FORMAÇÃO DA ECONOMIA MUNDIAL

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Sumário
Formação da economia mundial / capitalismo ...................................................................... 2
História do capitalismo e a formação do espaço mundial .................................................... 3
Globalização .............................................................................................................................. 22
Os blocos econômicos............................................................................................................. 26
Principais blocos econômicos ............................................................................................ 29
Europa ........................................................................................................................................ 35
A união europeia................................................................................................................... 47
América .......................................................................................................................................57
América do norte ....................................................................................................................... 61
América central ......................................................................................................................... 72
américa do sul ........................................................................................................................... 86
Ásia ............................................................................................................................................. 97
África........................................................................................................................................... 117
Referências bibliográficas ......................................................................................................146
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FORMAÇÃO DA ECONOMIA MUNDIAL / CAPITALISMO
O capitalismo é um sistema político, econômico e social, baseado em
vários princípios como:
 Propriedade
privada
dos
meios
de
produção.
As
pessoas,
individualmente ou reunidas em sociedade, são donas dos meios de produção.
 A transformação da força de trabalho em mercadoria. Quem não é dono
dos meios de produção é obrigado a trabalhar em troca de um salário.
 A acumulação do capital. Em princípio, o dono do capital quer produzir
pelo menor custo e vender pelo maior preço possível. O lucro é a diferença
entre o custo de produção e o preço de venda do produto.
 Para diminuir os custos, procura pagar o mínimo possível pelas
matérias-primas, salários e outros meios de produção.
 A definição de preços é feita pelo mercado, com base na oferta e na
procura, isto é, na disputa de interesses entre quem quer comprar e quem quer
vender produtos e serviços. No capitalismo, é o mercado que orienta a
economia.
 A livre concorrência. A concorrência é a competição na venda dos bens
e serviços. Na prática, a concorrência em que todos são igualmente livres para
produzir, comprar, vender, fixar preços, etc. não existe. Isto porque o mercado
vem sendo dominado por grandes organizações, que expandem cada vez mais
sua área de atuação através de fusões, incorporações e outros modos de
ampliar negócios, eliminando pequenos e médios concorrentes.
Assim, o capitalismo tem como principais características: a acumulação
de capitais através do lucro, a propriedade privada, as classes sociais, o
monetarismo, as leis de mercado, as relações de trabalho assalariadas e a
economia de mercado.
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HISTÓRIA DO CAPITALISMO E A FORMAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL
O capitalismo tem seu início na Europa. Suas características aparecem
desde a baixa idade média (do século XI ao XV) com a transferência do centro
da vida econômica social e política dos feudos para a cidade.
O feudalismo passava por uma grave crise decorrente da catástrofe
demográfica causada pela Peste Negra que dizimou 40% da população
europeia e pela fome que assolava o povo. Já com o comércio reativado pelas
Cruzadas (do século XI ao XII), a Europa passou por um intenso
desenvolvimento urbano e comercial e, consequentemente, as relações de
produção capitalistas se multiplicaram, minando as bases do feudalismo.
Na Idade Moderna, os reis expandem seu poderio econômico e político
através do mercantilismo e do absolutismo. Com o absolutismo e com o
mercantilismo, o Estado passava a controlar a economia e a buscar colônias
para adquirir metais (metalismo) através da exploração. Isso para garantir o
enriquecimento da metrópole.
Esse enriquecimento favorece a burguesia - classe que detém os meios
de produção - que passa a contestar o poder do rei, resultando na crise do
sistema absolutista. E com as revoluções burguesas, como a Revolução
Francesa e a Revolução Inglesa, estava garantido o triunfo do capitalismo.
A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial,
inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de
lucro e acúmulo de capital. Na Europa Ocidental, a burguesia assume o
controle econômico e político. As sociedades vão superando os tradicionais
critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento) e a força
do capital se impõem. Surgem as primeiras teorias econômicas: a fisiocracia e
o liberalismo. Na Inglaterra, o escocês Adam Smith (1723-1790), precursor do
liberalismo econômico, publica “Uma Investigação sobre Naturezas e Causas
da Riqueza das Nações”, em que defende a livre-iniciativa e a não interferência
do Estado na economia.
Deste ponto, para a atual realidade econômica, pequenas mudanças
estruturais ocorreram em nosso sistema capitalista.
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No capitalismo, a sociedade está dividida em classes sociais, os meios de
produção (indústrias, comércios, bancos e terras) são propriedades privadas e
a produção de mercadorias e a geração de serviços destinam-se ao mercado
consumidor, com os donos desses meios de produção (empresários) visando à
ampliação de seu capital, enquanto que aqueles que não possuem os meios de
produção (empregados), trabalham para os que possuem, em troca de um
pagamento (salário).
O desenvolvimento do capitalismo foi marcado pelo conflito entre estas
duas classes sociais: com os empresários buscando lucros maiores e os
empregados buscando melhores condições de trabalho e melhores salários.
Atualmente, com os elevados índices de desemprego no mundo, a garantia do
emprego vem sendo o principal ponto de luta dos trabalhadores em muitos
países.
Todo esforço da economia capitalista está voltado para o mercado, pois
de modo geral, é o mercado que determina o preço e acirra a concorrência
entre as empresas. São as necessidades do consumidor que orientam os
investimentos dos empresários na criação de novos produtos e serviços, e na
redução de custos na produção (matérias-primas e componentes mais baratos,
redução de mão de obra e tempo na produção).
O Capitalismo atravessou quatro fases em seu desenvolvimento: o
capitalismo comercial, o capitalismo industrial, o capitalismo financeiro e o
capitalismo informacional.
O Capitalismo Comercial teve início no século XVI, com a intensificação
do comércio na Europa e as grandes navegações, que se tornou possível
graças ao desenvolvimento do transporte marítimo com a invenção das
caravelas e da bússola que possibilitou a navegação para lugares distantes
culminando no descobrimento da América. Os pioneiros nesta empreitada
foram Portugal e Espanha ao descobrirem novas rotas comerciais para a Ásia,
principal entreposto para fornecimento de matérias-primas e que mantinham
forte relacionamento comercial com a Europa.
Com a chegada dos europeus à América, o continente foi incorporado às
relações internacionais, levando à colonização dessas terras, adotando-se o
mercantilismo, que consistia na doutrina econômica que orientava o capitalismo
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comercial, com a acumulação de metais preciosos, tendo uma balança
comercial
favorável
(exportações
maiores
que
as
importações),
o
protecionismo (proteção ao mercado interno com altos impostos), o uso de mão
de obra escrava e a proibição do comércio das colônias com outros Estados a
não ser a própria metrópole (pacto colonial), características estas que
marcaram esta primeira fase.
Assim, as grandes navegações, os descobrimentos e a colonização
marcaram o capitalismo comercial, dominando as relações econômicas,
políticas e sociais entre os séculos XV e XVIII.
Com o advento da Revolução Industrial na Inglaterra, na segunda metade
do séc. XVIII e início do séc. XIX, esse sistema de produção já havia se
espalhado para outros países europeus, provocando profundas transformações
na sociedade, na economia e na organização do espaço geográfico mundial e
iniciou o que chamamos de segunda fase do capitalismo – o capitalismo
industrial.
A Primeira Revolução tem como característica principal a invenção da
máquina à vapor na produção de mercadorias, substituindo o trabalho
manufaturado, possibilitando a produção em larga escala e a introdução do
sistema fabril, onde cada trabalhador realizava uma etapa específica do
trabalho. Além da implantação da máquina na produção, essa invenção
também revolucionou o sistema de transportes, com a introdução das
locomotivas e dos barcos à vapor.
Com a introdução de novas técnicas de produção e na organização do
trabalho possibilitou o enriquecimento dos países, a intensificação do livre
comércio, o investimento em novas tecnologias e a ampliação do mercado
consumidor. Nesse sentido, ampliar a capacidade de produção visando um
enriquecimento maior dos países fez se necessário ampliar também o mercado
consumidor e conquistar novas áreas para fornecimento de matérias-primas.
Estabeleceu uma Divisão Internacional do Trabalho, entre as novas potências
industriais europeias, fornecedoras de produtos industrializados e as regiões
especializadas na produção de matérias-primas agrícolas e minerais.
Às novas nações industrializadas já não interessavam mais as regras do
mercantilismo, isto é, o pacto colonial, o protecionismo e o uso de mão de obra
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escrava. Desta forma, países como Inglaterra e França irão incentivar vários
movimentos pela independência das colônias americanas, coibir o tráfico
negreiro e financiar movimentos abolicionistas, de forma a expandir o mercado
consumidor e fornecedor de matérias-primas.
Surge uma nova doutrina econômica baseada na liberdade econômica e
no mercado, com o Estado se afastando das relações de produção e
comerciais. As relações internacionais passam a se basear nas leis de
mercado, da oferta e da procura, da livre concorrência, do trabalho livre e
assalariado. Trata-se do liberalismo.
Com a independência dos territórios na América, o capitalismo industrial
foi marcado pela forte presença dominadora europeia agora voltada para a
África e à Ásia com a exploração de seus recursos naturais, imposição de
sistemas de produção e conquista do mercado consumidor, aumentando a
interferência humana na natureza. Esse novo período de dominação ficou
conhecido como neocolonialismo.
Como as fábricas precisavam de muitas pessoas para trabalhar, milhares
de pessoas deslocaram-se do campo para as cidades (êxodo rural) que
começaram a crescer rapidamente, apresentando problemas ambientais e
sociais, fazendo com que as condições de vida dessas populações urbanas
fossem precárias.
No séc. XVIII intensificou-se o processo de industrialização, que
aumentou em grande escala a produção de mercadorias e o consumo das
mesmas. Devido a estes acontecimentos gerou-se uma grande transformação
na sociedade.
As transformações foram: o trabalhador torna-se apenas possuidor da
força de trabalho, que vende ao capitalismo, tornando-se dependente deste
para sua sobrevivência, a jornada de trabalho se estendia até dezesseis horas
diárias. Assim a servidão dá lugar ao trabalho assalariado. A população foi
atraída para os centros urbanos, provocando o êxodo rural.
Países europeus como a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Itália,
eram considerados grandes potências industriais. Na América, eram os
Estados Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo
industrial. Todos estes países exerceram atitudes imperialistas, pois estavam
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interessados em formar grandes impérios econômicos, levando suas áreas de
influência para outros continentes.
Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de
conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes países se dirigiram à
África, Ásia e Oceania, dominando e explorando estes povos. Não muito
diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou como desculpa a
divulgação do cristianismo; o neocolonialismo do século XIX usou o argumento
de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo.
Na verdade, o que estes países realmente queriam era o reconhecimento
industrial internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem
encontrar matérias-primas e fontes de energia. Os países escolhidos foram
colonizados e seus povos desrespeitados. Um exemplo deste desrespeito foi o
ponto culminante da dominação neocolonialista, quando países europeus
dividiram entre si os territórios africano e asiático, sem sequer levar em conta
as diferenças éticas e culturais destes povos.
O capitalismo industrial foi marcado por transformações na economia, na
sociedade, na política e cultura. Uma de suas características mais importantes
foi a de transformar da natureza, uma quantidade bem maior de produtos aos
consumidores, o que multiplicava o lucro dos produtores.
A essência do sistema não era mais o comércio. O bom lucro vinha da
produção de mercadorias. O mecanismo da exploração capitalista foi chamado
por Karl Marx de mais valia.
Mais valia: o trabalhador assalariado recebe uma remuneração por cada
jornada de trabalho. Mas o trabalhador produz um valor maior do que aquele
que recebe em forma de salário. Essa parte de trabalho não pago fica no bolso
dos donos das fábricas, minas, etc. Assim todo produto vendido traz uma parte
que não é paga aos trabalhadores, permitindo o acúmulo de capitais.
Por isso que o regime assalariado é a melhor forma de trabalho no
capitalismo. O trabalhador assalariado além de produzir mais, tem condições
de comprar os produtos. Com isso a escravidão foi “extinta” quando o
trabalhador assalariado começou a predominar.
Com o aumento da produção também houve o aumento de mão de obra,
energia, matéria-prima e mercado para os seus produtos. A industrialização
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estava não só na Europa, mas também nos Estados Unidos, e no Japão estava
começando.
Na segunda metade do séc. XIX, com a invenção do motor à explosão
(movido a derivados de petróleo) e a geração da energia elétrica, provocaram
mudanças significativas na economia mundial, iniciando a Segunda Revolução
Industrial que foi marcada pelo desenvolvimento das indústrias metalúrgicas,
siderúrgicas e de máquinas e equipamentos industriais. Também nesta época,
surge o automóvel que impulsionou a indústria petrolífera e com o
desenvolvimento da geração de energia elétrica, tornou possível o surgimento
do motor elétrico e a produção dos primeiros eletrodomésticos.
Mudanças importantes estavam ocorrendo:
a produtividade e
a
capacidade de produção aumentavam rapidamente: a produção em série
crescia. Na segunda metade do século XIX, estava acontecendo a Segunda
Revolução Industrial. Um dos aspectos importantes desse período foi a
introdução de tecnologias e novas fontes de energia passaram a haver um
interesse para a pesquisa científica com o objetivo de desenvolver novas e
melhores técnicas de produção.
A descoberta da eletricidade beneficiou não só as industriais como a
sociedade em geral, melhorando a qualidade de vida. Com o desenvolvimento
do motor, e utilização de combustíveis derivados do petróleo foram abertas
novas formas de transporte. Com o grande aumento da produção, houve
também competição para se ganhar mercados consumidores e novas fontes de
matérias-primas.
Foi nessa época que ocorreu a expansão imperialista na África e Ásia.
Esses continentes foram partilhados entre os países imperialistas. Com essa
partilha consolidou-se a divisão internacional do trabalho, em que as colônias
se especializavam em fornecer matérias-primas com o preço bem barato aos
países que estavam se industrializando.
Nessa época surge uma potência industrial fora da Europa, os Estados
Unidos. Eles adotaram o lema „A América para os americanos‟. Os Estados
Unidos tinham como área de influência econômica e política a América Latina.
Em fins do século XIX também começou a surgir o Japão como potência.
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Passou a disputar territórios com as potências europeias, principalmente o
território da China.
Apesar de a primeira metade do século XX ser marcada por avanços
tecnológicos, foi também um período de instabilidade econômica e geopolítica.
Houve a Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa, Grande Depressão e a
Segunda Guerra Mundial. Em poucas décadas o capitalismo passou por crises
e transformações.
A produção dessas mercadorias exigiu grandes investimentos em
tecnologia, obrigando algumas empresas a se associarem para aumentar sua
capacidade produtiva e competitiva. Muitas empresas se associaram à
instituições bancárias para o financiamento de pesquisas tecnológicas e
aumento de capital, desenvolvendo o mercado financeiro com as Bolsas de
Valores onde as ações da empresas começaram a ser comercializadas, dando
início à fase do capitalismo financeiro.
Com o crescimento acelerado do capitalismo, passaram a surgir e crescer
rapidamente várias empresas, por causa do processo de concentração e
centralização de capitais. A grande concorrência favoreceu as grandes
empresas, o que levou à fusões e incorporações, trazendo monopolização em
muitos setores da economia.
O capitalismo dessa forma entrava em sua fase financeira e monopolista.
O início dessa nova fase capitalista coincidiu com o período da expansão
imperialista (1875 – 1914), em fins do século XIX e meados do século XX. Mas
a consolidação só ocorreu após a Primeira Guerra Mundial, quando as
empresas ganharam mais poder e influência.
A expansão do mercado de capitais é uma marca do capitalismo
financeiro. Nos Estados Unidos se consolidou um grande mercado de capitais.
As empresas foram aumentando seus capitais através da venda de ações em
bolsas de valores. Permitindo assim, a formação de enormes corporações.
Os bancos passam a ter um papel importante como financiadores de
produção. A livre concorrência e o livre mercado passam a ser substituídos por
um mercado oligopolizado. O Estado também começa a intervir na economia.
Em 1929 apesar de o capitalismo financeiro crescer houve uma grande
crise, que levou milhares de bancos e indústrias à falência, causando até 1933
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quatorze milhões de desempregados. Essa crise se deu devido a grande
produção industrial e agrícola, mas pouca expansão do mercado de consumo
externo; a indústria europeia passa a importar menos e exportar menos dos
Estados Unidos; exagerada especulação com ações na bolsa de valores.
Porém acreditava-se, segundo os preceitos liberais, que o Estado não deveria
interferir na economia.
Mas em 1933 foi elaborado e colocado em prática o New Deal, pelo
presidente Franklin Roosevelt. Foi um plano de obras públicas, com o objetivo
de acabar com o desemprego, sendo este plano fundamental para melhorar a
economia norte-americana. Surge uma nova doutrina econômica para regular o
mercado e as relações internacionais - o keynesianismo - política de
intervenção estatal numa economia oligopolizada. Recebeu este nome porque
seu principal teórico e defensor foi John M. Keynes.
Com o capitalismo financeiro houve uma fusão entre o capital industrial e
o capital bancário, tornando-se os bancos acionistas de várias indústrias e
passando a investir na produção. Com a venda de ações, as indústrias
ampliaram seu capital e consequentemente seu parque industrial dando início
às grandes fusões e aquisições entre empresas, levando ao desaparecimento
de várias pequenas indústrias que eram absorvidas pelas grandes empresas.
Por isso o capitalismo financeiro também é chamado de capitalismo
monopolista, quando uma grande empresa domina e controla grande parte das
vendas de um determinado produto e mercado, surgindo assim o monopólio.
Com a união entre várias empresas, surge outra categoria de indústrias
conhecidas como oligopólios, quando o mercado é dominado por um grupo de
empresas, reduzindo a concorrência e impondo seus preços. Surgem os
grandes conglomerados de empresas, gigantescas indústrias com alto nível de
tecnologia.
Trustes – grandes grupos que controlam todas as etapas da produção,
desde a retirada de matéria-prima da natureza até a distribuição das
mercadorias.
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Cartel – associação entre empresas para uma atuação coordenada,
estabelecendo um preço comum, restringindo a livre concorrência. Geralmente
elevam o preço em comum.
O truste é o resultado típico do capitalismo, que leva à fusão e
incorporação de empresas de um mesmo setor de atividade. Já o cartel surge
quando empresas visam partilhar entre si, através de acordo, um determinado
mercado ou setor da economia.
Surgiram também através dos trustes os conglomerados. Eles são
corporações que atuam no capitalismo monopolista. Resultantes de uma
grande ampliação e diversificação dos negócios visam dominar a oferta de
determinados produtos e serviços no mercado.
Um dos maiores conglomerados do mundo é o Mitsubishi Group, que
fabrica desde alimentos, automóveis, aço, aparelhos de som, televisores,
navios, aviões, etc. O Mitsubishi tem como financiador o banco Mitsubishi, que
após a sua fusão, Tokyo-Mitsubishi, se tornou o maior do planeta.
Aprofundamento
No final do século XIX, alguns países europeus (como a Inglaterra,
França
e Alemanha) tiveram
uma aceleração na
industrialização
e,
consequentemente, uma ascensão na concentração de capital. Após a Grande
Depressão capitalista, entre 1880 e 1896, as empresas e as indústrias
passaram a concentrar capital e formar os grandes monopólios. Ou seja, com a
concorrência entre as empresas, somente as mais fortes prevaleceram e
incorporaram as pequenas empresas, formando, assim, as grandes indústrias.
Com a formação dos monopólios, a concorrência entre as empresas
deixou de existir acirradamente como antes. No lugar das grandes
concorrências, começaram a surgir grupos de empresários, chamados de
cartéis, trustes e holdings. Estes efetuaram uma união de interesses próprios
contra os consumidores, a fim de aumentar seus lucros. Logo adiante,
ressaltaremos as principais características dos cartéis, trustes e holdings.
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O cartel é a união secreta de empresas do mesmo ramo de negócios, que
estabelecem entre si acordos para fixar um mesmo preço para seus produtos.
Com o tabelamento do mesmo preço entre os produtos de diferentes
empresas, elas acabam com a concorrência entre si, ou seja, quem sai
prejudicado é o consumidor, que perde a possiblidade de procurar o menor
preço, pois sem a concorrência entre as empresas não existe menor preço.
Dessa forma, o cartel é a padronização dos preços dos mesmos produtos em
diferentes empresas. A empresa que se recusa a participar do cartel é
sabotada e seus proprietários, ameaçados.
Os trustes são associações de empresas que surgiram a partir da fusão
de várias empresas que já controlavam a maior parte do mercado. Portanto,
trustes são formados quando proprietários de empresas concorrentes se
tornam sócios de uma única grande empresa. Assim, passam a controlar
grande parte do mercador consumidor, diminuindo também a concorrência e a
possibilidade de o consumidor encontrar produtos com menores preços.
A partir do momento que grandes empresários, no lugar de montar suas
próprias indústrias, passam a comprar ações de empresas de um mesmo ramo
de negócio, surgem as holdings. Dessa maneira, os empresários começam a
controlar ações de duas ou três empresas concorrentes, que produzem um
mesmo produto. Portanto, se um mesmo empresário é o proprietário de três
empresas que produzem copos descartáveis, a concorrência não existe,
configurando-se como uma farsa.
Atualmente, no Brasil, a formação de cartéis e trustes foi proibida por lei,
mas alguns setores ainda continuam formando os cartéis para padronizar o
preço dos mesmos produtos, evitando a concorrência. O governo brasileiro
criou um órgão do Ministério da Justiça, o Conselho Administrativo de Defesa
Econômica, para evitar a formação dos trustes. Já as holdings continuam como
prática efetiva nas bolsas de valores, que controlam os mercados das ações
das empresas.
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Após a Segunda Guerra Mundial, as antigas potências europeias foram
entrando num processo de decadência, perdendo seus domínios coloniais na
Ásia e África. Esse período pós-guerra foi o início do atual processo de
globalização da economia
Com o advento da 3ª Revolução Industrial, a partir da década de 1970, o
capitalismo atinge sua fase informacional global, quando se disseminam entre
as empresas e aplicadas aos meios de produção, novas tecnologias como a
robótica, a informática, avanço nas telecomunicações com o uso de satélites,
fibras óticas, telefonia móvel e a internet, com o nascimento da chamada
indústria telemática, ou seja, a união da indústria de informática e a indústria de
telecomunicações. Todos esses avanços introduzidos com a revolução técnicocientifica, são responsáveis pelo aumento da produtividade e pela aceleração
dos fluxos de capitais, mercadorias, informações e de pessoas.
Nesta etapa, o capitalismo continua financeiro e industrial, pois essas
novas
tecnologias
empregadas
no
processo
produtivo
permitiram
a
multiplicação do acúmulo de capital, o desenvolvimento de novos produtos,
aumentando a competitividade no mercado internacional entre as empresas
(indústrias, comércio e serviços), numa verdadeira economia globalizada.
Entretanto, a característica fundamental desta fase é a crescente
importância do conhecimento, da informação organizada e da qualificação de
mão de obra. Os produtos e serviços exigem cada vez mais conhecimentos a
eles agregados, tanto na fase de produção, quanto na fase de consumo. A
indústria, o comércio e o mercado consumidor exigem produtos de qualidade,
matérias-primas mais baratas e mão de obra qualificada,
Assim, as revoluções industriais anteriores foram movidas a energia: a
Primeira a carvão, a Segunda a petróleo e eletricidade, mas a Terceira
Revolução Industrial é movida a conhecimento. Outra grande mudança na
geopolítica da produção, foi que as primeiras indústrias, se desenvolveram
junto às fontes de matérias-primas e energia (bacias carboníferas) e
atualmente essas instituições típicas da revolução informacional, estão
próximas à universidades e centros de pesquisas, onde se desenvolvem os
chamados tecnopolos, em razão da presença de indústrias de alta tecnologia
como a robótica, informática, telecomunicações e biotecnologia.
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Nenhum país está imune aos interesses das grandes corporações e a
crescente circulação de capitais, mercadorias, informações e pessoas,
característica importante da globalização que é o atual momento da expansão
capitalista. Pode-se afirmar que a globalização está para o capitalismo
informacional, assim como o colonialismo esteve para o capitalismo comercial
e o imperialismo para o capitalismo industrial e financeiro.
Trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados, o controle e
o lucro das grandes transnacionais, razão pela qual, uma nova doutrina
desponta contrapondo-se ao keynesianismo.
Aprofundamento
A escola Keynesiana ou Keynesianismo é a teoria econômica consolidada
pelo economista inglês John Maynard Keynes em seu livro Teoria geral do
emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and
money) e que consiste numa organização político-econômica, oposta às
concepções neoliberalistas, fundamentada na afirmação do Estado como
agente indispensável de controle da economia, com objetivo de conduzir a um
sistema de pleno emprego. Tais teorias tiveram uma enorme influência na
renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado.
A escola keynesiana se fundamenta no princípio de que o ciclo
econômico não é auto-regulado como pensam os neoclássicos, uma vez que é
determinado pelo "espírito animal" (animal spirit no original em inglês) dos
empresários. É por esse motivo, e pela incapacidade do sistema capitalista
conseguir empregar todos os que querem trabalhar, que Keynes defende a
intervenção do Estado na economia.
A teoria atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios
sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida como a criação
do salário mínimo, do seguro-desemprego, da redução da jornada de trabalho
(que então superava 12 horas diárias) e a assistência médica gratuita. O
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Keynesianismo ficou conhecido também como "Estado de bem-estar social", ou
"Estado Escandinavo".
Surge o neoliberalismo, que tem como objetivo reduzir as barreiras aos
fluxos globais, com a não intervenção e a redução do papel do Estado na
economia globalizada, as privatizações de empresas estatais, abertura de
mercados a produtos importados e a flexibilização da legislação trabalhista,
beneficiando os países desenvolvidos e industrializados e suas corporações
multinacionais.
Outra característica desta fase do capitalismo informacional é a invasão
de produtos de vários países, com a perda de identidade do que é nacional ou
importado. A intensificação dos fluxos comerciais por todo o mundo é
decorrente do avanço das redes de transportes, com mercadorias sendo
levadas por enormes navios, trens, aviões e caminhões super-rápidos. Há
assim uma globalização do consumo, resultante da mundialização da
produção. Embora não se conheça o volume dos capitais especulativos
(aqueles que não são investidos em produção) que circulam diariamente pelo
sistema financeiro internacional, mesmo os capitais produtivos (aqueles
investidos em produção, com novas indústrias, comércio e serviços) sabe-se
que estes fluxos de capitais atingem desigualmente o espaço geográfico
mundial, concentrando-se nos países desenvolvidos e países emergentes,
deixando
áreas
completamente
abandonadas,
sem
qualquer
tipo
de
investimento produtivo.
Paralelamente à globalização da produção e do consumo, temos também
a globalização do fluxo de pessoas, acompanhada da invasão cultural,
difundida pelos filmes de Holllywood, séries e novelas de TV, pela música,
videoclipes, notícias e cadeias de lanchonetes fast foods.
Desta forma, desde a expansão do capitalismo no final do séc. XVI com
as Grandes Navegações, o capitalismo vem integrando muitos países e regiões
do planeta num único sistema. Depois de séculos de intensa mundialização do
capitalismo, desenvolve-se um mundo quase integrado, controlado por alguns
centros de poder econômico e políticos em poucos lugares do planeta. Os
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lugares que apresentam melhores redes de infraestrutura e maior poder
aquisitivo são privilegiados, com a globalização se desenvolvendo de forma
bastante desigual no espaço geográfico mundial, com alguns países e regiões
mais integradas que outros.
