nca : Corrente nominal do capacitor ou banco. 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 45 Critérios para seleção do fusível para proteção contra as correntes de curto‐circuito: f) Comportamento do fusível perante a corrente de partida do motor: Deve‐se verificar se o fusível não atua para a corrente de partida do motor. Para isto, é necessário conhecer o tempo de duração da partida e a corrente de partida que irá atravessar o fusível, a qual é função das características construtivas do motor e do tipo de acionamento empregado (chave compensadora, estrela‐triângulo, etc.). Através dos gráficos tempo de fusão x corrente dos fusíveis NH e Diazed é p possível estimar o tempo p de atuação ç p para a corrente de partida do motor. Assim tem‐se que: Taf Tpm Taf : Tempo de atuação do fusível (s). Tpm : Tempo de partida do maior motor (s). g) Proteção da isolação dos condutores dos circuitos terminais e de distribuição: K2 S2 Taf Tsc I cs2 Tsc : Tempo máximo em (s) que a isolação do condutor suporta para uma corrente de curto-circuito trifásica simétrica - I sc ((A). ) Nota: A integral de Joule que o fusível deixa passar não deve ser superior à integral de Joule necessária para aquecer o condutor desde sua temperatura para serviço em regime contínuo até a temperatura limite de curto‐circuito. 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 46 Curvas tempo x corrente do fusível e condutor e condutor 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 47 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 48 h) Proteção dos dispositivos de comando e manobra: Devem ser protegidos contra as correntes de falta a jusante de sua instalação. Normalmente, os fabricantes indicam a corrente máxima dos fusíveis que devem ser pré‐ligados aos dispositivos a fim de eliminar as correntes de falta. Deve ser garantida a seguinte relação: • Contator: I nf I nfc I nff : corrente nominal do fusível projetado (A). I nfc : corrente nominal máxima do fusível indicado pelo fabricante do contator (A). • Relé Térmico: I nf I nfr I nf : corrente nominal do fusível projetado (A). I nfr : corrente nominal máxima do fusível indicado pelo fabricante do relé de sobrecarga/bimetálico (A). • Chave Seccionadora: I nf I nfch I n sec 1,15 I nm I n sec 1,35 I cap (Correntes Nominais) I nff : corrente nominal do fusível projetado (A). I nfch : corrente nominal máxima do fusível indicado pelo fabricante da chave seccionadora (A). 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 49 Exemplo de aplicação 5.8 (10.7): Determinar a corrente nominal dos fusíveis de proteção dos circuitos terminais e de distribuição mostrados no diagrama da figura abaixo. Os circuitos estão contidos em eletroduto enterrado e a isolação do condutor é de PVC, do tipo unipolar. O tempo de partida dos motores é de 2s. A carga C é composta de 728 lâmpadas fluorescentes de 110 W com reator de alto fator de potência, 40 aparelhos de ar‐ condicionado de 12000 BTUs (1,90 kW) e dez chuveiros elétricos de 3500 W. Diagrama Unifilar para o Exemplo 5.8. 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 50 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 51 Seletividade É a capacidade que possui o sistema de proteção de selecionar a parte danificada do circuito e retirá‐la de serviço sem alterar os circuitos em condições normais. Coordenação Ato ou efeito At f it de d dispor di d i ou mais dois i dispositivos di iti d proteção de t ã em série, é i de d forma f a atuarem em uma sequência de operação preestabelecida garantindo a seletividade da proteção. Tipos Ti d Seletividade: de S l ti id d 1. Seletividade amperimétrica; 2 Seletividade cronológica; 2. 3. Seletividade lógica. 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 52 Seletividade Amperimétrica: p Baseada no princípio de que as correntes de curto‐circuito crescem à medida que o ponto de defeito aproxima‐se da fonte de suprimento. • Ajuste das proteções P1 e P2 devem satisfazer: I p1 I cs I p 2 • A primeira proteção a montante do ponto de A primeira proteção a montante do ponto de defeito deve ser ajustada a um valor inferior à corrente de falta ocorrida dentro da zona protegida: I p 2 0,8 I cs • As proteções situadas fora da zona protegida devem ser ajustadas com valores superiores à corrente de defeito: I p1 I cs 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 53 Seletividade Cronométrica: • Baseada no princípio de que a temporização intencional do dispositivo de proteção próximo ao ponto de defeito seja inferior à temporização intencional do dispositivo de proteção a montante. • A diferença dos tempos de disparo de duas proteções consecutivas deve corresponder ao tempo de abertura do disjuntor acrescido de um tempo de incerteza de atuação das referidas proteções. Essa diferença, denominada intervalo de coordenação, é assumida com valores entre 0,2 e 0,5 s. Para uma falta em D: • P4 deve atuar em 0,1s; • Caso P4 falhe, P3 atua em 0,5s; • Caso P4 e P3 falhem, P2 deve atuar em 0,9s; • Caso P4, P3 e P2 falhem, P1 deve atuar em 1,3s. 