Aprofundamento
A Guerra Fria
Ao término da Segunda Guerra, os EUA eram o país mais rico do mundo,
porém eles teriam que enfrentar um rival, ou seja, o segundo país mais rico do
mundo: a URSS. Tanto os EUA (capitalista) como a URSS (socialista), tinham
ideias contrárias para a reconstrução do equilíbrio mundial, foi então que
começou uma grande rivalidade entre esses dois países. Quem era melhor?
Esse conflito de interesses que assustou o mundo ficou conhecido como
Guerra Fria. Tanto os EUA criticavam o socialismo quanto a URSS criticava o
capitalismo.
Europa Ocidental, Canadá e Japão se aliaram aos EUA enquanto que a
Tchecoslováquia, Polônia, Hungria, Iugoslávia, Romênia, Bulgária, Albânia,
parte da Alemanha e a China se uniram com a URSS.
Na década de 50 e 60 houve a chamada corrida armamentista. Quem
seria capaz de produzir tecnologias bélicas mais modernas, EUA ou URSS?
Mesmo assim, esses dois países jamais se enfrentaram com armas durante a
Guerra Fria, embora apoiassem guerras entre países menores (cada
superpotência apoiando um dos lados rivais), como por exemplo, na Guerra da
Coréia entre 1950 e 1953.
Na tentativa de provar que o seu sistema era melhor do que o outro, cada
lado fez as suas investidas, a URSS enviou um homem (Yuri Gagárin) ao
espaço, enquanto os EUA enviaram Neil Armstrong à Lua.
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Estas disputas continuavam para ver quem era o melhor, atingindo
inclusive a área dos esportes. Nas Olimpíadas, por exemplo, os dois países
lutavam para ver quem ganhava mais medalhas de ouro.
No final da Segunda Guerra, a Alemanha foi invadida por todos os lados;
além de ter sido separada da Áustria, ficando assim dividida em dois países:
Alemanha Ocidental (ou República Federal da Alemanha – RFA) –
capitalista
Alemanha Oriental (ou República Democrática Alemã – RDA) –
governada pelos comunistas.
A antiga capital – Berlim, que se localizava no interior da Alemanha
Oriental, também ficou dividida em dois:
Berlim Oriental (tornou-se a capital da RDA)
Berlim Ocidental (tornou-se uma ilha capitalista cercada de socialismo).
A briga continuava. Os EUA resolveram ajudar Berlim Ocidental a se
reerguer e para isso investiram milhões de dólares na reconstrução da cidade,
porém enquanto Berlim Ocidental se reerguia rapidamente, Berlim Oriental não
apresentava o mesmo progresso.
Berlim
Ocidental
(organizada
e
em
processo
de
reconstrução)
representava o capitalismo dentro de uma Alemanha socialista.
Foi então que em 1948, Stálin, dirigente da URSS ordenou que as
comunicações entre a República Federal da Alemanha e Berlim ocidental
fossem cortadas. Ele achava que o isolamento facilitaria a entrada das tropas
soviéticas na outra parte de Berlim. Porém, tal iniciativa não deu certo, pois
uma operação com centenas de aviões levando mantimentos da RFA para
Berlim Ocidental garantiu que uma continuasse ligada a outra. O Governo não
teve outra escolha a não ser aceitar a situação.
17
Assim, Berlim Ocidental continuou a crescer e as pessoas começaram a
comparar Berlim Ocidental e Berlim Oriental e viram que o capitalismo era
melhor que o socialismo. Como consequência houve uma emigração de
pessoas muito qualificadas para Berlim Ocidental e com isso Berlim Oriental
ficava abandonada. Claro que o Governo da RDA se irritou e em 1961 ordenou
a construção de um muro isolando Berlim Ocidental do restante da Alemanha.
Era o Muro de Berlim, que é considerado um dos maiores símbolos da Guerra
Fria.
Na conferência de Yalta, realizada logo após o fim da Guerra ficou
estabelecida a divisão do mundo em áreas de influência, ou seja, cada parte do
planeta ficaria sob o controle de uma das superpotências e uma não deveria
interferir na zona de influência da outra.
A década de 50 e 60 foi marcada por momentos de tensão e intolerância,
pois os dois sistemas (capitalista e socialista) eram vistos da forma mais
negativa possível. Os dois países possuíam armas nucleares; porém, os dois
lados estavam cientes que uma guerra naquele momento poderia destruir o
mundo. Por esta razão tentavam influenciar a humanidade tomando o máximo
de cuidado para não provocar uma Guerra Nuclear Internacional, como isso, a
tensão diminuiu.
Ainda nos anos 60, EUA e URSS viveram a época da coexistência
pacífica, ou seja, fizeram a política da boa vizinhança. Na década seguinte,
Nixon e o dirigente soviético Brejnev, iniciaram uma distensão mundial
assinando acordos para diminuir a corrida armamentista e selaram esse acordo
com um encontro simbólico no espaço entre as naves americanas e soviéticas
(1975).
Já nos anos 80 essa cordialidade foi abandonada. Com a eleição de
Ronald Reagan em 1981, iniciou-se novamente o acirramento entre as
potências.
Os americanos investiram alto no setor bélico deflagrando a chamada
“Guerra nas Estrelas”.
18
Durante o segundo mandato de Reagan (1984 -1988), em 1987, foi
assinado o tratado para eliminação de armas de médio e curto alcance (nessa
época a URSS estava sob o comando de Gorbachev), causando um alívio aos
europeus, já que o acordo implicava a desativação de grande parte das ogivas
voltadas para aquele lado.
As hostilidades entre os dois países estavam quase acabando.
A Guerra Fria terminou por completo com a ruína do mundo socialista (a
URSS estava destruída economicamente devido aos gastos com armamentos)
e com a queda do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989.
Na Internet
http://www.suapesquisa.com/capitalismo/
http://www.infoescola.com/historia/capitalismo/
http://www.significados.com.br/capitalismo/
http://www.brasilescola.com/historiag/doutrina-keynesiana.htm
http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/carteis-trustese-holdings.htm
http://www.brasilescola.com/geografia/guerra-fria.htm
http://www.infoescola.com/historia/guerra-fria/
http://www.significados.com.br/guerra-fria/
http://www.sohistoria.com.br/ef2/guerrafria/
19
Relembrando!
1) A origem do capitalismo remonta a um longo processo de
transformações sociais iniciado em fins da Idade Média, principalmente com a
expansão comercial marítima e o renascimento urbano, que passou a ser
hegemônico na Europa Ocidental apenas em fins do século XVIII e início do
XIX. Sobre as características do desenvolvimento capitalista neste período,
indique qual das alternativas sobre o tema, expostas abaixo, está incorreta:
a) Nos séculos finais da Idade Média houve uma transformação no caráter
autossuficiente das propriedades feudais, em que as terras começaram a ser
arrendadas e a mão de obra começou a ser remunerada com um salário.
b) A burguesia medieval implantou uma nova configuração à economia
europeia, na qual a busca pelo lucro e a circulação de bens a serem
comercializados em diferentes regiões ganharam maior espaço.
c) A prática comercial experimentada imprimiu uma nova lógica
econômica em que o comerciante substituiu o valor de uso das mercadorias
pelo seu valor de troca.
d) Além de possibilitar uma impressionante acumulação de riquezas, o
capitalismo mercantil criou uma economia de aspecto monopolista, na qual as
potências econômicas se recusavam a realizar acordos, implantavam tarifas e
promoviam guerras com o objetivo de manter seus domínios comerciais.
e) A experiência da Revolução Industrial imprimiu um novo ritmo de
progresso tecnológico e integração da economia em que percebemos as
feições mais próximas da economia experimentada no mundo contemporâneo.
Resposta
Letra d. O capitalismo mercantil criou inicialmente uma forma comercial
mais aberta à concorrência, pautando nestes princípios as políticas nacionais.
20
2) No processo de desintegração das relações sociais de produção
feudal, passou a ocupar lugar central a organização de manufaturas, ampliando
com a divisão do trabalho a produtividade dos agentes envolvidos na
fabricação das mercadorias. As duas principais classes que surgiram dessa
desintegração foram:
a) aristocracia e escravos
b) aristocracia e servos
c) burguesia e trabalhadores assalariados.
d) burguesia e servos.
e) aristocracia e trabalhadores assalariados.
Resposta
Letra c. As principais classes que surgiram foram a burguesia e os
trabalhadores assalariados, sendo que os primeiros eram proprietários privados
dos meios de produção e os segundos vendiam sua força e capacidade de
trabalho em troca de um salário.
Responda esta online:
http://www.infoescola.com/historia/capitalismo/exercicios/
21
GLOBALIZAÇÃO
A globalização surgiu após a Guerra Fria tornando-se o assunto do
momento, aparecendo nos círculos intelectuais e nos meios de comunicação,
tornando possível a união de países e povos, essa união nos dá a impressão
de que o planeta está ficando cada vez menor. Um dos mais importantes
fatores que contribui para a união desses povos é, sem dúvida, a Internet. É
impossível falar de globalização sem falar da Internet, que a cada minuto nos
proporciona uma viagem pelo mundo sem sair do lugar. Dentro da rede
conhecemos novas culturas, podemos fazer amizades com pessoas que
moram horas de distância, trabalhamos e ainda podemos nos aperfeiçoar cada
vez mais nos assuntos ligados a nossa área de interesse, através dela, milhões
de negócios são fechados por dia.
A globalização não é uma realização do presente, vem de longa data.
Tudo começou há muito tempo quando povos primitivos passaram a explorar o
ambiente em que viviam. No século XV os europeus viajavam pelos mares a
fim de ligar Oriente e Ocidente, a Revolução Industrial foi outro fator que
permitiu o avanço de países industrializados sobre o restante do mundo.
No final dos anos 70, os economistas passaram a usar o termo
“globalização” fora das discussões econômicas facilitando as negociações
entre os países. Nos anos 80, começaram a ser difundidas novas tecnologias
que uniam os avanços da ciência com a produção, por exemplo: nas fábricas,
robôs ligados aos computadores aceleravam (e aceleram) a produção,
ocasionando a redução da mão-de-obra necessária, outro exemplo são as
redes de televisão que facilitam ainda mais a realização de negócios, com as
suas transmissões em tempo real.
A globalização envolve países ricos, pobres, pequenos ou grandes e
atinge todos os setores da sociedade, e por ser um fenômeno tão abrangente,
ela exige novos modos de pensar e enxergar a realidade. As coisas mudam
muito rápido hoje em dia, o território mundial ficou mais integrado, mais ligado,
por exemplo, na década de 50, uma viagem de avião cruzando o Oceano
Atlântico durava 18 horas, hoje a mesma rota pode ser feita em menos de 5
22
horas. Em 1865, a notícia da morte de Abraham Lincoln levou 13 dias para
chegar na Europa, mas hoje, ficamos sabendo de tudo o que acontece no
mundo em apenas alguns minutos.
Não podemos negar que a globalização facilita a vida das pessoas, por
exemplo o consumidor foi beneficiado, pois podemos contar com produtos
importados mais baratos e de melhor qualidade, porém ela também pode
dificultar. Uma das grandes desvantagens da globalização é o desemprego.
Muitas empresas aprenderam a produzir mais com menos gente, e para tal
feito elas usavam novas tecnologias fazendo com que o trabalhador perdesse
espaço.
A necessidade de união causada pela Globalização fez com que vários
países que visavam uma integração econômica se unissem formando os
chamados blocos econômicos (ALCA, NAFTA e Tigres Asiáticos, por exemplo),
o interesse dessa união seria o aumento do enriquecimento geral.
Desequilíbrios e Perspectivas da Globalização
A globalização promoveu uma série de avanços e melhorias técnicas em
várias partes do mundo. Por outro lado, as desigualdades sociais persistem e
muitas vezes ocorrem movimentos contrários à globalização fundamentados
em regionalismo e xenofobia.
A globalização não necessariamente implica em melhoria das condições
de vida da sociedade, sendo que os países pobres estão muito longe de
conquistar os benefícios da globalização. A dependência dos países
subdesenvolvidos em relação aos países desenvolvidos aumentou e seus
graves problemas sociais não foram resolvidos. A velocidade de recepção e
emissão de capitais transgride as fronteiras nacionais e agride a própria
soberania de uma nação, impossibilitando a reação imediata a crises
ocasionadas pela fuga de capitais, como a ocorrida no Brasil no ano de 1997
devido ao colapso econômico do sudeste asiático ou ainda na crise econômica
mundial iniciada no ano de 2008.
23
Esses questionamentos tornam-se ainda mais desafiadores quando
concebemos o Estado como regulador econômico. A capacidade de (não) gerir
a informação que decorre dessas novas demandas da sociedade informacional
redefine o papel do Estado, que aparece menos como regulador e mais como
um mediador das questões presentes no cenário internacional. Na verdade, as
formas de regulação não são mais as mesmas, já que o Estado é obrigado a se
transformar, fato comprovado pela atual configuração da União Europeia, onde
novas instituições supranacionais foram criadas a fim de gerir uma economia
integrada.
Com relação ao capital produtivo, as empresas transnacionais possuem,
em última hipótese, suporte institucional de seus países sede e se mobilizam
de maneira a condicionar os países periféricos às suas prioridades. Em
contrapartida, observamos que a modernização da produção, em diversas
situações, ratifica a globalização das perdas. O aumento bruto da produção nos
países periféricos não determina desenvolvimento local, apenas minimiza a
problemática do desemprego, deslocando parte da população de países
periféricos para serviços pouco qualificados.
Mesmo os Estados Unidos,
líderes da economia mundial, estão vulneráveis ao efeito do desemprego em
escala global, ocasionado pelas constantes transferências de empresas
transnacionais que procuram flexibilizar sua produção e direcionam etapas do
processo produtivo para outras localidades.
Dessa maneira, são encontradas diferentes adaptações dos lugares, que
podem gerar ações no sentido de uma melhor adequação às transformações,
assim como podem ocasionar movimentos de repulsa e ódio à nova ordem
vigente. Essas reações compreendem desde o espetáculo da diversidade
cultural herdada de séculos de tradição e representado pelas mais belas e
variadas manifestações artísticas às ações extremas de grupos e etnias que
retomam tradições atávicas em defesa de um ideal neoconservador. É num
contexto de incertezas políticas e econômicas que são originados alguns tipos
de movimentos separatistas e xenofóbicos, assim como o que o ocidente
convencionou a classificar como ameaça terrorista.
O fanatismo religioso, peça chave para a rede terrorista Al Qaeda realizar
os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, oferece um modelo de
24
sociedade onde os valores morais são apresentados como saída para a
manutenção da identidade cultural de uma nação e um instrumento de defesa
para os desafios que a globalização impõe. Não aceitar a globalização e estar
preso às tradições não necessariamente precisa estar relacionado com
autoritarismo e violência. É com base em valores culturais que a sociedade, em
diferentes localidades,
poderia
alcançar uma
nova
representação
da
globalização, mais humana e vinculada aos interesses de suas populações.
Júlio César Lázaro da Silva
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP
Mestre em Geografia Humana pela Universidade Estadual Paulista –
UNESP
Prós e Contras
A abertura da economia e a Globalização são processos irreversíveis, que
nos atingem no dia-a-dia das formas mais variadas e temos de aprender a
conviver com isso, porque existem mudanças positivas para o nosso cotidiano
e mudanças que estão tornando a vida de muita gente mais difícil. Um dos
efeitos negativos do intercâmbio maior entre os diversos países do mundo, é o
desemprego que, no Brasil, vem batendo um recorde atrás do outro.
No caso brasileiro, a abertura foi ponto fundamental no combate à
inflação e para a modernização da economia com a entrada de produtos
importados, o consumidor foi beneficiado: podemos contar com produtos
importados mais baratos e de melhor qualidade e essa oferta maior ampliou
também a disponibilidade de produtos nacionais com preços menores e mais
qualidade. É o que vemos em vários setores, como eletrodomésticos, carros,
roupas, cosméticos e em serviços, como lavanderias, locadoras de vídeo e
restaurantes.
Mas a necessidade de modernização e de aumento da competitividade
das empresas produziu um efeito muito negativo, que foi o desemprego. Para
reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a
25
produzir mais com menos gente. Incorporavam novas tecnologias e máquinas.
O trabalhador perdeu espaço e esse é um dos grandes desafios que, não só o
Brasil, mas algumas das principais economias do mundo têm hoje pela frente:
crescer o suficiente para absorver a mão-de-obra disponível no mercado, além
disso, houve o aumento da distância e da dependência tecnológica dos países
periféricos em relação aos desenvolvidos.
A questão que se coloca nesses tempos é como identificar a aproveitar as
oportunidades que estão surgindo de uma economia internacional cada vez
mais integrada.
Fontes: http://www.brasilescola.com/geografia/pos-contras.htm
Na internet
http://www.suapesquisa.com/globalizacao/
http://www.brasilescola.com/geografia/globalizacao.htm
http://www.significados.com.br/globalizacao/
http://www.infoescola.com/geografia/globalizacao/
OS BLOCOS ECONÔMICOS
Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a
formação de blocos econômicos. Estes são criados com a finalidade de facilitar
o comércio entre os países membros. Adotam redução ou isenção de impostos
ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas
comerciais.
Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico
aumenta e gera crescimento econômico para os países. Geralmente estes
blocos são formados por países vizinhos ou que possuam afinidades culturais
ou comerciais. Esta é a nova tendência mundial, pois cada vez mais o
26
comércio entre blocos econômicos cresce. Economistas afirmam que ficar de
fora de um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial.
Aprofundamento
Recebe o nome de bloco econômico a associação de países que
estabelecem relações econômicas privilegiadas entre si e que concordam em
abrir mão de parte da soberania nacional em proveito da associação.
Como resultado da economia mundial globalizada, a tendência atual é a
formação de blocos econômicos, destinados a realizar uma maior integração
entre seus membros e facilitar o comércio entre os mesmos. Para isso,
geralmente adotam a redução ou isenção de impostos ou de tarifas
alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais. Em
tese, o comércio entre os integrantes de um bloco aumenta e gera crescimento,
e deixar de participar de uma organização do tipo significa atualmente viver
isolado do mundo comercial. Tais associações são costumeiramente formadas
por países vizinhos ou que possuam afinidades culturais ou comerciais.
Na época da Guerra Fria, o mundo estava dividido em dois grandes
blocos econômicos, ideológicos e políticos, o que equivale a dizer que a ordem
política internacional era bipolar: de um lado, estava o bloco capitalista chefiado
pelos EUA, e do outro o socialista, liderado pela URSS. No início dos anos 90,
com o fim do socialismo na maior parte do mundo, apenas um bloco, o liderado
pelos EUA sobrevive, e passa a ser a norma no restante do mundo. Esta nova
ordem que surgia foi entendida como monopolar, isto é, prevalece a vontade da
última grande potência restante.
No aspecto econômico, apesar dos EUA continuarem a exercer sua
hegemonia em muitas áreas, as últimas décadas testemunharam a formação
de blocos econômicos regionais, isto é, associações de países, na sua maioria
vizinhos, que passaram a manter relações econômicas privilegiadas entre si.
Os blocos econômicos atuais podem ser classificados em: zona de
preferência tarifária, zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum
e união econômica e monetária. Cada modalidade equivale a um grau de
comprometimento maior de soberania, e cabe aos membros do bloco decidir
27
qual nível é o mais adequado. A União Europeia é um exemplo de bloco que
seguiu todos esses passos (já atingiu a união econômica e monetária), mas
outros já formados não seguiram necessariamente essa ordem. O bloco
econômico Mercosul por exemplo, é classificado como união aduaneira.
O primeiro bloco econômico foi criado na Europa, em 1956. Era formado
inicialmente pela Bélgica, Alemanha Ocidental, Holanda, Itália, Luxemburgo e
França, sendo conhecido pela sigla CECA (Comunidade Europeia do Carvão e
do Aço). Esse grupo foi, logo depois, o embrião da moderna União Europeia
(UE).
Exemplos de Blocos Econômicos:
ACP; (Associação de países da África, Caribe e Pacífico)
ACP-EU; (Acordo de Cotonou. Um acerto comercial entre a União
Europeia)
AEC; (Associação dos Estados do Caribe)
AELC; (Associação Europeia de Livre Comércio)
ALADI; (Associação Latino-Americana de Integração)
ALALC; (Associação Latino-Americana de Livre Comércio)
ALBA; (Aliança Bolivariana para as Américas)
ALCA; (Área de Livre Comércio das Américas)
APEC; (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico)
ASEAN; (Associação de Nações do Sudeste Asiático)
CEFTA; (Acordo Cenro-Europeu de Livre Comércio)
CAFTA-DR; (Comunidade de Livre Comércio entre Estados Unidos
Central e República Dominicana)
CAN; (Comunidade Andina de Nações)
CAO; (Comunidade da África Oriental)
CARICOM; (Comunidade do Caribe)
CARIFTA; (Associação de Livre Comércio do Caribe)
CEA; (Comunidade Econômica Africana)
CEDEAO; (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental)
CEEA; (Comunidade Econômica Eurasiática)
28
CEEAC; (Comunidade Econômica dos Estados da África Central)
CEI; (Comunidade dos Estados Independentes)
CEMAC; (Comunidade Econômica e Monetária da Africa Central)
IBAS; (Fórum de Diálogo Índia-Brasil- África do Sul)
COMECOM; (Conselho para Assistência Econômica Mútua)
COMESA; (Mercado Comum da África Oriental e Austral)
MERCOSUL; (Mercado Comum do Sul)
NAFTA; (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio)
OCDE;
(Organização
para
a
Cooperação
e
desenvolvimento
Econômico)
OECO; (Organização dos Estados do Caribe Oriental)
SAARC; (Associação Sul- Asiática para a Cooperação Regional)
SADC; (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral)
UA; (União Africana)
UAAA; (União Aduaneira da África Austral)
UE; (União Europeia)
UEMOA; (União Econômica e Monetária dos Oeste Africano)
UMA; (União do Magrebe Árabe)
UNASUL; (União de Nações Sul-Americanas)
Fonte: http://www.suapesquisa.com/blocoseconomicos/
Principais blocos econômicos
UNIÃO EUROPEIA
A União Europeia (UE) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado
de Maastricht. Este bloco é formado pelos seguintes países : Alemanha,
França, Reino Unido, Irlanda, Holanda (Países Baixos), Bélgica, Dinamarca,
Itália, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e Suécia.
Este bloco possui uma moeda única que é o EURO, um sistema financeiro e
bancário comum. Os cidadãos dos países membros são também cidadãos da
29
União Europeia e, portanto, podem circular e estabelecer residência livremente
pelos países da União Europeia.
A União Europeia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de
combate ao crime e de imigração em comum. A UE possui os seguintes
órgãos: Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho de Ministros.
Saiba mais:
http://europa.eu/index_pt.htm
http://g1.globo.com/topico/uniao-europeia/
NAFTA
Fazem parte do NAFTA (Tratado Norte-americano de Livre Comércio) os
seguintes países: Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no
início de 1994 e oferece aos países membros vantagens no acesso aos
mercados dos países. Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras
comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não é
uma zona livre de comércio, porém reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil
produtos.
Saiba mais:
http://www.tlcanhoy.org/Default_es.asp (em espanhol)
MERCOSUL
O Mercosul ( Mercado Comum do Sul ) foi oficialmente estabelecido em
março de 1991. É formado pelos seguintes países da América do Sul: Brasil,
Paraguai, Uruguai e Argentina. Futuramente, estuda-se a entrada de novos
membros, como o Chile e a Bolívia. O objetivo principal do Mercosul é eliminar
as barreiras comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles.
Outro objetivo é estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro próximo,
uma moeda única.
Saiba mais: http://www.mercosul.gov.br/
30
PACTO ANDINO - COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES
Outro bloco econômico da América do Sul é formado por: Bolívia,
Colômbia, Equador e Peru. Foi criado no ano de 1969 para integrar
economicamente os países membros. As relações comerciais entre os países
membros chegam a valores importantes, embora os Estados Unidos sejam o
principal parceiro econômico do bloco.
Saiba mais:
http://www.comunidadandina.org/ (em espanhol)
APEC
A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em
1993 na Conferência de Seattle (Estados Unidos da América). Integram este
bloco econômico os seguintes países: Estados Unidos da América, Japão,
China, Formosa (também conhecida como Taiwan), Coreia do Sul, Hong
Kong (região
administrativa
especial
da
China),
Cingapura, Malásia,
Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova
Guiné, Canadá, México, Rússia, Peru, Vietnã e Chile. Somadas as produções
industriais de todos os países, chega-se a metade de toda produção mundial.
Quando estiver em pleno funcionamento (previsão para 2020), será o maior
bloco econômico do mundo.
Saiba mais:
http://www.apec.org/ (em inglês)
http://www.suapesquisa.com/blocoseconomicos/apec.htm
ASEAN
A ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) foi criada em 8 de
agosto de 1967. É composta por dez países do sudeste asiático (Tailândia,
Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos,
Camboja).
31
Além da predominância de China e Japão, duas das maiores economias
mundiais, a Ásia abriga outros países que registram desenvolvimento industrial
crescente também a partir do fim da década de 1970, chamados de Tigres
Asiáticos. Originalmente, destacam-se Cingapura, Hong Kong (território
devolvido pelo Reino Unido à China em 1997), Coreia do Sul e Taiwan. A eles
juntam-se Malásia, Indonésia, Tailândia, Filipinas e Vietnã. Vários desses
países são membros do Fórum Ásia Pacífico de Cooperação Econômica.
Porém, além dessas nações, há outras em que o desenvolvimento econômico
social é lento, a base econômica continua sendo agrícola e a industrialização é
incipiente, a maioria no Sudeste Asiático. Estão nesse grupo o Laos e o
Camboja.
Os países dessa região criaram uma instância própria para o
desenvolvimento, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean, sigla
em inglês). Instituída em 1967, a entidade reúne dez países: Laos, Camboja,
Brunei, Indonésia, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
Além de objetivar o nascimento de um mercado econômico regional, a Asean
pretende promover o desenvolvimento social e cultural. Mas os integrantes do
grupo também possuem algumas divergências. Em julho de 2012, uma reunião
da Asean para tentar acabar com as tensões territoriais no mar do Sul da China
termina em impasse. Filipinas, Vietnã e Malásia disputam com a China a posse
de algumas ilhas potencialmente ricas em combustíveis fósseis.
Saiba mais
Na década de 1970, quatro países da Ásia (Cingapura, Hong Kong,
Coreia do Sul e Taiwan) apresentaram um acelerado processo de
industrialização. Em razão da agressividade administrativa e da localização dos
países, eles ficaram conhecidos mundialmente como Tigres Asiáticos.
O
modelo
industrial
desses
países
é
caracterizado
como
IOE
(Industrialização Orientada para a Exportação), ou seja, as indústrias
transnacionais que se estabeleceram nesses países e as empresas locais
implantaram um parque industrial destinado principalmente ao mercado
exterior.
32
Cingapura
Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan utilizaram métodos
diferentes para o desenvolvimento econômico, no entanto, essas nações
apresentaram aspectos comuns, como forte apoio do governo, proporcionando
infraestrutura necessária (transporte, comunicações e energia), financiamento
das instalações industriais e altos investimentos em educação e em
qualificação profissional.
Além disso, esses países (exceto Coreia do Sul) adotaram uma política
de incentivos para atrair as indústrias transnacionais. Foram criadas Zonas de
Processamento de Exportações (ZPE), com doações de terrenos e isenção de
impostos pelo Estado.
Diferentemente dos outros Tigres Asiáticos, a Coreia do Sul demonstrou
resistência a instalações de empresas transnacionais em seu território. O
desenvolvimento industrial do país baseou-se nos chaebols, que se caracteriza
por redes de empresas com fortes laços familiares. Quatro grandes chaebols
controlam a economia coreana e têm forte atuação no mercado internacional:
Hyunday, Daewoo, Samsung e Lucky Gold Star.
Somente na década de 1980 começaram a entrar transnacionais na
Coreia do Sul, entretanto estas são associadas a empresas coreanas.
Os Novos Tigres Asiáticos
Em consequência do grande desenvolvimento econômico dos Tigres
Asiáticos, houve uma expansão para os países vizinhos do sudeste, o que
proporcionou um processo de industrialização na Indonésia, Vietnã, Malásia,
Tailândia e Filipinas. Além dos investimentos dos quatro Tigres originais, os
novos Tigres passaram a fazer parte das redes de negócios de empresas dos
Estados Unidos, do Japão e de outros países desenvolvidos.
Nesses novos Tigres foram instaladas indústrias tradicionais, como
têxteis, calçados, alimentos, brinquedos e produtos eletrônicos. Nesses países
há mão de obra menos qualificada que a encontrada nos quatro Tigres
originais, porém, muito mais barata. Milhares de pequenas empresas produzem
33
mercadorias sob encomenda, criadas e planejadas em outros países do
mundo.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
http://www.brasilescola.com/geografia/tigres-asiaticos.htm
Saiba mais:
http://www.suapesquisa.com/blocoseconomicos/asean.htm
http://www.asean.org/ (em inglês)
SADC
A SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) foi
criada em 17 de outubro de 1992 e é formada por 15 países da região sul do
continente africano.
Saiba Mais:
http://www.africa-union.org/root/au/recs/sadc.htm (em inglês)
http://www.sadc.int/# (em inglês)
http://www.brasilescola.com/geografia/sadc.htm
BENELUX
Considerado o embrião da União Europeia, este bloco econômico envolve
a Bélgica, Holanda e Luxemburgo. O BENELUX foi criado em 1958 e entrou
em operação em 1 de novembro de 1960.
Saiba mais:
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/benelux.htm
http://www.benelux.int/fr/home_intro.asp (em francês)
34
EUROPA
Mapa político da Europa
Número de países: 49.
Europa
Ocidental:
Alemanha,
Andorra,
Áustria,
Bélgica,
Chipre,
Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda (Países Baixos),
Irlanda, Islândia, Itália, Liechtenstein, Luxemburgo, Malta, Mônaco, Noruega,
Portugal, Reino Unido, San Marino, Suécia, Suíça e Vaticano.
Europa Oriental: Albânia, Armênia, Azerbaidjão, Belarus, BósniaHerzegóvina, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Geórgia,
Hungria, Letônia, Lituânia, Macedônia, Moldávia, Montenegro, Polônia,
República Tcheca, Romênia, Rússia (parte europeia), Sérvia, Ucrânia e
Turquia (parte europeia).
35
A pequena extensão da Europa – que do ponto de vista geográfico
poderia ser considerada uma península do continente asiático – contrasta com
sua enorme importância histórica. O continente exerce, por séculos, papel
hegemônico sobre o resto do mundo. O nome com que o continente é
conhecido já era usado desde a Antiguidade para designar a parte continental
a oeste da Grécia. Na mitologia grega, Europa – assim como Ásia – é uma das
filhas dos deuses Oceano e Tétis. Para alguns pesquisadores, a palavra tem
origem semítica: ereb – região onde o sol se põe.
A diversidade de povos que se estabeleceram na Europa contribuiu para
a riqueza cultural ali presente. Na região se encontram monumentos da
Antiguidade (Partenon, na Grécia), catedrais medievais (Notre Dame, na
França), castelos árabes (Alhambra, na Espanha), palácios absolutistas
(Versalhes, na França) e construções modernas (Igreja da Sagrada Família, na
Espanha).O continente é considerado o berço da civilização ocidental. Ali
ocorreram o Renascimento, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa,
eventos que moldaram a fisionomia das sociedades modernas, baseadas na
cultura humanista, no modo de produção capitalista e na democracia
representativa. A busca de matérias-primas, de mão de obra barata ou escrava
e mercados impulsionou as monarquias europeias a conquistar militarmente
territórios e países além-mar, a partir do século XV. A competição entre essas
nações fez da Europa também o principal cenário das duas guerras mundiais
ocorridas na primeira metade do século XX. E a correlação de forças resultante
do segundo conflito dividiu por décadas seu território em dois blocos hostis,
capitalista e comunista, na Guerra Fria (1945-1991).Esses dois blocos
correspondem, em linhas gerais, à Europa Ocidental e à Europa Oriental. A
primeira é integrada pelas nações mais ricas do continente, responsáveis
historicamente pelas grandes navegações e pelo desenvolvimento do
mercantilismo e do capitalismo, bem como de instituições democráticas. A
segunda é formada predominantemente por países que saíram do bloco
comunista e procuram melhorar sua economia nos marcos do processo de
globalização. A criação da Comunidade Econômica Europeia, atual União
Europeia (UE), em 1957, e o fim da União Soviética, inauguram nova fase na
36
história da Europa e redesenham seu mapa. Principal bloco econômico do
mundo, a UE reúne 27 nações, incluindo dez ex-comunistas. A partir de 1º de
julho de 2013, está previsto o ingresso da Croácia, outra república que fez
parte do bloco comunista, integrado à antiga Iugoslávia. Em 1º de janeiro de
1999, o euro foi adotado como moeda pelos primeiros 11 países-membros. A
moeda passou a ser introduzida em cédulas e moedas em 2002 e atualmente é
adotada por 17 dos 27 membros da união. Após as longas negociações para
aprovar o Tratado de Lisboa em 2009, a UE enfrenta uma grave crise
econômica alavancada pelo alto endividamento dos países do bloco.
Resumo Europa
Ponto de partida da Revolução Industrial e da era moderna, a Europa
continua sendo um continente de grandes contrastes, onde há prosperidade e
democracia, mas também pobreza, conflitos étnicos e ditaduras. Suas nações
costumam ser divididas em Europa Ocidental, que reúne as desenvolvidas ou
em crescimento, nas quais as instituições democráticas estão consolidadas caso da Finlândia, Holanda e Irlanda -, e Europa Oriental, formada
predominantemente por países que saíram do regime comunista e estão com
as economias arruinadas ou em recuperação, como a Romênia, Ucrânia e a
Albânia.
A maior parte dos países desenvolvidos integra a União Europeia (UE) ou a chamada Europa dos 15 -, bloco econômico no qual foram abolidas as
barreiras ao comércio e o trânsito nas fronteiras. Uma moeda única comum, o
euro, começa a operar em 11 dos países membros, em 1999. Embora sua
cotação caia em relação ao dólar em 2000, isso não abala a prosperidade da
UE, que cresce em média a taxas de 3% ao ano. Países como Portugal, Irlanda
e Espanha experimentam um boom econômico depois da adesão à UE. Essa
perspectiva de riqueza leva várias nações orientais, como a Hungria, a
pleitearem o ingresso na UE. Se todos os candidatos cumprirem os requisitos
administrativos, financeiros e democráticos para a adesão, a estimativa é que,
até 2007, a UE terá 27 membros.
37
Atualmente, as nações da Europa Ocidental recebem em média 1,2
milhão de imigrantes por ano, incluindo refugiados e ilegais, vindos em sua
maioria do Leste Europeu, norte da África e Oriente Médio. Essa mão-de obra
é usada em trabalhos desprezados pela população local como a colheita nos
campos e a construção civil. Há também demanda por profissionais
qualificados para atender o crescimento da indústria de alta tecnologia.
Estudos da ONU indicam que a Europa precisará de cerca de 160 milhões de
imigrantes até
2025
para
compensar a
estagnação
no crescimento
demográfico.
A imigração gera descontentamento em parte da população, que teme a
perda de empregos e a queda do padrão de vida. Esse medo, aliado a
sentimentos racistas, tem como consequência o aumento do apoio do
eleitorado de vários países, como Áustria, Noruega e Bélgica, a partidos de
extrema direita, favoráveis à contenção da imigração, e o crescimento de
atentados contra minorias.
Ao longo da história europeia, invasões da Ásia e da África, misturas de
povos, cismas religiosos e guerras deram lugar a nações que abrigam
diferentes grupos étnicos ou culturais, gerando conflitos. Em anos recentes há
guerras na Croácia, na Bósnia e em Kosovo e em repúblicas da antiga União
Soviética (Geórgia, Armênia e Azerbaidjão). Para reforçar a segurança do
continente, a União Europeia decide em junho de 2000 criar uma força rápida
de intervenção, formada por 60 mil militares, para agir em coordenação com a
Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Geografia
Área - 10 349 915 km²
Maior país - Federação Russa (17 075 400 km² dos quais 4 238 500 km²
na porção europeia).
Menor país - Vaticano (0,44 km² )
38
Características físicas - A Europa pertence à massa de terra chamada
Eurásia. A fronteira convencional com o continente asiático compreende os
montes Urais, o rio Ural, o mar Cáspio, as montanhas do Cáucaso e o mar
Negro. O litoral, bastante recortado, apresenta cinco grandes penínsulas Ibérica, Itálica, Balcânica, Escandinava e da Jutlândia - e várias ilhas e
arquipélagos, entre os quais Grã-Bretanha, Islândia, Córsega, Sicília e Creta. O
relevo montanhoso prevalece na porção norte - montes Escandinavos e as
cadeias das ilhas Britânicas - e na porção sul - Pirineus, Alpes, Cárpatos e
Bálcãs. No centro existe uma vasta planície que se estende, quase sem
interrupção, dos Pirineus aos montes Urais. O maior rio, o Volga, tem 3 531
km.
O clima temperado predomina no continente, mas existem variações. No
sul, ele é mediterrâneo e a vegetação, que obedece às mudanças climáticas,
formada por arbustos. No centro e no leste, o clima é continental e torna-se
mais frio à medida que se avança para o interior - florestas temperadas e de
coníferas ocupam essa faixa. No noroeste prevalece o clima oceânico. O
extremo norte tem clima polar e a vegetação típica é a tundra. Cerca de 68%
das florestas originais da Europa já foram desmatadas, de acordo com o World
Resources Institute. As maiores extensões de mata nativa são de coníferas e
encontram-se na Suécia e na Finlândia.
Recordes
Ponto mais elevado: monte Elbro, 5 642 m (Federação Russa); maior
depressão:
mar
Cáspio,
28
m
(Azerbaidjão/Federação
Russa/Cazaquistão/Irã/Turcomenistão); maior ilha: Grã-Bretanha, 229 885 km²;
maior mar: mar do Norte, 580 000 km2; maior golfo: golfo de Bothnia, 117 000
km²; maior lago: Ladoga, 18400 km² (Federação Russa); maior rio: Volga, 3531
km; maior bacia hidrográfica: bacia do Volga, 1 360 000 km²; capital mais
elevada: Andorra la Vella, 1 070 m (Andorra); altitude média: 340 m; extensão
do litoral: 113 725 km (inclui a costa da Federação Russa).
39
Meio Ambiente
* Área de floresta - 9 333 260 km² (1995)
* Reflorestamento - 25 940 km² (1990-1995)
* Áreas de conservação - 4,7% do território (1996)
* Recursos hídricos per capita - 8,5 mil m³ (1995)
* Emissão de CO² per capita - 8,5 t (1995)
Economia
* PIB - US$ 9,5 trilhões (1998)
* PIB per capita - US$ 12 813 (1998)
* Exportações - US$ 2,562 trilhões - 49% do total mundial (1998)
* Importações - US$ 2,609 trilhões - 48% do total mundial (1998)
* Produção de energia - 2,25 bilhões de t equivalentes de petróleo (TEP)
(1996)
* Consumo de energia per capita - 59 milhões de t equivalentes de
petróleo (TEP) (1996)
Produção mineral - Cobre (Polônia, Federação Russa); Ouro (Federação
Russa); Fosfato (Federação Russa); Diamante (Federação Russa); Minério de
Ferro (Federação Russa, Suécia, Ucrânia); Bauxita (Federação Russa); Cromo
(Albânia, Finlândia, Federação Russa); Chumbo (Suécia); Enxofre (França,
Alemanha, Polônia, Federação Russa, Espanha); Manganês (Ucrânia);
Potássio (Azerbaidjão, Belarus, França, Alemanha, Federação Russa, Ucrânia,
Reino Unido) (1999)
* Área cultivada - 1 288 160 km² ou 12,5% da área total (1998)
* Máquinas agrícolas (ceifeiras, tratores e ordenhadeiras) - 13,8 milhões
(1998)
40
* Pesca - 19,5 milhões de t (1997)
População
* Total - 745,5 milhões (2000)
* País mais populoso - Federação Russa (146,9 milhões) (2000)
* País menos populoso - Vaticano (800) (1996)
* Densidade - 72,03 hab./km² (2000)
* População urbana -74 % (1998)
* Crescimento demográfico - 0,0% (1995-2000)*
* Natalidade - 10‰ (1998)
* Mortalidade - 11‰ (1998)
* Mortalidade infantil - 12‰ (1995-2000)*
* Analfabetismo - 1,3% (2000)
* IDH - 0,777 (Europa Oriental) (1998)
Religião e idioma
O cristianismo é a principal religião. Existe ainda um número significativo
de adeptos tanto do catolicismo quanto do protestantismo e da Igreja Ortodoxa.
Os idiomas mais falados pertencem aos ramos etnolingüísticos latino
(integrado pelo espanhol, italiano, francês e português), germânico (formado
por alemão, inglês e idiomas escandinavos) e eslavo (constituído de russo,
búlgaro, servo-croata e ucraniano, entre outros).
Luis Carlos Queirós de Melo
http://www.coladaweb.com/geografia/continentes/europa-continente-europeu
41
Aprofundamento 01
O continente europeu é um dos menores continentes, superando somente
a Oceania, diante disso, ocupa uma área territorial de 10.530.751 quilômetros
quadrados que corresponde a 7% das terras emersas do planeta, esse
continente possui uma particularidade, está fisicamente ligado à Ásia, juntos
são conhecidos como Eurásia.Outros definem a Europa não como um
continente, mas sim como uma imensa península, em razão de seu litoral
recortado. A Europa está localizada no oeste da eurásia, seu território
permanece quase em sua totalidade no oriente, acima do paralelo do Equador,
ou seja, no hemisfério norte. O território desse continente limita-se ao norte
com o Oceano Glacial; com os mares Mediterrâneo e Negro ao sul; Oceano
Atlântico a oeste e com os Montes Urais, o Rio Ural e o Mar Cáspio ao leste.No
continente europeu existem muitos países, dentre esses o de maior território é
a Rússia, com 40% da área total, o restante abriga 40 países. Apesar de
muitos países europeus possuírem territórios relativamente restritos, tornaramse verdadeiras potências políticas e econômicas mundiais, tais como Reino
Unido, Alemanha, França e Itália, que fazem parte do G-8 (grupo dos países
mais ricos do mundo).Quanto às características físicas ou naturais, a Europa
apresenta uma série de particularidades, diante disso apresentamos os
principais aspectos do relevo, hidrografia, clima e vegetação.
Relevo
O relevo europeu é constituído basicamente por duas unidades de relevo,
que são as planícies e os maciços antigos, ocupando especialmente o centro e
o norte do continente. Existem também os dobramentos modernos que são
compostos por áreas montanhosas, provenientes do pouco tempo de processo
erosivo, portanto sofreu pouco desgaste, essa característica é comum desde o
sul até a Península Ibérica.Dentre os dobramentos modernos e de relevo mais
elevado, os principais são: os Pireneus, ocupa uma área de 450 quilômetros
entre os limites territoriais da França com a Espanha, em alguns pontos as
altitudes podem atingir 3.000 metros. Os Alpes, ocorre em uma extensão de
42
1.100 quilômetros e atravessa o território da França, Itália, Alemanha, Suíça e
Áustria; e o ponto mais elevado é o Monte Branco com 4.807 metros. Os
Apeninos encontram-se na Itália e percorrem o território de norte a sul, em pelo
menos 1.500 quilômetros, essa região abriga vulcõe,s sendo que alguns são
ativos. Cárpatos ocorre nas terras da Eslováquia, Polônia, Ucrânia e Romênia
e o Cáucaso está situado entre o Mar Negro e o Mar Cáspio nos territórios da
Rússia, Geórgia, Armênia e Azerbaijão.
Hidrografia
Em razão da composição climática existente na Europa, os rios presentes
no continente são relativamente pequenos quanto a seu curso e volume,
apesar das limitações, esses mananciais foram sempre muito importantes para
as atividades desenvolvidas na região, especialmente por se tratar de rios
navegáveis. Nesse sentido, os rios principais do continente europeu são: rio
Reno (1.300 km de extensão) que nasce nos Alpes; Sena (770 km de
extensão), sua nascente está localizada ao sudeste de Paris; Ródano (800 km
de extensão), nascente nos Alpes suíços; Volga (3.531 km de extensão), nasce
a noroeste de Moscou e Danúbio (mais de 2.800 km de extensão), nasce nos
Alpes alemães.
Clima
A Europa está localizada na zona temperada da Terra, dessa forma,
apresenta climas de temperaturas mais amenas, dentre as particularidades de
cada região podem ser identificados diversos tipos de climas, sendo que os
principais são:Clima de montanha: ocorre especialmente em áreas de relevo de
grandes altitudes, como os Alpes e Pireneus, nessas áreas as chuvas são bem
distribuídas durante todo o ano, elas se desenvolvem de forma mansa e rápida,
os invernos são extensos e rigorosos, constituídos por nevadas e geadas.
Temperado oceânico: é formado por um elevado índice pluviométrico,
especialmente na primavera e no inverno, e temperaturas amenas.
43
Temperado continental: ocorre no centro e leste da Europa, as chuvas
desenvolvem com menos incidência que no temperado oceânico e amplitudes
térmicas mais elevadas.
Subpolar: predomina em áreas próximas à região ártica, é constituída por
duas estações bem definidas, sendo que o inverno é extremamente rigoroso e
longo, com temperaturas que atingem -50ºC e verão com período bastante
restrito, com temperaturas que variam entre 16ºC e 21°C.
Mediterrâneo: esse tipo de clima é típico do sul da Europa com verões
quentes e invernos mais amenos em relação a outras regiões do continente,
nesse há duas estações bem definidas, seca no verão e chuvosa no inverno.
Vegetação
A composição vegetativa da Europa é variada em razão dos diferentes
solos e climas, desse modo, podem ser identificados diversos tipos de
vegetações, dentre elas estão:
Tundra: essa cobertura vegetal é comum em regiões de clima subpolar,
vegetação constituída por musgos, gramíneas, arbustos e liquens, flora
proveniente da junção de fungos e algas.
Floresta conífera: composição vegetativa constituída por pinheiros em
áreas do sul.
Floresta temperada: é composta por pinheiros, além de árvores como a
faia e o carvalho, esses vegetais têm característica de perder as folhas no
inverno, conhecidos por floresta caducifólia.
Estepes: vegetação composta por herbáceas ou gramíneas provenientes
dos solos férteis.
44
Vegetação mediterrânea: é composta por xerófilas, plantas típicas de
regiões secas, tais como maquis e garrigues.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografiahttp://www.brasilescola.com/geografia/europa.htm
Aprofundamento 02
Conhecido como “velho mundo”, o continente europeu limita-se a oeste
com o Oceano Atlântico, ao sul com o Mediterrâneo, ao norte com o oceano
Glacial Ártico e a leste com a Ásia, sendo que os Montes Urais formam uma
divisa natural nesta parte do continente.
A importância do continente europeu reside no fato de este ter sido o
palco das maiores transformações da história da humanidade e de algumas de
suas mentes mais brilhantes, como a Segunda Guerra, a Revolução Industrial
na segunda metade do século XVIII e as teorias de Copérnico e Einstein,
europeus que mudaram a história da ciência.
A geografia política da Europa é totalmente determinada pela história
desse continente. Após inúmeros séculos de ocupações, invasões e
revoluções, a Europa chegou ao seu formato atual, embora ainda instável em
algumas regiões como a Geórgia, a questão Basca, etc.
Atualmente a mudança mais significativa é a formação do grande bloco
econômico da União Européia (UE) que abrange 15 países do total de 48 do
continente. Entre os países da UE foram abolidas todas as barreiras comerciais
e de fronteira permitindo-se o trânsito livre entre estes países.
Por se localizar totalmente no hemisfério norte e com uma altitude que
fica em torno de 340m, o continente europeu apresenta climas frios e
temperados, divididos em três tipos principais: o oceânico que abrange a faixa
45
da Noruega até Portugal, o clima continental em parte da Alemanha, e nos
países bálticos até a Polônia, e o clima mediterrâneo nos países da costa,
chegando até a França.
Esse clima propicia o surgimento das vegetações de Tundra mais ao
norte, do bosque boreal ou de coníferas ao sul dessa área, bosques
temperados nas regiões costeiras com uma variação na costa mediterrânea,
apresentando espécies típicas desse local como as azinheiras e os sobreiros, e
estepes que se estendem da Hungria até a Ucrânia. Embora seja o continente
mais explorado pelo homem, ele ainda abriga uma quantidade considerável de
espécies de animais e de vegetais, sendo que nas regiões montanhosas
encontram-se espécies típicas como o alce e o cabrito montês.
A baixa altitude do continente e o clima não tão extremo quanto em outras
partes do globo, facilitaram a ocupação do lugar por povos vindos de outras
regiões da Europa que foram decisivos no processo de diferenciação da
cultura, como por exemplo, os povos de origem germânica (Visigodos,
Ostrogodos, saxões, etc.) que deram origem às chamadas “invasões bárbaras”
durante os séculos IV e V.
Atualmente os descendentes desses povos, que formam a atual
população europeia, habitam uma área total de 10.349.915km² totalizando
745.500.000 pessoas (em 2000) fazendo da Europa o continente mais
urbanizado do mundo.
Pertencem ainda ao continente europeu algumas ilhas distribuídas pela
costa do Atlântico Norte e do Mediterrâneo como, as Ilhas Britânicas, Islândia,
Sicília, Sardenha, Córsega, Creta, Malta e Chipre.
74% da população da Europa vive em cidades totalizando uma população
de 551.670.000 pessoas com uma densidade de 72,03 habitantes/km², a maior
do mundo. O PIB per capita fica em torno de US$12.813,00, podendo variar
muito entre os países. Por quase todo o continente sobressai o tipo caucasoide
46
(branco) com algumas exceções de povos de origem mongoloide e as línguas
predominantes são aquelas de origem latina como o francês e o italiano.
Quanto ao relevo, na região setentrional do continente encontramos
bacias sedimentares, planícies e maciços montanhosos que se estendem até a
região meridional onde se encontram os pontos mais altos do continente.
Fontes:
http://www.portalbrasil.net/europa.htm
http://www.guiageo-europa.com/mapas/europa.htm
A União Europeia
O mundo vive dias turbulentos. Uma crise econômica global está em
curso desde 2008. Em seu rastro, ela provoca grande instabilidade nos
mercados, piora nas condições de vida da população em vários países, queda
de líderes políticos – e manifestações ganham as ruas em diversos pontos do
globo.
Em 2011, a União Europeia foi atingida em cheio pela turbulência, e a
dificuldade para enfrentar a situação causa um clima de choque, gritaria e
confusão. No interior da União Europeia, trava-se um cabo de guerra: de um
lado, um pequeno grupo decide medidas com base em um poder político e
econômico capaz de afetar diretamente os 27 países-membros do bloco, e, de
outro, a população de algumas dessas nações se recusa a aceitar as medidas,
que podem significar a perda de direitos históricos. Em jogo estão os conceitos
de soberania nacional, e até de democracia.
O cenário da União Europeia está conturbado. Os gregos invadiram as
ruas para protestar depois que seu Parlamento aprovou, em fevereiro de 2012,
novos cortes no orçamento para garantir um enorme empréstimo de
emergência do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional
47
(FMI). Os governos de países em situação semelhante, como Irlanda, Portugal
e Itália, buscam impor medidas que implicam queda de qualidade de vida de
sua população. Dinamarca, França e Itália reveem suas políticas de migração e
de controle de fronteiras, mexendo com questões essenciais para a tradicional
liberdade de circulação dentro da União Europeia. O euro, a moeda comum de
17 países, dá sinais de que não se mantém com suas atuais regras. Enquanto
isso, a França, do presidente Nicolas Sarkozy, e a Alemanha, da premiê
Angela Merkel, as duas maiores economias da zona do euro, apressam-se em
cortar gastos.
A crise que ameaça a União Europeia é global, e sua origem está no
colapso do mercado imobiliário dos EUA há quatro anos. O estouro da bolha
imobiliária afetou todo o sistema financeiro mundial.
A injeção de trilhões de dólares de dinheiro público para salvar bancos e
companhias em dificuldades, realizada por diversos governos, acabou
ampliando fortemente a dívida das nações. Agora, os países são chamados a
equilibrar suas contas com cortes profundos nos gastos públicos e aumentos
nos impostos, medidas que afetam diretamente a população. As manifestações
de 2011 na Grécia, nos Estados Unidos, na Espanha, e mesmo nos países
árabes e no Chile, têm como pano de fundo as consequências da crise.
História
Com meio século de existência, a União Europeia é o maior bloco
econômico do mundo. Sua criação começou em 1951, quando seis países –
Alemanha Ocidental, França, Bélgica, Holanda, Itália e Luxemburgo –
fundaram a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA). Em 1957, o
Tratado de Roma criou a Comunidade Econômica Europeia (CEE), instituindo
as “quatro liberdades fundamentais” dentro do bloco: livre circulação de
pessoas, de mercadorias, de capitais e de serviços. Entre 1973 e 1995,
entraram para a comunidade Dinamarca, Reino Unido, Irlanda, Grécia,
48
Espanha, Portugal, Áustria, Finlândia e Suécia. Com o Tratado de Maastrich,
em 1992, nasceu a União Europeia (UE).
Em 2004, houve a maior ampliação da história do bloco, com o ingresso
de mais dez nações: Eslováquia, Eslovênia, Hungria, Estônia, Letônia, Lituânia,
Polônia, República Tcheca, Chipre e Malta. O aspecto distintivo desse
crescimento foi a integração de países do Leste Europeu. Alguns viveram
décadas sob a influência da União Soviética, pois, no período da Guerra Fria
(1949-1991), eram regimes comunistas isolados na Cortina de Ferro. A partir
dos anos de 1990, esses países aos poucos saíram da influência da Rússia.
Em 2007, passaram a fazer parte do bloco a Romênia e a Bulgária,
elevando a população total da União Europeia a quase meio bilhão de
habitantes. Em 2013, pode ser concluído o processo de adesão da Croácia.
Turquia, Macedônia, Montenegro e Islândia já deram início ao pedido para
integrar a União Europeia.
Centralização Política
Na construção histórica da União Europeia, houve um movimento
constante de concessão de poderes às instituições supranacionais, como o
Parlamento Europeu e o Banco Central Europeu, em detrimento da soberania
das nações integrantes do bloco. Com frequência, esse processo foi conflituoso
e tumultuado.
Um bom exemplo é a proposta de Constituição europeia, rejeitada em
2005 por votações populares na França e na Holanda. Pelas regras da época,
essa estrutura legal só poderia ser instaurada após a aprovação unânime dos
países do bloco. Assim, o projeto naufragou. Mas, depois da negativa, a elite
política da França modificou a Constituição para abolir a necessidade do
referendo popular, delegando a próxima votação sobre o assunto à Assembleia
Nacional.