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 54 Fusível em Série com Fusível: A corrente nominal do fusível protegido (fusível a montante) deve ser igual ou superior a 160% do fusível protetor (fusível a jusante): I fm 1, 1 6 I fj I fm : Corrente nominal do fusível protegido, isto é, a montante (A); I fj : Corrente nominal do fusível protetor, isto é, a jusante (A). 0,04 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção Fusível NH NH – Zonas de Atuação 55 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção Fusível NH – NH Zonas de Atuação Taf80 = 0,2s 0 2s Taf160 = 0,4s Δt=0,4‐0,2=0,2 s (ok) Tempo de coordenação Tempo de coordenação 56 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção Tabela de Seletividade entre fusíveis 57 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 58 Fusível em Série com Disjuntor Termomagnético: a) Faixa de sobrecarga: a seletividade é garantida quando a curva de desligamento do relé térmico do disjuntor não corta a curva do fusível. b) Faixa de curto‐circuito: é necessário que o tempo de atuação do fusível seja igual ou superior a 50 ms ao tempo de disparo do relé eletromagnético: Taf Tad 50 ms Taf : Tempo de atuação do fusível (ms); Tad : Tempo de atuação do disjuntor (ms). 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 59 Disjuntor Termomagnético em Série com Fusível: a) Faixa de sobrecarga: a seletividade é garantida quando a curva de desligamento do relé térmico do disjuntor não corta a curva do fusível. b) Faixa de curto‐circuito: é necessário que o tempo de atuação do relé eletromagnético do disjuntor seja igual ou superior a 100 ms ao tempo de disparo do fusível: Tad Taf 100 ms Taf : Tempo de atuação do fusível (ms); Tad : Tempo de atuação do disjuntor (ms). 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 60 Disjuntor em Série com Disjuntor: a) Faixa de sobrecarga: a seletividade é garantida quando a curva de ambos os disjuntores não se cortam. b) Faixa de curto‐circuito: Deve‐se satisfazer duas condições: Montante 1. Tad 1 Tad 2 150 ms 2. I ad 1 1, 25 I ad 2 Jusante 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 61 Seletividade Lógica (SL): Lógica de bloqueio (intertravamento) de dispositivos de proteção, mais especificamente f relés lé digitais, d através é de d envio de d sinais digitais d d bloqueio de bl de um relé digital a outro de modo a se garantir a seletividade. A lógica básica é como segue: 1) A primeira proteção a montante (mais próxima) do ponto de defeito é a única responsável pela atuação do dispositivo de abertura do circuito; 2) O restante das proteções a montante do ponto de defeito receberão o sinal de bloqueio de SL de modo a se garantir a atuação de somente a proteção mais próxima do defeito; 3) As proteções situadas a jusante do ponto de defeito não receberão sinal digital de bloqueio (SL); 4) Cada proteção deve ser capaz de receber um sinal digital da proteção a sua jusante e enviar um sinal digital à proteção a montante e, ao mesmo tempo, acionar o dispositivo de abertura do circuito; 5) A proteção mais próxima do ponto de defeito é ajustada para atuação em 50 ms e as demais proteções a montante em 100 ms; 6)) Cada proteção é ajustada para garantir a ordem de bloqueio durante um tempo definido pelo procedimento da lógica de seletividade, cuja duração pode ser admitida entre 150 a 200 ms. 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção Esquema de Seletividade Lógica (SL) 62 5 – Proteção e Coordenação – Dimensionamento da Proteção 63 Exemplo de aplicação 5.9: 5 9: Considerando o sistema de proteção projetado no exemplo 5.8, verifique se os fusíveis escolhidos estão coordenados. Caso não se obtenha coordenação escolha novos dispositivos de modo a garantir a coordenação. Diagrama Unifilar Exemplo 5.8.