49
A proposta seguinte no âmbito europeu foi batizada de Tratado de Lisboa,
versão reduzida da Constituição derrotada. Para garantir sua aprovação, os
defensores da União Europeia mudaram as regras do jogo, passando a
ratificação para os Parlamentos na maioria dos países. Houve uma exceção:
uma imposição constitucional tornava o referendo popular obrigatório na
Irlanda. Em junho de 2008, os eleitores da República da Irlanda prolongaram o
impasse, ao recusarem o tratado por maioria.
O porquê do “não”
Até aquele ano, havia crescimento econômico nos países-membros da
União Europeia. Então, quais seriam os motivos para a recusa em várias
votações populares às medidas de fortalecimento da UE? Podemos resumir
dizendo que, por trás do “não”, havia a rejeição à perda da identidade e de
direitos econômicos e políticos nacionais, enfim, de soberania.
Essa questão é histórica. Depois da II Guerra Mundial, vários países
europeus implantaram estados de bem-estar social, nos quais os indivíduos
passaram a desfrutar de um conjunto de bens e serviços garantidos pelo
Estado, como educação, saúde, habitação e previdência social. Agora, o ajuste
proposto avança para desmontar o estado de bem-estar social.
No início, a maioria dos países europeus apoiou, com entusiasmo, a
integração econômica de seus países, identificada com estabilidade e
prosperidade econômica. A etapa seguinte, da integração social, também foi
bem recebida, embora com menos entusiasmo, pois a uniformização de
normas afetava aspectos da vida nacional. Já a última etapa de integração da
UE, da unificação política, foi vista com profunda desconfiança. Há o forte
temor de que o comando central da União Europeia, em Bruxelas, exerça um
poder autoritário, burocrático, indiferente às necessidades dos cidadãos, além
do controle popular.
50
O Tratado de Lisboa propõe a criação de instituições políticas acima do
poder e da influência de cada nação. Como funcionarão as instituições? Quem
elegerá seus representantes? Muitos europeus não se sentem confortáveis em
entregar a esse comando central a prerrogativa de instaurar mudanças que
afetem de forma direta as condições de sua vida.
O que muda com o tratado
Depois da rejeição popular na Irlanda, iniciou-se uma operação política
pela aprovação do Tratado de Lisboa. Em primeiro lugar, todos os demais
países aprovaram o tratado (faltando apenas a chancela presidencial na
República Tcheca). Em seguida, preparou-se um novo referendo sobre o
mesmo tema na Irlanda, um ano e pouco depois – em outubro de 2009. Em
troca da aprovação, ofereceram-se ao país “garantias legais” de que a União
Europeia não iria impor leis sobre questões como direito ao aborto, casamento
gay, regras sobre impostos e mudanças no que os irlandeses chamam de
“neutralidade histórica” em questões externas. Além disso, houve uma
participação maciça dos líderes europeus na campanha eleitoral, alertando os
irlandeses de que apenas seu país impedia a unificação europeia. Em 2009,
houve a aprovação do Tratado de Lisboa na Irlanda. Com a adesão dos
tchecos, o acordo entrou em vigor na UE.
Com o Tratado de Lisboa, a União Europeia começou a ter novas regras
políticas, a partir do fim de 2009, para orientar as ações dos Estados-membros,
que concentraram poder em suas instituições. Assim, a União Europeia passou
a ter um chefe de relações internacionais e um presidente com mandato de
dois anos e meio, com possibilidade de reeleição, no lugar do sistema rotativo
de seis meses. Outros pontos importantes são:
• O Parlamento europeu passa a ter mais poder de decisão em assuntos
de Interior e Justiça dos países-membros e poderá influenciar e rejeitar as
legislações da Comissão Europeia (a comissão é formada por um
representante de cada país-membro).
51
• A partir de 2014 entra em vigor um novo sistema de votação, em que
55% dos Estados – desde que representem 65% da população do bloco –
podem aprovar uma lei obrigatória para todos (até lá, ainda é preciso
consenso, ou seja, aprovação de todos). A divisão do número de deputados
europeus também foi modificada, com os países mais populosos passando a
ter mais deputados do que os menores.
Fonte: https://almanaque.abril.com.br/materia/a-uniao-europeia-pede-ajuda
Aprofundamento 03
O grande símbolo do fim da Guerra Fria foi a queda do Muro de Berlim,
em novembro de 1989. No fim daquele ano, as autoridades de fronteira não
puderam mais impedir a população de passar pelo muro que dividia a cidade
de Berlim ao meio, metade sob governo da Alemanha Ocidental e outra parte
em território da Alemanha Oriental. A divisão do país vinha desde o fim da II
Guerra Mundial (1945), embora o muro tenha sido construído apenas em 1961.
O Muro de Berlim simbolizava a separação do mundo em dois blocos:
aquele constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos
e o de países socialistas ligados à extinta União Soviética (URSS). A seguir, foi
dado o golpe de misericórdia na Guerra Fria: a queda dos regimes comunistas
do Leste Europeu resultou na desagregação da Iugoslávia, da Tchecoslováquia
e da União Soviética, a partir de 1991.
A Guerra Fria foi o confronto ideológico, político, econômico e militar entre
o bloco capitalista e o comunista. Por causa dessa divisão em dois blocos, ou
dois pólos, dizia-se que o mundo da segunda metade do século XX era
bipolar.O bloco capitalista era formado pelos Estados Unidos, pelos países da
Europa Ocidental – reunidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte
(Otan), aliança militar liderada pelos norte-americanos – e pelo Japão.
O bloco comunista era formado pela URSS e por seus países satélites do
Leste Europeu – reunidos no Pacto de Varsóvia, a aliança militar soviética –,
além de países como Cuba (a partir de 1962) e Vietnã. A China estava bem
52
longe de ser a potência econômica de hoje e se achava mais preocupada em
consolidar o regime internamente. Atuava externamente junto aos vizinhos
asiáticos, mas, desde 1960, mantinha uma relação tensa com Moscou. Houve,
ainda, uma tentativa de países em desenvolvimento de formar um terceiro pólo:
o Movimento dos Países Não-Alinhados, do qual o Brasil fazia parte, mas que
nunca se constituiu num grupo coeso e atuante.
Cortina de Ferro
A Guerra Fria foi iniciada logo após o fim da II Guerra Mundial. A fronteira
entre a Europa Ocidental e os países do Leste era chamada de Cortina de
Ferro, expressão lançada num célebre discurso do primeiro-ministro britânico
Winston Churchill, em Fulton (EUA), em março de 1946, no qual propôs a
formação de uma aliança para combater o avanço do comunismo, segundo ele
a grande ameaça que pairava sobre o mundo após a guerra. A Cortina de
Ferro incluía os países que haviam ficado sob a influência da URSS na divisão
do mundo feita entre os países vencedores da II Guerra Mundial, nos acordos
de Yalta e Potsdam.
Essa partição da Europa entre Ocidental e Oriental era simbolizada pela
divisão da Alemanha em duas e, mais especificamente, a partir de 1961, pelo
Muro de Berlim. A cidade, que ficava na Alemanha Oriental (comunista), havia
sido dividida após a guerra em quatro zonas, sob controle de cada uma das
quatro potências ocupantes – EUA, URSS, Reino Unido e França –, os países
vencedores da guerra. Em 1961, o governo alemão oriental, para estancar o
fluxo de refugiados para o lado ocidental da cidade, construiu o muro cortando
Berlim ao meio para impedir o livre trânsito entre as duas partes.
Conflitos esparsos
O termo Guerra Fria se origina da contraposição à guerra quente, isto é, à
guerra de fato. Isso porque, diante do temor de uma guerra nuclear
devastadora, os dois blocos não se enfrentavam diretamente.
53
Desse modo, o Terceiro Mundo – expressão da época para indicar os
países pobres e em desenvolvimento – era o palco principal de confrontos
militares abertos entre os blocos. Forças em choque nas guerras civis e em
movimentos anticoloniais na América Latina, na África e na Ásia acabavam se
alinhando a um ou outro bloco, em busca de apoio, como ocorreu em Angola,
Moçambique, Vietnã, Coréia, Nicarágua e El Salvador.
O temor de que a América Latina caísse sob influência do comunismo
levou os Estados Unidos a apoiar sangrentas ditaduras militares na região nos
anos 1960 e 1970, especialmente após a Revolução Cubana (1959). O
continente era visto por Washington como sua “área de influência” desde o
começo do século XX.
Já a URSS mantinha sob rígida vigilância o regime de seus países
aliados, invadindo-os para reprimir as tentativas de rebelião política na Hungria
(1956) e na Tchecoslováquia (1968), bem como para controlar o governo do
Afeganistão (1979-1989).
O momento mais tenso da Guerra Fria foi o da crise dos mísseis em
Cuba. Em 1962, a URSS instalou secretamente mísseis nucleares na ilha, que
estava sob sua influência desde a aproximação com o regime de Fidel Castro,
em 1961. Os mísseis poderiam atingir Washington em poucos minutos. Os
norte-americanos descobriram, e o presidente John Kennedy ordenou um
bloqueio naval de Cuba. Moscou chegou a enviar uma frota para um confronto,
mas o líder soviético Nikita Khruschov cedeu e retirou os mísseis.
Queda do muro
No fim dos anos 1970, estava claro que o bloco soviético tinha dificuldade
em acompanhar o ritmo econômico do Ocidente. Três personagens marcaram
o período: o presidente Ronald Reagan, dos EUA, cuja corrida armamentista
forçou a URSS a elevar seu gasto militar e acabou por quebrar o país; o papa
João Paulo II, que estimulou a contestação do regime comunista em sua
54
Polônia natal; e o líder soviético Mikhail Gorbatchev, que iniciou o processo de
abertura política (glasnost) e liberalização econômica (perestroika) na URSS.
O desfecho ocorreu a partir de 1989. Sob pressão de manifestações pródemocracia, os governos dos países comunistas foram enfraquecendo. Em
novembro houve a queda do Muro de Berlim. A Alemanha reunificou-se em
1990. Em 31 de dezembro de 1991, a URSS deixou de existir. A Federação
Russa manteve 75% do território, metade da população e boa parte dos
recursos e do arsenal militar convencional e atômico.
Resumo
DESTAQUE
A Rússia busca um novo lugar de destaque no mundo. Aumentou gastos
militares, está se aproximando do Ocidente e lançou um plano econômico para
crescer e atrair investimentos externos. O país é uma das maiores economias
emergentes do planeta, mas é dependente das exportações de petróleo e gás.
Ele sentiu profundamente a crise global de 2008, que derrubou a demanda
mundial por combustíveis. O ano de 2009 foi de forte redução do PIB.
PUTIN
O primeiro-ministro Vladimir Putin é o principal nome da política russa. Ele
presidiu o país entre 2000 e 2008 e elegeu o sucessor, Dmitri Medvedev, que
deve abrir mão de tentar a reeleição para que Putin concorra a um novo
mandato no ano que vem. Uma das marcas de Putin é a repressão aos
movimentos rebeldes das repúblicas que integram a Federação Russa.
SEPARATISMO
Um atentado terrorista promovido por separatistas da Chechênia deixou
35 mortos num aeroporto de Moscou em 2011. A tensão entre os povos
55
remonta à época do antigo Império Russo, quando diversos grupos foram
subjugados pelo expansionismo russo. No século XX, o governo soviético de
Josef Stálin sufocou a expressão dessas nacionalidades e deportou milhões.
Com o fim da URSS, os problemas emergiram. A área mais conturbada é o
Cáucaso, onde existem diversas repúblicas, com diferentes -etnias, todas
dentro do Estado russo.
GUERRA FRIA
A Revolução Russa, em 1917, fundou o primeiro país comunista do
planeta. A URSS tornou-se uma grande potência e, depois da II - Guerra
rivalizou com os Estados Unidos por várias décadas, durante a Guerra Fria.
Nesse período, a rivalidade opunha um bloco capitalista a um bloco comunista. O maior temor era de uma guerra nuclear, já que os dois países
desenvolveram arsenais atômicos. Esse período terminou com o fim da URSS,
em 1991. Em 2010, Rússia e EUA assinaram um acordo de redução do arsenal
de armas nucleares.
Observe a imagem a seguir:
1) Relacione o evento da imagem com a nova ordem mundial.
2) O que significava o muro de Berlin para o capitalismo x comunismo?
Justifique.
3) O que foi a guerra fria?
4) Qual a situação atual da Rússia? O país ainda é comunista? Pertence
a algum Bloco?
56
AMÉRICA
57
Segundo continente mais extenso, com 42 milhões de quilômetros
quadrados de área, a América é formada por duas grandes massas de terra
(América do Norte e América do Sul), unidas por uma estreita faixa (América
Central). Um sistema de cadeias montanhosas percorre o território em sua
porção oeste, sem interrupção, desde o estreito de Magalhães, no extremo sul,
até o estreito de Bering, no extremo norte – a Cordilheira dos Andes, na
América do Sul, e as Montanhas Rochosas, na América do Norte. No tempo
das grandes navegações, os europeus deram à região o nome de Novo
Mundo. O continente americano é registrado cartograficamente pela primeira
vez em 1538, quando Gerardus Mercator publica sua versão do mapa-múndi.
O termo América é usado para classificar as terras a oeste da Europa
encontradas em 1492 por Cristóvão Colombo, navegador genovês a serviço da
Espanha. O nome do continente se deve a outro navegador, o italiano Américo
Vespúcio, cujas primeiras expedições à região datam de 1507.
A América do Norte é colonizada principalmente por ingleses e franceses,
enquanto espanhóis e portugueses dominam a maior parte da América Central
e da América do Sul. Ao longo da cordilheira dos Andes, no sul, viviam
anteriormente os povos incas, dizimados pelos colonizadores espanhóis. Seu
mais importante legado arquitetônico é a cidade de pedra de Machu Picchu, no
território do atual Peru. Outras civilizações pré-colombianas (anteriores à
chegada de Colombo à América) muito desenvolvidas eram os maias e os
astecas.
Nenhum continente apresenta tamanho desequilíbrio regional quanto a
América. Ao norte do México, os Estados Unidos (EUA) e o Canadá são duas
das mais desenvolvidas nações mundiais. Os outros 33 países que compõem a
América Latina estão num nível de desenvolvimento econômico e social bem
inferior. Em 2011, EUA e Canadá somavam um Produto Interno Bruto (PIB) de
16,7 trilhões de dólares, ante 5,8 trilhões de dólares de todos os demais países
americanos juntos (veja a tabela ao lado).
Em 1994, os EUA propuseram a formação da Área de Livre-Comércio das
Américas (Alca), com o objetivo de liberar o comércio no continente de
58
barreiras tarifárias – exceto Cuba. Para os EUA, tratava-se da possibilidade de
aumentar a entrada de seus produtos e serviços em todos os países da
América e diminuir seu enorme déficit comercial. Porém, a proposta encontra
ampla resistência entre os movimentos sociais e sindicais latino-americanos,
que temem particularmente a perda de empregos com uma possível invasão de
produtos norte-americanos e realizam campanhas contra a Alca. Após
sucessivas discussões em torno da formação do bloco econômico, a Cúpula
das Américas de novembro de 2005, realizada em Mar del Plata, na Argentina,
marca o fracasso do acordo, deixando as negociações em suspenso.
O governo norte-americano demonstra agora interesse em fechar acordos
de livre-comércio com os demais países do continente. Além do Acordo de
Livre Comércio da América do Norte (Nafta) com Canadá e México, firmado em
1994, os EUA assina acordos de livre-comércio com o Chile (2004), com a
Colômbia (2011) e com alguns países da América Central por meio do DRCafta. Por sua vez, os países latino-americanos associam-se em blocos de
integração econômica como o Mercado Comum do Sul (Mercosul), que inclui
Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e a Venezuela, admitida em 2012, a
Comunidade Andina (CAN), com Bolívia, Colômbia, Equador e Peru, e a
Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), liderado pela Venezuela e
composto de oito países cujos governos seguem uma orientação mais
esquerdista, como Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua.
Organização dos Estados Americanos
A Organização dos Estados Americanos (OEA) é uma instância de
diálogo multilateral originária de uma conferência continental realizada entre
1889 e 1890, em Washington, nos Estados Unidos. Sua fundação oficial ocorre
apenas em 1948, e todos os prédios centrais funcionam na capital federal
norte-americana. Em 2012, a OEA reúne 35 países das três Américas e do
Caribe, além de observadores permanentes de 66 nações. A entidade possui
quatro pilares de atuação: democracia, direitos humanos, segurança e
desenvolvimento. Dentro dessas áreas, trabalha de muitas formas, como na
59
observação independente de pleitos eleitorais, acompanhamento de denúncias
de violação aos direitos humanos, em negociações comerciais entre os países,
ajuda econômica e humanitária em desastres naturais. Em 2012, por exemplo,
a Venezuela pede para ser retirada da Comissão de Direitos Humanos da
OEA, alegando que as decisões do órgão não são isentas. Nos últimos anos, a
comissão denunciou o país por não punir os casos de violação de direitos
humanos.
O que é a América Latina?
Os países latino-americanos distribuem-se pelas três regiões geográficas
do continente – o México, na América do Norte, e todas as nações da América
Central e do Sul, que possuem laços históricos e culturais. A maioria foi
colonizada por nações europeias de língua latina (espanhol, português e
francês), embora haja antigas possessões inglesas ou holandesas. O termo
América Latina corresponde, também, a um critério geopolítico, pois esses
países
apresentam,
em
comum,
profundas
desigualdades
sociais
e
instabilidade econômica.
De acordo com o relatório 2012 do Banco Mundial, a pobreza na América
Latina caiu de 44% para 30% entre 2003 e 2009. Mesmo assim, a região ainda
é a mais desigual do planeta. Segundo relatório do Programa das Nações
Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), os 20% mais ricos
ganham 20 vezes mais que os 20% mais pobres. O mesmo estudo também
mostra que a região é a mais urbanizada do mundo. Atualmente, quase 80%
dos latino-americanos moram nas cidades, índice duas vezes maior que o de
regiões como África e Ásia. A acelerada e desorganizada urbanização criou
megacidades com infraestrutura deficiente e graves déficits habitacionais: mais
de um quarto da população vive em favelas ou comunidades carentes.
60
AMÉRICA DO NORTE
Número de países: 3
Países: Canadá, Estados Unidos (EUA/USA) e México.
61
Países com grandes territórios, o Canadá e os EUA possuem
disponibilidade de recursos naturais e elevado padrão de vida. Os EUA se
destacam como a maior potência econômica e militar do planeta. O México
apresenta perfil de desenvolvimento semelhante ao das demais nações latinoamericanas, mas sua economia está cada vez mais integrada à dos EUA e à
do Canadá, graças ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).
Geografia Física
Compreende uma área de 23,5 milhões de quilômetros quadrados. A
América do Norte é uma vasta extensão de terra de formato triangular. Suas
principais elevações são a cordilheira do Alasca e as Montanhas Rochosas, a
oeste, e a maior bacia hidrográfica – a do Mississippi-Missouri – a leste. Na
fronteira do Canadá com os EUA, encontram-se os Grandes Lagos (Superior,
Michigan, Eire, Huron e Ontario). A maior ilha do continente – e do mundo –
situa-se na América do Norte: Groenlândia, com quase 2,2 milhões de
quilômetros quadrados.
Na porção norte, de clima continental frio, predominam as florestas de
coníferas; o centro e o sudeste, de clima continental, são ocupados por
florestas temperadas e pradarias; no sudoeste, há desertos. De acordo com o
World Resources Institute, a América do Norte ainda conserva três quartos de
suas florestas originais.
População
Há cerca de 466,6 milhões de habitantes no subcontinente em 2012,
segundo estimativa do Banco Mundial. Por causa do clima frio, a concentração
populacional é baixa no Alasca, na Groenlândia e no norte do Canadá.
Aumenta em direção ao sul, apresentando-se altamente densa em centros
urbanos como Cidade do México, Nova York e Los Angeles. A maioria dos
62
habitantes descende de colonizadores britânicos, franceses e espanhóis, de
escravos africanos e de vários grupos de imigrantes (italianos, irlandeses,
chineses etc.). As principais línguas faladas são o inglês, o espanhol e o
francês.
Economia
Encontra-se plenamente industrializada nos Estados Unidos e no Canadá
e, em menor grau, no México. A agricultura é altamente mecanizada e
responde por grande parcela da produção mundial de alimentos, com destaque
para os cereais, o milho, a soja e a laranja. A América do Norte possui vastas
reservas de combustíveis fósseis e minérios. A cidade de Nova York, na costa
leste norte-americana, é o principal centro financeiro internacional.
Saiba mais:
América do Norte I
A América do Norte é composta pelo Canadá, Estados Unidos, México e
Groelândia. É um continente extenso, o terceiro maior do mundo.Até o século
XVI este continente era habitado pelos esquimós, peles-vermelhas e astecas.
Os primeiros colonos a chegarem foram os ingleses, franceses, espanhóis e
holandeses. A partir do século XIX, os navios e ferrovias facilitaram a entrada
de novos colonos, que, em sua maior parte, vinham da Europa.
Conhecendo a América do Norte
A América do Norte possui grandes cordilheiras em suas regiões oeste e
leste. As Montanhas Rochosas, que vão do Ártico ao México, recebem
diferentes nomes durante toda a sua extensão na porção oeste do continente.
Elas chamam atenção não só por sua beleza, mas também por serem ricas em
minerais. Ao leste também há montanhas, contudo, elas são mais baixas se
63
comparadas com as existentes na região oeste. Estas montanhas mais baixas
vão do Labrador ao Alabama e, durante grande parte de sua extensão, o nome
que predomina é Apalaches. Entre essas duas extensas cadeias montanhosas,
há planícies e pradarias cujos ambientes e seres vivos se modificam durante o
percurso para o sul, desde o gelado Ártico até os trópicos da América Central.
Na região do extremo-norte encontram-se as regiões geladas do Alasca e do
norte do Canadá, onde habitam os esquimós, caçadores e pescadores. Apesar
do clima gelado, foram criadas estruturas que permitem um número crescente
de habitantes, atraídos por centros mineiros de ouro e urânio.
Há ainda florestas de pinheiros, lariços e abetos, que os lenhadores
derrubam para a manufatura de papel, rayon e para lenha. Ao sul dessas
florestas, encontram-se planícies cobertas pelo trigo norte-americano e
canadense. Nas áreas próximas aos Grandes Lagos e ao vale do rio São
Lourenço, existem grandes e modernas cidades e também fazendas e minas.
Indo mais para o sul, nos Estados Unidos, encontram-se terras férteis para a
produção de milho. Nas bacias férteis dos rios Mississipi e Missouri é feito o
plantio de tabaco, algodão e de frutas. Esses rios são extremamente
importantes, pois, na época de cheia, eles inundam e fertilizam a região. No
México existe um interior deserto, onde há poços de petróleo e minas de prata,
matéria prima da qual o país é o maior produtor mundial. Outras riquezas
minerais também são encontradas nesta região, entre elas estão: o ouro, o
cobre, o zinco, etc. Embora conte com este recurso, a nação continua dando
papel de destaque para a agricultura, onde seus principais produtos são: o
café, açúcar, tomate e algodão. Ao leste da América do Norte estão localizadas
muitas de suas maiores cidades, como Toronto e Montreal (no Canadá), Nova
Iorque, Filadélfia, Detroit e Baltimore (nos Estados Unidos). É nessa região que
se encontra grande parte do ferro e do carvão do continente, as maiores
indústrias pesadas e o maior comércio.
Na costa ocidental encontram-se as florestas e fazendas da Colúmbia
Britânica, os pomares, os poços de petróleo e as plantações de algodão da
64
Califórnia. As maiores cidades do oeste são: Vancouver, São Francisco e Los
Angeles. Hollywood também se situa nessa região.
Os habitantes norte-americanos procedem de diferentes países: um
quarto da população do Canadá fala francês, e o resto é de origem inglesa. Os
milhares de habitantes dos Estados Unidos são, em sua grande parte, de
origem europeia. Há também muitos negros, chineses, japoneses e índios.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/pesquisa/americadonorte.htm
América do Norte II
A América do Norte está localizada no extremo norte das Américas e é
composta por apenas três países: Estados Unidos, Canadá e México, além de
territórios de domínios europeus, como a Groelândia (pertencente ao Reino da
Dinamarca, com representação no parlamento) e Bermudas (dependência
britânica). Os dois primeiros países são os únicos do continente americano que
estão
inseridos
no
grupo
dos
países
mais
importantes
político
e
economicamente, especialmente os Estados Unidos, que possuem a condição
de maior potência mundial; já o México configura-se como um país em
desenvolvimento, ou seja, emergente. Um fato determinante na atual condição
dos países citados é o fator histórico. Assim como todas as nações das
Américas, os Estados Unidos e o Canadá também foram colonizados por
europeus, entretanto, o modo como foram desenvolvidos foi diferente, pois
enquanto o centro e o sul das Américas foram colônias de exploração, as
nações em questão viveram um processo de povoamento. A América do Norte
é também conhecida por América Anglo-Saxônica (de língua inglesa) ou
América desenvolvida.
Aspectos naturais da América do Norte:
A América do Norte é banhada ao norte pelo Oceano glacial Ártico; a
oeste, pelo Oceano Pacífico; e a leste, pelo Oceano Atlântico.
65
Relevo
Quanto ao relevo, a América do Norte apresenta basicamente três tipos,
como ocorre em grande parte de todo continente americano.
• Porção ocidental: abriga uma série de cadeias de montanhas, muitas
dessas são vulcões que se encontram em atividade e, por isso, há uma grande
ocorrência de terremotos. Dentre as muitas montanhas presentes, as principais
são: Cadeias da Costa, Sierra Nevada e as montanhas Rochosas.
• Porção oriental: corresponde a regiões onde se encontram planaltos e
montanhas de idade geológica antiga e que sofreram diversos e longos
processos erosivos. Os principais planaltos são: Labrador (Canadá) e Monte
Apalache (Estados Unidos).
• Porção central: essa região abriga extensas áreas compostas por
planícies, abrangendo também rios e lagos. As mais conhecidas são: as
planícies de Lacustre (Canadá), do Mississipi (Estados Unidos) e a planície dos
Grandes Lagos.
Hidrografia
A hidrografia da América do Norte é bastante diversificada. No território
canadense, os lagos predominam, existem pelo menos 150 mil lagos, grande
parte de origem glacial. A maior concentração de lagos da América do Norte
está localizada entre as fronteiras dos Estados Unidos e do Canadá. Os
maiores e mais importantes lagos são: Superior, Michigan, Huron, Erie e
Ontário, o primeiro possui 84 mil km2.Quanto aos rios, no Canadá o que se
destaca é o Rio São Lourenço, isso porque serve como hidrovia entre os
Grandes Lagos e o Oceano Atlântico. Nos Estados Unidos, o mais importante
quanto à capacidade de navegação é o Rio Mississipi, outros importantes são
Colorado e Columbia, ambos utilizados na irrigação e na geração de energia
elétrica.
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Clima e vegetação da América do Norte
Em razão da dimensão territorial, na América do Norte são desenvolvidos
diversos tipos de composição vegetativa e climática. Os principais são:
Tundra: tipo de vegetação que se desenvolve a partir do degelo. É
composto por liquens, musgos, ervas e arbustos de baixa estatura, em razão
do clima frio com invernos longos e rigorosos.
Floresta Temperada: esse tipo de vegetação ocorre em regiões onde
predomina o clima temperado. Caracteriza-se por apresentar as estações do
ano bem definidas com invernos frios e verões quentes, as florestas
temperadas são compostas por árvores caducifólias e musgos, e há presença
de cedros, carvalhos e pinheiros.
Estepe e Pradaria: ocorre em áreas que possuem clima semiárido, com
temperaturas elevadas e longos períodos de estiagem. Em virtude dessa
adversidade, a composição vegetativa é bastante restrita com a presença de
gramíneas e ausência de árvores.
Vegetação desértica: desenvolve-se em regiões desérticas no sul dos
Estados Unidos, na fronteira com o México, e também na região do Rio
Colorado. O clima é desértico, por isso é seco durante todo o ano.
Savana: ocorre em lugares onde há incidência de chuvas regulares
durante o ano e temperaturas sempre abaixo de 10ºC nas estações do outono
e inverno.
Vegetação de montanhas: em razão da altitude, a temperatura tende a
cair, assim, apresenta clima parecido com o clima frio; quanto à cobertura
vegetal, existem poucas formas presentes.
67
Ausência de vegetação: ocorre em regiões da América do Norte que
possuem temperaturas muito frias, ou seja, polares. Essa adversidade climática
não permite o desenvolvimento de nenhuma forma de vegetação.
Eduardo de Freitas - Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola | http://www.brasilescola.com/geografia/america-norte.htm
Na internet: http://www.infoescola.com/geografia/america-do-norte/
EXTRAS:
A Indústria: A América do Norte é a região mais industrializada da terra.
A área metropolitana de Nova York dispõe do maior e melhor porto, por isso de
situação privilegiada. Com a escassez de terras disponíveis, não contam com
indústrias pesadas, predominando as têxteis, química, alimentícia e petrolífera.
No Canadá, em diversas áreas é praticada a indústria extrativa em pontos
isolados (petróleo e minas). No México destaca-se a mineração ( prata,
principalmente) e a extração de petróleo.
O Alasca: Conhecido nos Estados Unidos como “a última fronteira
selvagem”, o Alasca compõe os 50 Estados norte-americanos e possui a maior
extensão do país, superando Texas, Montana e Califórnia. Por ser muito
grande, frio, e possuir uma natureza selvagem como sua principal
característica, é um dos Estados menos povoados. Isso reflete em sua baixa
densidade de população, que é de 0,42 habitantes por quilômetro quadrado, a
menor dos EUA. O Alasca faz fronteira com o Canadá, território do Yukon e
com a província da Colúmbia Britânica. É banhado pelo oceano Ártico e pelo
oceano Pacífico, além disso, possui parques e ilhas em seu entorno.
Pelo seu caráter de isolamento dos outros territórios americanos, o Alasca
é considerado parte dos chamados Estados do Pacífico. Além disso, os únicos
estados norte-americanos que possuem menos habitantes que o Alasca são
Vermont, Wyoming e Dakota do Norte. A extensão do Alasca é tão grande que,
se o Estado tornasse-se um país independente, estaria na posição de décimo
sétimo maior país em extensão em escala mundial. Atualmente há uma grande
68
discussão sobre a independência do Estado. De acordo com as autoridades
norte-americanas, o território é o único que pode ser atingido por mísseis
provindos do extremo oriente.
Entre todos os territórios dos EUA, o Alasca é considerado o mais
setentrional e oriental do país. Isso ocorre devido à localização das 2 ilhas do
Arquipélago Aleutas, que ficam no Hemisfério Oriental. Ao norte, o clima é mais
gelado e de difícil sobrevivência, por isso as populações que habitam o Alasca
vivem na parte sul e sudeste. Grande parte do território praticamente não tem
população. Daí o surgimento do nome The Last Frontier, em português, A
Última Fronteira. O nome do Estado tem origem em Alyeska, palavra que tem o
significado de “terra grande”. Isso provém do idioma dos esquimós que povoam
parte do território do Alasca.
A história do Alasca remete ao ano de 1867, quando foi adquirido do
Império da Rússia após longa insistência de William Henry Seward, que na
época era o Secretário do Estado norte-americano. O valor pago pelo Alasca
foi de aproximadamente sete milhões de dólares e, naquele tempo, o
Secretário foi duramente criticado pelo gasto, pois os americanos achavam que
o território não tinha nenhum benefício e era um bloco de terra, gelo e ursos.
Apesar disso, neste Estado criticado houve grande descoberta de reservas
naturais, que atraem todos os anos milhares de turistas.
No cinema, o Alasca foi retratado no filme Na Natureza Selvagem, em
que um jovem recém-formado decide abandonar a família e iniciar uma jornada
pelos EUA com destino final ao Estado, seu maior desafio. No longa-metragem
Um Mundo Perfeito, dirigido e atuado por Clint Eastwood, um presidiário que
foge da cadeia e sequestra um garoto carrega um cartão postal do Alasca no
bolso. Presente de seu pai, o cartão acaba sendo peça fundamental do filme.
Em várias passagens, este personagem refere-se ao Alasca como A Última
Fronteira.
Dados e informações importantes:
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País que Pertence: Estados Unidos da América
Capital do Estado: Juneau
Cidades principais: Juneau, Barrow, Bethel, Fairbanks, Homer, Kodiak,
Palmer, Nome, Unalaska
Localização Geográfica: extremo noroeste dos EUA
População: 663.661 (2005)
Densidade Demográfica (habitantes por km²): 0,42
Altitude média: 3.060 metros
Área (em km²): 1.717.854
Administração: 28 distritos
Principais Atividades Econômicas: extração de petróleo, minérios,
serviços, indústria e pesca.
Rio Principal: rio Yukon
Temperatura média anual: 3 °C
Clima: clima polar
Índice Pluviométrico anual: 1.500 mm
Pontos Turísticos e Culturais
- Inside Passage (fiordes e geleiras)
- Skagway
- Museu da Trilha do Ouro
- Ketchikan (cidade antiga)
- Fiorde Tracy Arm
- Parque Nacional de Glacier Bay
- Monumento Nacional de Misty Fiords
Fontes:
http://wikitravel.org/pt/Alasca
http://www.contracampo.com.br/46/mundoperfeito.htm
http://omelete.uol.com.br/cinema/na-natureza-selvagem/
http://www.suapesquisa.com/paises/eua/alasca.htm
70
A Groenlândia: Considerada a mais vasta ilha do Planeta, é uma região
independente da Dinamarca, situada na vizinhança do litoral norte do Canadá e
do oceano Glacial Ártico; ao sul ela se limita com o Atlântico. Seu solo é
recoberto por uma camada de gelo em pelo menos 84% de sua extensão, o
que delimita inevitavelmente a prática econômica do povo que aí reside,
localizando-a somente na esfera costeira. O gelo está tão presente nesta
nação que apenas a Antártica a transcende neste ponto.
Habitada hoje por cerca de 57 mil pessoas, a Groenlândia era uma terra
inexistente, do ponto de vista europeu, até a emergência do século X, quando
os vikings da Islândia aí aportaram. Ela não era, porém, completamente
desconhecida da Humanidade, pois populações da região ártica, conhecidas
como esquimós e atualmente denominadas Inuit, já haviam ocupado este
território antes, embora o tivessem abandonado pouco antes da chegada dos
islandeses.
Os ascendentes dos inuítes – povos indígenas vinculados culturalmente
ao Ártico, dotados de atributos físicos que os capacitam a viver em regiões frias
– desembarcaram na Groenlândia por volta do início do século XIII. Eles
permaneceram nesta ilha durante séculos, mas foram os antigos vikings que
conquistaram, por meio de reivindicações dos dinamarqueses, o domínio do
país, colonizando-o do século XVIII em diante, além do monopólio do comércio
desta região.
O clima da ilha é muito gelado, o que justifica a quase inexistência de
plantas; a pouca vegetação está disseminada por todo o país. A floresta mais
importante está situada na cidade de Nanortalik, no sul desta área. Os verões
são brandos e os invernos muito severos.
O norte do país apresenta o maior tesouro econômico da ilha, os múltiplos
e abundantes minérios, particularmente minas de chumbo, minério de ferro,
carvão, molibdênio, ouro, platina e urânio. A economia se alimenta tão somente
da atividade mineral e da pesca. No mais, a Groenlândia, que se resume a uma
extensão de 2,2 milhões de km², depende do suporte econômico dos
dinamarqueses. Sua moeda oficial é a coroa da Dinamarca.
Durante a Segunda Grande Guerra, o país se libertou concretamente dos
dinamarqueses, tanto nos aspectos sociais quanto nos econômicos. Após
71
conquistar este feito, ele se aliou aos Estados Unidos e ao Canadá. Com o fim
da conflagração bélica, porém, a ilha retornou ao domínio da Dinamarca,
embora não mais como colônia, e sim como região independente, posição
conquistada em 1979.
Neste novo contexto a Dinamarca não está mais vinculada à União
Europeia, apesar de manter o estatuto de sócia da comunidade. Atualmente
88% dos seus habitantes constituem o grupo étnico inuíte ou a miscigenação
destes nativos com a população da Dinamarca; os outros 12% englobam os
europeus, que se ocupam da extração de minérios do solo da Groenlândia.
A principal religião da população é a luterana. As línguas oficialmente
praticadas na ilha são a groenlandesa e a dinamarquesa. Sua capital é a
cidade de Nuuk.
Fontes Analisadas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Groenl%C3%A2ndia
http://www.brasilescola.com/geografia/groenlandia.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inuit
AMÉRICA CENTRAL
72
Número de países: 20.
Países: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Costa Rica,
Cuba, Dominica, El Salvador, Granada, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica,
Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Santa Lúcia, São Cristóvão e
Névis, São Vicente e Granadinas e Trinidad e Tobago.
A região responde a cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) da
América (2011) e sobrevive principalmente da agricultura e do turismo. Abriga
também paraísos fiscais – países ou territórios que não cobram impostos e
garantem anonimato aos investidores para atrair capitais. Pelo Canal do
Panamá, a principal passagem entre o oceano Atlântico e o Pacífico, circulam
5% de todo o comércio marítimo mundial. A única nação comunista do
continente – Cuba – fica na região, assim como vários territórios (Estados não
independentes), como Aruba (pertencente à Holanda), Porto Rico (EUA),
Montserrat (Reino Unido) e Guadalupe (França).
Geografia Física
73
A América Central, com 750,6 mil quilômetros quadrados, é formada pelo
istmo que une a América do Norte à América do Sul e pelas ilhas do mar do
Caribe. A porção insular é composta de quatro ilhas maiores, as Grandes
Antilhas – Cuba, Porto Rico, Jamaica e Hispaniola (que abriga Haiti e
República Dominicana) –, além de incontáveis ilhotas. O território centroamericano possui relevo montanhoso, com vários vulcões ativos. No verão, o
Caribe é assolado por furacões, com ventos de até 300 quilômetros por hora.
Quase metade das florestas tropicais da região já foi derrubada, segundo o
World Resources Institute.
População
Reúne 81,2 milhões de habitantes em 2012. A densidade demográfica
apresenta-se alta nas ilhas do Caribe e, no continente, em núcleos urbanos,
como Manágua, Guatemala e Cidade do Panamá. A região é povoada em
grande parte por mestiços, descendentes de índios, africanos e colonizadores
europeus. As línguas mais faladas são o inglês, o espanhol e o francês.
Economia
A agricultura emprega a maioria da população. Banana, cana-de-açúcar,
algodão e tabaco têm cultivos intensivos e são produtos de exportação. A
industrialização é incipiente e limita-se ao processamento de produtos
agrícolas. Nos últimos anos ocorre uma expansão do turismo na região do
Caribe.
Aprofundamento
74
AMBIENTE NATURAL
Em termos estritamente geológicos, a América Central vai desde o istmo
de Tehuantepec, no sul do México, até o vale do rio Atrato, na Colômbia. É
uma região montanhosa e uma das zonas do continente americano com maior
número de vulcões ativos. O relevo sobe abruptamente da estreita região
costeira do oceano Pacífico para as cristas das montanhas e desce
gradualmente para uma vasta região que se estende ao longo do mar do
Caribe.
Existe uma passagem interoceânica no Panamá, o canal do Panamá.
Outra passagem, bastante usada
antes da
construção do
canal
–
particularmente durante a “corrida do ouro” nos Estados Unidos – é constituída
pelo rio San Juan e o lago de Nicarágua; a última etapa, entre o lago e o
oceano Pacífico, devia ser feita por terra. O inconveniente dessa via
interoceânica é que só é praticável para embarcações de pequeno calado. Os
rios de maior curso da América Central desembocam no Caribe, enquanto os
menores deságuam no Pacífico.
Há três grandes lagos: Nicarágua, Manágua e Gatún. A variação da
temperatura é maior em relação à altitude do que à latitude.
Distinguem-se três zonas climáticas principais: a chamada terra quente,
que engloba regiões do nível do mar até a altitude de 910 m; a terra
temperada, que abrange regiões de 915 m a 1.830 m; a terra fria, que abrange
regiões de até 3.050 m aproximadamente. As costas caribenhas têm um
regime de chuvas bem distinto do da costa do Pacífico.
A secura relativa das encostas do litoral do Pacífico se deve à presença
de ar frio estável, produzido pela corrente fria da Califórnia, que impede a
absorção do vapor da água, reduzindo as possibilidades de precipitação. Já os
efeitos da água temperada do mar do Caribe permitem que o ar absorva a
umidade, que é transportada pelos ventos predominantes do leste. As terras
75
baixas da floresta tropical das costas caribenhas e do Pacífico assemelham-se
às selvas ou florestas tropicais da América do Sul.
A vegetação apresenta semelhanças com a da América do Norte com
altitudes entre 1.000 m e 1.600 m, com florestas de pinheiros e carvalhos. Na
Costa Rica, a 3.100 m, crescem arbustos parecidos com os da cordilheira dos
Andes. Já a fauna é mais parecida com a da América do Sul do que com a da
América do Norte.
POPULAÇÃO
A maioria da população é indígena ou mestiça. A população da costa
caribenha é predominantemente negra e mulata. Pelo menos metade da
população de Belize é de origem africana. Em geral, o elemento indígena está
menos presente no sul da Nicarágua, na Costa Rica e no Panamá. Em 1989, a
região tinha uma população de 28,4 milhões de habitantes. A densidade
demográfica chega a mais de 385 hab/km2 em algumas partes do planalto
central da Costa Rica, mas fica abaixo dos 4 hab/km2 em extensas zonas do
oriente hondurenho e nicaragüense. O espanhol é o idioma oficial de todos os
países, exceto de Belize onde fala-se inglês. Muitas das populações indígenas
utilizam o seu próprio idioma (ver Línguas indígenas das Américas). A religião
católica é a predominante.
ECONOMIA
No início da década de 1990, os países da América Central tinham uma
economia subdesenvolvida, em que a agricultura era a atividade econômica
mais importante. A indústria manufatureira dedicava-se ao tratamento de
matérias-primas exportáveis e a renda per capita anual era muito baixa. A
agricultura é a base do desenvolvimento econômico. As culturas mais
importantes para exportação são café, banana, cana-de-açúcar, cacau,
borracha e mandioca. Esses produtos são cultivados extensivamente,
enquanto os alimentos para o consumo interno provêm de pequenas
76
propriedades agrícolas tradicionais. Nas regiões secas do ocidente centroamericano, pratica-se a agropecuária em grandes fazendas. A pesca e a
exploração florestal são atividades menores na economia. A exportação de
minerais é pequena. El Salvador, Honduras e Nicarágua produzem ouro, prata,
chumbo, cobre e antimônio em quantidades limitadas. A Guatemala exporta
também pequenas quantidades de petróleo bruto.
HISTÓRIA
A região compreendida entre o México e a Colômbia tem uma rica história
de civilizações pré-colombianas. A mais importante foi a maia. Essa civilização
indígena entrou em decadência por volta do ano 900 e seu povo foi
conquistado pelos toltecas. O istmo foi habitado também por outros povos que
não alcançaram o nível de desenvolvimento dos maias. Em 1502, Cristóvão
Colombo tomou posse da América Central em nome da coroa espanhola. Em
1510, Vasco Nunes de Balboa fundou em Darién a primeira colônia produtiva
da América. Pedro Alvarado consolidou o controle de todo o istmo.
Os indígenas foram escravizados ou reduzidos à servidão pelos
espanhóis, que implantaram uma sociedade agrícola baseada em instituições
importadas da península Ibérica. Apesar de tudo, os costumes e as tradições
indígenas se mantiveram. A América Central colonial foi dividida em duas
jurisdições. O reino da Guatemala, que se estendia de Chiapas (atualmente
estado do México) até a Costa Rica, era parte do Vice-reinado da Nova
Espanha.
O restante do território foi agregado à Nova Granada (atual Colômbia),
inicialmente dependente do Vice-reinado do Peru. Em 1821, a classe crioula da
Guatemala, imitando a do México, rompeu sua vassalagem com a Espanha. A
zona passou a integrar o Império mexicano de Agustín de Iturbide até 1823,
quando tornou-se independente do México e formou as Províncias Unidas da
América Central.
77
Chiapas continuou pertencendo ao México, enquanto o Panamá fazia
parte da Grande Colômbia de Simón Bolívar. As Províncias Unidas
embarcaram em um programa ambicioso, mas pouco realista, de reformas
políticas e desenvolvimento econômico. A guerra civil foi o resultado do
regionalismo exacerbado. Em 1838, com a revolta iniciada pelo líder
guatemalteco Rafael Carrera, a federação começou a desintegrar-se e
surgiram como repúblicas independentes a Guatemala, Honduras, El Salvador,
Nicarágua e Costa Rica.
Nessa época, a Grã-Bretanha começava a substituir a Espanha como
força dominante na região. O assentamento britânico de Belize tornou-se o
principal centro de comércio de toda a América Central com o exterior. Em
1862, Belize tornou-se oficialmente colônia inglesa, com o nome de Honduras
Britânica. Em 1903, movidos por seu interesse particular na construção do
canal, os Estados Unidos pressionaram o Panamá para que obtivesse a
independência, desmembrando-se do território colombiano.
Fonte: http://www.coladaweb.com/geografia/continentes/america-central
EXTRAS:
A América Central é dividida em trecho continental e insular. A América
Central Continental corresponde a uma restrita faixa de terras emersas que
ligam a América Central à América do Norte e à América do Sul. Nesse istmo
estão estabelecidos sete países: Belize, Guatemala, Honduras, El Salvador,
Nicarágua, Costa Rica e Panamá.
O que é ISTMO?
Um istmo é uma porção de terra estreita cercada por água em dois lados
e que conecta duas grandes extensões de terra.
78
A América Central Insular (ou formado por ilhas) corresponde a um grupo
de ilhas localizadas no Mar das Antilhas conhecido como Mar do Caribe, que é
ramificado em Grandes Antilhas, Pequenas Antilhas e Bahamas. Na primeira
Antilha estão presentes as nações mais importantes do Caribe tais como Cuba,
Jamaica, Haiti, República Dominicana e Porto Rico, que faz parte do controle
dos Estados Unidos, apesar disso não possui representantes no congresso.
As Pequenas Antilhas são compostas por oito nações autônomas:
Antígua e Barbuda, Barbados, Dominica, Granada, Santa Lúcia, São Cristóvão,
Nevis, São Vicente, Granadinas e Trinidad e Tobago, além de cinco
possessões do Reino Unido: Anguilla, Ilhas Cayman, Ilhas Turks e Caicos,
Ilhas Virgens Britânicas e Montsserat. Existem ainda duas possessões da
Holanda, as Antilhas Holandesas e Aruba; duas possessões da França:
Guadalupe e Martinica; e uma possessão dos Estados Unidos: as Ilhas Virgens
Americanas.
Características naturais da América Central
Uma grande parcela do território que compõe a América Central é
ocupada por montanhas que periodicamente desenvolve o processo de
vulcanismo e também de terremotos. As áreas que apresentam as planícies se
restringem à costa do Atlântico e do Pacífico.
A América Central está situada praticamente em sua totalidade na zona
intertropical, no entanto, desenvolve outros tipos de climas provenientes das
altitudes, a partir disso é possível identificar três domínios climáticos.
Terras quentes representam as regiões onde estão as planícies e os
baixos planaltos, onde ocorrem temperaturas médias mensais de cerca de
25ºC, com características de climas tropical úmido e equatorial.
79
Terras temperadas localizam-se em áreas entre as planícies e as
montanhas, predominam temperaturas médias de aproximadamente 20ºC e
desenvolve o clima tropical de altitude.
Terras frias correspondem a lugares que são constituídos por montanhas
elevadas e que por isso ocasionam temperaturas semelhantes de clima frio.
O relevo das Ilhas do Caribe é constituído por montanhas formadas por
eventos vulcânicos, na verdade, muitas dessas montanhas são vulcões, alguns
são ativos como Pelée localizado em Martinica.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Fonte Analisada: http://www.brasilescola.com/geografia/america-central.htm
As Antilhas
Recebe o nome de Antilhas
um arquipélago localizado a leste
da
América
Central,
cujas
fronteiras são o Mar do Caribe, ao
sul e oeste, o Golfo do México ao
noroeste, e o Oceano Atlântico a
norte e leste. Geograficamente, as
ilhas das Antilhas estão divididas
em três grupos: Grandes Antilhas a
oeste, as Pequenas Antilhas a sudeste, e o arquipélago Lucayan mais a norte
(dividido entre Bahamas e ilhas Turks e Caicos).
A região das Grandes Antilhas reúne as ilhas de maior dimensão, como
Cuba (um pouco maior que o território de Portugal), Jamaica (duas vezes a
área do Distrito Federal), Porto Rico (um pouco menor que a Jamaica), e
Hispaniola (ilha politicamente dividida entre Haiti, que ocupa 1/3 de sua área
80
total e República Dominicana, distribuída pelos outros 2/3 restantes; Hispaniola
tem um território do tamanho do estado de Santa Catarina).
Os países da área são:
Cuba
Haiti
República Dominicana
Jamaica
Os territórios não-independentes localizados na região das Grandes
Antilhas são:
Ilhas Cayman (uma colônia britânica)
Ilha Navassa, (Refúgio de Vida Selvagem, um território não-incoporado
aos EUA)
Porto Rico (Território livremente Associado aos EUA)
Os principais centros são Havana, capital cubana, com pouco mais de 2
milhões de habitantes; outras cidades importantes são Santo Domingo, capital
da República Dominicana, San Juan, capital de Porto Rico e George Town,
capital das ilhas Cayman.
Outra área de destaque são o conjunto conhecido como Pequenas
Antilhas. Trata-se de um conjunto de ilhas, dispostas em formato de arco,
sendo cada uma em média do tamanho de um município brasileiro, e que
formam uma região distinta do Caribe. Nelas geralmente encontram-se picos
de 18 vulcões, dispostos por mais de 700 km, numa zona onde ocorre o
encontro das placas tectônicas do Caribe e da América do Sul.
Elas também são conhecidas como Ilhas de Sotavento (as mais ao norte)
e Ilhas de Barlavento (mais ao sul). Às vezes, a parte meridional de Bonaire e
Curaçao (antes parte da hoje extinta federação das Antilhas Holandesas),
Aruba e ainda o território de Trinidad e Tobago não são classificados como
pertencentes à região. Esses territórios foram disputados, ao logo dos séculos,
81
por Espanha, França, Inglaterra e Holanda, das quais foram ou ainda são
colônias. A independência da maior parte deles se deu entre as décadas de
1960 e 1980. Politicamente, a área ainda conserva algumas colônias.
Os países da área são:
Antígua e Barbuda
Barbados
Dominica
Granada (divide as ilhas Granadinas com São Vicente e Granadinas)
São Cristóvão e Névis
Santa Lúcia
São Vicente e Granadinas
Trinidad e Tobago
Os territórios não-independentes localizados na região das Pequenas
Antilhas são:
Anguilla (colônia britânica)
Aruba (território dos Países Baixos)
Bonaire (território dos Países Baixos)
Curaçao (território dos Países Baixos)
Saba (território dos Países Baixos)
Sint Eustatius (território dos Países Baixos)
Sint Maarten (território dos Países Baixos – parte de uma ilha dividida
com Guadalupe, território francês)
Guadalupe (departamento ultramarino da França)
Ilhas Virgens Americanas (território dos EUA)
Ilhas Virgens Britânicas (colônia do britânica)
Martinica (departamento ultramarino da França)
Montserrat (colônia britânica)
Fonte:
Pequenas Antilhas. Disponível em: http://wikitravel.org/pt/Pequenas_ Grandes Antilhas. Disponível em:
http://wikitravel.org/pt/Grandes_Antilhas
82
O Triangulo das Bermudas
O Triângulo das Bermudas, também chamado de Triângulo do Diabo, é
uma região delimitada por linhas imaginárias no Oceano Atlântico. Sua área,
que compreende as Ilhas de Bermudas, Porto Rico, Flórida e Bahamas, possui
extensão de aproximadamente 3,9 milhões de quilômetros quadrados, podendo
variar em virtude dos aspectos geofísicos da região. Essa área é conhecida
mundialmente
pelos
“sobrenaturais”,
fenômenos
tais
como
os
desaparecimentos inexplicáveis de navios e aviões. O caso mais famoso é o do
voo 19, no qual uma esquadrilha composta por cinco aviões simplesmente
desapareceu ao sobrevoar a região do Triângulo das Bermudas, em dezembro
de 1945.
Com isso, muitos começaram a acreditar que, ao passar por essa região,
as pessoas pudessem ser abduzidas, entrar em outra dimensão ou ser
submetidas a algum fenômeno metafísico. Porém, alguns cientistas explicam
que, na verdade, a área que compreende o Triângulo das Bermudas sofre
distúrbios do campo magnético terrestre, podendo provocar o naufrágio de
embarcações. Em 2010, os cientistas australianos Joseph Monaghan e David
May chegaram à conclusão de que esses desaparecimentos no Triângulo das
Bermudas são provocados por grandes bolhas de gás metano originadas do
solo oceânico, fenômeno muito comum nessa área. Segundo esses
pesquisadores, o gás atinge a superfície oceânica e se dissolve na água,
reduzindo a flutuação e provocando o naufrágio de navios. Contudo, essas
teses apresentadas são contestadas por parte da comunidade científica. Sendo
assim, há a necessidade do desenvolvimento de mais pesquisas para
solucionar esse enigma.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/geografia/triangulo-das-bermudas.htm
Leia mais:
http://www.dn.pt/Common/print.aspx?content_id=1638000
http://pessoas.hsw.uol.com.br/triangulo-das-bermudas.htm/printable
83
O Canal do Panamá
O Canal do Panamá é um imenso canal construído pelos americanos com
o intuito de ligar o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico. Com o sucesso da
construção do Canal de Suez, ligando o Mar Mediterrâneo ao Golfo de Suez,
era a vez de facilitar a vida dos ianques que tinham de viajar até as gélidas
águas do Estreito de Magalhães no extremo sul da América para viajar da
costa leste à costa oeste numa travessia arriscada, cara e longa: eram mais de
15 mil quilômetros a percorrer.
Entretanto, como tudo na vida americana, a construção do Canal tinha
motivos um pouco menos altruístas que simplesmente facilitar a navegação
inter oceânica. O Panamá, na época uma província Colombiana, poderia ser
uma boa base estratégica para o tio Sam.
Depois de conseguir a permissão dos britânicos, que eram donos de
inúmeras possessões no Caribe, anulando o tratado de Clayton-Bulwer
segundo o qual ambos se comprometiam a não iniciar a construção sem o
consentimento mútuo, Ferdinand de Lesseps, engenheiro francês, dá início às
obras em 1879. Infelizmente, para ele. De início, a obra foi um desastre
levando-o à falência dez anos depois.
Era então chegada à hora dos americanos interferirem.
Convicto de que a construção do canal seria algo importante para os
americanos, Theodore Rosevelt, presidente dos EUA de 1901 a 1909, ofereceu
40 milhões de dólares ao engenheiro que trabalhara com Lesseps e que havia
fundado a Compagnie Nouvelle Du Canal de Panama encarregada de vender o
espólio da falida empresa de Ferdinand, pelo direito de continuar a construção.
Mas, mesmo depois de ter conseguido, através dos tratados HayPaucefote, que a Inglaterra abrisse mão de ser sócia na construção do canal e
ainda permitisse que os EUA construíssem uma base militar na região, os
americanos ainda tinham uma pedra pelo caminho: a Colômbia queria mais
84
dinheiro pela companhia francesa. Foi então que, em outubro de 1903, os
funcionários da Panama Railroad Company deflagraram um pseudo movimento
separatista com o apoio dos fuzileiros norte-americanos a bordo do
encouraçado Nashville.
Os colombianos nada tiveram a fazer senão aceitar e, um mês depois, os
norte-americanos assinaram o Tratado Hay – Bunau Varilla (ou Isthmian Canal
Convention), segundo o qual possuem domínio perpétuo sobre uma zona de 16
km ao longo do canal em troca de 10 milhões de dólares aos panamenhos e
mais 250 mil dólares anuais.
Assim, o canal foi construído a partir de 1904 e, mais dez anos depois foi
inaugurado. O saldo da construção de uma das maiores obras de engenharia
americana, o canal possui 80 km de extensão, foram mais de 5 mil mortos por
malária e febre amarela a um custo de 360 milhões de dólares.
Anos depois, em 1921, os EUA assinaram um tratado especial de
reconciliação com os colombianos pagando 25 milhões de dólares como
indenização.
Atualmente, o Canal do Panamá é a principal via de navegação entre os
dois oceanos por onde passam cerca de 12 mil navios por ano de todos os
tipos. O canal funciona através de um sistema de eclusas para compensar a
diferença de altitude entre o Atlântico e o Pacífico e entre estes e o Lago Gatun
que fica bem no meio do canal e é o ponto de maior altitude.
Fonte: http://www.infoescola.com/hidrografia/canal-do-panama/
Mais sobre o Canal do Panamá:
http://www.brasilescola.com/geografia/canal-panama.htm
http://portogente.com.br/noticias/gazeta/duplicacao-do-canal-do-panamarenova-o-desafio-de-engenharia-78784
85
AMÉRICA DO SUL
Número de países: 12.
86
Países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana,
Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
A América do Sul possui vastos recursos naturais e graves problemas
econômicos e sociais. Nas décadas de 1960 e 1970, a maior parte dos países
sul-americanos estava submetida a ditaduras militares, geralmente apoiadas
pelos Estados Unidos (EUA). Turbulências políticas continuam, a despeito da
democratização iniciada na década de 1980. Nos anos 1990, em razão do alto
endividamento interno e externo, vários países sul-americanos aplicaram as
políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que comprimiram as contas
públicas mas não eliminaram as crises.
Nos últimos anos, essa parte do continente passa por uma “onda de
esquerda”. Em vários países, presidentes considerados de esquerda são
eleitos, em contraste com a situação vivida em décadas recentes. Essa
tendência começa na Venezuela com a eleição de Hugo Chávez, em 1998.
Depois são eleitos no Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (2002) e Dilma Rousseff
(2010), na Argentina, Néstor Kirchner (2003) e Cristina Kirchner ( 2007), no
Uruguai, Tabaré Vázquez (2004) e José Mujica (2010), na Bolívia, Evo Morales
(2005), no Chile, Michelle Bachelet, e, no Equador, Rafael Correa (ambos em
2006), e no Paraguai, Fernando Lugo (2008).
Geografia Física
Com 17,8 milhões de quilômetros quadrados, a América do Sul une-se à
América do Norte pelo istmo central e separa-se da Antártica pelo estreito de
Drake. A porção oeste é ocupada pela cordilheira dos Andes, cujo ponto mais
alto é o pico Aconcágua (6.960 metros). As planícies centrais abrigam a bacia
hidrográfica do Orinoco, a Amazônica e a do Prata. Na região norte, onde o
clima é equatorial, encontram-se florestas tropicais úmidas. Os rios que
descem a cordilheira dos Andes em direção ao oceano Pacífico são, em geral,
curtos, enquanto os que correm em direção ao Atlântico, extensos, como
Amazonas, Tocantins, São Francisco, Paraná e da Prata.
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O sul possui faixas de clima desértico, como na região de Atacama, e
uma zona temperada, ocupada por florestas subtropicais e pelos pampas
argentinos. De acordo com o World Resources Institute, a América do Sul
preserva quase 70% de suas florestas. A maior mata nativa é a da Amazônia,
seguida das florestas temperadas do Chile e da Argentina.
População
A América do Sul tem 400,6 milhões de habitantes em 2011. Vazios
demográficos (como as densas florestas tropicais, o deserto de Atacama e as
porções geladas da Patagônia) convivem com regiões de alta densidade
populacional, como as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires,
Lima e Santiago. A população descende principalmente de espanhóis e
portugueses, africanos e indígenas, com alta porcentagem de mestiços. As
principais línguas são o espanhol e o português.
Economia
A indústria está centrada no beneficiamento de produtos agrícolas e na
produção de bens de consumo. No Brasil e na Argentina, ela é mais
diversificada e abrange setores como extração e refino de petróleo, siderurgia,
metalurgia, química e automobilística, entre outras.
O Brasil é responsável por cerca de três quintos da produção industrial
sul-americana. A mineração no continente inclui a extração de petróleo (com
destaque para o Brasil e a Venezuela), cobre, estanho, manganês, ferro, zinco,
chumbo, alumínio, prata e ouro. No Brasil, destacam-se também a produção de
alumínio e a única mina de urânio da região. A agricultura é intensiva nas áreas
tropicais, onde há cultivos de exportação, como café, cacau, banana, cana-deaçúcar, algodão e cereais. A pecuária é praticada em larga escala no sul e no
centro, e o Brasil lidera a exportação mundial de carne bovina, além de estar
entre os maiores exportadores de carne suína e de aves.
88
Saiba mais:
A América do Sul está localizada em grande parte no hemisfério sul, na
zona intertropical ocidental. A América do Sul abrange um território de 18
milhões de quilômetros quadrados e é banhada a leste pelo oceano Atlântico, a
oeste pelo oceano Pacífico e ao norte pelo mar das Antilhas, conhecido como
do Caribe.
O subcontinente abordado é privilegiado em área costeira, ao longo do
litoral sul-americano são identificados diversos acidentes geográficos, um
exemplo desse tipo de configuração é o Estreito de Margalhães, que liga o
oceano Pacífico ao Atlântico, além das Malvinas (arquipélago com mais de
duzentas ilhas, localizadas na costa Argentina), Fernando de Noronha (vinte
ilhas de origem vulcânica, localizadas na costa nordeste do Brasil); e na costa
do Equador, as ilhas Galápagos, instituídas pela ONU (Organização das
Nações Unidas) como Patrimônio Natural da Humanidade.
Aspectos naturais da América do Sul
Relevo
Toda a costa leste da América do Sul é composta por planaltos de origem
geológica muito antiga, em razão disso sofreu longos processos erosivos e
atualmente possui características relativamente planas.
No interior da América do Sul identifica-se uma predominância de
planaltos com pouca elevação e planícies.
No extremo ocidente do subcontinente o relevo é constituído por grandes
altitudes, onde está localizada a Cordilheiras dos Andes, que corresponde a um
dobramento alpino oriundo do encontro entre a placa de nazca e a placa sulamericana, razão pela qual a região desenvolve uma grande incidência de
abalos sísmicos. A Cordilheira dos Andes estende-se desde a Venezuela até o
89
Chile, possui
aspectos
distintos
que
variam
de
acordo
com
cada
particularidade, pode ser classificado como: Andes setentrionais úmidos, Andes
centrais ou áridos e Andes meridionais ou frios.
Hidrografia
A América do Sul, em recurso hídrico, possui uma das maiores bacias
hidrográficas do mundo, como a bacia do Amazonas, que é a maior do mundo.
O grande potencial hídrico desse subcontinente é proveniente dos
aspectos climáticos que predominam em grande parte do território onde
prevalecem os climas úmidos (equatorial e tropical úmido) com altos índices
pluviométricos.
As principais bacias hidrográficas presentes na América do Sul são:
Bacia Amazônica: está localizada na floresta Amazônica e abrange
Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Guiana.
Bacia do Prata: corresponde à união de três sub-bacias (Paraná,
Paraguai e Uruguai).
Bacia do Rio São Francisco: encontra-se totalmente em território
brasileiro e tem como rio principal o São Francisco.
Clima e Vegetação
Em razão da extensão territorial, no sentido norte-sul, o continente sofre
influência de duas zonas climáticas: a intertropical e a temperada do sul. Dessa
forma, são identificados climas equatorial, tropical, além da presença de clima
mediterrâneo e temperado.
O relevo é um dos primordiais na composição dos climas, ao longo de
toda planície amazônica não há altitudes que possam impedir a locomoção de
massas de ar quente ou fria, servindo assim como uma espécie de corredor de
90
passagem de massas que seguem seu trajeto para interagir com as
características locais e assim dar origem às distintas variações climáticas. Além
dos climas já apresentados, na América do Sul são identificados ainda os
climas: frio de montanha, característico dos Andes; semiárido, que ocorre nos
Andes Central e nordeste brasileiro; e árido ou desértico, que ocorre na
Patagônia (Argentina) e no Atacama (Chile).
Como o clima em grande parte é o equatorial e tropical, desenvolve
grandes florestas do tipo latifoliadas, que corresponde à floresta equatorial,
como a Amazônica.
Nas áreas de clima tropical, que ocorre nos territórios do Brasil, Paraguai,
Venezuela e Colômbia, ocorrem vegetações tais como as savanas (cerrado no
planalto central brasileiro, chaco no Paraguai e Bolívia e lhanos na Venezuela).
E nas regiões de clima tropical úmido ocorrem as florestas tropicais como a
floresta Atlântica na costa brasileira.
Nas regiões onde prevalece o clima subtropical, como no sul do Brasil,
Uruguai e Argentina, ocorrem vegetações como Mata de Araucária, além de
estepes e pradarias.
Em uma restrita parcela da América do Sul ocorre o clima temperado,
essa característica climática se apresenta no sul do Chile, a vegetação que
desenvolve na região é a floresta temperada.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Fonte: http://www.brasilescola.com/geografia/america-sul.htm
Na Internet:
http://www.suapesquisa.com/geografia/
http://www.suapesquisa.com/geografia/america_do_sul.htm
http://www.riosvivos.org.br/canal.php?canal=19&mat_id=916
91
Reforçando:
Questão 1
Com extensão territorial de 42 milhões de quilômetros quadrados, a
América é o segundo maior continente. Essa grande porção territorial é
subdividida em três grandes regiões, denominadas subcontinentes. Cite os três
subcontinentes da América e indique três países de cada um deles.
Questão 2
Analise as afirmativas sobre os aspectos humanos da América e marque
(F) para as alternativas falsas e (V) para as alternativas verdadeiras.
( ) A população continental é bastante miscigenada, com origens dos
povos indígenas, negros africanos, asiáticos e europeus (principalmente:
espanhóis, portugueses, ingleses, franceses, italianos e alemães).
( ) Com 925,2 milhões de habitantes, o continente americano é o mais
populoso do planeta.
(
) Apesar de apresentar a maior quantidade de países, a América
Central é o subcontinente americano menos habitado.
(
) Entre os três subcontinentes da América, a América do Sul é o que
possui o maior contingente populacional.
(
) Estados Unidos e Canadá, ambos da América do Norte, apresentam
os melhores indicadores sociais de todo o continente.
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Questão 3
Relacione a coluna dos países com as respectivas capitais:
1 - Canadá
( ) Caracas
2 - Haiti
( ) Assunção
3 - Paraguai
( ) Havana
4 - México
( ) São José
5 - Brasil
( ) Ottawa
6 - Colômbia
( ) Brasília
7 - Cuba
( ) Kingston
8 - Argentina
( ) Cidade do México
9 – Estados Unidos
( ) Bogotá
10 – Costa Rica
( ) Buenos Aires
11 - Venezuela
( ) Porto Príncipe
12 - Jamaica
( ) Washington
Questão 4
A América apresenta características econômicas distintas conforme cada
região.
Destaque
as
principais
atividades
desenvolvidas
em
cada
subcontinente e cite os blocos econômicos do continente americano.
Resposta Questão 1
A América está dividida em três subcontinentes: América do Norte,
América Central e América do Sul.
A América do Norte possui aproximadamente 23,5 milhões de quilômetros
quadrados. Apenas três países integram esse subcontinente: Canadá, Estados
Unidos e México.
93
Com extensão territorial de 735,6 mil quilômetros quadrados, a América
Central possui 20 países, entre eles estão: Costa Rica, Cuba, Jamaica, El
Salvador, Nicarágua, Haiti, Honduras, etc.
A América do Sul apresenta extensão territorial de 17,8 milhões de
quilômetros quadrados, abrigando 12 países: Brasil, Argentina, Chile, Paraguai,
Uruguai, Suriname, entre outros.
Resposta Questão 2
a) Verdadeiro – A população do continente americano apresenta grande
diversidade étnica, com herança dos indígenas (povos nativos), europeus
(colonizadores e imigrantes), além dos negros (trazidos da África para o
trabalho escravo).
b) Falso – O continente americano é habitado por 925,2 milhões de
pessoas, sendo o terceiro mais populoso, atrás da África (1 bilhão de
habitantes) e da Ásia (4,1 bilhões de habitantes).
c) Verdadeiro – A América Central possui a maior quantidade de países
entre os três subcontinentes: 20. No entanto, essa é a porção menos habitada
do continente americano – 78,3 milhões de pessoas.
d) Falso – A América do Sul é o segundo subcontinente mais populoso
(389 milhões de habitantes), visto que a América do Norte é habitada por 457,9
milhões de pessoas.
e) Verdadeiro – Essas duas nações estão entre as mais desenvolvidas do
planeta. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) desses dois países é
elevado: Canadá (0,966); Estados Unidos (0,956).
94
Resposta Questão 3
1 - Canadá
( 11 ) Caracas
2 - Haiti
( 3 ) Assunção
3 - Paraguai
( 7 ) Havana
4 - México
( 10 ) São José
5 - Brasil
( 1 ) Ottawa
6 - Colômbia
( 5 ) Brasília
7 - Cuba
( 12 ) Kingston
8 - Argentina
( 4 ) Cidade do México
9 – Estados Unidos
( 6 ) Bogotá
10 – Costa Rica
( 8 ) Buenos Aires
11 - Venezuela
( 2 ) Porto Príncipe
12 - Jamaica
( 9 ) Washington
Resposta Questão 4
A
América
economicamente.
do
Norte
Estados
é
Unidos
o
subcontinente
e
Canadá
são
mais
desenvolvido
países
altamente
industrializados, considerados desenvolvidos. O México, por sua vez, é um
país emergente e tem apresentado evolução econômica.
A agricultura na América do Norte apresenta grande mecanização. Outro
destaque são as várias reservas de minérios e combustíveis fósseis.
A economia da América Central baseia-se nas atividades agrícolas e
turísticas.
Os produtos agrícolas com grandes cultivos e destinados à exportação
são: banana, cana-de-açúcar, algodão e tabaco.
95
As belezas naturais dos países localizados nas ilhas do Caribe atraem
milhões de turistas.
A
indústria é
pouco
desenvolvida,
atuando
nos segmentos de
processamento de produtos agrícolas.
O setor econômico sul-americano apresenta grandes disparidades entre
os países desse subcontinente. Brasil, Argentina e Chile possuem uma
economia mais diversificada, abrigando muitas indústrias e maior tecnologia
nas atividades rurais. As outras nações têm na agricultura e na mineração as
principais fontes de receitas.
Três blocos econômicos são formados exclusivamente por países da
América:
Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) – formado pelos
países da América do Norte: Estados Unidos, Canadá e México.
Mercosul (Mercado Comum do Sul) – integrado por nações sulamericanas: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
CAN (Comunidade Andina) – Colômbia, Equador, Bolívia e Peru são os
países membros desse bloco econômico.
96
ÁSIA
Número de países: 45.
Países: Afeganistão, Arábia Saudita, Bangladesh, Barein, Brunei, Butão,
Camboja, Catar, Cazaquistão, China, Cingapura, Coreia do Norte, Coreia do
Sul, Emirados Árabes Unidos, parte asiática da Rússia, Filipinas, Iêmen, Índia,
Indonésia, Irã, Iraque, Israel, Japão, Jordânia, Kuweit, Laos, Líbano, Malásia,
Maldivas, Mianmar, Mongólia, Nepal, Omã, Paquistão, Quirguistão, Síria, Sri
Lanka, Tadjiquistão, Tailândia, Taiwan (Formosa), Timor-Leste, Turcomenistão,
parte asiática da Turquia, Uzbequistão e Vietnã.
97
A Ásia é o maior e o mais populoso continente. Na cordilheira do Himalaia
estão os pontos mais altos do planeta, em especial o monte Everest, de 8.844
metros, na fronteira entre o Nepal e a China. Abriga paisagens inóspitas, como
o deserto quente da Arábia e o deserto frio de Gobi, além da gelada Sibéria.
Situam-se no continente asiático algumas das maiores concentrações
humanas, em megacidades como Tóquio (Japão), Mumbai (ex-Bombaim, na
Índia), Xangai (China) e Daca (Bangladesh). Além disso, é o berço de algumas
das mais antigas civilizações e das principais religiões do planeta. Seu maior
monumento, a Grande Muralha da China, é considerado a única edificação
humana visível do espaço.
O nome Ásia deriva de Asswa e Iasia, como os hititas e egípcios
chamavam a costa ocidental e regiões meridionais da Ásia Menor, no segundo
milênio a.C. Na mitologia grega, Ásia é uma das filhas dos deuses Oceano e
Tétis. Outra filha é Europa. Alguns pesquisadores relacionam o nome com a
raiz semítica das palavras esch ou ushos, cujo significado é o lugar onde o sol
nasce.
Os recursos naturais do continente são imensos. A Ásia é responsável
por quase metade do petróleo produzido do mundo e possui as maiores
reservas conhecidas, nos países do golfo Pérsico, principalmente na Arábia
Saudita e no Iraque. Outras jazidas petrolíferas com enorme potencial, situadas
na Ásia Central, começam a ser exploradas nos últimos anos.
No continente existem nações com forte produção industrial e de
exportação, como Japão, China, Coreia do Sul e Taiwan, e regiões atrasadas,
com graves problemas sociais, principalmente na Ásia Central. Superados o
colonialismo europeu e o período da Guerra Fria, que alimentou guerras como
a da Coreia (1950/1953) e a do Vietnã (1959/1975), mantêm-se alguns
embates envolvendo disputa territorial. São exemplos, o conflito entre
israelenses e palestinos no Oriente Médio e entre a Índia e o Paquistão, na
região da Caxemira.
98
Cerca de metade das forças militares dos Estados Unidos (EUA) pelo
mundo encontra-se no continente. Aproximadamente 66 mil deles estão no
Afeganistão, que, sob a acusação de apoiar organizações terroristas, são
atacados e militarmente ocupado por tropas lideradas pelos EUA em 2001.
Com a morte de Osama bin Laden, líder da rede terrorista Al Qaeda, em maio
de 2011, o governo norte-americano anuncia o início da retirada de suas
tropas, que deve ser concluída até 2014. Os EUA também ocupam
militarmente o Iraque em 2003 e derrubam o governo de Saddam Hussein,
alegando que o país desenvolve armas de destruição em massa, o que não é
comprovado. A retirada das tropas do Iraque é concluída em dezembro de
2011.
A extensão do território, o tamanho da população e as peculiaridades do
relevo fazem da Ásia um continente de continentes. Ali se encontram a maior
nação em extensão de terra (Rússia) e os países mais populosos (China e
Índia). Entre sua porção mais ocidental, no Oriente Médio, e a mais oriental, no
Japão, estende-se um mundo de paisagens e culturas diferentes:
• O Oriente Médio, berço das três grandes religiões monoteístas
(judaísmo, cristianismo e islamismo), com sua abundância de petróleo,
escassez de água e permanente tensão provocada pelo conflito árabeisraelense.
• A Ásia Central, que reúne países desmembrados da antiga União
Soviética, com sua diversidade étnica e grande presença do islamismo.
• O Subcontinente Indiano, com enorme população e profundas
desigualdades sociais, riquíssima cultura e agudas contradições religiosas, que
opõem a Índia (de maioria hindu) ao Paquistão (de maioria muçulmana sunita).
99
• O sudeste da Ásia, com economia fortemente apoiada no setor
eletroeletrônico, que vem se recuperando da crise financeira iniciada na região
e disseminada por todo o globo em 1997.
• O Extremo Oriente, sub-região que, com o Japão, a Coreia do Sul e a
China, é a maior força industrial da Ásia.
Além dessas regiões, há o norte do continente, que inclui a parte asiática
da Rússia, porção mais vasta, menos populosa e pouco industrializada do país.
O Equilíbrio de forças no Oriente Médio
Localizado estrategicamente entre o Ocidente e o Oriente, dono das
maiores jazidas de petróleo conhecidas e berço das três grandes religiões
monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo), o Oriente Médio é palco de
alguns dos principais conflitos mundiais. Entre os focos centrais de
instabilidade na região estão a ocupação da Palestina por Israel e seu atual
bloqueio econômico à população da Faixa de Gaza, as ocupações militares
lideradas pelos Estados Unidos (EUA) no Afeganistão e o programa nuclear
iraniano. As revoltas da Primavera Árabe, iniciadas em janeiro de 2011, trazem
novos componentes ao panorama político e ao equilíbrio de forças na região.
A instabilidade que a região enfrenta atualmente tem como principal fator
a criação do Estado de Israel, em 1948, e a expulsão do povo palestino de seu
território. Cerca de 4,8 milhões de palestinos estão refugiados, segundo a
ONU. A forma como as nações da região se relacionam com Israel e o impasse
na Palestina dividem o Oriente Médio em dois grupos: o daqueles que apoiam
o Estado de Israel ou mantêm com ele acordos de interesses e o daqueles que
se recusam a aceitar Israel ou mantêm disputas importantes com o país.
100
Pró-Israel e EUA
No primeiro grupo estão Arábia Saudita e Jordânia, países árabes, com
governos absolutistas e que são aliados dos EUA. Alinham-se a esse grupo o
Fatah, corrente política da atual direção da Autoridade Palestina, que
administra a Cisjordânia ocupada, e a coalizão 14 de Março, do atual governo
do Líbano. Israel mantém relações pacíficas e acordos com essa facção. O
Egito (república africana, mas geopoliticamente ligada ao Oriente Médio)
também representa papel central nessa aliança. No entanto, a queda do regime
ditatorial de Hosni Mubarak em 2011 e a ascensão de Mohamed Morsi da
Irmandade Muçulmana, eleito em junho de 2012, podem alterar esse
alinhamento. Israel teme que Morsi, abertamente favorável à causa palestina,
quebre o acordo de paz de Camp David. Assinado pelos dois países em 1979,
o tratado é um dos pilares para a contenção de conflitos na região.
Aliados do Irã
Na outra ponta está o Irã, que conta com o apoio da Síria, país árabe e de
Estado laico, e dos grupos Hezbollah (no Líbano) e Hamas (corrente que
administra Gaza). Esses grupos recebem ajuda financeira do governo iraniano
e se unem no discurso anti-Israel. É um fator importante no quadro político da
região a ascensão do Irã como república islâmica, constituída em uma
revolução popular em 1979. A diretriz iraniana de difundir seu islamismo
revolucionário e anticapitalista e sua negação pública à criação e à existência
de Israel levam a uma contínua ofensiva ocidental. Atualmente, o Irã é
pressionado a interromper seu programa de enriquecimento de urânio. As
potências ocidentais temem que o país possa construir bombas atômicas
capazes de ameaçar Israel.
Conflitos na Síria
Com os levantes populares da Primavera Árabe, novos fatos podem
mudar as relações de força no Oriente Médio. Os conflitos na Síria vêm
101
causando intensa mobilização dos principais atores da região. O país, que
sofre sanções econômicas dos Estados Unidos sob a acusação de apoiar e
armar o grupo Hezbollah no Líbano e ambiciona recuperar as Colinas de Golã,
ocupadas ilegalmente por Israel, sofre forte pressão internacional devido à
violenta repressão do governo de Bashar al-Assad aos levantes populares.
Desde o início da crise, o governo do Irã é um dos poucos países a apoiar
veementemente o regime de Al-Assad, buscando manter a sustentação da
aliança anti-israelense. Por sua vez, países como Arábia Saudita e Catar são
acusados de fornecer armas aos insurgentes sírios.
Outro ator importante no Oriente Médio é a Turquia. Democracia parceira
dos EUA na Otan, a aliança militar ocidental, ela amplia laços comerciais na
região e, gradualmente, afasta-se de Israel. Os turcos também se envolvem na
crise síria, oferecendo proteção aos rebeldes. A tensão se amplia em outubro
de 2012, quando o Exército turco revida um ataque supostamente cometido
pelas tropas de Al-Assad.
Toda essa agitação no Oriente Médio é acompanhada com atenção pelas
potências ocidentais, que temem perder influência e tentam defender seus
interesses políticos e econômicos na conturbada região.
Aprofundamento
ORIENTE MÉDIO
A região que compreende o Oriente Médio está localizada na porção
oeste do continente asiático, conhecida como Ásia ocidental. Possui extensão
territorial de mais de 6,8 milhões de quilômetros quadrados, com população
estimada de 260 milhões de habitantes. É composta por 15 países:
Afeganistão, Arábia Saudita, Bahrain, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iêmen,
Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria, Turquia.
102
Clima:
O clima do Oriente Médio é árido e semiárido, o que proporciona o
predomínio de uma paisagem vegetal marcada pela presença de espécies
xerófilas (nas áreas de clima árido), ou de estepes e pradarias (nas áreas de
clima semiárido). Apenas pequenas faixas de terra, na porção litorânea,
apresentam climas um pouco mais úmidos, onde há presença de formações
vegetais arbustivas.
Atividades Econômicas:
O petróleo é o principal produto responsável pela economia dos países do
Oriente Médio. Nessa região está localizada a maior concentração mundial
dessa fonte energética (aproximadamente 65% de todo o petróleo mundial).
Essa grande quantidade de petróleo, aliada a fatores econômicos e políticos,
criou as condições para a formação, em 1960, de um dos mais importantes
cartéis do mundo atual, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP).
Outra atividade econômica importante no Oriente Médio é a agropecuária.
Por ser realizada dominantemente de forma tradicional, com uso de pouca
tecnologia e mecanização, essa atividade incorpora cerca de 40% da
população economicamente ativa. O predomínio de climas áridos e semiáridos
na região é bastante prejudicial para o desenvolvimento dessa atividade
econômica.
A atividade industrial no Oriente Médio apresenta pouca expressividade.
Nos países petrolíferos, há a existência de refinarias e petroquímicas. Outras
indústrias se relacionam aos setores mais tradicionais, como o têxtil e o
alimentício.
103
O turismo é outra atividade que vem apresentando importância para
alguns países do Oriente Médio, a exemplo de Israel e Turquia (que recebem
cerca de 2,5 milhões de turistas por ano).
Religiões:
No Oriente Médio, aproximadamente 238 milhões de pessoas (cerca de
92% da população) são muçulmanas. A maioria pertence às seitas sunita e
xiita (sugeridas logo após a morte do profeta Maomé, em 632 d.C.). Há grupos
menores de mulçumanos, como os drusos e os alauitas.
A região abriga ainda cerca de 13 milhões de cristãos, muitos de igrejas
árabes, como a copta ou a maronita, que estão entre as mais antigas do
cristianismo. Além disso, também vivem no Oriente Médio cerca de 6 milhões
de judeus, quase todos em Israel. A migração desses deu-se em ondas,
originárias primeiro da Europa e, depois, de todo o mundo. Por isso, no Estado
judeu encontram-se inúmeros grupos étnicos cujas culturas, tradições,
orientações políticas e práticas religiosas variam muito e são livremente
expressas.
Consequências dos conflitos no Oriente Médio
Conflitos:
A região do Oriente Médio é uma das áreas mais conflituosas do mundo.
Diversos fatores contribuem para isso, entre eles: a sua própria história; origem
dos conflitos entre árabes, israelenses e palestinos; a posição geográfica, no
contato entre três continentes; suas condições naturais, pois a maior parte dos
países ali localizados é dependente de água de países vizinhos; a presença de
recursos estratégicos no subsolo, caso específico do petróleo; posição no
contexto geopolítico mundial.
104
As fronteiras das novas nações, definidas de acordo com interesses
europeus,
não
consideraram
a
história
e
as
tradições
locais,
consequentemente vários conflitos ocorreram e continuam ocorrendo no
Oriente Médio.
Os novos Estados árabes – Iraque, Kuwait, Síria, Líbano, Jordânia –
brigaram por recursos naturais e território. O conflito mais grave ocorreu na
Palestina, para onde, até o fim da Segunda Guerra, havia migrado meio milhão
de judeus. Quando foi criado o Estado de Israel, cinco países árabes atacaram,
na primeira das seis guerras entre árabes e israelenses.
Jerusalém:
Os cartógrafos medievais situavam Jerusalém no centro do mundo e,
para muita gente, a Cidade Velha continua a ser assim considerada. Para os
Judeus, o Muro das Lamentações, parte do Segundo Templo, é o local mais
sagrado de todos. Acima dele está o Domo da Rocha, o terceiro local mais
importante no islamismo, de onde Maomé subiu aos céus. A poucos
quarteirões dali, a Igreja do Santo Sepulcro assinala o local tradicional da
crucificação, do enterro e da ressurreição de Jesus. Israel reivindica a cidade
como sua capital eterna; já os palestinos a querem como capital de seu Estado.
Os países que fazem parte do Oriente Médio são ricos em petróleo, no
entanto, são pobres em água. Essas nações enfrentam sérios problemas
relacionados à escassez de água.
Diversos países, como a Arábia Saudita e as pequenas nações do Golfo
Pérsico, fazem dessalinização da água do mar, mesmo assim são grandes
compradores de água mineral.
Na região do Oriente Médio, os países que detêm em seu território
nascentes de água, rios e aquíferos, são privilegiados por possuir esse
riquíssimo e raro recurso.
105
Diante da escassez de água, surgem conflitos entre países para definir
quem domina as pouquíssimas bacias hidrográficas e águas subterrâneas. Um
exemplo de disputa por água existe entre Israel, Líbano, Síria e Jordânia, que,
por serem países fronteiriços, disputam o domínio da Bacia do rio Jordão.
No ano de 1967, Israel invadiu a Síria, que abriga em seu território a
colina de Golã, onde está a nascente do rio Jordão. Esse rio é praticamente a
única fonte de água para Israel e Jordânia.
O Oriente Médio, nos últimos anos, apresentou um crescimento
populacional, o que elevou o consumo de água e reduziu a quantidade da
mesma disponível nos mananciais, fato que tem contribuído para agravar ainda
mais os focos de conflito entre os países.
Outro foco de conflito acontece nas proximidades dos rios Tigre e
Eufrates. Ambos nascem em território turco e o escoamento de suas águas
segue rumo ao Golfo Pérsico; abastecendo a Síria e o Iraque.
Diante disso, esses países temem o controle turco sobre as nascentes
dos rios; pois a Turquia pode represar suas águas para realização de irrigação,
construção de usinas hidrelétrica ou para qualquer outro fim. Dessa forma, o
abastecimento da Síria e do Iraque ficaria comprometido.
Fonte:
http://www.brasilescola.com/geografia/oriente-medio.htm
http://www.brasilescola.com/geografia/oriente-medio-escassez-agua.htm
106
Estudando um pouco mais:
PARTE 1 - ASIA
Questão 1
Analise as afirmativas e marque (V) para as verdadeiras e (F) para as
falsas.
(
) Com 44,9 milhões de quilômetros quadrados, correspondendo a 30%
das terras emersas do globo, a Ásia é o maior continente do planeta.
(
) O continente asiático é o mais populoso, sendo a Índia o país de
maior concentração populacional do mundo.
(
) Todos os países asiáticos são considerados subdesenvolvidos, pois
a economia desse continente baseia-se nas atividades agrícolas.
(
) A Ásia, em especial os países do Oriente Médio, é responsável pela
produção de cerca de 50% do petróleo mundial.
(
) O Japão é a principal nação industrializada do continente asiático,
sendo a Coreia do Sul e a China outros países de grande industrialização.
Questão 2
Sobre os aspectos físicos da Ásia é correto afirmar que:
a) A Grande Muralha da China é considerada a única edificação humana
visível do espaço.
b) Na Cordilheira do Himalaia estão os pontos mais altos do planeta.
c) O relevo asiático é caracterizado por planícies de baixas altitudes, não
havendo, portanto, grandes cadeias montanhosas.
d) Devido à localização dos países asiáticos na placa tectônica Euroasiática, não há terremotos nessa região.
e) Os montes Urais, o mar Cáspio e as montanhas do Cáucaso são uma
das divisas naturais do continente asiático e europeu.
107
Questão 3
A Ásia apresenta grande disparidade econômica entre suas nações. As
atividades econômicas desenvolvidas no continente são bem variadas. Nesse
sentido, indique os principais elementos da economia asiática.
Questão 4
Devido ao rápido desenvolvimento econômico durante a década de 1970,
além da localização, quatro países da Ásia ficaram conhecidos mundialmente
como os “Tigres Asiáticos”. Marque a alternativa que indica essas quatro
nações.
a) Indonésia, Coreia do Sul, China e Taiwan (Formosa).
b) Índia, Cingapura, Coreia do Norte e Hong Kong.
c) Coreia do Sul, Hong Kong, Taiwan (Formosa) e Cingapura.
d) Taiwan (Formosa), Coreia do Sul, Malásia e Cingapura.
Resposta Questão 1
a) Verdadeiro – A Ásia é o maior continente do planeta, cuja extensão
territorial é de 44,9 milhões de quilômetros quadrados, correspondendo a 30%
das áreas continentais do globo terrestre. A América, com 42 milhões de
quilômetros quadrados, é o segundo maior continente.
b) Falso – Com 4,1 bilhões de habitantes, a Ásia é o continente mais
populoso, no entanto, a China é o país de maior concentração populacional da
Terra (1.345.750.973 habitantes). A Índia, por sua vez, é o segundo país mais
populoso – 1.198.003.272 habitantes.
108
c) Falso – Muitos países asiáticos são considerados subdesenvolvidos.
Entretanto, algumas nações estão entre as mais desenvolvidas do planeta
(Japão e Coreia do Sul). Outros países são considerados emergentes (China,
Índia, Arábia Saudita, etc.).
d) Verdadeiro – A Ásia produz quase metade do petróleo do mundo e
possui as maiores reservas conhecidas, nos países do Golfo Pérsico,
principalmente na Arábia Saudita e no Iraque.
e) Verdadeiro – Com alto desenvolvimento econômico, o Japão é a
principal nação industrial da Ásia. A Coreia do Sul e a China são países que
têm apresentado altos índices de industrialização.
Resposta Questão 2
a) Verdadeiro – Construída durante a China Imperial, tendo o início das
obras por volta de 220 anos a.C., a Grande Muralha da China é a única
edificação humana visível do espaço.
b) Verdadeiro – A Cordilheira do Himalaia abriga o monte Everest, de
8.844 metros, na fronteira entre o Nepal e a China, sendo o ponto mais alto do
planeta.
c) Falso – O relevo asiático apresenta a maior altitude média da Terra
(960 metros), consequência da presença de grandes cadeias montanhosas,
entre as quais estão a cordilheira do Himalaia e a do Kunlun.
d) Falso – A Ásia é o continente mais afetado por terremotos, pois está
localizada numa das áreas mais sísmicas da Terra (em uma zona de
convergência entre placas tectônicas). Os países asiáticos mais afetados são:
Indonésia, Japão, Índia, Tailândia, entre outros.
109
e) Verdadeiro – A fronteira convencional entre Ásia e Europa é
determinada pelos montes Urais, pelo rio Ural, pelo mar Cáspio, pelas
montanhas do Cáucaso e pelo mar Negro.
Resposta Questão 3
A Ásia é um continente que tem apresentado grande desenvolvimento
econômico,
entretanto,
as
desigualdades
socioeconômicas
estão
se
intensificando entre os países asiáticos.
Japão e Coreia do Sul possuem elevados indicadores sociais, a economia
dessas duas nações é extremamente desenvolvida, havendo uma grande força
industrial. A China e a Índia também estão apresentando acelerado
desenvolvimento industrial.
No Oriente Médio, a economia baseia-se na extração mineral,
especialmente na produção de petróleo e gás natural, visto que essa região
comporta cerca de 50% das reservas mundiais de petróleo.
No entanto, a maioria dos países asiáticos tem na agricultura a principal
atividade econômica, empregando mais de 50% da força de trabalho asiática.
Índia, Paquistão e Bangladesh são os principais produtores agrícolas do
continente. A Ásia é responsável por 90% da produção de arroz no mundo.
Resposta Questão 4
a) Falso – A indonésia e a China não integram os países chamados
“Tigres Asiáticos”.
b) Falso – Índia e Coreia do Norte não fazem parte dos “Tigres Asiáticos”.
110
c) Verdadeiro - Coreia do Sul, Hong Kong, Taiwan (Formosa) e Cingapura
são as nações que, em razão de seu modelo de desenvolvimento econômico e
localização, foram denominados Tigres Asiáticos.
d) Falso – A Malásia não é considerada um dos “Tigres Asiáticos”, visto
que o país obteve desenvolvimento econômico após a década de 1970.
PARTE 2 – ORIENTE MÉDIO
Questão 1
A economia do Oriente Médio sofre influência direta do clima, solo e
topografia do terreno. Quais as principais atividades econômicas na região
Questão 2
A região que compreende o Oriente Médio está localizada na porção
oeste do continente asiático, conhecida como Ásia ocidental. Quais os países
que compõem o Oriente Médio?
Questão 3 (VUNESP)
As noções de islamismo, pensamento ocidental e cultura indiana,
remetem para a categoria de:
a) raças;
b) nacionalidades;
c) civilizações;
d) etnias;
e) religiões.
111
Questão 4 (VEST - RIO)
A Guerra do Líbano, o conflito Irã/Iraque, a questão Palestina, a Guerra
do Golfo são alguns dos conflitos que marcam ou marcaram o Oriente Médio.
Das alternativas abaixo, aquela que corretamente explica essa situação
conflituosa é:
a) a disputa de terras favoráveis ao cultivo, como as encontradas na
planície da Mesopotâmia, numa área desértica.
b) os grandes lucros provenientes do petróleo que não beneficiam a
maioria da população nos países árabes.
c) o aumento, de forma rápida, do preço do barril de petróleo nos países
membros da OPEP.
d) a criação do Estado de Israel, sob a tutela britânica, numa região de
ricas reservas de petróleo.
e) o emaranhado de culturas, religiões e interesses estrangeiros numa
área localizada a meio caminho entre a Ásia, Europa e África.
Questão 5 Fuvest-SP
A chamada Ásia Ocidental constitui importante área de encontro de três
continentes: a Ásia, a África e a Europa. É marcada, principalmente, pela
instabilidade dos limites políticos, diversidade étnica da população e
multiplicação das crenças religiosas. Três grandes religiões têm sua “Cidade
Santa” na Ásia Ocidental. São elas:
a) Fetichismo, islamismo e judaísmo.
b) Budismo, hinduísmo e maometismo.
c) Judaísmo, cristianismo e islamismo.
d) Cristianismo, bramanismo e islamismo.
e) Budismo, judaísmo e islamismo.
112
Questão 6
Apresente as características do clima do Oriente Médio.
Resposta Questão 1
O petróleo é o principal produto responsável pela economia dos países do
Oriente Médio. Nessa região está localizada a maior concentração mundial
dessa fonte energética (aproximadamente 65% de todo o petróleo mundial).
Essa grande quantidade de petróleo, aliada a fatores econômicos e políticos,
criou as condições para a formação, em 1960, de um dos mais importantes
cartéis do mundo atual, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP).
Outra atividade econômica importante no Oriente Médio é a agropecuária.
Por ser realizada dominantemente de forma tradicional, com uso de pouca
tecnologia e mecanização, essa atividade incorpora cerca de 40% da
população economicamente ativa. O predomínio de climas áridos e semiáridos
na região é bastante prejudicial para o desenvolvimento dessa atividade
econômica.
A atividade industrial no Oriente Médio apresenta pouca expressividade.
Nos países petrolíferos, há a existência de refinarias e petroquímicas. Outras
indústrias se relacionam aos setores mais tradicionais, como o têxtil e o
alimentício.
O turismo é outra atividade que vem apresentando importância para
alguns países do Oriente Médio, a exemplo de Israel e Turquia (que recebem
cerca de 2,5 milhões de turistas por ano).
113
Resposta Questão 2
Os países que integram a região do Oriente Médio são: Arábia Saudita,
Bahrain, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel,
Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria, Turquia.
Resposta Questão 3
a) Falso – a categoria raças está relacionada primordialmente a cor de
uma população. É importante ressaltar que esse termo está em desuso, sendo
utilizado, em seu lugar, composição étnica.
b) Falso – nacionalidades não envolvem necessariamente as noções de
islamismo, pensamento ocidental e cultura.
c) Verdadeiro - A civilização é composta por relações sociais em
diferentes estágios, compreendendo aspectos religiosos, ideológicos, culturais,
entre outros.
d) Falso – Etnias não envolvem os conceitos religiosos e tipos de
pensamentos.
e) Falso – Apenas o islamismo se refere a um fator religioso.
Portanto a alternativa correta é a letra C.
Resposta Questão 4
a) Falso – Essa área não apresenta características favoráveis às
atividades primárias. Os conflitos citados acima não foram desencadeados por
motivos de apropriação de áreas para cultivo.
b) Falso - A questão da Palestina não envolve questões petrolíferas,
havendo disputas territoriais com o estado de Israel, principalmente, pela
ocupação da cidade de Jerusalém.
114
c) Falso - Os conflitos no Oriente Médio não têm como principal agente
motivador o aumento do preço do barril de petróleo nos países membros da
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
d) Falso - A criação do Estado de Israel desencadeou uma série de
conflitos no Oriente Médio, no entanto, a área destinada à sua construção não
apresenta grandes reservas de petróleo.
e) Verdadeiro – O Oriente Médio apresenta uma diversidade cultural
imensa, o que muitas vezes gera conflitos armados. A criação de Israel nessa
região agravou ainda mais esse processo. Além da localização do Oriente
Médio ser, do ponto de vista geopolítico, extremamente estratégico, pois faz
fronteira com a Europa e a África.
Portanto,a alternativa correta é a letra E.
Resposta Questão 5
a) Falso – O fetichismo não é caracterizado como religião.
b) Falso – O Budismo e hinduísmo são religiões de origem indiana, não
considerando a cidade de Jerusalém como “Cidade Santa”.
c) Verdadeiro - A cidade de Jerusalém é considerada por essas três
religiões a “Cidade Santa”. Para os Judeus, o Muro das Lamentações, parte do
Segundo Templo, é o local mais sagrado de todos. Acima dele está o Domo da
Rocha, o terceiro local mais importante no islamismo, de onde Maomé subiu
aos céus. A poucos quarteirões dali, a Igreja do Santo Sepulcro assinala o local
tradicional da crucificação, do enterro e da ressurreição de Jesus.
d) Falso – o bramanismo é uma religião de origem indiana, não tendo
Jerusalém como “Cidade Santa”.
e) Falso – O Budismo não considera a cidade de Jerusalém como
“Cidade Santa”.
115
Portanto,a alternativa correta é a letra C.
Resposta Questão 6
O clima do Oriente Médio é árido e semiárido. Somente em pequenas
faixas de terra, na porção litorânea, é possível encontrar climas um pouco mais
úmidos, área onde há presença de formações vegetais arbustivas. Nas áreas
de maior altitude, nos topos dos planaltos e nas montanhas, é possível
observar forte influência do clima temperado e a presença de uma rala
vegetação de campos e pradarias.
116
ÁFRICA
Introdução
Nas escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a história de um
povo africano: os egípcios. Porém, na mesma época em que o povo egípcio
desenvolvia sua civilização, outros povos africanos faziam sua história.
Conheceremos abaixo alguns destes povos e suas principais características
culturais.
117
O povo Bérbere
Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo
enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com
suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar
diversos produtos, tais como: objetos de ouro e cobre, sal, artesanato,
temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc.
Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar.
Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência
deste animal e de sua adaptação ao meio desértico. Durante as viagens, os
bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram
de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do
continente.
Os bantos
Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os
países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os
bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca. Conheciam a
metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos
vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava
grande parte do noroeste do continente.
Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto,
também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de
mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino.
O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para
manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais.
Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes
sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.
118
Os soninkés e o Império de Gana
Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo
estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império
era comandado por reis conhecidos como caia-maga. Viviam da criação de
animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes
reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os
povos do deserto (bérberes). A região de Gana tornou-se com o tempo, uma
área de intenso comércio.
Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era
formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia
a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de
pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que
trabalhavam nas terras da nobreza.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/afric/
CONHECIMENTO GERAL
Número de países: 54.
Países: África do Sul, Angola, Argélia, Benin, Botsuana, Burkina Fasso,
Burundi, Cabo Verde, Camarões, Chade, Comores, Congo, Costa do Marfim,
Djibuti, Egito, Eritreia, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau,
Guiné Equatorial, Lesoto, Libéria, Líbia, Madagáscar, Malauí, Mali, Marrocos,
Maurício, Mauritânia, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Quênia, República
Centro-Africana, República Democrática do Congo, Ruanda, São Tomé e
Príncipe, Seicheles, Senegal, Serra Leoa, Somália, Suazilândia, Sudão, Sudão
do Sul, Tanzânia, Togo, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.
Continente que abriga as mais antigas evidências da presença do homem
moderno no planeta, a África é seguidamente pilhada, dividida e ocupada pelas
potências da Europa a partir do século XV. Milhões de africanos são
119
escravizados por essas potências, que mantiveram a exploração dos recursos
naturais da região mesmo após o fim da escravidão. As lutas anticoloniais se
desenvolvem principalmente na segunda metade do século XX e se misturam
aos conflitos da Guerra Fria, que opôs os Estados Unidos (EUA) à União
Soviética (URSS). Persistem rivalidades étnicas entre populações de países
cuja fronteira foi criada artificialmente pelas nações europeias, no fim do século
XIX.
Esse legado histórico explica por que a África respondia por apenas 2,7%
do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2010. Nos países ao sul do deserto
do Saara (a África Subsaariana), quase metade da população (47,5%) vive
abaixo da linha de pobreza (com renda inferior a 1,25 dólar por dia) em 2008.
A aids é a maior causa de mortes no continente. Em 2011, a África
Subsaariana registrava cerca de 68,7% dos contaminados no mundo e 1,2
milhão de mortos nesse ano. De acordo com estimativa do Banco Mundial, a
aids é um significativo elemento de freio ao crescimento econômico africano. O
continente também é duramente atingido pela malária. Em 2010, cerca de 596
mil africanos morreram em decorrência da doença, o que representa 91% dos
óbitos mundiais.
A despeito do fim de algumas guerras civis sangrentas (como em
Moçambique e Angola), as disputas por recursos minerais e as rivalidades
étnicas, regionais e religiosas continuam a fomentar conflitos armados que
matam milhões de pessoas e causam migrações maciças, como na República
Democrática do Congo, na Somália e no Sudão.
Inspirados na União Europeia (UE), os países do continente criam, em
julho de 2002, a União Africana (UA), para fomentar o desenvolvimento e a
possibilidade de eliminar fronteiras. A enorme carga de problemas, no entanto,
torna esse objetivo difícil de ser alcançado.
120
Nos últimos anos, a África tem atraído cada vez mais o interesse dos EUA
e, mais recentemente, da China. As duas potências procuram garantir acesso
aos recursos naturais, principalmente o petróleo.
POTÊNCIAS MUNDIAIS MANTÊM TROPAS NO CONTINENTE
Com cerca de 10% das reservas mundiais de petróleo e enormes
riquezas minerais em seu subsolo, a África continua sendo um continente
estratégico para as potências mundiais, mesmo após o processo de
descolonização ocorrido na segunda metade do século XX.
Esse interesse econômico está por trás da intensa presença militar
estrangeira no continente. Apesar de já manterem tropas em vários países
africanos, os Estados Unidos (EUA) intensificaram e unificaram as ações
militares na região com a criação do Comando dos EUA para a África
(Africom), em 2008. Além de proteger militarmente as fontes de matériasprimas que considera estratégicas, o Africom foi criado dentro da política norteamericana de combater o terrorismo de viés islâmico.
Os EUA afirmam que o Africom se destina à cooperação militar no
continente, principalmente à capacitação e ao municiamento das forças locais e
da União Africana, além da ajuda humanitária . Porém, no Djibuti, a intervenção
é maior. Desde 2002, os norte-americanos mantêm ali uma base militar
permanente para vigiar o movimento de navios na entrada do mar Vermelho e
no litoral leste africano e combater grupos armados na região do Chifre da
África.
A criação do Africom também representa uma resposta norte-americana à
presença chinesa na África, que vem se intensificando nos últimos anos. Em
troca de acesso aos recursos energéticos do continente, a China está
investindo
em
infraestrutura,
numa
aproximação
econômica
que,
gradativamente, vai se estendendo também para uma cooperação militar. É
121
cada vez mais forte a presença de soldados chineses nas tropas de paz das
Nações Unidas, no continente e nas forças da União Africana.
A França é outra nação que tem grande interesse na África. Antiga
colonizadora no continente, o país tenta manter sua influência com bases
militares permanentes no Gabão e, assim como os EUA, no Djibuti. Também
destina tropas para missões no Chade, na República Centro-Africana e na
Costa do Marfim. Em 2010, a França anuncia que reforçará a cooperação
militar com os países africanos para conter a pirataria e o terrorismo. Em 2012,
o país estreita laços com a Líbia para reforçar a segurança no mar
Mediterrâneo.
Na Internet:
http://www.brasilescola.com/geografia/africa-continente.htm
http://www.infoescola.com/geografia/continente-africano/
http://www.brasilescola.com/geografia/caracteristicas-continenteafricano.htm
http://www.suapesquisa.com/geografia/continente_africano.htm
http://www.africaurgente.org/continente-africano-2012-%E2%80%93cultura-problemas-atuais-e-historicos/
Aprofundamento 1
A África é o segundo continente mais populoso do mundo (fica atrás
somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 800 milhões de habitantes.
É um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da população
habitam o meio rural, enquanto somente 37 % moram em cidades.
No geral, é um continente pobre e subdesenvolvido, apresentando baixos
índices de desenvolvimento econômico. A renda per capita, por exemplo, é de,
122
aproximadamente, US$ 850,00. O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a
apenas 1% do PIB mundial. Grande parte dos países possui parques
industriais pouco
desenvolvidos,
enquanto
outros
nem
se quer são
industrializados, vivendo basicamente da agricultura.
O principal bloco econômico africano é o SADC (Southern Africa
Development Community), formado por 15 países: África do Sul, Angola,
Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui,
Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e
Zimbábue.
Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos minerais como,
por exemplo, ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda para os
países, pois é feita por empresas multinacionais estrangeiras, principalmente
da Europa.
Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento um pouco
melhor do que a média do continente são: África do Sul, Egito, Marrocos,
Argélia, Tunísia e Líbia.
Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a
principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de
guerra civil).
Os índices sociais africanos também não são bons. O analfabetismo, por
exemplo, é de aproximadamente 40%.
As religiões mais presentes no continente são: muçulmana (cerca de
40%) e católica romana (15%). Existem também seguidores de diversos cultos
africanos.
As línguas mais faladas no continente são: inglês, francês, árabe,
português e as línguas africanas.
Geografia da África:
Principais rios:
Nilo, Níger, Congo, Limpopo, Zambese e Orange.
123
Clima:
Clima Mediterrâneo (chuvas na primavera e outono) no norte e sul; Clima
Equatorial (quente e úmido) no centro.
Relevo:
Monte Atlas (norte), Planalto Centro-Africano (região central), Grande
Vale do Rift com altas montanhas e depressões (leste). Na região norte
destaca-se o Deserto do Saara.
Cidades mais populosas:
Cairo (Egito), Lagos (Nigéria), Kinshasa (R. D. do Congo), Cartum
(Sudão), Johanesburgo (África do Sul) e Gizé (Egito).
Fonte:http://www.portalafrica.com.br/portalafrica/public_html/conteudo/informacoes-importantes-sobre-ocontinente-africano.html (site muito bom)
Aprofundamento 2
África Subsaariana
Significado
A África Subsaariana é a região do continente africano situada ao sul do
Deserto do Saara. Não é uma divisão política, mas apenas um termo usado
como referência aos países que possuem maior parte da população negra
neste continente. No passado, era muito usado o termo “África Negra” para
esta região, em oposição a “África Branca”, composta pelos países ao norte do
Deserto do Saara. Porém, estes termos estão caindo em desuso.
124
Principais características dos países da África Subsaariana:
- Maioria da população composta por negros;
- A maior parte dos países possui economia subdesenvolvida;
- Presença de conflitos políticos, principalmente de caráter étnico.
- Existência de diversos problemas como, por exemplo, pobreza, elevados
índices de analfabetismo, sistema de saúde público precário, proliferação de
doenças, falta de água e sistema de saneamento básico inexistente ou
ineficiente;
- Existência, em alguns países, de governos autoritários e corruptos.
Infelizmente, estas características acabam dificultando a resolução dos graves
problemas sociais e econômicos enfrentados pela sofrida população destes
países;
- A maior parte destes países ainda sofre as consequências das injustiças
do neocolonialismo e imperialismo europeus da segunda metade do século
XIX;
- Grande diversidade étnica, cultural, linguística e religiosa.
* Vale ressaltar que os problemas citados acima fazem parte da maioria
destes países, mas não de todos. Existem países, como a África do Sul por
exemplo, que estão num patamar de desenvolvimento bem acima dos outros,
apresentando melhores condições sociais e econômicas.
Outros dados e informações geográficas:
- População: 500 milhões de habitantes (estimativa 2011)
125
- Ponto mais elevado: monte Kilimanjaro com 5.895 metros.
- Principais rios: Congo, Nilo, Limpopo, Zambeze, Níger e Senegal.
- Clima: Equatorial (principalmente na região central da África) e Tropical
nas outras regiões.
- Vegetação: florestas equatoriais na região central e centro-oeste;
florestas tropicais (ao sul da vegetação equatorial); savanas (ao sul das
florestas tropicais); vegetação mediterrânea (litoral sul da África do Sul).
- Fauna (exemplos de algumas espécies animais): elefante, leão, gazela,
gorila, zebra, rinoceronte, hiena, girafa, leopardo, chipanzé e hipopótamo.
Países da África Subsaariana
- República Democrática do Congo, República do Congo, Burundi, África
Oriental, Quênia, Tanzânia, Uganda, Djibouti, Eritréia, Etiópia, Somália, Sudão,
África Ocidental, Benin, Burkina Faso, Camarões, Chade, Costa do Marfim,
Guiné Equatorial, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné Bissau, Libéria,
Mauritânia, Mali, Níger, Nigéria, República Centro-Africana, Ruanda, Senegal,
Serra Leoa, Togo e Zâmbia.
126
Mais sobre o continente africano:
127
128
Aprofundamento 03
Um terço de todos os países em desenvolvimento do mundo está na
África, segundo os critérios do Fundo Monetário Internacional. O continente
possui muita riqueza mineral ainda pouco explorada. A África participa apenas
com 2,7% da economia mundial, mas soma 30.3 milhões de quilômetros
quadrados de território (é quase duas vezes maior que a América do Sul).
Enquanto os países do norte da África atravessavam em 2011 a
Primavera Árabe, que provocou a queda de governos e impulsionou reformas
políticas, a maioria das nações ao sul do deserto do Saara vivia
transformações silenciosas na economia, que começam a mudar lentamente
129
seu perfil, há décadas associado apenas a conflitos e ditaduras, pobreza e
doenças.
Em termos geográficos e humanos, o continente apresenta duas grandes
sub-regiões: a África Setentrional ou norte da África, de cultura árabe, que
engloba seis países (todas as nações ao norte e o Djibuti, a leste), e a África
Subsaariana, predominantemente negra, com 48 países ao sul. A divisão se dá
ao longo de toda a fronteira sul do deserto do Saara, numa faixa semiárida
conhecida como Sahel.
A parte ao sul do Saara é a região mais pobre do mundo, onde há países,
como a Guiné-Bissau, em que a expectativa de vida não chega aos 50 anos.
Em julho de 2011, passou a incluir mais uma nação: o Sudão do Sul, resultado
do desmembramento do Sudão em sua porção sul, após uma guerra civil de
quase três décadas. O novo país nasce como um dos mais pobres do planeta e
ainda com uma situação conflituosa com o Sudão, por divergências sobre a
partilha de instalações e campos petrolíferos e limites fronteiriços.
Entretanto, apesar de todos os indicadores sociais da África Subsaariana
estarem muito aquém da média mundial, alguns países da região vêm
apresentando um panorama melhor na última década, graças a taxas de
crescimento econômico entre as mais elevadas do planeta.
Petróleo e minerais
Esses resultados têm por trás essencialmente a valorização no mercado
internacional do principal sustentáculo da economia africana: as matériasprimas, procuradas com avidez por grandes economias emergentes da Ásia,
como China e Índia, pelos Estados Unidos e pelas nações europeias. Por
causa da forte demanda, os preços internacionais das commodities (produtos
agrícolas, minérios, gás e petróleo) subiram mais de 230% desde 2001 – o
equivalente a uma média anual de quase 13%. Além disso, novas jazidas de
petróleo foram descobertas na África, e vários governos renegociaram
130
contratos e elevaram impostos sobre os minérios. A Zâmbia, por exemplo,
alterou de 3% para 6% os royalties cobrados sobre o cobre, seu principal
produto de exportação, enquanto Gana estuda elevar os impostos sobre a
mineração de ouro.
A corrida mundial pelos recursos naturais da África atrai investimentos em
usinas de energia, telecomunicações, estradas e portos, entre outros setores
essenciais para a produção e o escoamento de commodities. Com isso, o
continente cresceu cerca de 6% em 2011, e pode repetir esse percentual em
2012, de acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A China é crucial nessa expansão. Em 2009, o país se tornou o principal
parceiro comercial da África, ultrapassando os Estados Unidos (EUA). Seu
comércio com o continente africano pulou de cerca de 10 bilhões de dólares
em 2000 para 126,9 bilhões em 2010. A China desenvolve projetos de
infraestrutura, mineração, hidrelétricas, petróleo e gás natural em mais de uma
dezena de países, incluindo um oleoduto de 1,5 mil quilômetros no Sudão.
Os EUA também cobiçam a África, que já responde por 15% das
importações norte-americanas de petróleo. Um oleoduto de mais de mil
quilômetros, inaugurado em 2003, leva o petróleo do Chade (no centro-norte)
para o porto de Kribi, em Camarões, na costa ocidental, de onde é rapidamente
transportado para os EUA.
Nos últimos dez anos, seis das economias que se expandiram mais
rapidamente no mundo estavam na África Subsaariana: Angola, Nigéria,
Chade, Etiópia, Ruanda e Moçambique. A extração de petróleo estimula a
expansão de Angola, Congo, Nigéria, Chade e Gana. A venda de minerais
estratégicos
é
o
motor do
crescimento
em
Moçambique, República
Democrática do Congo, Tanzânia e Zâmbia. A exportação de commodities
agrícolas favorece a Etiópia (café), oQuênia (café e chá) e Malauí (tabaco).
131
Otimismo e Copa
A onda de otimismo na região ganhou contornos especiais durante a
Copa do Mundo de Futebol na África do Sul, em 2010, evento que atraiu
investimentos e deu mais visibilidade à região. Maior economia do continente, a
África do Sul emergiu do isolamento internacional após o fim do apartheid, em
1994. No regime de segregação racial, mantido pela elite branca descendente
de colonizadores holandeses e ingleses, a população negra do país não podia
votar nem ser votada e não tinha direito à propriedade da terra, vivendo em
áreas segregadas. Desde a mudança, o país tem se tornado referência de
regime democrático num continente em que proliferam ditaduras, golpes
militares e regimes autoritários. Em 2011, a África do Sul foi incorporada ao
grupo das maiores economias emergentes, os Brics. Mas a nação enfrenta um
desafio comum à maioria dos países da África: permanece uma das mais
desiguais do mundo, econômica e socialmente. Outro país com economia em
crescimento, embora grande parte da população não se beneficie disso, é
Angola, o segundo maior produtor de petróleo do continente. Após o fim da
guerra civil, em 2002, a economia angolana passa a ser uma das que mais
crescem no planeta – em 2007, seu Produto Interno Bruto (PIB) chega a
avançar 23,4%. Contudo, o aumento do investimento estrangeiro pouco ajudou
a melhorar as condições de vida da população. O setor petrolífero emprega
menos de 1% dos angolanos, a renda é concentrada nas mãos de uma elite e
o país não tem um regime democrático. O presidente José Eduardo dos Santos
está no poder há 32 anos.
Um aspecto da demanda pelas commodities na África é que a exploração
dos recursos naturais exige melhor infraestrutura, mão de obra mais qualificada
e estabilidade política.
Em vários países, como Uganda, Zimbábue e Angola, vem aumentando a
pressão popular por reformas. Mesmo muito marcada pela corrupção, a África
Subsaariana tem ampliado os programas sociais e a rede educacional. Entre
seus maiores desafios estão a diversificação da economia – para diminuir a
132
dependência das matérias-primas –, a redução da desigualdade social, a
melhoria dos indicadores de saúde e educação, o fortalecimento de instituições
democráticas e a superação de conflitos internos, muitos dos quais herdados
do período colonial.
Pobreza
Embora
os
856
milhões
de
habitantes
da
África
Subsaariana
correspondam a 12% da população do planeta, todas as riquezas geradas
pelos países da área somaram apenas 1,1 trilhão de dólares em 2010, o que
representa cerca de 2% do PIB mundial, de 63,04 trilhões de dólares naquele
ano.
Os últimos dados do Programa de Desenvolvimento da ONU sobre
pobreza extrema – pessoas vivendo com menos de 1,25 dólar por dia –
revelavam um declínio lento na pobreza na região: de 58% em 1990 para 51%
em 2005. As cifras mais recentes da ONU são projeções indicando que a taxa
teria caído para cerca de 46% em 2008.
Fome e doenças ainda fazem com que 118 de cada mil crianças morram
antes do quinto ano de vida. Mas, duas décadas atrás, essa proporção na
África era de 165 crianças mortas por mil. Conflitos, doenças e desastres
naturais agravam a situação.
• Aids – A pior epidemia a assolar a África Subsaariana nas últimas
décadas é a de aids, com um saldo de pelo menos 1 milhão de mortes por ano
desde 1998, segundo a ONU. A região mantém o recorde de maior número de
infectados pelo HIV no mundo (22,5 milhões, ou seja, 66% do total de 34
milhões de pessoas em 2010).
A alta incidência da doença reduziu a expectativa de vida em vários
países. Em Botsuana, por muitos anos o mais afetado, despencou de 65 anos
de vida em 1995 para 40 anos em 2005, recuperando-se lentamente depois.
133
De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids
(Unaids), atualmente a Suazilândia tem o índice mais elevado de contaminação
em adultos, de 26,1%. Mas o maior número de soropositivos está na África do
Sul: 5,7 milhões. A epidemia se agravou porque o governo sul-africano
demorou para reconhecer sua existência. Somente em 2007, o país lança um
plano para acelerar a distribuição gratuita de medicamentos, hoje o maior do
mundo, com mais de 900 mil pessoas atendidas.
• Desastres naturais – As secas são a mais grave catástrofe natural a
atingir a África com frequência, no Sahel, no nordeste e também em países do
sul, como Angola, Zimbábue e Moçambique. Em 2011, a região conhecida
como Chifre da África (Somália, Etiópia, Djibuti e Eritreia) e países do Leste
sofreram a pior seca em 60 anos, a qual afetou cerca de 10,7 milhões de
pessoas.
As nações mais prejudicadas foram Etiópia, Somália, Djibuti e Quênia e,
em menor grau, Sudão, Sudão do Sul e Uganda. A falta de chuvas por um
período de dois anos foi mais grave na Somália, onde o problema se agravou
por causa da guerra civil e da desagregação do país. Além disso, os rebeldes
do grupo islâmico Al Shabab dificultaram a entrega de ajuda à população em
áreas sob seu controle no sul, as mais devastadas. Em julho de 2011, a ONU
declarou epidemia de fome em algumas zonas do sul da Somália e estimou
que dezenas de milhares de pessoas tenham morrido de fome e doenças
decorrentes da desnutrição. Cerca de 900 mil somalis se deslocaram para
outras partes do país, como também para a Etiópia e o Quênia, lotando
campos de refugiados.
A partilha da África
Os regimes ditatoriais e o grande número de conflitos internos são outro
forte entrave para o desenvolvimento africano. A África Subsaariana é a região
em que a ONU concentra a maior parte de suas forças de paz: no fim de 2011,
havia 85 mil soldados em missões em cinco países (Sudão, Sudão do Sul,
134
Costa do Marfim, Libéria e República Democrática do Congo), algumas em
conjunto com a União Africana, que também mantém forças de paz na
Somália.
Grande parte dos atuais embates na África tem origem na intervenção
estrangeira no continente. Apesar de explorada pelos europeus desde o século
XV, a África mantinha uma dinâmica social própria, com Estados, reinos e
impérios autônomos. Porém, no fim do século XIX, no auge da Revolução
Industrial, as potências europeias iniciaram uma corrida imperialista para
controlar as matérias-primas e novos mercados para seus produtos acabados.
Para resolver o impasse, a Conferência de Berlim, entre 1884 e 1885, definiu a
partilha do território entre as principais nações europeias, criando fronteiras
artificiais sem levar em conta tribos, etnias nem religiões. Apenas a Libéria –
nação formada por ex-escravos e descendentes de escravos norte-americanos
– e a Etiópia, antiga monarquia, se mantiveram independentes.
Após a II Guerra Mundial (1939-1945), a hegemonia global passou a ser
disputada pelos EUA e pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS), ambos favoráveis à descolonização africana para poderem exercer
sua influência na região. Além disso, houve forte pressão das empresas
transnacionais para que os países africanos abrissem seus mercados. Em
muitos casos, o processo de independência transcorreu pacificamente.
Contudo, nações como Argélia, República Democrática do Congo e Angola
enfrentaram guerras duríssimas para conquistar sua independência.
Como foram criados artificialmente, os novos Estados careciam de um
autêntico sentimento de identidade e de uma unidade nacional. Em pouco
tempo, o otimismo deu lugar a violentas disputas pelo poder, sucedidas por
golpes e ditaduras militares. Muitos desses conflitos tiveram a intervenção dos
EUA e da URSS, que levaram a ordem bipolar da Guerra Fria para a África.
Mesmo depois do fim da dissolução da URSS, em 1991, vários conflitos
internos ou bilaterais agravam a situação de pobreza da África Subsaariana.
135
No Zimbábue, por exemplo, a crise se aprofunda a partir de 2000, após
uma reforma agrária que distribui as terras dos brancos e também pela
resistência do presidente Robert Mugabe, no cargo desde 1980, em deixar o
poder. Em 2008, a queda da produção agrícola, a inflação astronômica e a
seca mais grave em 30 anos mergulham o país em uma crise humanitária,
agravada pela alta incidência de contaminação por HIV e por uma epidemia de
cólera. Já a crise política piora após a eleição presidencial nesse ano e só
começa a melhorar em 2009, depois de formado governo de coalizão entre
Mugabe e o líder oposicionista Morgan Tsvangirai.
Em 2011/2012, os principais conflitos na África Subsaariana eram os
seguintes:
• Somália – Desde 1991, a Somália vive caos político e institucional, com
um poder central praticamente inexistente. O atual governo controla apenas
parte da capital, Mogadíscio, e uma pequena área no interior, graças ao apoio
de uma força de 8 mil soldados da União Africana. Boa parte do sul está em
mãos da milícia islâmica Al Shabab, ligada à rede Al Qae-da. Em 2011, o
Quênia enviou soldados para o sul somali, depois de sequestro de turistas em
sua fronteira norte. Há ainda o movimento por autonomia de duas províncias –
Somalilândia, no norte, e Puntland, no nordeste. A falta de um poder central
levou à proliferação da pirataria nas águas do mar Vermelho, a mais
estratégica das áreas de navegação mercantil do mundo, com acesso para o
Canal de Suez, por onde passa a maior parte do petróleo árabe para a Europa
e a América do Norte. Em 2011, os piratas atacaram 439 navios e capturaram
45.
• Sudão e Sudão do Sul – O referendo em janeiro de 2011, no qual a
população do Sudão do Sul votou pela separação, encerrou a guerra
separatista iniciada em 1983, com saldo de cerca de 2 milhões de mortos. Em
julho de 2011, o novo país foi fundado e tornou-se membro das Nações
Unidas. Mas continua em negociação a demarcação da fronteira na região de
Abyei, onde ficam importantes campos petrolíferos. O Sudão do Sul possui
136
jazidas, mas não tem refinarias nem saída para o mar e depende do norte para
escoar a produção pelo oleoduto até o porto. Os dois lados não chegam a
acordo sobre o custo dessa travessia. Em janeiro de 2012, o Sudão do Sul
acusa o Sudão de desviar parte de seu petróleo.
• Darfur – O Sudão enfrenta outro conflito separatista, em Darfur. Os
combates na região, no oeste sudanês, já deixaram mais de 300 mil mortos e
provocaram o deslocamento de 2,6 milhões de pessoas. O embate tem raízes
na disputa por água, terra e poder entre uma minoria nômade de criadores de
animais (autodenominada árabe) e uma maioria de agricultores de tribos
negras.
• Costa do Marfim – Maior produtora mundial de cacau, a Costa do Marfim
vive uma guerra civil, entre 2002 e 2004, com contorno étnico-religioso. Ela
opõe o centro-sul, mais rico e de maioria cristã e animista, ao norte,
muçulmano, menos desenvolvido e marginalizado do poder central. A tensão
explode novamente na eleição presidencial de novembro de 2010. Alassane
Ouattara, do norte, vence, mas Gbagbo se recusa a entregar o poder. Em
2011, forças rebeldes avançam rumo à capital e, em abril, prendem Gbagbo,
com o apoio de tropas especiais francesas. Gbagbo é extraditado em
novembro de 2011 para Haia, na Holanda, para ser julgado por crimes contra a
humanidade.
• República Democrática do Congo – Cinco países (Angola, Namíbia,
Zimbábue, Uganda, Ruanda) e vários grupos guerrilheiros se envolveram na
guerra civil da República Democrática do Congo (1998-2003), que tem como
pano de fundo a disputa por riquezas minerais. Estima-se que mais de 4
milhões de pessoas tenham morrido por causa do conflito. Após o fim da
guerra, muitos grupos armados conti-nuam em ação no leste do país e
exploram ilegalmente a mineração. No fim do ano, a ONU indica que havia na
RDC aproximadamente 1,7 milhão de pessoas refugiadas por causa dos
conflitos.
137
• Nigéria – Maior produtora de petróleo da África, a Nigéria quintuplicou
seu PIB entre 2000 e 2011, mas a desigualdade social e as diferenças na
distribuição da renda entre o norte (de maioria muçulmana) e o centro-sul
(cristão e animista) são motivos de conflito. O problema mais grave é a ação do
grupo radical islâmico Boko Haram, que pretende instaurar um Estado islâmico
no país. Desde 2009, matou cerca de mil pessoas em ataques contra prédios
públicos, delegacias e alvos cristãos, na maioria no norte. Em janeiro de 2012,
atentados do Boko Haram e confrontos do grupo com a polícia deixaram cerca
de 180 mortos na cidade de Kano.
Matéria publicada em março/2012
Saiu na imprensa
Estrangeiros já compraram uma Alemanha na África
Desde 2001, algo próximo a 221 milhões de hectares de terra foram
vendidos, cedidos ou arrendados, a maior parte por investidores internacionais,
em países em desenvolvimento. A maioria destas transações aconteceu na
África. O comércio de terras no continente, nos últimos anos, já dá uma área
maior que a da Alemanha. Os motivos do frenesi seriam três, segundo um
relatório que está sendo divulgado pela ONG internacional Oxfam: segurança
alimentar, biocombustíveis e especulação. O fenômeno tende a ficar ainda
mais forte em um mundo com população crescente e recursos limitados. A
expectativa é que a economia global triplique até 2050, exigindo mais dos
recursos naturais e da agricultura. A demanda maior por comida, somada às
condições adversas provocadas pelas mudanças climáticas, escassez de água
e competição com culturas que produzem biocombustíveis, criam um cenário
pouco otimista. (...) O relatório da Oxfam cita casos de apropriação de terras
em Uganda, no Sudão do Sul, na Indonésia, em Honduras e na Guatemala. A
questão fica ainda mais complicada porque, em muitos países, quem vive nas
terras não têm título de propriedade.
Daniela Chiretti, Jornal Valor Econômico, 22/9/2011
138
Resumo
África Subsaariana
É toda a extensão sul do território africano, delimitada, ao norte, pelo
deserto do Saara. É a região mais pobre do mundo e reúne 48 nações, que
somam um Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1,1 trilhão de dólares, pouco
mais da metade do PIB do Brasil.
Commodities
São
os
produtos
econômicos
de
base
em
estado
bruto
ou
semimanufaturados, negociados em bolsas de mercadorias internacionais,
provenientes do cultivo, como o café, ou de extração, como os minérios. Neste
século, há demanda crescente por esses produtos. As principais commodities
africanas são petróleo, gás, ouro, cobre, algodão, café, diamante, cacau, zinco
e bauxita.
Partilha da África
Para resolverem sua disputa pelo território africano e suas riquezas, as
nações europeias realizam a Conferência de Berlim, entre 1884 e 1885. O
encontro dividiu o continente entre Grã-Bretanha, França, Alemanha, Portugal,
Espanha, Bélgica e Itália, criando fronteiras artificiais sem levar em conta os
territórios originais de etnias, tribos, suas religiões e costumes.
AIDS
A África Subsaariana manteve em 2011 o recorde de o maior número de
infectados pelo HIV no mundo (22,5 milhões, ou seja, 68% do total de 34
milhões de pessoas em 2010). O maior número de soropositivos está na África
do Sul: 5,7 milhões. Somente em 2007, o país lança um plano para acelerar a
139
distribuição gratuita de medicamentos. O tratamento antirretroviral da África do
Sul é o maior do mundo, com mais de 900 mil pessoas atendidas.
Seca
Em 2011, a região conhecida como Chifre da África (Somália, Etiópia,
Djibuti e Eritreia) e países do Leste africano sofreram a pior seca em 60 anos, a
qual afetou cerca de 10,7 milhões de pessoas. Em julho de 2011, a ONU
declarou epidemia de fome em algumas zonas do sul da Somália. Cerca de
900 mil somalis se deslocaram para outras partes do país, como também para
a Etiópia e o Quênia, lotando campos de refugiados.
Fonte: https://almanaque.abril.com.br/materia/em-busca-do-ouro-negro#
Exercícios sobre a África
Questão 1
Analise as alternativas sobre o continente africano e marque (V) para as
verdadeiras e (F) para as falsas.
( ) Com extensão territorial de 30,1 milhões de quilômetros quadrados, a
África é o maior continente do planeta.
(
) O continente africano é subdivido em África Mediterrânea e África
Subsaariana, sendo o islamismo o divisor cultural e o deserto do Saara a
barreira natural.
(
) Vários países da África apresentam problemas socioeconômicos:
baixo IDH, elevadas taxas de mortalidade infantil, baixa expectativa de vida,
altos índices de analfabetismo e subnutrição.
(
) A linha do Equador corta o continente africano na porção centro-sul,
fazendo com que todo o território pertença ao Hemisfério Setentrional.
(
) São países que integram o continente africano: África do Sul, Nigéria,
Camarões, Jamaica, Angola e Somália.
140
Questão 2
O continente africano sofreu (e ainda sofre) com várias políticas
ditatoriais. Muitas delas foram financiadas por países europeus e pelos Estados
Unidos, principalmente durante a Guerra Fria. Um dos regimes mais violentos
foi o apartheid, que se caracterizou por uma política racial imposta pela
população branca (minoria) sobre os habitantes negros (maioria). Marque a
alternativa que corresponde ao país africano que foi palco do regime apartheid.
a) Ruanda
b) Haiti
c) Nigéria
d) Somália
e) África do Sul
Questão 3 PUC-RIO.
"O continente condenado”
“África em chamas"
As manchetes que atualmente são publicadas sobre a África, como as
apresentadas acima, expressam o trágico quadro socioeconômico desse
continente. Assinale a opção que NÃO inclui um aspecto desta manchete.
a) A baixa expectativa de vida de grande parte da população.
b) O número significativo de africanos contaminados com a AIDS.
c) Os conflitos e guerras tribais envolvendo nações africanas.
d) As guerras civis estimuladas pelas potências imperialistas europeias.
e) O contingente de africanos fora de seus países de origem, em busca
de trabalho.
141
Questão 4
Conforme seus conhecimentos e análise do texto, explique sobre a
economia do continente africano.
Resposta Questão 1
a) Falso – Realmente a África possui aproximadamente 30,1 milhões de
quilômetros quadrados de extensão. Porém, esse é o terceiro maior continente
do mundo, pois a América (42 milhões de km²) e a Ásia (44,9 milhões de km²)
apresentam áreas maiores.
b) Verdadeiro – A África é subdividida em África Mediterrânea (localizada
ao norte do deserto do Saara e com maioria dos habitantes mulçumanos) e
África Subsaariana (situada ao sul do deserto do Saara e com diversos tipos de
religiões). Portanto, o deserto do Saara é o divisor natural e o islamismo, o
cultural.
c) Verdadeiro – A África é o continente que apresenta os maiores
problemas socioeconômicos, sobretudo na África Subsaariana. A maioria
dessas nações possui baixa média de IDH (ocupam as últimas posições no
ranking mundial), as médias de expectativa de vida são as menores do planeta,
além de altas taxas de mortalidade infantil e subnutrição.
d) Falso – A linha do Equador corta o continente africano na porção
centro-sul, proporcionando, portanto, que uma parte do território pertença ao
Hemisfério Setentrional e a outra porção, ao Hemisfério Meridional.
e) Falso – Com exceção da Jamaica, que está localizada na América
Central, todas as outras nações integram o continente africano.
142
Resposta Questão 2
Alternativa correta: letra “E”.
a) Falso – Ruanda sofreu com uma guerra civil entre dois grupos étnicos:
tutsis e hutus.
b) Falso – O Haiti não é uma nação africana.
c) Falso – O apartheid não ocorreu no território nigeriano.
d) Falso – A Somália sofre com conflitos entre grupos guerrilheiros,
porém, o apartheid não foi implantando nesse país.
e) Verdadeiro – O apartheid foi uma política racial imposta por uma
minoria branca na África do Sul. Esse sistema político teve início em 1948 e
durou até o ano de 1992, provocando a morte de milhares de pessoas.
Resposta Questão 3
Alternativa correta: letra “D”.
a) Falso – Os países do continente africano, principalmente as nações da
África Subsaariana, possuem as piores médias mundiais de expectativa de
vida. Vários fatores são determinantes nesse processo: desnutrição, conflitos
étnicos, doenças (malária, AIDS, etc.). Conforme dados divulgados em 2009
pela Organização das Nações Unidas (ONU), os países africanos que
apresentam as menores expectativas de vida são: Serra Leoa (42,1 anos),
Angola (42,1 anos) e Ruanda (45,8 anos).
143
b) Falso – A AIDS, juntamente com a malária, é o principal fator de
mortalidade no continente africano. A África possui mais de 70% dos
portadores mundiais do vírus HIV. Em países como Botsuana, Suazilândia,
Lesoto e Zimbábue, a população vive 28 anos a menos do que viveria sem a
AIDS.
c) Falso – Os conflitos étnico-separatistas são constantes no continente
africano. A diversidade étnica e o processo de colonização e independência
dessas nações agravaram esses conflitos, fato que provoca conflitos armados
e milhares de mortes.
d) Verdadeiro – Atualmente, as grandes potências europeias não
estimulam conflitos no continente africano. Esse processo ocorreu na fase de
colonização durante o século XIX e no período da Guerra Fria, durante o
século XX.
e) Falso – A situação socioeconômica, além dos constantes conflitos
étnicos, em algumas nações africanas estimula o desencadeamento de fluxos
migratórios da população em busca de trabalho.
Resposta Questão 4
A África é o continente menos desenvolvido economicamente. Alguns
países se destacam pela exploração mineral: petróleo (Argélia, Líbia, Nigéria e
Angola); ouro (África do Sul, Zimbábue, Congo e Gana); fosfato (Marrocos);
diamantes (República Democrática do Congo, África do Sul e Botsuana);
manganês e urânio (Gabão e África do Sul). Essas atividades são responsáveis
por 90% das exportações do continente.
A agricultura é desenvolvida principalmente no vale do rio Nilo, onde os
solos são muito férteis, com destaque para os cultivos de cereais e de algodão.
A região denominada Maghreb, no noroeste do continente, também exerce
144
grande importância para a agricultura africana. Esse local apresenta clima
mediterrâneo, favorável para as produções de vinha, oliva e cítricos.
O setor industrial é pouco desenvolvido. A África do Sul é o maior
destaque africano desse segmento econômico, abrigando metalúrgicas,
indústrias químicas, têxteis, alimentícias, locomotivas e de automóveis.
145
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147
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